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O Golpe Regina Brito
rEgina brito
Imaginem um altivo presidente de uma próspera empresa chegar cabisbaixo a uma reunião de sua diretoria e anunciar que desistiria do cargo, dizendo sentir-se um inútil, ao ponto de querer viver num asilo.
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Pasmem! Um homem dinâmico, amigo, leal, deixar-se dominar por uma vice-presidente que desejava ocupar o seu cargo, vampirizando-o dia e noite em estudados colóquios pelo telefone celular.
Sentada à sua direita, Lorena Olívia era uma mulher de estatura longilínea, cativante, criativa e prepotente.
Detinha controle sobre todos e sobre tudo. Como era uma grande articuladora, nunca pensou que um dia a casa iria cair. Mas surpresas acontecem...
Naquele dia inesquecível, a assembleia reunida a destituiu do cargo e a demitiu.
Como a intriga era a sua marca, tomou a palavra e alegou que estava sendo perseguida pelos novos sócios e que nunca tivera reconhecimento pelos serviços prestados à empresa. Os associados entreolharam-se em acordo e a diretora jurídica ditou para a primeira secretária a carta de demissão. Lorena fora defenestrada da empresa.
Choque total!
Alegou ela ter sido vítima de um golpe! Saiu xingando, batendo portas e fazendo ameaças.
Ao final de tudo, o presidente, aliviado, assinou o documento e sentiu-se fortalecido pela resolução daquela assembleia de seus grandes amigos.
E foram felizes.