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MISTURA URBANA Introdução
Professor, o livreto mistura urbana é um apoio no que diz respeito a materiais e técnicas, nele você encontrará algumas introduções a procedimentos artísticos específicos usados frequentemente por artistas urbanos e uma breve contextualização do Graffiti na história. O material possui também muitas imagens e ilustrações que darão um suporte a mais no uso e manejo desses materiais, facilitando a visualização de procedimentos artísticos.
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CARTAZES E ADESIVOS Cartazes, pôsteres e adesivos são recursos ricamente utilizados na arte urbana. Artistas se apropriam desses materiais para desenvolverem sua crítica e poética no meio urbano que vem desde a produção dos seus próprios adesivos e cartazes até a apropriação e crítica dentro dos já existentes. Quando um artista cola seu adesivo (sticker) no ambiente urbano, inicia um diálogo Pequenos e presentes em toda parte, os stikers podem ser colados facilmente em qualquer lugar, pensada em grandes proporções podem causar um impacto tão grande quanto um graffiti. O mesmo processo do pôster é válido para adesivos também, adaptando o papel.
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MATERIAIS CARTAZES E ADESIVOS
trará variantes e diversas formas de se produzir a cola caseira.
ESTILETE. - Usando estilete ou tesoura você pode cortar em volta do desenho, saindo do forma-
PAPEL - Papel ou folha de jornal. O ideal é que to tradicional do papel. seja um papel bem fino, pois ele grudará melhor PAPEL ADESIVO - Papel adesivo (o vinil é o nas superfícies e é mais difícil de descascar. Esto-
mais indicado pois tem mais durabilidade durantes
ques de jornal não impresso são uma opção boa e
as ações do tempo).
barata. O próprio jornal impresso também serve, os
Você pode fazer impressões no adesivo com tin-
alunos podem se apropriar da sua linguagem para ta serigráfica ou fazer os desenhos a mão usando caneta permanente. Depois de prontos podem realizar o pôster
TINTA - A tinta deve ser à prova d’água, então ser recortados e colados em diferentes superfícies, acrílica é recomendada. Dica - Passar uma cama-
lembrando que nas sujas ele descola mais rapida-
da fina de tinta acrílica onde será as partes colo-
mente.
ridas do desenho, garantirá assim a eficiência do
Para dar aos adesivos um aspecto laminado bas-
papel em absorver a cola.
ta usar uma fita de embalagem transparente. Há
PINCEL OU VASSOURA
a possibilidade de reutilizar como recurso poético
São indicados para colar o pôster.
COLA - Farinha de trigo, amido, goma, água, vi-
e social, adesivos préimpressos, etiquetas, rótulos de potes de geleia, enfim.
nagre. A cola utilizada pelos artistas urbanos, geralmente é caseira. Feita de amido, farinha de trigo, goma ou derivados fazendo uma mistura podendo colocar vinhagre e limão na composição. Uma pesquisa rápida em vídeos no youtube e você encon-
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MATERIAIS GRAFFITTI E ESTÊNCIL
cional. Outra forma é utilizando um retroprojetor, basta projetar o desenho na parede em que for modificada diretamente ou passar para um papel na forma de estêncil.
Fita crepe, spray, tinta de parede, rolinhos e pincéis
Após imprimir basta colar a imagem no material
variados.
que será recortado. É importante deixar a cola secar para não rasgar o papel.
SUPORTE / Papel cartão, plástico grosso transparente, papel contact. Usar um suporte resistente,
PASSO A PASSO
mas fácil de cortar com estilete, como por exemplo,
Ao construir sua imagem é importante lembrar os
papel cartão, transparências de raio x ou plástico
fundamentos básicos do estencil.
mais resistente, materiais mais adequados a reuti-
Você não pode ter nenhum espaço em branco fe-
lização dos moldes vazados. O papel contact tam-
chado ou “ilhas” dentro de todas as áreas pretas.
bém é um bom recurso, ele é fácil de cortar, impe-
(porque essencialmente estas áreas pretas são as
de qualquer vazamento ocorra, não necessitando
que você vai cortar).
da fita ou de outra pessoa para segurar o estêncil
● Segure o estêncil na superfície a ser pintada.
na parede.
Você pode usar pedaços de fita para deixá-lo fixo. ● A lata de spray é um dos materiais mais usados
AMPLIAÇÕES / Retroprojetor, ferramentas de nos estênceis. ● Agite antes do uso e mantenha edição gráfica, impressora. Você pode usar ferra-
o spray a cerca de 30 centímetros da imagem. ●
mentas de edição gráfica para criar imagens de
Apertar o spray durante muito tempo faz a tinta es-
praticamente qualquer tamanho, bastando dividi
correr (o que pode ser usado como recurso poéti-
-las em várias folhas de tamanho A4 no ilustrator
co). ● Você pode usar rolinhos ou até mesmo um
ou no InDesign, por exemplo. Além disso pode-se
pincel maior, basta passar a camada de tinta sobre
criar as imagens manualmente, no método tradi-
os vazados.
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SPRAY A MÃO LIVRE
O spray foi inventado na década de 1920 e não foi pensado para a arte. A partir dos anos 1960, muitos artistas começaram a se apropriar desse recurso e hoje em dia ela existe suprindo diversas necessidades técnicas, cores e espessuras de traços e bicos. Usar a lata de spray é simples, mas requer prática para obter controle total sobre o que acontece.
DICAS • Pressionar o centro do pino = spray mais potente. ● Pressionar a parte anterior do pino = a lata vai “cuspir” tinta. ● Pressionar parte posterior do pino e segurar a lata de cabeça para baixo = spray de traço fino. ● Tirar o ar do spray também é uma forma de controlar melhor o traço e ter controle.
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OUTROS A MÃO LIVRE
chove. É interessante usar para fazer esboços já que para apagar basta jogar água.
DICAS
CANETÃO
Fazer um desenho com esses materiais (giz e
Muito usado por artistas como Jean-Michael Bas-
carvão) e depois usar o pincel com tinta látex dá
quiat, dá ao usuário mais espontaneidade e facili-
um resultado interessante, uma vez que a tinta se
dade na hora de produzir os desenhos.
apropria da pigmentação do giz, fica mais fácil fa-
PINCEL
zer luz e sombra e você tem mais vantagens técni-
O pincel também dá mais flexibilidade ao usuário
cas nos detalhes.
e saem mais baratos que usar spray. Eles criam traços bonitos e bem estruturados e fica mais fácil manusear detalhes
ROLO Pintar grandes superfícies usando linhas retas é uma das utilidades dos rolos, dá para acoplar um extensor de cabo para alcançar paredes altas.
GIZ E CARVÃO Muitas artistas que iniciaram seus trabalhos com arte urbana usaram giz e carvão como material, é o caso de Keith Haring. Apesar de ser muito bacana o trabalho tem menos durabilidade uma vez que
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ESTÊNCIL EM PROGRAMAS DE EDIÇÃO DE IMAGEM Estêncil Monocromático em programas de edição de imagem. No photoshop 1º passo / Abra a imagem, deixe-a em 300dpi para não pixelar. 2º passo / Transforme sua imagem colorida em preto-branco.
criar imagens de praticamente qualquer tamanho, bastando dividi-las em várias folhas de tamanho A4 no ilustrator ou no InDesign, por exemplo. Além disso pode-se criar as imagens manualmente, no método tradicional. Outra forma é utilizando um retroprojetor, basta projetar o desenho na parede em que for modificada diretamente ou passar para um papel na forma de estêncil. Após imprimir basta colar a imagem no material que será recortado. É importante deixar a cola secar para não rasgar o papel.
3º passo / Remova os tons de cinza da imagem em brilho e contraste. 4º passo / Apague tudo que não deve ficar na imagem e não deixe partes pequenas, você deve con-
3: stencil cut tut image2_tutoriais estencil revolution
seguir cortar posteriormente as partes pretas. 5º passo / Salve o Estêncil e imprima no tamanho desejado. 6º passo / Recorte as áreas pretas e use normalmente.
AMPLIAÇÕES / Retroprojetor, ferramentas de edição gráfica, impressora. Você pode usar ferramentas de edição gráfica para
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ESTÊNCIL FAÇA MANUALMENTE
Ao construir sua imagem é importante lembrar os fundamentos básicos do estencil. Você não pode ter nenhum espaço em branco fechado ou “ilhas” dentro de todas as áreas pretas. (porque essencialmente estas áreas pretas são as que você vai cortar). ● Segure o estêncil na superfície a ser pintada. Você pode usar pedaços de fita para deixá-lo fixo. ● A lata de spray é um dos materiais mais usados nos estênceis. ● Agite antes do uso e mantenha o spray a cerca de 30 centímetros da imagem. ●
2: stencil-cut-tut-image_ tutoriais estencil revolution
Apertar o spray durante muito tempo faz a tinta escorrer (o que pode ser usado como recurso poético). ● Você pode usar rolinhos ou até mesmo um pincel maior, basta passar a camada de tinta sobre os vazados.
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Jean-michael Basquiat. Untitled (Head) 1981. Acrílico e técnica mista sobre tela 81205.7x175.9 centímetros. A L. Broad coleção Eli e Edythe. Los Angeles.
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CONTEXTUALIZANDO A notoriedade alcançada por Basquiat, Banksy, Sheppard Fairey, Space Invader, Os Gêmeos e outros “marginais” que se apropriaram primeiramente da paisagem, para depois invadirem o universo restrito do circuito mundial das artes pela porta da frente, pode ser entendida como qualidade da permeabilidade natural do sistema que regula do alto a sociedade, no entanto é necessário lembrar que a admissão desses artistas ocorreu a contragosto das classes controladoras do espetáculo. A utilização não autorizada do espaço público para a arte desautorizada continua sendo crime e nenhum dos Sheppard Fairey , s.data Banksy, Londres
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artistas mencionados escaparia das sanções legais em seus países.
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Marcas de m達os em caverna no norte da Espanha
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GRAFFITI Um dos primeiros vestígios de graffiti, se não o mais antigo é a presença de pinturas em pedras. A arte rupestre ou pinturas em caverna é a legitimação dos primeiros graffitis. Nessa época, os materiais eram derivados de minerais e compostos orgânicos, mais especificamente a terra e suas diferentes tonalidades. A adoção do termo é atribuída à imprensa norte-americana nos anos 60 a 70, que naquela época passou a usar o termo italiano graffito no plural, em reportagens que visavam chamar a atenção da população e das autoridades para um problema que se espalhava pela cidade nas mãos de adolescentes, em sua maioria descendentes de africanos e latinos, moradores dos bairros mais pobres de Nova York, Filadélfia e Los Angeles. Os termos utilizados por esses jovens eram “writing”,“tagging” ou “hitting”. Mauricio Villaça, um dos precursores do graffiti no Brasil, diz que, assim como as crianças criam suas garatujas, rabiscando bancos, banheiros, paredes entre outros objetos o ato de graffitar de forma consciente ou não diz respeito a uma necessidade humana de se expressar. Mural fotografado por Brassaï, sinais de deterioração da parede. S/ data
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Os túmulos de faraós egípcios representada pelos
outros, efêmero de natureza vai da critica social até
desenhos e grafias, um misto de imagens e texto questões politicas, é antes de tudo, um convite ao nas paredes, assume uma característica do graffiti
encontro do diálogo e representa uma manifesta-
ou pintura mural, predominando pela função deco-
ção artística e sua situação histórica.Tem com ca-
rativa e grande diversidade de técnicas, funções
racterística estética e conceitual de linguagem
essas utilizadas desde o Extremo Oriente, India,
• Expressão plástica figurativa e abstrata
China e por todos os povos mediterrâneos.
• Utilização do traço ou da massa para definição
Os primeiros cristãos graffitavam os símbolos da
de forma
igreja nascatacumbas de Roma. No século XX, ar-
• Natureza gráfica ou pictórica;
tistas utilizavam das técnicas de pintura em mural
• Utilização, basicamente de imagens do incons-
para realizar enormes obras, decorando grandes
ciente coletivo, produzindo
edifícios. No Brasil dos anos 50, várias pinturas
releituras de imagens ou criação do próprio artista
em murais narravam temas da história brasileira, • Subversivo, espontâneo, gratuito e efêmero; como o realizado por Di Cavalcanti, medindo 15
• Democratiza e desburocratiza a arte;
metros de comprimento na região central de São
• Apropria-se do espaço urbano e fim de discutir,
Paulo. Junto com a pop art, o graffiti contemporâ-
recriar e imprimir a interferência humana na arqui-
neo ia tomando forma como expressão artística e tetura da metrópole. humana, essa manifestação começa a surgir os
Tanto o graffiti quanto a pichação, tem como supor-
anos 50, com a introdução do spray, segue pelos
te a cidade e utilizam-se dos mesmos materiais.
anos 60, passa pelos 70 e se consagra como lin-
O graffiti e a pichação interfere no espaço, uma
guagem artística nos anos 80, conquistando man-
das diferenças entre, é que o graffiti vem das artes
chetes de jornais, espaço na mídia e chegando na
plásticas dando privilegio a imagem e a pichação
Bienal, isso segue nos anos 90.
da escrita, palavra e letra. Vários são os significa-
O graffiti tem como suporte a cidade como um todo,
dos da pichação, desde o efeito de pichar, escrever
muros ,calçadas, viadutos, prédios, poste, entre
em muros e paredes, sujar, falar mal. A pichação
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entrada do edifício do Reichstag (Parlamento Alemão), inteiramente grafitado por soldados soviéticos, que foram os primeiros a entrar em Berlin. Foto de William Vandivert, 1945
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graffiti representando Hitler,fotografado por Brassaï, em Paris. S/data.
La bouche en croisant”, de Jean Dubuffet. (1948)
O Fantasma de um Gênio”, de Paul Klee.(1922)
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não é exclusividade da contemporaneidade, isso
próprio fotógrafo, estavam Paul Claudel, Georges
é, desde da antiguidade as cidades eram pichadas
Bracque e Picasso. A sensibilidade de Brassaï para
tão quanto as de hoje, a citar a cidade de Pompéia
a arte tinha sólida referência na sua apreciação e
( cidade vitima de erupção do vulcão Vesuvio em interesse pela Arqueologia. As paredes de Paris, 24 de agosto de 79 d.C) que predominavam xin-
como as de Roma ou Pompéia em seu tempo,
gamentos, cartazes eleitorais, anúncios, poesias
apresentam essa potência, tornando-se fonte de
em praticamente todas as paredes. Foi usada por
profundas reflexões históricas, artísticas, psicológi-
revolucionários de todo mundo para atacar a ima-
cas e antropológicas não apenas de Brassaï mais
gem se seus governantes ou divulgar seus ideais
outros artistas de seu tempo.
e objetivos. Durante as reivindicações iniciadas em
Brassaï denominou de graffiti as imagens que eram
1968 por est dantes em Paris, o spray foi ferramen-
riscadas na superfície sem uso de tinta, semelhan-
ta de protesto, substituído os gritos de reivindica-
tes ao grafito de Alexamenos.
ções por registros grifados nos muros da cidade. No Brasil, as frases de protesto surgiu em tom bem -humorado e enigmáticas. Por ser uma ação ilegal e subversiva, a atividade de pichação era realizada
Joan Miró observa um graffito. Fotografia feita por Brassaï; s/data
sempre a noite. Entreguerra e Pós-guerra O fotógrafo Romeno-húngaro conhecido como Brassaï, no início da década de 1930, começa a fotografar com interesse os graffiti nos bairros afastados de Paris, que seriam mapeados em pequenos cadernos nos quais fazia esboços e anotava a localização exata de cada ocorrência, pretendendo acompanhar seu desenvolvimento ou desaparecimento. Entre os apreciadores dessas fotos, segundo o
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LETRAS E TÉCNICAS TAG
mais tarde jovens provenientes dos guetos negros e dos bairros pobres dos EUA começaram a utilizar da mesma técnica. “LEE 163” é reconhecido como o primeiro writer a
Os “Tag’s”, são normalmente uma escritura em le-
estilizar a tag com a intenção de transformá-la em
tra cursiva, caligráfica, decifrável, indecifrável, ge-
logomarca, inaugurando
ralmente feita em poucos segundos. São a verten-
“Tag Style”, O “Tag” identificava o seu nome e o
te mais antiga do graffiti pois já eram utilizados na
número da sua rua. Hoje em dia, o “Tag” é então a
década 1930 por diversas gangs americanas como
assinatura do artista ou logomarca.
um estilo denominado
forma de demarcação de território. Alguns anos
inscrições “tag style” produzidas por LEE 163 (1) e TOP CAT 126, também conhecido como TC 126 (3)
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Tag autoria desconhecida 2011
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causar a sensação de volume e tridimensionalida-
THROW UP
de, como ocorre com a técnica de sombreamento
Essencialmente o corpo da letra é feita em cima
no desenho artístico.
de uma cor e contornado por outra, este contorno assinatura do artista ou logomarca. pode ser integral ou com aplicações apenas nas arestas internas e externas, ou conter um contorno parcial apenas para “desembaralhar” as letras. Ocasionalmente, a cor da aresta pode ser vaporizada delicadamente sobre o corpo das letras para
os usos de contorno para as letras dão início ao estilo throw up, que transformará a escrita num. Experiência plástica. Aqui, um dos trens fotografados por Jon Naar, no início da década de 1970.
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Throw Ups- Destn e Harsh, abril de 2014 Oakland/CA. (foto Nite Owl)
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BLOCKBUSTER
um vagão de trem, ou vastas superfícies de mu-
O estilo denominado “Blockbuster” é produzido
ros e paredes. O objetivo estilos de possibilitar a
com letras normalmente massivas, de grandes a
legibilidade de suas marcas a grandes distâncias.
monumentais, separadas por um espaço e tam-
As formas de escrita eram absolutamente simples
bém tem arestas contornadas com cor diferente da
e legíveis, quesito indispensável para alcançar a
aplicada ao corpo. Os “bombers”, desde a geração
notoriedade. O respeito da comunidade de writers,
de Lee e Tracy, produziram graffiti nesse estilo que
no entanto, se baseava também na coragem e no
muitas vezes cobriam toda a superfície lateral de
risco.
Soul, São Paulo Brasil 2014 (Foto de TiagoPreto)
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BUBBLE STYLE
vou que a marcação desde adolescentes nas pa-
Estilo de letras arredondadas, mais simples e “pri-
redes e trens era o único veículo significativo para
márias”. Ainda é muito utilizada no grafite. Um esti-
representar sua existência.
lo de escrita que se tornou extremamente in fluente e é considerado um grande salto na fora de arte. Phase2 o criador do estilo de letras bolhas obser-
7anoes-Soul-Vegan, São Paulo Brasil, 2013 (foto de TiagoPreto).
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WILDSTYLE
rando elementos visuais de origem não alfabética,
As linhas e cores muitas vezes são trabalhadas até
como desenhos de personagens, animais, objetos,
o ponto em que o nome e as letras se aproximam
etc. Algumas vezes é impossível a um leigo ler o
das experiências da Arte Abstrata. As experiências
que está escrito, posto que as letras possam ser
de composição gráfica abusam da visualidade,
apresentadas com aspectos morfológicos irreco-
buscando o maior impacto possível no uso das co-
nhecíveis, estando além dos limites da sua forma
res e no arranjo das formas, muitas vezes incorpo-
original.
Trabalho do grafiteiro Does HDV Crew para a agência Conosenti, em São Paulo(foto autoria desconhecida) s.data.
Does Loveletters Crew, Melbourne Australia 2013. (foto autoria desconhecida).
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3D Quando visto de um ponto de vista específico a obra de arte vem a vida e parece saltar fora das paredes, por suas composições criadas em perspectiva e pintadas em diferentes superfícies, como 90 graus cantos ou paredes para o chão, criando um efeito de ilusão de ótica. Odeith, Baton Rouge, Louisiana s.data (foto autoria desconhecida)
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PRONTO! Agora você tem uma base que poderá auxiliá-lo em seus momentos de dúvidas a respeito de técnicas artísticas específicas. Você é livre para ousar, adaptar e usar outros materiais, afinal, o que iniciamos aqui é apenas o começo, é apenas uma base para que você inicie a cada dia um novo processo de busca, utilizando o olhar para captar as transformações que ocorrem a nossa volta e mudando um poquinho aquele pedacinho do nosso mundo cotidiano. Esperemos ver vocês em breve, viu! Um beijo grande! :)
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THAIS SILVA Contato : thaisilvarte@gmail.com
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JEDIEL OLIVEIRA Contato : jedielso@gmail.com
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TIAGO REGO Contato : tiagopretopreto@gmail.com
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ALEX COSTA Contato : alexhenrique01@gmail.com
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