Graduação em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas Fundação Municipal de Ensino Superior de Bragança Paulista, FESB, Brasil. Título - monografia: Anfíbios Anuros e a Crise Atual da Biodiversidade. Autora: Thais Scognamiglio Campos Lourenço Orientadora: Profa. Ms. Virgínia Bueno de Souza Ano: 2009
RESUMO Durante a evolução da vida na Terra, animais pertencentes à classe dos anfíbios foram os primeiros vertebrados a conquistar o ambiente terrestre, possivelmente há cerca de 370 milhões de anos. Ao longo do processo evolutivo, os anfíbios mantiveram a dependência do ambiente aquático ou úmido para sua reprodução e sobrevivência. As espécies de anfíbios atuais se classificam em três ordens: Anura (sapos, rãs e pererecas), Gymnophiona (cobrascegas) e Caudata (salamandras). Devido à grande diversidade de anfíbios anuros no Brasil e na Mata Atlântica, apenas essa ordem será enfocada neste trabalho. Os anfíbios anuros apresentam características muito peculiares e distintas em relação aos outros vertebrados tetrápodes, tais como pele úmida e permeável, reprodução com fecundação externa em meio aquático e desenvolvimento com fase larval. Essas características os tornam importantes indicadores da qualidade ambiental do ar e da água, além de sugerir sua alta vulnerabilidade às mudanças do ambiente. Essas mudanças, principalmente as causadas pelas atividades do Homem, estão afetando diretamente esses animais. Acredita-se que um terço das mais de 6.000 espécies de anfíbios do mundo esteja ameaçado nos dias atuais. Considerando-se a diminuição da biodiversidade de anfíbios pelo mundo, este trabalho visa analisar os estudos mais recentes sobre o aparente declínio mundial de anfíbios. Para isso foi realizado um levantamento bibliográfico sobre os anfíbios, principalmente sobre os anuros, em especial, as espécies da Mata Atlântica brasileira, suas particularidades, as possíveis causas de seu atual declínio populacional, as conseqüências ecológicas desse fenômeno, além dos atuais esforços para conservação dessa classe de animais. Há concordância entre os estudiosos que as causas mais relevantes para o declínio e extinção das populações de anfíbios sejam a destruição e fragmentação do hábitat, a poluição do ambiente aquático e a doença fúngica emergente denominada quitridiomicose. Os anfíbios sempre resistiram bravamente às grandes extinções em massa que atingiram o planeta, porém uma nova extinção parece estar se aproximando e eles aparentam uma comprometedora despreparação. A situação em que esses animais se apresentam revela que as mudanças atuais, resultantes das atividades humanas no ambiente natural não têm precedentes, por sua rapidez de acontecimento, o que não oferece que as espécies se ajustem suficientemente rápido e sobrevivam. Além da idéia de que cada espécie possui valor inestimável e próprio para os ecossistemas e para o planeta, as consequências possíveis dessa atual perda de espécies de anfíbios são o desequilíbrio e o aumento das populações de insetos e a limitação de descobertas biomedicamente relevantes sobre os mesmos. Palavras-chave: anfíbios, anuros, Mata Atlântica, declínio populacional, quitridiomicose. LOURENCO, T.S.C. Anfíbios Anuros e a Crise da Biodiversidade. Monografia (Graduação em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas), Fundação Municipal de Ensino Superior de Bragança Paulista, FESB, 2009.