CLINICA VETERINÁRIA E HOTELARIA PÚBLICA PARA ANIMAIS DE PEQUENO PORTE EM PRESIDENTE PRUDENTE - SP

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CLÍNICA VETERINÁRIA E HOTELARIA PÚBLICA PARA ANIMAIS DE PEQUENO PORTE EM PRESIDENTE PRUDENTE - SP THAÍS AKEMI ABE JOVIAL

TRABALHO DE CURSO II APRESENTADO COMO REQUISITO PARCIAL DE CONCLUSÃO DO CURSO E OBTENÇÃO DO GRAU DE BACHAREL EM ARQUITETURA E URBANISMO, SOB A ORIENTAÇÃO DA PROF. JÚLIA FERNANDES GUIMARÃES PEREIRA.

CENTRO UNIVERSITÁRIO ANTÔNIO EUFRÁSIO DE TOLEDO DE PRESIDENTE PRUDENTE PRESIDENTE PRUDENTE | SP 2020


AGRADECIMENTOS Ao vislumbrar a trajetória de elaborar um trabalho de conclusão de curso, assim como toda a jornada percorrida ao longo desses cinco anos de formação, parece quase impossível descrever tantas razões para agradecer. Agradeço primeiramente a Deus, por todas as vitórias alcançadas, pela força que descobri em mim nos momentos mais difíceis e pelas pessoas especiais que Ele colocou no meu caminho no decorrer desses anos, mesmo os que não puderam estar presentes até hoje, mas que, de alguma forma contribuíram para quem sou hoje. Sou imensamente grata aos meus amados avós, Dona Luiza e Seu Nelson, que desde o início me ajudaram de todas as formas possíveis a concluir cada semestre da faculdade, sempre acreditando em mim e não medindo esforços para me ajudar a seguir em frente. À minha mãe, Adriana, que me deu força e esperança, e é uma peça fundamental para o meu amadurecimento. Aos meus avós, Dona Sebastiana e Seu Vinício, que me deram paz e tranquilidade no meio do caos, mesmo sem saber, durante a elaboração deste trabalho. Ao meu primo Alexandre, que está ao meu lado desde quando me entendo por gente e permanece comigo sempre me dando muita motivação e carinho para continuar. À minha companheira Maya, que embora não tenha me acompanhado desde o início deste ciclo, têm me dado apoio incondicional e me ajudado de todas as formas quando o assunto é tecnologia. À minha querida orientadora Julia F. G. Pereira, por sua atenção, carinho, dedicação e principalmente por transmitir calmaria e tranquilidade em todas as orientações. Aos professores, que muitas vezes também foram amigos. Aos “Sobreviventes” que me acompanharam durante esses cinco anos de faculdade, vocês contribuíram para que essa caminhada se tornasse mais leve e fizeram das minhas noites na faculdade noites mais felizes. Não posso deixar de dar ênfase ao Bruno e ao Everton, que estiveram comigo em todos trabalhos possíveis desde o início do curso. Gratidão é o que eu sinto por todos vocês. E a todos que contribuíram de alguma forma com esta etapa, muito obrigada!


“Os animais podem se comunicar muito bem. E eles fazem. E de um modo geral, eles sĂŁo ignoradosâ€? Alice Walker


RESUMO ----Este Trabalho de Conclusão de Curso traz uma proposta de um projeto arquitetônico de uma Clínica Veterinária Pública com Hotelaria, destinado a animais de pequeno porte, como cães e gatos, abandonados ou de donos de baixa renda. Perante a inexistência de edificações públicas voltadas a esta função, e também a fragilidade dos serviços e falta de espaço do CCZ/PP - Centro de Controle de Zoonoses, manifesta-se a importância de colaborar, a partir da arquitetura, para o bem-estar e saúde dos animais e dos seres humanos, uma vez que, a problemática dos animais abandonados nas ruas interfere na saúde pública. Sendo assim, o projeto busca atender à todas necessidades previstas no programa de necessidades, obedecendo à todas as normas e especificações de uma edificação de uso público, contribuindo para a segurança e a saúde dos animais e dos habitantes da cidade e região. Palavras-chave: Projeto de Arquitetura, Arquitetura Hospitalar, Edificação Pública, Animais, Clínica Veterinária, Pet Hotel, Hotelaria, Animais Abandonados.


ABSTRACT ----This Course Conclusion Paper presents a proposal for an architectural project for a Public Veterinary Clinic with Hospitality, aimed at small animals, such as dogs and cats, abandoned or low-income owners. In view of the lack of public buildings dedicated to this function and also the fragility of services and the lack of space at the CCZ / PP, the importance of collaborating based on architecture for the well-being and health of animals and beings is manifested human beings, since the problem of animals abandoned on the streets interferes with public health. Thus, the project seeks to meet all needs provided for in the needs program, complying with all the standards and building specifications for public use, contributing to the safety and health of animals and the inhabitants of the city and region.

Keywords: Architecture Project, Hospital Architecture, Public Building, Animals, Veterinary Clinic, Pet Hotel, Hospitality, Abandoned Animals.


LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS CCZ - PP - Centro de Controle de Zoonoses de Presidente Prudente ONG – Organização Não-Governamental ANVISA - Agencia Nacional de Vigilância Sanitária


LISTA DE ILUSTRAÇÕES, TABELAS OU QUADROS Figura 1 – Localização - Hospital Veterinário Constitución......................... 30 Figura 2 - Acesso principal - Hospital Veterinário Constitución................ 31 Figura 3 - Planta baixa com setorização - Hospital Veterinário Constituición............................................................................................................... 32 Figura 4 - Planta baixa - Hospital Veterinário Constitución......................... 33 Figura 5 - Corte AA - Hospital Veterinário Constitución.............................. 34 Figura 6 - Corte BB - Hospital Veterinário Constitución.............................. 34 Figura 7 - Corte CC - Hospital Veterinário Constitución.............................. 34 Figura 8 - Banho e tosa - Hospital Veterinário Constitución....................... 35 Figura 9 - Circulação e sala de espera cães - Hospital Veterinário Constitución................................................................................................................ 35 Figura 10 - Consultório - Hospital Veterinário Constitución....................... 36 Figura 11 - Fachada - Hospital Veterinário Constitución............................... 36 Figura 12 - Estacionamento e Fachada - Hospital Veterinário Constitución................................................................................................................. 37 Figura 13 - Localização - Hospital Veterinário Canis Mallorca.................... 37 Figura 14 - Acesso principal - Hospital Veterinário Canis Mallorca........... 38 Figura 15 - Planta baixa pav. térreo - Hospital Veterinário Canis Mallorca........................................................................................................................ 39 Figura 16 - Planta baixa pav. superior - Hospital Veterinário Canis Mallorca........................................................................................................................ 40 Figura 17 - Planta baixa pav. subsolo - Hospital Veterinário Canis Mallorca........................................................................................................................ 41 Figura 18 - Fachada lateral - Hospital Veterinário Canis Mallorca............. 42 Figura 19 - Corte - Hospital Veterinário Canis Mallorca................................ 42 Figura 20 - Localização - Memphis Veterinary Specialists (MVS).............. 43


Figura 21 - Acesso principal - Memphis Veterinary Specialists (MVS)...... 43 Figura 22 - Implantação - Memphis Veterinary Specialists (MVS)............. 44 Figura 23 - Planta baixa pav. térreo - Memphis Veterinary Specialists (MVS).............................................................................................................................. 45 Figura 24 - Planta baixa pav. superior - Memphis Veterinary Specialists (MVS).............................................................................................................................. 46 Figura 25 - Corte AA - Memphis Veterinary Specialists (MVS).................... 46 Figura 26 - Perspectiva Corte AA - Memphis Veterinary Specialists (MVS).............................................................................................................................. 47 Figura 27 - Sistema Construtivo - Memphis Veterinary Specialists (MVS).............................................................................................................................. 47 Figura 28 - Recepção - Memphis Veterinary Specialists (MVS)................... 48 Figura 29 - Recepção - Memphis Veterinary Specialists (MVS)................... 48 Figura 30 - Localização - Animal Refuge Centre.............................................. 49 Figura 31 - Acesso principal - Animal Refuge Centre...................................... 49 Figura 32 - Rio próximo ao Animal Refuge Centre......................................... 50 Figura 33 - Planta baixa pav. térreo - Animal Refuge Centre....................... 51 Figura 34 - Planta baixa pav. superior - Animal Refuge Centre................... 51 Figura 35 - Corte esquemático - Animal Refuge Centre................................ 52 Figura 36 - Perspectiva - Animal Refuge Centre.............................................. 52 Figura 37 - Corte esquemático em perspectiva - Animal Refuge Centre.. 53 Figura 38 - Circulação gatil - Animal Refuge Centre...................................... 53 Figura 39 – Fachada - Animal Refuge Centre................................................... 54 Figura 40 - Localização - Palm Springs Animal Shelter................................. 55 Figura 41 - Acesso principal - Palm Springs Animal Shelter......................... 55 Figura 42 - Implantação - Palm Springs Animal Shelter................................ 56 Figura 43 - Planta baixa - Palm Springs Animal Shelter................................ 57 Figura 44 - Recepção e "Cool Cats" - Palm Springs Animal Shelter........... 58 Figura 45 - Cool Cats - Palm Springs Animal Shelter..................................... 58 Figura 46 - Área de adoção cães - Palm Springs Animal Shelter................. 59 Figura 47 - Localização - Animal Care Center & Community Center....... 60 Figura 48 - Acesso principal - Animal Care Center & Community Center............................................................................................................................ 60 Figura 49 - Estacionamento - Animal Care Center & Community Center............................................................................................................................ 61 Figura 50 - Planta baixa - Animal Care Center & Community Center........ 62


Figura 51 - Circulação canis - Animal Care Center & Community Center............................................................................................................................ 63 Figura 52 - Lateral esquerda - Animal Care Center & Community Center............................................................................................................................ 63 Figura 53 - Elevação lateral esquerda - Animal Care Center & Community Center................................................................................................... 63 Figura 54 - Elevação frontal - Animal Care Center & Community Center............................................................................................................................ 64 Figura 55 - Localização - Terreno 01................................................................... 66 Figura 56 - Localização do Terreno 01 no Bairro............................................ 67 Figura 57 - Terreno 01 e entorno.......................................................................... 68 Figura 58 - Acessos ao Terreno 01........................................................................ 68 Figura 59 - Cheios e vazios – Terreno 01........................................................... 69 Figura 60 - Uso e ocupação - Terreno 01........................................................... 69 Figura 61 - Localização - Terreno 02................................................................... 70 Figura 62 - Localização do Terreno 02 no Bairro........................................... 70 Figura 63 - Terreno 02 e entorno......................................................................... 71 Figura 64 - Terreno 02 e entorno......................................................................... 72 Figura 65 - Acessos ao terreno 02......................................................................... 72 Figura 66 - Cheios e vazios - Terreno 02........................................................... 73 Figura 67 - Uso e ocupação - Terreno 02........................................................... 73 Figura 68 - Localização - Terreno 03.................................................................. 74 Figura 69 - Localização do Terreno 03 no Bairro........................................... 74 Figura 70 - Terreno 03 e entorno......................................................................... 75 Figura 71 - Acessos ao Terreno 03......................................................................... 76 Figura 72 - Cheios e vazio - Terreno 03.............................................................. 76 Figura 73 - Uso e ocupação - Terreno 03............................................................ 77 Figura 74 - Vista da Rua Padre João Goetz, 2017............................................... 78 Figura 75 - Vista da Rua José Afonso, 2011.......................................................... 78 Figura 76 - Vista da Rua José Afonso e construções na divisa do terreno, 2011................................................................................................................................. 79 Figura 77 - Rua Padre João Goetz.......................................................................... 79 Figura 78 - Rua Padre João Goetz.......................................................................... 80 Figura 79 - Terreno escolhido................................................................................ 80 Figura 80 - Novo edifício vertical sendo construído em frente ao terreno. 81


Figura 81 - Terreno escolhido com curva de nível........................................... 81 Figura 82 - Terreno escolhido em perspectiva com curvas de nível.......... 82 Figura 83 - Terreno escolhido em perspectiva com curvas de nível.......... 82 Figura 84 - Tabela: Setor de atendimento.......................................................... 85 Figura 85 - Tabela: Setor de diagnóstico............................................................. 86 Figura 86 - Tabela: Setor cirúrgico....................................................................... 87 Figura 87 - Tabela: Setor de internação............................................................... 88 Figura 88 - Tabela: Setor de sustentação............................................................. 88 Figura 89 - Tabela: Setor de adoção..................................................................... 89 Figura 90 - Pet Shop................................................................................................. 89 Figura 91 - Tabela: Setor administrativo............................................................. 89 Figura 92 - Área para funcionários....................................................................... 90 Figura 93 - Tabela: Setor técnico.......................................................................... 90 Figura 94 - Tabela: Somatória de áreas............................................................... 91 Figura 95 - Fluxograma............................................................................................ 93 Figura 96 - Clínica Veterinária 24 HRS DR. Animal........................................ 98 Figura 97 - Acesso ao lote......................................................................................... 99 Figura 98 - Clínica Veterinária 24 HRS - DR Animal...................................... 100 Figura 99 - Clínica Veterinária 24 HRS - DR Animal...................................... 100 Figura 100 - Clínica Veterinária 24 HRS - DR Animal.................................... 101 Figura 101 - Acesso ao edifício................................................................................ 101 Figura 102 - Acesso principal ao edifício............................................................. 102 Figura 103 – Recepção.............................................................................................. 103 Figura 104 – Recepção.............................................................................................. 103 Figura 105 - Área de espera gatos.......................................................................... 104 Figura 106 - área de espera cães............................................................................. 105 Figura 107 - Jardim de passeio cães....................................................................... 105 Figura 108 - Jardim de passeio cães....................................................................... 106 Figura 109 - Jardim de passeio cães em perspectiva........................................ 106 Figura 110 - Acesso para o estacionamento Pet Shop...................................... 107 Figura 111 - Rampa de acesso.................................................................................. 108 Figura 112 - Interior Pet Shop................................................................................. 108 Figura 113 - Interior Pet Shop................................................................................. 109 Figura 114 - Banho e tosa.......................................................................................... 109 Figura 115 - Vista acesso para funcionários......................................................... 110


Figura 116 - Rampa de acesso funcionários........................................................ Figura 117 - Acesso Emergencial............................................................................ Figura 118 - Acesso Emergencial............................................................................ Figura 119 - Fachada Pet Hotel............................................................................... Figura 120 - Perspectiva estacionamento Pet Hotel........................................ Figura 121 - Estacionamento Pet Hotel................................................................ Figura 122 – Praça...................................................................................................... Figura 123 - Vista acesso canil/gatil para funcionários................................... Figura 124 - Acesso canil/gatil para funcionários............................................. Figura 125 - Acesso usuários para Pet Hotel....................................................... Figura 126 - Interior Pet Hotel............................................................................... Figura 127 - Área de aproximação Pet Hotel...................................................... Figura 128 - Corte transversal - BET.................................................................... Figura 129 - Corte longitudinal - BET.................................................................

110 111 111 113 113 114 114 115 115 116 117 117 130 130


SUMÁRIO

1

INTRODUÇÃO ..........................................................................................13

2 OBJETIVOS ................................................................................................16 2.1 OBJETIVO GERAL ......................................................................................17 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................17 3 4

METODOLOGIA ......................................................................................18 JUSTIFICATIVA ........................................................................................20

5 REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................23 5.1 CLÍNICA VETERINÁRIA .............................................................................26 5.2 PET HOTEL .................................................................................................27 6 REFERÊNCIAS PROJETUAIS ................................................................29 6.1 CLÍNICA VETERINÁRIA .............................................................................30 6.1.1 HOSPITAL VETERINÁRIO CONSTITUCIÓN .........................................30 6.1.2 HOSPITAL VETERINÁRIO CANIS MALLORCA ....................................37 6.1.3 MEMPHIS VETERINARY SPECIALISTS (MVS) ......................................43 6.2 PET HOTEL ................................................................................................49 6.2.1 ANIMAL REFUGE CENTER - ANIMAL SHELTER ……………..………….…49 6.2.2 PALM SPRINGS ANIMAL SHELTER ……………………………….……........…54 6.2.3 ANIMAL CARE CENTER & COMMUNITY CENTER ............................60 6.3 ANÁLISE DAS REFERÊNCIAS ………………................................................64


7 ESCOLHA DAS ÁREAS .......................................................................65 7.1 TERRENO 01 ..........................................................................................66 7.2 TERRENO 02 ..........................................................................................70 7.3 TERRENO 03 ..........................................................................................74 7.4 TERRENO ESCOLHIDO ........................................................................77 7.4.1 PERFIL TOPOGRÁFICO DO TERRENO ............................................78 8

PROGRAMA DE NECESSIDADES BÁSICO ..................................83

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FLUXOGRAMA ...................................................................................92

10 PROJETO - CLÍNICA VETERINÁRIA E HOTELARIA PÚBLICA DR. ANIMAL ..................................................................................................94 10.1 CONCEITO ...........................................................................................95 10.2 MATERIALIDADE ................................................................................96 10.2.1 PILARES DE CONCRETO ARMADO ...............................................97 10.2.2 LAJE PROTENDIDA ...........................................................................97 10.2.3 PAREDE EM GESSO ACARTONADO - DRYWALL .......................98 10.3 O PROJETO .........................................................................................98 10.3.1 O CLINICA VETERINARIA PUBLICA - 24 HORAS ......................100 10.3.2 PET HOTEL ......................................................................................113 10.4 PINTURAS, TEXTURAS E REVESTIMENTOS INTERNOS ..........127 10.5 PINTURAS, TEXTURAS E REVESTIMENTOS EXTERNOS .........128 10.6 BACIA DE EVAPOTRANSPIRAÇÃO ..............................................129 11

CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................131

REFERÊNCIAS ............................................................................................133 APÊNDICE ....................................................................................................


1.INTRODUÇÃO


----Este Trabalho de Conclusão de Curso II apresenta a proposta de um projeto arquitetônico de uma Clínica Veterinária com Hotelaria Pública para animais de pequeno porte, a fim de atender bichos de estimação do público de baixa renda e principalmente animais abandonados ou resgatados por ONGs de Presidente Prudente e região, focados no cuidado e preservação da saúde animal, concedendo todas conveniências necessárias para o melhor funcionamento e atendimento ao programa de necessidades da Clínica e da Hotelaria. “A "Organização Mundial da Saúde estima que só no Brasil existam mais de 30 milhões de animais abandonados, entre 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. Em cidades de grande porte, para cada cinco habitantes há um cachorro. Destes 10% estão abandonados. No interior, em cidades menores, a situação não é muito diferente. Em muitos casos o número chega a ¼ da população humana.” [...] “Em Presidente Prudente tem 52 mil animais, com 2,6 mil abandonados”, informa a Agência de Notícias de Direitos Animais. (ANDA, 2013).

----O abandono é facilmente notado ao caminhar pela cidade, sendo assim, providências devem ser tomadas pelo município. ----No dia 10 de setembro de 2019, a Prefeitura desta cidade publicou a Lei Nº 10.006/2019 que determina a Política Municipal de Combate aos Maus Tratos de Animais em Presidente Prudente. O documento se refere como animal todo ser vivo irracional domesticado para convívio com ser humano ou não, pertencente à fauna urbana ou domiciliada, nativa ou exótica. A lei cita tudo o que é considerado como maus-tratos, entre os principais estão: espancamento, uso de substâncias que causem queimaduras, torturas, abusos sexuais, além de abandono em vias públicas e omissão de socorro em caso de acidente. Esta nova lei foi legitimada pelo Prefeito Nelson Bugalho e é de autoria dos Vereadores Alba Lucena Fernandes Gandia e Wellington de Souza Neves, no qual é esperado a colaboração da comunidade para denunciar os maus-tratos ocorridos com animais a fim de protegê-los e punir perante a lei aqueles que os maltratam fisicamente e psicologicamente. Na atualidade, a cidade de Presidente Prudente não dispõe de hospitais veterinários públicos, a não ser o CCZ - Centro de Controle Zoonoses, que muitas vezes não atende a

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todas necessidades dos animais por falta de estrutura, espaço, ou profissionais disponíveis com horário flexível. ----Em relação às clínicas veterinárias particulares a cidade conta com uma grande quantidade, porém, poucos animais têm acesso ao tratamento oferecido por elas, uma vez que o custo não é acessível a todos os donos dos animais, principalmente em casos de internações ou doenças mais graves que exigem um custo mais alto pelo tratamento. ----Diante desta realidade quem sofre mais são os animais abandonados nas ruas, que além de passar fome e frio, também são desprovidos de tratamento de saúde, assim colocando em risco a própria saúde e a saúde pública dos habitantes da cidade. ----Felizmente a cidade dispões de ONGs protetoras dos animais, que realizam resgates de animais maltratados, perdidos e abandonados, entre elas estão: Beco da Esperança PP e Anjo de Quatro Patas PP. Geralmente essas ONGs buscam tratamentos para esses animais em clínicas veterinárias particulares, criando dívidas com a empresa e contando com a ajuda da população para arcar com o pagamento através de doações. ----Fica clara a ausência de uma clínica veterinária e hotelaria popular na cidade de Presidente Prudente, uma vez que, muitas Organizações não Governamentais buscam atendimento para os animais em redes privadas, além de contar com a ajuda da população para o fornecimento de lares temporários para esses animais se recuperarem dos procedimentos aos quais foram sujeitos. ----A partir deste problema surge a ideia de ajudar através da arquitetura a melhorar a qualidade de vida desses animais, evitando futuros problemas de saúde da população animal e da sociedade em geral. ----O projeto de uma Clínica Veterinária com Pet Hotel para abrigar temporariamente animais carentes, deve-se levar no mínimo em consideração boa localização, sustentabilidade, estacionamento amplo, consultório, salas para internação, centro cirúrgico, sala de espera, hotelaria e banho e tosa.

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2.OBJETIVOS


----2.1 OBJETIVO GERAL ----O objetivo principal deste trabalho de curso é projetar uma clínica veterinária pública com hotelaria na cidade de Presidente Prudente, visando melhorar a qualidade de vida e diminuir a população de animais nas ruas, através de resgates e cuidados clínicos atendendo à todas necessidades dos mesmos. ----2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ----Para que o projeto se concretize, os seguintes objetivos específicos precisam ser atingidos: Estudo preliminar do terreno; Análise do entorno da área escolhida com a realização de pesquisas de uso e ocupação do solo, cheios e vazios (densidade), fluxos e permeabilidade; Montagem de programa de necessidades após aplicação de questionário online; Análise de referências projetuais; Montagem de fluxograma; Desenvolvimento do projeto - plantas baixas, cortes, fachadas, memoriais descritivos e projetos complementares. ----O projeto deve ser um espaço que se adeque aos critérios do Ministério da Saúde e do Código Sanitário, possuindo todas instalações aptas necessárias para o bom funcionamento e realização das atividades, visando a atender toda demanda de animais abandonados e de donos de baixa renda do município.

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3.METODOLOGIA


----Para atingir tais objetivos, adotamos a metodologia a seguir detalhada. Em um primeiro momento foram realizadas pesquisas bibliográficas para a conceituação e entendimento das legislações envolvidas aos cuidados com animais, organização de espaços de atendimento médico veterinário e abrigos. Após isso, foram realizadas pesquisas por referências projetuais de clínicas veterinárias e edificações de uso público para o melhor entendimento da organização espacial e funcionalidade dos ambientes necessários. ----Para a definição do local de implantação do projeto, foram realizados estudos de 3 lotes localizados na cidade de Presidente Prudente, levandose em conta para a escolha, os critérios de uso e ocupação do solo, análise de fluxos, proximidade como os locais de maior demanda, análise de cheios e vazios, zoneamento e área total do local. Os estudos realizados e os possíveis terrenos de implantação estão detalhados no item 7.0 abaixo. ----A fim de montarmos um programa de necessidades adequado com o perfil da localidade e que seja suficiente para as demandas regionais, foram elaborados dois questionários no Google Formulários (Apêndice 01), sendo um deles destinados aos usuários e proprietários de animais e o outro destinado aos profissionais de saúde (médicos veterinários e funcionários de clínicas veterinárias). ----O público alvo foi delimitado em 30 pessoas, sendo que 20 são usuários e 10 os profissionais de saúde. ----O resultado do questionário foi balizador para a montagem e aperfeiçoamento do programa de necessidades que é a etapa do seguinte desse processo. É importante salientar que o questionário será submetido ao Comitê de Ética da IES a fim de obter a liberação para sua aplicação, o que ocorrerá provavelmente entre os meses de julho e agosto. ----Com o programa de necessidades em mãos, em conjunto com as referências projetuais e os dados do terreno escolhido, foi possível dar início ao fluxograma e montagem das peças que compõem o projeto arquitetônico como planta baixa, cortes, fachadas, plantas de cobertura, implantação, detalhamentos e memoriais descritivos.

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4.JUSTIFICATIVA


----O CCZ/PP foi construído em 2006, possuindo apenas 33 baias disponíveis aos animais capturados, quantidade pequena e abaixo do recomendado pela FUNASA nos padrões de projetos arquitetônicos para Centro de Controle Zoonoses, sendo assim gera dificuldade para as atividades realizadas no local por falta de espaço para atender a toda demanda de animais da cidade. A falta de investimento do poder público também dificulta a atividade plena da CCZ, pois não há um veículo que resgate todos os animais abandonados nas ruas. Grande parte dos animais que tiveram acesso ao CCZ foram encaminhados através do Corpo de Bombeiros, que atendem à casos específicos em que são notificados, como ataques de cães ou suspeita de doenças. ----Nosso país não possui uma política que examine a saúde e a população de animais, portanto, algumas cidades buscam prevenções de forma individual, assim como foi relatado anteriormente, nesta cidade foi aprovado a Lei Nº 10.006/2019 que determina a Política Municipal de Combate aos Maus-Tratos de Animais em Presidente Prudente, porém, ainda se torna necessário a implantação de uma clínica veterinária popular para que possibilite o cuidado com a saúde animal e pública. ----A Portaria Nº 2488/2011 aprovou a Política Nacional de Atenção Básica para o SUS incluindo a Medicina Veterinária no Núcleo de Atenção à Saúde da Família (NASF), que ressalta:

A inclusão dos médicos veterinários dentro dessas equipes multiprofissionais de ação direta dentro de comunidades prédeterminadas e definidas nos programas de gestão municipal das secretarias de Saúde, busca que esse profissional atue dentro de sua competência específica em diferentes frentes. (...) deve promover através de ações, informações e da educação uma série de conceitos e práticas que buscam minimizar riscos tanto para os humanos quanto para os animais dentro de uma comunidade alvo das ações do programa. A participação em conjunto com todos os demais integrantes da equipe no planejamento, monitoramento e avaliação das ações desenvolvidas pelo programa em cada localidade, reveste o médico veterinário da responsabilidade de agir em áreas como a epidemiologia das enfermidades, e das populações, nas diversas ações da vigilância sanitária e vigilância ambiental, buscando superar os desafios que envolvam a defesa do ambiente para o bem estar das população humana e dos animais, efetivando a Saúde Única. (GOMES et. Al., 2016, p. 75).

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----A inclusão de uma Clínica Veterinária Popular mostra-se importante no meio urbano, não somente para evitar problemas de saúde aos animais, mas também como forma de preservação à saúde da população, uma vez que há doenças infecciosas que podem ser transmitidas naturalmente para o ser humano, com isso pode ser considerado a saúde do animal como saúde pública. ----Visto que existem muitos animais abandonados nas ruas, a adição de um Pet Hotel dentro da Clínica Veterinária mostra-se necessária para abrigar esses animais temporariamente, até que seja encontrado um lar permanente, dessa forma, além de preservar a saúde pública e evitar acidentes, também há melhoria na qualidade de vida, segurança, saúde e bem estar desses animais, além de possibilitar a adoção para que o cão/gato obtenha um lar. ----Caso o animal não seja adotado, uma opção seria realizar um treinamento para que estes desempenhem como ferramenta terapêutica para pessoas deficientes ou doentes, trazendo inúmeros benefícios ao paciente. ----Deve-se olhar ao animal como um ser vivo com direito a vida saudável e digna, embora muitos ainda são tratados como objetos ou ferramentas para arrecadar dinheiro, como o caso de pessoas que mantém animais em cativeiros para procriação e venda dos filhotes, geralmente estes animais vivem em péssimas condições de insalubridade, recebem maus-tratos e passam fome.

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5.REFERENCIAL TEÓRICO


----A interação entre os seres humanos e os animais existe há milênios de anos, o que levou a construir uma conexão entre as saúdes humana, animal e ambiental (BEAVER, 2001). Ao manter essa conexão estável, o convívio entre o ser humano e o animal concebe benefícios psicológicos, fisiológicos e sociais. Dessa forma, a ausência de cuidados veterinários e a perda do controle reprodutivo de cães e gatos podem agravar os padrões de conforto e bem-estar dos animais afetando consequentemente os seres humanos, através de transmissão de doenças, contaminação ambiental e agressões (ARMSTRONG; BOTZLER, 2008). ----A Organização Mundial da Saúde (2000) registrou como os principais problemas provocados pelo excesso de animais sem controle de mobilidade e supervisão: a transmissão de doenças, principalmente zoonoses (raiva, leishmaniose e toxoplasmose), a proliferação de parasitas (pulgas, carrapatos e sarna), agressões (arranhões e mordeduras), acidentes de trânsito, poluição por dejetos, poluição sonora, entre outras perturbações. ----É preciso controlar essa instabilidade da população animal. É de fundamental importância que a sociedade coopere e o poder público implemente leis que direcionam à melhoria da situação dos animais sem controle (ACHA. SZYFRES, 2003). ----Em São Paulo, os animais encontrados nas ruas eram recolhidos e eutanasiados pelo CCZ com objetivo de controlar a população animal e de zoonoses relevantes como raiva e leishmaniose. Por outro lado, esse ato gerou altos custos e confrontava com princípios éticos e sociais (ALMEIDA et al., 2014; SANTANA; OLIVEIRA, 2008). ----Inadequadamente é dado o nome de “eutanásia” para qualquer sacrifício animal, sendo que na prática constitui-se de “morte humanitária” de um animal através de um recurso que não gere dor ou sofrimento ao mesmo. Porém em muitas cidades pelo mundo esse não é o método adotado, pois utilizam métodos como câmara de gás, choques elétricos e afogamentos para a aplicação da “eutanásia” em CCZs. O uso dessa prática gera diversos questionamentos como o fato de animais saudáveis serem sacrificados apenas por não terem sido adotados em um determinado período de tempo (CIMINO, 2001).

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----Em 16 de abril de 2008, foi decretada a Lei Estadual número 12.916 (SÃO PAULO, 2008), que dispôs sobre a proibição da eutanásia em animais saudáveis e o controle da reprodução de cães e gatos. ----A Organização Mundial da Saúde Animal declara que ações isoladas de recolhimento e extermínio de cães e gatos não são efetivas para o controle da população. Deve-se focar na causa do problema: a reprodução animal sem controle e a falta de responsabilidade do ser humano quanto à sua guarda (WHO, 2000). ----Um projeto de arquitetura para recinto veterinário juntamente com um Pet Hotel para o acolhimento de animais, visa tratar dos problemas relativos ao controle reprodutivo de cães e gatos, saúde pública e animal, e conscientização da responsabilidade pela posse ou propriedade de animais domésticos. ----Há um texto escrito pela médica veterinária Eliana Maciel de Góes discorrendo sobre a natureza humana: Homens e mulheres têm de sobra as ferramentas do afeto. A tolerância, a generosidade, a ideia de que temos um futuro comum neste planeta são princípios universais conquistados pela Humanidade em sua dura luta contra a barbárie. Não gostamos da solidão, não queremos a dor, não toleramos a humilhação. Se somos egoístas, se ferimos e matamos, se submetemos nossos semelhantes ao vexame da miséria e da pobreza, estamos em desacordo com o esforço civilizacional da convivência. Civilizado convive, respeita, tolera. Os bárbaros subjugam. Tanto faz se os subjugados são gente ou bicho.” [...] “A grandeza de saber amar e proteger seres vivos que, como nós humanos, também sentem frio, dor e medo, ajuda a recuperar a humanidade que ainda há em cada um de nós. (GOES, 2013)

----Dessa forma, vale refletir sobre a realidade atual de muitos animais rejeitados que se encontram em situação de abandono nas ruas, que são semelhantes aos seres humanos, pois eles também estão sujeitos a passar frio, fome e dor, cenário no qual se encontram devido a uma posse irresponsável que tiveram em seu passado, e que não podem fazer nada para mudar sem que haja uma intervenção humana, sendo assim, cabe aos homens e às mulheres, terem empatia e ajudar da forma que podem

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na melhoria da qualidade de vida desses animais, e evitar que tais situações aconteçam, pois os principais motivos de abandono estão relacionados a fatores que podem ser evitados, ou melhor planejados, como: procriação indesejada da fêmea, mudança de casa, perda de interesse no animal, comportamento problemático do animal de estimação, nascimento do filho, falta de tempo para poder cuidar do animal e fatores econômicos. Nota-se que as pessoas são entusiasmadas pela paixão no momento de obter um animal, mas qualquer mudança na organização da família ou de seu cotidiano, faz com que eles sejam abandonados.

----5.1 CLÍNICA VETERINÁRIA ----De acordo com a legislação paulista (Decreto n° 40.400/95), Artigo 1°. II, é considerado clínica veterinária o “estabelecimento onde os animais são atendidos para consulta, tratamento médico e cirúrgico: funciona em horário restrito, podendo ter, ou não, internação de animais atendidos”. ----São clínicas destinadas exclusivamente aos animais, para atendimento de consultas, exames, tratamentos clínicos e cirúrgicos. Seu horário de funcionamento pode-se se estender além do horário comercial, caso a clínica ofereça serviços de internação, é obrigatório que esteja aberta durante 24 horas, mesmo que não esteja ocorrendo atendimento ao público. O desempenho da clínica deve ser acompanhado por um profissional da área de medicina veterinária que esteja registrado no CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária), que poderá contar com a assistência de recepcionistas, tosador, auxiliares e técnicos de veterinária. (CLÍNICA EMPREENDEDORA, 2018). ----O médico veterinário se responsabiliza pela execução dos tratamentos os quais os animais necessitam. O auxiliar de veterinária controla o estoque de vacinas e medicamentos, e em casos de internação do animal, ele se responsabiliza pelo monitoramento e realização de procedimentos médicos conduzido pelo médico veterinário, além de manter o médico sempre atualizado sobre a situação da saúde do animal em tratamento. O tosador atua na área estética e higiênica do animal, tais como banho e tosa. Por fim, a recepcionista é destinada a encaminhar os animais diretamente

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ao médico veterinário, organizar os documentos, cadastro de animais, agendamento de horário de consultas, exames e cirurgias. ----Sobre o programa de necessidades, segundo a Lei n° 40.400/95, Artigo 6°, fazem parte do estabelecimento veterinário: sala de recepção e espera, sala de consultas, sala de curativos, sala de cirurgia, antecâmara, sala de esterilização, sala de coleta, sala para abrigo de animais, sala de radiografias, sala de tosa, sala para banhos, sala para secagem e penteado, canil, gaiola, abrigo para resíduo sólidos. ----Sendo as instalações mínimas para o funcionamento da clínica, segundo o artigo 9° desta mesma Lei: sala de espera, sala de consultas, sala de cirurgias, sanitário e compartimento de resíduos sólidos. Em caso de internações deve-se obter sala para abrigo de animais e cozinha. ----De acordo com o artigo 27 da Lei n° 40.400/95 o estabelecimento pode-se situar no perímetro urbano, fora das áreas exclusivamente residenciais, considerando os eventuais prejuízos a saúde pública. ----Em 2017 houve uma proposta do deputado estadual Feliciano Filho (PEN), sobre a implantação de um Hospital Veterinário com atendimento gratuito aos animais para o Estado de São Paulo. Segundo ele, é um projeto necessário para todos os municípios, envolvendo cinco regiões, incluindo Presidente Prudente. O deputado explica que o público alvo são os habitantes de baixa renda, e que em cidades pequenas um centro de castração permanente solucionaria o problema de reprodução de animais, principalmente daqueles que se encontram abandonados nas ruas, visando a melhoria da saúde pública, se nenhuma providência for tomada, futuramente haverá mais animais do que habitantes na cidade. (SANTOS, 2017)

----5.2 PET HOTEL ----Hotelaria animal é um local reservado para deixar o animal seguro e bem cuidado, enquanto o mesmo estiver sem abrigo ou sem donos presentes em seu lar por um longo período de tempo, sem obter alguém que cuide-o. É interessante que o animal passe por uma consulta veterinária antes de frequentar o hotel, verificando se sua saúde está em dia e não prejudicará outros animais. (TUBALDINI, 2014)

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----Um problema crescente encontrado nas cidades é o abandono de animais nas ruas, que circulam sem destino e muitas vezes se encontram doentes ou feridos, sujeitos a transmitirem doenças aos habitantes. A inclusão de uma hotelaria em uma clínica veterinária, é uma solução para este problema, além de ajudar a controlar a população de animais, de forma que abrigue temporariamente estes animais desabrigados, além de promover saúde e segurança pública, até que se encontre um lar. ----Uma hotelaria animal deve conter espaço específico para lazer que possibilite deixá-los livres durante o dia, sala para atendimento veterinário, sala para serviços de higiene, camas confortáveis, acessórios para divertimento e alimentação, áreas privativas para descanso dos animais e de preferência que essas áreas sejam setorizadas de acordo com o porte do animal, e ao menos dois tutores que possam passear com os animais e se responsabilizar pela segurança e bem estar de todos os animais ali presentes. ----Esse espaço procura ser suporte do Centro de Controle Zoonoses de Presidente Prudente, para que não haja superlotação de animais, evitando também o abatimento de animais saudáveis, que poderão ser encaminhados diretamente do CCZ para a Clínica Veterinária e Hotelaria para animais de rua ou donos de baixa renda, onde serão tratados e abrigados recebendo todo suporte para a adoção. ----Assim como uma Clínica Veterinária, é necessário obter uma licença especial da Vigilância Sanitária para saúde e trato de animais.

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6.REFERÊNCIAS PROJETUAIS


----As análises projetuais possuem elementos essenciais para o desenvolvimento da Clínica Veterinária Pública com Hotelaria para animais de rua e donos de baixa renda, que será implantado no Município de Presidente Prudente – SP. Para a elaboração deste projeto foram utilizados como referências 6 projetos arquitetônicos, nos quais 3 deles se referem à Clínica Veterinária: Hospital Constitución e Hospital Veterinário Canis Mallorca, ambos localizados na Espanha, e Memphis Veterinay Specialists localizado nos Estados Unidos. Os outros 3 projetos se referem à abrigos animais, pois contém programa de necessidades e utilizações semelhantes a uma Hotelaria (Pet Hotel): Animal Refuge Centre - Animal Shelter, Palm Springs Animal Shelter e Animal Care Center & Community Center. Estes projetos contêm premissas que foram levadas em consideração para que o projeto a ser desenvolvido se torne mais eficiente.

----6.1 CLÍNICA VETERINÁRIA ----6.1.1 HOSPITAL VETERINÁRIO CONSTITUCIÓN Informações técnicas: Arquitetos: Dobleese Space & Branding Arquiteto Autor: Juan Antonio Perez Localização: Carrer de l’Acúdia de Crespins, 12, Valencia - Espanha Área: 450,00 m² Ano: 2016

Figura 1 – Localização - Hospital Veterinário Constitución. Fonte: Google Maps, 2020 – Alterado pelo autor, 2020.

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Figura 2 - Acesso principal - Hospital Veterinário Constitución. Fonte: Archdaily, 2016.

----O Hospital Veterinário Constitución é especializado em atendimentos de animais domésticos de pequeno porte, tais como cães, gatos e aves, além disso ele também funciona como centro de aprendizagem para estudantes da área, permanecendo aberto ao público por 24 horas. ----A predominância do espaço consiste em ordem, harmonia, acolhimento, limpeza, funcionalidade e transparência, o que concedeu um projeto livre e flexível. ----A planta foi projetada a partir de um prisma localizado ao centro da área interna. O mesmo é revestido por um porcelanato que assemelha a madeira, além de trazer a sensação de acolhimento aos usuários que percorrem por essa área, acompanhando-os ao restante dos ambientes. Possui recepção, banheiros e banho e tosa. A circulação ao seu entorno conduz às salas de espera, aos consultórios, à sala de conferência e à loja especializada. O acesso ao laboratório dá-se através dos consultórios, implantado com a mesma estratégia de circulação, com uma grande ilha central destinada para atendimento pré e pós-operatório, possibilitando o fácil acesso à sala de RX, sala de cirurgia, sala de hospitalização, desinfecção e sala 24 horas.

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Figura 3 - Planta baixa com setorização - Hospital Veterinário Constituición. Fonte: Archdaily, 2016 – Alterado pelo autor, 2020.

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Figura 4 - Planta baixa - Hospital Veterinário Constitución. Fonte: Archdaily, 2016 – Alterado pelo autor, 2020.

----O acesso público, simbolizado por uma seta azul (figura 4), está disposto para a Rua Carrer de l’Alcúdia de Crespins, dispondo de estacionamento público ao lado do edifício, para melhor acesso dos pacientes e seus tutores. ----Internamente, a edificação possui layout bem organizados, sendo que a sala de espera está dividida entre duas categorias, uma é destinada apenas para gatos e as outras duas estão destinadas apenas para cães, a recepção e o banho e tosa são os pontos centrais da área de acesso público, fazendo ligação com a loja de produtos animais. ----O acesso emergencial é utilizado com frequência, pois evita o conflito com os animais que estão entrando no edifício ou que estão na sala de espera. ----O acesso privado à funcionários acontece de frente para uma praça com estacionamento público, e liga-o diretamente com o laboratório que é o ponto central pois nele são realizados todos os procedimentos pré e pós-operatórios aos quais todos os consultórios e salas de internações possuem acesso direto.

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Figura 5 - Corte AA - Hospital Veterinário Constitución. Fonte: Archdaily, 2016 – Alterado pelo autor, 2020.

Figura 6 - Corte BB - Hospital Veterinário Constitución. Fonte: Archdaily, 2016 – Alterado pelo autor, 2020.

Figura 7 - Corte CC - Hospital Veterinário Constitución. Fonte: Archdaily, 2016 – Alterado pelo autor, 2020.

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Figura 8 - Banho e tosa - Hospital Veterinário Constitución. Fonte: Archdaily, 2016.

Figura 9 - Circulação e sala de espera cães - Hospital Veterinário Constitución. Fonte: Archdaily, 2016.

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Figura 10 - Consultório - Hospital Veterinário Constitución. Fonte: Archdaily, 2016.

Figura 11 - Fachada - Hospital Veterinário Constitución. Fonte: Archdaily, 2016.

----Formada por mais de 500 tiras metálicas, a fachada é projetada como uma segunda pele, em composição de cores que auxiliam para a sinalização. Uma das exigências do cliente em relação ao projeto foi o aproveitamento da iluminação natural, ar e liberdade para operar. Partindo dessa informação, as salas de cirurgias foram implantadas próximo a fachada, possibilitando a passagem de luz que é oferecida através do vidro opaco e impossibilitando as observações alheias de quem está do lado externo.

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Figura 12 - Estacionamento e Fachada - Hospital Veterinário Constitución. Fonte: Archdaily, 2016.

----6.1.2 HOSPITAL VETERINÁRIO CANIS MALLORCA Arquitetos: Estudi E. Torres Pujol Arquiteto autor: Esteve Torres Pujol Localização: Palma, Ilhas Baleares - Espanha Área: 1.538,00 m² Ano: 2014

Figura 13 - Localização - Hospital Veterinário Canis Mallorca. Fonte: Google Maps, 2020 – Alterado pelo autor, 2020.

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Figura 14 - Acesso principal - Hospital Veterinário Canis Mallorca. Fonte: Archdaily, 2015

----O projeto está localizado entre a zona industrial e residencial, sendo delimitado com o antigo presídio de Palma que hoje se encontra abandonado. O lote possui formato trapezoidal e ocupa o máximo de área possível permitida da superfície, por exigência do cliente. Sua forma volumétrica conversa de forma harmoniosa com o entorno, relacionando-se com a arquitetura de “estilo internacional” e os tradicionais edifícios rurais de Mallorca. ----O acesso principal ao edifício ocorre pela Rua Carrer d’Agnés de Pacs, uma via local de duas mãos, onde se encontra a fachada frontal do Hospital Veterinário. A entrada está disposta abaixo de uma marquise, contendo paredes envidraçadas como vedação, possibilitando a presença de iluminação natural ao ambiente interno e direcionando os animais e seus tutores para a recepção. Ao lado esquerdo está posicionado o acesso privado de funcionários e descarga. Ao lado direito encontra-se o acesso ao estacionamento que fica no subsolo do edifício. ----Sobre o programa de necessidades, o local possui consultórios, canis e gatis destinados a internação, salas de cirurgia, laboratórios de raio-x e fisioterapia, salas de estoque, depósito de materiais de limpeza, área de descanso para funcionários (contendo copa, vestiário, quarto), sala multiuso, recepção, loja de produtos animais, banho e tosa e local para espera.

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A disposição desses espaços foi projetada de maneira que houvesse uma circulação clara de flexível entre os espaços que possuem relação um com os outros. ----O pavimento térreo comporta a recepção juntamente com a loja de rações e produtos animais, sala de banho e tosa, local de espera, consultórios, salas de internação, laboratórios de raio-x e fisioterapia.

Figura 15 - Planta baixa pav. térreo - Hospital Veterinário Canis Mallorca. Fonte: Archdaily, 2015 – Alterado pelo autor, 2020.

----O segundo pavimento é destinado a área cirúrgica, administrativa, espaço para descanso dos funcionários com quarto para os plantonistas, além de obter uma sala de uso geral, onde principalmente é utilizada para palestras e reuniões entre os funcionários.

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Figura 16 - Planta baixa pav. superior - Hospital Veterinário Canis Mallorca. Fonte: Archdaily, 2015 – Alterada pelo autor, 2020.

----No subsolo do edifício está localizado o estacionamento e o deposito, ao qual é acessado pelo lado direito da fachada do Hospital, é necessário que os usuários que estacionam neste local subam uma escada lateral para acessar o edifício, já para os funcionários, há a opção de utilizar o elevador ao invés de escadas.

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Figura 17 - Planta baixa pav. subsolo - Hospital Veterinário Canis Mallorca. Fonte: Archdaily, 2015 – Alterado pelo autor, 2020.

----Somente a recepção e a sala de espera é caracterizada como área pública, sendo os demais ambientes privados para os funcionários e animais a serem atendidos. ----A estrutura do Hospital é composta por pilares metálicos soldados com chapas metálicas e concreto armado. Devido à ligação dos pilares com a estrutura exterior, é possível que a planta seja livre. Para a fachada foi utilizado o sistema G.H.A.S., proporcionando melhorias para as características mecânicas e térmicas do edifício. ----Para o melhor aproveitamento de luz e ventilação natural para cada ambiente, foram adequadas modulações de esquadrias variadas em três tipologias, seguindo a proporção áurea, e por consequência padronizando a fachada do edifício.

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Figura 18 - Fachada lateral - Hospital Veterinário Canis Mallorca. Fonte: Archdaily, 2015 – Alterado pelo autor, 2020.

----Especialmente nas salas de cirurgias, que geralmente são ambientes mais fechados e com ausência de iluminação natural, foi implantado janelas com iluminação vertical orientadas para o norte, permitindo a entrada da iluminação natural de forma difusa, para que não dificulte os procedimentos cirúrgicos.

Figura 19 - Corte - Hospital Veterinário Canis Mallorca. Fonte: Archdaily, 2015.

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----O predomínio da cor branca no edifício busca trazer a sensação de limpeza enfatizando o seu caráter mediterrâneo. ----6.1.3 MEMPHIS VETERINARY SPECIALISTS (MVS) Arquitetos: Archimania Localização: Cordova, Tennesse – Estados Unidos Área: 5.584,00 m² Ano: 2011

Figura 20 - Localização - Memphis Veterinary Specialists (MVS). Fonte: Google Maps – Alterado pelo autor, 2020

Figura 21 - Acesso principal - Memphis Veterinary Specialists (MVS). Fonte: Archdaily, 2012.

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----Localiza-se no meio urbano da cidade, seu entorno é composto por grande quantidade de áreas residenciais, porém também há a presença de áreas comerciais na região, como academias, consultórios médicos e comércios locais. ----O acesso ao lote acontece através de uma via local de duas mãos localizada na lateral do edifício. Já o edifício pode ser acessado através de cinco maneiras, pela frente há dois acessos que se destinam à recepção e ao local de visitas, outro acesso se encontra pela lateral, destinado principalmente para os animais e seus tutores que terão atendimento nos consultórios, e os outros dois acessos dão-se pela base dos triângulo, um deles possibilitando o acesso direto a área administrativa e o outro para acessar consultórios ou o auditório.

Figura 22 - Implantação - Memphis Veterinary Specialists (MVS). Fonte: Archdaily, 2012 – Alterado pelo autor, 2020.

----A Clínica Veterinária em análise é semelhante à um hospital para seres humanos, pois contém experiência em casos de cirurgia de urgência e emergência, animais exóticos, ortopedia, dermatologia, odontologia, tratamento diagnóstico e recuperação. ----Em seu primeiro pavimento comporta-se os consultórios, salas de cirurgia, retenção animal, recepção e área administrativa/limpeza/apoios. No centro do Hospital há um núcleo onde foi implantado algumas das salas cirúrgicas, em volta deste núcleo ocorre toda a circulação e disposição dos demais ambientes, com objetivo de facilitar a circulação tanto dos pacientes quantos dos funcionários. CLÍNICA VETERINÁRIA E HOTELARIA PÚBLICA DR. ANIMAL

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Figura 23 - Planta baixa pav. térreo - Memphis Veterinary Specialists (MVS). Fonte: Archdaily, 2012 – Alterado pelo autor, 2020.

----No segundo pavimento está comportado a área de descanso dos plantonistas com banheiro e copa, área técnica, auditório e escritório. Este pavimento é restrito apenas para funcionários, onde o público pode acessar este andar apenas em datas especiais quando ocorrem palestras no auditório.

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Figura 24 - Planta baixa pav. superior - Memphis Veterinary Specialists (MVS). Fonte: Archdaily, 2012 – Alterado pelo autor, 2020.

Figura 25 - Corte AA - Memphis Veterinary Specialists (MVS). Fonte: Archdaily, 2012 – Alterado pelo autor, 2020.

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Figura 26 - Perspectiva Corte AA - Memphis Veterinary Specialists (MVS). Fonte: Archdaily, 2012 – Alterado pelo autor, 2020.

----O sistema construtivo é composto por duas partes, a base de concreto e o aço que promove a forma triangular. A estrutura em balanço é orientada para o norte para o melhor aproveitamento da luz natural.

Figura 27 - Sistema Construtivo - Memphis Veterinary Specialists (MVS). Fonte: Archdaily, 2012.

----A recepção do edifício possui iluminação natural fornecida tanto pelo acesso de portas envidraçadas quanto pela iluminação vertical (imagem 22 e 23).

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Figura 28 - Recepção - Memphis Veterinary Specialists (MVS). Fonte: Archdaily, 2012.

Figura 29 - Recepção - Memphis Veterinary Specialists (MVS). Fonte: Archdaily, 2012.

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----6.2 PET HOTEL ----6.2.1 ANIMAL REFUGE CENTRE – ANIMAL SHELTER Informações técnicas: Arquitetos: Arons en Gelauff Architecten Localização: Amsterdam, The Netherlands - Holanda Área: 5.800,00 m² Ano: 2007

Figura 30 - Localização - Animal Refuge Centre. Fonte: Google Maps - Archdaily – Alterado pelo autor, 2020.

Figura 31 - Acesso principal - Animal Refuge Centre. Fonte: Archdaily, 2008.

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----Localizado nas margens da cidade de Amsterdam, em um terreno triangular ao lado do rio, o Animal Shelter é o maior abrigo de animais da Holanda, possuindo capacidade para abrigar e realojar até 180 cães e 480 gatos. ----O Animal Refuge Centre oferece uma diversificação de serviços e cuidados, todos os animais resgatados passam por atendimento médico na clínica veterinária que o abrigo possui, logo em seguida são colocados em quarentena para observação e avaliação de possíveis doenças crônicas. Assim que confirmado o bom estado de saúde do animal, ele pode ser disponibilizado para adoção.

Figura 32 - Rio próximo ao Animal Refuge Centre. Fonte: Archdaily, 2008.

----O molde em fita utilizado para esta tipologia de edificação, constituise em um longo corredor de serviço, dispostos de canis organizados perpendicularmente, gerando áreas de convivência para os animais do abrigo, o modelo é resultante da necessidade de adequar o projeto a um terreno triangular.

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Figura 33 - Planta baixa pav. térreo - Animal Refuge Centre. Fonte: Archdaily, 2008 – Alterada pelo autor, 2020.

Figura 34 - Planta baixa pav. superior - Animal Refuge Centre. Fonte: Archdaily, 2008 – Alterada pelo autor, 2020.

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Figura 35 - Corte esquemático - Animal Refuge Centre. Fonte: Archdaily, 2008 – Alterada pelo autor, 2020.

Figura 36 - Perspectiva - Animal Refuge Centre. Fonte: Archdaily, 2008

----No centro da obra encontra-se o acesso principal e a ala veterinária. Os canis foram distribuídos em duas alas, sendo uma delas apenas com pavimento térreo, e outra que possui um pavimento superior comportando os gatis. As duas alas possuem formato em fita, assim gerando um grande espaço ao centro e favorecendo a ventilação e iluminação natural para os canis e gatis.

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----A distribuição dos ambientes organizados dessa forma proporcionou ao projeto alas adequadas, de forma que o acesso e os serviços se localizam no centro e os animais em áreas mais privadas.

Figura 37 - Corte esquemático em perspectiva - Animal Refuge Centre. Fonte: Archdaily, 2008.

Figura 38 - Circulação gatil - Animal Refuge Centre. Fonte: Archdaily, 2008.

----Sobre a materialidade utilizada o edifício possui a estrutura em concreto e para o revestimento externo foram utilizados painéis de aço zincado.

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----Os painéis dispõem de 12 tons de verde realizados por pintura em pó. O modelo utilizado em estilo de “pixels” obteve partido a partir da imagem da paisagem verde que há ao entorno do abrigo.

Figura 39 – Fachada - Animal Refuge Centre. Fonte: vk.com, 2018.

----6.2.2 PALM SPRINGS ANIMAL SHELTER Informações técnicas: Arquitetos: Miers Architects Arquiteto Paisagista: Randy Punel Localização: Palm Springs, Califórnia – Estados Unidos Área: 1.951,00 m² Ano: Não há informações

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Figura 40 - Localização - Palm Springs Animal Shelter. Fonte: Google Maps – Alterado pelo autor, 2020.

Figura 41 - Acesso principal - Palm Springs Animal Shelter. Fonte: Archdaily, 2012.

----O Palm Springs Animal Care Facility corresponde a uma parceria única entre a cidade de Palm Springs e o abrigo de animais Friends of the Shelter. ----Localizado em uma região desértica, o terreno possui 3 hectares e se encontra em frente ao Parque Demuth da cidade.

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Figura 42 - Implantação - Palm Springs Animal Shelter. Fonte: Archdaily, 2012. Alterado pelo autor, 2020.

----O Abrigo é capaz de abrigar até 91 cães e 154 gatos, sendo que cada animal ocupa um canil ou gatil individual. ----O edifício possui estacionamento exclusivo com formato singular adequado ao ambiente onde se insere, primeiramente ele acompanha um partido retangular com acréscimos de anexos de um retângulo desconstruído, resultando uma forma diferente do comum. ----A obra oferece um ambiente público voltado para os usuários, canil interno/externo com acesso público para adoções dentro de um pátio provido com malhas e estruturas de cortinas de tecido, “salas de estar” especialmente para cães anexada juntamente a um ambiente de socialização interna/externa, salas comunitárias para gatos, áreas de trabalho para controle de animais, sala de treinamento animal, clínica médica veterinária e área de atendimento ao público para que o centro de resgate funcione de maneira eficaz.

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Figura 43 - Planta baixa - Palm Springs Animal Shelter. Fonte: Archdaily, 2012. Alterado pelo autor, 2020.

----A circulação do edifício dá-se através de corredores que associam os ambientes uns aos outros, diferenciando as áreas de acordo com as espécies dos animais entre caninos e felinos. ----O lobby destinado a adoção possui um espaço generoso e com boa iluminação, contendo pisos e teto de cor clara. A recepção se localiza próximo a clínica veterinária, no qual contém armários e sanitários, e para a permanência dos animais possui gatis e canis individuais ao ar livre. ----Os ambientes internos de uso público foram implantados com a utilização de concreto armado e drywall. Já para as áreas destinadas a permanência e alojamento dos animais foram utilizados materiais com maior durabilidade pois ocorre limpeza diária e intensiva, além do uso de materiais acústicos no forro.

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Figura 44 - Recepção e "Cool Cats" - Palm Springs Animal Shelter. Fonte: Archdaily, 2012.

----Ao decorrer da borda externa do Looby Adaption contém o Cool Cats (“gatos legais” em português), este espaço possibilita a interação com os felinos, sendo assim torna a espera dos usuários mais proveitosa e cativante. Antes que estes usuários entrem no recinto, é necessário que se higienizem em uma sala de saneamento. O abrigo conta com cerca de 80 gatos, sendo que de 10 a 20 gatos se encontram na sala de gatos da comunidade.

Figura 45 - Cool Cats - Palm Springs Animal Shelter. Fonte: Archdaily, 2012.

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----A área externa voltada a adoção de cães possui alojamentos distribuídos de maneira paralela separados por um jardim ao centro, composto por vegetações nativas, tornando o espaço mais agradável para os usuários e os animais, proporcionando o fácil acesso e circulação do público interessado a adotar.

Figura 46 - Área de adoção cães - Palm Springs Animal Shelter. Fonte: Archdaily, 2012.

----A sala de socialização, além de ser utilizada para o treinamento canino, é similar a sala de comunidade dos gatos, possibilitando a interação do ser humano interessado em adotar um cão, com a presença de um supervisor de perito comportamental de animais. ----Devido a instalação estar inserida em uma região desértica , a falta de água é um grande problema, devido a este motivo e a necessidade excessiva de limpeza de um habitat animal, há a importância da conservação e preservação da água, sendo assim a água reciclada do tratamento de esgoto é utilizada para a limpeza diária das áreas de convívio animal e irrigação das plantas e vegetações.

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----6.2.3 ANIMAL CARE CENTER & COMMUNITY CENTER Informações técnicas: Arquitetos: RA-DA Localização: Los Angeles, Estados Unidos Área: Informação não encontrada Ano: 2013

Figura 47 - Localização - Animal Care Center & Community Center. Fonte: Google Maps – Alterado pelo autor, 2020.

Figura 48 - Acesso principal - Animal Care Center & Community Center. Fonte: Archdaily, 2012.

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----Localizado em Los Angeles e realizado pelo escritório RA-DA em 2013, é um centro de abrigo animais para animais abandonados, que busca incentivar e aumentar a quantidade de doações e diminuir a quantidade de praticas utilizando eutanásia em animais. ----A obra está implantada em uma área industrial, ao seu entorno possui zonas residenciais e avenidas de grande fluxo. ----A fachada principal na esquina do quarteirão é um destaque para as pessoas que caminham ou passam dirigindo por ali, com cores brilhantes o edifício alegra o local e com a implantação de árvores no decorrer da fachada suaviza a rua industrial. O estacionamento está inserido de maneira de fácil acesso.

Figura 49 - Estacionamento - Animal Care Center & Community Center. Fonte: Archdaily, 2013.

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Figura 50 - Planta baixa - Animal Care Center & Community Center. Fonte: Archdaily, 2013 - Alterado pelo autor, 2020.

----O projeto é composto por cinco áreas diferentes, sendo elas a área do estacionamento, a área comunitária para adoções, a área do Centro de cuidados comportando uma clínica veterinária, pet shop, sala administrativa, sala de funcionários e refeitório, a área do canil e a área do jardim que se estende ao entorno dos canis. ----A arborização foi especialmente inserida ao entorno dos canis em busca de minimizar os ruídos produzidos pelos animais, devido à proximidade com áreas residenciais. ----A extensão principal do jardim que passa entre os canis e as demais secundárias, também são alinhadas com árvores e vegetações para garantir sombra e um espaço mais confortável para todos os canis, além de promover um ambiente mais harmonioso melhorando a interação entre os visitantes e os animais, favorecendo o principal objetivo do projeto, a adoção.

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Figura 51 - Circulação canis - Animal Care Center & Community Center. Fonte: Archdaily, 2013.

----Nos ambientes internos e externos foram utilizados materiais reciclados. Os vidros e o telhado energético amenizam a temperatura e o conforto térmico dos ambientes internos. Nas fachadas foram utilizados painéis pré-fabricados devido sua fácil execução e economia. ----Todo paisagismo implantado é de fácil manejo e manutenção, além de consumir pouca quantidade de água.

Figura 52 - Lateral esquerda - Animal Care Center & Community Center. Fonte: Archdaily, 2013.

Figura 53 - Elevação lateral esquerda - Animal Care Center & Community Center. Fonte: Archdaily, 2013.

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Figura 54 - Elevação frontal - Animal Care Center & Community Center. Fonte: Archdaily, 2013.

----6.3 ANÁLISE DAS REFERÊNCIAS ----O Hospital Constitución mostra o aproveitamento da iluminação e ar natural em todos os consultórios e nas salas de cirurgia, onde foi utilizada uma técnica na fachada composta por uma parede de vidro e pilares metálicos, trazendo iluminação natural para a sala cirúrgica sem que tire a privacidade de quem está operando, além desta técnica colaborar para a estética e sinalização na fachada do edifício. ----O Hospital Veterinário Canis Mallorca também apresenta a importância em projetar uma Clínica que possua iluminação natural nas salas de cirurgia, porém de forma diferente do Hospital Constitución, desenvolvendo iluminação vertical orientada para o norte, de forma que o ambiente receba a iluminação de forma difusa a fim de não interferir e nem atrapalhar os procedimentos cirúrgicos que ocorrem neste ambiente (imagem 19). ----O Memphis Veterinay Specialists ajuda na setorização dos ambientes, deixando o pavimento superior restrito apenas para funcionários, otimizando os espaços e melhorando a circulação. ----O Animal Refuge Center destaca a importância de um local para a recreação e bem-estar dos cães, representando isso no projeto através do sistema de fita e concebendo uma grande área ao centro dos canis. O Palm Springs Animal Shelter traz um espaço chamado “cool cats” (“gatos legais” traduzido para o português), que possibilita a interação entre humanos e animais, trazendo mais proximidade homem-animal e tornando o ambiente de espera mais cativante e interessante. ----O paisagismo implantado no entorno do Animal Care Center & Community Center ajuda a amenizar os ruídos causados pelos animais, além de criar um espaço mais convidativo ao pedestre direcionando-o para dentro do abrigo.

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7.ESCOLHA DAS ÁREAS


----7.1 TERRENO 01 Localização: Rua Júlio da Silva Espinhosa - Residencial Universitário – Presidente Prudente - SP Coordenadas: 22° 07’ 46.6’’ S 51° 26’ 53.6’’ W Área: 10.508,11 m² Zoneamento: ZR3 – Zona residencial de alta densidade populacional de ocupação horizontal e vertical.

Figura 55 - Localização - Terreno 01. Fonte: Google Earth, 2018 – Alterado pelo autor, 2020.

----O terreno analisado situa-se no Residencial Universitário, na Rua Júlio da Silva Espinhosa.

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Figura 56 - Localização do Terreno 01 no Bairro. Fonte: Google Earth, 2018 – Alterado pelo autor, 2020.

----Trata-se de uma área institucional com 10.508,11 m² no total, sendo que nesta área há a construção de uma escola municipal direcionada apenas a educação infantil (creche), com aulas no período da manhã e da tarde, chamada “EMEI Prof.° Krisan Martin”, no qual ocupa cerca de 1.740,00 m² do terreno. Há também uma antiga construção neste terreno, que faz esquina com a Rua Pedro Rena, ocupando cerca de 1.080,0 m² do terreno. Sendo assim, o terreno conta com uma área vazia de aproximadamente 7.688,11 m² disponível para construção. ----Em frente ao terreno localiza-se um grande lote destinado a sistema de lazer, somando uma área de 11.650,11 m². ----Perpendicular ao terreno situa-se a escola municipal “EMEI Gisele Daleffi” direcionada a alunos da pré-escola e ensino fundamental durante o período da manhã e da tarde. ----A opção por esta área se deu por sua localização próxima à faculdade de medicina veterinária da cidade, visando a facilidade de locomoção de quem cuidará dos animais que serão atendidos na Clínica Veterinária, além de obter uma topografia plana, descartando a necessidade da execução de cortes e aterros.

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Figura 57 - Terreno 01 e entorno. Fonte: Google Earth, 2018 – Alterado pelo autor, 2020.

----O terreno analisado fica próximo à Avenida Eme Albem Pioch, que possui grande tráfego de veículos principalmente em época de aulas.

Figura 58 - Acessos ao Terreno 01. Fonte: Google Earth, 2018 – Alterado pelo autor, 2020.

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----Há poucas áreas residenciais vazias no entorno do terreno e possui alta densidade populacional devido ao grande número de repúblicas, construções verticais e a sua proximidade com a Universidade do Oeste Paulista – Campus II.

Figura 59 - Cheios e vazios - Terreno 01. Fonte: Pelo autor, 2020.

Figura 60 - Uso e ocupação - Terreno 01. Fonte: Pelo autor, 2020.

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----7.2 TERRENO 02 Localização: Rua Padre João Goetz - Jardim Esplanada – Presidente Prudente - SP Coordenadas: 22° 07’ 43.0’’ S 51° 24’ 20.9’’ W Área: 20.343,73 m² Zoneamento: ZCS1 – Zona de comércio e serviço central de ocupação vertical.

Figura 61 - Localização - Terreno 02. Fonte: Google Earth, 2018 – Alterado pelo autor, 2020

Este terreno está inserido no Jardim Esplanada, na Rua Padre João Goetz.

Figura 62 - Localização do Terreno 02 no bairro Fonte: Google Earth, 2018 – Alterado pelo autor, 2020

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----O terreno possui 20.343,73 m² e o interesse em utilizá-lo como opção é devido a ele estar situado em uma área de grande valorização na cidade de Presidente Prudente, pois possui proximidade com hospitais, faculdades, escolas, parque do povo e diversas áreas comerciais como padarias, academias, bares e restaurantes. ----Atualmente, em frente ao terreno na Rua Padre João Goetz há a Cúria Diocesana de Pres. Prudente, Paróquia Nossa Senhora Mãe da Igreja e construções verticais mistas de até 4 pavimentos. ----Do outro lado, em frente ao terreno na Rua José Afonso, há uma grande área verde contendo apenas uma construção vertical na esquina com a Rua Parapitingui. ----Na Rua Parapitingui, contém residências unifamiliares que estão construídas na divisa do lote escolhido. Na rua paralela a essa está sendo construído um edifício vertical em frente ao lote.

Figura 63 - Terreno 02 e entorno Fonte: Google Earth, 2018 – Alterado pelo autor, 2020

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Figura 64 - Terreno 02 e entorno Fonte: Google Earth, 2018 – Alterado pelo autor, 2020

----Há muito tráfego de veículos e pedestres ao entorno dessas áreas, pois devido a quantidade de serviços que essa zona oferece, torna-se um dos locais mais frequentados da cidade.

Figura 65 - Acessos aoTerreno 02 Fonte: Google Earth, 2018 – Alterado pelo autor, 2020

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----Embora seja um local com grande fluxo de pessoas, ainda há muitos terrenos vazios.

Figura 66 - Cheios e Vazios Terreno 02 Fonte: Pelo autor, 2020

Figura 67 - Uso e ocupaçãoTerreno 02 Fonte: Pelo autor, 2020

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----7.3 TERRENO 03 Localização: Rua Geraldo Rodrigues Arruda – Residencial Vivenda – Presidente Prudente - SP Coordenadas: 22° 07’ 21.9’’ S 51° 25’ 08.1’’ W Área: 1.217,15 m² Zoneamento: ZR2 – Zona residencial de média densidade populacional, e ocupação horizontal e vertical de até dois pavimentos.

Figura 68 - Localização - Terreno 03 Fonte: Google Earth, 2018 – Alterado pelo autor, 2020

----O terreno está localizado no Residencial Vivenda, na Rua Geraldo Rodrigues Arruda.

Figura 69 - Localização - Terreno 03 no bairro Fonte: Google Earth, 2018 – Alterado pelo autor, 2020

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----Trata-se de uma área institucional que totaliza 1.217, 15 m², sendo que já existe uma edificação neste terreno, na esquina com a Avenida Mathias Mendes Cardoso, de uma empresa chamada “Idottur Viagens”, que ocupa cerca de 240,00 m². ----O interesse em utilizar esta área como opção partiu da boa localização e topografia do terreno, pois há proximidade com grandes mercados, postos de combustível, clube, restaurantes, diversas lojas comerciais e shopping.

Figura 70 - Terreno 03 e entorno Fonte: Google Earth, 2018 – Alterado pelo autor, 2020

----O terreno fica próximo à Avenida Manoel Goulart e a Avenida Washington Luiz, umas das principais avenidas da cidade e de grande fluxo de carros e ônibus, pois além dos edifícios comerciais situados ali, são vias utilizadas pelos ônibus e motoristas que vêm de outras cidades. ----Em frente ao terreno há apenas áreas residenciais, sendo duas casas e um edifício vertical de 3 andares. Na Rua Beijamiro Batista de Alcântara, lateral direita do lote, também se encontram apenas residências. ----Do outro lado, na Avenida Mathias Mendes Cardoso, lateral esquerda do lote, possui o condomínio fechado “Central Park Residence”. ----E por fim, na Rua Olímpio da Costa Cordeiro, rua posterior ao lote, dá-se com a lateral do Colégio Átomo.

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Figura 71 - Acessos ao Terreno 03 Fonte: Google Earth, 2018 – Alterado pelo autor, 2020

----As áreas no entorno do lote encontram-se em sua maioria ocupadas, restando apenas alguns vazios urbanos.

Figura 72 - Cheios e vazios - Terreno 03 Fonte: Google Earth, 2018 – Alterado pelo autor, 2020

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----A área comercial está concentrada principalmente próximo à Avenida Manoel Goulart e Avenida Washington Luiz, e a predominância de áreas residenciais estão no Central Park Residence e suas proximidades.

Figura 73 - Uso e ocupação - Terreno 03 Fonte: Google Earth, 2018 – Alterado pelo autor, 2020

7.4 TERRENO ESCOLHIDO ----Para a implantação do projeto apresentado neste trabalho, foi escolhido o “Terreno 02” priorizando a sua dimensão, forma, e principalmente a localização e fácil acesso dos usuários para que atenda a toda comunidade, pois este espaço é de grande potencial e trará um impacto social para esta área. ----O terreno é de fácil acesso tanto para as pessoas da cidade, quanto para as pessoas que vêm de cidades vizinhas, pois situa-se um uma zona de boa visibilidade e importância na cidade.

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----A área total do terreno é de 20.343,72 m² e atualmente não abriga nenhuma edificação, porém, não será utilizado todo esse espaço para a execução do projeto pois não há essa necessidade. 7.4.1 PERFIL TOPOGRÁFICO DO TERRENO ----Foram analisadas algumas imagens do terreno através do Google Maps, onde o mato se encontra baixo, possibilitando ter uma base da topografia do local.

Figura 74 - Vista da Rua Padre João Goetz, 2017. Fonte: : Google Maps, 2020.

Figura 75 - Vista da Rua José Afonso, 2011. Fonte: : Google Maps, 2020.

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Figura 76 - Vista da Rua José Afonso e construções na divisa do terreno, 2011. Fonte: : Google Maps, 2020.

----Atualmente o mato do terreno se encontra em um volume maior do que as imagens apresentadas anteriormente.

Figura 77 - Rua Padre João Goetz. Fonte: : Pelo autor, 2020.

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Figura 78 - Rua Padre João Goetz. Fonte: : Pelo autor, 2020.

Figura 78 - Terreno escolhido Fonte: : Pelo autor, 2020.

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----De frente para o terreno, ao lado oeste está sendo construído um edifício vertical (figura 80).

Figura 80 - Novo edifício vertical sendo construído em frente ao terreno. Fonte: : Pelo autor, 2020.

----O terreno escolhido apresenta no total 16 curvas de níveis, onde cada uma delas apresenta 1 metro de desnível entre uma e a outra e o ponto mais baixo desta área é o lado oeste. ----Devido ao terreno ser de grande extensão, no qual, não há necessidade de ocupar toda sua área, foi escolhida a área mais afastada das residências e divisas do lote para sua implantação, devido aos ruídos dos cães.

Figura 81 - Terreno escolhido com curva de nível. Fonte: : Pelo autor, 2020.

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Figura 82 - Terreno escolhido em perspectiva com curvas de nível. Fonte: : Pelo autor, 2020.

Figura 83 - Terreno escolhido em perspectiva com curvas de nível. Fonte: : Pelo autor, 2020.

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8.PROGRAMA DE NECESSIDADES


----O programa de necessidades foi elaborado baseado a partir do programa mínimo exigido para uma Clínica Veterinária, citado no Decreto 40.400/95 e complementado pelo resultado da aplicação dos questionários. O programa foi setorizado em 10 categorias: setor de atendimento, setor de diagnóstico, setor cirúrgico, setor de internação, setor de sustentação, setor de adoção, pet shop, setor administrativo, área para funcionários e setor técnico. ----O pré-dimensionamento foi realizado com base nas necessidades de uma Clínica Veterinária, podendo haver alterações após as entrevistas realizadas com os profissionais de saúde da cidade. ----O setor de atendimento é composto pela recepção e os ambientes utilizados nas primeiras etapas do atendimento ao paciente. O setor de diagnóstico é formado por salas de coleta, salas de análise de resultado e uma sala de laudo. O setor cirúrgico oferece os ambientes indispensáveis para cirurgias, desde o seu pré-operatório até o pós-operatório. O setor de internação foi diferenciado por estado de gravidade do animal e maternidade. O setor de sustentação traz ambientes mínimos necessários para armazenagem e organização de roupas, medicamentos e alimentos. ----O setor de adoção possui os alojamentos dos animais, além de oferecer área de lazer e um espaço para aproximação com pessoas com interesse em adotar. O pet shop apresenta salas de banho e estética animal, além de possuir uma loja de venda de produtos animais. O setor administrativo indica as áreas essenciais para a administração da Clínica como direção, administração e financeiro. A área para funcionários é um conjunto de áreas privadas aos profissionais voltado ao descanso. E finalmente, no setor técnico é encontrado o depósito de resíduos sólidos, necrotério, além das centrais de ar comprimido, protóxido de hidrogênio e central de oxigênio.

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Figura 84 - Tabela: Setor de atendimento. Fonte: : Pelo autor, 2020.

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Figura 85 - Tabela: Setor de diagnóstico. Fonte: : Pelo autor, 2020.

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Figura 86 - Tabela: Setor cirúrgico. Fonte: : Pelo autor, 2020.

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Figura 87 - Tabela: Setor de internação. Fonte: : Pelo autor, 2020.

Figura 88 - Tabela: Setor de sustentação. Fonte: : Pelo autor, 2020.

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Figura 89 - Tabela: Setor de adoção. Fonte: : Pelo autor, 2020.

Figura 90 - Pet Shop. Fonte: : Pelo autor, 2020.

Figura 91 - Setor administrativo Fonte: : Pelo autor, 2020.

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Figura 92 - Área para funcionários. Fonte: : Pelo autor, 2020.

Figura 93 - Tabela: Setor técnico. Fonte: : Pelo autor, 2020.

----Foi elaborada uma tabela de áreas de cada tipologia de ambiente, totalizando 1.781,50 m² de área prevista e 2.518,68 m² de área realizada. Esta grande diferença de área ocorreu devido ao grande aumento do setor cirúrgico, setor de internação, setor de sustentação, setor de adoção e área para funcionários. ----No setor cirúrgico foram realizadas 4 salas de preparo ao invés de 1, devido haver 4 salas cirúrgicas. Também foi acrescentada uma sala de espera para os tutores que aguardam o término da cirurgia de seus animais e uma sala de autoclaves separada da sala de esterilização para maior segurança. ----No setor de internação houve grande aumento do espaço destinado a solário, pois devido a ser uma área aberta, foi aproveitado toda a cobertura do Pet Shop. CLÍNICA VETERINÁRIA E HOTELARIA PÚBLICA DR. ANIMAL

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----O setor de sustentação teve aumento na quantidade dos ambientes, pois foi necessário implantar um setor de sustentação para cada pavimento, assim, o setor de sustentação do pavimento térreo atende ao pavimento térreo da Clínica e ao Pet Hotel, e o setor de sustentação do pavimento superior atende aos animais internados. ----O setor de adoção teve grande aumento na área de convivência, para que os animais tenham um espaço mais amplo para lazer, além de possibilitar futuras construções caso necessite ampliar os canis ou gatis. -----Também foi acrescentado um depósito para material de limpeza e armazenamento de ração, áreas de banho e uma recepção que atenda diretamente as pessoas interessadas em adoção. ----Por fim, no setor de funcionários o acréscimo de área foi devido a implantação deste setor nos dois pavimentos, assim como o setor de sustentação aos animais, para que os profissionais de ambos setores obtenham fácil acesso a área privada e descanso.

Figura 94 - Tabela: Somatória de áreas. Fonte: : Pelo autor, 2020.

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9.FLUXOGRAMA


----O fluxograma foi elaborado baseado no programa de necessidades, buscando o melhor entendimento das circulações e das relações entre os ambientes propostos para a Clínica Veterinária.

Figura 95 - Fluxograma Fonte: Pelo autor, 2020.

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10.PROJETO CLÍNICA VETERINÁRIA E HOTELARIA PÚBLICA - DR. ANIMAL


---Baseado na análise do “Terreno 02” foi realizado um estudo das volumetrias, encaixando-as na topografia do terreno para que haja pouca movimentação de solo durante a execução da obra. ---Optou-se pela implantação de dois volumes, onde o térreo é destinado às áreas públicas e semi públicas e o superior é destinado às áreas privativas da Clínica, para a melhor organização e circulação entre os ambientes. ----Posterior a esses volumes foi locado a Hotelaria. ----A Clínica Veterinária com Hotelaria Pública proposta neste trabalho apresenta estrutura completa para atendimento de cães e gatos desde atendimentos básicos e preventivos até atendimentos cirúrgicos, de internação e recuperação, além de possibilitar abrigo temporário e exposição dos animais para adoção através do Pet Hotel.

10.1 CONCEITO ----O conceito do projeto é o acolhimento. Este pode ser também denominado como respeito, adoção e proteção. ----Todos os ambientes foram elaborados pensando no bem-estar dos animais para que se sintam acolhidos e protegidos, em busca de proporcionar melhor qualidade de vida física e emocional, as áreas foram dispostas de forma simples e funcional, os ambientes são integrados com a natureza e o Pet Hotel possui uma grande área verde que proporciona a sensação de liberdade e bem-estar. ----A recepção da Clínica e o Pet Hotel foram desenvolvidos através do pensamento de que o usuário não se sinta receoso por estar em um ambiente hospitalar, e que se sinta livre e a vontade através da área de espera para gatos que possui um playground e através da área de espera para os cães, onde possui uma grande área verde para lazer e diversão, além da ampla área verde que o abrigo dos animais possui ao seu centro para os animais abrigados temporariamente no local, de forma que possam interagir com os homens e outros animais.

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10.2 MATERIALIDADE À medida que a medicina avança e a complexidade do edifício hospitalar se amplia, mais funções são realizadas, requerendo mais espaço, mais recursos humanos e materiais. Consequentemente o número de equipamentos sofisticados (informatizados em grande parte) crescem, e mais instalações são necessárias. Por tudo isto estabelecimentos de saúde são onerosos para construir, operar e manter. Tais características condicionam a busca de soluções para sistemas construtivos que permitam que o edifício hospitalar: se adapte e cresça de acordo com o desenvolvimento de suas necessidades; seja racional, com relação à sua construção, organização, física e manutenção. (WEIDLE, 1995, p. 08)

----De acordo com Weidle (1995) a escolha dos materiais e sistemas construtivos em edificações da área da saúde devem ser fundamentados levando em consideração a flexibilidade, racionalidade e construtibilidade. ----Sobre racionalidade, o autor menciona: A racionalidade é a capacidade do sistema construtivo de proporcionar a máxima eficiência espacial e construtiva. É alcançar o melhor desempenho do edifício com o menor volume de recursos e menor dispêndio de tempo. (WEIDLE, 1995, p. 26)

----O autor ainda disserta a respeito de flexibilidade: (...) destacam-se, por um lado, a própria expansão da construção, fruto do crescimento ou complexidade das atividades e aumento da capacidade instalada, por outro lado, das demandas de modernização e adaptação fruto do desenvolvimento dinâmico da instituição hospitalar. (WEIDLE, 1995, p. 24)

----De acordo com as considerações feitas por Weidle (1995) e levando em conta a importância de projetar um edifício prático e funcional, o sistema construtivo escolhido para esta construção, foram: pilares de concreto armado com laje protendida e paredes de vedação em gesso acartonado Dry Wall.

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10.2.1 PILARES DE CONCRETO ARMADO ----Os pilares em concreto armado possuem uma alta resistência à compressão em relação a outros materiais construtivos, e devido a sua armação ele também pode sustentar grande quantidade de esforços de tração. ----Uma estrutura em concreto armado pode ser moldada em diversas formas e seu custo de manutenção é baixo, exigindo mão de obra menos qualificada para sua execução, além de obter boa resistência ao desgaste mecânico como choques e vibrações, ao fogo e ao tempo, considerada uma das estruturas mais duráveis em relação aos outros tipos de sistema de construção. 10.2.2 LAJE PROTENDIDA ----As lajes protendidas são constituídas de cordoalhas e cabos junto ao concreto, reduzindo a tensão total da estrutura, a laje retém maior resistência e necessita de menos vigas e pilares, possibilitando a abertura de grandes vãos entre os pilares, consequentemente gera-se maior aproveitamento dos espaços. ----Este tipo de laje é mais leve em comparação com a laje convencional e contém o custo com concreto reduzido, além de ser realizada de forma mais rápida e possuir um desempenho satisfatório. ----Para a cobertura foi utilizado telhas de aço galvanizado termo acústicas, pois são apropriadas para projetos que exigem ótimo acabamento com isolamento térmico e acústico, minimizando gastos com energia, refrigeração e controle de emissões sonoras externas, além de promover ambientes com condições mais agradáveis. Ela é composta por duas telhas trapezoidais, formando um "sanduíche" com o núcleo em poliestireno (isopor), que se expandem e aderem perfeitamente ao aço além de serem leves, terem custo benefício interessante, instalação rápida, baixa manutenção e ser feito sob medida a fim de evitar desperdício durante a obra, sendo assim um material sustentável e com eficiência energética que traz redução significativa nos gastos de energia com a climatização do espaço.

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10.2.3 PAREDE EM GESSO ACARTONADO - DRYWALL ----Considerando os princípios de uma construção funcional, flexível e racional, o sistema escolhido para vedação foram as paredes de gesso acartonado DryWall. ----Este sistema é composto por montantes metálicos e placas de gesso para seu fechamento, que são capazes de serem reciclados, tornando-os sustentáveis, além de obter um nível de resíduos reduzido no canteiro de obras quando comparado com a alvenaria convencional. (COSTA, 2014) ----Este modelo de vedação pode ser utilizado em três tipologias diferentes: placas comuns (brancas), placas resistentes ao fogo (vermelhas) e placas resistentes à umidade (verdes). ----Com a utilização de pilares de concreto armado, laje protendida e paredes de DryWall, foi possível projetar uma Clínica Veterinária com grandes vãos entre e os pilares, e utilizando o gesso acartonado foi possível realizar a divisão dos ambientes, possibilitando mudanças futuras caso haja a necessidade de aumentar ou modificar ambientes, de maneira prática e fácil. 10.3 O PROJETO

Figura 96 - Clinica Veterinária 24 HRS - Dr. Animal Fonte: Pelo autor, 2020.

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----O lote pode ser acessado através de 6 locais: o estacionamento do Pet Hotel e acesso emergencial/serviço através da Rua João Afonso, estacionamento da Clínica pela Rua à frente do edifício, através da praça, acesso da rampa de pedestres e rampa de embarque/desembarque pela Rua Padre João Goetz.

Figura 97 - Acesso ao lote Fonte: Pelo autor, 2020.

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10.3.1 CLINICA VETERINARIA PUBLICA – 24 HORAS

Figura 98 - Clínica Veterinária Pública 24 HRS - Dr. Animal Fonte: Pelo autor, 2020.

Figura 99 - Clínica Veterinária Pública 24 HRS - Dr. Animal Fonte: Pelo autor, 2020.

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Figura 100 - Clínica Veterinária Pública 24 HRS - Dr. Animal Fonte: Pelo autor, 2020.

----Para que opere de maneira organizada a Clínica Veterinária possui 5 tipologias de acesso, sendo a entrada principal, onde foi separado uma entrada exclusiva apenas para cães e outra apenas para gatos, um acesso para funcionários, um acesso emergencial/serviço e também um acesso exclusivo para o Pet Shop.

Figura 101 - Acesso ao edifício Fonte: Pelo autor, 2020.

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----Para que seja possível atender a todos pacientes de forma prática e organizada, os ambientes destinados à atendimentos iniciais como triagem, exame clínico, curativos, nebulização/inalação, vacinas, sala de coleta e sala de exames radiográficos foram distribuídos no pavimento térreo, assim como também as salas de atendimentos emergenciais, no qual se localizam próximo ao acesso de emergência. ----O pavimento superior recebe todas as salas destinadas a cirurgias, recuperação e internação, deixando assim, este andar mais privativo aos funcionários, contendo apenas uma área semi pública destinada à espera do dono pelo animal no qual estará passando por tratamento cirúrgico. Ambos os pavimentos possuem áreas que se repetem e são destinadas aos funcionários contendo área de descanso, cozinha, dormitórios, banheiros e vestiários masculinos e femininos. ----Assim que o usuário chega ao edifício ele se depara com duas entradas principais, o acesso pela porta da esquerda é destinada aos gatos e a da direita destinada aos cães, sendo assim, a área de espera fica dividida entre cães e gatos através do balcão da recepção e da farmácia que se localizam ao centro do ambiente.

Figura 102 - Acesso principal ao edifício Fonte: Pelo autor, 2020.

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Figura 103 - Recepção Fonte: Pelo autor, 2020.

Figura 104 - Recepção Fonte: Pelo autor, 2020.

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----Ambas as áreas de espera possuem banheiros masculino, feminino e acessível, além de contar com um espaço voltado exclusivamente aos animais, tornando a espera um momento mais descontraído. A área de espera dos gatos possui um playground para os gatos que aguardam atendimento e um espaço chamado “gatos legais” que proporciona a interação homem-animal tornando o momento de espera mais convidativo, além de aumentar a chance de adoção dos gatos que estarão expostos.

Figura 105 - Área de espera gatos Fonte: Pelo autor, 2020.

----A área de espera dos cães dispõe de um acesso a uma grande área verde descoberta para a distração e lazer dos cães que aguardam atendimento.

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Figura 106 - Área de espera cães Fonte: Pelo autor, 2020.

Figura 107 - Jardim de passeio cães Fonte: Pelo autor, 2020.

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Figura 108 - Jardim de passeio cães Fonte: Pelo autor, 2020.

Figura 109 - Jardim de passeio cães em perspectiva Fonte: Pelo autor, 2020.

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----Ambas as áreas de espera possuem acesso aos consultórios, no qual foram separados apenas para cães e apenas para gatos, para o melhor desempenho e para que evite possíveis conflitos entre os animais e a propagação de latidos. ----Após o animal passar pelo atendimento de triagem, ele e seu proprietário podem aguardar em uma área de espera secundária, para que não precisem voltar à recepção e para que fiquem mais próximos das salas de exames/radiografias/vacina ao qual serão encaminhados em seguida. Após finalizarem todos seus atendimentos, podem sair do edifício utilizando um acesso direto para o estacionamento ou para o Pet Shop, sendo assim, não será necessário caminhar até a recepção para acessar a área externa, melhorando o fluxo tanto dos usuários quanto dos funcionários e profissionais.

Figura 110 - Acesso para estacionamento Pet Shop Fonte: Pelo autor, 2020.

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Figura 111 - Rampa de acesso Fonte: Pelo autor, 2020.

Figura 112 - Interior Pet Shop Fonte: Pelo autor, 2020.

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Figura 113 - Interior Pet Shop Fonte: Pelo autor, 2020.

Figura 114 - Banho e tosa Fonte: Pelo autor, 2020.

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----O acesso para funcionários acontece diretamente pelo estacionamento e possui uma recepção secundária destinada a atender pessoas com assuntos financeiros ou administrativos. Este acesso também possui uma ligação direta com a área dos funcionários e o setor de administração, financeiro e direção do hospital.

Figura 115 - Vista acesso para funcionários Fonte: Pelo autor, 2020.

Figura 116 - Rampa de acesso para funcionários Fonte: Pelo autor, 2020.

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----O acesso emergencial da Clínica Veterinária fica próximo das salas de atendimento emergencial e próximo a um dos elevadores que acessam o pavimento superior. Os elevadores implantados são capazes de acomodar uma maca e possuem duas portas paralelas para que seja possível entrar/sair de ambos os lados.

Figura 117 - Acesso emergencial Fonte: Pelo autor, 2020.

Figura 118 - Acesso emergencial Fonte: Pelo autor, 2020.

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----O acesso de serviço possui acesso direto ao necrotério, abrigo de resíduos sólidos e ao central de maquinários, de maneira que não seja necessário acessar a Clínica internamente evitando criar obstáculos e atrapalhar o fluxo de animais e funcionários principalmente em casos de emergência. ----O pavimento superior foi dimensionado de forma que os ambientes fossem distribuídos para atuarem de forma prática e funcional, além disso, também foi pensado em como funcionará o fluxo de pessoas nesse andar quando acompanhadas por macas, já que este andar possui salas de cirurgias e internação, sendo assim, a distribuição dos ambientes foi organizada da seguinte forma: as salas de preparos pré-operatórios foram inseridas de forma que a circulação de profissionais e animais ocorridas por ali seja exclusivamente de quem irá utilizar as salas de preparo, assim não atrapalhando o fluxo das demais áreas. ----As salas de cirurgia somente podem ser acessadas após acessar uma sala de higienização, e todas as salas de cirurgias foram inseridas em um corredor onde há somente salas cirúrgicas, assim também gerando um melhor fluxo para quem necessita acessar essas salas. ----A sala de recuperação ao qual o animal será encaminhado após a cirurgia, se localiza ao final do corredor onde estão inseridas as salas cirúrgicas. ----As salas de internações, maternidade, terapia e fisioterapia são acessadas por um único corredor, não interferindo no fluxo das outras áreas deste pavimento. ----O solário foi inserido acima do Pet Shop, pois este local está situado ao lado leste da construção e possui a presença do sol da manhã. ----A área dos funcionários e as áreas destinadas á serviços não clínicos foram inseridos especificamente afastadas das áreas de atendimentos, para o seu melhor funcionamento.

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10.3.2 PET HOTEL

Figura 119 - Fachada Pet Hotel Fonte: Pelo autor, 2020.

----Para que não haja necessidade do usuário caminhar da Clínica Veterinária até o Pet Hotel, foi implantado um estacionamento próprio para as pessoas que irão até lá.

Figura 120 - Perspectiva Estacionamento Pet Hotel Fonte: Pelo autor, 2020.

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Figura 121 - Perspectiva Estacionamento Pet Hotel Fonte: Pelo autor, 2020.

----Há também, um praça implantada ao lado da Hotelaria, destinado ao convívio e permanência de pessoas, que traça um caminho levando os usuários da praça para dentro do abrigo de animais, fazendo com que assim os animais sejam mais vistos pelas pessoas e possivelmente gere o interesse em adotar um animal, assim aumentando as chances dos animais obterem um lar.

Figura 122 - Praça Fonte: Pelo autor, 2020.

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----O Pet Hotel possui 2 pavimentos, o térreo comportando o canil e o pavimento superior comportando o gatil, obtendo 2 tipologias de acesso, sendo uma para funcionários e outra para usuários. O acesso dos funcionários possui ligação direta tanto para o canil quanto para o gatil.

Figura 123 - Vista acesso canil/gatil para funcionários Fonte: Pelo autor, 2020.

Figura 124 - Acesso canil/gatil para funcionários Fonte: Pelo autor, 2020.

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----O acesso dos usuários é somente para o canil, onde próximo a entrada possui uma recepção, a partir de lá o usuário pode ser encaminhado para visitar os canis ou os gatis, através de uma escada localizada ao lado da recepção.

Figura 125 - Acesso usuários Pet Hotel Fonte: Pelo autor, 2020.

----A volumetria da Hotelaria concebe ao local uma ampla área verde ao centro do canil para recreação e divertimento dos cães. O Pet Hotel possui 40 canis e 48 gatis, com 4 ambientes destinados a banho, 1 ambiente destinado a ração e 1 ambiente destinado ao deposito de material de limpeza em cada pavimento. Cada canil possui área coberta e área verde, e possuem divisões entre um e outro através de cercados, possibilitando a interação entre os humanos e os animais. Todos os gatis são divididos através de alambrados que possuem comprimento do chão até o teto, evitando que o gato pule e gere conflitos.

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Figura 126 - Interior Pet Hotel Fonte: Pelo autor, 2020.

----Juntamente a área de recreação dos cães, há dois ambientes denominados como “área de aproximação” que permite a aproximação do usuário com o animal que ele deseja adotar.

Figura 127 - Área de aproximação Pet Hotel Fonte: Pelo autor, 2020.

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LOTE - 9, QUADRA J - JARDIM PETRÓPOLIS - PRESIDENTE PRUDENTE - S.P. ZCS1 - ZONA DE COMERCIO E SERVIÇO CENTRAL, DE OCUPAÇÃO VERTICAL

ÁREAS

DO TERRENO

7.960,14 m2

CONSTRUÇÃO PET HOTEL PAV. TÉRREO PET HOTEL PAV. SUP. CLÍNICA VET. PAV. TÉRREO CLÍNICA VET. PAV. SUP TOTAL

382,49 m2 352,52 m2 1.878,65 m2 1.333,38 m2 3.947,04 m2

TAXA DE OCUPAÇÃO

29,08 %

COEF. DE APROVEITAMENTO

0,4958 m2

TAXA DE PERMEABILIDADE

70,92 %

O

S N

O

R

4 6,2 10

A U R

O S N O F A 9 É S 1, 7 JO 7

A U

S O J

E

F A

,59 71

8 G 4 , 7 8 OÃ O J E R D A P A U R

Z T OE

Z T

E

O

O Ã

E R

G

O J

D A

A U

PLANTA DE IMPLANTAÇÃO/COBERTURA

0

1

2

3

4

5

10m

P

R

OBS: CONDUTORES VERTICAIS DEVERÃO SER EMBUTIDOS NA ALVENARIA. CONDUTORES VERTICAIS DE 1 POLEGADA SENTIDO DO CAIMENTO DO TELHADO CALHA TELHA DE FIBROCIMENTO i = 5% JARDIM ESPELHO D'ÁGUA

118


PLANTA BAIXA PAVIMENTO TÉRREO

0

1

2

3

4

5

10m

119


PLANTA BAIXA PAVIMENTO SUPERIOR

0

1

2

3

4

5

10m

120


PLANTA BAIXA COM LAYOUT PAVIMENTO TÉRREO

0

1

2

3

4

5

10m

121


PLANTA BAIXA COM LAYOUT PAVIMENTO SUPERIOR

0

1

2

3

4

5

10m

122


CORTE AA

0

1

2

3

4

5

10m

CORTE BB

0

1

2

3

4

5

10m

CORTE CC

0

1

2

3

4

5

10m

CORTE DD

0

1

2

3

4

5

10m

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FACHADA FRONTAL

0

1

2

3

4

5

10m

FACHADA POSTERIOR

0

1

2

3

4

5

10m

FACHADA LATERAL ESQUERDA

0

1

2

3

4

5

10m

FACHADA LATERAL DIREITA

0

1

2

3

4

5

10m

LEGENDA DE REVESTIMENTOS

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PLANTA BAIXA - DETALHE RAMPA DE ACESSO i MAX = 8,33%

CORTE 01 - DETALHE RAMPA DE ACESSO i MAX = 8,33%

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PLANTA BAIXA - DETALHE ESCADA

CORTE 02 - DETALHE ESCADA

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10.4 PINTURAS, TEXTURAS E REVESTIMENTOS INTERNOS ----Seguindo as normas hospitalares e prezando pelo bem-estar e conforto dos usuários e profissionais que irão frequentar a Clínica Veterinária, foi pensado nos pisos e pinturas ideais a serem utilizados nos ambientes internos. ----Embora muitos profissionais da saúde prefiram paredes totalmente brancas, as cores mais adequadas e confortáveis para ambientes internos hospitalares são o verde-claro e o azul-claro. ----O verde é denominado uma cor fria, que pode acalmar e aliviar tanto fisicamente quanto psicologicamente. Esta cor opera sobre o sistema nervoso simpático e diminui a tensão dos vasos sanguíneos, além de reduzir a pressão arterial. Pode-se considerar como uma cor que traz tranquilidade, porém, não deve ser usado de forma exagerada pois com o passar do tempo pode se tornar cansativo. (Amber, 2000) ----Dentre de todas as cores, a azul é a mais tranquilizante, fazendo com que o cérebro secrete onze hormônios neurotransmissores que possuem ação tranquilizadora, esses hormônios são capazes de tranquilizar todo o corpo. (Walker, 1995) ----A cor branca associa-se a harmonia, limpeza, paz e estabilidade. ----No projeto foi utilizado as cores verde-claro, azul-claro e branco nos ambientes internos, de forma que deixe o espaço mais confortável e tranquilizante para todos que utilizarão o edifício. ----Em relação aos pisos utilizados, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determina padrões técnicos fundamentais de segurança a fim de evitar contaminação e transmissão de bactérias infecciosas. ----Entretanto, as normas variam de acordo com cada ambiente, classificados em ambientes críticos e semi críticos. Os ambientes críticos são as áreas que possuem alto risco de contaminação como salas de cirurgia. Os ambientes semicríticos são as áreas que possuem pequeno risco de contaminação, como ambulatórios.

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----Para ambas as áreas, segundo a RDC/50/2002 o piso deve ser monolítico, ou seja, pisos que não possuem juntas ou emendas, esses são assentados através de resinas líquidas e devem ser resistentes quando executar a assepsia, para que a limpeza com detergente neutro e desinfetantes não danifique o material. Devido a esses pisos não possuírem emendas, não é possível que acumule sujeira, assim a limpeza e higienização se torna mais fácil de executar. ----Assim como o piso, o rodapé também deve permitir total limpeza do ambiente do hospital, segundo a norma. Sendo assim, a junção do piso com o rodapé e a união do rodapé com a parede também deve-se obter atenção especial. ----Ainda de acordo com a ANVISA (2002) as escadas e rampas hospitalares devem ser compostas de pisos antiderrapantes e não deve obter espelho vazado. ----De acordo com todas as especificações e exigências das normas sanitárias, foi concluído que o melhor piso para todos os ambientes internos da Clínica Veterinária deve ser o piso vinílico em manta, devido sua alta durabilidade e grande resistência a limpeza e contra fungos e bactérias. 10.5 PINTURAS, TEXTURAS E REVESTIMENTOS EXTERNO ----Em busca de criar uma harmonização e combinação de cores e revestimentos foi escolhido a utilização de tijolinhos cortado ao meio, ripado de madeira, cimento queimado, textura de crepe preto, pintura Suvinil cinza elefante e pintura Suvinil cinza carvão. ----Dessa forma houve a união de cores claras e neutras com cores fortes, para que o edifício se destaque e chame atenção dos usuários sem perder a harmonia. ----As cores neutras como o cinza trazem uma sensação de paz e tranquilidade, ideal para quem busca por um médico, mesmo que para o seu animal de estimação. Além disso, a cor cinza combina facilmente com várias tonalidades entre si e também com as outras cores de revestimentos e texturas que foram adotadas, unindo a estética com a qualidade dos materiais.

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----Toda a área externa, incluindo estacionamento e praça possui piso intertravado composto por blocos de concreto pré-fabricados, este piso permite que a água escoe através das fissuras entre as peças e seja absorvida pela terra, não danificando as estruturas, geralmente este pavimento dura em torno de 20 anos e sua troca é bem simples, pois ele é assentado sobre uma camada de areia e facilmente instalado. O modelo utilizado no projeto contém a coloração mais clara, podendo refletir até 30% a mais de luz que os outros tipos de pavimentos, sendo possível economizar até 60% da iluminação pública no estacionamento, jardins e praça. Como este piso reflete mais luz do que absorve, é uma excelente alternativa para reduzir a temperatura do ambiente, assim os usuários se sentem mais confortáveis, além de obter uma superfície antiderrapante, garantindo mais segurança para os pedestres, principalmente crianças, idosos e pessoas de mobilidade reduzida. Por fim, esta peça pode ser removida e reutilizada em uma nova obra, evitando qualquer chance de desperdício. Pode-se concluir ser um material tanto sustentável quanto eficientemente energético. 10.6 BACIA DE EVAPOTRANSPIRAÇÃO ----Foi incluído ao projeto uma BET (Bacia de Evapotranspiração), conhecida popularmente por “fossa de bananeiras”, consiste em um sistema fechado de tratamento de esgoto. Este sistema não produz nenhum efluente e impede a poluição do solo, das águas superficiais e também do lençol freático. (Vieira, 2010) ----Toda a água negra vindo da descarga sanitária são convertidos em nutrientes para as plantas e a água só sai através da evaporação, portanto totalmente limpa. (Vieira, 2010) ----Para a implantação do BET no projeto foi necessário separar a água servida em cinza e negra, pois somente a água negra deve ir para este sistema. Toda a água negra gerada na Clínica Veterinária passará por este tratamento e os nutrientes serão recebidos pelas vegetações do jardim lateral esquerdo.

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Figura 128 - Corte transversal BET Fonte: Pelo autor, 2020.

Figura 128 - Corte longitudinal BET Fonte: Pelo autor, 2020.

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11.CONSIDERAÇÕES FINAIS


----Os animais são seres muito presentes na vida da sociedade e na rotina da cidade, porém, em geral, existem poucos locais que prestam assistência e cuidado a esses animais gratuitamente. ----O tema foi escolhido de acordo com as condições que Presidente Prudente apresenta, com muitos animais abandonados pela cidade necessitando de tratamento e cuidado, onde na pior das vezes, a falta de assistência pode causar na morte do animal que vive na rua. ----Prezando pela saúde e segurança pública e animal, foi realizado o projeto da Clínica Veterinária Pública 24 Horas e Hotelaria – Dr. Animal, em busca de atender a todas necessidades dos animais e principalmente aqueles que não possuem proprietários, além de oferecer abrigo temporário a animais desabrigados até que possam ser reintegrados na sociedade novamente através da adoção. ----A construção do Dr. Animal poderá trazer diversos benefícios aos animais, quanto físicos quanto mentais, além de amenizar o transtorno da saúde pública de Presidente Prudente e região.

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REFERÊNCIAS ACHA, P. N.; SZYFRES, B. Filariasis zoonóticas. In: ACHA, P. N. Zoonosis y enfermidades transmisibles comunes al hombre y a los animales. 3. ed. Washington: OPS, 2003. v. 3, p. 284-291. ALMEIDA, E. S. et al. Estudo do destino dos cães no canil municipal de Botucatu antes e após a Lei n° 12.916 que dispõe sobre o controle da reprodução de cães. Veterinária e Zootecnia, São Paulo, v. 21, n. 3, p. 433-439, set. 2014. AMBER R. Cromoterapia: aura através das cores. São Paulo: Cultrix, 2000. ANDA – Agencia de Notícias de Direitos Animais. Brasil tem 30 milhões de animais abandonados, 2013 Disponível em: https://anda.jusbrasil.com.br/noticias/100681698/brasil-tem-30-milhoes-deanimais-abandonados Acesso em: 10 de setembro de 2019. ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, 2002 Disponível em: https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/item/rdc-50-de-21de-fevereiro-de-2002 ARCHDAILY. Animal Refuge Centre / Arons em Gelauff Archtecten, 2008. Disponível em: https://www.archdaily.com/2156/animal-refuge-centre-arons-en-gelauffarchitecten?ad_medium=gallery ARCHDAILY. Hospital Veterinário Canis Mallorca / Estudi E. Torres Pujol, 2015. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/763528/hospital-veterinario-canis-mallorca-estudi-etorres-pujol ARCHDAILY. Hospital Veterinário Constitución / Dobleese Space & Branding, 2017. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/867854/hospital-veterinario-constituciondobleese-space-and-branding


REFERÊNCIAS ARCHDAILY. Memphis Veterinary Specialists/archmania, 2012 Disponível em: https://www.archdaily.com/233095/memphis-veterinary-specialistsarchimania ARCHDAILY. Palm Springs Animal Care Facility / Swatt Miers Archtects, 2012. Disponível em: https://www.archdaily.com/237233/palm-springs-animal-care-facility-swattmiers-architects ARCHDAILY. South Los Angeles Animal Care Center & Community Center / RA-DA, 2012. Disponível em: https://www.archdaily.com/407296/south-los-angeles-animal-care-centerand-community-center ARMSTRONG, Susan J,; BOTZLER, Richard G. The Animal Ethics Reader. London: Routledge, 2008. BEAVER, B. V. Comportamento Canino: Um Guia para Veterinários. São Paulo: Editora Rocca, 2001. CIMINO, Patrícia Pérez. Centro de ressocialização para animais abandonados. 2011. p8. 1 CD-ROM. Trabalho de conclusão de curso (Graduação - Arquitetura e Urbanismo) Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências e Tecnologia, 2011. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/118680>. CLINICA EMPREENDEDORA. Saiba qual a diferença entre pet shop e clinica veterinária – 2018. Disponivel em: https://clinicaempreendedora.com.br/diferenca-entre-pet-shop-e-clinicaveterinaria/ Acesso em 12 de novembro de 2019. COSTA, Eliane Brito da; SILVA, Taynara Albuquerque da; BOMBONATO, Fabiele, 2014. APRESENTANDO O DRYWALL EM PAREDES, FORROS E REVESTIMENTOS. Disponível em: https://www.fag.edu.br/upload/ecci/anais/55953b6667236.pdf Acesso em: 08 de novembro 2020


REFERÊNCIAS ESTADO DE SÃO PAULO, ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA. Decreto nº 40.400, de 24 de outubro 1995. Disponivel em: https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/1995/decreto-4040024.10.1995.html Acesso em 24 de setembro de 2019. GOES, Eliana Maciel. Jornal Mais Noticias - Natureza Humana, Ribeirão Pires - 2013 Disponível em: https://jornalmaisnoticias.com.br/natureza-humana/ Acesso em: 22 de outubro de 2019 GOMES, Laiza Bonela.; SILVA, Sara Clemente Paulino Ferreira; NUNES, Vania de Fátima Plaza; LANZETTA, Virgínia Aguiar Sorice. Saúde única e atuação do médico veterinário do Núcleo de Apoio à Saúde da família (NASF). In: Cadernos técnicos de veterinária e zootecnia – Introdução à medicina veterinária do coletivo, no83. Fundação de Estudo e Pesquisa em Medicina Veterinária e Zootecnia, Minas Gerais, 2016, p. 75. OMS – Organização Mundial da Saúde. Guidelines for dog population management. Geneva: WHO/WSPA, 2000. p 116. POLIZELO, Priscila Garcia. Hospital Público Veterinário para Cães e Gatos. Rio Preto, 2018, p. 74 – 79. SANTANA, L. R.; OLIVEIRA, T. P. Guarda responsável e dignidade dos animais. Salvador: Relatório do Ministério Público, 2008. SANTOS, Bianca. Deputado propõe hospital veterinário público em PP, Jornal O Imparcial, 2017. Disponível em: http://imparcial.com.br/noticias/deputado-propoe-hospital-veterinariopublico-em-pp,13468


REFERÊNCIAS SECRETARIA DA COMUNICAÇÃO. Prefeitura publica lei que permite autuar pessoas que maltratarem animais, 2019 Disponível em: http://www.presidenteprudente.sp.gov.br/site/noticias.xhtml?cod=46830 Acesso em: 24 de setembro de 2019

TUBALDINI, Ricardo, Hotel para cães, 2014. Disponível em: https://www.cachorrogato.com.br/cachorros/hotel-para-caes/ Acesso em 12 de novembro de 2019 VIEIRA, Itamar. BACIA DE EVAPOTRANSPIRAÇÃO, 2010. Disponivel em: http://www.setelombas.com.br/2010/10/bacia-de-evapotranspiracao-bet/ Acesso em: 08 de novembro de 2020 WALKER M. O poder das cores: as cores melhorando a sua vida. Tradução de Denise Cavalcante. São Paulo: Saraiva; 1995. WEIDLE, Érico P. S. SISTEMAS CONSTRUTIVOS NA PROGRAMAÇÃO ARQUITETÔNICA DE EDIFÍCIOS DE SAÚDE, 1995. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sistemas_edificios.pdf Acesso em: 08 de novembro 2020


APÊNDICE


----Foram aplicados dois questionários online através do Google Formulários a fim de aperfeiçoar o programa de necessidades adequando-o ao perfil do local, sendo um questionário destinado aos usuários e proprietários de animais e outro destinado aos médicos veterinários da cidade. ----O questionário destinado aos usuários foi composto por 8 questões de múltipla escolha e obteve um total de 30 respostas. A seguir, mostra-se os gráficos detalhados das perguntas e respostas obtidas:





----O questionário realizado com os profissionais da medicina veterinária também foi composto por 8 perguntas, dentre elas questões de múltipla escolhas e dissertativas. ----A seguir mostra-se com detalhe o resultado do questionário aplicado.





----Em relação ao primeiro questionário pôde-se levar em consideração que a maioria dos entrevistados já sentiram a necessidade de levar seu animal doméstico ao médico veterinário, mas não tiveram condições financeiras de levá-lo, e por consequência em alguns casos a saúde do animal foi comprometida. Também foi notado a importância da implantação de um Pet Hotel devido a existência de animais abandonados em diversas áreas da cidade, de acordo com os entrevistados os locais notados com maior números de animais desabrigados é a Zona Leste, Zona Norte e Centro, portanto, a inserção de uma Clínica Veterinária Pública localizada no terreno escolhido é de fácil acesso por diversos modais. ----Conforme o segundo questionário notou-se a importância de obter um Pet Hotel com baias individuais e local exclusivo para quarentena de animais, além de incluir um grande espaço para que suporte a demanda de todos animais. Também foram constatados a importância em obter salas pré - cirúrgicas e salas de recuperação, ciente de que um animal pode ficar de repouso na internação por uma tarde ou até mesmo 10 dias, dependendo do seu tratamento. ----Foi levado em consideração no projeto arquitetônico todas as respostas adquiridas pelos profissionais e usuários, desde as respostas com pequenos destaques quanto as respostas que possuíram mais ênfase e exaltação.


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