CENTRO DE CONVIVÊNCIA, LAZER E SOCIALIZAÇÃO
UFFS - UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL ARQUITETURA E URBANISMO - CAMPUS ERECHIM ACADÊMICA: THAÍS FERNANDA BARAUNA ORIENTADOR: MARCOS SARDÁ VIEIRA
ANZIANO
ERECHIM - RIO GRANDE DO SUL 19 DE JUNHO DE 2017
"Os anos enrugam a pele, mas renunciar ao entusiasmo faz enrugar a alma." (Albert Schweitzer)
CENTRO DE CONVIVÊNCIA, LAZER E SOCIALIZAÇÃO ANZIANO SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................................................02 1.1 Problemática................................................................................................................................................................02 1.2 Objetivos......................................................................................................................................................................03 1.2.1 Objetivo geral................................................................................................................................................... 03 1.2.2 Objetivos Específicos.....................................................................................................................................03 1.3 Metodologia................................................................................................................................................................. 04 2.0 REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................................................................................04 2.1 Conceito de idosos e direitos...................................................................................................................................04 2.2 Dados idosos............................................................................................................................................................... 05 2.3 Espaços de atendimento ao idoso......................................................................................................................... 08 2.3.1 Família Acolhedora......................................................................................................................................... 08 2.3.2 República.......................................................................................................................................................... 08 2.3.3 Centro de convivência................................................................................................................................... 08 2.3.4 Centro dia......................................................................................................................................................... 08 2.3.5 Casa Lar.............................................................................................................................................................08 2.3.6 Instituição de Longa Permanência..............................................................................................................09 2.3.7 Cidade do idoso................................................................................................................................................ 09 3.0 ESTUDOS DE CASO...........................................................................................................................................................09 3.1 Lar dos Velhinhos Erechim/ RS........................................................................... .................................................10 3.2 Cidade do idoso Chapecó/SC ...................................................... ..........................................................................12 4.0 EXEMPLOS REFERENCIAIS 4.1 Centro de convivência e residência para idosos- MMASS Arquitectura....................................................14 4.2 Lar dos Idosos Peter Rosegger Dietger Wissounig Architekten............................... ...............................14 4.3 Jena: Espaço público para o pedestre, promovendo a mobilidade................................................................15 urbana em relação ao envelhecimento........................................................................................................................16 5.0 CONTEXTUALIZAÇÃO - LOCAL INTERVENÇÃO.........................................................................................................18 5.1 A cidade........................................................................................................................................................................18 5.2 Dados dos idosos no município..............................................................................................................................19 6.0 DIAGNÓSTICO URBANO...................................................................................................................................................20 6.1 Escala Macro..............................................................................................................................................................20 6.2 Escala Meso...............................................................................................................................................................22 6.3 Escala Micro...............................................................................................................................................................25 6.5 Setores.......................................................................................................................................................................29 6.6 Diretrizes...................................................................................................................................................................31 7.0 ESCOLHA TERRENO..........................................................................................................................................................32 7.1 Programa de Necessidades....................................................................................................................................32 7.2 Condicionantes..........................................................................................................................................................33 7.3 Zoneamento...............................................................................................................................................................35 8.0 BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................................................................36 9.0 LISTA DE FIGURAS...........................................................................................................................................................37
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CENTRO DE CONVIVÊNCIA, LAZER E SOCIALIZAÇÃO ANZIANO 1.0 INTRODUÇÃO O presente estudo refere-se ao levantamento teórico, às análises referenciais, os diagnósticos urbanos e diretrizes projetuais sobre um centro de lazer e socialização cotidiana de idosos, com ênfase na integração deste equipamento com o espaço público da cidade de Chapecó, em Santa Catarina. O desenvolvimento desta etapa refere-se à disciplina TFG-1, Trabalho Final de Graduação, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). O Brasil, por ser um país em processo de desenvolvimento, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) traz, que a população idosa é aquela a partir dos 60 anos de idade. Os idosos apresentam potencial de serem pessoas ativas em suas atividades cotidianas (atividades de produção, culturais, educacionais e de socialização), desde que em ambientes favoráveis e propícios para que sintam-se vinculados à sociedade através dos espaços públicos de encontro. A capacidade de adaptação ao meio e as mudanças decorrentes da vida diminuem com o envelhecimento, bem como a capacidade motora, limitando o potencial e estabelecendo deficiências, como por exemplo, limitações visuais, auditivas, motoras e intelectuais, da mesma maneira que doenças crônico-degenerativas se intensificam, gerando a dependência nas atividades diárias deste grupo. A velhice pode ser entendida como um processo dinâmico e progressivo, caracterizado por
modificações determinam a progressiva perda da capacidade de adaptação ao meio, ocasionando maior vulnerabilidade para o corpo, o que torna necessário condições espaciais específicas para atender esta população. A OMS considera o envelhecimento como um processo de vida moldado por fatores, dos quais os determinantes econômicos, sociais, comportamentais, pessoais, serviços sociais e de saúde, que agrupados ou separados, de certa, forma favorecem a saúde, a participação ativa em atividades coletivas e a segurança. Neste sentido, consideramos importante o aprofundamento sobre as necessidades físicas e ambientais das pessoas idosas na manutenção de suas atividades sociais. Em especial, analisaremos as possíveis interações espaciais no município de Chapecó, em três escalas de diagnóstico urbano, para apresentar diretrizes gerais e projetuais, tanto urbanas quanto arquitetônicas, no atendimento específico das pessoas mais velhas. Acreditamos, com isso, que o atendimento do espaço adequado para as condições de acessibilidade e representação social dos idosos estabeleça benefícios para as demais faixas etárias da população. Além de ser um processo de conscientização, a definição de espaços (urbanos e arquitetônicos) adequados aos idosos também é um processo educacional de respeito a este estágio importante da vida de todos e todas.
alterações, funcionais e psicológicas. Essas
1.1 PROBLEMÁTICA Nos países que se encontram em processo de desenvolvimento, como o caso do Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) define como população idosa aquela a partir dos 60 anos A expectativa de vida segundo o (IBGE, 2010),
evidencia que a população brasileira teve um aumento médio de expectativa de vida, de 68,6 anos em 2000 para 75,5 em 2015. Essa proporção revela que a média de aumento da expectativa de vida da população, nos últimos anos aumentou.
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consideravelmente. Conforme (IBGE, 2010), a população brasileira quase triplicou, ainda assim, o crescimento da população idosa foi ainda maior, já que em 1960 essa população compreendia 4,7% em 2000 esse número passou para 8,5% e em 2010 para 10,2% com projeções de 29,7% para 2050. Nos levando a compreender uma tendência de aumento significativo da população idosa. Com os estudos realizados no município de Chapecó – SC, percebemos que, atualmente, a cidade poderia contar com espaços e equipamentos públicos mais adequados às necessidades dos idosos, ofertando acessibilidade física, social em ambientes de lazer, cultura e na promoção de encontros sociais no dia-a-dia, evitando o
isolamento desta população em propriedades privadas. Segundo dados do (PORTAL BRASIL, 2015), Santa Catarina é a unidade da federação que possui a maior expectativa de vida da população, com média (entre homens e mulheres) de 78,7 anos. Com base nos direitos estabelecidos pelo Estatuto do Idoso, consideramos fundamental a adequação dos ambientes urbanos e arquitetônicos para atender as necessidades das pessoas mais velhas. De acordo com o Artigo 10 do Estatuto (2003, cap. II): É obrigação do Estado e da sociedade, assegurar à pessoa idosa a liberdade, o respeito e a dignidade, como pessoa humana e sujeito de direitos civis, políticos, individuais e sociais . Atender estes direitos garantidos pelas Leis e normas é promover qualidade de vida para o futuro de toda a população brasileira.
1.2 OBJETIVOS 1.2.1 OBJETIVO GERAL O objetivo geral deste trabalho é desenvolver um anteprojeto arquitetônico de um centro de lazer e sociabilidade ás pessoas idosas do município de Chapecó-SC. Espaço este, que visa suprir as demandas existentes no município acerca de equipamentos e locais que auxiliem na inserção do
idoso na cidade, estabelecendo a qualidade de vida, com base em necessidades deste público, provendo assim serviços de apoio que melhorem a saúde, a participação ativa em atividades coletivas e a segurança.
1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Ÿ Pesquisar referências bibliográficas e
exemplos referenciais afim de entender o tema de estudo para coletar informações que possam embasar o presente projeto; Ÿ Compreender as comunidades de apoio aos idosos; Ÿ Analisar a condição urbana de Chapecó-SC para a localização da área de intervenção arquitetônica e apresentação de diretrizes gerais; Ÿ Desenvolver e representar etapas consecutivas do projeto do Centro para Idosos.
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2.2 METODOLOGIA A realização do anteprojeto, terá início ao longo da pesquisa bibliográfica para embasamento referente a questão do idoso e sua relação com a sociedade, aos direitos deste grupo (legislação) e tipologias de espaços para cuidados. A partir do contexto teórico acontecerá o processo de reconhecimento da realidade do idoso através de análises qualitativas como entrevistas e observação de campo e suas necessidades acerca da utilização dos espaços da cidade. Para isso serão efetuados, estudos de caso e exemplos referenciais. Na sequência, haverá um aprofundamento da condição urbana no município de Chapecó - SC,
para elaborar diagnósticos em diferentes escalas afim de realizar levantamentos e diretrizes em conformidade com as realidades do local. Posterior a estas análises, virá a aproximação do local de implantação. Para isso serão analisados os contextos, aproximando-se da vivencia local, suas relações com a sociedade, as estruturas de apoio, além do suporte físico. Como conclusão, virá a setorização dos espaços necessários com base nas análises, um posterior dimensionamento e quantificação afim de que os idosos possam usufruir das atividades propostas, gerando, portanto, uma qualificação do entrono bem como a do espaço edificado.
2.0 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 CONCEITO DE IDOSOS E DIREITOS Ao pesquisar alguns autores, percebemos que em um contexto geral, a velhice tem início aos sessenta anos, porém outros consideram que começa na aposentadoria, entretanto gerontologistas indicam que não existe uma idade que defina a velhice, visto cada indivíduo possuir realidades culturais e sociais distintas, como exemplo comparamos países da África que possuem uma baixa expectativa de vida, com o Japão onde a expectativa de vida supera os 80 anos. Notamos que por esta ótica, MASCARO (1997, p.35) que pessoas com quarenta, cinquenta ou sessenta anos podem ser consideradas idosas, avaliando seu contexto histórico, social e geográfico onde estão inseridas. Devido à dificuldade de identificar um marco etário para o início do envelhecimento PASCHOAL (1996, p.27) apresenta seis maneiras de olhar este processo: Socialmente, visto as características notadas como de pessoas idosas, possuírem variação de acordo com seu quadro cultural, condições de vida e trabalho, e transcorrer das gerações. Economicamente, quando se torna um aposentado, deixando de ser economicamente ativo. Intelectualmente, quando acontecem lapsos de memória, falhas de atenção, concentração e orientação, além de dificuldade de aprendizado. Biologicamente, um processo contínuo durante a vida, podendo começar logo na puberdade, ou até mesmo desde a concepção.
Cronologicamente, variando conforme desenvolvimento econômico de cada sociedade, apesar de ser um critério que não possui a precisão totalmente assertiva, é o mais utilizado, devido a necessidade de delimitar a população em pesquisas com propósitos diversos como, epidemiológicos, administrativos, planejamento entre outras. Funcionalmente, quando a saúde mental e física começa a se deteriorar, fazendo com que o indivíduo se torne dependente de outros para tarefas habituais ou necessidades básicas. A Organização das Nações Unidas (ONU, 2005) estabelece que com 60 anos, uma pessoa pode ser caracterizada como idosa, em países em desenvolvimento, e 65 anos para países desenvolvidos. No Brasil o estatuto do Idoso define que pessoas com 60 anos ou mais podem ser consideradas idosas, lei 10.741 de Outubro de 2003. O envelhecimento é um processo que faz parte do desenvolvimento do ser humano, no entanto cada indivíduo possui uma singularidade e envelhece a seu modo, necessitando de cuidados diferentes com seu estado físico e mental, segundo ANDREA (PFTUZENREUTER 2008), as preferências e recorrências sintomáticas de cada indivíduo são levadas em consideração, para que estas percebam, que escolhas geram consequências ao longo do tempo, que favorecem ou não o bem estar e a saúde ao envelhecer, promovendo a qualidade de vida.
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Ainda segundo o estatuto do Idoso (2003), e ao Estatuto Comentado (2017) todo idoso possui o direito à liberdade, ou seja, pode ir vir e participar da sociedade como qualquer adulto, possui direito ao respeito que consiste em na não violação de sua integridade física, moral e psíquica, preservação da imagem, autonomia, valores, crenças, espaços. Possui o direito à dignidade, e se reservar a qualquer ato que possa ferir sua integridade, tem direito à alimentação, caso do idoso e familiares não prover de recursos, cabe ao Poder Público prover essa condição. Na saúde, o idoso deve tem direito a atenção integral, através do Sistema Único de Saúde (SUS), acesso igualitário, considerando prevenção e recuperação da saúde, dando foco especial às doenças que possuem maior ênfase em idosos, é função do setor público, fornecer de forma gratuita medicamentos, incluindo os de uso continuado, próteses, entre outros recursos relativos a tratamentos. Os casos de maus-tratos contra o idoso devem obrigatoriamente ser comunicados pelos profissionais de saúde aos órgãos competentes para que também se tomem medidas que visem proteger o idoso. Exercer atividade profissional e utilizar à previdência social bem como moradia digna com ou sem a família também são direitos, e idosos que não possuírem essas condições ou família que possa lhes prover, devem ser encaminhados a abrigo, ressaltamos que qualquer instituição que se
dedique a atendimento nesse setor tem obrigação de manter identificação com placas, e atender toda a legislação sob pena de interdição. Em relação aos programas habitacionais do governo, existe a prioridade para o idoso na aquisição de imóvel para sua própria moradia, e é reservado o mínimo 3% (três por cento) das unidades residenciais para atender os idosos de alguma forma que lhes possibilite acessibilidade, sendo que os critérios no financiamento devem ser compatíveis com a renda de aposentadoria e pensão. Conforme Estatuto Comentado (2017, fica assegurada aos maiores de 65 anos ainda, o direito ao transporte e a gratuidade dos transportes coletivos públicos urbanos. O direito a cultura, esporte, educação, lazer, produtos e serviços que possibilitem o uso devido a condição de idade. Acessibilidade é o direito que possibilita a forma independente de exercer sua cidadania e participar da sociedade, sendo que os espaços, imóveis, veículos de transportes devem ser acessíveis de acordo com a capacidade física e mental do idoso e de acordo com algumas normas são asseguradas vagas nos estacionamentos, percentuais acessíveis em Táxi, sem cobrar tarifas diferenciadas ou adicionais. Ainda acessibilidade arquitetônica geral como espaços acessíveis em teatro, estádios, centros comerciais entre outros salientando ainda a necessidade de acomodação de ao menos um acompanhante, se necessário.
2.2 DADOS DOS IDOSOS É fato que a expectativa de vida no Brasil aumentou substancialmente nas ultimas décadas, e o crescimento continua sendo projetado para as próximas, como vemos no gráfico ao ladoO aumento da expectativa de vida auxilia no crescimento do número de idosos no Brasil aunalmente, porém esse envelhecimento da população faz com que cada vez mais os idosos tenham importante participação econômica e social em nosso país, com representatividade considerável na sociedade na qual estamos inseridos, alguns números que evidenciam esse fato segundo dados do IBGE (2010), a tendência de crescimento da representatividade população nacional é extremamente alta como demonstra o gráfico em seqüência
Figura 01
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Figura 02
Na projeção salientamos que em cem anos o crescimento de representatividade de 4,9% em 1950, e a previsão de 29,7% em 2050, ressalta a importância de obtermos um olhar mais apurado
para esta parte da população, políticas públicas e sociais que possibilitem a integração e rentabilização desta faixa etária na sociedade.
Figura 03
A transformação evidenciada pelas figuras acima mostra que a pirâmide etária nacional entre homens e mulheres vem apresentando uma conformação que tende inversamente aos dados apresentados em 1950, dando ainda mais enfâse no crescimento do numero de idosos no país. O panorama da maturidade segundo o site Brasil Idoso da população nacional indica um crescimento de em média 0,3% ao ano nas próximas quatro décadas, em contraponto a população de idosos vai crescer em média 3,2% neste mesmo período, chegando a ficar em 2050 com o percentual próximo do Japão que é
considerado o país mais velho do mundo com 30% e acima da Europa que em média possui 24% da população idosa. Ainda segundo o site Brasil Idoso, economicamente a população brasileira nesta faixa etária possui uma renda de 243 bilhões de reais anuais, que representa 17% do potencial de consumo do país e os números de aumento da população em 10 anos indicam que de 2000 a 2010 houve um aumento de 12,8% da população nacional, enquanto nesse mesmo período a população acima de 60 anos cresceu 38,6% e o número de pessoas com mais de 80 anos subiu 67%.
Ainda segundo este contexto evidenciamos uma tendência mundial no aumento no número de idosos com a projeção gráfica ao lado.
Figura 04
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Notamos que a população mundial irá dobrar entre 2025 e 2050, deixando claro que a projeção mundial reflete a mesma tendência de crescimento que o Brasil. Contextualizando o setor econômico, no Brasil segundo a revista ISTO É em 2010 os assalariados com mais de 65 anos cresceram 12% sendo que foram criados 40 mil postos de trabalho para estas pessoas, ainda 550 mil novos postos de trabalho para pessoas entre 50 e 64 anos. Hoje mais de 12 milhões de idosos sustentam suas casas no Brasil, sendo que arcam com pelo menos metade
das despesas em 53% dos lares, e no âmbito rural este número sobe para 73%. A ideia de continuar o trabalho depois da idade de aposentadoria é amadurecida e fica em evidência com a pesquisa realizada pelo site Brasil Idoso em que 65,7% disseram que ainda querem continuar trabalhando após a aposentadoria e 70,9% tem o desejo de trabalhar com algum hobby após os 60 anos. Dentre os principais gastos e setores que consomem o dinheiro de pessoas que estão nesta faixa etária temos em evidência segundo figura 05em atividades coletivas e a segurança.
Segundo este contexto evidenciamos as atividades das quais os idosos brasileiros mais realizam durante o dia figura 06. Referente a relacionamentos e estado civil dos idosos, notamos pela gráfico abaixo que ainda existe na terceira idade um percentual alto de casais. figura 07
Figura 05
Figura 06
Figura 07
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CENTRO DE CONVIVÊNCIA, LAZER E SOCIALIZAÇÃO ANZIANO 2.3 ESPAÇOS DE ATENDIMENTO 2.3.1 FAMÍLIA ACOLHEDORA Com base na Previdência Social, este espaço consiste em uma forma mais simples e com custos reduzidos de atendimento ao idoso, quando o mesmo não possui família ou até mesmo condição de conviver com a sua, consiga abrigo, cuidados, atenção a partir de uma família cadastrada e capacitada para prestar esse serviço, oportunizando que idosos independentes ou que possuam limitações em suas atividades diárias tenham os devidos cuidados. A família pode receber apenas um idoso e deve ter supervisão dos órgãos competentes, além de um cuidador capacitado por esses órgãos, as dependências da residência devem estar em conformidade com as normas de acessibilidade.
2.3.2 REPÚBLICA Este modelo torna-se uma alternativa de constituição de residência para idosos independentes, organizando em grupos, de acordo com o número de pessoas a utilizar o espaço, visando proporcionar uma participação com efetividade na comunidade e principalmente a integração social.
atendimento a idosos e deve atender as necessidades físico-espaciais indicadas em normativos e também por portaria do ministério da saúde. Ainda as edificações devem atender as leis municipais vigentes, e deve ser elaborado por arquiteto ou engenheiro civil registrado no CREA da região. Outra característica ou necessidade importante do Centro de Convivência é sua localização, pois deve estar instalado em locais de fácil acesso, e próximo a rede de saúde, comércio e outros serviços que facilitem que o idoso se integre na sociedade.
2.3.4 CENTRO DIA Este tipo de espaço é destinado a pessoas idosas que por alguma carência familiar ou funcional não pode ser atendida em seu domicílio ou algum serviço comunitário, segundo a Previdência Social o Centro Dia, reforça a assistência à saúde, psicologia, fisioterapia, lazer, atividades de ocupação e é acompanhado em aspectos como autonomia, segurança e socialização. Esta ferramenta de atendimento ao idoso possui parceria com o Ministério da Previdência Social, Ministério da Saúde, secretárias estaduais e municipais, além de universidades e organização não governamentais, ainda podem ser parceiros pessoas voluntárias e outros interessados.
2.3.3 CENTRO DE CONVIVÊNCIA Esse espaço é utilizado para realização de atividades promocionais e de associação de idosos, visando um envelhecimento ativo, fazendo com que esse público crie interações sociais entre si, não se isolando do convívio social. Essas ações, elevam a qualidade de vida dos idosos e visam promover a integração e cidadania. Segundo a Previdência Social, esse tipo de local é frequentado por idosos independentes com mais de 60 anos e seus familiares, as parcerias com assistência social, prefeituras, universidades e outras organizações públicas ou privadas são as principais formas de manter esses centros e utilizar múltiplos espaços alternativos para melhorar a qualidade desses serviços. A parte arquitetônica de um Centro de Convivência, segundo a previdência social evidencia que o
2.3.5 CASA LAR Trata-se de uma de uma alternativa para idosos independentes ou semi-dependentes que possuam habilidades de convívio e grupo e disposição para integração na comunidade, e que por algum motivo estejam afastados do convívio familiar. Proporciona moradia dentro da condição econômica do utilizador e máxima sua economia pelo maior tempo possível e contribui com uma participação, interação e autonomia maior do idoso na sociedade. Segundo a Previdência Social assim como outras instituições citadas, também possui parcerias com órgãos governamentais e da iniciativa privada, além de voluntários que se disponibilizam a ajudar.
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2.3.6INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA
2.3.7 CIDADE AMIGA DO IDOSO
Este tipo de instituição atende pessoas com mais de 60 anos, em regime de internato, mediante pagamento ou não (depende o tipo de instituição), durante período indeterminado, tendo a disposição dos internos, serviços de saúde, alimentação, higiene, repouso, lazer e atividades que ajudem na qualidade de vida do idoso. Segundo a Previdência Social, este tipo de ambiente pode ser chamado de asilo, casa de repouso, clínica geriátrica ancianato entre outras dependendo de sua especialização de atendimento. O envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida, como já citado neste documento, são os fatores que mais contribuem para o aumento deste tipo de espaço, ainda é visível que as instituições filantrópicas há muito tempo não conseguem atender a demanda de idosos que necessitam deste atendimento, e este é um ramo que vem crescendo, como uma opção de investimento no setor de saúde. Empresários montam locais com bom boa infraestrutura e equipamentos diversos, cuidam da saúde, e ainda propiciam diversas atividades para os idosos interagirem, e é claro que cobram bastante caro por isso, segundo WATANABE, (2014), em 2015, uma internação em uma dessas instituições privadas, custava em torno de R$ 3.000,00 mensais e ainda segundo o site, em uma estimativa para 2025, 1% dos idosos estará vivendo em instituições como estas.
Cidade amiga do Idoso, nada mais é que um local onde se estimula o envelhecimento ativo da população, dando oportunidades que aumentam a qualidade de vida em pessoas com mais de 60 anos, proporcionando segurança, participação e saúde, e adaptando suas estruturas e serviços para o fácil acesso e inclusão de idosos com diversos graus de necessidades. Para que houvesse o entendimento dessas características, no projeto Cidade Amiga do Idoso da OMS, era de suma importância que os próprios idosos fossem ouvidos, e assim foi trabalhado com grupos foco de idosos em 33 cidade de várias regiões do mundo, dentre elas o Rio de Janeiro no Brasil, e os mesmo apontaram as barreiras e vantagens para um idoso encontradas em suas cidades. Segundo o Guia Global, Cidade Amiga do Idoso (2008) foram utilizadas metodologias de aplicação para o estudo e os resultados obtidos geraram o guia global, destacando 8 pontos sendo eles: Transportes, espaços exteriores e edifícios, habitação, participação social, respeito e inclusão social, comunicação e informação, participação cívica e emprego, apoio comunitário e serviços de saúde. Desde então diversas cidades do mundo pleiteiam entrar na rede global cidades amigas dos idosos.
3.0 ESTUDOS DE CASO O estudo de caso, resume-se em um método qualitativo que é exercido como forma de aprofundar a pesquisa acerca do tema desenvolvido. Ele contribui para compreensão de processos e comportamentos, acarretando uma série de análises e conclusões afim embasar nossas decisões. Segundo Yin (2001) estudo de caso consiste em uma estratégia de pesquisa a qual
contém um método que abrange os critérios em abordagens direcionadas afim de realizar análises de dados e coletas. Portanto, os estudos de caso vem afim de embasar e auxiliar nas decisões posteriores as análises dos espaços em estudo, compreendendo uma breve experiência do tema abordado.
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3.1 LAR DOS VELHINHOS
Figura 08 É uma instituição localizada no município de Erechim – RS na Av. Sete de Setembro, 2141 no bairro Fátima. Esta entidade configura-se como de longa permanência, pois oferece serviços de caráter residencial, destinados a domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar. Geralmente este tipo de estabelecimento é voltado à clínica ou à terapêutica, pois os residentes recebem além de moradia, alimentação, vestuário, serviços médicos e medicamentos. Atualmente ele opera com capacidade máxima abrigando 165 idosos, com diferentes graus de dependência. Sua estrutura construída possui cerca de 4.000m² possuindo rampas de acesso com corrimões de apoio, corredores e portas com dimensões adaptadas para circulação de macas e cadeiras de rodas, banheiros adaptados, elevadores, revestimento de piso compatível com as necessidades dos idosos, possuindo assim, espaços acessíveis segundo as normas. Antes de serem aceitos na instituição, os idosos passam por uma espécie de análise de perfil, afim de melhorar a dinâmica do espaço e indicar o grau de dependência e setorização do mesmo dentro do edifício, para otimização dos espaços.
Figura 09 Eles são separados através do grau de dependência, facilitando, assim, a escalação de funcionários e a proximidade de locais estratégicos como enfermaria, farmácia, entre outros. As dependências são organizadas visando a necessidade e a opção do idoso, são oferecidos quartos individuais, para ser dividido em duas pessoas, três pessoas e até quatro pessoas. A entidade possui um corpo de 90 funcionários. Este grupo de idosos possui uma alimentação específica, cada indivíduo tem acompanhamento por nutricionistas, buscando atender minuciosamente a necessidade de cada paciente para assim, preservar a saúde dos residentes. Afim de melhorar a qualidade de vida dos idosos lá residentes, são oferecidas atividades diárias que compreendem o espaço fechado das edificações e o espaço externo, em alguns momentos podendo também ser realizadas atividades em outros espaços da cidade. Essas atividades consistem em ginástica, costura, bingo,dança, fisioterapia, rodas de conversa e reza, apresentação de filmes, cultivo de hortaliças e criação animais. Uma vez ao mês, é realizada a festa para aniversariantes do mês, um evento que é muito esperado pelos residentes, e cada festa possui uma temática e uma decoração diferente.
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AMBIENTES DO LAR DOS VELHINHOS: Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ
Administração; Banheiros adaptados; Canil; Cozinha; Enfermagem; Espaços ao ar livre; Farmácia; Horta; Igreja; Lavanderia; Panificação; Quartos; Recepção; Refeitório; Sala de jogos;
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Salas de TV; Salas p/ atividades de artesanato; Sala para exibição de filmes; Salas de atendimento Psicológico; Salas para fisioterapia; Salão de festas e atividades físicas; Secretaria.
Nesta análise pudemos perceber a necessidade de espaços bem elaborados para integração do idoso com o meio externo. A sensação repassada nesta visita foi a de estar dentro de um hospital, onde funcionários usavam jaleco branco e a ligação entre os espaços se dava por longos e estreitos corredores. A importância de fazer com que o idoso se sinta como parte da sociedade ao meu ver, faz diferença trazendo novas experiências, sensação de liberdade e a vitalidade.
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3.2 CIDADE DOS IDOSOS A Cidade do Idoso em Chapecó fica localizada no bairro Efapi cerca de 7km do centro da cidade, foi criada em 2008 e consiste em um complexo multiuso que atende cerca de 1.200 pessoas. Os idosos atendidos neste local têm à sua disposição diversas atividades, relacionadas com o lazer e o condicionamento físico, incluindo ginástica, musculação, pilates, caminhada orientada e hidroginástica com piscina aquecida, além de jogos e torneios internos periódicos em diferentes modalidades. A música e a dança também estão presentes, são oferecidas aulas de dança, música e canto. Ainda, são oferecidas aulas de alfabetização e informática básica. O local também oferece alimentação completa e balanceada através de uma cozinha de uso comunitário. Juntamente com os espaços de apoio para esse complexo, existe ainda uma unidade de saúde para atender aos idosos que ali frequentam, oferecendo vacinas, preventivas palestras entre outros serviços. O complexo obteve reconhecimento internacional em 2012 quando serviu de referência na apresentação de um simpósio na Turquia, onde foram apresentadas as atividades oferecidas á
população idosa de Chapecó. Apesar das diversas atividades oferecidas, é possível observar que as instalações usadas são inadequadas no ponto de vista de acessibilidade, pois são estruturas cedidas temporariamente no centro de exposições do município. Outro ponto a se considerar é a questão da distância da maior parte dos equipamentos urbanos, por estar em um bairro periférico, os idosos possuem acesso limitado a variados equipamentos. Outros fatores de implicam de forma determinante na chegada e na permanência desse público neste local, são a falta de acessibilidade nos edifícios e nas calcadas e ruas do complexo, a topografia é um fator agravante, pois o trecho onde este complexo está inserido fica em uma área inclinada oferecendo riscos, já que os idosos possuem diferentes graus de dependência. Por fim, o intenso fluxo de veículos, e a péssima condição de manutenção das vias de acesso, além de oferecer riscos a este público, dificulta a convivência humana nas áreas abertas do entorno. A distância do centro torna o percurso mais complicado para idosos que precisam se deslocar de bairros mais distantes.
Figura 02 Figura 11
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Figura 12
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CENTRO DE CONVIVÊNCIA, LAZER E SOCIALIZAÇÃO ANZIANO 4.0 EXEMPLO REFERENCIAIS Tem como função exibir informações das quais, possuam um contexto de realidade podendo se aproximar do objeto de estudo servindo como referência. 4.1CENTRO DE CONVIVÊNCIA E RESIDÊNCIA PARA IDOSO Projeto realizado por + MMASS ARQUITECTURA no ano de 2012, possui uma área construída de 5.000m² e fica localizado em Vinaros Castellón na Espanha. Sua estrutura é feita em concreto e aço com fechamentos em vidro e concreto. O projeto nasce da ideia de criar uma plataforma que ocupa todo o solar e cinco volumes prismáticos que se colocam em cima. A plataforma, Centro de Convivência, se organiza por meio de uma série de pátios e um principal localizado ao centro. Pátios que dão suporte, iluminação e ventilação aos principais espaços do edifício e geram uns espaços exteriores protegidos para os usuários.
Nos volumes superiores se localiza o programa da Residência Geriátrica, de modo que todas as habitações têm uma orientação Sul enquanto que os corredores de circulação dão para a fachada Norte. Modulação, precisão e rigor são conceitos que caracterizam o projeto dado que está resolvido com sistemas pré-fabricados, tanto ao nível da estrutura como de acabamentos das fachadas. Os sistemas de otimização surgem como: ventilação e iluminação (pátios), proteção solar das paredes orientadas ao Sul, teto- jardim tipo tanque, utilização de materiais de isolamento térmico de fibras naturais, revestimentos internos com materiais recicláveis. E como sistemas ativos: iluminação artificial com detectores de presença, sistema de ar-condicionado conectado a detectores de abertura de janelas. A obra se desenvolve em duas fases. A primeira que é o Centro de convivência, que já está terminada. A segunda é a residência que se encontra em fase de licitação de construtores.
Figura 14
14
CENTRO DE CONVIVÊNCIA, LAZER E SOCIALIZAÇÃO ANZIANO
4.2 LAR DOS IDOSOS PETER ROSEGGER Concebido no ano de 2014 por Dietger Wissounig Architekten, fica localizado em Graz, na Áustria. Este lar foi construído se utilizando de uma antiga estrutura de pavilhão de Hummelkaserne, ele se eleva em uma parte da cidade com um ambiente urbano bastante diverso. O lar é compacto e possui formato de quadrado, com cortes assimétricos que servem para dividir a Casa em seu conceito espacial de oito habitações de comunidades, quatro em cada pavimento. Estão agrupados em torno de um pátio central que se alonga de uma das laterais à outra do primeiro pavimento e é parte de um terraço coberto. Em ângulos retos à estes dois espaços públicos, dois jardins apenas para os residentes seccionam o edifício. Outros espaços abertos incluem os quatro átrios no segundo andar, bem como o acesso direto ao parque público planejado pela cidade, a leste das instalações. Cada comunidade habitacional consiste dos dormitórios, cozinha e uma área de jantar para 13 residentes e um enfermeiro, gerando uma atmosfera gerenciável e familiar. Grandes varandas e galerias, assim como uma variedade de caminhos e vistas ao longo das outras partes da
Figura 15
casa configuram um ambiente estimulante. Cada comunidade foi desenvolvida em torno de um conceito de cores diferentes para auxiliar os residentes a se orientarem melhor. Os quartos variam levemente em relação à sua localização e a direção que estão orientados, mas cada quarto possui uma grande janela com um parapeito baixo e aquecido que pode servir como banco. Os quartos de enfermagem estão localizados no núcleo de cada edifício, garantindo que estão apenas à poucos passos de cada residente e que a casa possa operar de maneira eficiente. Uma estrutura com madeira laminada cruzada e vigas em madeira foi utilizada para resolver as necessidades estáticas e estruturais do edifício. A fachada externa é de madeira de lariço austríaco não tratada, enquanto grande parte dos painéis de madeira utilizados para o interior também é aparente. As características da madeira, a variedade de pontos de vista, a quantidade de salas de estar na casa e no jardim, bem como as contrastantes áreas ensolaradas e sombreadas, tudo contribui para o ambiente confortável e amigável da casa.
15
CENTRO DE CONVIVÊNCIA, LAZER E SOCIALIZAÇÃO ANZIANO
4.3 CIDADE DE JENA Cidade de Jena fica localizada na Alemanha e está a 200km da capital Berlim. A cidade foi contemplada por um programa federal de requalificação e reunificação em 1991. Ela está situada na região focal dos bombardeios na segunda guerra. A partir daí, buscou-se a requalificação da cidade, promovendo a reestruturação do espaço público com enfoque no pedestre. Esse melhoramento urbano, se deu através de medidas implantadas a longo prazo envolvendo a comunidade, tendo em vista seus anseios para qualificar esta área. Algumas das medidas adotadas, foram eliminar os terrenos baldios, implantar mais praças e espaços verdes e melhorar o ambiente urbano. De acordo com PFUTZENREUTER, Andréa Holz (2014, p. 59 A cidade de Jena é importante devido ao potencial existente quanto a sua estrutura de c ent r al idade e aos im pac t os da organização do espaço urbano como possibilidade de encontros, simultaneidade de acontecimentos, convívio de diferenças, ruas e praças como espaços plurifuncionais, como a razão de ser, de forma dominante de expressão de centralidade.
Os administradores envolvidos no planejamento de requalificação visam a importância da integração entre gerações o que reproduz a busca pela qualidade de vida para todos. O espaço escolhido para a intervenção foi o centro, por possuir centro histórico, confluência de diversos modais, região com maior fluxo de pedestres, pela localização de praças e calçadões que diversificam os usos na cidade, afim de apresentar um uso misto entre comércio, ensino, prestações de serviços e residências. O município possui uma distribuição centralizada de suas atividades, como por exemplo: abriga edificações institucionais, de prestação de serviço e grande número de comércio. A parceria pública privada se intensifica com o passar dos anos, a qual vem estimulando as reconstruções e requalificações da área. Na perspectiva do idoso, a cidade de Jena, permite a integração com espaços através da gama de modais oferecidos e uma ótima condição para
pessoas com mobilidade reduzida. A boa sinalização tanto de transito quanto nos comércios, faixa de rolagem com velocidade reduzidas aumentam a segurança dos pedestres. Espaços públicos dispostos em eixos conectores da cidade auxiliam a integração, por possuir áreas promotoras de encontros as quais tem paisagens enaltecidas através de amplas visuais, promovendo usos alternados instigando o uso pela população. Jena possui uma praça central, onde existem edificações históricas valorizando a memória afetiva dos moradores, nesta praça são realizadas feiras semanais com produtos oriundos de produtores do município. Afim de aumentar o movimento e interação, este espaço prevê proteção contra intempéries, aumentando a permanência da população. Por apresentar variações climáticas, a temperatura oscila muito, por isso a presença de neve nas vias é comum. Para garantir a segurança as calçadas são apropriadas para todas as pessoas. Em Jena, idosos perceberam que a melhor maneira de se manterem ativos é ter a oportunidade de mobilidade e de lugares dos quais possam permanecer e interagir com a população. Um exemplo é a permanência de idosos que possuem diversificados graus de mobilidade reduzida circulando pela praça onde acontecem as feiras. O município dispõe parque lineares ao longo do rio Saale, aumentando o contexto de espaços para lazer, que possuam vegetação, equipamentos urbanos e mobiliários. Outra área importante é Engelplatz, nesta área as diretrizes acerca de novas edificações nos colocam que elas não podem ultrapassar a altura das edificações históricas já existentes, permitindo uma cidade que possibilite visualização dos prédios na paisagem, arborização e insolação. A tipologia de pavimentação é diferenciada através do nível de atividade exercido, limitando o número de calcadas que possuem rebaixos, mas ao mesmo tempo estabelecendo limites visuais, melhorando a acessibilidade aos espaços. Toda a área central da cidade, principalmente as que possuem maior concentração, compreendem espaços amplos de circulação, contemplação e descanso. A utilização da bicicleta possibilita um maior uso de áreas para socialização, já que o uso da mesma possibilita mais
16
CENTRO DE CONVIVÊNCIA, LAZER E SOCIALIZAÇÃO ANZIANO
espaços livres. Pensar na questão do idoso é pensar de forma global a mobilidade da cidade e estudar a articulação entre espaços e lugares que propiciem o envelhecimento saudável dos moradores. A realidade que faz com que idosos passem mais
tempo em casa vendo televisão, por exemplo tem como principal fator a insegurança que os espaços públicos não qualificados transparecem até mesmo no caminhar de quem apresenta dificuldades de locomoção.
Figura 16
Figura 17
17
CENTRO DE CONVIVÊNCIA, LAZER E SOCIALIZAÇÃO ANZIANO 5.0 CONTEXTUALIZAÇÃO 5.1 A CIDADE O município de Chapecó, segundo informações da Câmara Municipal de Chapecó (2012) foi colonizado principalmente por imigrantes Italianos, além de Alemães e Poloneses, devido após a delimitação da área da cidade empresas colonizadoras que recebiam do estado áreas de terra em troca da construção de estradas viabilizando outras infraestruturas. Os colonos que vieram para essas terras, eram principalmente vindos de antigas colônias do Rio Grande do Sul, descendentes das etnias já citadas. Atualmente ainda segundo (IBGE,2010) no
último censo 2010 Chapecó possuía a população de 183.561 pessoas, sendo 91,61% urbana e 8,39 rural, em 2016 uma estimativa do instituto prevê que o município possua mais ou menos 210 mil habitantes. Chapecó, é a cidade Polo da Região e conta com mais de 400 mil habitantes em sua região metropolitana, a cidade é uma das referências nacionais da agroindústria e ficou conhecida como a capital brasileira agroindustrial, seu parque industrial possui variedade, e se destaca nos ramos metalmecânico, embalagens, plásticos, bebidas, transportes, móveis, biotecnologia e softwares, a
Figura 18
LEGENDA: BR - 480 SC - 484 BR - 283 SC - 157 BR - 480
Figura 19
18
CENTRO DE CONVIVÊNCIA, LAZER E SOCIALIZAÇÃO ANZIANO
construção civil e o comércio também são ramos importantes para economia. Os principais acessos até o município se dão pelas rodovias BR-282, BR-480 e BR-283 e SC-468, lembramos ainda que cidade conta com um dos maiores e mais importantes aeroportos da região o Serafim Enoss Bertazo que recebe cerca de 25 mil passageiros mensais, e mais de 750 aeronaves, a cidade possui também um setor hoteleiro bem
desenvolvido para comportar os visitantes. Possui ainda como pontos de destaque 2 hospitais regionais, 2 emissoras de televisão, 2 rádios AM e 4 rádios FM, além de jornais locais impressos, possui ainda um shoppingNcenter que é visitado por pessoas de toda a região. Atualmente Chapecó é a quinta maior cidade do estado, com 626,06 km² de extensão territorial, e está distante 555 km da capital do estado Florianópolis.
Figura 20 5.2 DADOS IDOSOS Segundo dados do Sebrae (2007) à cidade de Chapecó divide sua estrutura etária em três faixas: os jovens até 19 anos, adultos dos 20 anos até os 59 anos e os idosos que são pessoas com 60 anos ou mais. Segundo esta organização, no município, em 2007, os jovens representavam 34,1% da população, os adultos 58,4% e os idosos, 7,5%, especificando as idades temos o
gráfico00. Já os dados pesquisados tiveram como base, PICOLI (2014) e cedidos pela Secretária de Saúde do município (SESAU) relatam que em 2014 a cidade de Chapecó possuía 8.533 homens acima de 60 anos e 10.934 mulheres acima desta idade, totalizando 19.467 pessoas idosas, que representam 10,7% da população 180.689 residentes no município. Notamos
que os dados apesar de diferentes em números, evidenciam o crescimento do número e percentual de idosos não só na cidade, como no país e no mundo como já comentando anteriormente. Ainda segundo dados do PICOLI (2014) no quesito saúde, existem 43 locais que prestam assistência a saúde do idoso em Chapecó, incluído hospitais, postos de saúde de bairros entre outros serviços, porém destes apenas 2 são exclusivamente para os idosos, sendo eles o Centro de Convivência do Idoso (CCI) e a Cidade do Idoso. Ainda tratando de números podemos citamos que conforme informações do site da existem 69 grupos de convivência de idosos espalhados pelos bairros da cidade.
Figura 21
19
CENTRO DE CONVIVÊNCIA, LAZER E SOCIALIZAÇÃO ANZIANO 6.0 DIAGNÓSTICO URBANO 6.1 ESCALA MACRO O presente trabalho, visa o reconhecimento sobre o público em estudo e suas necessidades. Para compreender a realidade, foram efetuados estudos de caso e análises acerca de exemplos referencias, os quais, submeteram o embasamento para a sequência do estudo. Os exemplos referenciais e estudos de caso, nos aproximam mais da realidade da qual os idosos enfrentam, as dificuldades e necessidades diárias, afim de superar os limites físicos impostos pelo ambiente urbano e estabelecer seu lugar na sociedade. A partir disso deu-se início as análises no Município de Chapecó a qual servirá de subsidio para a espacialização de equipamentos arquitetônicos integrados em sua malha urbana central. O município é um grande polo urbano e industrial nesta região oeste de Santa Catarina, e em contrapartida são analisados aspectos dos quais possibilitem a inclusão do público idoso no contexto municipal, servindo como referência regional. A partir daí, foram realizadas análises no contexto macro do espaço urbano com aspectos mais abrangentes, onde são observadas as inserções quantitativas e qualitativas de equipamentos urbanos oferecidos na cidade. Exemplificado pelo mapa abaixo, os
equipamentos dispostos possuem uma concentração visível na região central do município, a qual oferece uma boa infraestrutura urbana. Dentre eles, saúde, educação, áreas de lazer, serviço como correios, lotéricas, postos de gasolina, hotéis, restaurantes, supermercados, bancos entre outros equipamentos já existentes, foram demarcados espaços dos quais os idosos necessitam, a questão dos espaços institucionais, que oferecem o apoio tanto como a assistência social, quanto delegacia e outros. Outras áreas da cidade, como o bairro Efapi, não possui a mesma disponibilidade para este tipo de equipamentos e serviços. Em geral, a análise demonstra diversos equipamentos ao longo da malha urbana. Entretanto, estes equipamentos não são suficientemente para suprir as necessidades dos idosos em todos os bairros, mas de certa forma as centralidades ficam. No quesito inclusão, a partir destas análises urbanas, podemos perceber que precisa se expandir, algumas questões são muito frisadas no Plano de Mobilidade, elas são referentes à acessibilidade, apoio nos pontos de ônibus, a distância dos mesmos, sinalização de trânsito e manutenção de vias. Esses critérios se tornam Figura 01
EQUIPAMENTOS
LEGENDA: EDUCAÇÃO LAZER SAÚDE
Figura 22
SERVIÇOS INSTITUCIONAL
20
CENTRO DE CONVIVÊNCIA, LAZER E SOCIALIZAÇÃO ANZIANO
gradativamente escassos quando nos afastamos da área central da cidade. O Centro segundo o Plano de Mobilidade, é o espaço onde esses equipamentos, mobiliários estão mais presentes e com melhor qualidade. Partindo dessas análises, vamos delimitando a área para se chegar mais próximo aos pontos de intervenção para auxiliar as necessidades das pessoas idosas, afim de auxiliar no deslocamento desses idosos e integra-los com a cidade, tornando mais inclusiva o pertencimento deste público no lugar. Outro aspecto analisado é a mobilidade urbana, com base em pontos de taxi existentes, pontos de ônibus, rodoviária e terminal urbano, foi possível estabelecer o nível de articulação do tecido urbano, permitindo ou não, esse deslocamento dos idosos para diferentes partes da cidade. Com o intuito de promoção de saúde e interação, não só com o espaço público, mas sim, com pessoas e comunidade em geral. Em detrimento da análise representada pela figura 23, percebemos, um grande nível de articulação entres diversos pontos da cidade. Com base no Plano de Mobilidade, os atuais pontos de transporte público, não seguem um padrão de espacialização de 200m em 200m, fazendo assim com que o pedestre necessite se deslocar por
distancias maiores para poder tomar o transporte público. A frota do município possui diversos veículos " acessíveis", ou seja, possuem portas rebaixadas e elevadores para acesso. Permitindo um maior deslocamento não só de idosos, mas do público que possui mobilidade reduzida. Outro ponto levantado são os abrigos nos pontos de ônibus, os mesmos, se encontram em condições precárias e não seguem um padrão, muitas vezes não possuindo nem um espaço de abrigo contra as intempéries e descanso. A Av. Getúlio Dorneles Vargas tem mais área para pedestres, seu eixo comercial faz com que este público esteja sempre circulando, necessitando assim de uma infraestrutura melhorada. No bairro centro os pontos de ônibus não se concentram nesta avenida, e sim nas vias laterais adjacentes. Como na figura 00, fica representado então neste eixo central uma grande oferta de taxis. Os pontos se localizam nos centros das quadras no canteiro central possuem abrigos para os taxistas e se integram com a composição urbana da via. Através da análise de demarcação destes modais no bairro centro, ficou explicito a necessidade de ligação através de transporte público para o aeroporto.
MOBILIDADE
LEGENDA: PONTOS DE ÔNIBUS PONTOS DE TAXI
Figura 23
RODOVIÁRIA/TERMINAL
21
CENTRO DE CONVIVÊNCIA, LAZER E SOCIALIZAÇÃO ANZIANO
.Portanto, através das análises de abrangência de toda malha urbana do município foram visualizadas que a área possui um potencial em conectividade do tecido urbano através do transporte público, possui uma frota de ônibus adequada para transporte de pessoas com variados graus de mobilidade, porém necessita melhorar estas instalações na infraestrutura urbana relacionada a abrigos desse modal, bem como a qualificação de calçadas e sinalizações e a
inserção de pontos de ônibus que obedeçam uma distância mínima, dando suporte ao pedestre. Em relação aos equipamentos demarcados, fica claro uma centralidade bem amparada por todos os tipos de equipamentos em contrapartida as áreas periféricas ficam mais desassistidas. o que por outro lado é compensado pela oferta de transporte público auxiliando no deslocamento para outras regiões.
6.2 ANÁLISE MESO
Posterior as análises que abrangem toda
condições iniciais para a instalação de
área urbana do município, dá-se a análise de escala
equipamentos urbanos que possam atender ás
urbana intermediária, a qual se faz de acordo com a
necessidades das pessoas mais velhas.
supressão de áreas que possuem menor quantidade
A partir da supressão da área num. 5 por
equipamentos, ou seja, as etapas destas análise
apresentar um terreno com alto nível de inclinação,
compreendem a focalização de áreas adequadas
gera-se o mapa figura25. Neste mapa é criada uma
para inserção de um equipamento público que
nova delimitação. Com base nas análises anteriores
comtemple a cidade, mas de forma a se interligar
a respeito de equipamentos e mobilidade na qual
com equipamentos disponíveis, desta forma
seleciona a área com melhor infraestrutura e apoio.
estabelecemos o centro como parte principal, pois
Por esta consideração, são definidos setores de
oferece uma gama de serviços, equipamentos e
uso, ou seja, cada área possui uma delimitação
mobilidade.
identificada pelo equipamento predominante dos
Com a intenção de aproximação da área de
quais a identificação dos equipamentos coloca.
inserção do espaço de apoio para os idosos, são
É trazido uma análise posterior, a qual
realizadas análises levando em consideração a
demarca as tipologias de vias, nos mostrando a
topografia local, que por sua vez é um fator
relação das mesmas no traçado urbano. Indicado
primordial para que este público consiga se
pelo o Plano Diretor, a via em rosa, apresenta uma
locomover com autonomia e interagir com a esfera
nomenclatura diferenciada das usuais, pois possui
pública da cidade de forma segura. A partir disso
um caráter singular, expondo a relação do pedestre
este mapa figura 24 compreende a supressão do
e o grande uso como via de comércio. O perfil viário
local demarcado pela cor cinza, por possuir uma
abaixo mostra a valorização do pedestre através
grande declividade como nos mostram os perfis
de um tratamento viário diferenciado, onde, as
esquemáticos ao lado.
calçadas possuem uma largura maior
Por sua vez, foram estabelecidos graus de
consideravelmente em comparação com outras vias
usabilidade, que identificam as áreas segundo
do munícipio, e possui um canteiro central maior,
mostra a legenda. Portanto as áreas são divididas
servindo como espaço de
em 5 núcleos, dos quais 4 deles apresentariam
22
CENTRO DE CONVIVÊNCIA, LAZER E SOCIALIZAÇÃO ANZIANO amortecimento para pedestres que cruzam essas
otimizando o espaço público.
vias, e espaço de permanência pois esse canteiro
Outro critério analisado foram as massas de
central é suprido de diversos mobiliários e possui
vegetações existentes neste recorte. É possível
os pontos de taxi.
perceber que uma boa parte das ruas possuem
Neste mesmo mapa figura00 tem-se bem ao
arvores na parte central da via, e em alguns
centro uma demarcação, a mesma traz uma intenção
momentos criam-se espaços residuais dos quais a
do Plano de Mobilidade, que prevê a desapropriação
vegetação está presente.
de vias para veículos, criando uma espécie de calçadão com diversos equipamentos. Os
Por fim, o melhoramento de vias poderia promover a segurança do pedestre, bem como as
estacionamentos que hoje se encontram nessa via seriam relocados para estacionamentos verticais,
MAPA DE DECLIVIDADE
PERFIL DE DECLIVIDADE DOS TRECHOS
1 2 3
1
4 5
2
ESCALA 1: 12.500
3 4 CENTRO URBANO - CHAPECÓ /SC
5
LEGENDA: TOPOGRAFIA SUAVE TOPOGRAFIA INCLINADA TOPOGRAFIA ACIDENTADA
Figura 24
23
CENTRO DE CONVIVÊNCIA, LAZER E SOCIALIZAÇÃO ANZIANO
sinalizações afim de melhorar a relação carro e pedestre, arborizações criando espaços de permanência e espaços de transição que permitam transitar em dias de sol forte e protegendo contra ventos e chuvas, já que poucas lojas possuem marquises para amparar o pedestre, mobiliários, a fim de incentivar a permanência de pessoas nestes espaços públicos e assim aumentar a relação dos mesmos com a cidade e promover a vida em comunidade.
Na sequência, procuramos ampliar a escala de análise urbana para melhor pontuar o diagnóstico do espaço público quanto as diretrizes urbanas. Da mesma forma, a aproximação procura identificar as áreas livres para a possível instalação dos equipamentos urbanos voltados as necessidades das pessoas idosas.
MAPA DE ZONEAMENTO POR CARÁTER DE EQUIPAMENTOS
MAPA DE HIERARQUIA DE VIAS E VEGETAÇÃO EXISTENTE
LEGENDA:
LEGENDA:
SETOR COM PREDOMINÂNCIA EM EQUIPAMENTOS DE SAÚDE
VIA CENTRAL ESPECIAL
SETOR COM PREDOMINÂNCIA EM EQUIPAMENTOS DE LAZER
VIA ARTERIAL
SETOR COM PREDOMINÂNCIA EM EQUIPAMENTOS DE SERVIÇOS
VIA COLETORA
SETOR COM LIMITAÇÃO DE EQUIPAMENTOS
INTERVENÇÃO TRECHO DE VIA PARA PEDESTRES
Figura 25
Figura 26
PERFIS DE VIAS
2,8
9,0
PERFIL VIA COLETORA
2,0
9,8
2,9
6,0
11,0
8,0
11,0
6,0
PERFIL VIA CENTRAL ESPECIAL
24
CENTRO DE CONVIVÊNCIA, LAZER E SOCIALIZAÇÃO ANZIANO 6.3 ANÁLISE MICRO As análises micro compreendem a aproximação para a escala do desenho urbano que mostram o levantamento de dados de uma porção menor do bairro centro, o qual estabelece a melhor relação entre topografia e elementos analisados anteriormente. Trazemos através do primeiro mapa Figura00 a relação estabelecida através do uso do solo e mapeados pontos de equipamentos de apoio. Podemos entender que este recorte possui um caráter de edificações mais residências na área delimitada pela Av. Getúlio Dorneles Vargas, enquanto outras partes possuem o caráter misto comércio e residências como mais evidente.
Revelando que as intenções de implantação de calçadão neste trecho que compreende a Av. Getúlio Dorneles Vargas seriam necessárias para oferecer aos pedestres melhores condições de trafegabilidade. Com o mapa de cheios e vazios podemos observar o predomínio de áreas edificadas, demonstrando características de maior adensamento nesta malha urbana. Ao mesmo tempo, observamos que boa parte das áreas vazias são compostas por eixos viários de deslocamento. São poucas as áreas livres presentes no local, com
MAPA DE ZONEAMENTO POR CARÁTER DE EQUIPAMENTOS
TRECHO DE ANÁLISE CENTRO CHAPECÓ
LEGENDA: RESIDENCIAL MISTO
Figura 27
COMERCIAL SERVIÇOS SAÚDE LAZER
25
CENTRO DE CONVIVÊNCIA, LAZER E SOCIALIZAÇÃO ANZIANO permite uma sensação mais favorável para a escala do pedestre. Foram demarcados alguns edifícios de grande porte, os mesmos estão geralmente em esquinas. Novamente é trazido as relações das ruas com as edificações, de forma aproximada são demarcados os pontos de ônibus e taxis, com a intenção de demonstrar o fluxo tanto de carros quanto de pedestres. Os ônibus circulam nas vias paralelas, reforçando o caráter de pedestres na Av. principal. Já os pontos de taxi estão aglomerados nesta região. Segundo relatos de idosos moradores do município, esta linha
algumas exceções de lotes urbanos e espaços residuais públicos. Boa parte dos lotes urbanos vazios são utilizados como áreas de estacionamento. Nenhuma praça ou logradouro configura áreas livres públicas neste local. Mas adiante, o mapa de gabaritos nos mostra a relação das edificações no trecho de estudo. Pode-se aferir que nesta área existe uma predominância de edificações de baixo porte. Observamos que nesta área concentram-se diversas edificações históricas compostas entre um e três pavimentos. Este baixo gabarito apresentado pelas edificações mais antigas MAPA DE CHEIOS E VAZIOS
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Figura 28 LEGENDA: EDIFICAÇÕES EXISTENTES
26
CENTRO DE CONVIVÊNCIA, LAZER E SOCIALIZAÇÃO ANZIANO elétrica por cabeamento subterrâneo, melhoramento de calçadas, de vias, ligações com pontos são fatores importantes que servem para melhorar este trecho e ao mesmo tempo resgatar a memória deste lugar para as pessoas mais velhas. A criação de espaços ao longo desses percursos, dos quais possibilitem a interação, promoção de eventos culturais e lazer trazem um caráter mais agradável e ao mesmo tempo mais seguro para esta região que compreende o coração da cidade.
central de taxi, reforça a questão da lembrança dos mesmos servindo como ponto de encontro em outras épocas, o mesmo vale para a Avenida onde se concentrava o maior movimento. As edificações históricas trazem a sensação de pertencimento ao local, apesar das mesmas estarem encobertas com inúmeras placas de publicidade. Esta aproximação trouxe de forma mais intensa a relação do pedestre com esta área, salientando os principais fatores que englobam a convivência dos mesmos com este local. A revitalização de fachadas, despoluindo, efetuando a retirada de material de publicidade, transferindo a rede MAPA DE GABARITOS
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Figura 29 LEGENDA: 1 A 2 PAVIMENTOS 3 A 4 PAVIMENTOS 5 A 8 PAVIMENTOS 9 A 17 PAVIMENTOS
27
CENTRO DE CONVIVÊNCIA, LAZER E SOCIALIZAÇÃO ANZIANO
MAPA DE HIERARQUIA DE VIAS E EQUIPAMENTOS APROXIMADOS
LEGENDA:
Figura 30
VIA CENTRAL ESPECIAL VIA ARTERIAL VIA COLETORA DEMAIS VIAS, LOCAIS PONTOS DE ONIBUS PONTOS DE TAXI
28
CENTRO DE CONVIVÊNCIA, LAZER E SOCIALIZAÇÃO ANZIANO 6.5 SETORES .A partir da microanálise urbana da etapa anterior, são indicadas quatro zonas, baseando-se em equipamentos disponíveis, sua frequência, questão topográfica, e de infraestrutura das quais geram uma melhor condição de trafegabilidade ao público em estudo, bem como, a conformação de uma área onde possa servir para inserção dos equipamentos urbanos. Segundo a tabela figura 32 as quatro zonas são analisadas com base em critérios determinados por setores preestabelecidos como sendo necessários para o funcionamento dos
equipamentos urbanos. Ela demonstra a ausência ou predominância de equipamentos e espaços no recorte, tem como função sintetizar e embasar a definição das áreas de intervenção mais especificadamente. A visão determinante para estas análises é a questão de que o espaço atenda as demandas necessárias para melhor recepcionar idosos, ou seja a área terá que suprir a necessidade do idoso, bem como a áreas adjacentes possuindo mobiliários, áreas verdes, qualificação na infraestrutura em geral entre outras.
LEGENDA: ZONA 01 ZONA 02 ZONA 03 ZONA 04 EQUIPAMENTOS EM POTENCIAL POSSÍVEIS TERRENOS
Figura 31
29
CENTRO DE CONVIVÊNCIA, LAZER E SOCIALIZAÇÃO ANZIANO
Respondendo a essa questão, indicamos que as áreas que se encontram em conformidade com a necessidade dos idosos são a zona 01 e a zona 04 por possuir segundo análises a maior oferta de serviços de apoio. Partindo dessa demarcação, no mapa são demonstrados em (cinza) os espaços que configuram um vazio urbano, abrindo precedência para possível inserção da edificação para que conjuntamente com os determinantes analisados possa conectar-se as praças, áreas abertas de socialização, bem como equipamentos nas áreas da saúde, cultura e lazer em geral.
Figura 32 Através da setorização exemplificada pelo mapa e pela análise da tabela, foi possível concluir que as zonas 02 e zonas 03 possuem um deficiência nos critérios saúde, educação e cultura oportunizando a inserção de um equipamento que seja voltado para essa área afim de contemplar o centro com uma nova área que seja voltado á esse critério, pois atualmente o setor de atendimento a saúde se concentra boa parte em um terreno com alto nível de declividade. Como mostra o mapa, nessas zonas 01 e 03 possuem terrenos que configuram vazios urbanos como demonstrados nas análises anteriores, podendo assim servir como base para inserção de um equipamento voltado para saúde, contemplado assim a necessidade da área. Todas as zonas são contempladas com áreas livres, essas áreas compreendem o eixo central do qual oferece maior número de mobiliários, espaços
A Av. Getúlio Vargas Dorneles delimitada pela faixa em vermelho entre os setores se configura como setor de comércio, possuindo uma infraestrutura que comporte os pedestres. Essa infraestrutura se torna um grande potencial para que idosos consigam circular de forma segura e atrativa por essa área. Desta forma, passamos a analisar melhor os setores para identificar ambientes em potencial para a inclusão de funções específicas para atender as necessidades dos idosos na área central da cidade.
para permanência, entre outro. A partir dessas configurações, é possível apontar uma zona ideal que venha em conformidade com os levantamentos para abrigar equipamentos suprindo as necessidades dos idosos nesta área. Com isso a zona que mais se enquadra é a zona 04, além de possuir uma área livre considerável por estar inserido no núcleo central, área de grande valorização que possui uma melhor infra-estrutura, fica próximo a pontos de ônibus, e da av. Getúlio Dorneles Vargas, avenida essa, qualificada para facilitar o deslocamento de pessoas com mobilidade reduzida para outros Segundo a tabela esta zona 04 possui a deficiência em saúde, apesar de possuir poucos pontos para educação e cultura, a partir do levantamento percebe-se a necessidade de se inserir mais equipamentos que promovam a educação e cultura, bem como lazer e saúde.
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CENTRO DE CONVIVÊNCIA, LAZER E SOCIALIZAÇÃO ANZIANO
6.6 DIRETRIZES Portanto com base em todos as análises e o embasamento teórico, lançamos as diretrizes que comtemplarão esta etapa que compreende o TFGI. No mapa abaixo estão exemplificadas as diretrizes, e a área de intervenção proposta. Em amarelo encontra-se demarcado a zona 04 que foi descrita anteriormente como a área ideal para intervenção, em vermelho estão demarcados os
principais pontos no qual posteriormente serão conectados ao terreno escolhido, como forma de qualificador o espaço urbano, promover o uso do espaço publico bem como, valorizar o equipamento a partir dessa conectividade. Em cinza, estão demarcados a conformação de uma área onde possa servir para inserção dos equipamentos urbanos.
-QUALIFICAR O ESPAÇO URBANO PERMITINDO QUE IDOSOS CIRCULEM COM SEGURANÇA E QUALIDADE
-OFERECER CUIDADOS BASICOS PROMOVENDO O BEM ESTAR DOS IDOSOS;
-PROPORCIONAR ATIVIDADES CULTURAIS, EDUCATIVAS, DE SAÚDE E LAZER
-SERVIR COMO EQUIPAMENTO DE INTEGRAÇÃO;
-INCENTIVAR A INSERÇÃO DO IDOSO EM ESPAÇOS PÚBLICOS E DE QUALIDADE
-INCENTIVAR CONTATO COM A COMUNIDADE E AUTONOMIA
MAPA DE DEMARCAÇÃO DE DIRETRIZES
LEGENDA: ZONA 04 EQUIPAMENTOS EM POTENCIAL POSSÍVEIS TERRENOS
Figura 33
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CENTRO DE CONVIVÊNCIA, LAZER E SOCIALIZAÇÃO ANZIANO 7.0 ESCOLHA DO TERRENO 7.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES Com base no referencial teórico, estudos de caso e exemplos referenciais, esta tabela tem como intenção delimitar espaços, permitindo estabelecer melhor a relação de ambientes necessários e suas possíveis proporções. Através dos levantamentos foram
estabelecidos setores gerais dos quais o objeto deveria abordar que são colocados como setor privado e público, dos quais compreendem a dinâmica de espaços e o gradiente de privacidade necessário para funcionamento do equipamento.
PROGRAMA DE NECESSIDADES PRIVADO
PÚBLICO SAÚDE
SALA ATENDIMENTO SALA DE VACINA; SALA PRIMEIROS SOCORROS; DEPÓSITO / DESCARTE;
SAÚDE
FARMÁCIA POPULAR
SALA FISIOTERAPIA; ATENDIMENTO PSICOLÓGICO;
EDUCAÇÃO E
SALA PALESTRAS;
CULTURA
ATELIÊS; SALÃO AMOSTRAS;
ATENDIMENTO NUTRICIONAL EDUCAÇÃO E
SALA DE ALFABETIZAÇÃO;
CULTURA
SALA DE INFORMÁTICA;
PISTA DE CAMINHADAS; LAZER
COZINHA EXPERIMENTAL;
BANCA DE JORNAL;
ATELIÊ;
ESPAÇOS PARA PERMANÊNCIA, ÁREAS LIVRES
DESCANSO E CONTEMPLAÇÃO
SALÃO PARA DANÇAS E JOGOS; LAZER
SALA PARA EXIBIÇÃO DE FILMES; ÁREA DE CONDICIONAMENTO
ATENDIMENTO / INFORMAÇÃO APOIO
FÍSICO;
ESTACIONAMENTO;
SALA DE MÚSICA;
BANHEIROS
SALA DE EMBELEZAMENTO
GUARITA ÁREAS LIVRES
ÁREAS VERDES; HERBÁRIO;
APOIO
SALA DE MONITORAMENTO; ADMINISTRAÇÃO; DEPÓSITO; BANHEIROS;
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Tendo como base o levantamento de espaços através do Programa de Necessidades, o terreno escolhido esta demarcado no mapa abaixo, características que levaram a escolha deste terreno foram, a proximidade com demais equipamentos e equipamentos em potencial, sua área pois o recorte compreende 2.740 m² o qual teria capacidade de abrigar o objeto segundo os espaços necessários. e outros fatos dos quais levaram a escolha deste terreno foram s gabaritos
das edificações vizinhas, valorizando a área com relação aos pedestres, as edificações limítrofes, permitem que o terreno receba luz direta da fachada norte, e permite que os ventos predominantes atravessem o terrenos, pois essas edificações além de possuírem baixos gabaritos, possuem recuos e áreas livres em seus terrenos vindo de encontro a valorizar tanto o conforto térmico, quanto lumínico.
MAPA DE DEMARCAÇÃO DE TERRENO
LEGENDA: ZONA 04
Figura 34
EQUIPAMENTOS EM POTENCIAL POSSÍVEIS TERRENOS TERRENO DE INTERVENÇÃO
7.2CONDICIONANTES ESQUEMA DE DEMARCAÇÃO DE TERRENO COM GABARITOS
A
EC
NS
O AF
RO
O OD
L.
MA
DE
D
LEGENDA:
AV .F
TERRENO DE INTERVENÇÃO
ER
NA
ESQUEMA SEM ESCALA
ND
O
M
AC
HA
DO
Figura 35
33
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O terreno esta localizado na Rua Marechal Deodoro da Fonseca, esquina com Av. Fernando Machado compreende uma área total de 2.740m² Possui fácil acesso com ruas bem pavimentadas, ponto de ônibus proximo, fica situado a uma quadra da Av. principal, compreende uma maior concentr~ação de atividades econômicas, serviõs, e infraestrutura, possui boa iluminação, calçadas acessíveis, topografia plana, contendo apenas duas curvas de nível de um em um metro. ótima localização perante o conforto térmico e lumínico,
pois a área possui edificís baixos permitindo a insidencia de sol bem como a passagem do vento. Fator degrande relevância, fica´próximo ao núcleo de edificações históricas do centro, valorizando seu carater perante a mémória afetiva do público em estudo, fazendo com que se sintam bem, quando andam pela área escolhida. Segundo o plano diretor o recorte encontra-se na zona AUC - Área Urbana Central. Os ventos predominantes são (SU) sudeste e (NE) nordeste com velocidade média de 56km/h
VENTOS PREDOMINANTES
Figura 36
Figura 37
Figura 38
Figura 39
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CENTRO DE CONVIVÊNCIA, LAZER E SOCIALIZAÇÃO ANZIANO 7.3 ZONEAMENTO Através da valorização dos condicionantes fazendo com que exista tanto a permeabilidade de luz solar quanto dos ventos, buscamos espacializar os mesmos de forma a diferenciar setor público do privado como demonstrado em tabelas anteriores.
O processo deste módulo culminou até a definição do terreno e espacialização de forma geral. É importante salientar que a escolha desse terreno vai subsidiar a etapa posterior referente ao TFG II, para desenvolver o projeto arquitetônico
Conforme o programa de necessidades, estes setores especializados subentendem de forma geral os ambientes. A intenção é demonstrar a localização de cada setor dentro do terreno.
ÁREA LIVRE PRIVADA
APOIO PRIVADO
EDUCAÇÃO E CULTURA PRIVADO
SAÚDE PRIVADO ÁREA LIVRE PÚBLICA LAZER PÚBLICO
APOIO PÚBLICO
SAÚDE PÚBLICO
LAZER PRIVADO EDUCAÇÃO E CULTURA PÚBLICO
SEM ESCALA
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CENTRO DE CONVIVÊNCIA, LAZER E SOCIALIZAÇÃO ANZIANO 8.0 BIBLIOGRAFIA PFUTZENREUTER, Andréa Holz. Viver a Cidade, Envelhecer na Cidade. 2014. 157 f. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) Programa de doutorado, Mackenzie, SP, São Paulo, 2014. [Orientadora: Profª. Drª. Angélica A. Tanus Benatti Alvim]. DORNELES, Vanessa Goulart. Acessibilidade para idosos em áreas livres públicas de lazer. 2006. 213 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) Programa de Pós-graduação, UFSC. Santa Catarina, Florianópolis, 2006. [Orientadora: Prof.ª Vera Helena Moro Bins Ely]. MASCARO, Sonia de Amorim. O que é velhice. São Paulo: Brasiliense. 1997. 93p Coleção Primeiros Passos. PASCHOAL, Sérgio Márcio Pachecho. Epidemiologia do Envelhecimento. In: PAPALÉO NETTO, Matheus. (org.). Gerontologia: A velhice e o envelhecimento em visão globalizada. São Paulo: Atheneu, 1996. P.26-43. WELL, Lívia Van. Estatuto do idoso comentado. Disponível em: <http://www.direitocom.com/estatuto-do-idoso-comentado>. Acesso em: 29 maio. 2017. BRASIL, Lei nº 1074/2003. Estatuto do Idoso. Brasília: DF, Outubro de 2003 ONU - Organização das Nações Unidas (ONU). World Population Prospects. The 2004 Revision, 2005. OMS - Organização Mundial da Saúde. Guia Global: Cidade Amiga do Idoso. 2007. IBGE, Dados demográficos. Disponível em: < http://www.ibge.gov.br/home/ >. Acesso em: 09 jun. 2017 CAMARA MUNICIPAL DE CHAPECÓ, História de Chapecó. Disponível em: < http://www.cmc.sc.gov.br/2012/index.php/o-municipio/historia>. Acesso em: 06 jun. 2017 CAMARA MUNICIPAL DE CHAPECÓ, História de Chapecó. Disponível em: < http://www.cmc.sc.gov.br/2012/index.php/o-municipio/economia>. Acesso em: 06 jun. 2017
BRASIL IDOSO, Estatísticas. Disponível em: < https://brasilidoso.wordpress.com/estatisticas/>. Acesso em: 10 jun. 2017 ISTOE, Envelhecer bem. Disponível em: <http://istoe.com.br/139317_ENVELHECER+BEM/>.Acesso em: 10jun. 2017 PORTAL BRASIL, Expectativa de vida no Brasil. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/governo/2016/12/expectativa-de-vida-no-brasil-sobe-para-75-5-anos-em-2015>.Acesso em 29 maio 2017. PREVIDÊNCIA SOCIAL. Normas de Funcionamento de Serviços de atenção ao idoso no Brasil. 2014. SEBRAE/SC. Santa Catarina em Números. Florianópolis, 2010. YIN, Roberto K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2ª Ed. Porto Alegre. Editora: Bookmam. 2001.
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OMS Envelhecimento activo: um marco político. Programa de envelhecimento activo e ciclo de vida da OMS. Segunda Assembleia Mundial das Nações Unidas sobre o envelhecimento. Madrid, 2002 FEPESE. Estudo de Mobilidade Urbana de Chapecó. Disponível em: <https://web.chapeco.sc.gov.br/documentos/?f=/Documentos/Desenvolvimento%20Urbano/Estudo% 20Mobilidade%20Urbana.pdf>. Acesso em: 24 maio. 2017. WATANABE, Helena. Modalidades de cuidados de longa duração a pessoas idosas. Brasília, 2014. 9.0 LISTA DE FIGURAS IMAGENS CAPA - http://www.hypeness.com.br/2013/01/fotografo-regista-
ELABORADO PELA AUTORA BASE CARTOGRÁFICA - CODEGEO
pessoas-com-mais-de-100-ano-de-idade-e-que-ainda-sao-felizes/
FIGURA 19 - ACESSOS CHAPECÓ
FIGURA 01 - ESPECTATIVA DE VIDA NO BRASIL
ELABORADO PELA AUTORA BASE CARTOGRÁFICA - CODEGEO
Fonte: http://istoe.com.br/139317_ENVELHECER+BEM/
FIGURA 20 - FOTO CHAPECÓ
FIGURA 02- OS IDOSOS NO BRASIL
REPOSITÓRIO ONLINE http://www.projetochapeco2030.com.br/sobre-chapeco
Fonte: https://brasilidoso.wordpress.com/estatisticas/#jp-carousel-152
FIGURA 21 DADOS CHAPECÓ
FIGURA 03 - PIRÂMIDE ETÁRIA
REPOSÍTÓRIO ONLINE http://istoe.com.br/139317_ENVELHECER+BEM/
https://brasilidoso.wordpress.com/estatisticas/#jp-carousel-152
FIGURA 22- ANÁLISE MACRO
FIGURA 04- POPULAÇÃO IDOSA NO MUNDO
ELABORADA PELA AUTOR BASE IMAGEM GOOGLE EARTH PrÓ
https://brasilidoso.wordpress.com/estatisticas/#jp-carousel-152
FIGURA 23- ANÁLISE MACRO
FIGURA 05 - GASTOS DOS IDOSOS
ELABORADA PELA AUTOR BASE IMAGEM GOOGLE EARTH PrÓ
https://brasilidoso.wordpress.com/estatisticas/#jp-carousel-152
FIGURA 24 - ANÁLISE MESO
FIGURA 06- ATIVIDADES DIÁRIAS
ELABORADO PELA AUTORA BSE CARTOGRAFICA MAPA DIGITAL PREFEITURA
https://brasilidoso.wordpress.com/estatisticas/#jp-carousel-152
FIGURA 25 - ANALISE MESO
FIGURA 07 - ESTADO CIVIL NA TERCEIRA IDADE
ELABORADA PELA AUTORA
https://brasilidoso.wordpress.com/estatisticas/#jp-carousel-152
BASE CARTOGRAFIACA MAPA DIGITAL PREFEITURA
FIGURA 08 - LAR DOS VELHINHOS
FIGURA 26 - ANALISE MESO
REPOSITÓRIO ONLINE - https://www.facebook.com/lardosvelhinhos.erechim?fref=ts
ELABORADA PELA AUTORA
FIGURA 09 - RELAÇÃO DE ESPAÇO CONSTRUÍDO E LIVRE
BASE CARTOGRAFIACA MAPA DIGITAL PREFEITURA
ELABORADA PELA AUTORA
FIGURA 27 - ANALISE MICRO
FIGURA 10 - ATIVIDADES IDOSOS LAR DOS VELHINHOS
ELABORADA PELA AUTORA
REPOSITÓRIO ONLINE https://www.facebook.com/lardosvelhinhos.erechim?fref=ts
BASE CARTOGRAFIACA MAPA DIGITAL PREFEITURA
FIGURA 11 ATIVIDADES IDOSOS - CIDADE DO IDOSO
FIGURA 28 - ANALISE MICRO
REPOSITÓRIO ONLINE https://www.chapeco.sc.gov.br/arquivos/835
ELABORADA PELA AUTORA
FIGURA 12 ESPAÇOS CIDADE DO IDOSO
BASE CARTOGRAFIACA MAPA DIGITAL PREFEITURA
ARQUIVO PESSOAL
FIGURA 29 - ANALISE MICRO
FIGURA 13 - TABELA ANÁLISE ESTUDO DE ASO
ELABORADA PELA AUTORA
ELABORADA PELA AUTORA
BASE CARTOGRAFIACA MAPA DIGITAL PREFEITURA
FIGURA 14 - EXEMPLO REFERENCIAL
FIGURA 30 - ANALISE MICRO
REPOSITÓRIO ONLINE http://www.archdaily.com.br/br/01-62895/centro-de-
ELABORADA PELA AUTORA
convivencia-e-residencia-para-idosos-mais-mmass-arquitectura
BASE CARTOGRAFIACA MAPA DIGITAL PREFEITURA
FIGURA 15 - EXEMPLO REFERENCIAL
FIGURA 31 - ANALISE MICRO
REPOSITÓRIO ONLINE http://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peter-
ELABORADA PELA AUTORA
rosegger-dietger-wissounig-architekten
BASE CARTOGRAFIACA MAPA DIGITAL PREFEITURA
FIGURA 16 - CIDADE DE JENA
FIGURA 32 - TABELA DE ANÁLISE DAS ZONAS
REPOSITÓRIO ONLINE h http://www.deutschlandurlaub-tipps.de/die-
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sehenswertesten-stadte-thuringens/
FIGURA 33 - ANALISE MICRO
FIGURA 17 - TABELA DE ANÁLISE DE EXEMPLOS REFERENCIAS
ELABORADA PELA AUTORA
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BASE CARTOGRAFIACA MAPA DIGITAL PREFEITURA
FIGURA 18 - MAPAS LOCALIZAÇÃO
FIGURA 31 - ANALISE MICRO
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