dacasa - Ed. 001 - Português

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Detalhes... Edição 001 - Ano 01 - Novembro/2017 Equipe de Design Alícia da Costa Juliana Maia Luciano Teixeira Thabata Pinheiro Professores Israel Braglia Luciano de Castro Mary Vonni Meürer Tiragem 1000 exemplares Essa revista é uma publicação trimestral sendo seu conteúdo dirigido pela equipe de comunicação da Books & Beers. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial de suas publicações


Carta ao leitor POR PAULO MAIA

Abrir um livro é como servir-se de um drinque, é como sentar para beber, envolvendo-se do início ao fim. A sensação é de sede. A curiosidade é fome. E eis que começa a aventura. Mas, antes, a capa. Escolha a sua taça, um copo ou um prato. Eles são a introdução do que vem a seguir. Cada líquido nasceu em uma cidade, foi criado em um estado e se derramou por países. Cada ingrediente esteve diante da vida, adaptando-se a seus diversos recipientes. Cada rótulo tem a sua personalidade, e todos fazem parte de um grande e único enredo. Assim chegamos ao ápice dessa história: o seu ponto de vista. Ou se preferir, paladar. Aqui, não há um protagonista mais importante do que o outro. Todos são iguais perante o brinde. Por isso, caro leitor, não se esqueça de levantar seu copo, olhar fixamente nos olhos do seu vizinho de mesa e desejar-lhe saúde. No Books&Beers, todas as histórias são compiladas em uma valiosa coleção chamada cultura. A cultura de bar em todos os seus significados. É fruto dessa cultura a DACASA, uma revista para o cervejeiro, viciado em comida, aventura e arte. Celebremos!


Sumário

01

Temperos Misturados ................... 06 Foods and Beer: como harmonizar .................................. 08 Comer era bom com Nina Horta ... 12 Gastronomia e literatura combinam ........................................ 13 Como fazer: Paella Valenciana ... 16

Gastronomia

Comer, Harmonizar e Amar

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Como cuidar de seu growler ....... 20

Clássicos da literatura ................... 33

Mulheres cervejeiras ..................... 24

Cerveja é arte ................................... 35

Ingredientes da cerveja artesanal ... 26

Filmes e gastronomia .................... 38

Tá tratando bem a sua cerveja .... 30

Exposições em Floripa .................. 43

02 Cerveja

Espumas Flutuantes

Arte

Arte DaVinci


05 Esporte e cerveja ............................ 46

Livros ao redor do mundo ........... 51

Surf sustentĂĄvel .............................. 48

Comuna 13: Arte em Medellin ..... 57

04

Esporte & SaĂşde

O Menino do Uniforme Listrado

Turismo

As Voltinhas de Gulliver

Agosto a novembro ........................ 60

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Eventos

O Tempo e Eventos


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Temperos Misturados por Wagner Filho

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m Estado com muitas influências europeias. Assim é Santa Catarina. Ao longo dos anos, pessoas de diferentes nacionalidades ocuparam partes da região e a mistura dessas distintas origens moldou não apenas a cultura como também a gastronomia do Estado. Santa Catarina recebeu várias etnias, contudo, algumas se sobressaem: os descendentes de italianos representam 45% da população; os alemães, 35%; os açorianos, 8% e os poloneses, 5%.

De acordo com Tyelle Wiggers, professora da Unisul, encontramos em menor escala também portugueses, húngaros e austríacos, entre outros. “Estes imigrantes, por algum tempo, se mantiveram em grupos homogêneos mantendo suas tradições, e isso sem dúvida inclui alimentação. Mesmo com algumas modificações, necessárias à nova vida, eles conservaram em grande parte sua forma inicial”, diz a professora. As migrações europeias em Santa Catarina tiveram início, efetivamente, no século 18 com dacasagastronomia

os portugueses das ilhas do Arquipélago dos Açores, enviados por Portugal para efetivar a ocupação do território catarinense e ainda resolver problemas de excesso de população da ilha de onde vinham. O chef do Senac Restaurante Escola em Santa Catarina, Heiko Grabolle, explica que os açorianos se estabeleceram no litoral e introduziram suas técnicas e costumes de se alimentar tendo como base os peixes e frutos do mar, legumes e verduras. “Até hoje temos pratos como tainha na brasa, sequência de camarão e lula à dorê, pratos muito similares aos de Portugal”, relata. Em meados do século 19, foi a vez da chegada dos alemães. Eles adaptaram suas receitas aos ingredientes locais. “Assim, criaram a cuca de banana, o pão de aipim e o marreco recheado, como alguns exemplos”, conta Grabolle. Já os italianos chegaram perto de 1880, apresentando a culinária e as técnicas de conservas que fazem parte até hoje da cozinha de


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Santa Catarina. “Salame, vinho, copa, os queijos coloniais, as massas artesanais, os pratos de polenta: podemos dizer que esta foi a culinária mais influente”, pontua o chef.

Futuro garantido

“Alemães e eslavos têm uma gastronomia parecida, com itens que remontam à alimentação destes povos da Europa fria, com muitos cozidos, batatas, defumados, massas de trigo”, diz Tyelle Wiggers, da Unisul. Esses ingredientes seguem até hoje sendo produzidos em Santa Catarina, assim como spatzel (massa que fica entre nhoque e macarrão, cozida do mesmo modo), o apffelstrudel (fina massa com doce de maçã assada), a streuselkuchen (cuca de farofa) e muitas outras. Se até agora a influência estrangeira se manteve presente na gastronomia, como saber se ela não se perderá com o tempo? Será possível que as tradições sejam conservadas

mesmo com as novas tendências da culinária? “Algumas coisas se perdem, é natural. Por exemplo, poucos descendentes de açorianos ainda usam a mandioca como principal guarnição. É inevitável que, com a globalização, tenhamos modificações alimentares, porém, acredito que muito dessa influência da colonização se mantém”, aponta a professora da Unisul. Já Grabolle, do Senac-SC, acredita que a gastronomia vai se adaptar e até se fortalecer, pois é um elemento fundamental para o turismo e os estabelecimentos estão percebendo isso. Atualmente, Santa Catarina conta com muitos eventos gastronômicos que proporcionam ao turista uma oportunidade para saborear pratos típicos e dão uma ideia do alto impacto da influência europeia na culinária local. Festa do Pinhão, Oktobertanz, Tirolefest, Festa da Ovelha e Oktoberfest são maneiras de relembrar as tradições e mantê-las vivas na memória da população.

PRATOS EUROPEUS KARTOFFELSSALAD

Salada de batatas cozidas com molho de maionese e vinagre também de origem alemã.

BORSCH

Cozido típico do leste europeu (Polônia e Ucrânia) de beterrabas e defumados, com chucrute, couve ou repolho e natas.

POLENTA

Cozido feito com água e fubá, que substitui o pão ou o macarrão. Introduzido pelos italianos do norte da Itália.

SPATZEL

Massa mole de trigo e ovos cozida em água fervente, típica da Alemanha. Lembra um nhoque ou macarrão.

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por Rosana Borges

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ma boa novidade para quem busca provar novos sabores de cervejas, é a linha de cervejas especiais da Bohemia, inspirada nas belezas da cidade de Petrópolis, de onde a marca é originária. A linha conta com a Bohemia 14 Weiss, refrescante leve e de aroma frutado; a Bohemia Aura Lager, avermelhada do estilo Vienna Lager e com um suave aroma de lúpulo; e a Bohemia 838 Pale Ale, mais amarga e com aroma intenso de lúpulo. Os três lançamentos já estão disponíveis em garrafas de 300 ml e, por enquanto, estão sendo vendidas exclusivamente através do Empório da Cerveja, por R$ 4,99, mas devem chegar nos principais pontos de venda do país em breve. E para aproveitar essa novidade

A gente dá dicas infalíveis de harmonização com 4 estilos de cerveja dacasagastronomia

Todo bom cervejeiro sabe que não há nada melhor do que uma gelada no final do dia. E, se ela vier muito bem acompanhada, as coisas ficam melhores ainda. Por sorte, você não precisa ser nenhum especialista no assunto para aprender a harmonizar alguns pratos com sua cerveja preferida. Quer ver só?


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1. Weiss & Camarão frito

Ó os ingredientes pra fazer um camarão delícia para acompanhar sua gelada: • 500 g de camarão • 1 limão • 1/2 xícara de salsinha • 2 dentes de alho • Sal e azeite a gosto Para preparar: Comece temperando os camarões com limão, salsinha, alho e sal a gosto e deixe marinar nessa solução por 5 minutos. Depois, coloque um fio de azeite em uma frigideira ainda fria e ponha os camarões para fritar. Para que eles fiquem sequinhos, o segredo é usar pouco óleo e virá-los apenas uma vez. Retire-os e coloque-os em uma travessa forrada com papel toalha e sirva com uma weissbem gelada.

2 . Pale Ale & Torta de limão E os ingredientes são:

• 200 g de bolacha maizena • 100 g de manteiga • 1/2 lata de creme de leite e 1 lata de leite condensado • 6 colheres (sopa) de suco de limão • 2 claras • 4 colheres (sopa) de açúcar Para preparar: Triture a bolacha no liquidificador, mistura com a manteiga para fazer a massa e bote para assar no forno preaquecido. Bata o creme de leite, o leite condensado e o limão no liquidificador e coloque o recheio em cima da massa. Para a cobertura bata as claras em neve e acrescente aos poucos o açúcar. Logo depois coloque no forno até gratinar e está pronto para servir. gastronomiadacasa


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3. Pilsen & Hambúrguer caseiro Dá uma olhada no que você vai precisar: • 800g de patinho • 5 fatias de queijo cheddar • 5 pães de hambúrguer Para o preparo: Separe a carne em 5 partes iguais, formando os hambúrgueres. Depois, deixe a carne descansar por 20 minutos e faça os hambúrgueres na chapa, em fogo alto (vire depois de 3 ou 4 minutos). Salgue o hambúrguer e adicione o queijo. Assim que o queijo derreter, retire o hambúrguer e servir com uma boa dose de pilsen.

Tem coisa mais gostosa do que essa dupla? Se o hambúrguer for feito em casa, fica melhor ainda.

4. Vienna Lager & Frango na cerveja

Para degustar duplamente. Você vai precisar de: • 1 kg de sobrecoxa de frango sem pele • 2 dentes de alho picados • Suco de limão • Pimenta, sálvia e alecrim a gosto • 1 lata da cerveja de sua preferência O preparo do prato é simples: Você só precisa temperar o frango com alho, suco de limão, sálvia, pimenta e alecrim e deixar ele um pouco nessa solução. Depois, coloque tudo em um refratário e regue com a cerveja. Leve ao forno por cerca de 1 hora ou até dourar e depois delicie-se. dacasagastronomia


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Comer era bom... N

ão sei como aparecia comida boa a toda hora. Ninguém era rico, mas daqui e mais dali surgia um única jabuticaba no pé que a fazia melhor e mais tentadora. E o almoço refogando, um alho amassado, uma cebola bem picada, o cheiro da pele de frango pousando na própria gordura, alguém já se apressando a pôr a mesa, o barulho dos talheres. Tudo isso é motivador. O Olivier Anquier conta que na sua primeira pousada, para que o pessoal não se atrasasse muito para o almoço, amassava um alho e fritava, era tiro e queda, todo mundo tomava banho mais depressa. E na escola trocávamos as lancheiras, aquela de couro duro e cheiro de cominho velho, e de lá de dentro saíam as coisas mais incríveis como sanduíches de ovo tão amassados que não poderiam ser mais finos e cenouras cruas inteiras com folhas e tudo. E, às vezes, uma sorte inaudita, um sanduíche de barra de chocolate com uvas frescas. No almoço nem sempre era galinha, tinha peixe frito e o formato do bicho e o medo das espinhas era sempre um encanto a mais. E a rua. Nada melhor que aqueles homens que passavam com um tambor, batendo uma matraca e o nosso coração parava. Era o homem do biju, aqueles canudinhos frágeis como a vida que se quebravam ao menor sopro. Grudava no céu da boca, subia ao céu ornado de anjos. E o vendedor, não sei porque, era sempre triste, talvez por perder muito no jogo. Acabada a compra, rolava uma roleta e se o cliente ganhasse não pagava nada, talvez esse o segredo de nossa felicidade e da mágoa dele. Nas férias da Bahia nem bem acordávamos e um monte de moleques chegavam com cestas vendendo pastel de banana com açúcar.

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N i n a H o rta É e s c r i to r a e c o l u n i sta d e g a st ro n o m i a da

F o l h a h á 25 a n o s . É f o r m a da e m E d u c a ç ão p e l a USP e d o n a d o B u ff e t G i n g e r h á 26 a n o s . Para comer algumas coisas era preciso andar como um saquinho transparente, vermelho, de pipoca de arroz, que escondia dentro um bonequinho de plástico cor de rosa. Ah, e as balas de goma. E a Paulistinha —aquele gosto fino de perfurar o cérebro, transformada em agulhas perigosas. Não sei, havia sempre uma promessa, eles sabiam das coisas, um jogo completo de xícaras e bule para chocolate, chaleiras que jamais alguém vira, mas que fabricavam a esperança de nossos dias. Era alguma propaganda de achocolatado. E os atores de cinema numa pequena foto em preto e branco, feita para preencher álbuns que não existiam. Só a vista dos bigodes de Clark Gable já nos amadurecia anos. Parecia nosso pai, mas não era nosso pai e nos casaríamos com ele um dia. É, de verdade, comer era bom e nem era preciso espetar uma cebolinha verde bem no topo do arroz para dar graça.


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&

Gastronomia

Literatura combinam? por Rosana Borges

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S

im, e muito mais do que imaginamos. A jornalista Denise Godinho faz neste sábado, 19, a palestra “Capitu vem para o Jantar”, na Fundação Ema Klabin, em São Paulo. Um jeito gostoso de descobrir como grandes escritores usaram referências culinárias em suas obras. A comida está presente em muitos livros. Denise conta que analisando a literatura pelo viés gastronômioco, nós conseguimos compreender a obra com outro ponto de vista. “Acho esta simbiose, literatura e gastronomia, bastante interessante de analisar Monteiro Lobato e Machado de Assis, por exemplo, costumavam citar em suas obras alimentos típicos brasileiros como um protesto contra a

“Afinal, à mesa muitos personagens evoluem, têm suas crises, se apaixonam, declaram guerra”

culinária parisiense que invadia o país”. Em seu projeto, a jornalista pesquisou as origens de diferentes pratos mencionados na literatura. Para isso, buscou as pistas que as obras oferecem e foi até a realização do prato. Por exemplo, para descobrir os segredos da Paella, citada no livro Por Quem os Sinos Dobram, de Ernest Hemingway, Denise realizou um dedicado trabalho de apuração e descobriu que Hemingway costumava comer a Paella do restaurante chamado Botin, em Madri. Entrou em contato com o restaurante e eles lhe deram dicas sobre prato. Durante o encontro, o público terá acesso a duas edições raras de livros de Machado de Assis que fazem parte do acervo da Fundação Ema Klabin: Esau e Jacob (edição de 1920 em Francês) e Dom Casmurro (edição de 1924 em Português), ambos da Editora Garnier (RJ). também poderá experimentar uma receita do livro Dom Casmurro, de Machado de Assis. Denise Godinho é jornalista e escritora. Escreve sobre literatura, gastronomia e turismo. Criadora do site Capitu Vem Para o Jantar e da Rádio Conta Outra, Vó, projeto ganhador de concurso. Dirigiu o documentário a A Primeira Vez do Cinema Brasileiro. Mantém uma coluna semanal sobre gastronomia e literatura no portal Burn Book. Para o blog SanSão Denise respondeu algumas perguntas.

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O que há de comum entre literatura e gastronomia?

É muito raro você pegar um livro que não tenha uma menção à comida. Afinal, à mesa muitos personagens evoluem, têm suas crises, se apaixonam, declaram guerra. Vez ou outra, as comidas citadas não são palatáveis. Sempre me lembro do banquete digno de uma barata em “A Metarmofose”, de Kafka. Apesar de não ser nem um pouco apetitoso para o leitor, aquela refeição faz total sentido para a trama.

Quais os autores que mais têm ligação com a gastronomia?

São muitos! Lembro agora de Proust que ficou eternizado por falar do paladar como gatilho de memória. Afinal é seu personagem que leva uma madeleine molhada no chá à boca e é instantaneamente transportado para memórias da infância. Eça de Queiroz era um cara que costumava citar muitos pratos em seus livros. Isto porque ele sofreu durante quase toda a vida de problemas no estômago. Não podendo comer, ele fazia com que seus personagens se deliciassem com os pratos preferidos. Além de ser praticamente um grande catálogos de comidas típicas portuguesas. Uma delícia. Outra que vale a menção é Virginia Woolf que, apesar de ter uma relação conflituosa com a comida, hora comendo

demais, hora se jogando aos jejuns, suas descrições são sempre pautadas em comida. “Ela tinha olhos cinzas como sardinhas”, “Ele tinha o corpo rechonchudo como um bolo de nozes”.

Capitu cozinhava bem, fazia parte do seu processo de sedução?

Infelizmente só posso imaginar. Em Dom Casmurro, Bentinho não fala muito sobre os dotes culinários de Capitu. Eles iam quase todos os domingos almoçar na casa do amigo Escobar. Vai saber se foi ali que Bentinho começou a sentir o ciúme da esposa e do amigo? A verdade é que o blog se chama Capitu Vem Para O Jantar porque certa vez eu estava relendo Dom Casmurro e me deparei com a menção de uma cocada, um doce que Capitu gostava muito. Fiquei curiosa e decidi fazer a cocada. Nascia assim a vontade de cozinhar as comidinhas citadas em livros. Achei que deveria homenagear Capitu e aí surgiu o nome do blog. Para saber mais você pode assistir à palestra de Denise que ocorrerá na sex-feira do dia 19 de setembro de 2017, na Fundação Ema Klabin. Recorte seu ingresso abaixo e chame os amigos mestres cucapara esse evento marcante no universo gastronômico.

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Paella Valenciana


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Ingredientes • 1/2 kg de frango • 1 kg de polvo • 1 kg de lula • 2 kg de mexilhão • 1/2 kg de camarão médio • 1/2 kg de arroz parboilizado • 2 cabeças de alho grande

Modo de Preparo Parte 1

1. Coloque a metade dos alhos para dourar no azeite 2. Acrescente os frangos temperados 3. Cozinhe até dourar e reserve o frango 4. Em uma panela cozinhe o mexilhão com casca e o camarão grande

Parte 2

• 4 unidades de tomate

1. Coloque a metade dos alhos para dourar no azeite

• 1 unidade de pimentão amarelo

2. Acrescente as lulas

• 1 unidade de pimentão vermelho

3. Cozinhe até dourar

• 6 unidades de camarão grande • 6 unidades de mexilhão (com casca) • Açafrão e sal a gosto

Parte 3

1. Acrescentar o polvo, frango e o mexilhão 2. Acrescentar água do camarão até cobrir os ingredientes 3. Acrescentar o tomate e pimentão picados

Decoração 1. Ferver água com sal 2. Cozinhar os caramões grandes inteiros ou lagostim até ficarem avermelhados 3. Cozinhar o mexilhão com casca

4. Deixar ferver até pegar gosto

Parte 4

1. Colocar água fria e o arroz (3 de água para 1 de arroz) e alçafrão 2. Espalhar o camarão médio e reserve

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Como cuidar de seu Growler O GARRAFÃO RETORNÁVEL CERVEJEIRO

por Gabi Demozzi

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O

s growlers, garrafões retornáveis de cerâmica, vidro ou até inox, são feitos com tampas de pressão ou rosqueáveis que permitem ao consumidor transportar o chope fresco, para onde quiser, evitando que se percam qualidades importantes da bebida, como carbonatação, frescor, aroma e sabor. Suas capacidades variam de meio a cinco litros. Dentro desses garrafões, a bebida se mantém própria para consumo por, aproximadamente, uma semana - desde que enchidos e armazenados corretamente. Após aberto, é recomendável que o consumo seja imediato. Eles são muito comuns em países europeus e também nos Estados Unidos, nas regiões em que já está enraizada a cultura cervejeira como um todo e, em especial, a cultura do Beba Local. No Brasil, ainda são poucos os locais que os vendem e abastecem esses garrafões - embora esses pontos estejam crescendo gradativamente. Gabi Demozzi, sommelière de cervejas da rede Mestre-Cervejeiro.com, destaca:

“Como são vendas por litro, conseguimos chegar a um preço muito mais atraente na venda e, ainda, evitar os desperdícios de embalagens. Além disso, consumindo um produto local, você ainda ajuda a fortalecer a cervejaria daquela região”, continua Gabi. Nas lojas da rede Mestre-Cervejeiro.com é possível encontrar dois modelos de growlers de dois litros, um de cerâmica e outro de vidro, além dos growlers PETs. Comprando os garrafões já cheios, em algumas das lojas, os clientes ganham descontos especiais no valor final. Nas lojas de cada região, há opções de produtos de cervejarias locais. “Somos apoiadores do Beba Local e queremos ampliar cada vez mais esse conceito em nossas lojas, ajudando a conscientizar os nossos consumidores sobre a importância e os benefícios dessa prática”, pontua Demozzi. Confira a seguir como cuidar do growler para prolongar o tempo de uso dele. Os cuidados adequados permitem uma conservação melhor, tanto do garrafão quanto da cerveja armazenada dentro do vasilhame:

“Esses conceitos do Beba Local e da utilização dos growlers são cada vez mais fortes no mundo todo e, no Brasil, estamos tomando cada vez mais consciência dos benefícios dessas práticas. Claro que conhecer cervejas novas, importadas de diversos países - envasadas em garrafas e latas com rótulos e modelos que enchem os olhos -, também é uma delícia e uma experiência muito rica, mas, ao valorizar também o consumo de bebidas produzidas na região onde ela é comercializada, retirando da fonte ou em pontos de vendas próximos, consegue-se um produto muito mais fresco e com as características originais bem menos impactadas”

Como limpar adequadamente?

Em termos ambientais e econômicos, essas práticas também são bastante atrativas.

Quando vazios, armazená-los longe de áreas com umidade, ou seja, mantê-los sempre em locais secos, limpos e livre de odores.

Lavar com água corrente ou com água quente logo após a utilização. Se optar lavar com água quente, não coloque o vasilhame imediatamente em contato com superfície fria (o que poderia causar fissuras devido ao choque térmico). Caso demore um pouco para fazer a higienização, usar água com 1% de ácido peracético ou detergente. Se optar por utilizar algum desses dois produtos de limpeza, apenas tenha a certeza de que ele seja totalmente removido antes de entrar em contato com a cerveja.

Como armazenar?

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Guardá-lo seco, mantendo a tampa aberta para evitar o desenvolvimento de bolores e mofos e o consequente mau cheiro no seu interior. Se colocá-lo em contato com água fervente, não o coloque imediatamente em superfícies frias. Isso pode causar um choque térmico. Quando cheios, o armazenamento deverá ser feito em local refrigerado, também seco, limpo, livre de odores, e especialmente, ao abrigo de luz.

Quais são os cuidados que se deve ter no transporte dos growlers?

Evitar qualquer tipo de batida ou queda do growler. O choque pode trincar ou, até, gerar microfissuras quase imperceptíveis mas que podem fazer com que o garrafão quebre quando for enchido sob pressão. Ao transportar mais de uma peça, tomar cuidado para que estejam isoladas para que uma garrafa não bata na outra. Evite a exposição, direta ou indireta, a fontes de calor.

Qual é o tempo máximo de uso / prazo de validade dos growlers?

Eles costumam ter uma vida útil muito longa e a validade do produto final é indeterminada, se o usuário do produto tomar todas as precauções necessárias para sua preservação no momento da higienização, armazenamento e transporte.

Por quanto tempo a cerveja pode ficar dentro do growler de cerâmica?

Se for envasado sem pressão, até 10 dias. Se for envasado por contrapressão, é possível armazená-la por até um mês. Independentemente da técnica de envase, após aberto, deve-se consumir em até 48h. Mas o ideal é consumir o quanto antes.

Qual growler mantém a temperatura da cerveja por mais tempo?

A cerâmica tem uma troca térmica mais lenta que os outros recipientes sem cápsula térmica, é uma característica do material, aumentando o tempo da cerveja com a temperatura mais baixa.

O growler interfere de alguma forma nas características da cerveja?

Não interfere se, quando vazio, tiver sido limpo e armazenado nas condições ideias. Quando cheio, haverá alteração da cerveja apenas se o garrafão for exposto ao sol. Aqui, a cerâmica também leva vantagem. A incidência de luz sobre a bebida armazenada nesse tipo de material é zero e isso contribui muito na conservação, mantendo as características originais do produto por um período de tempo maior.

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Mulheres Cervejeiras CONFRARIA FEMININA LANÇA CERVEJAS HOMENAGEANDO MULHERES INSPIRADORAS por Mari Dutra

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ma nova confraria cervejeira promete levar as mulheres ao lugar que sempre lhes pertenceu: atrás e à frente de um copo de cerveja. Além de abrir espaço para que mulheres de diferentes áreas se envolvam no universo cervejeiro, a confraria também promete homenagear figuras femininas marcantes. A primeira cerveja produzida por elas já tem nome: Carolina, uma homenagem à escritora negra Carolina Maria de Jesus, considerada uma das primeiras e mais importantes autoras negras do Brasil. “Eu sentia falta de um projeto com mulheres e sempre quis fazer algo do gênero aqui na Ambev“, conta Beatriz Ruiz, idealizadora do projeto e Ge-

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rente de Conhecimento Cervejeiro da Ambev. Ela conta que antes de trabalhar para o grupo atuava no mercado de cervejas artesanais, onde a presença feminina é muito mais marcante. Gerente da Ambev há dois anos, foi a Goose Island Brewhouse, em São Paulo, o primeiro local a abrir as portas para a ideia – literalmente. Hoje, o espaço reúne um grupo de sete mulheres para a confraria, que ganhou o nome de Goose Island Sisterhood. A proposta do projeto não é apenas resgatar a importância das mulheres na fabricação e consumo de cerveja, mas também debater temas relacionados ao empoderamento feminino. Por isso mesmo,


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apenas duas das mulheres da confraria trabalham de fato com cerveja. As outras são todas mulheres empoderadas que se destacam por sua força e talento em suas áreas de atuação. Uma das integrantes do projeto é a ativista negra feminista Stephanie Ribeiro, arquiteta e urbanista. Foi dela a ideia de homenagear Carolina na primeira cerveja produzida pelo grupo. “Tinha que ser uma cerveja que tivesse algo diferente. Logo de cara pensei na Carolina Maria de Jesus“, disse ela em entrevista ao Hypeness. A autora era uma mulher negra e brasileira, que vem sendo reconhecida hoje principalmente graças a movimentos feministas que buscam resgatar seu nome e sua obra. “Carolina era mineira. Por isso, a gente usa goiabada“, lembra Stephanie. Alguns ingredientes das cervejas, assim como os nomes das homenageadas, são pensados em conjunto, embora as cervejeiras do grupo fiquem responsáveis pelo lado técnico da produção e detalhes de cada receita. Elas são criadas de acordo com a personalidade da mulher que está sendo homenageada no momento. “Para a Carolina, nós criamos uma cerveja ácida e doce“, lembra Beatriz ao comentar que os detalhes foram pensados

para refletir o sarcasmo presente em alguns textos da escritora. Além de Beatriz e Stephanie, também participam da confraria Laura Aguiar (Mestre Cervejeira e Sommelière da Ambev), Marina Bonini Pascholati (Cervejeira do Goose Island Brewhouse SP), Simone Gomes da Silva (Professora), Christiana Pegoraro Marin (Curadora de

“Eu sentia falta de um projeto com mulheres e sempre quis fazer algo do gênero aqui na Ambev“ Conhecimento na Inesplorato), Débora Gotlib (Visagista e Proprietária da Casa Júpiter) e Thamiris Dias (Atriz). Para a próxima cerveja da confraria, que rola na terça-feira, 23, a proposta é homenagear Enedina Alves Marques, primeira engenheira negra do Brasil. As participantes haviam decidido

homenagear uma mulher na área da ciência e escolheram três nomes possíveis. A decisão de quem receberia a homenagem foi feita através do grupo da Confraria do Facebook, do qual já participam 200 mulheres. A receita criada em homenagem a Enedina é uma double brown ale com pinhão, ingrediente escolhido porque a engenheira foi natural de Curitiba. Por ser reconhecida por sua personalidade forte, a cerveja deverá ser mais maltada e mais alcoólica do que a anterior. No momento, os rótulos só podem ser adquiridos na Goose Island Brewhouse, em São Paulo. Como elas não são vendidas em garrafas, é possível bebê-las no local ou comprar um growler e enchê-lo com as cervejas do projeto. 100% da verba proveniente das vendas da cerveja será doada a instituições com foco no empoderamento feminino. Para a cerveja Carolina, a instituição que receberá os valores será o coletivo Di Jejê, que promove cursos, palestras e eventos abertos ao público sobre temas relacionados ao feminismo negro. A instituição beneficiada pelas vendas da Enedina deverá ser definida durante a próxima confraria.

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Ingredientes da Cerveveja Artesanal TEM TANTO INGREDIENTE POSSÍVEL PRA FAZER UMA BOA CERVEJA QUE DÁ PRA CRIAR UM ABECEDÁRIO CERVEJEIRO por Redação Hypeness

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as mais fracas e comuns às mais encorpadas e complexas em seus sabores, a cerveja é uma bebida tão cheia de possibilidades em seu sabor e em sua feitura quanto é popular em suas fórmulas mais clássicas. Com a popularização também de versões mais artesanais e elaboradas da bebida, aumentam também os ingredientes com os quais é hoje possível se fazer uma cerveja – aumento proporcional à variação de gostos e à quantidade de possibilidades em sabores ofertados no Brasil. Assim, é possível desenvolver um verdadeiro abecedário de ingredientes (mais populares ou mais exóticos) com quais é e pode ser feita a cerveja. De A a Z, do trigo e água ao milho, passando pelo gengibre, pela rapadura e chegando até na formiga, o abecedário da cerveja ilustra o quão versátil a bebida é, assim como pode ser a criatividade humana na hora de criar e desenvolver as coisas que mais lhe dão prazer.

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Água

Damasco

Banana

Especiarias

Cevada

Zimbro

A água é o ingrediente mais importante na produção da cerveja. E graças às tecnologias de tratamento da água utilizadas na indústria cervejeira atualmente, é possível obter a água ideal para a produção dos diferentes estilos.

Fabricada pela cervejaria inglesa Charles Wells, a Banana Bread Beer é uma cerveja Ale com teor alcoólico de 5,2%. Com a adição de banana durante a fermentação, a bebida ganha notas intensas da fruta nos aromas e no paladar.

Seus grãos são a alma da cerveja e serão transformados em malte, que contribuirá para diversas características da bebida, como a cor, o corpo e os aromas. Quando uma cerveja se diz “puro malte”, quer dizer que é feita com “puro malte de cevada”.

As cervejas do tipo Saison são um verdadeiro parque de diversões para os mestres-cervejeiros. Leves, frutadas e refrescantes, essas Ale podem possuir frutas entre os ingredientes.

A “escola belga” de produção de cervejas se caracteriza há vários séculos pela criatividade e a diversidade no uso de ingredientes. Como sementes de cominho, cravo e de coentro, que conferem aromas e sabores à bebida.

Original da Finlândia, o Sathi é um estilo de cerveja que mescla cereais malteados e não-malteados, entre eles cevada, centeio, trigo e aveia. Para incrementar o aroma, costuma-se acrescentar bagas de zimbro na receita.

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Gengibre

Jasmim

Hortelã

Lúpulo

Iogurte

Milho

Lançada em 2015 em uma edição limitada de 2.000 litros, a Wäls Saison D´Alliance foi produzida em Belo Horizonte, para celebrar a parceria entre a Wäls e a cervejaria Ambev. Em sua composição foram usados gengibre, sálvia e hortelã.

Assim como a Wäls Saison D´Alliance, outra cerveja brasileira feita com essa erva é a Profeta Weiss, elaborada com trigo e hortelã.

Uma microcervejaria da Nova Zelândia e duas americanas testaram o uso de iogurte, no lugar de outras leveduras, na produção de suas “sour beers” (cervejas azedas) com o objetivo de reduzir o tempo de fermentação que, nesses estilo, é longo.

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A microcervejaria Elysian, de Washington (EUA), elabora a IPA Avatar Jasmine, uma cerveja de corpo médio e 6,3% de álcool, em que flores secas de jasmim são adicionadas na produção.

Essa flor da família das canabidáceas – a mesma da maconha, mas que não tem efeito entorpecente – é responsável pelo aroma e amargor da cerveja. Sua maior ou menor quantidade na produção irá definir se uma cerveja é mais ou menos amarga.

É um cereal amplamente utilizado na produção de cerveja há centenas de anos, no mundo todo. Ele deixa a cerveja mais leve e refrescante, e está presente nas marcas mais vendidas no mundo, entre elas Skol e Brahma (Brasil), e Corona (México).


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Noz-moscada

Trigo

Orégano

Rapadura

Priprioca

Sorgo

Os monges que fabricam as cervejas do tipo Trapista (nos monastérios da Bélgica) utilizam em suas cervejas supercultuadas ingredientes alternativos como coentro, pimenta e até mesmo pitadas de nozmoscada.

Produzida nos EUA, a Mamma Mia Pizza Beer se apresenta como uma “cerveja de pizza”. A receita inclui farinha, molho de tomate, alho, manjericão e orégano.

A microcervejaria Amazon Beer, de Belém (PA), produz cervejas com ingredientes típicos da Amazônia. Uma delas é a Red Ale feita com priprioca, uma erva aromática muito usada na indústria de cosméticos. Na composição da cerveja é utilizada a raiz, da qual é extraído um óleo.

O trigo é a base das cervejas do tipo Weiss, da escola alemã. São leves, refrescantes e têm aroma de cravo e de frutas Entre as marcas mais conhecidas está a tradicional Franziskaner (desde o século 14).

A cervejaria Colorado, de Ribeirão Preto, produz a Colorado Indica, ganhadora de vários prêmios – uma IPA inspirada na escola inglesa, lupulada e alcoólica –, em que lança mão de rapadura entre os ingredientes.

Pouco conhecido no Brasil, o sorgo é um grão largamente utilizado na África, devido à sua resistência às condições severas de clima – no caso, calor e escassez hídrica. Para a produção de cerveja, é utilizado in natura ou malteado.

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Tá tratando bem a sua cerveja? por Redação Hypeness

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ão basta encher a geladeira de cerveja, é preciso também saber apreciar a bebida. Tomando alguns cuidados básicos, você preserva o aroma e sabor do líquido e ainda pode explorar melhor a sensação de cada gole. Listamos algumas dicas para te ajudar nessa tarefa.

Armazenamento

Parece um detalhe, mas o armazenamento correto da cerveja é muito importante para preservar todas as suas qualidades. Ao contrário do vinho, que é guardado deitado, as garrafas de cerveja devem ser armazenadas em pé. Isso vale principalmente para marcas mais artesanais ou não filtradas. Além de diminuir a oxidação, a garrafa pode guardar sedimentos que vão sendo depositados no fundo da embalagem, permitindo que você sirva uma gelada sem essa parte. A exceção são as cervejas que são fechadas com rolhas, pois podem ser armazenadas deitadas.

A temperatura ideal

Sabe aquela cerveja estupidamente gelada? Essa não é necessariamente a melhor maneira de servi-la, pois cada tipo de cerveja tem o seu ponto ideal. Essa variação permite que os sabores do estilo sedacasacerveja


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jam sentidos em sua plenitude. As cervejas do tipo pilsen são melhores servidas entre 2ºC e 4ºC. As mais encorpadas podem ser consumidas com temperaturas mais altas, entre 4ºC e 8ºC. É importante também manter a temperatura da bebida estável, pois mudanças bruscas podem afetar o sabor.

um é mais adequado a um estilo de bebida. Mesmo assim, a tulipa é um copo versátil, que pode servir como coringa para quem estiver na dúvida na hora da escolha. O blog Bebida Liberada listou dicas de qual o melhor copo para cada tipo de cerveja. Assim como a temperatura correta para o consumo, o copo sugerido também pode estar indicado no rótulo da garrafa. Independente da escolha, é importante que ele esteja bem limpo (uma sugestão é realizar dois enxágues após a lavagem). Caso haja resquícios de gordura ou de detergente, a formação da espuma pode ser prejudicada e todo o cuidado que você teve com a cerveja acaba se perdendo na hora de servir…

Com espuma ou sem espuma?

Considere comprar uma cervejeira

Para programar a temperatura da sua bebida sem surpresas, as cervejeiras da Consul são perfeitas. Elas podem ser ajustadas em cinco níveis de temperatura diferentes, permitindo que você adapte de acordo com o seu paladar e o tipo de cerveja escolhida. Cada eletrodoméstico tem capacidade para até 37 garrafas de 600 ml, 60 garrafas long neck ou 75 latas.

Muita gente tem dúvidas quanto a esse ponto, mas o melhor é servir a cerveja sempre com colarinho. Isso acontece porque a espuma é muito importante para a manutenção do sabor e amargor da bebida, além de ajudar a manter a temperatura depois de servida. Se você estiver mesmo preocupado pensando que vai “perder cerveja” caso sirva a bebida com colarinho, pode ficar tranquilo: especialistas indicam que 70% da espuma volta ao seu estado líquido. Alguns copos têm até mesmo marcação de onde deve acabar o líquido e começar o colarinho.E aí, pronto para cuidar da sua cerveja com todo o carinho que ela merece? Tim-tim!

No dia 21 de setembro, algumas cervejeiras da marca personalizadas por artistas poderão ser adquiridas durante um Art Battle que rola no Estúdio Music Club, em São Paulo. Os lucros serão revertidos para o Consulado da Mulher, um projeto de empreendedorismo criado pela empresa que beneficia mulheres de comunidades vulneráveis de todo o Brasil. Perfeito para gelar suas cervejas com muito estilo e ainda fazer o bem!

O copo certo

Não adianta tomar todos os cuidados com o armazenamento da cerveja se você abrir a garrafa e despejar o conteúdo em um copo plástico. Não faça isso, por favor! Existem diversos tipos de copos e cada cervejadacasa


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A CERVEJA COM GOSTINHO DE FORIPA

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Via GastronĂ´mica de Coqueiros. Av. Desembargador Pedro Silva, 2406.


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Clássicos da Literatura

por Letícia Schimdt

ALGUNS LIVROS QUE AJUDAM A ENTENDER UM POUCO SOBRE A HISTÓRIA BRASILEIRA

I

nvestigar a cultura de um país pode ser uma boa forma de entender mais sobre ele e seus diferentes momentos históricos. No Brasil, em especial, a literatura tem a capacidade de recontar parte do nosso desenvolvimento, mesmo que nas entrelinhas. Saiba quais são os livros, programe-se para ler e aproveite o que esses grandes livros têm a ensinar!

A escrava Isaura, de Bernardo Guimarães

Datado de 1875, A escrava Isaura é um livro com forte apelo abolicionista – algo que veio a acontecer no Brasil pouco mais de uma década depois, em 1888. A obra conta a história de uma escrava de pele branca, chamada Isaura, que, ao longo de sua vida, enfrenta as mais terríveis provações por ser propriedade de Leôncio. Isaura é a típica personagem do Romancismo (estilo literário em que a obra se encaixa). com todas as suas virtudes destacadas, enquanto Leôncio, por outro lado, apresenta-se como um ser da pior espécie.

O cortiço, de Aluísio de Azevedo

Publicado em 1890, O cortiço é uma obra que faz parte do movimento do Naturalismo e tem como pano de fundo a desigualdade social do Brasil em um Rio de Janeiro que começava a ter sua paisagem transformada pela pobreza após o fim da escravidão. A história é contada sob o ponto de vista

de dois grupos: o do sobrado (que representa a riqueza) e o do cortiço (os miseráveis, em geral negros recém-libertos). No entanto, o autor se preocupa em mostrar que o padrão moral de ambos os grupos é o mesmo, caracterizado pelo desrespeito nas relações pessoais. O personagem João Romão vive entre os dois mundos, explorando as pessoas até o ponto da saturação.

Grande sertão: Veredas, de João Guimarães

Considerado uma das obras-primas da literatura brasileira, este livro foi publicado em 1956 e faz a reconstrução do modo de vida de alguns personagens do sertão nordestino por meio do ponto de vista de Riobaldo, que narra sua história a um interlocutor.

Clara dos anjos, de Lima Barreto

Concluído em 1922, ano da morte de Lima Barreto, o romance Clara dos Anjos é uma denúncia áspera do preconceito racial e social, vivenciado por uma jovem mulher do subúrbio carioca. O Realismo-naturalismo, que tanto influenciou Lima Barreto na composição de Clara dos Anjos, é cientificista e determinista, considerando que as ações humanas são produtos de leis naturais: do meio, das características hereditárias e do momento histórico. Portanto, os romances naturalistas procuravam, através da representação literária.

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paradigma C!NEARTE.


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Cerveja é arte

ARTISTA RECRIA QUADROS CLÁSSICOS DE UMA MANEIRA “ALCOÓLICA” por Letícia Schimdt

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A

pesar de toda sua admiração pelos mestres da pintura, para o pintor americano Scott Clendaniel faltava algo nas principais obras da história. Não era uma questão de estilo, de tema ou de valor: o que Scott sentia falta nas mais famosas telas era um de seus assuntos preferidos: a cerveja. Especialista em pintura a óleo, Scott decidiu resolver esse curioso sentimento indo ao trabalho, e recriando essas famosas pinturas, com essa pequena hilária adição, incluindo a cerveja nesses ícones da história da arte.

Inspirado em Magritte

Residente do estado do Alaska, o gosto do artista pela cerveja é medido pelo título dessa coleção: Real Art Is Beer, ou nada menos que Arte verdadeira é cerveja. A explicação para tal inspiração é simples e cômica. Em 2006, fez a série Color of Beer, com dez pinturas à óleo de copos estilo pint com cervejas claras até uma escuríssima stout. Desde então, são algumas séries dedicadas à nossa amada. Confira a seguir, algumas das pinturas inspiradas em grandes outros quadros.

Inspirado em Jackson Pollock

“Eu comecei a recriar pinturas famosas, incluindo cerveja, por achar engraçado, e ser um bom desafio”

Inspirado em Salvador Dalí

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Inspirado em Magritte

Inspirado em Mondrian

Inspirado em Andy Warhol

Inspirado em claude monet

Inspirado em Michelangelo

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Filmes para

quem gosta de

gastronomia por Redaçaþ Hypeness

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V

ocê, como nós é viciado em gastronomia? Ama a culinária e adora tudo o que surge por ai sobre o assunto? Passa seus dias pensado no que cozinhar, que utensílios de cozinha precisa comprar e quais os sabores que melhor se misturam? Então com certeza vai adorar assistir filmes sobre gastronomia.

Realities shows, programas de TV, concursos e canais no Youtube. A gastronomia invadiu todas as mídias e todos os corações nos últimos anos. Antes quem passava longe da cozinha agora se arrisca nas mais minuciosas receitas e até fica com pinta de chef de cozinha (a bagunça que fica na pia a gente até desconsidera).

Nada melhor do que depois de um dia de trabalho corrido, preparar aquele prato maravilhoso e assistir a um bom filme não é mesmo? Por isso, separamos para você uma lista com os filmes de gastronomia que você não pode deixar de assistir.

Assistir aos mais variados personagens e as delícias que eles preparam na tela é muito inspirador. E, por que não, até se divertir com os desastres? Eles ajudam a nos sentir humanos. (Se até Catherine Zeta Jones interpreta uma tragédia na cozinha, o nosso bolo também pode ficar murchinho, né?).

Se existe uma receita que deu certo foi a aposta de grandes estúdios e emissoras em produções sobre o universo da culinária. O cinema pode não ter cheiro, ainda, mas é capaz de fazer você ficar com água na boca. A televisão tem batido recordes de audiência com programas e reality shows apresentados por chefes renomados que ensinam e inspiram os espectadores a cozinhar. Mas, também, existem muitos filmes interessantes. Preparamos uma lista imperdível de filmes para quem gosta de cozinhar ou para quem não entende muito disso, mas ama comer e sabe apreciar este, que é um dos maiores prazeres da vida!

Então, se você ficou fã dessa onda delicosa que dominou os papos em todas as rodas de conversa, confere essa listinha de filmes disponíveis que vão te afundar em um mundo cheio de sabor e tempero. Desde os clássicos até as animações com culinária francesa e vinhos. “Ratatouille”, dirigido pelo norte-americano Brad Bird, é um daqueles filmes sobre o mundo gastronômico que é praticamente impossível assistir sem ficar com água na boca e com vontade de reproduzir todas as receitas mostradas. Confira a seguir a lista com longas imperdíveis e deliciosos. Boa leitura e bom apetite!

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TOAST

Através do filme, descobrimos como Nigel se transformou neste grande nome da gastronomia. A mãe de Nigel não sabia cozinhar absolutamente nada e era adepta dos jantares enlatados.Contudo, após o falecimento da mãe, o pai se envolve com a Sra. Potter, uma mulher bastante austera mas que cozinha como ninguém.Com ela, Nigel vai se apaixonar por esta alquimia encantadora que é cozinhar

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JULIE & JULIA

Este filme se trata de uma jornalista, Julie Powell, que decide cozinhar as receitas do livro da incrível Julia Child durante um ano.A empreitada aconteceu de verdade e virou livro. O livro inspirou o filme protagonizado por Meryl Streep e Amy Adams. Além disso, vale dizer que a obra é dirigida por ninguém mais, ninguém menos que Nora Ephron, uma diretora, produtora e cineasta.

ESTÔMAGO

Raimundo Nonato mudou-se para a cidade grande na esperança de ter uma vida melhor. Trabalhando como faxineiro em um bar, ele descobre que seu talento é mesmo na cozinha. Raimundo transforma o bar em um sucesso e acaba sendo contratado para trabalhar em um restaurante italiano da região como assistente de cozinheiro. A cozinha italiana é uma grande descoberta para Raimundo


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OS SABORES DO PALÁCIO

É o último dia de trabalho de Hortense em uma cozinha na Antártida, quando um documentarista pede para falar sobre seu emprego anterior como cozinheira do presidente da França. Hortense defenderá com silêncio suas recordações do Palácio do Eliseu. Baseado em fatos reais, este filme trás um outro ponto de vista sobre acontecimentos históricos, através do olhar da chef de cozinha.

RATATOUILLE

Esta será a única vez que você verá um rato na cozinha e ainda assim morrerá de amor. Rémy é um rato que vive em Paris e sonha em ser um chef. Ele gosta tanto de culinária e se dedica tanto ao segredos da cozinha que seu olfato é bastante útil para desvendar venenos de rato escondidos na comida. Um belo dia ele conhece Alfredo, um jovem que não tem habilidade nenhuma na cozinha, mas precisa manter o emprego.

VATEL

Este filme francês é baseado em uma história real e conta a trajetória de François Vatel. Vatel é cozinheiro do príncipe de Condé e tem que preparar um elaborado banquete para o rei Luiz XIV. O cozinheiro então entra numa competição pessoal para dar o melhor de si e provar ao rei que ele é muito melhor que o cozinheiro do palácio real. Este encontro foi importante por centenas de motivos políticos.

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ARTE | COWORKING | EDUCAÇÃO

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Exposições em Floripa artedacasa


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EXPOSIÇÃO SENSOS E SENTIDOS

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A exposição apresenta ao público catarinense uma especial reunião de obras raras, como primeiras edições e edições especiais para bibliófilos, além de cartas originais inéditas, manuscritas e datilografadas, fotografias, discografia e a oportunidade de ouvir a voz do poeta lendo seus versos, oferecendo à comunidade catarinense a possibilidade de um contato mais próximo com a poesia e a memória do poeta. Compõem o catálogo as primeiras edições dos livros de Drummond apresentadas em contraste e comparação com suas versões mais recentes, ou seja, desde seu primeiro livro.

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EXPOSIÇÃO

FOTOGRÁFICA AÇORES

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A exposição propõe recortes dentro da coleção de Jeanine e Marcelo Collaço Paulo, que é composta por obras e peças que têm diversas origens diferentes - em escolas e movimentos da história da arte. Inscrita ao longo dos últimos quinhentos anos de países como Portugal, Peru, França, Espanha e Itália, a exposição reúne artistas destacados no cenário internacional, como por exemplo: Alfredo Ceschiatti, Bruno Giorgi, Eliseu Visconti, Ismael Nery, Jean-Baptiste Debret, Louise Canuet, Pedro Américo, Oscar Pereira da Silva, Othon Friesz, Sonia Ebling e o catarinense Victor Meirelles.

EXPOSIÇÃO POESIA E MEMÓRIA

A exposição é composta de 17 fotografias de autoria de Joi Cletison, que foram feitas em várias ilhas do arquipélago dos Açores, Portugal. As imagens expõem a arquitetura, festas populares, costumes tradicionais, e também as belezas naturais do arquipélago. Nas fotos, é possível observar as ilhas do Pico, São Jorge, Terceira, Graciosa, Faial, São Miguel e Corvo. A exposição foi criada para comemorar os 260 anos da chegada dos emigrantes eçorianos para povoar o sul do Brasil, especificamente o Estado de Santa Catarina. A proposta é levar a exposição a diversas cidades litorâneas.


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EXPOSIÇÃO

STRANGLOSCOPE

A fundação Cultural Badesc abre na quinta feira, 26 de outubro a exposição Nada é Imagem, Nada e Miragem, de maria Baptista, que ficará aberta para visitação até o dia 23 de novembro. Por meio do entrecruzamento de imagem e palavra, a artista apresenta uma reflexão sobre o abismo, a partir de imersões nas paisagens da Chapada Diamantina (BA) e dos Campos Gerais (PR). A artista conta que o trabalho iniciou em 2014 quando diante dos despenhadeiros da Chapada Diamantina e Campos Gerais pelo silêncio.

06 EXPOSIÇÃO

CRUZ E SOUSA

O Sítio Educação Coworking recebe pré-abertura do evento junto com a abertura da exposição Strangloscope. Acontecerá uma masterclass com André Parente & Katia Maciel, intitulada Cinema de Artista: da produção de filmes ao Cinema Expandido, e debate mediado por Raquel Stolf. A masterclass tem como objetivo analisar as principais tendências do cinema de artista no Brasil. Além de se apresentarem no Sítio Coworking, essa exposição estará sendo realizada depois dentro do MASC e MIS/SC.

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EXPOSIÇÃO

NADA É IMAGEM

NADA É MIRAGEM

A exposiçã abre oficialmente na terça-feira (31) as celebrações do Museu Histórico de Santa Catarina pelos 156 anos de nascimento do poeta simbolista catarinense. A programação do Museu, que é administrado pela Fundação Catarinense de cultura, avança pelo mês de novembro com pelo menos outras duas ações artísticas: a mostra caletiva “Dizer e Ver Cruz e Sousa” e a intervenção “Abalo”. As duas com início previsto para 14 de novembro. Todas com entrada gratuita.

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Esporte e Cerveja por Mauro Krause

ESTUDO MOSTRA QUE CERVEJA HIDRATA IGUAL À ÁGUA APÓS PRÁTICA ESPORTIVA

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m estudo apresentado em Bruxelas comprova que o consumo moderado de cerveja após exercícios físicos é tão eficaz quanto a água para a hidratação, segundo especialistas médicos.

Além disso, proporciona proteção contra fatores de risco cardiovascular, como diabetes, melhora a pressão arterial, regula o colesterol e previne a arterioesclerose, segundo a pesquisa.

Esta é uma das conclusões apresentadas no “VI Simpósio Europeu de Cerveja e Saúde”, onde participaram especialistas em medicina, nutrição e alimentação da União Europeia.

Estruch informou que atualmente estão sendo feitas pesquisas para determinar se os benefícios da cerveja com álcool são maiores que os da cerveja “sem”, embora haja indícios de que a primeira tem efeitos mais positivos.

O pesquisador Manuel Castillo, da Universidade de Granada, expôs os resultados de um estudo que consistiu em medir a reação do corpo à ingestão de água ou cerveja após a realização de esforço físico intenso. “Realizamos o estudo para comprovar se o costume de tomar cerveja depois do exercício era recomendável”, explicou Castillo. A conclusão foi de que uma quantidade moderada de cerveja “não prejudica a hidratação após o exercício”. Tomar cerveja seria “a mesma coisa que tomar água”, por isso é recomendado o consumo da bebida fermentada a todas as pessoas que não tenham nenhuma contraindicação. “Não foi encontrado nenhum efeito negativo que pudesse ser atribuído à ingestão de cervejdwa em comparação com a ingestão de água”, disse Castillo, que também afirmou que durante as conferências será apresentado outro estudo que descarta que exista “qualquer relação” entre o consumo da bebida e a tendência a desenvolver “barriga de chopp”. O médico Ramón Estruch, do Hospital Clínico de Barcelona, afirmou que os resultados dos estudos mostram que o consumo moderado de cerveja “ajuda na prevenção de acidentes cardiovasculares, graças aos efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios das artérias”.

De qualquer forma, Estruch ressaltou a importância de “consumir a cerveja dentro de um padrão de alimentação saudável, preferencialmente a dieta mediterrânea”. Maria Teresa Fernandez Aguilar, pesquisadora da Agência da Saúde de Valência, informou sobre os efeitos benéficos da cerveja sem álcool para as mães lactantes. Ela citou o estudo que demonstrou que crianças amamentadas por mães que consumiram duas cervejas sem álcool durante a lactação têm menos possibilidades padecer de doenças como câncer e arteriosclerose, devido à transmissão dos componentes antioxidantes de bebida. “Os resultados nos surpreenderam”, afirmou Maria Fernandez, acrescentando que a cerveja sem álcool seria mais recomendável que outras bebidas gasosas com base química.

Uma dica de breja para você tomar depois do seu exercício é a Skol Ultra, que possui menos carboidratos, 4.2% de teor alcoólico em 310 ml, tendo como slogan: A Cerveja Oficial Dos Atletas Não Oficiais. esporte&saúdedacasa


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Surf SUSTENTÁVEL por Amanda de Castro

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revista Science Magazine divulgou, na semana passada, novo relatório com dados assustadores sobre o aquecimento global. Mas o que o surf tem a ver com isso?

O estudo da revista Science aponta que hoje a Terra tem a mesma temperatura que há 125 mil anos, época em que os oceanos elevaram seus níveis em até 9 metros. E o que isso quer dizer? Quer dizer, que se o ritmo continuar o mesmo, é muito provável que milhares de cidades litorâneas desapareçam do mapa. Mas, como conter esse avanço? Nós, meros mortais somos capazes de frear esses dados assustadores? Use filtro solar, coma verduras, beba água, pratique esporte e viva em equilíbrio. Frases que já ouvimos infinitas vezes. Mas, é preciso de fato comprometerdacasaesporte&saúde

-se com essas premissas que muitas vezes nos parecem puro clichê. E acima de tudo, adotar práticas que interfiram no bem-estar comum. Viver de forma mais simples parece ser a chave para o sucesso. Quando se assume um estilo de vida menos consumista e mais consciente nos tornamos agentes ativos em prol de mudanças benéficas em nome, não só de si próprio, mas também do entorno. E o que isso tem a ver com o surf? Os surfistas são seres privilegiados, pois desfrutam do convívio com a natureza, o que muitas vezes faz com que se crie uma conexão capaz de tornar os desejos mundanos insignificantes. Ou seja, trocamos qualquer luxo por um minuto dentro de um tubo. Mas, o que os surfistas têm feito a respeito? Estamos retornando à natureza toda a alegria e prazer que ela nos proporciona? (é piegas,

eu sei, mas no fundo é isso). Os surfistas precisam se concientizar mais e a indústria do surf não parece estar comprometida com o meio ambiente como deveria. Se avaliarmos, por exemplo, os materiais com que são feitos as pranchas de surf tomamos um susto. É extramente poluente. E quais fábricas estão comprometidas com práticas menos evasivas? E a parafina, já parou pra pensar do que é feita? Seu guarda-sol é reciclável? Questionar é a grande sacada. Consumir produtos que não agridam o meio ambiente é essencial. Afinal, o futuro dos mares e das praias depende de nós. E mais uma vez é preciso cair no clichê e lembrar que se cada um fizesse sua parte o mundo seria melhor. Confira alguns produtos e fabricantes comprometidos com a preservação das praias e meio ambiente.


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Ecotent

Novidade no mercado de acessórios outdoor, essa tenda de praia chegou pra revolucionar. Biodegradável, reciclável e máxima proteção solar são alguns dos diferenciais da marca. As qualidades não param por aí, a Ecotent é super fácil de montar, estilosa e resistente ao vento.

Vissla

Californiana, a marca chegou ao Brasil há pouco tempo e também compartilha uma filosofia bem bacana, baseada na utilização de fibra de coco e tecidos feitos com garrafa PET.

CrixoSurfboards

Pranchas desenvolvidas com matéria prima renovável e sistema de produção sem impactos ambientais. Além de ecologicamente corretas elas são lindas.

Five Oceans

Criada por dois australianos essa marca produz quilhas de prancha a partir do lixo marinho.

Osklen

A marca brasileira é pioneira quando o assunto é inovação. Desde 2000, Oskar Metsavaht, proprietário da marca, desenvolve pesquisas com o objetivo de descobrir tecidos e tecnologias sustentáveis por meio do Instituto E.

BeeSurfWax

A parafina ecologicamente correta é feita de cera de abelha e promete a mesma aderência das parafinas tradicionais (e super poluentes).

ECOBOARD

Mais do que um produto, a ECOBOARD é um projeto comandado pela ONG Sustainable Surf, que tem como foco incentivar o uso de produtos sustentáveis na fabricação de pranchas. Para ser uma EcoBoard são necessários três pré-requisitos: (1) Bloco: espuma feita com no mínimo 25% de espuma reciclada ou 25% de conteúdo biológico. (2) Resina: deve ser feita com no mínimo 15% de bio-carvão com COVs zerados ou muito reduzidos. (3) Estrutura alternativa: A estrutura de uma prancha de surf deve ser feita de material biológico sustentável ou material renovável (como madeira) que forneça a maior parte do material da prancha e de sua integridade estrutural – e por consequência reduza a quantidade de espuma e resina necessários para fabricar uma prancha.

OUTERKNOWN

A marca do 11 vezes campeão mundial Kelly Slater é totalmente sustentável, sob o lema “Sustentabilidade significa inovação responsável”.

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Livros ao redor do mundo por Elisa Gonzales

CONHEÇA AS 12 BIBLIOTECAS MAIS IMPRESSIONANTES DO PLANETA

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Aberta em 2004, a Biblioteca Pública Central de Seattle encarou o desafio de, além de celebrar os livros, reunir todas as outras formas de mídia e apresentá-las em um mesmo espaço. Esse pensamento fez com que os arquitetos repensassem o projeto para que a biblioteca ganhasse componentes funcionais. O resultado é uma estrutura de 363 mil metros quadrados coberta de vidro que abriga modernas salas de leitura, salas de estar e um espaço para crianças – tudo para que os leitores possam aproveitar ao máximo.

Biblioteca Pública Central de Seattle (Seattle, Estados Unidos) Com o maior acervo da Irlanda, a Biblioteca da Trinity College segue ampliando desde a sua inauguração em 1592. No século 18, a biblioteca ganhou um novo espaço que hoje é um dos destinos turísticos mais procurados do país. Com uma arquitetura impressionante, é difícil escolher entre o exterior do prédio que guarda parte da história da Irlanda ou seu interior marcado por longos corredores e altas pilastras que emolduram grandes títulos da literatura mundial.

Biblioteca da Trinity College (Dublin, Irlanda) A Universidade de Aberdeen foi fundada em 1495, mas a nova biblioteca mostra que instituição não parou no tempo. Com uma fachada marcada por faixas irregulares e grandes placas de vidro, o prédio é um exemplo do bom uso da luz solar como recurso para economizar energia. As linhas retas que formam o exterior do prédio contrastam com as sinuosidades que caracterizam o interior. O design da biblioteca ainda conta com 1200 bancadas de estudo individuais para os alunos da universidade.

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Biblioteca da Universidade de Aberdeen (Aberdeen, Escócia)


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Originalmente inaugurada em 1602, a Biblioteca Bodleian passou por expansões durante os seus quatro séculos de existência. Atualmente, a biblioteca principal e seus prédios anexos guardam mais de 11 milhões de livros. Um desses prédios – a Radcliffe Camera – se tornou um símbolo do campus com sua estrutura neoclássica. Por essa biblioteca passaram grandes personalidades, como 26 primeiros ministros britânicos, 50 vencedores do Prêmio Nobel e renomados artistas como Oscar Wilde e William Morris.

Biblioteca Bodleian (Oxford, Inglaterra)

Biblioteca Sainte-Geneviève (Paris, França) Anexa ao Panteão, a Biblioteca Sainte-Geneviève foi projetada em meados do século 19. No entanto, suas obras são anteriores a esse período, já que parte do acervo da biblioteca pertenceu ao Monastério de Sainte-Geneviève, que foi fundado no século 6. Na arquitetura, o destaque vai para as estruturas de ferro que ficam à mostra e exibem arcos cheios de detalhes. As janelas grandes e altas também facilitam a entrada da luz e dão leveza ao espaço.

Biblioteca da Cidade de Stuttgart (Stuttgart, Alemanha) Criada para ser um marco contemporâneo da modernidade, a Biblioteca da Cidade de Stuttgart possui o formato de um cubo e o teto totalmente translúcido. Do lado de fora, as paredes de concreto receberam luzes coloridas que dão um toque de descontração ao prédio durante a noite. Logicamente, as comparações com um cubo mágico são inevitáveis. Do lado de dentro, os cinco andares superiores foram reservados exclusivamente para os livros. O design clean e as diversas escadas de acesso ao redor dos andares fazem o espaço parecer um grande labirinto minimalista.

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Biblioteca e Museu da Universidade Musashino Art (Tóquio, Japão)

Além de mesas e cadeiras, os móveis mais comuns em uma biblioteca são as prateleiras. Pensando nisso, o arquiteto japonês responsável pelo projeto da biblioteca da Universidade Musashino Art utilizou o objeto para cobrir paredes e ocupar os demais espaços desde a fachada até o interior do prédio. Curiosamente, é possível notar que as prateleiras vazias são ocupadas por pessoas em vez de livros. Esse é um dos reflexos da importância da informação digital na atualidade.

Localizada no Clementinum – um complexo de construções que datam desde o século 11 –, a Biblioteca Nacional da República Tcheca impressiona por seu teto ricamente elaborado com pinturas e arabescos. Colunas de madeira entalhada e globos de tamanhos impressionantes fazem referência a um estilo barroco e nos lembram do tempo em que os patronos buscavam por conhecimentos acerca do mundo.

Biblioteca Nacional da República Tcheca (Praga, República Tcheca) A nova construção concluída em 1999 ficou com o dobro do tamanho da original Biblioteca Real Dinamarquesa. Coberta com placas de granito polido, a estrutura ganhou o apelido de “Diamante Negro”. No meio da construção, um átrio cercado por vidro suaviza as formas e traz luz em abundância para os ambientes. Além de oferecer cultura e conhecimento para a sociedade, a biblioteca também funciona como um espaço público para encontros e eventos.

Biblioteca Real Dinamarquesa (Copenhagen, Dinamarca)

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Concluída no século 18, a construção é um marco da arquitetura barroca. A basílica e a galeria de arte são espaços que certamente merecem uma visita, mas é a biblioteca que ganha destaque por sua arquitetura e acervo impressionantes. Os milhares de livros aqui abrigados se encontram entre estantes e balaústres ricamente entalhados em madeira e decorados com ouro. A pintura do teto, finalizada em 1747, é uma representação alegórica dos seres que nos assistem dos céus.

Com um design impressionante, a Biblioteca e Centro Cultural de Vennesla foi construída dentro de um único galpão que abriga os espaços de leitura, as salas de reunião e um café. As curvas e sinuosidades que formam o teto descem pelas paredes e se estendem sobre o chão, formando prateleiras e assentos funcionais para os visitantes. Ainda nessas estruturas estão instaladas as luzes e o sistema de ar condicionado, criando um visual limpo em que tudo está interligado com harmonia.

Biblioteca do Monastério de St. Florian (Sankt Florian, Áustria)

Biblioteca e Centro Cultural de Vennesla (Vennesla, Noruega)

Biblioteca de Alexandria (Alexandria, Egito) A histórica e original Biblioteca de Alexandria – construída no século 3 antes de Cristo e destruída no século 3 depois de Cristo – foi um dos mais antigos e importantes templos de conhecimento do mundo. A nova Biblioteca de Alexandria foi finalizada em 2002 e tinha como objetivo recuperar a ideia de um centro de cultura. Por esse motivo, o espaço inclui uma série de bibliotecas especializadas, quatro museus, um planetário, um centro de realidade virtual, um centro de pesquisas acadêmicas, galerias de arte e uma sala de conferências – tudo isso de frente para o Mar Mediterrâneo.

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13 ARTE URBANA E MÚSICA RENOVAM PERIFERIA DE MEDELLÍN por Elisa Gonzales

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o universo distópico do filme “Jogos Vorazes”, o governo ditatorial reprime o povo de Panem e ataca o Distrito 13 para apagar do mapa qualquer faísca de revolta contra o sistema. É difícil olhar a Comuna 13, favela da periferia de Medellín, e não relacionar os planos real e fictício. A segunda maior cidade da Colômbia é o coração da retomada econômica e cultural do país pós-Uribe. A favela virou tela em branco para grafiteiros e atrativo turístico da cidade depois de ter sido bombardeada na operação militar Órion, em 2002, que matou dezenas de pessoas sob o pretexto de desmantelar o narcotráfico e guerrilhas urbanas da região. Grupos de direitos humanos estimam que haja mais de 500 desaparecidos.

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Os pequenos negócios pipocaram na comuna, repleta de pequenos ateliês e cafés onde se vendem obras cujas imagens remetem aos dias dos toques de recolher e tiros. Pelo “tour do grafite”, é possível ver o cinza do cimento das estruturas reformadas. A cor contrasta com os desenhos em spray nas encostas. A Comuna 13, aonde se chega pela estação de “metrocable” (metrô teleférico) San Javier, é um dos enormes complexos de favelas de Medellín, com população estimada em cerca de 100 mil pessoas. Entre as 16 comunidades desse tipo existentes na cidade, essa foi a mais violenta entre os anos 1980 e 1990. Depois, a

comunidade virou um modelo único de transformação social. Escadas rolantes conectam os declives e levam às obras multicoloridas, como um museu a céu aberto. Próximo a grupos de garotos que treinam passos do hip-hop está o centro cultural Casa Kolacho, dedicado à preservação do estilo musical, tão importante para os moradores quanto o reggaeton, gênero difundido por outros lugares da cidade. Entre telas, canecas e camisetas com referências à arte urbana, vendidas cada unidade a R$ 40, a imagem de um elefante chama atenção. O animal, que também está desenhado em muros, é um dos bichos com melhor memória.


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“Como nós, ele não se esquece das coisas facilmente”, diz Yherson Marulanda, 22, dono do simpático café Aroma de Barrio e um dos grafiteiros mais reconhecidos dali. “Manter a memória faz com que o passado não se repita.” A pecha de capital mundial do narcotráfico e casa de um incômodo morador, o traficante Pablo Escobar (19491993), não encontra eco na Medellín moderna, com as noites mais animadas da província de Antioquia e, dizem os nativos, de todo o país. Pelas ruas que circundam o parque Lleras, no bairro de El Poblado, se espalham restaurantes de comida cara, fast-food, baladas gay, discotecas, bares e, principalmente, casas de reggaeton.

“DES-PA-CI-TO” No Gusto Nightclub, movimentado todos os dias da semana, promoções de “shots” regam a festa, com misturas como café e licores de laranja e baunilha finalizados com um palmo de chantilly. O nome: “orgasmo shot”.

O clube Babylon é um dos mais disputados pela cidade, além do Luxury. Os que são mais puristas vão ao Prizma, localizado no bairro Colombia.

O clima quente é embalado por hits dos cantores Maluma e J. Balvin, expoentes do reggaeton, gênero que, apesar de ter nascido em Porto Rico, fez de Medellín sua casa e centro das maiores gravadoras.

Lá, o combo música, comida e bebida termina na pista de dança, onde dá para fazer coro, performance e pedidos ao DJ. Mas é aconselhável ir “devagarinho” e lembrar uma importante e imprescindível regra de etiqueta: sem “Despacito”, o chiclete que virou a primeira música latina a liderar o ranking do serviço de streaming de música Spotify.

A maioria das boates e dos bares toca “crossover”, é tudo uma grande mistura do ritmo local com a salsa importada da cidade de Cali. Esse viés nacionalista é o que faz da vida noturna de Antioquia uma atração.

Embora a música tenha ajudado a difundir o reggaeton e Medellín como seu epicentro, ali ninguém parece aguentar mais ouvir os suspiros de Justin Bieber. Bem, será que é só ali mesmo? turismodacasa


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Eventos

Mostra Badesc de Cinema Espanhol

Bazar Vegano

A 5ª edição do Bazar Vegano Floripa aconteceu no sábado, dia 21 de outubro, no centro comunitário da Sociedade Amigas da Lagoa. O evento, teve dessa vez um foco na pauta indígena. Nativos Guaranis, cooperativas, associações, pequenas produtoras da região, cozinheiras, artesãs, escritoras, permacultoras e artistas, foram alguns dos expositores presentes no Bazar.

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Oktoberfest

A Oktoberfest de Blumenau é um festival de tradições germânicas que ocorre na cidade de Blumenau (SC) durante o mês de Outubro. Ela é uma das celebrações que surgiram no mundo similares à Oktoberfest de Munique, na Alemanha.WA Oktoberfest de blumenau é realizada no Parque Vila Germânica, localizada no Bairro da Velha, com duração de 18 dias.

A Mostra de Cinema Atual Espanhol que percorre este ano 13 estados brasileiros é exibida em Santa Catarina dos dias 8 a 11 de novembro (quarta a sábado), na Fundação Cultural Badesc.O Cineclube da instituição apresenta gratuitamente cinco filmes espanhóis contemporâneos. Os sucessos serão apresentados em versões originais, com legenda em português.


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Mountain Do Caixa Lagoa da Conceição

Lagoa Surfe Arte

O evento Lagoa Surfe Arte, reuniu mostras de cinema, exposições, mesas-redondas e galerias de fotos no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis. A terceira edição do LSA foi até 20 de outubro, tendo como um dos principais objetivos promover o debate entre os amantes do esporte. O evento reúne surfistas e os apaixonados pelo esporte e pela arte.

É uma corrida entre bosques, lagoas, montanhas, muitas trilhas e paisagens de tirar o fôlego que ocorreu nos dias 19, 20 e 21 de outubro. Nesse evento os participantes puderam se encantar com as belezas naturais dos ponto dos percursos, na cidade de Florianópolis. O evento contou com uma infraestrutura fantástica que ofereceu espaço kids, massagem e muitas outras coisas.

Show de Elza Soares

Vencedor do Grammy Latino, A Mulher do Fim do Mundo é o primeiro disco de inéditas da carreira de 60 anos da cantora. A turnê passou por Florianópolis no dia 20 de agosto, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC. Elza retratou as mazelas da sociedade, instigando à reflexão sobre a condição do indivíduo em uma sociedade violenta, com críticas sociais e políticas.

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Rua Senador Ivo D’Aquino, 103 88062-050 Florianópolis dacasagastronomia

(48) 3206-6664


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