ARTICULAÇÕES NO CENTRO DE SÃO CARLOS - SP
POROSIDADES URBANAS: ARTICULAÇÕES NO CENTRO DE SÃO CARLOS - SP
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TGI I | THAIS JUNQUEIRA MARTARELLI
ARTICULAÇÕES NO CENTRO DE SÃO CARLOS - SP
INSTITUTO DE ARQUITETURA E URBANISMO . IAU USP TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTEGRADO . TGI I THAIS JUNQUEIRA MARTARELLI ORIENTADORES CAP: DAVID MORENO SPERLING FRANCISCO SALES LUCIA SHIMBO LUCIANA SCHENK ORIENTADOR GT: MIGUEL ANTONIO BUZZAR
SÃO CARLOS . 01 SEMESTRE|2015 3
INQUIETAÇÕES
REFERÊNCIAS
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UNIVERSO PROJETUAL
AÇÕES PROJETUAIS
BIBLIOGRAFIA
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INQUIETAÇÕES
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“E hoje, na contemporaneidade, o que muda na noção de urbanidade? É uma noção ainda válida, ou as características da indiferença, alienação, egoísmo e hedonismo predominarão ao contrário das qualidades de civilidade, cortesia e afabilidade que definiam a própria urbanidade? Estaremos tão dominados pelo medo e obcecados por segurança, que são poucas as chances de superação e de volta a valores comunitários essenciais? Estaremos fadados ao controle invisível, à repressão do direito de ir e vir, direito este que foi a base da sociedade urbana moderna?” SILVA, Raquel Coutinho Masquês. 2006 8
Das diversas articulações no universo da arquitetura e urbanismo, este trabalho surge a partir de uma inquietação: as cidades brasileiras e o declínio dos espaços públicos no cenário contemporâneo. Rua, praças e parques, que anteriormente eram o cerne do caráter cívico das cidades, gradativamente se esvaziam. Em contraponto, os espaços privados conquistam notoriedade, replicando artificialmente elementos que anteriormente eram encontrados no urbano, porém sem a diversidade social tão rica presente em tal.
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Paralela à retração do convívio em ambientes públicos, nota-se a funcionalização das cidades, e a desarticulação de espaços potencialmente favoráveis à convivência, o que contribui para o afastamento da dimensão do habitar.
lem o ambiente físico com o espaço público, estimulando sociabilidades e repensando as urbanidades existentes.
Trata-se de potencializar espontaneidades, criar ambientes que sejam convidativos a diferentes níveis de permanência e apresentar Neste sentido, os equipamentos públicos de opções à crescente privatização do lazer. educação, saúde e lazer, em conjunto com Diante deste cenário, apresento o trabalho espaços públicos de qualidade, podem se “Porosidades urbanas: articulações no centro apresentar como pontos articuladores de afade São Carlos - SP“, que se propõem a artibilidade. cular arquitetura, urbanismo e paisagem em Atuando neste cenário projetual, surge o in- sua sobreposição, trabalhando juntos para teresse em desenvolver espaços que rearticu- formar cidade. 9
REFERÊNCIAS
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BRASIL ARQUITETURA | 2012
“Desempenha papel indutor estratégico na requalificação da área central da cidade, uma vez que o rico e complexo programa de uso, focado nas atividades profissionais e educacionais de música e dança, está fortemente marcado por funções de caráter público, convivência e vida urbana.” HELM, Joana. 2013
Implantado junto ao Vale do Anhangabaú, zona central de São Paulo, o conjunto Praça das artes se posiciona concomitante ao antigo Conservatório Dramático Musical de São Paulo, edificação que apesar de marco histórico e arquitetônico, há décadas encontrava-se inutilizado.
do interior da quadra aos seus extremos, articulando-se com três importantes vias, Rua Formosa, Rua Conselheiro Crispiniano e Avenida São João.
Trabalhando a porosidade dos espaços públicos em relação aos equipamentos de dança e música, e deixando áreas não edificadas para Com o conceito de ocupar os interstícios ur- o estar e convivência, este projeto propõem banos e desenvolver uma alternativa à lógica uma discussão de como fazer e utilizar a ciexistente na região, o complexo se expande dade. 13
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ARTHUR CASAS E EQUIPE | 2012
“Acreditamos que o projeto de reabilitação dos largos do Pelourinho deva ser abordado através de uma perspectiva de transformação que leve em consideração os fatores responsáveis pelo ressurgimento e nova decadência do sítio histórico, tentando aliar escalas territoriais e usos aparentemente contraditórios numa proposta em permanente construção.” CASAS, Arthur. 2012
Inserido no concurso de ideias “Requalificações de Largos no Pelourinho”, Arthur Casas e equipe desenvolveram um projeto que tem por objetivo o redesenho de espaços públicos na área central de Salvador - BA.
um percurso convidativo ao estar.
Já as cores vibrantes, associadas ao imaginário do pelourinho, dão passagem para o branco, cor que, com o auxílio do cal e da mineralidade, representava o espaço público na Reforçando as relações humanas e espaços época de cidade colonial. de encontro, os largos reconectam-se criando 15
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O seguinte projeto se enquadra no contexto urbano de São Carlos, município brasileiro do interior do estado de São Paulo, distante 230km da capital paulista. Esta, fundada em 1857, surge no contexto da expansão agrícola do café, fator que proporcionou grandes fluxos migratórios para a região. Porém, com a crise cafeeira de 1929, tais imigrantes, que outrora ocupavam os cam-
Região começa a ser povoada com a abertura de uma trilha a Minas Gerais
XVIII
XIX Demarcação da sesmaria do Pinhal
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Abolição da escravatura
A cidade é promovida a vila
1831
1857
Fundação da cidade
1880
1884
Implantação da ferrovia
1888
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pos para as atividades agrícolas, migram para o centro urbano em busca de novas oportunidades, o que contribui para o crescimento e consolidação da mancha urbana da cidade.
duas universidades públicas de qualidade, a cidade se estabelece como eixo tecnológico, referência de pesquisa. Já atualmente, com 221.950 mil habitantes, São Carlos possui sua economia ligada às universidades e ao polo industrial.
Aliado ao êxodo rural, São Carlos abre as portas para o desenvolvimento das indústrias na região, que se consolidaram como principal Apesar do notório progresso econômico, tal evolução não acompanhou o mesmo ritmo atividade econômica local. quando observamos os espaços públicos. A Décadas mais tarde, com a implantação de
Imigrantes deixam as atividades rurais e começam a trabalhar no centro urbano 1884
Chegada dos imigrantes
XX
1929
Crise cafeeira
1940
USP
1953
Indústria começa a se destacar como principal atividade econômica
1970
UFSCar
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cidade, que antigamente abrigava diversos cinemas de rua e até mesmo uma piscina pública em plena área central, atualmente observa, como em outras tantas cidades, a degradação simbólica e física de tais espaços. Aliado a degradação do espaço público, São Carlos também sentiu uma diminuição significativa dos equipamentos públicos culturais. Ao se fazer uma análise urbana destes edifícios, por exemplo, percebe-se que somente cinco equipamentos compõem o cenário de edifícios municipais com tal enfoque. Apesar de poucos, observa-se a proximidade da localização entre estes, que posicionam-se, em sua maioria, na região central da cidade. A proximidade, entretanto, limita-se ao ambiente físico. Percebe-se que os equipamentos em questão replicam a lógica encontrada na cidade: o pensamento dentro do seu universo micro e não das possíveis articulações com o entorno.
Municipal e da Pinacoteca, foi levantada a importância de uma Midiateca para ambos os espaços, porém, apesar da proximidade de apenas uma quadra entre estas, cada edifício procurava resolver suas deficiências em seu lote delimitado. Tais soluções muito nos falam sobre como fazemos e usamos cidade atualmente: os projetos são pensados em lotes que pouco se articulam com a malha urbana, ou pior que isso, pouco se propõem a conjugar novas urbanidades. Desta forma, observando tal desconexão dos equipamentos, e a retração de espaços públicos de lazer na região, redireciono o enfoque para o centro urbano, território marcado por ser, em sua história, o espaço da vida pública na cidade.
Norteado pela Avenida São Carlos, que secciona grande parte da cidade no eixo norte e sul, o centro é marcado pelas diversas camaEm uma visita a campo, por exemplo, ao das que compuseram a cidade desde a época conversar com os funcionários da Biblioteca de sua fundação até os dias atuais. 20
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3 2500 m 2000 m
1500 m 1000 m
500 m
250 m
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EQUIPAMENTOS CULTURAIS:
1. biblioteca municipal Alfredo Américo Hamar 2. estação cultura 3. teatro municipal 4. CDCC usp 5. museu da ciência 6. biblioteca municipal Amadeu Amaral 7. cine São Carlos 8. centro municipal de cultura afro-brasileira 9. pinacoteca 1O. oficina regional Sérgio Buarque de Holanda
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A intrínseca relação com o histórico, entretanto, se limita à observação do transeunte pelas fachadas dos edifícios. Os jardins, que em outrora se abriam ao público, de acordo com o uso do espaço em questão, atualmente se restringem a espaços gradeados, muitos inclusive em más condições de conservação.
dentes na região e a aglomeração de edifícios comerciais e de serviços auxiliaram para a alterar as características do mesmo.
Desta forma, percebe-se um grande fluxo de pessoas que preenchem o centro em horário comercial, dado seu enfoque atual, e que esvaziam a região no período noturno e aos fins Ademais à quantidade de edifícios históricos de semana. de relevância, observa-se a funcionalização Além dos fluxos intensos em horários deterdo centro. A diminuição do número de resi-
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minados, destaca-se na paisagem a grande quantidade de estacionamentos na região, fato esperado, dado sua localização estratégica, porém em excesso, se identificado a rede de transporte urbano que abastece o local e que a reconecta aos outros bairros da cidade.
tégico, poderiam abrigar edifícios com melhor função social, como residências e equipamentos públicos, por exemplo.
Sendo assim, localizando a Avenida São Carlos e a Catedral São Carlos, demarco então uma área de quarenta e nove quarteirões, Neste sentido, esses espaços reservados aos que abrigam, em sua conjunção, sete dos veículos individuais contribuem para a fun- dez equipamentos culturais mapeados antecionalização e degradação do território, dado riormente, além de outros dois edifícios que que, exatamente por situar-se em local estra- tangenciam a questão cultural: a exposição
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permanente de Salvador Dalí e o Instituto trabalhado. Cultural Janela Aberta, organização sem fins Paralelo aos diagrama de cheios e vazios, malucrativos. peio os espaços intersticiais da cidade, comA partir deste local nodal, geografo os cheios postos por estacionamentos, terrenos vazios, e vazios da região, observando a grande ou jardins associados à edifícios históricos quantidade de edifícios construídos lindei- passiveis de intervenção. ros ao lote, com quintais avantajados que se Feito os dois diagramas, ao sobrepô-los, abrem aos fundos de quadra, um dos fatores identifico as áreas interessantes para projeto. que, em conjunto com os estacionamentos, Devido a proximidade física dos equipamencontribuem para a porosidade do local a ser
1. CHEIOS E VAZIOS cheios
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2. USO DO SOLO vazios
estacionamento
sem edificação
edifícios culturais
praças
jardins públicos
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tos culturais, e as possíveis articulações dos espaços, assinalo dois aglomerados de estacionamentos, que devido sua organização, criam miolos de quadras interessantes para intervenção.
do uma maior interlocução da área ao norte com o museu da ciência, e consequentemente com a Praça Coronel Sales, averigua-se a possibilidade de abertura da área para esta região.
Analisando tais espaços, enquanto o aglomerado ao sul apresenta quatro diferentes acessos à área, o aglomerado ao norte é mais restrito a Rua Conde do Pinhal e Rua Dona Alexandrina. Desta forma, procuran-
Feita a análise dos edifícios que orientavam-se para a praça e para a área de projeto, optou-se pela demolição de um edifício que impossibilitava uma melhor conexão de tais espaços.
3. SOBREPOSIÇÃO DOS MAPAS ANTERIORES
4. ESCOLHA DO LOCAL DE PROJETO áreas intersticiais
a ser demolido
edifícios culturais
praças
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R. Mal Deodoro
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R. Sete de Setembro
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R. Maj. José Inácio
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7
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R. Conde do Pinhal
R. Treze de Maio
R. Jesuíno de Arruda
EDIFÍCIOS CULTURAIS 1. teatro municipal 2. CDCC USP 3. museu da ciência 4. exposição Salvador Dalí
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5. biblioteca municipal Amadeu Amaral 6. cine São Carlos 7. centro municipal de cultura
afro-brasileira 8. pinacoteca municipal 9. instituto cultural Janela Aberta
R. Rui Barbosa
R. Dom Pedro II
R. São Joaquim
R. D. Alexandrina
Av. São Carlos
R. Episcopal
R. Nove de Julho
R. José Bonifácio
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Apesar de cogitado a apropriação do edifício construído para compor o espaço projetual, optou-se pela demolição deste dado três principais fatores: a inutilização do prédio em questão, a pouca relevância histórica (dado que este não compõem o quadro de edifícios de interesse histórico), e a dimensão do mesmo, que com apenas dois pavimentos (térreo e primeiro piso), pouco se articulava com as futuras propostas de projeto.
Desta forma, a proximidade com os equipamentos culturais, e a possibilidade de desenvolver um percurso interessante a diferentes níveis de estares, torna-se o ponto articulador de interesse na área. Trata-se de pensar um centro cultural, que ao invés de se resolver programaticamente em um lote delimitado, associa-se ao urbano e, de modo pulverizado, propõem equipamentos com maior diálogo com o espaço público.
1. EXISTENTE
2. PROPOSTA
Segregação entre os espaços funcionais e de estares públicos.
Uso dos espaços intersticiais. Articulação entre espaço social e físico, mediados por ambientes públicos de estar. 27
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objetiva-se que o conteúdo programático não se limite ao espaço físico destes, mas que prolongue-se também ao espaço público criado. Trata-se, neste sentido, de encontrar pontos de tangência entre os programas e externalizá-los ao espaço público, potencializando Entre os edifícios apontados, destaco o pao uso deste e estimulando sua ocupação em lacete Bento Carlos como passível de interdiferentes horas do dia. venção, associando e liberando seu jardim, Com enfoque nas apropriações vinculadas atualmente fechado, à área projetual. ao conteúdo programático, setorizo também Indicada às relevâncias dos arredores, redias ambiências do espaço público em três direciono o enfoque para as áreas de projeto, ferentes níveis: estar recreativo, associado à com as intenções de apropriação para cada área norte, estar contemplativo e de fruição, região. associado à área sul. Refletindo sobre o conteúdo programático, No estar recreativo, associado ao edifício de e a deficiência de alguns equipamentos culexposições, imagina-se atividades de maior turais à área, proponho a criação de quatro interação com o meio, com apropriações das edifícios: uma expansão da atual biblioteca empenas cegas do entorno. No estar contemmunicipal, uma midiateca, uma academia de plativo, um espaço de relaxamento, associadança e a transposição da exposição do Saldo à biblioteca e à midiateca. Já no estar de vador Dalí, atualmente em um edifício pouco fruição, o percurso esbarra em uma área de apropriado, a um novo edifício de exposições. palco, que outrora torna-se estar. Apesar de categorizados em quatro edifícios, Diagramado as zonas de interesses, parte-se Feita a análise do contexto urbano, inicio o projeto pontuando outros locais de relevância no entorno imediato, como edifícios de interesse histórico e/ou simbólico na paisagem da cidade.
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museu da ciência exposição Salvador Dalí
palacete Conde do
fórum
Pinhal
catedral São Carlos
palacete Bento Carlos
biblioteca municipal
mercado municipal
pinacoteca
1. LEITURA DO ENTORNO
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exposição
Salvador Dalí acesso convidativo à entrada
estar recreativo
uso do jardim do
estar contemplativo
palacete Bento Carlos midiateca
expansão da
biblioteca municipal
estar de fruição acadêmia de dança
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2. INTERESSES espaços públicos equipamentos
3. FIXOS E FLUXOS fluxos espaços públicos equipamentos e espaços públicos sobrepostos equipamentos
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redireciono para as diretrizes projetuais. A começar do terreno íngreme e seccionado por muros de arrimo existentes, proponho um percurso fluído pela área, a partir da reorganização dos patamares e da criação de Desta forma, mapeia-se regiões a serem edirampas e escadas que ora são acessos, ora ficadas, áreas livres e espaços em que estes são estares. dois pontos se sobreponham, tencionando Feita as alterações nos solo, parte-se para o porosidades e possíveis articulações. desenho e posicionamento dos edifícios no Neste sentido, debruço sobre as conjunturas terreno, ressaltando os pontos anteriormenentre o equipamento que outrora se desdote citados. bra em espaço público, esboçando situações Após isso, define-se projetos que traduzam os de interesse nestas conexões. estares indicados previamente. Neste sentiPontuada as questões gerais relevantes, me do, na área norte, o estar recreativo ganha um para os fixos e fluxos do projeto. Com a intenção deste ser um espaço público em sua totalidade, o ir e vir irrestrito torna-se o eixo norteador da proposta.
NENHUM INTERESSE
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MENOR INTERESSE
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cinema ao ar livre e uma parede de escalada, para a área de intervenção, e o palacete Bento Carlos para a praça subjacente à de projeto. associadas às empenas cegas do entorno. Desta forma, usa-se a palmeira como instruNa área sul, o estar contemplativo é projemento de marcação, devido sua verticalidade ta- do com um rebaixamento do piso, com oponente. uma área arborizada e gramada convidativa ao estar prolongado. Já o estar de fruição, Ademais a isto, constrói-se um percurso da rece- be um deck associado a um pergolado, água nas áreas, trabalhando com um pafuncionando como palco em dias de apresen- râmetro de similaridade para construir as tação, ou área de estar sombreada para quem identidades dos locais como conjunto. Desta forma, a água que na área norte articula-se estiver de passagem. ao cinema criando uma película refletora, Além das arborizações projetadas, é de inna área sul estimula sensações, seja com a teresse do presente trabalho, a marcação de cascata que produz ruídos que induzem o visuais, como a vista do museu da ciência (e relaxamento no estar contemplativo, seja nos consequentemente da praça Coronel Sales) MAIOR INTERESSE
espaços públicos
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o meio, propõe-se que a a intervenção, localizada no centro histórico e urbano de São Neste sentido, esta mesma água reaparece Carlos, se ajuste ao entorno, composto pelos no córrego do Gregório, pontuado os três diádiversos estratos temporais de construção logos da água com o transeunte. da cidade. Desta forma, sugere-se o uso do Ainda sobre as camadas de articulação com aço para a construção dos edifícios, elemento sprinters vinculados ao estar de fruição.
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que além de marcar o conjunto de intervenção como componente único, possui como característica a leveza visual, dado o uso de perfis esbeltos se comparado ao concreto, por exemplo.
Sendo assim, refletindo sobre a porosidade e funcionalização do centro de São Carlos, a seguinte intervenção conjuga o espaço físico ao espaço público, rearticulando equipamentos anteriormente desconexos em um percurso interessante ao estar.
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espaço de exposições
(abriga a exposição permanente do Salvador Dalí)
exposição de esculturas
parede para escalada
arquibancada
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cinema a céu aberto
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estudo/concentração/relaxamento
midiateca
(acesso pelo jardim do palacete)
bares/restaurantes
(acesso pela Rua Dona Alexandrina)
anexo biblioteca
alimentação
palco / estar
academia de dança
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BIBLIOGRAFIA 56
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http://www.archdaily.com.br/br/626025/praca-das-artes-brasil-arquitetura http://www.archdaily.com.br/br/01-150311/outras-acoes-na-cidade-praca-das-artes http://concursosdeprojeto.org/2012/03/19/requalificacao-de-largos-no-pelourinho-1o-lugar/ http://www.saocarlos.sp.gov.br/index.php/historia-da-cidade/115269-historia-de-sao-carlos.html http://www.saocarlos.sp.gov.br/index.php/habitacao-morar/154835-mapas-loteamentos-cidade-distritos.html
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