CENTRO DE PARTO NORMAL THALINE MAIKA SOUSA SANTOS 2017
THALINE MAIKA SOUSA SANTOS
CENTRO DE PARTO NORMAL (CPN)
Projeto de pesquisa apresentado como requisito parcial para aprovação do Trabalho Final de Graduação sob orientação da Ms. Alexandra Marinelli no curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Moura Lacerda.
Ribeirão Preto 2017
CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA
CENTRO DE PARTO NORMAL (CPN) PARA A CIDADE DE MORRO AGUDO-SP
Projeto de pesquisa apresentado como requisito parcial para aprovação do Trabalho Final de Graduação sob orientação da Ma. Alexandra Marinelli no curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Moura Lacerda. Orientador (a): _________________________________________________ Nome: _________________________________________________
Examinador (a) 1: _________________________________________________ Nome: _________________________________________________
Examinador (a) 2: _________________________________________________ Nome: _________________________________________________
THALINE MAIKA SOUSA SANTOS Ribeirão Preto 2017
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DEDICO à minha família com todo meu carinho.
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AGRADEÇO, primeiramente a Deus, que me manteve firme e forte para superar cada dificuldade encontrada pelo caminho. A todos os amigos, pelas experiências positivas, pela dedicação e pelo afeto compartilhado ao longo de desses anos, em especial meus companheiros de grupo, Guilherme, Kamille, Leticia, Murillo, Renê e Vitor. À minha orientadora Ma. Alexandra Marinelli, pela paciência, competência e dedicação com que conduziu este trabalho, de forma compassiva e serena, transmitindo-me seus conhecimentos, permitindo a mim, a conclusão deste trabalho. À inspetora Aparecida do Carmo Fernandes, pela cumplicidade, carinho e suporte no tempo que lhe coube, pelo incentivo creditado a mim. A toda a minha família por seu amor, apoio e compreensão; em especial minha irmã Thais que nunca mediu esforços para me acompanhar e me encorajar em persistir no eu acreditava, pelo apoio incondicional em todas as decisões. Agradeço ainda à minha mãe pelo exemplo de força e coragem que é para mim, e no qual procuro me espelhar. E a todos que direta ou indiretamente contribuíram para minha formação meu muito obrigada.
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RESUMO O tema do trabalho final de graduação em Arquitetura e Urbanismo é humanização do espaço em Centros de Parto Normal (CPN). O projeto está vinculado ao Hospital São Marcos, situado na cidade de Morro Agudo/SP. A problemática da pesquisa consiste na discussão em torno de como o projeto de arquitetura interfere não somente no espaço, mas também nas sensações positivas que podem despertar ao indivíduo, sendo um fator que influencia em seu comportamento e em seu modo de vida. O objetivo geral da pesquisa é elaborar um projeto de arquitetura assistencial da saúde focado no atendimento gestacional e no parto humanizado, buscando atender as necessidades e expectativas das gestantes e de acompanhantes em relação as etapas que serão vivenciadas, através de assistências em torno do pré-natal, do parto e do pós-parto, proporcionando um atendimento humanizado em todo o processo. Para isso, é necessário o entendimento de que o parto humanizado, não ocorre apenas no momento do parto, mas em todo o acompanhamento gestacional, passando por psicólogos, nutricionistas, obstetras, ginecologistas, aulas práticas e expositivas com diversas abordagens, exercícios, relaxamento, entre outras necessidades que vão além do que se oferecido dentro de outros ambientes de saúde. Os CPNs são ambientes intermediários entre a casa da gestante e o hospital, porém que apresentam recursos necessários para o atendimento de partos normais de baixo risco, onde a política do parto é vista como um processo natural que faz parte da vida do ser humano. A escassez de projetos específicos faz parte da presente realidade, entretanto encontramos vários hospitais e maternidades que adaptaram algumas unidades de leitos destinados ao parto com intervenções em quartos de PPPs, porém, mantêm os mesmos procedimentos hospitalares, todavia o CPN está dentro de um hospital, mas atende com as ideias de um Centro de Parto Normal, mas conta com toda infraestrutura de um hospital, trazendo mais segurança à mãe, tornando uma cobertura mais eficiente. Com a finalização da pesquisa/ projeto, busca-se suprir as necessidades das gestantes com os ambientes elaborados especificamente para este atendimento, buscando melhorar a contribuição que a arquitetura pode trazer para um atendimento mais humano. Palavras-chave: Parto. Parto Normal. Humanização.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Simbologia do HumanizaSUS, mais conhecido como Política Nacional de Humanização (PNH). - Disponível em: < http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/sas/humanizasus>........................27 Figura 2 – Simbologia da Rede Cegonha – Disponível em:<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/rede_cegonha.pdf>. ......................................................................................................................................................................................28 Figura 3 - Hospital São Marcos de Morro Agudo – Fonte: Thaline Maika Sousa Santos...............................................29 Figura 4 - Imagem da fachada principal do edifício (Foto de Nelson Garrido – http://archdaily.com.br).........................38 Figura 5 – Planta Térreo - (http://archdaily.com.br)..........................................................................................................39 Figura 6 – Planta pav. superior - (http://archdaily.com.br)............................................................................................40 Figura 7 – Imagens do Edificioque monstram soluçoes externas e internas (Foto de Nelson Garrido – http://archdaily. com.br............................................................................................................................................................................41 Figura 8 – Imagens do Edificioque monstram soluçoes externas e internas (Foto de Nelson Garrido – http://archdaily. com.br...........................................................................................................................................................................42 Figura 9 – Fachada Principal (Foto de Carles Muro + Charmaine Lay - http://archdaily.com.br) ....................................... ......................................................................................................................................................................................43 Figura 10 e 11 - Planta do pav. térreo e pav. Inferior(http://archdaily.com......................................................................44 Figura 12 – Cortes do edifício – (http://archdaily.com.br) ...............................................................................................45 Figura 13 – Conjunto de imagens internas e externas do edifício (Foto de Carles Muro + Charmaine Lay - http://archdaily.com.br) .................................................................................................................................................................46 Figura 14 – Fachada principal do Edifício Corujas – (Foto de Rafaela Netto - http://archdaily.com.br) ............................. ......................................................................................................................................................................................47 Figura 15 – Pav. Térreo – (http://archdaily.com.br).........................................................................................................49 Figura 16 – Corte Longitudinal - (http://archdaily.com.br) .............................................................................................50 .Figura 18 – Diagrama de Setorização - (http://archdaily.com.br) ................................................................................51 Figura 19 – Diagrama de Conforto Ambiental - (http://archdaily.com.br) ......................................................................51 Figura 20 – Conjunto de imagens internas e externas do edificio - (Foto de Rafaela Netto - http://archdaily.com.br) ...... ......................................................................................................................................................................................52 Figura 21 – Mapa de com a delimitação de Morro Agudo e suas regiões no entorno (Google Maps) .........................54 Figura 22 - Mapa de cidades vizinhas a Morro Agudo (Google Earth – Esquematização autoral) ................................55 Figura 23– Mapa de situação da área do terreno (Esquematização autoral) ................................................................56 Figura 24– Mapa de Hierarquia Viária (Google Maps – Esquematização autoral) .........................................................57 Figura 25 – Mapa de Uso do Solo (esquematização autoral) ........................................................................................58 Figura 26 – Mapa de Gabarito (Esquematização autoral) .............................................................................................59
Figura 27 – Mapa de Equipamentos Urbano ................................................................................................................60 Figura 28– Terreno.........................................................................................................................................................61 Figura 29 - CORTE AA ..................................................................................................................................................61 Figura 30- CORTE BB ...................................................................................................................................................61 Figura 31,32,34,35 e 36 - Entorno da área de estudo (Google Maps)...........................................................................62 Figura 33 – Área de estudo (Google Maps)....................................................................................................................62 Figura 37,38,39 e 40 - Imagens da área de intervenção com seu entorno - Fonte: Thaline Maika Sousa Santos....................63 Figura 41 – Setorização Hospital – Pavimento térreo e nível ingerior ( Esquematização Autoral)....................................64 Figura 42,43,44 e 45 – Acessos da fachada principal do Hospital São Marcos, Centro Ambulatorial, radiologia e acesso de ambulância - Fonte: Thaline Maika Sousa Santos ................................................................................................64 e 65 Figura 46– Programa de Necessidades ................................................................................................................52 e 53 Figura 47 - Estudo de insolação nas fachadas usando a carta solar – (Esquematização autoral) ....................................
LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Gráfico de cesarianas no Brasil da pesquisa ‘Nascer no Brasil’ (Fundação Oswaldo Cruz) Disponível em : <http://www.ensp.fiocruz.br/portalensp/infome/site/arquivos/anexos/nascerweb.pdf.....................................................21 Gráfico 2 -Gráfico com índice de cesarianas no pais. (Portal da Saúde – Ministério da Saúde) .…..............................22 Gráfico 3– Gráfico de tipos de partos e suas respectivas porcentagens – Disponível em:< http://www.relatoriosdinamicos.com.br/portalodm/5-melhorar-a-saude-das-gestantes/BRA003035359/morro -agudo ---sp>............................................................................................................................................................................29 Gráfico 4– Gráfico de número de consultas de pré-natais – Disponível em: http://www.relatoriosdinamicos.com.br/portalodm/5-melhorar-a-saude-das-gestantes/BRA003035359/morro-agudo---p>.............................................................................................................................................................................29 LISTA DE ANEXOS Anexos 01......................................................................................................................................................................74
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
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1. PARTO
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1.1 PARTO.......................................19 1.2 PARTO HUMANIZADO ............22
6. ESTUDO PRELIMINAR
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6.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES.. .......................................................67 6.2 CONFORTO AMBIENTAL ........68
2.SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
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2.1 MOVIMENTOS DE APOIO..........26 2.2 SUS EM MORRO AGUDO.........28
3.HUMANIZAÇÃO DO AMBIENTE PARA A SAÚDE
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MEMORIAL DESCRITIVO/ JUSTIFICATIVO........................69
7. PROJETO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................74 Anexos 01..........................................................76
4.PROJETOS DE REFERÊNCIA 36 4.1 REFERÊNCIAS INTERNACIONAIS. .......................................................38 4.2 REFERÊNCIA NACIONAL..........47
5. LEVANTAMENTO ENTORNO 53 5.1 MORRO AGUDO........................54 5.2 ACESSOS E INFRAESTRUTURA..55 5.3 LEITURA ENTORNO...................56 5.4 LEVANTAMENTO DA ÁREA DE ESTUDO....................................61 5.5 SETORIZAÇÃO DO HOSPITAL...64
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INTRODUÇÃO
O assunto da presente pesquisa é Equipamento Público, inserido na área de projeto de arquitetura, sendo este trabalho requisito para conclusão do curso de arquitetura e urbanismo, que tem como tema Centro de Parto Normal, com ênfase no ambiente e no atendimento humanizado, para a cidade de Morro Agudo - SP. O tema escolhido se deu pelo interesse profissional de trabalhar com projetos voltados a área da saúde. De maneira geral, a discussão de como o projeto de arquitetura interfere não somente no espaço, mas também no conforto que o mesmo proporciona ao utente¹ é cada vez mais comum, sendo este um fator que influencia diretamente em seu comportamento e em seu estilo de vida. Esta
a humanização não está presente somente no parto, mas no processo como um todo. De forma generalizada, para se realizar um parto no centro, a mãe e o bebê precisam estar em perfeito estado de saúde, será restrito a este tipo de ambiente, cesáreas ou partos de risco, uma vez que estas modalidades de parto necessitam de recursos encontrados apenas em uma unidade de saúde com maternidade, pensando numa solução mais viável, o Centro de Parto Normal será integrado ao Hospital São Marcos, tornado a unidade de saúde mais eficiente em caso de eventuais complicações, uma vez que, o Centro além de prestar serviços especializados, conta também com a infraestrutura e o suporte presente do Hospital, trazendo mais
discussão jamais teve a repercussão que existe atualmente, o cenário da saúde por sua vez, conta com movimentos de humanização dos atendimentos e de espaços dirigidos à área da saúde. Por pertencer a área da saúde, a pesquisa foca-se no atendimento gestacional e no parto humanizado, onde através de análises foi possível identificar e reconhecer necessidades e expectativas das gestantes e familiares em relação ao processo, aos acompanhamentos que envolvem o pré-natal, o parto humanizado e o pós-parto. O centro de parto normal é um estabelecimento assistencial da saúde (EAS), porém, não pode ser classificado como hospital, a definição mais correta seria um centro que trata o nascimento como algo fisiológico e não patológico, em outras palavras, algo
segurança aos procedimentos realizados. Estes centros muitas vezes são liderados por enfermeirasobstétricas, que conduzem o trabalho de parto, são profissionais capacitadas que estão aptas para identificar quaisquer alterações que ocorram durante o trabalho de parto, agindo conforme a necessidade que o procedimento exige. A discussão sobre ambientes e atendimentos humanizados é uma questão recente, porém são temas que vem ganhando espaço mais rapidamente, contendo uma gama de informações apresentadas em congressos, palestras e pesquisas. Trabalhando conjuntamente normas técnicas, projeto arquitetônico, psicologia e a relação entre funcionários e pacientes. A arquitetura vem como ferramenta que possibilita
natural e não cirúrgico ou hospitalar. O atendimento neste centro não é voltado apenas ao parto, mas a todo o acompanhamento gestacional, todavia,
um ambiente mais do que salubre, mas que também seja colaborativo no bem-estar e na recuperação dos pacientes, trabalhando de forma positiva na 15
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relação entre funcionários, pacientes e familiares. Os centros de partos normais, tem como finalidade resgatar a cultura do parto normal, estes ganham destaque com as novas leis que incentivam o parto natural no Brasil, na tentativa de suprimir a atual “epidemia” de cesarianas. Que nas últimas décadas apresenta um aumento alarmante no índice de partos cesáreos, o que garantiu ao Brasil, o título de recordista em cesarianas no mundo, em 2014 esse número chegou a 52% na rede pública, e de 88% na rede suplementar, no entanto a Organização Mundial da Saúde OMS preconiza apenas 15% desses partos, que deveriam ser adotados como procedimento necessário provenientes de risco na gestação, porém se tornou um procedimento de livre
dando a mulher o direito de definir seu plano de parto, informações do local onde será realizado, orientações e benefícios do parto normal, essas medidas visam o respeito no acolhimento e mais informações para o empoderamento da mulher no processo de decisão que ela tem direito. A melhoria da qualidade obstétrica passa, essencialmente, pela mudança no atendimento à mulher durante o parto. A estabilização das cesarianas também é consequência de uma série de medidas, como a implementação da Rede Cegonha, com investimento em 15 Centros de Parto Normal; da qualificação de maternidades de alto risco; e da maior presença de enfermeiras obstétricas na cena do parto entre outras, assim o parto deixa de ser tratado como
escolha; dentre está porcentagem, estão mulheres que manifestam o desejo pelo parto normal, mas que devido a desinformação acerca das vantagens do parto e a indução da sociedade, acabam por realizar partos cesáreos, que poderiam ser evitados, esta medicalização do nascimento, junto com as tecnologias, resultam no aumento na distância da cultura do nascimento. O Ministério da Saúde comemorou, que pela primeira vez, desde 2010, o número de cesarianas na rede pública e privada não cresceu no pais. Este procedimento apresentou uma queda de 1,5 pontos percentuais em 2015. Considerando apenas partos no Sistema Único de Saúde (SUS) a porcentagem de partos normais é de 59,8%, e de 40,2% de cesarianas. Para 2016, a tendência de estabilização se mantem
um conjunto de técnicas, e sim como um momento fundamental na vida da mulher. Talvez essas diretrizes, possam ser o viés que faltava para criação de espaços com atendimento mais humano, no que diz respeito ao parto, e no protagonismo da mulher em cena. Segundo Carvalho; Soares (2015, p. 21) “ No trabalho de reversão destes dados, a arquitetura terá papel essencial, proporcionando condições ambientais necessárias ao sucesso da transição dos procedimentos do parto, constituindo –se em mais uma forma de incentivo ao parto normal nas unidades de saúde”. O objetivo da presente pesquisa consiste em projetar um Centro de Parto Normal integrado ao Hospital São Marcos de Morro Agudo, ligado ao Sistema Único de Saúde (SUS), onde o ambiente
no mesmo índice. O Ministério anunciou em 2017, diretrizes de assistência ao parto normal, servindo de consulta para profissionais de saúde e gestantes,
proposto consiga atender as necessidades e expectativas de parturientes desde a fase do préparto, parto e pós-parto. Assim como, inserir a
família em todas as etapas do acompanhamento da gestante, a fim de proporcionar a participação da mesma em todo processo que se remete ao parto, buscando também, um espaço com enfoque em melhorias qualitativas que se atribuem ao ambiente de nascer, contabilizando a arquitetura à humanização dos ambientes e dos atendimentos, de forma que o ambiente se torne colaborativo no bem-estar e na recuperação de pacientes. A metodologia adotada para viabilidade deste projeto, consiste em pesquisa descritiva, que envolve pesquisa bibliográfica, através de leitura de caráter teórico e leitura projetual, análise de projetos arquitetônicos ligados ao tema, levantamento topográfico e fotográfico. Será feito uma abordagem interdisciplinar, da percepção ambiental, assim como consulta de legislação pertinente tanto para saúde, quanta para a construção do Centro de Parto Normal. Através dos procedimentos metodológicos selecionados, busca-se estabelecer parâmetros para análise e projeto de um Centro de Parto Normal.
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1.PARTO
1.1 PARTO O parto sempre foi considerado um procedimento natural, realizado por meio de um grupo familiar, pela mulher ou por pessoas mais experientes que pudessem contribuir para o evento. No entanto, esta situação desencadeou um elevado índice de mortalidade materna, decorrente das mais diversas complicações. A partir do século XVIII na Europa, com a medicalização do parto, foi travado um embate entre médicos e parteiras, que devido a consolidação da medicina como ciência, os médicos que até então, pouco participavam dessas atividades, garantindo sua inserção no processo. O cenário do parto estava mudando, o parto deixou de ser realizado no interior de residências e passou a realizado em edifícios hospitalares. Com o passar do tempo, a medicalização do nascimento, junto com a tecnologia, aumentou a distância entre as culturas do nascimento. No Brasil, a prevalência do parto como um ato médico teve adoção inicialmente lenta. Apenas após a segunda metade do século XX se observa o aumento da procura por estabelecimentos hospitalares para a execução do parto. A partir dos anos 1970, no entanto, houve uma aceleração notável no processo, que coincidiu com a expansão na cobertura hospitalar pública, estruturada no atendimento por unidades conveniadas, gerenciada por empresas privadas e filantrópicas, e estabelecimentos estatais. Este modelo segue influências estatizantes, na Europa, e privatista, dos Estados Unidos, ambos com o predomínio do caráter curativo, centrado no médico, indústria farmacêutica e
de equipamentos de alta tecnologia. Carvalho; Soares (2015, p. 20).
O processo de nascimento gerou consequências particulares ao modelo, onde o mesmo passou a ser considerado como doença, adotando o meio cirúrgico como técnica preferencial. Segundo Coelho (2003, p.15), “ A opção por este tipo de parto cirúrgico deixou de ser baseada em necessidades provenientes de risco na gestação e passou a ser uma escolha, cujo os parâmetros não se justificam por questões clinicas e, sim, por conveniência, tanto de médicos como de parturientes”. De acordo com dados de 2015 do Ministério da Saúde: O parto normal é o procedimento mais procurado no SUS por usuárias de plano de saúde. Só no período de 2008 a 2012, 96.223 mulheres realizaram seus partos na rede pública. O dado é do mapeamento divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e pelo Ministério da Saúde sobre operações de ressarcimento financeiro realizas ao SUS pelas operadoras de planos de saúde. Segundo a legislação, quando usuários de planos de saúde utilizam a rede pública, as operadoras precisam reembolsar o SUS pelo serviço. De acordo com as mães, esse fenômeno tem acontecido em virtude da dificuldade das gestantes em encontrar médicos na rede suplementar dispostos a realizar um parto normal. Atualmente, no Brasil, 84% dos partos realizados na rede privada são cesarianas. No SUS esse índice é de aproximadamente 40% (Portal Brasil, 2015).
A pesquisa “Nascer no Brasil”, realizada entre 2011 e 2012 pela Fundação Oswaldo Cruz (BRASIL, 19
2014) e financiada pelo Ministério da Saúde, revela dados importantes na tentativa de compreender os motivos da alta incidência de partos cirúrgicos no Brasil. A pesquisa demonstrou que, 70% das mães entrevistadas desejavam um parto normal no início da gestação, desmitificando a visão de que há comodismo por parte de parturientes, o que evidencia falhas graves no processo de educação pré-natal e de preparo da equipe de saúde. Outro dado relevante é, que somente 15% dos partos foram assistidos por enfermeiras obstetras e obstetrizes, com mais frequência em regiões mais pobres, devido à ausência de médicos, em contrapartida, as regiões mais desenvolvidas possui um índice maior de medicalização. (BRASIL, 2014, p.3) Segundo esta mesma pesquisa, o Brasil é recordista no mundo em cesarianas, de 1990 a 2010 a proporção de cesarianas quadriplicou, passando 14,5 a 50%. Em 2015, a proporção de cesarianas foi de 52%, na rede suplementar esse número é ainda maior, chegando a 88%, quando é preconizado internacionalmente um máximo de 15% (ANS, 2015). Os gráficos a seguir, nos revelam o aumento de cesarianas ao longo de décadas, assim como também a porcentagem de tipos de parto: vaginal sem intervenção, vaginal com intervenção, cesariana com trabalho de parto e cesariana sem trabalho de parto. Observou-se também que apenas 5% dos partos vaginais, não sofreram intervenções, em contrapartida, 43,1% dos partos vaginais tiveram intervenções, em seguida, 17,7% de cesarianas tiveram trabalho de parto e 34,1% de cesarianas não tiveram trabalho de parto, portanto conclui-se que, as porcentagens de cesarianas poderiam ter 20
sido menores se de fato tivesse ocorrido o trabalho de parto, o que resultaria também no aumento do número de partos normais. O Ministério da Saúde divulgou em 2017, que pela primeira vez, desde 2010, o número de cesarianas na rede pública e privada não cresceu nopais. Esse procedimento, caiu 1,5 pontos percentuais em 2015. Dos 3 milhões de partos realizados, 55,5% foram cesáreas e 44,5% de partos normais. Em 2016 a tendência de estabilização se mantem com o mesmo índice de 55,5% (dado preliminar). Considerando apenas partos no Sistema Único de Saúde (SUS), a situação foi mais positiva, uma vez que, os partos normais corresponderam a 59,8%, contra 40,2% de cesarianas. O Ministério anunciou diretrizes de assistência ao parto normal, que servirá de consulta para os profissionais de saúde e gestantes. A partir de agora, toda mulher tem direito de definir o seu plano de parto que trará informações do local onde será realizado assim como orientações e benefícios do parto normal. Tais medidas visam o respeito no acolhimento e mais informações para o empoderamento da mulher no processo de decisão que a mesma tem direito. O parto deixa de ser um conjunto de técnicas, tornando-se, um momento fundamental entre mãe e filho. É a primeira vez que, o Ministério constrói um documento de incentivo ao parto normal, visando então, mudar a cultura de cesarianas desnecessárias, diminuindo os riscos de problemas respiratórios para o recém-nascido, como também o risco de morte materna e infantil.
As
novas
diretrizes
para
o
parto
normal
consistem, em reduzir as altas taxas de intervenções desnecessárias como: a episiotomia, sendo o corte no períneo; o uso de ocitocina, hormônio que acelera o parto; a cesariana, aspiração naso-faringeana no bebê, entre outras. Entre as novidades está Gráfico 1 - Gráfico de cesarianas no Brasil da pesquisa ‘Nascer no Brasil’ (Fundação Oswaldo Cruz) Disponível em:<http://www.ensp.fiocruz.br/portalensp/ infome/site/arquivos/anexos/nascerweb.pdf>. Acesso em: nov. 2016
também, a possibilidade de o parto ser realizado por enfermeira obstétrica e obstetriz, demonstrando 21
Gráfico 2 -Gráfico com índice de cesarianas no pais. (Portal da Saúde – Ministério da Saúde).
As novas diretrizes para o parto normal consistem, em reduzir as altas taxas de intervenções desnecessárias como: a episiotomia, sendo o corte no períneo; o uso de ocitocina, hormônio que acelera o parto; a cesariana, aspiração naso-faringeana no bebê, entre outras. Entre as novidades está também, a possibilidade de o parto ser realizado por enfermeira obstétrica e obstetriz, demonstrando que o envolvimento dessas profissionais reforça o cuidado humanizado. Assim como, a escolha da posição mais confortável para a hora do parto, a dieta livre (jejum não obrigatório), a presença de doulas, acompanhante, respeito pela a privacidade da família, métodos de alivio da dor como massagens e imersão em água, contato pele a pele da mãe com a criança logo após o nascimento, entre outros benefícios que não contribuem somente para o parto normal, mas sim, no parto normal humanizado. 22
1.2 PARTO HUMANIZADO
O processo de humanização pode ocorrer em diversas áreas, ela pode ser aplicada em: Ciências exatas, ciências humanas, ciências sociais, entre outras. Ela consiste em promover condições melhores e mais humanas, as pessoas que recorrem a um sistema ou serviço. A humanização na saúde implica um aperfeiçoamento na gestão dos sistemas de saúde e seus serviços, alterando o modo como usuários e trabalhadores da área da saúde interagem entre eles. A humanização na área da saúde tem como um dos seus principais objetivos oferecer um melhor atendimento dos beneficiários e melhores condições para os
trabalhadores. Humanizar a saúde também significa que as mentalidades dos indivíduos vão sofrer mudanças positivas, criando novos profissionais mais capacitados que melhoram o sistema de saúde. Humanizar o parto não significa fazer ou não o parto normal, realizar ou não procedimentos intervencionistas, mas sim tornar a mulher protagonista desse evento e não mera espectadora, respeitando o tempo do bebê e os desejos da mulher, dando-lhe liberdade de escolha nos processos decisórios. Portanto, o parto humanizado não é uma técnica de parto, não é o mesmo que parto domiciliar, e também não é o mesmo que o parto normal. Independente do local ou das intervenções, o parto pode ser humanizado. Assim como pode haver parto em casa ou parto natural que não é humanizado. Mantovanini (2015, p 27).
No entendimento de Basile (2004), humanizar consiste na possibilidade em estar atento as condições e necessidades do outro, em vista que, a base das atividades de profissionais da saúde é a relação humana. Humanizar representa um novo modo de ver a forma de “assistir”, incluindo as relações interpessoais com a mulher, com o recémnascido, com o acompanhante, com os colegas da equipe e com a instituição. A humanização do entendimento do parto e nascimento privilegia a utilização de toda a tecnologia e técnicas disponíveis, tornando os benefícios a serem obtidos maiores que os riscos a serem corridos. Entre as condutas humanizadas da assistência ao parto, estão: o banho, que traz benefícios porque favorece uma boa circulação, diminui o desconforto,
regula as contrações, promove relaxamento e diminui o tempo do trabalho de parto; a dieta livre é justificada pela necessidade de reposição de energia e hidratação, garantindo bem-estar materno-fetal; a deambulação, que abrevia o tempo de trabalho de parto, favorecendo a descida da apresentação; a massagem, que alivia pontos de tensão e promove relaxamento; o estímulo à micção espontânea que no trabalho de parto diminui a retenção urinária e o desconforto nas contrações e a respiração, que promove e restitui auto-controle e oxigenação materno-fetal, deverá ser espontânea durante as contrações, deverá ser estimulada a soprar lentamente para restabelecer a respiração normal. Uma respiração profunda após a contração deve ser estimulada para promover o relaxamento e re-oxigenação da placenta, o que promove uma diminuição do tempo no trabalho de parto. O suporte no trabalho de parto consiste na presença de uma pessoa que oferece conselhos, medidas de conforto físico e emocional, e outras formas de ajuda para a parturiente durante o trabalho de parto, conforme Bruggermann et al. (2005): A OMS recomenda o respeito à escolha da mulher sobre seus acompanhantes durante o trabalho do parto. A parturiente deve ser acompanhada por pessoas em que confia e com quem se sinta à vontade. Na literatura, o conceito de acompanhante tem sido utilizado para descrever o suporte por diferentes pessoas que possuem características muito distintas, de acordo com o contexto assistencial envolvido, podendo ser profissionais (enfermeira, parteira), companheiro/familiar ou amiga da parturiente, doula a mulher leiga designada para tal função.
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O papel da doula no cenário do pré-parto, parto e pós-parto segundo Mantovanini (2015): A palavra “doula” vem do grego “mulher que serve”. Atualmente, aplica-se às mulheres que dão suporte físico e emocional e outras mulheres antes, durante e após o parto. Antigamente a parturiente era acompanhada durante todo o parto por mulheres mais experientes, suas mães, irmãs mais velhas, vizinhas, geralmente mulheres que já tinham filhos e já haviam passado por aquilo. Depois do parto, durante as primeiras semanas de vida do bebê, estavam sempre na casa da mulher parida, cuidando dos afazeres domésticos, cozinhando ajudando a cuidar das outras crianças. Conforme o parto foi passando para a esfera médica e nossas famílias foram ficando cada vez menores, fomos perdendo o contato com as mulheres mais experientes. Dentro de hospitais maternidades, a assistência passou para as mãos de uma equipe especializada: o médico obstetra, a enfermeira obstétrica, a auxiliar de enfermagem, o pediatra. Cada um com sua função bastante definida no cenário do parto.
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2. SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
O SUS - Sistema Único de saúde foi criado pela Constituição Federal Brasileira em 1988, ele consiste no sistema de saúde pública vigente atualmente no Brasil. A ele compete a tarefa de promover, proteger e recuperar a saúde de seus usuários. Sua política garante o acesso integral, universal a toda população do país Baseado nos preceitos constitucionais a construção do SUS é norteada pelos seguintes princípios doutrinários: a universalidade, que garante a todo cidadão a atenção à saúde; a equidade, onde são asseguradas ações e serviços sem privilégios e barreiras; e por último, a integralidade, que é a capacidade de prestar assistência integral nas unidades prestadoras de serviços. Os princípios que regem a organização do SUS resumem-se em regionalização e hierarquização, onde estes serviços devem ser organizados de acordo com os níveis crescentes de complexidade, delimitados a uma determinada área geográfica, identificadosa partir de históricos epidemiológicos, assim como definição e conhecimento dos problemas da população a ser atendida; a descentralização entende que, descentralizar é redistribuir poder e responsabilidade em três níveis de governo: federal, estadual e municipal; cabendo ao município a maior responsabilidade das ações de saúde voltadas a seus cidadãos; onde a mesma deve participar assiduamentede discussões voltadas ao sistema, contudo isto só é possível através da criação de Conselhos e Conferências de Saúde, tendo em vista formular estratégias, controlar e avaliar a execução de política de saúde. 26
Os investimentos e o custeio do SUS são feitos com recursos das três esferas de governo já citadas. Seu financiamento vem de recursos da Seguridade Social acrescidos de outros recursos da União, constantes da Lei de Diretrizes Orçamentais, aprovadas anualmente no Congresso Nacional. Todos estes recursos juntamente irão constituir o Fundo Nacional de Saúde que será administrado pelo Ministério da Saúde, o mesmo é controlado e fiscalizado pelo Conselho Nacional de Saúde. Visando à operacionalização da Atenção Básica, definem-se como áreas estratégicas para a atuação em todo o território nacional a eliminação da hanseníase, o controle da tuberculose, o controle da hipertensão arterial, o controle do diabetes mellitus, a eliminação da desnutrição infantil, a saúde da criança, a saúde da mulher, a saúde do idoso, a saúde bucal e a promoção da saúde. Outras áreas serão definidas regionalmente de acordo com prioridades e pactuações definidas na CIBs. (BRASIL, 2006) 2.1 MOVIMENTOS DE APOIO Após 15 anos de implementação do SUS, surge em 2003 o Humaniza SUS, mais conhecido como Política Nacional de Humanização (PNH) que busca validar os princípios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde, qualificando a saúde pública como um todo. Com a PNH, as ações de humanização puderam ser aplicadas às demais instâncias da saúde, através de mudanças no modo de gerir e cuidar, dos modelos de atenção e gestão da saúde. A PNH entende a humanização como valorização dos diferentes sujeitos – usuários, trabalhadores e gestores – implicados no processo
de produção da saúde. Onde valorizar os sujeitos é proporcionar autonomia, de forma individual, coletiva e compartilhada, tendo a capacidade de transformar a realidade em que vivem, estabelecendo vínculos solidários e participação coletiva no processo de gestão e produção da saúde, construindo um SUS mais humano através da participação de todos e comprometido com a qualidade de seus serviços.
– Contagiar trabalhadores, gestores e usuários do SUS com os princípios e as diretrizes de humanização; – Fortalecer existentes;
iniciativas
de
humanização
– Desenvolver tecnologias relacionadas e de compartilhamento das práticas de gestão e de atenção; – Aprimorar, ofertar e divulgar estratégicas e metodologias de apoio a mudanças sustentáveis dos modelos de atenção e gestão; –Implementar processos de acompanhamento e avaliação, ressaltando saberes gerados no SUS e experiências coletivas bem-sucedidas.
Figura 1 - Simbologia do HumanizaSUS, mais conhecido como Política Nacional de Humanização (PNH). - Disponível em: < http://portalsaude.saude.gov.br/ index.php/o-ministerio/principal/secretarias/sas/humanizasus>.
O Humaniza SUS conta com diretrizes bem definidas, onde uma garante a defesa dos direitos do usuário, sendo estes direitos garantidos por lei, incentivando o conhecimento dos mesmos por estes usuários, a fim de assegurar o cumprimento desses direitos; e outros dos trabalhadores, incluindo-os na tomada de decisões, apostando na capacidade de analisar, definir e qualificar os processos de trabalho. A Política Nacional de Humanização tem como objetivos:
Dentre os movimentos atuais que incentivam o parto normal além do Humaniza SUS, temos também a Rede Cegonha que consiste numa estratégia do Ministério da Saúde, que visa implementar uma rede de cuidados às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, o parto e ao puerpério, bem como assegurar o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis. Que tem entre seus objetivos: novo modelo de atenção ao parto, nascimento e saúde da criança; rede de atenção que garante acesso, acolhimento e resolutividade; e redução da mortalidade materno e neonatal. Outro objetivo importante, é o reforço da rede hospitalar convencional para gestantes e bebês, com o oferecimento de atendimento especializado e humanizado e a garantia de vagas para parturientes e recém-nascidos nas unidades de saúde. 27
O programa prevê o fortalecimento da rede hospitalar obstétrica de alto risco, ampliação progressiva da quantidade de leitos do SUS e qualificação dos profissionais de saúde, assim como estabelecer uma série de valores para incentivos financeiros de investimento e custeio para incentivar a construção de CPN, em conformidade com o componente Parto e Nascimento da Rede Cegonha (BRASIL, 2015).
densidade populacional. A Rede Cegonha divide-se nos seguintes componentes: I – Pré-natal; II – Parto e nascimento; III – Puerpério e atenção integral à saúde da criança; e IV – Sistema logístico (transporte sanitário e regulação). 2.2 SUS EM MORRO AGUDO Partos normais representam 59,8% dos partos realizados pelo SUS no Brasil, em Morro Agudo, de acordo com dados do DATASUS, 91% dos partos são cesáreas, e apenas 9% são partos normais. Os partos realizados pelo SUS em Morro Agudo, acontecem no Hospital São Marcos, o único hospital geral da cidade, o mesmo disponibiliza apenas 5 leitos destinados ao atendimento obstétrico – cirúrgico, porém a demanda é maior e de acordo com essa necessidade, o hospital segue em tramitação com projeto de ampliação da ala da maternidade junto ao Setor de Obras Públicas e a Vigilância Sanitária.
Figura 2 – Simbologia da Rede Cegonha – Disponível em:<http://bvsms.saude. gov.br/bvs/folder/rede_cegonha.pdf>.
Esta estratégia tem a finalidade de estruturar e organizar a atenção a saúde materno-infantil no País e será implantada, gradativamente, em todo o território nacional, iniciando sua implantação respeitando o critério epidemiológico, taxa de mortalidade infantil e razão mortalidade materna e 28
Segundo dados do IBGE de 2014, Morro Agudo registrou um total de 400 nascimentos, complementando essas informações, o Ministério da Saúde divulgou a proporção de nascidos vivos de mães com 7 ou mais consultas pré-natal, com o total de 87,7% (maior que meta pactuada de 79% pelo governo), considerando satisfatório o número de consultas de pré-natais, onde representa que gestantes são bem assistidas pelo SUS, porém o
Gráfico 3– Gráfico de tipo de partos e suas respectivas porcentagens – Disponível em:< http://www.relatoriosdinamicos.com.br/portalodm/5-melhorar-a-saude-dasgestantes/BRA003035359/morro-agudo---sp>.
Gráfico 4– Gráfico de número de consultas de pré-natais – Disponível em:
< http://www.relatoriosdinamicos.com.br/portalodm/5-melhorar-a-saude-das-gestantes/BRA003035359/morro-agudo---sp>.
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Figura 3 - Hospital São Marcos de Morro Agudo – Fonte: Thaline Maika Sousa Santos.
número de cesáreas que são realizadas na cidade é muito maior do que a média nacional de 40,2% e a média de 15% que a OMS preconiza, portanto, conclui-se que esta alta porcentagem está atribuída a falta de informações pertinentes dos benefícios e vantagens do parto normal, resultando numa maior medicalização do parto, ao invés do resgate da cultura do parto natural como acontecimento fisiológico na vida da mulher. O Centro de Parto Normal com as assistências e os atendimentos previstas pelo programa de necessidades, deve agir de forma a auxiliar as gestantes sobre a importância dos acompanhamentos de pré-natal, a preparação para 30
o parto, e também o pós-parto, o último, é o período após o parto, não mais importantes que as outras fases, mas que exige um cuidado especial, pois é o momento em que ocorrem intensas modificações físicas e psicológicas nas mulheres em um curto espaço de tempo, tal momento pode contribuir para o aumento da insegurança da mãe em relação aos cuidados necessários para garantir a saúde do bebê e até mesmo a própria nesta fase inicial da maternidade. O diferencial do edifício aqui proposto é o oferecimento de suporte físico e emocional para as pacientes que se tornaram mães recentemente, assim como orientações e informações sobre os
cuidados com ela e com o recém-nascido. Não se é descartado que algumas delas encontrem alguma dificuldade nesta nova fase de transição, afinal cada mulher reage à maternidade de forma distinta, podem surgir muitas dúvidas, medos e incertezas, que se trabalhados de forma positiva, gera benefícios satisfatório na qualidade de vida dessas pacientes. O princípio deste projeto é o resgate e fortalecimento da cultura do parto como algo natural que faz parte do ciclo da vida, onde o ambiente foi pensado de forma a atender as necessidades e anseios de seus usuários, proporcionando o conforto, a segurança e a tranquilidade que o momento exige, tornando-o único, dando a devida assistência à saúde da mulher e do bebê. Neste ambiente será ministrada aulas, cursos e palestras, preparando a mulher para cada etapa gestacional, assim como a inserção da família em cada uma delas. O objeto será acessível a toda população urbana e rural de Morro Agudo.
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PARA SAÚDE
3.HUMANIZAÇÃO DO AMBIENTE
A humanização é um termo cada vez mais presente na área da saúde. Por sua vez, trata-se do espaço que exerce influência sobre o ser humano; o que determina se o espaço é humanizado, é a ligação estabelecida com o seu usuário.
levadas em conta quando quatro aspectos são obedecidos: sinalização, conforto físico, possibilidade de regular o contato social e cuidado com significados transmitidos pelo
Os estabelecimentos assistências de saúde, tem necessidade de serem adaptáveis e flexíveis devido as constantes transformações envolvida a estes espaços, e incorporar ao conceito de humanização é um desafio que cabe a arquitetura, pois é ela quem pode humanizar os espaços, no entanto, considera-se um bom projeto, aquele que atende as necessidades de seus usuários, onde foi possível compatibilizar a arquitetura e a medicina, a partir da perspectiva do olhar do paciente, Ciaco (2010, p. 27): enfatiza que : “ [...] a arquitetura voltada para os espaços assistenciais de saúde é uma arquitetura pensada e feita para o ser humano talvez em sua condição de maior sensibilidade. CARPMAN complementa que;
Para tornar os ambientes mais humanos, deve-se ter uma atenção especial e diferenciada aos diversos utentes envolvidos no processo da
De acordo com Carpman, Grant e Simmons (1986 apud MEDEIROS; LUCIANA DE, 2004, p 44), um projeto humanístico de arquitetura deve contemplar o ponto de vista de pacientes e visitantes. Para alcançar esse fim, arquitetos e demais planejadores devem considerar a interação das pessoas com seus ambientes e consequentemente, o estado emocional e psicológico em que se encontram os pacientes ao serem submetidos a algum procedimento e ao entrarem em contato com a diversidade/quantidade de aparatos e pessoas presentes no local. Segundo os autores, as necessidades dos pacientes e visitantes são
ambiente.
assistência perinatal, e também, estar atento ao contexto histórico aplicado ao ambiente de nascer. Bitencourt (2008, p. 15) pontua que; Além dos aspectos e das circunstâncias que mobilizam a medicina e a enfermagem, através dos profissionais da área da saúde e dos familiares, nos procedimentos de atenção ao parto e ao nascimento, a arquitetura e as condições físicas do ambiente, disponibilizadas para o evento, sempre tiveram significativa relevância na compreensão histórica do processo e na pesquisa pela melhor condição de conforto, de segurança e de bem-estar para a parturiente.
O espaço de nascer deve atender a expectativa de um ambiente não-estressante, onde o mesmo proporciona ao evento do parto a devida tranquilidade; segundo Bitencourt (2008, p. 33): O edifício destinado às atividades de atenção ao parto e ao nascimento deve comtemplar e dispor de características arquitetônicas que, embora tenham a responsabilidade intrínseca ao serviço e a complexidade dos procedimentos médicos e de enfermagem, ofereça a conformação de um ambiente o mais próximo possível da atenção as necessidades
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especificas e próprias da sensibilidade da mulher/gestante.
A prática de humanização de espaços não deve ser confundida com ambientes de luxo, mas sim de qualidade, que são obtidos através de vários fatores que estão atribuídos à iluminação, ventilação, utilização correta de cores, mobiliário adequado às necessidades de parturientes, sendo o que garante a qualificação desse espaço, é o conjunto como um todo, que emprega a este espaço sensações de bem-estar, tranquilidade, segurança, acolhimento e confiabilidade aos procedimentos, e promova também sensação de ambiente familiar. Para se humanizar é necessário também entender o conceito de ser humano; de acordo com Vasconcelos (2004, p.23). É preciso ter consciência de que a pessoas que utiliza o espaço é a peça fundamental na definição de como deve ser o ambiente. É conhecendo as necessidades e expectativas do usuário que será possível proporcionar-lhe um ambiente capaz de supri-las e superá-las, tornando-o mais próximo de sua natureza, de seus sentimentos, pensamentos e valores pessoais.
Os aspectos envolvidos na humanização dos espaços, têm relação muito próxima com a área do design de interiores, assim como, o uso da cor, de revestimentos, texturas, mobiliários, iluminação, integração com o exterior e também o uso de vegetação onde for possível. Entretanto, envolve principalmente a psicologia ambiental, que consiste na forma de como o usuário desse espaço percebe
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cada um de seus elementos, e de que forma cada um desses elementos os influenciará, refletindo em seu comportamento e nas suas atitudes. A ambiência arquitetônica é o resultado da criação da diversidade de elementos em um espaço, portanto, esses elementos tratam-se de atributos de humanização que agregam valor pessoal ao espaço físico. A interação social dos usuários deve um fator determinante na organização espacial, onde é possível trabalhar a integração de espaços internos e externos, através da promoção de espaços contemplativos de convivência, de permanência ou deambulação, Sendo confortável, aconchegante, com a mobília organizada de forma a promover a interação social e flexível de forma a possibilitar o rearranjo para grupos menores, o ambiente pode aumentar a interação entre pacientesvisitantes e pacientes-pacientes aumentando o suporte social (VASCONCELOS, 2004, p. 39).
A presença de área verdes e jardins dentro do ambiente assistencial de saúde, ou o contato com o espaço externo direto ou indireto, gera um contato visual, que traz ao paciente uma distração positiva, uma vez que, os elementos presentes nesta relação causam sentimentos bons, despertando a atenção e o interesse dos pacientes, resultando numa diminuição ou até mesmo o bloqueio de pensamentos ruins. Essa integração do espaço interior com o exterior é essencial para o ambiente de saúde, devido à natureza possuir uma variada fonte de estímulos, que em contato com os pacientes
proporciona benefícios. Alguns elementos arquitetônicos podem ser utilizados no ambiente de saúde, a fim de proporcionar integração com o exterior, onde através de aberturas a luz natural entra em contato com o ambiente interno das edificações, esse contato se dá por de janelas, átrios e zenitais, essas aberturas são importantes para garantir o conforto visual, térmico e psicológicos dos pacientes, pois são intermediadores que proporcionam a percepção da variação da luz do dia, assim como o contato com a natureza, que gera sensações de relaxamento, acelerando a melhora do paciente no tratamento.
da capacidade física, diminuindo a pressão arterial e aumentando a quantidade de oxigênio. (VASCONCELOS, 2004, p. 49).
Cor e luz são elementos do ambiente que estão ligadas diretamente, onde a intensidade da luz pode afetar no resultado da cor, devido a isso a escolha da cor de ser feita de forma cuidadosa pelo projetista, usando como base para a escolha, estudos científicos indicando o efeito psicológico das cores nos usurários do espaço, principalmente no ambiente de saúde, em que a cor pode influenciar de forma positiva ou negativa no tratamento de pacientes.
A luz é um importante estimulo para ambientes de saúde, tanto a luz natural, quanto a luz artificial podem proporcionar benefícios fisiológicos e psicológicos, quando o paciente percebe a variação climática de um certo período do dia, quanto a variação lumínica em uma passagem do dia, há colaboração na distração positiva e no aumento do bem-estar do indivíduo. Porém, o que se percebe é que em muitos estabelecimentos de saúde são iluminados com lâmpadas fluorescentes, que a grosso modo, são interpretadas pelo corpo humano como escuridão, a mesma se trata de uma luz branca e fria que não traz nenhum benefício a saúde. A luz natural influi positivamente no humor e na disposição das pessoas, trazendo benefícios que a luz artificial ainda não consegue alcançar, portanto, A luz do sol é importante para a absorção do cálcio e do fosforo, para o crescimento e fortalecimento dos ossos, para controle de profilaxia viral e de infecções e para a melhora
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4.PROJETOS DE REFERÊNCIA
As leituras projetais aqui apresentadas, serviram de instrumento de embasamento para a concepção do Centro de Parto Normal de Morro Agudo/SP, foram feitas uma seleção de projetos arquitetônicos, que pudessem exemplificar a qualidade de espaços trazendo o conceito de humanização, que atenderam as necessidades de seus usuários, independentemente do tipo de programa a qual foram propostos. Dentre estas leituras, foi escolhida duas referências internacionais e uma nacional. As internacionais são:
Paulo, diferente das outras referências, este edifício não é voltado a área da saúde, se trata de um empreendimento comercial que buscou a criação de um espaço mais humanizado de trabalho, rompendo com a tipologia tradicional de edifício de escritórios, que são fechados, a humanização foi alcançada a partir da qualidade dos espaços com a criação de espaços abertos, avarandados, tetos jardins, espaços de estar, descanso e permanência, que promovem a convivência e o contato direto com a natureza em uma ambiente de trabalho.
A Clínica Ali Mohammed T. AL-Ghanim, realizada pelo escritório Agi Archtects, localizada em Kuwait, que consiste em um edifício setorizados em departamentos de saúde que operam de forma isolada e que preza na segurança e privacidade de seus usuários, trazendo um caráter intimista por proporcionar pátios internos e fachadas cegas com elementos vazados. O Centro de Saúde de Tordera, realizado em parceria dos arquitetos Carles Muro e Charmaine Lay, localizado em Tordera, Barcelona, que consiste em um centro de primeiros socorros, situado numa topografia acidentada que semelhante ao primeiro tem seu interior com aberturas para pátios de luz, que fornecem a iluminação natural e ventilação, porém a sua topografia possibilitou a ocupação no nível inferior, que trabalha a relação interior/exterior com espaço avarandado e com jardim privado. O último se trata de uma referência nacional, o Edifício Corujas, realizado pelo escritório FGMF Arquitetos, localizado na Vila Madalena em São 37
4.1 REFERÊNCIAS INTERNACIONAIS Clínica Ali Mohammed T. Al-Ghanim Arquitetura AGi architects Localização: Kuwait Área: 6500.0 m² Ano do projeto: 2014
Figura 4 – Imagem da fachada principal do edifício (Foto de Nelson Garrido – http://archdaily.com.br).
Este projeto se caracteriza pela reinterpretação de elementos típicas da arquitetura do concreto e do uso do aço. Na fachada principal, na entrada dos pacientes, temos um grande mosaico de cerâmica. Esta gama colorida acompanha o visitante em seu percurso pelo edifício, as cores colaboram com a legibilidade do espaço. Esta prática é comum em hospitais e muito útil para ajudar usuários de culturas e idiomas distintos. Todo o projeto fora pensado de maneira que ocorra aproveitamento dos espaços, tendo fluidez como ponto forte, e ainda busca promover um caráter contemporâneo por todos os 38
ambientes, evitando ao máximo características da tipologia hospitalar. O projeto aborda aspectos de segurança e intimidade, uma vez que o mesmo ocupa a totalidade do terreno, o edifício é visto como um elemento monolítico solidificado em seu terreno, onde cria uma fortaleza, uma muralha a proteger-se do vandalismo, o emblemático edifício é marcante por suas fachadas cegas, que foge dotradicional conceito de fachada como elemento que proporciona luz, vistas e ventilação ao edifício é invertido, o que proporciona maior privacidade, pois as fachadas são abertas para os pátios interiores.
Figura 5 – Planta Térreo - (http://archdaily.com.br)
Maternidade Recepção Administração Centro ambulatorial Circulação vertical Acesso direto ao pav. Superior
Medicina geral Endocrinologia Laboratório Farmácia Banheiro/vestiários Acesso principal
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Figura 6 – Planta pav. superior - (http://archdaily.com.br)
Raio-X Banheiros/vestiários Fisioterapia Nutrição Administração Centro ambulatorial Circulação vertical
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Medicina preventiva Saúde escolar Odontologia Sala de conferência Otorrinolaringologia Doenças crônicas
O edifício é divido em dois pavimentos e dispõe de um programa de necessidades bem variado, abrangendo muitas especialidades medicas; os espaços são divididos em vários departamentos autossuficientes, que podem operar independentemente uns dos outros. A orientação e a deambulação pela clínica para os demaisdepartamentos são tidas a partir de uma codificação de cores que cada departamento possui, essa codificação é vista em ambos pavimentos, o que facilita a técnica de localização universal. No pavimento térreo é concentrado o atendimento de urgência, de emergência, controle, tratamento e diagnóstico. A clínica é acessada através do acesso principal.No pavimento superior
se concentra o atendimento médico especifico, preventivo, educativo e também a realização de enxames. O acesso central a este pavimento é feito através de escada e elevadores, com ligação direta do térreo, e por acessos independentes feito por escadas laterais. A setorização dos departamentos, assim como a deambulação em ambos, traz como resultado de organização espacial, pátios internos que integram todos os ambientes externos na clínica. Relação com a proposta: A proposta seguirá os elementos vazados inseridos nos ambientes, assim se consegue proporcionar uma boa ventilação e iluminação natural, nas fachadas com maior incidência solar, assegurando uma característica
há mais departamentos que o térreo, no mesmo
contemporânea e que conecta com a identidade
Fachada cega da entrada principal, característica presente em todo o edifício.
Elementos vazados que permitem a iluminação, a privacidade, e a sugurança também no período noturno
A deambulação é feita por passarelas de concreto e aço, permitindo que alguns lugares sejam de pé direito duplo.
Figura 7- Conjunto de imagens com soluçoes internas e externas (foto: Nelson Garrido - http://archdaily.com.br)
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Continuação do mosaico cerâmico na parede da entrada principal, para facilitar a localização e a orientação universal aos demais setores de saúde. Diagrama modular das chapas metálicas anodizadas e perfuradas presentes mas fachadas da Clínica.
Ilunimação . articificial, vista da entrada principal, com o mosaico cerâmico ao fundo.
Dupla possibilidade de iluminação e ventilação, nos pátios internos iluminação zenital e iluminação lateral atraves dos elementos vazados.
Circulação vertical, feita por escada na entrada principal com acesso ao pavimento superior, construída sobre a antecâmara
Figura 8- Conjunto de imagens com soluções internas e externas (foto: Nelson Garrido - http://archdaily.com.br)
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Centro de Saúde em Tordera Arquitetura Charmaine Lay, Carles Muro Localização: Tordera, Barcelona - Espanha Área: 1600.0 m² Ano do projeto: 2010
Figura 9– Fachada Principal (Foto de Carles Muro + Charmaine Lay - http://archdaily.
O centro de saúde de cuidados primários, localizado em Tordera (Barcelona), é o resultado do projeto vencedor de um concurso realizado em 2006, de autoria dos arquitetos Carles Muro e Charmaine Lay. O edifício é envolto como um envelope composto de dois tipos diferentes de tijolo: o tijolo esmaltado preto brilhante nas áreas mais baixas e o tijolo esmaltado preto mate na parte superior, as diferenças entre os dois tipos de tijolos tendem a desaparecer ou exagerar, dependendo da orientação e da hora do dia, oferecendo um jogo emocionante de brilho, reflexos e sombras. Este envelope escuro e protetor cria um forte contraste com o brilho do espaço interior, o edifício é caracterizado pela
reinterpretação de elementos típicos da arquitetura do uso de concreto armado e de alvenarias de vedação. O Programa está contido dentro de um retângulo de 30x50 metros, onde edifício foi implantado no local mais alto na região em que está situado, a partir desse primeiro retângulo um canto foi removido para marcar e sinalizar a entrada principal, criando um alargamento do espaço público como um vestíbulo ao ar livre, outra característica inerente do edifício são os pátios internos conectados a esperas, que proporcionam iluminação natural e privacidade para cada conjunto de salas cirúrgicas. Uma vez dentro, o hall de entrada permite o acesso direto a todas as diferentes áreas do 43
edifício, a setorização é dividida da seguinte forma: no pavimento superior tem primeiros socorros, educação sanitária, recepção e área cirúrgica, a última representa a espinha dorsal funcional do edifício. É através de um acesso restrito ao lado da recepção que se tem acesso ao pavimento inferior,
que se dá por escada e elevador, esse pavimento é destinado a serviços e a área pessoal, feita a partir do aproveitamento da inclinação do local, essa área se abre para uma varanda com um pequeno jardim privado, neste pavimento inferior há uma outra escada externa com acesso direto a área cirúrgica.
Circulação vertical Estacionamento Acesso principal Acesso direto a área cirúrgica
Figura 10 e 11– Planta do pav. térreo e pav. Inferior - (http://archdaily.com.br)
Deambulação/espera Primeiros socorros Educação sanitária Cirurgias Recepção/circulação restrita 44
Figura 12 – Cortes do edifício – ( http://archdaily.com.br
Área pessoal/serviços Deambulação Cirurgias Varanda Circulação vertical
Acesso principal Acesso Funcionários
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Os pátios são revestidos de tijolos brancos esmaltados também fornecem luz natural para a cirúrgias.
O interior das salas cirúrgicas também é banco, e contrastam com as demais cores presentes no Centro de Saúde.
Cada sala de espera é identificada por uma cor diferente para oferecer um sentimento de identidade e orientação para os usuários.
O espaço pessoal, recebeu aberturas para uma varanda contemplativa, trazendo a relação interior/exterior exclusiva para seus funcionários.
Qualidade do espaço de espera presente em cada conjunto de salas e acompanhada por um pátio que recebe luz natural e ventilação
A varanda pessoal é voltada para um pequeno jardim privado.
Na entrada principal há um alargamento como sinalização que se transforma em um vestíbulo ao ar livre.
Figura 13 – Conjunto de imagens internas e externas do edifício (Foto de Carles
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4.2 REFERÊNCIAS NACIONAIS EDIFÍCIO CORUJAS Arquitetura FGMF Arquitetos Localização: São Paulo/SP. Área: 6880.0 m² Ano do projeto: 2014
Figura 14– Fachada principal do Edifício Corujas – (Foto de Rafaela Netto http://archdaily.com.br).
O Edifício Corujas é um empreendimento horizontal de três pavimentos, localizado na Vila Madalena em São Paulo, projetado pelo escritório FMFG arquitetos, é um edifício de escritórios de diversos formatos e tamanhos, o projeto é uma reinterpretação típica da arquitetura do uso de estruturas pré-moldadas, concreto, aço, madeira e vidro. A proposta para essa edificação foi a criação de um espaço mais humanizado para o trabalho, agregando valores que vão de contramão aos
tradicionais cubos de vidro espelhado localizados em algumas regiões de São Paulo, o gabaritolocal de 9 metros, levou a uma solução horizontal do projeto, e o formato do lote, influenciou no desmembramento do edifício em duas partes. O ponto de partida do projeto surgiu do desejo de criar espaços de escritórios que tivessem, além de áreas fechadas, espaços avarandados generosos para reuniões externas, e jardins próprios e privativos. Para obter esses resultados foram utilizados os seguintes recursos: tetos jardins, grandes panos envidraçados, generosos vãos e varandas pouco convencionais. 47
A volumetria do térreo ocupa a totalidade do lote e recebeu o nome de embasamento, chegando a encostar nos limites dos vizinhos, e é mais largo que os pavimentos superiores, que não chegam a encostar nas divisas e são menores que o volume do térreo, para intensificação a diferenciação do nível térreo o edifício foi todo envelopado em madeira. A entrada principal está em um nível mais alto, que faz com que ao entrar no edifício seja direcionado a uma grande praça central. Nos pavimentos acima do térreo foi proposto estrutura de concreto pré-moldado aparente branco que possibilitou grandes varandas entre os conjuntos de salas, algumas com pé direito simples e outras pé direito duplo, a circulação nesses pavimentos se dá por passarelas abertas em estrutura metálica, assim como os pisos intermediários, o que permite uma deambulação mais agradável a todas as áreas dos edifícios, integrando o espaço interior e exterior, todo esse trecho é envidraçado, contrastando com o fechamento de madeira do embasamento. O último pavimento possui o mesmo sistema de varandas do pavimento inferior, mas nestas varandas há escada metálicas independentes de acesso a cobertura, que funciona como um teto jardim privativo de cada um dos conjuntos do segundo pavimento, fazendo com que os andares mais altos desfrutem de jardim próprios. A organização espacial permite originalidade própria, muito rara em edifícios em São Paulo e em especial ao local, um bairro boêmio e cultural, onde a escala do pedestre e o convívio de pessoas está em primeiro plano, o que reforça essas questões, 48
áreas de convívio, que permite que os usuários se conheçam e possam trabalhar nessas áreas comuns criando quase uma micro-comunidade, descartando a segregação de usuários uns com os outros. A humanização dos espaços pode ser alcançada a partir da qualidade atribuída a espaços construídos, onde foi possível criar espaços que gerem bem-estar, que estabeleçam a relação interior/exterior, que promova a convivência e o contato com a natureza. A setorização é organizada de forma que o pavimento térreo seja destinado ao uso corporativo e comercial, assim como a entrada principal que acontece numa cota mais alto devido a declividade do terreno que possibilitou a ocupação do estacionamento no pavimento inferior dispensando rampas de acesso a garagem, nos pavimentos acima do térreo a organização se repete, porém, a presença de varandas e tetos jardins, a circulação horizontal se dá por passarelas, a vertical por escadas e elevador.
Figura 15 – Pav. Térreo – (http://archdaily.com.br).]
Salas de escritórios
Acesso principal
Salas comerciais
Acesso comercial
Áreas molhadas
Acesso estacionamento
Circulação vertical/escada Circulação vertical/elevador Circulação horizontal
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Figura 16 – Corte Longitudinal - (http://archdaily.com.br)
Figura 17 – Corte Transversal - (http://archdaily.com.br).
Salas de escritórios Salas comerciais Estacionamento Circulação vertical/escada Varandas Jardim privativo
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Figura 18 – Diagrama de Setorização - (http://archdaily.com.br).
Figura 31 – Diagrama de Conforto Ambiental - (http://archdaily.com.br).
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Estrutura de pré-moldado aparente
Espaços de permanência e descanso
Integração interior x exterior
Uso de brises para controle solar, o mesmo cria também uma identidade.
Painel na escala humana do programa da residência que recorta o lote
Presença de jardins nas coberturas
Passarelas em aço, permite estruturas leves e esbeltas.
Panos de vidro que permitem que o visitatnte veja a dinâmica que ocorre dentro dos
Figura 20 – Conjunto de imagens internas e externas do edifício - ( Foto de Rafaela Netto - http://archdaily.com.br).
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5. LEVANTAMENTO ENTORNO
5.1 MORRO AGUDO
Figura 21 – Mapa de com a delimitação de Morro Agudo e suas regiões no entorno (Google Maps).
Morro Agudo é um município brasileiro localizado no interior do Estado de São Paulo com uma população de 29.116 habitantes e com uma área de 1.388,195 km² (Censo 2010, IBGE). A história do surgimento do município de Morro Agudo começou ao redor da primeira capela, com o pequeno aglomerado de casas que a cidade ganhou seus primeiros contornos iniciais. E em 1885 passou para a categoria de Freguesia. As condições climáticas e seu solo fértil, favoreceram o desenvolvimento da cidade. O nome da cidade se deu em homenagem
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ao Morro do Chapéu, existente nas proximidades da cidade. Devido as grandes colheitas, Morro Agudo passou a ser distrito de Espirito Santo dos Batatais, mas somente em agosto de 1934 ganhou a categoria de município e sua instalação se deu em janeiro de 1935. A área urbana de Morro Agudo é bem menor que a área rural. A maior parte da renda da cidade vem de usinas sucroalcooleiras e a outra pequena parte, é referente a atividade do comercio local e de algumas pequenas indústrias.
5.2 ACESSOS E INFRAESTRUTURA Os munícipios lindeiros estão interligados diretamente por rodovias estaduais, fato relevante para o projeto, já que o acesso rápido e fácil é uma das condicionantes para viabilidade do objeto, que
vai atender as cidades da região, assim como, a área rural da cidade, que abrange colônias rurais e o distrito de Santo Inácio dos Vieiras, que também pertence ao perímetro da cidade de Morro Agudo.
Figura 22 - Mapa de cidades vizinhas a Morro Agudo (Google Earth – Esquematização autoral)
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5.3 LEVANTAMENTO ENTORNO
Figura 23– Mapa de situação da área do terreno (Esquematização autoral).
A área de estudo para implantação do objeto está localizada no bairro Parque Dom Pedro próxima ao bairro Centro, nesta quadra está inserido o Hospital São Marcos que possui área total de 7.416,00 m², a área construída desta edificação atualmente é de 2.969.60 m², porém segue em processo de ampliação. Foi escolhida por se tratar de um lote institucional, no qual houve a necessidade de aumentar do número de leitos da maternidade, o Hospital São Marcos dará suporte ao Centro de Parto Normal, uma vez que, o hospital conta com
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uma infraestrutura mais abrangente e unidade de emergência pronta para atender pacientes com eventuais complicações e que necessitem de procedimentos mais arriscados ou até mesmo a realização de cirurgias, tais procedimentos que não são realizados no Centro de Parto Normal, a integração do mesmo com o hospital, é positiva pois diminui o custo para construção do projeto, devido a não duplicação de infraestrutura que o hospital já possui, Foi considerada também a estrutura viária existente, que permite facilidade ao acesso do local, tanto dos munícipes urbanos, quanto dos rurais, devido estar próxima ao centro e possuir sinalizações em alguns pontos da cidade. A caracterização das vias na área do entorno do objeto é bem variada, O terreno ocupa toda a quadra, o local escolhido está próximo a importantes a vias principais da cidade, que são conectadas a vias arteriais e vias expressas, sendo vias que dão acesso a vasta área rural de Morro Agudo e a outras cidades da região, através das Rodovias Altino Arantes, Rodovia Ângelo Escarelli e a Rodovia Genoveva Lima de Carvalho Dias, porém o entorno da quadra é composto por vias coletoras e locais. O acesso principal do Hospital e do Centro Ambulatorial é voltado para Rua Sebastião Muniz, o acesso principal do Centro de Parto Normal será pela Rua Carlos Gomes, a via tem acesso direto ao centro da cidade e é coletora, as demais vias são apenas vias locais que dão acesso aos lotes, havendo então uma facilidade no acesso a este equipamento público. A infraestrutura viária irá atender a demanda do fluxo com a implantação deste projeto, já que os principais meios de transporte utilizado na cidade é
o automóvel, a motocicleta e a bicicleta, portanto a não sobrecarregará a infraestrutura viária existente.
Figura 24– Mapa de Hierarquia Viária (Google Maps – Esquematização
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Figura 25– Mapa de Uso do Solo (esquematização autoral).
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De um ponto de vista macro, a quadra do Hospital São Marcos, está localizada no bairro Parque Dom Pedro, bairro que confronta com o centro da cidade, que por sua vez, se trata de um dos bairros mais
do Agudo, o bairro possui poucos vazios urbanos, o que é resultado da alta especulação imobiliária que supervalorizou está área, ocupado pela classe média alta, O bairro é predominantemente
antigos da cidade e já consolidado, o entorno desse bairro é marcado por uma vasta área verde, com característica rural, onde se encontra o Ribeirão
residencial, seguido de comércios, institucionais e prestações de serviços, possuindo áreas verdes bem preservadas.
Figura 26 – Mapa de Gabarito (Esquematização autoral).
A gabarito do entorno imediato à área de estudo segue um padrão, onde a maioria das edificações são de um único pavimento, característica
predominantemente encontrada na cidade, porém já aparece algumas edificações de até dois pavimentos.
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Figura 27 – Mapa de Equipamentos Urbano Legenda
1 – Praça da Matriz 2 - Setor de Obras Públicas 3 – Farmácia Municipal 4 – APAE de Morro Agudo 5 – Velório Municipal
6 – E. M. Prof. Maria Amália Volpon de Figueiredo 7 – Centro Odontológico Carlos Constantin Neto 8 – Cemitério Municipal 9 – Hospital São Marcos/ Terreno
É possível perceber que o entorno da área de implantação do objeto possui uma variedade de equipamentos urbanos, tornando-a bem servida dos mesmos, uma vez que a maioria são de
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equipamentos de interesse público, os equipamentos de saúde presentes nesta área são financiados pelo SUS.
5.4 LEVANTAMENTO DA ÁREA DE ESTUDO
Figura 28– Terreno
Figura 29 - CORTE AA
Figura 30– CORTE BB
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31
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35
36
Figura 33 –Área de estudo (Google Maps) Figura 31,32,34,35 e 36 – Entorno da área de estudo (Google Maps)
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37
38
39
40
Figura 37,38,39 e 40 - Imagens da área de intervenção com seu entorno - Fonte: Thaline Maika Sousa Santos
A área de estudo pertence ao loteamento Parque Dom Pedro e está localizado no bairro Parque Dom Pedro em Morro Agudo, onde está inserido o Hospital São Marcos, se tratando de um bairro já consolidado, este terreno institucional ocupa toda a quadra, com uma área total de 7.416,00m² e conta com 2.969,60m² de área construída, o mesmo possui um desnível de quase 4 metros, e seu entorno é de uso misto (residencial, comercial e prestação de serviços) No loteamento Parque Dom Pedro, as edificações devem seguir o Decreto Estadual n°12.342 de 1976, a cidade não possui código de obras, segundo esta
legislação vigente o gabarito deverá ser de até 2 pavimentos, a taxa de ocupação de até 80 % da área, e os recuos frontal de 5 metros e laterais de 2 metros. O lote confronta com quatro ruas, porém para a implantação do projeto, o acesso principal se dará pela Rua Carlos Gomes, a lateral direita de quem da rua olha para o terreno, confronta com a Rua Canadá, daí segue confrontando com a Rua José Marcolino Junqueira, até encontrar na lateral esquerda na Rua Sebastião Muniz, onde se tem acesso ao Hospital e ao Centro Ambulatorial, o acesso da ambulância também será por esta via.
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5.5 SETORIZAÇÃO DO HOSPITAL
Figura 41 - Setorização Hospital - Pavimento térreo e nivel inferior (Esquematização autoral)
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43
44
45 Figura 42, 43, 44 e 45 - Acessos da fachada principal do Hospital São Marcos, Centro Ambulatorial, radiologia e acesso de ambulância - Fonte: Thaline Maika Sousa Santos
A área de estudo pertence ao loteamento Parque Dom Pedro e está localizado no bairro Parque Dom Pedro em Morro Agudo, onde está inserido o Hospital São Marcos, se tratando de um bairro já consolidado, este terreno institucional ocupa toda a quadra, com uma área total de 7.416,00m² e conta com 2.969,60m² de área construída, o mesmo possui um desnível de quase 4 metros, e seu entorno é de uso misto (residencial, comercial e prestação de serviços) No loteamento Parque Dom Pedro, as edificações devem seguir o Decreto Estadual
n°12.342 de 1976, a cidade não possui código de obras, segundo esta legislação vigente o gabarito deverá ser de até 2 pavimentos, a taxa de ocupação de até 80 % da área, e os recuos frontal de 5 metros e laterais de 2 metros. O lote confronta com quatro ruas, porém para a implantação do projeto, o acesso principal se dará pela Rua Carlos Gomes, a lateral direita de quem da rua olha para o terreno, confronta com a Rua Canadá, daí segue confrontando com a Rua José Marcolino Junqueira, até encontrar na lateral esquerda na Rua Sebastião Muniz, onde se tem acesso ao Hospital e ao Centro Ambulatorial, o acesso da ambulância
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6.ESTUDO PRELIMINAR
6.1PROGRAMA DE NECESSIDADES Para a elaboração do programa de necessidades, e posteriormente o projeto arquitetônico, o Centro de Parto Normal, fora pensado além das exigências mínimas de espaços e ambientes, buscando novas maneiras de assistencializar gestantes desde a fase do pré - parto , parto e pós-parto, trazendo em seu programa uma assistência diferenciada, onde emprega o atendimento clínico, acolhimento, suporte físico e emocional, para isto se fez necessário a observação de algumas normas, dentre elas a RESOLUÇÃO RDC Nº 50, se tratando de um Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistências de saúde, a Resolução RDC Nº. 36, dispõe sobre Regulamento Técnico especifico para Funcionamento dos Serviços de Atenção Obstétrica e Neonatal, a NBR9050, que especifica Normas da ABNT de ACESSIBILIDADE, assim como o Código Sanitário e o DECRETO ESTADUAL Nº 12.342, em substituição ao Código de obras de Morro Agudo. Figura 46 - Programa de necessidades
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6.2 CONFORTO AMBIENTAL De acordo com o estudo de insolação nas fachadas, foi determinado que a frente e a lateral esquerda do terreno, recebem maior incidência solar no período da tarde, os fundos e a lateral direita recebem maior incidência solar no período da manhã, está análise é essencial e decisiva para a tomada de decisões projetuais, em outras palavras,
de PPP e ambientes clínicos de parto, devem ser preferencialmente voltados para Leste, onde recebem o sol da manhã, assim como a sala multiuso que será voltada para o exterior. Para a lateral esquerda e frontal do terreno, ficaram locados ambiente clinico de pré-natal, que além de não receber incidência direta, e fechado e possui jardim
onde será locado cada espaço/setor. Os quartos
interno.
Figura 46 - Estudo de insolação nas fachadas usando a Carta Solar – (Esquematização
autoral)
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6.2 MEMORIAL DESCRITIVO E JUSTIFICATIVO A proposta para o projeto arquitetônico do
Centro de Parto Normal incorporado ao Hospital São Marcos, situado na cidade de Morro Agudo/SP, consiste em edifício em formato de “L”, a forma foi influenciada pela distribuição espacial e funcional do programa de necessidades, bem como propiciar a ligação com o edifício existente. A setorização do térreo foi definida com o setor público e semipúblico, o primeiro pavimento foi destinado ao setor privado. A proposta do edifício vai além de espaços de acolhimento e suporte, ele foi pensado também para despertar sensações e memórias positivas aos seus usuários, reforçando esse acolhimento não só do espaço, mas dos processos ali realizados, resgatando assim a cultura do parto natural, concomitantemente com a participação da família. Foram sugeridos através de espaços generosos para comportar as atividades e procedimentos realizados, onde o espaço contribua para distrações positivas, com isso, foi adotado integração de áreas verdes, circundando o entorno do edifício. Todas as fachadas recebem uma camada externa de painéis de aço vazado na forma de “pele” em formato geométrico, o que permite o controle solar e térmico nos ambientes. Os mesmos possuem a função de trazer privacidade aos quartos de PPP, que possuem esquadrias quase na altura do pé direito que permitem ventilação quando os vidros estão abertos, e quando aberto os vidros e os painéis, transmitindo a sensação de que o quarto se estende ao horizonte, rompendo com o aspecto
clínico dos edifícios de saúde, cada quarto de PPP foi pensado em um espaço com o ambiente mais intimista, muito próximo do ambiente residencial. O programa do edifício foi dividido em dois pavimentos, onde o segundo, recebe ligação direta do hospital, nele está concentrado o atendimento direcionado ao pré - parto, parto e pós-parto, é provido de serviços que auxiliam esse atendimento, e possui ambientes de apoio tanto para funcionários quanto para acompanhantes. No piso térreo, concentra-se o atendimento clínico, assim como suporte físico e emocional, o Centro conta com espaço multiuso para realização de cursos de gestantes que hoje acontece em uma unidade provisória, que não é adequada para este tipo de atendimento, o espaço proposto conta com academia, que pode ser isolada, ou integrada ao espaço onde serão ministradas aulas de pilates, yoga, atividades que ajudam a preparar o corpo da gestante para o parto, terá também aulas de sling dance, que servirão tanto para mães que já tiveram o bebé, quanto para aquelas que esperam, este setor determinado público, conta também loja de artigos de gestante e bebê, assim também como café aberto ao público interno e externo, otimizando a relação interpessoal com os moradores do entorno. O setor semi-público comporta o corpo clínico, que vai além de atendimentos preventivos ou de desenvolvimento do bebê, ele consiste em assistencializar toda e qualquer necessidade da gestante de forma integral, com profissionais de diversas áreas, como: nutrição, psicologia, fisioterapia, ginecologia, etc. O Atendimento oferecido nesta unidade 69
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é diferenciado de outros estabelecimentos assistenciais de saúde, onde os acompanhamentos acontecem em unidades e o parto em outra, aqui foi proposto que todas as etapas aconteçam no mesmo ambiente, quebrando esse paradigma. A vivência neste espaço, fortalece as relações interpessoais, de usuários e funcionários, esta familiaridade, agrega intimidade, segurança, proteção, confiança e liberdade de escolha. Outro achado é a oferta de assistência continuada, um exemplo deste trabalho é realizado pelo Instituto Geração Mãe de Ribeirão Preto; seguindo este projeto temos o trabalho desenvolvido pela Ginecologista Obstetra Nárima Caldanha, que ministra estes encontros com as gestantes, acompanhantes, juntamente com a
hospital, devido a conexão da circulação horizontal do hospital com o Centro de Parto Normal, para a laje será adotada a laje maciça com intuído de atender aos esforços solicitados pela estrutura. A luz natural é de grande importância na arquitetura e principalmente em ambientes de saúde, tornando-os mais salubre, ela traz benefícios que a luz artificial ainda não é capaz de suprir, além de tornar o edifício mais eficiente em termos de eficiência energética. A circulação vertical se dá por elevador e escada que estão colocados em pontos estratégicos do edifício, afim de ter uma melhor distribuição espacial, ambos são utilizados por pacientes e funcionários, o edifício possui dois acessos, onde um é público e
participação de outros profissionais da área da saúde, enfatizando a cultura do Parto Normal. Para a materialização deste projeto, foi adotado a estrutura de concreto armado em vigas e pilares, os fechamentos são de blocos cerâmicos, para os vãos foi usado caixilhos de ferro e vidro como forma de vedação translúcida, a estrutura da pele de proteção do edifício será feita através de painéis metálicos perfurados, que além de proteger as fachadas translúcidas, iram compor as demais fachadas do edifício, trazendo uma unidade ao conjunto arquitetônico, aliando o novo ao existente, com uma espécie de revitalização da paisagem, o desenho deste painel é inspirado no Projeto Hub 88, do escritório Cupertino Arquitetura, entretanto a cor escolhida é moderna e atual, buscando romper
independente do hospital e o outro direto do hospital, ao qual o Centro faz uso de serviços dentro do hospital, entre eles: o corpo técnico, a emergência e ambientes de apoios que não precisaram ser duplicados com a implantação do objeto. A concretização deste projeto de arquitetura, consistiu na busca em tornar a experiência do nascimento mais positiva para a mulher e a família, aliada a contribuição do espaço para formulação de memorias e sensações despertadas, mas também de um edifício que fora criado para atende-la da forma mais humana em seu momento único e exclusivo, devolvendo o protagonista da mulher no cenário do parto, sendo este, um viés que deve ser encorajado como início de uma modernização. Portanto, de acordo com Michel Odent “ Para mudar o mundo é
com as cores tipicamente adotada em ambientes de saúde, contrastando harmoniosamente com o concreto e o vidro. O pé direito segue o mesmo do
preciso primeiramente mudar a forma de nascer”, ou melhor, mudar a forma de assistencializar o nascer.
71
7.PROJETO
PERSPECTIVA PERSPECTIVA EXTERNA EXTERNA
72
PERSPECTIVA EXTERNA
PERSPECTIVA ACADEMIA
PESPECITIVA RECEPÇÃO + ESPERA
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PERSPECTIVA FACHADA PRINCIPAL
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PERSPECTIVA EXTERNA
PERSPECTIVA EXTERNA
PERSPECTIVA QUARTO PPP
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ______. RDC n. 50 – Regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Brasília: ANVISA, 2002. Abc do SUS, doutrinas e princípios. Disponível em: <http://www.pbh.gov.br/smsa/bibliografia/abc_do_sus_ doutrinas_e_principios.pdf>. Acesso em 14 mar. 2017.
Archdaily. Disponível em :<http://www.archdaily.com.br/br/769506/clinica-ali-mohammed-t-al-ghanim-agiarchitects >. Acesso em 05 abril 2017.
BITENCOURT, Fabio. Arquitetura do ambiente de nascer: reflexões e recomendações projetuais de arquitetura e conforto ambiental. Rio de Janeiro: ABDEH/Rio Brooks, 2008.
BRASIL. Escola Nacional de Saúde Pública. Nascer no Brasil: sumario executivo. Rio de Janeiro, 2014. Disponível em: <http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/infome/site/arquivos/anexos/nascerweb.pdf>. Acesso em: 24 nov. 2016
CIACO, R.J.A.S. A arquitetura no processo de humanização dos ambientes hospitalares. 2010. 150f. Dissertação de mestrado – USP, São Carlos, 2010. Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde Disponível em: http://cnes2.datasus.gov.br/Mod_Ind_ Unidade_Listar.asp?VTipo=02&VListar=1&VEstado=35&VMun=353190&VSubUni=&VComp=00.
COELHO, Guilherme. A arquitetura e assistência ao parto e ao nascimento: humanizando o Espaço. Dissertação (Mestrado em Ciências em Arquitetura). PROARQ/UFRJ: 2003.
HumanizaSUS.
Disponível
em:
<http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/oministerio/principal/
secretarias/231-sas-raiz/humanizasus/l1-humanizasus/12420formacao-intervencao>. mar.2017. 76
Acesso
em:
10
MANTOVANINI, João Renato Mourão. Centro de Parto Normal. 2015. Projeto (Trabalho de Conclusão de Curso) – Curso de Arquitetura e Urbanismo - Centro Universitário Moura Lacerda. MEDEIROS, Luciana de. Humanização hospitalar, ambiente físico e relações assistenciais: a percepção de arquitetos especialistas – Natal, 2004. Dissertação (mestrado psicologia) – Programa de pós-graduação em psicologia. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Portal Brasil. Disponível em :<http://www.brasil.gov.br/saude/2015/02/gestantes-com-planos-de-saudebuscam-sus-para-parto-normal>. Acesso em: 20 nov. 2016.
Rede Cegonha. Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/ secretarias/394-secretaria-executiva-raiz/secretaria-se/desid-raiz/somasus/l2-somasus/16481-legislacaorede-cegonha>. Acesso em: 10 mar. 2017.
SILVANI, Cristiana Maria Baldo. Parto humanizado – Uma revisão bibliográfica. 2010. Trabalho (Especialização em Saúde Pública) – Faculdade de Medicina – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Site da Prefeitura Municipal de Morro Agudo. Disponível em: <http://www.morroagudo.sp.gov.br/municipio/ historia.html>. Acesso em 20 mar. 2017. Vasconcelos, R.T.B. Humanização de ambientes hospitalares: Características responsáveis pela integração interior/exterior. 2004. 177f. Dissertação pós-graduação – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004.
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ANEXO 01 - ENTREVISTA DR. FLÁVIA MACIEL
Entrevista realizada com a Dr. Flávia Maciel Ginecologista E Obstetra, fundadora do Instituto Geração Mãe. A Entrevista foi realizada pelas Alunas Carolina Chedraoui do Nascimento e Thaline Maika Sousa Santos. Como você decidiu criar o Instituto Geração Mãe? Como? Na verdade, sou ginecologista e estava atendendo com um colega em outro consultório que não era nosso, era uma sala alugada e eu atendia lá meus pacientes normalmente, e a gente faz um trabalho multidisciplinar, porque gente atende gestante pó- parto, a gente precisa de uma enfermeira obstetra, as vezes a gente referenciava para fisioterapia, pediatria, ficava tudo picado... E ai esse local ode eu estava atendendo a dona do imóvel pediu o imóvel, ai eu pensei já que terei que procurar um espaço porque já não agregar todos esses profissionais em um único espaço? A enfermeira que já trabalhava comigo também estava à procura de um local, a fisioterapeuta já estava com o contrato vencendo, sabe quando Deus coloca todo mundo no mesmo momento de vida e dá tudo certo. Então a gente procurou um local que condizia com o trabalho que a gente queria realizar e foi assim... porque na verdade o Geração Mãe é um projeto que já existe a muitos anos, porém, no mundo virtual ele é um grupo no Facebook, um site com mais de 45.000 mulheres com o intuito de se ajudar nesse momento de vida, então a gente também precisava de uma sede física para a os encontros, administração, gestão... O que define humanização no parto?
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Então humanização do parto é o retorno do protagonismo do parto a mulher, porque durante as ultimas décadas a mulher deixou de ser senhora da sua própria experiência do parto, e os médicos e as instituições assumiram essa posição, e entraram em um contexto tão forte da força do sistema, que hoje as mulheres nem parto normal tem mais, quanto mais parto onde elas escolham as preferências delas, que posição querem ter, quem quer que esteja presente, então a gente vai afastando cada vez mais essa experiência do natural, e indo para o tecnológico com grandes prejuízos, porque o parto é muito mais que um evento médico, é um evento fisiológico, uma coisa natural da vida... claro que podem surgir intercorrências, imprevisibilidade, riscos em algumas mulheres, mas a grande maioria poderia ter um parto sem qualquer intervenção. Ou seja, humanização do parto é o retorno desse processo natural, com o benefício de ter a tecnologia aliada, então se necessitar de alguma coisa, tem um médico a disposição. Como seria um ambiente adequado para esse parto humanizado? Então a ambiência é fundamental para o sucesso do parto, porque o parto ele é um processo estritamente hormonal e os hormônios estão muito relacionados as emoções, então qualquer coisa que leve a estresse, medo, frio que tenha uma iluminação muito forte.... tudo isso pode interferir no processo do trabalho de parto, então um ambiente adequado para parto, [e um ambiente privativo, silencioso, quente, na penumbra ou seja o mínimo de iluminação possível, que tenha espaço para a mulher se movimentar, ter acesso a água quente, ter um banheiro espaçoso, ou com banheira, a banheira é um ótimo recurso para alivio de dor. E um ambiente que se for dentro do hospital, onde ela possa ter os recursos da medicina, mas escondidos, porque ter visualmente fio, cano de
oxigênio, tudo isso assusta, ela já pensa que está entrando em um centro cirúrgico, um ambiente que pareça o máximo possível com a sua casa. Além da sala de parto o que um hospital da mulher com abrangência ginecológica e obstétrica tem que ter? Uma recepção também acolhedora, porque essa questão do estresse que pode alterar o fluxo hormonal, ele já se inicia desde a recepção, então os hospitais hoje eles têm aquela linha que sempre a parede é verde, é muito clara aquela cara de hospital.... Então pensar nessa ambiência em todos os ambientes do hospital, seria adequado ter um jardim, onde essa paciente pudesse caminhar ter contato com a natureza, ele é muito benéfico, remete o natural mesmo. O que muda de uma casa de parto para um hospital?! é que a casa de parto não tem centro cirúrgico. As vezes de dentro de alguns hospitais, você tem que dar tanta volta para chegar... As vezes a pessoa fala estou dentro do hospital, superseguro, mas depende do fluxo interno do hospital.
Porque durante a cesariana a mãe ainda está acordada?
O que você pensa do Parto cesariano?
Quais os equipamentos necessários para um parto tanto cirúrgico como não cirúrgico?
Bom cesárea é excelente porque salva vidas, de mães e de bebês, então é impossível você prestar assistência obstétrica adequada sem ela. Então ela vai ser necessária para um grupo de mulheres em torno de 10 á 15% das gestantes, porque é a estatística que a OMS considera segura para as taxas de cesariana, então nenhum profissional que trabalha com humanização é contra a cesárea, isso seria totalmente incoerente, então a cesárea ela é ótima, o que a gente também pode fazer é melhorar, prestar uma assistência mais humanizada também no ato cirúrgico, abaixar um pouco a luminosidade do centro cirúrgico, colocar uma música calma.
Bom parto natural eles precisam de pouquíssimo equipamentos, assim equipamentos mesmo quase nenhum, mas precisa de materiais disponíveis para o procedimento, como compressa, gaze, um kit para tampar o cordão umbilical, tem que ter acessível fórceps, vácuo extrator, material para tratamento de hemorragia pós parto, tudo que ali na hora do parto possa dar suporte para qualquer intercorrência más um parto que corre bem a gente não usa praticamente nada, no máximo panos para enrolar a mãe e o bebê que são aqueles panos que a gente usa.
Sim, pois se ela for anestesiada, o bebê nasce dormindo, e a mãe tem que estar alerta para conhecer, hoje, por exemplo, em uma cesariana, nasce o bebê a gente passa por baixos dos campos, ela pega o bebê, faz o contato pele a pele, igual no parto normal, a gente espera 3 minutos o cordão parar de pulsar para cortar, a gente põe o bebe para mamar na primeira hora de vida, enquanto ela está sendo suturada, que tem um profissional auxiliando na amamentação, porque pesar, medir e exame físico, pode esperar essa primeira hora de vida, mesmo em um ato cirúrgico, então as visões das necessidades da mãe com o bebê podem ser mantidas. Se vocês forem estudar um pouco mais afundo, existe um “bum” hormonal no momento do nascimento, e esse “bum” hormonal é fundamental para vinculação afetiva, para o estabelecimento da amamentação, se a gente perde esse time, pode ter um prejuízo muito grande.
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Até pensar no ambiente na hora de esconder esses equipamentos e na hora do parto ter fácil acesso se for necessário. Exatamente, por exemplo aqui no Hospital São Paulo, eles deixam uma caixa com vários nichos e ali tem tudo, por exemplo, soro para hemorragia pósparto, ocitocina, drogas que usam, fio para sutura, anestésico local, então você não precisa sair da sala para buscar nada, em um parto que acontece habitualmente. Para um Parto Cirúrgico, aí dentro do centro cirúrgico, aí é totalmente diferente, diversas drogas, e equipamentos tanto da parte anestésica, como da parte dos cirurgiões, então são muito mais coisas que ficam disponíveis ali. Uma coisa que vocês podem citar também é quando a mulher quer a analgesia de parto, que é uma anestesia de parto normal, ai o ideal é que a analgesia fosse feita dentro da sala de parto e o que não acontece na maioria dos hospitais, a mulher sai do quarto, vai para uma sala de centro cirúrgico e volta para uma sala de pré-parto.
01
Após Entrevista a Dr. Flávia nos acompanhou para conhecer os espaços do instituto. 02
Figura 01 - Consultório Ginecológico Dr. Flávia com espaço para a criança e conversa em grupo Figura 02- Recepção com espaço para criança Figura 03 - Sala para Reunião em grupo com as parturientes para realização de atividades
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03
RUA CANADÁ C
COBERTURA IMPERMEABILIZADA INCLINAÇÃO 1%
B
COBERTURA METÁLICA TIPO SANDUÍCHE INCLINAÇÃO 9%
COBERTURA METÁLICA TIPO SANDUÍCHE INCLINAÇÃO 9%
RUA CARLOS GOMES
SITUAÇÃO
COBERTURA IMPERMEABILIZADA INCLINAÇÃO 1%
ESC 1/500
COBERTURA METÁLICA TIPO SANDUÍCHE INCLINAÇÃO 9%
RUA SEBASTIÃO MUNIZ
RUA CAP. FRANCISCO MARCOLINO JUNQUEIRA
+11,90
+7,95 0,00
COBERTURA METÁLICA TIPO SANDUÍCHE INCLINAÇÃO 9%
+6,30
+3,15
PRANCHA:
01-05
Desenho: Implantação
CÓDIGO:
4007566
ETAPA
ESCALA:
1:200
DATA:
Nov. 2017
PROJETO:
IMPLANTAÇÃO ESC 1/200
Centro de parto normal na cidade Morro Agudo
Ante- Projeto
AUTOR:
Thaline Maika Sousa Santos
B
C
B 3.15
C 3.50
HIDRATAÇÃO
5.65
FISIOTERAPIA
2.00
3.25
2.15
4.30
3.50
ULTRASSOM
UTILIDADES
W.C
3.50
W.C 1.70
1.68
13.10
8.95
3.55
1.68
1.50
1.70
3.50 Exaustor
CONSULTÓRIO
W.C PCD
W.C MASC.
A
4.00
2.40
4.00
1.85
2.00
2.20
3.30
2.00
2.00
3.50
A 1.85 1.85
4.95
1.85
Exaustor
W.C FEM. 4.15
4.15
FRALDÁRIO 4.15
3.50
1.50 Exaustor
7.45
2.00
ESPERA CLINICA
VESTiÁRIO
1.85
ESPERA FAMÍLIA
1.85
2.40
POSTO CONSULTÓRIO
ACADEMIA 7.45
3.50
10.30
2.00
0,00
W.C
6.15
9.30
2.20
3.15
3.50
5.50
4.00
Exaustor
4.15
3.50
2.00
4.00
1.68
DML 1.65
ADM
COLETA
CAFÉ
RECEPÇÃO
LOJA
CURSOS
1.65
4.00
7.45
4.00
4.00
4.00
PSICOLOGIA 4.00
W.C
1.85
ACOLHIMENTO
7.45
vest. jaleco
C
ESPERA
ESTERILIZAÇÃO
SALA DE ANALISE
B
Centro de parto normal na cidade Morro Agudo
PRANCHA:
02-05
Planta Baixa Térreo
CÓDIGO:
4007566
ESCALA:
1:200
DATA:
Nov. 2017
PROJETO:
Desenho: ETAPA
PLANTA BAIXA TÉRREO ESC 1/200
Ante- Projeto
AUTOR:
Thaline Maika Sousa Santos
1.93 1.93
W.C CURATIVOS
RECEPÇÃO
4.00 1.85
4.00 4.00 4.00 4.00 2.15 1.50
2.00 1.93 1.93 1.60
1.93
A 1.93
4.15
EMERGÊNCIA
CIRCULAÇÃO
2.50
PPP ESPERA
2.50
4.00 4.00 4.00 4.00 4.00 2.40 5.40 18.55
12.40
1.50 1.90
SALA DE ORTOPEDIA
CONSULTORIO
4.00
2.00 2.40
2.35
CIRCULAÇÃO
3.50
CIRCULAÇÃO
CONSULTORIO
1.80
Muro de Divisa
Lixo Doméstico
MAMOGRAFIA
ALMOXARIFADO CURATIVOS
GO
1.40
Lixo Contaminado
CIRCULAÇÃO
LAUDOS
W.C
DEP
1.40
ESCRITORIO/CPD
ÁREA LIVRE
ULTRA SOM
ABRIGO
C ALOJAMENTO ENFERMAGEM
2.35
VEST./LAV.
ESCRITORIO/CPD
COPA QUENTE
W.C
CIRCULAÇÃO
ANTE SALA
W.C
ESPERA RADIOLOGIA
3.50
CONSULTORIO
3.95
ISOLAMENTO
BANHO
banho/troca
SEPARAR E LAVAR
CENTRIFUGAR E SECAR
PASSAR E DISTRIBUIR
VESTIARIO FEMININO
VESTIARIO MASCULINO
ESTOQUE
ESTOQUE/ALMOXARIFADO
ZELADORIA
atend.
AGENCIA TRANSFUSIONAL
GESSO W.C
W.C
ESPERA RADIOLOGIA ATEND.
2.00
APARTAMENTO
A.C
D.M.L
ATENDIMENTO
PEDIATRIA
VESTIÁRIO
W.C ÁREA LIVRE
DEPÓSITO
REFEITÓRIO
CONSULTORIO
W.C
CAMARA ESCURA
DEP.
ROUPARIA
BANHO
APARTAMENTO
APARTAMENTO
W.C
SECRETÁRIA DE ALA
PRESCRIÇÃO MÉDICA
HALL
CIRCULAÇÃO
GINECOLOGIA
W.C
A.C W.C
R.X
W.C
W.C 2.80
BANHO
BANHO
APARTAMENTO
ENFERMARIA
POSTO DE ENFERMAGEM
SALA DE ENFERMEIRAS
armário
SECRETARIA
ADMINISTRAÇÃO
W.C
ROUPARIA CIRCULAÇÃO
ATENDIMENTO
DEF.
W.C
W.C
W.C
4.50 2.80 4.50 4.50
4.50 4.50 4.50
2.80
ENTRADA
PPP PPP
BANHO
BANHO
ENFERMARIA
COPA FRIA
BERÇARIO
POS PARTO
PÓS PARTO
armário
CIRCULAÇÃO
SALA DE ESTABILIZAÇÃO FARMACIA
SALA DE MEDICAÇÃO
W.C
LACTÁRIO
RELÓGIO DE PONTO
ENTRADA
A.C
HALL
3.50
CENTRO AMBULATORIAL
COPA
DEPÓSITO
OBSERVAÇÃO MASC.
vest. jaleco
CIRCULAÇÃO
SUTURAS
BANHO
BANHO
C B
PPP ADMISSÃO
2.80
S. SERVIÇOS
Exaustor Exaustor
SALA UTILIDADES 3.65 1.45
3.30
2.80 4.50 2.20 5.65
ENFERMARIA
Ante Sala
BANHO
VEST. MASC.
W.C
PRÉ PARTO
W.C
SALA DE OBSERVAÇÃO
ESPERA
PATAMAR
PATAMAR
+3,15 ROUPA SUJA
W.C W.C ESTAR
W.C W.C
Exaustor Exaustor
2.80
EQUIPAMENTOS
ENFERMARIA
ENFERMARIA
SALA DE ORAÇÕES
CIRC.
ESPERA
W.C
HALL
Balcão h 1.50m.
PPP PPP PPP DML
A
BANHO
BANHO
W.C
EXPURGO
W.C
W.C VEST. FEM.
W.C
ENFERMAGEM
4.12
2.80 2.80 4.50 2.20 3.30 3.65 3.50
C B
AMBULÂNCIA
3.50
PPP W.C W.C
POSTO DE ENFERMAGEM 2.20
ÁREA LIVRE
ESTERELIZAÇÃO
ESTERELIZADO A.C
SALA DE ENDOSCOPIA
RECUPERAÇÃO
CIRCULAÇÃO
SALA DE PARTO
1.00 ESPERA
CIRCULAÇÃO
HOSPITAL
W.C
3.65 1.50 1.50 4.20 1.30
30.65 2.15 3.50
3.50
QUARTO PLANTÃO
ABRIGO DE RESÍDUOS QUARTO PLANTÃO
COPA 3.50
W.C
3.50 2.00 3.50
B ACESSO HOSPITAL
W.C 3.15
BANHO
CIRCULAÇÃO
R.N
SALA DE PARTO ALOJAMENTO MÉDICO
Sala de Serviço CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO
DESCANSO FUNC BANHO
CIRURGIA
CIRCULAÇÃO
CIRURGIA SERVIÇOS
CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO
1.65
D.M.L
CIRURGIA UTILIDADES
CIRCULAÇÃO
CIRCULAÇÃO
CIRCULAÇÃO
3.50
03-05 Desenho: Planta Pavimento Superior
CÓDIGO:
4007566
ETAPA
ESCALA:
1:200 DATA:
Nov. 2017
W.C
OBSERVAÇÃO FEM.
W.C
AREA DE SERVIÇO
AUTOR:
Thaline Maika Sousa Santos
PLANTA PAVIMEMNTO SUPERIOR ESC 1/200
PRANCHA:
Centro de parto normal na cidade Morro Agudo PROJETO:
Ante- Projeto
ELEVAÇÃO 02 Esc 1/200
ELEVAÇÃO 01 Esc 1/200
ELEVAÇÃO 04 Esc 1/200
ELEVAÇÃO 03 Esc 1/200
+ 11,90
+ 11,90
+ 8,95
+ 6,30
+ 6,30 FORRO DE GESSO ACARTONADO
FORRO DE GESSO ACARTONADO
FORRO DE GESSO ACARTONADO
+ 3,15
+ 3,15 FORRO DE GESSO ACARTONADO
FORRO DE GESSO ACARTONADO
FORRO DE GESSO ACARTONADO
0,00
+0,00
CORTE BB Esc 1/200
CORTE AA Esc 1/200
+ 6,30
+ 3,15
0,00
CORTE CC Esc 1/200
Nó
Tabica: junta de dilatação
Forro rebaixado em corte
Chapa metálica
3.15
Recorte
0.50
Detalhe Brise S/escala
Detalhe Forro S/escala Cabo de aço
3.05
Forro de gesso liso
Vidro lamindado temperado incolor
Estrurura de aço
0.53 Dimensionamento do brise Cotas no desenho Detalhe Marquise S/escala
1.05
1.05
1.05
1.05
ELEVAÇÃO RUA SEBASTIÃO ANTONIO MUNIZ Esc 1/200
ELEVAÇÃO RUA CANADÁ Esc 1/200
ELEVAÇÃO RUA CARLOS GOMES Esc 1/200
ELEVAÇÃO RUA FRANCISCO MARCOLINO JUNQUEIRA Esc 1/200
Centro de parto normal na cidade Morro Agudo
PRANCHA:
05-05
Elevações Hospital São Marcos com o Centro de parto normal
CÓDIGO:
4007566
ESCALA:
1:200
DATA:
Nov. 2017
PROJETO:
Desenho: ETAPA
Ante- Projeto
AUTOR:
Thaline Maika Sousa Santos
C:\Users\Thaline Maika\Desktop\Aulas_CAD_Padrão_Cotas_Textos_Folhas_ABNT.dwg, 09/11/2017 20:18:43, DWG To PDF.pc3