KORE Thais Marinho
Introdução Este relatório conta a primeira etapa do processo de conceituação e produção da coleção “Kore”, trabalho final de curso realizado por Thais Marinho, período de 2013.2, na Pontifícia Universidade Católica, disciplina DSG1052. A coleção tem como inspiração a mitologia grega, em específico o mito do herói e sua jornada de crescimento e aceitação.A roupa gerada é uma roupa teatral, propõe reviver uma experiência mitológica banhada de emoção.
Contexto&Conceito Jung é um estudioso que fala muito sobre a mente humana e como todos temos conhecimentos intrínsecos que podem ser acessados em um estado inconsciente. Ele o chama de Inconsciente Coletivo. Nesta estrutura extracorpórea estão presentes os arquétipos, que representam as diversas facetas do homem, todas elas com uma relação direta com a natureza. Todas as grandes religiões mediterrâneas e asiáticas possuem mitologias que se repetem, reafirmando cada vez mais a teoria de Jung. O homem tem uma grande capacidade de “mitologizar”, ou seja, capacidade espontânea de traduzir em histórias os dilemas vividos no cotidiano. O mito explica e legitima a Ordem do Mundo, oferece um significado sagrado à natureza e à sociedade, mostra um sentido ao caos. O mito é a psique humana revelada por imagens. Justamente por isso encontrei nos mitos minha inspiração, pois todos, em diferentes estágios, poderão se identificar.
m u o nd e s c o e a r c e Of o ao id sent
Num passado longínquo, a moda e o mito exerceram funções semelhantes, que foram a abordagem aberta dos tabus, e posteriormente sua quebra. Os dois serviram de meio para que assuntos até então proibidos como o papel da mulher e a sexualidade, tivessem espaço para serem questionados. Os dois são facetas do comportamento humano, um físico e outro mental, mas possuem uma origem comum e acredito que já exista uma ligação entre os dois.
Pretendo agregar às roupas um significado maior do que só vestir, porque roupas para serem vestidas já existem muitas. Desejo criar uma roupa especial, que vai trazer à tona memórias de um passado longínquo, histórias míticas que foram lidas na hora de dormir e que já foram esquecidas por muitos, mas que ajudaram a formar caráter. Esta roupa não possui como principal objetivo a comercialização. Por causa disso, trabalharei com formas fora do padrão, criando uma roupa alegórica, teatral, de dimensões inusitadas e impactantes. Traduzir o heroísmo e a majestade presente nos mitos em indumentária. Karen Armstrong, em “A Breve História do Mito”, afirma que o homem da Grécia antiga já vivia a experiência proposta no projeto, de reviver uma experiência mitológica cada vez que o mito é contado: “Um mito era um evento que, em certo sentido, só ocorrera uma vez, mas que também ocorria o tempo todo. Por causa de nossa visão estritatemente cronológica da história, não temos definição para tal ocorrência, porém a mitologia é uma forma de arte que aponta para além da história, aponta para o que é intemporal na existência humana, e nos ajuda a superar o fluxo caótico de eventos aleatórios, vislumbrando o âmago da realidade.”
Todo mu ndo tem um mons dentro d tro o armário
O Mito do Herói Nas histórias contadas nos mitos chamados “mitos de herói”, o herói não é nem humano nem um Deus, mas um híbrido, fruto da mistura dos dois, o que o torna um ser pertencente e ao mesmo tempo não pertencente a nenhum dos mundos. Os mitos de herói contam suas trajetórias, começando num lugar comum e atingindo um poder quase divino. Mostram uma jornada de autoconhecimento, aceitação e crescimento humano. Nele, o herói passa por incontáveis desafios e enfrenta monstros, que são a personificação de seus medos. O herói do mito é aquele que tem medo. Ele é herói porque enfrenta esse medo e se fortalece a cada instante de enfrentamento. Ele se torna um herói fortalecido porque pratica esse enfrentamento. A figura do herói é uma figura mística, uma figura grande, uma figura que extrapola o comum e se diferencia dos demais. Características estas que estarão presentes em cada roupa da coleção. Durante o mito, há um momento de “katábasis”, uma morte literal ou simbólica, na qual o herói desce ao Hades, sofre um grave ferimento ou qualquer evento que o leve próximo ao mundo inferior. Ao voltar, ele retorna mudado, transformado, um ser superior ao que era. Qualquer contato com morte, enfrentamento de monstro ou sexo significa uma grande mudança. São eventos que o fazem deixar a criança dentro de si para trás e o tornam adulto.
ho in m a c os no fi a s e d os Há muit
Os monstros Cada monstro enfrentado pelo herói representa um medo ou insegurança do mesmo, bloqueando seu caminho e impedindo-o de prosseguir. Suas histórias nos falam não apenas de seus aspectos físicos, mas também de aspectos psicológicos, aspectos presentes na mente humana. Para entender o herói, precisamos entender seus inimigos, que são parte de sua psique. Abaixo, podemos ver uma breve descrição dos mais importantes destes seres.
Ávidas de sangue e sexo, as harpias estão sempre à procura de heróis para satisfazerem seus desejos mais obscuros. Elas guardam os túmulos, e quando a alma se solta do corpo, elas a arrebatam. Sua história é contada em Os Argonautas: Fineu estava amaldiçoado pelos três monstros, que carregavam tudo o que se pusesse a sua frente. Ele então pediu ajuda a Jasão e seus companheiros para que o libertassem desta tortura. Os heróis ganhavam a perseguição, mas foram impedidos por Hermes de matá-las, pois este dizia que as Harpias eram servidoras de Zeus. Em troca da vida, prometeram deixar Fineu para sempre e não mais atormentar seu reino, indo se recolher numa caverna na ilha de Creta. Para alguns autores, as Harpias são parcelas diabólicas das energias cósmicas, as abastecedoras do Hades com mortes súbitas. Traduzem as paixões desregradas e as torturas que se seguem a um amor não correspondido.
A Esfinge é um pesadelo, criada para lançar aos heróis seus maiores desafios. A figura grega de rosto feminino, corpo de leão e assas representa um ser opressor, mais forte que o homem, e a crença na alma dos mortos, representadas por asas. Elas estão sempre em busca de jovens sadios para satisfazerem suas vontades sexuais. Esfinges são muito representadas em túmulos, deitadas de corpo inteiro sobre o ataúde. Nesta posição, elas são ao mesmo tempo guardiãs dos cadáveres e suas devoradoras. No Egito, a esfinge possui o papel de guardiã dos túmulos
dos faraós, mas não de raptoras, devoradoras dos mortos ou o caráter erótico presente nas representações gregas. O caráter erótico das Esfinges é unicamente grego, pois todos os seres raptores e amantes possuem desejo sexual exacerbado, assim como as harpias, sereias,Queres. De todos os amantes, todavia, a Esfinge é a mais musculosa, forte e erótica. No séc. VII a.c., no entanto, a esfinge ganha atratividade, inteligência e habilidade de cantar (por causa desde último é muito comparada com as Sereias). Sabe-se que já houveram várias esfinges, mas a que desafiou Édipo foi tão marcante que todas as outras caíram em esquecimento e não há muitos relatos sobre elas. Exercendo função de guardiã dos portões de Tebas, ela propunha enigmas cantados a cerca de virilidade e amor para jovens e belos rapazes. A pergunta que fez a Édipo, a mesma que fazia para todos e que nunca havia sedo resolvida, “Qual o animal que anda em quatro pés pela manhã, em dois ao meio-dia e em três à tarde?” foi solucionada pelo herói, que descobriu que se referia ao o homem. Derrotada, a Esfinge precipita-se de um abismo.Ela não representa somente um desafio físico ao herói, mas também à sua inteligência, testando suas habilidades como um todo.
O Minotauro representa um desafio de força bruta. Filho da rainha de Creta e um touro mítico, criado por Posídon a partir da espuma do mar. Metade homem, metade touro, ele ataca seus inimigos e os derrota num duelo mortal. Durante o mito, Teseu também tem sua inteligência testada para sair do labirinto de Dédalo, onde o próprio minotauro está preso. O Labirinto também é um monstro, pois possui vontade própria e cria obstáculos destinados a cada herói, tentando derrotá-lo e levá-lo à loucura.
As sereias eram jovens belíssimas que, em uma variante, amaldiçoadas por Afrodite, tiveram sua beleza retirada e jogadas ao mar, metamorfoseando-as pelas mesmas desprezarem os prazeres do amor. Com cabeça e tronco de mulher, mas em forma de peixe da cintura para baixo. Eram frígidas por seres peixes. Desejavam o prazer, mas, não podendo usufruí-lo, atraiam e prendiam os homens para devorá-los. Quando não surgiam marinheiros costeando-lhe a ilha – que
era cheia de ossos de homens em estado de putrefação-, apareciam solitárias experimentando um colar ou olhando-se em espelhos. As Sereias encantam com sua voz aguda e nítida e conseguem ate mesmo enfeitiçar os ventos. Os ossos em sua ilha são de homens que foram fazer perguntas. A pergunta, cuja resposta buscavam tão avidamente que os fez ignorar o perigo, relacionava-se com o conhecimento de si mesmos, de suas gestas e do quão famosos se tornaram em vida, preocupação muito natural daqueles que esperavam perpetuar após a morte a memória de suas façanhas. No entanto, esta busca lhes trás a morte precoce por transgredir uma lei básica: primeiro a morte, depois o renome. Não é possível descobrir e entender a complexidade de seus atos em vida até ter partido dela. Por isso, para resistir aos encantos e sobreviver, Ulisses se agarra à dura realidade do mastro do navio, que é também seu centro e representa o eixo vital do espírito, para escapar das ilusões da paixão e da sedução das Sereias, que cantam para encantar. Lá pelos fins do séc. V a.C., as sereias passam a serem colocadas sobre lápides funerárias, pelo fato de possuírem o dom da música e tocar flauta, elementos indispensáveis nos rituais das lamentações dos mortos. Passaram então a ser as jovens cantoras, sem filhos, profissionais das lamentações fúnebres. Esta função acabou por perpetuar-se na literatura Grecolatina.
Nos primeiros relatos de sua existência, a Górgona é descrita como um demônio feminino de três cabeças de olhar terrível e petrificante. Posteriormente, as górgonas passaram a ser três, Medusa, Ésteno e Euríale. Em tese, só a primeira é Górgona, por possuir o olhar petrificante. Das três Górgonas, só Medusa era mortal. Hesíodo as descreve como monstros de cabeça enrolada de serpentes, presas pontiagudas como a de javalis, mãos de bronze e asas de ouro, que lhes permitiam voar. Para derrotar a Medusa, Perseu viajou ao extremo Ocidente e usou de artifícios dados pelos deuses e inteligência. Por não poder olhar para o monstro devido a seus poderes de petrificação, ele sobrevoou-a usando sandálias aladas enquanto ela estava adormecida, olhando apenas seu reflexo em seu escudo. De seu pecoço decaptado nascem dois seres: Crisaor, um gigante, e Pégaso. Cria-se assim, uma imagem dúbia, uma vez que o monstro, ao mesmo tempo que morre, pari duas criaturas importantes na mitologia. A cabeça decepada
de Medusa foi colocada por Átena em seu escudo, assim os inimigos da Deusa se transformavam em pedra ao olharem para ela. O sangue que flui do golpe mortal foi recolhido por Perseu, pois este era detentor de propriedades mágicas: o que fluía da veia esquerda era um veneno mortal, o que fluía da veia direita era o melhor remédio existente, podendo inclusive ressuscitar os mortos. Além disso, a visão de uma mecha da selvagem cabeleira do monstro era o suficiente para por todo um exercito em fuga descontrolada. Alguns autores afirmam que o fato de quem olhar para a medusa diretamente se transformar em pedra se dá pela sua capacidade de refletir a auto-imagem do observador, exacerbando toda a culpa que ele possui dentro de si. Ter consciência de seus defeitos causa um efeito paralisante. Em suma, Medusa simboliza a imagem deformada, petrificada pelo reconhecimento das próprias falhas.
Vida por um fio
Vida por um fio Três personagens bastante recorrentes da mitologia grega são as três moiras, também conhecidas como kéres ou Parcas. Apesar de não possuírem um mito próprio, são essenciais nas vidas de todos os personagens. Elas são Klótos, aquela que puxa o fio da vida; Lákesis, aquela que tece o fio da vida; e Átropos, aquela que corta o fio da vida. De acordo com os mitos, essas três são a personificação do Destino, e decidem quando uma vida começa ou termina, mesmo a do herói. Nem os deuses podem impor sua vontade sobre a vida dos mortais, apenas elas. Acredito ser essencial inserí-las no projeto. Através do uso de tecelagem e tricot, estarei mantendo-as sempre presentes na vida do herói representado.
Fogo que guia na escuridão Durante a descida do herói ao Hades, ele tem a presença do fogo, que funciona como um elemento protetor, iluminando as trevas e guiando o herói. O fogo possui também o poder de destruir a matéria e criar um espírito, e é por isso que na antiga Grécia a cremação era parte essencial nos ritos fúnebres. Por conta disto, o fogo também será um elemento presente neste projeto. O fogo no tecido cria resultados únicos e bastante particulares de seu uso, não tendo nenhuma outra matéria que crie este mesmo resultado ou mesmo algo similar a ele.
Fogo que guia na escuridão
Público Esta coleção não possui fins comerciais, portanto não tem um público-alvo. Isso não significa que ela não é feita para alguém, mas que não se destina a um público específico de mercado. Ela é pensada como um espetáculo, então o público não é quem a usa, mas quem assiste a este show. São críticos, jornalistas, formadores de opinião, ou simplesmente quem tenha interesse em frequentar eventos de moda e assistir desfiles. Eles têm uma visão critica e julgadora, mas, ao mesmo tempo, estão abertos ao novo. Contudo é possível enxergar determinados “personagens” que poderiam, sim, servir como persona desta coleção. São mulheres do mundo artístico que possuem este caráter único em suas roupas, tais como Bjork ou Lady GaGa. Elas se comportam como personagens, sendo cada aparição pública um espetáculo. Ou seja, a roupa continua desempenhando a mesma função que tinha na passarela.
Briefing
Coleção de vestuário feminino; roupa-experiência através da qual será revivido um universo mitológico. Para isto, pretendo utilizar o corpo como base e brincar com volumes a partir dele, realizar experimentações com tramas e fogo, utilizar cores com significado simbólico e criar roupas com um visual único, alegórico e impactante.
Mindmap Durante o processo de conceituação, realizei vários mindmaps e matrizes. O ultimo realizado, tendo o herói como centro, se mostrou o mais relevante, revelando palavras chave e conceitos que procuro trazer no projeto.
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enfrentamen
Correlatos A mitologia grega está presente em nossas vidas e nós nem sempre percebemos. Desde a antiguidade, pintores usam as cenas mágicas narradas nos mitos como inspiração para suas pinturas. Uma das mais conhecidas é “Venus” de Botticelli, que retrata o nascimento da Deusa Afrodite, fruto do encontro do sêmem de seu pai, Úrano, com as águas do aceano. A revista Super Interessante está com uma coleção de livros nas bancas de jornais falando sobre mitos gregos e suas origens. No universo dos games também é possível encontrar jogos com inspiração mitológica. O mais famoso de todos, God of War. Conta a história de Kratos, personagem inventado pelos criadores do jogo, numa incessante luta contra os deuses. O maior sucesso mitológico dos últimos tempos foi Percy Jackson. A série de livros escritos por Rick Riordan foi bestseller mundial e está atualmente na produção de seu terceiro filme. O autor não se importou com a veracidade da história em relação aos mitos, mas os estudou profundamente para poder adapta-los. O esforço valeu tanto à pena, que Rick lançou várias outras coleções infanto juvenis com inspiração grega.
Correlatos: Mitologia nos logos da moda No mundo da moda, muitas marcas conhecidas usaram a mitologia para criar seus logos. No entanto, suas imagens já são tão icônicas que o aspecto mitológico se perdeu, tonando mais importante a própria marca. A Hermés possui uma carruagem como logo, e seu nome faz menção ao deus grego Hermes, deus mensageiro. O objetivo deste logo é mostras às pessoa que a marca está envolvida com a mudança do tempo. Apesar de não usar a mitologia como influencia em suas criações, a Versace tem um logo baseado nela. Este logo, criado por Gianni Versace em 1987, tem em si o rosto da Medusa estampado. Hefestos é uma marca brasileira de acessórios que usou como referência o Deus Hefestos, deus do fogo e da criação, o ferreiro dos Deuses, como inspiração para seu nome. A identificação da marca com a mitologia só vai até aí, não se funde a seu conceito de criação. Hefestos pode ser considerado o deus dos ourives, uma vez que os mesmos trabalham com metais e fogo, então faz sentido uma marca de jóias com seu nome.
Similares No inverno 2013, a Espaço Fashion usou o tarot e a mitologia como inspiração para sua coleção. Usaram formas soltas ao corpo, assimetria e tons escuros para trazer o misticismo ao desfile. Nas estampas era possível ver quadriculados, o que não condiz com a temática. Contudo, quando a coleção chegou às lojas, mais estampas apareceram, algumas localizadas, que caracterizavam explicitamente a inspiração da marca.
Espaço Fashion: inverno 2013
Ann Demeulemee quis trazer pégasos à sua coleção outono 2011. As roupas seguiram uma estética de montaria, com calças justas e botas de camo alto e liso. O inusitado trazido pela estilista foram as perucas e detalhes feitos de crina de cavalo usados no desfile. O desfile de primavera 2014 da Golce & Gabbana fez um mix interessante entre Grécia e Japão. Abusou de estampas fotográficas com pilastras e cenários, além das tradicionais moedas de ouro, usadas também nos acessórios.
Dolce & Gabbana: spring 2014
Demeulemee: fall 2011
Similares teatrais Estilistas que admiro muito são aqueles que não tratam a moda apenas como roupa, mas como um espetáculo. Elas não cansam de surpreender o publico e inovar em suas criações.
Hertchcovitch: primavera/verão 2010
Talvez o mais inovador de todos, e meu favorito, é Alexander McQueen. Sua estética desconstruída e medonha é admirada e repreendida pela crítica. Mesmo inovando, o estilista ainda consegue manter sua identidade, pois suas criações tem a autoria facilmente reconhecida, mesmo fora do contexto desfile. Sarah Burton fez um ótimo trabalho substituindo-o após sua morte. Contudo, mesmo com o toque McQueen em suas criações, a essência se perdeu. Ela é muito mais contida que o original. No Brasil temos dois nomes em destaque nesta area. Lino Villaventura é um deles. Ele brinca com temas e cores extremamente bem, mas fica muito preso ao corpo do modelo. Obvio que há volumes, mas não tanto quanto poderia ter.
Villaventura: verão 2011
McQueen: summer 2008
Alexandre Hertchcovitch já foi “corrompido pelo mercado”, pois tem feito coleções muito mais comerciais atualmente. Porém, no inicio de sua carreira ele queria apenas chocar. Vestiu drag queens e prostitutas, além de botar modelos maquiados de caveira no meio da São Paulo Fashion Week. Hoje em dia tem uma marca feminina, masculina e uma de jeans. É muito difícil inovar trabalhando em segmentos tão diferentes entre si. Olho para o inicio de sua carreira com admiração, mas recentemente tenho me desapontado com seu trabalho.
Primeiros rascunhos Depois de toda a pesquisa e conceituação, iniciei os primeiros rascunhos.
Bibliografia Armstrong, Karen. Breve História do Mito. São Paulo, Companhia das Letras, 2005. Brandão, Junito. Mitologia Grega, Vol I, II e III. Petrópolis, Editora Vozes, 1994. Brandão, Junito. Dicionário Mítico-etmológico. Vol A-I e J-Z. Petrópolis, Editora Vozes. Florenzano, Maria Beatriz Borba. Nascer, Viver e Morrer na Grécia Antiga. São Paulo, Atual Editora, 1996. Borges, Jorge Luis. O Livro das Criaturas Imaginárias. Boechat, Walter. Perseu e Medusa: o Arquétipo da Reflexão. Eliade, Mircea. Mito e Realidade. Seabra, Zelita e Muskat, Malvina. Identidade Feminina. Petrópolis, Editora Vozes, 1985. Meunier, Mário. Nova Mitologia Clássica. São Paulo, IBASA, 1997.
Cartela de cores