PERIFERIA INTEGRADA À NATUREZA Ensino da bioconstrução e um novo olhar para a Avenida João Paulo I
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO
PERIFERIA INTEGRADA À NATUREZA ENSINO DA BIOCONSTRUÇÃO E UM NOVO OLHAR PARA A AVENIDA JOÃO PAULO I
THALITA MARTINS VELLARDO PROF° ORIENTADORA DRA BEATRIZ BEZERRA TONE
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO I 1° SEMESTRE | 2021
“Arquitetura não é apenas sobre a construção. É um meio de melhorar a qualidade de vida das pessoas.” - Diébédo Francis Kéré “Apesar da nossa vontade, a natureza age no interior das cidades.” - Paulo Pelegrino; Jorge Hajime Oseki
AGRADECIMENTOS Dedico este trabalho a minha mãe Sirlei e minha avó, que mesmo pela distância sempre me inspiraram a enfrentar os desafios colocados em minha trajetória. Aos meus amigos Giulia Melo, Gabriel Amaro e Sara Silva pelo apoio e companherismo. Ao professor e amigo Marco Aurélio por me apresentar o trabalho voluntário social e a importância de repensar o modo em que vivemos, o que me inspirou a relizar um trabalho de graduação voltado à periferia e bioconstrução. Por fim agradeço ao corpo docente da USJT e a Prof. orientadora Beatriz Tone por acreditar em minha capacidade e proporcionar uma maior liberdade para elaboração do trabalho de graduação.
SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................08 PROBLEMATICA OBJETIVO JUSTIFICATIVA METODOLOGIA
2. CIDADE INFORMAL E A SUSTENTABILIDADE ....................................11
3. TÉCNICAS BIOCONSTRUTIVAS ................................................................12 CONSTRUÇÃO CIVIL AUTOCONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO INTEGRADA A NATUREZA
4. REFERÊNCIAS PROJETUAIS .....................................................................20 INFRAESTRUTURA VERDE - PORTLAND FAU - USP CANTEIRO EXPERIMENTAL CENTRO COMUNITÁRIO CAMBURY MORADIAS INFANTIS - FUNDAÇÃO BRADESCO
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5. ÁREA DE INTERVENÇÃO ............................................................................28 DISTRITO DA FREGUESIA DO Ó E BRASILÂNDIA ASPECTOS AMBIENTAIS PROBLEMÁTICAS DA AVENIDA JOÃO PAULO I RECORTE
6. SINTESE ...........................................................................................................36 PROPOSTA DIRETRIZES URBANÍSTICAS DIRETRIZES PAISAGÍSTICAS RECORTE
7. FINALIZAÇÃO .................................................................................................47 REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO
| PROBLEMÁTICA | A construção civil é responsável por grandes impactos ao meio ambiente, como por exemplo, a produção de lixo. O que torna, cada vez mais, inviável a utilização dos métodos convencionais de construção. Na periferia o método predominante é a autoconstrução, uma alternativa da população para obter moradia. Porém essa prática gera impactos em pequena e grande escala, como problemas estruturais, insalubridade (iluminação e ventilação precárias). Isso acontece pelo conhecimento limitado dos que realizam esse tipo de construção. Além disso, a cidade informal é carente de estruturas verdes. Quando essas áreas existem elas não são conectadas entre si, o que prejudica a vida existente naquele local e a drenagem da água da chuva.
| OBJETIVO | O objetivo deste trabalho é garantir um maior fluxo de seres vivos, através da vegetação, e deixar as bordas da Avenida João Paulo I mais caminhável para os pedestres, por meio de uma infraestrutura verde. Assim, pretende-se melhorar a conexão do bairro da Brasilândia com a estação de metrô João Paulo I tornando o caminho agradável. Além disso, é proposto uma escola de bioconstrução, que trará à população periférica uma infraestrutura básica para estudar e construir suas casas, de modo mais eficiente, consciente e seguro.
| JUSTIFICATIVA |
| METODOLOGIA |
O crescimento da população mundial e as formas de ocupação do território vem causando a destruição do planeta. A infraestrutura verde, ao trabalhar em conjunto com os ciclos e dinâmicas naturais, tem o potencial de reduzir os efeitos climáticos e de urbanização, aumentando a biodiversidade nas cidades, diminuindo ou prevenindo a poluição das águas, do ar e do solo. Assim proporcionando uma maior qualidade de vida para seus habitantes (HERZOG,2010).
A intenção projetual partiu das carências que existem na zona norte do Município de São Paulo, tendo como área de estudo, um sistema de áreas verdes e um espaço social onde tenhamos abertura para debater outras formas possíveis de produzir espaços com baixo impacto ecológico ou até em confluência com a natureza. A partir desse pensamento houve uma busca de um local e um terreno que fossem de fácil acesso para os moradores da periferia, mas que também fosse frequentado por pessoas de outras regiões, para que conectasse a Brasilândia com o resto da cidade.
As técnicas bioconstrutivas também vêm se tornando uma alternativa para reverter os impactos ambientais gerados não só pelo aumento populacional mas também pela construção civil. A importância da construção sustentável está cada vez mais evidente, porém ainda existem poucos espaços de ensino voltados a esse estudo.
A pesquisa foi realizada através de análises bibliográficas, documentais e projetuais. Visitas foram feitas ao local, para compreender a dinâmica existente e como o projeto impactaria no seu entorno. Além disso, houve conversas informais com instituições e ONGs que ensinam e aplicam essas técnicas construtivas.
CIDADE INFORMAL E SUSTENTABILIDADE
BRASILÂNDIA
FREGUESIA DO Ó
[ 0 ] Diagrama do Distrito da Freguesia do Ó e Brasilândia. Fonte: Elaborado pela autora. [ 1 ] Preparação da base de uma construção - adaptado pela autora. Fonte: LENGEN, 2011, pg.369 [ 2 ] Construindo com barro adaptado pela autora. Fonte: LENGEN, 2011, pg.382.
[ 3 ] Super molde de tijolos adaptado pela autora. Fonte: LENGEN, 2011, pg.302.
[ 4 ] Diagrama de áreas verdes no Distrito da Freguesia do Ó e Brasilândia. Fonte: Elaborado pela autora.
Com o aumento populacional, e seu consumo exacerbado, o esgotamento de recursos naturais no planeta acontece mais cedo a cada ano. O dia da sobrecarga da terra ocorre quando o consumo de seus recursos naturais é maior do que a natureza é capaz de produzir naquele ano. Em 2019 este dia foi em 29 de Julho, um recorde histórico, a cada ano que passa o colapso ambiental está mais próximo, e esse fato só começou a ser valorizado pois não teremos mais insumos para continuar o modo de vida atual. Se o colapso acontecer não teríamos o que produzir, nem o que vender e nenhum público para isso. Sustentabilidade virou um interesse inclusive de mercado e das empresas do setor privado (WWF,2019). Um dos meios de gestão ecológica seria a prática de uma nova cultura. Novos conceitos e referências devem ser introduzidos para que o entendimento de áreas verdes vá além de um simples jardim, que informe e eduque a população, além de enriquecer a vida cultural, recriando os laços com a natureza. Isso é um ponto de partida para uma consciência ambiental e, além disso, melhorar a habitabilidade das cidades. Para isso, os espaços livres devem ser convidativos para seus usuários, pois se a população não acessa o espaço ele acaba sendo desvalorizado, crescendo a alienação ambiental. Na periferia isso é recorrente também pelo fato da carência dessas áreas verdes e a falta de conectividade entre elas, como podemos ver no diagrama ao lado, que mostra de áreas verdes no Distrito da Freguesia do Ó e Brasilândia, nesta região quando localizamos uma área com a cobertura vegetal significativa ela não é planejada, se resumindo a um local abandonado, sem uso e não projetado. Uma das funções da infraestrutura verde é viabilizar o aumento da biodiversidade nos meios urbanos permitindo o movimento de plantas, animais, vento e água através desse meio natural, sua elaboração leva em conta a dinâmica da paisagem e seu entorno. Além disso, busca a manutenção das manchas de vegetação existente, dispersão de espécies, riqueza de habitats e diminui os impactos causados pelas pelo ser humano. Mas para isso essas passagens precisam ser contínuas e com largura adequada (PELEGRINO; OSEK; 2004). 11
TÉCNICAS CONSTRUTIVAS | CONSTRUÇÃO CIVIL | Segundo Laruccia, o setor da construção civil é valioso para nosso sistema econômico, isso porque gera trabalho, comércio de materiais, venda e locação de propriedades, porém seus impactos negativos são consideravelmente altos (LARUCCIA, 2014). Esses impactos envolvem todas as etapas da cadeia produtiva da construção. Nessas primeiras etapas o setor construtivo é responsável por 15% a 50% da extração de recursos naturais, 220 milhões de toneladas de agregados naturais são consumidos apenas na produção de concreto e argamassa nacional, e também mais de 60% da madeira utilizada para essa finalidade é extraída de modo inadequado (LARUCCIA, 2014). Esses dados reforçam a importância de repensar o modo que construímos.
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[ 5 ] Fonte: disponível em <https://www.mobussconstrucao.com.br/wp-content/ uploads/2018/01/IMG_381056. jpg> acesso em 23 de março de 2021.
| AUTOCONSTRUÇÃO | “Assim como a tendência à generalização da forma mercadoria criou ao longo da história diferentes formas de trabalho assalariado, ela induziu também, a produção de um espaço urbano desigual e fragmentada.” (MAUTNER, 1999, p. 1). Por volta da década de 40, em São Paulo, o déficit habitacional, a falta de sistemas de crédito que alcançasse a população mais pobre, a larga produção de materiais de construção e consequentemente o barateamento dos mesmos contribuíram para a transição do aluguel para a casa autoconstruída em lote nas periferias, com pouca ou nenhuma infraestrutura urbana (MAUTNER, 1999).
[ 6 ] Autoconstrução Fonte: disponível em <https://network.grupoabril.com.br/wp-content/ uploads/sites/7/2019/03/ arquiteturanaperiferia_comunidaderosaleao.jpg?quality=70&strip=info> acesso em 23 der março de 2021.
Segundo Maricato, a classe trabalhadora e periférica resolve seu problema habitacional por meio da autoconstrução, usando seu tempo livre e a mão de obra existente, já que não tem apoio suficiente dos órgão públicos para este dilema. Essa forma de produzir a casa pode ser definida por uma construção que é gerenciada pelos moradores. Essa prática gera impactos negativos em pequena e grande escala, como a insalubridade, problemas de estabilidade, iluminação inadequada e ventilação precária, interferindo na qualidade de vida dos moradores. Isso acontece pelos conhecimentos limitados dos que realizam este método (MARICATO, 1982). 13
| CONSTRUÇÃO INTEGRADA A NATUREZA | “A terra é alvo de pesquisadores que buscam avançar a tecnologia, através do resgate e conhecimento das técnicas utilizadas no passado e do desenvolvimento de sistemas construtivos inovadores e coerentes, caracterizados pela simplicidade, eficácia e baixo custo.” (NEVES; FARIA, 2011).
[ 7 ] Atividades em uma obra - adaptado pela autora. Fonte: LENGEN, 2011, pg.349
[ 8 ] Processo pau a pique. Fonte: disponível em <https://conexaoplaneta. com.br/wp-content/uploads/2017/04/bioconstrucao-curso-ipema-foto-divulgacao.jpg> acesso em 3 de abril de 2021.
Esse resgate é uma das vertentes da bioconstrução, isso porque se trata de uma arquitetura integrada com a paisagem, natureza e a comunidade local, tanto quando se trata na escolha dos materiais quanto ao processo de construção e os impactos futuros. O baixo custo nestas técnicas se dá pela economia no transporte e na fabricação, já que os materiais são locais e , além disso, tem um eficiente conforto térmico, lumínico e acústico, e também utilizar de fontes de energias renováveis (VIEIRA, 2015). 15
Dentre os métodos mais utilizados estão os: superadobe, tijolos de adobe, taipa de pilão, pau a pique e técnicas em bambu. O superadobe foi idealizado pelo arquiteto iraiano Nader Khalili para possíveis construções na lua em 1984. Ele é composto por sacos de propileno que são preenchidos por terra, argila e matéria orgânica. Para a formação das paredes esses sacos são empilhados e modelados, conforme a imagem 5, essa modalidade não necessita de trabalho especializado, porém exige força e resistência física. O adobe foi utilizado em várias civilizações antigas, principalmente na África, Oriente Médio e América do Sul. Ele é composto pela combinação de argila, água e palha, essa mistura é colocada em um molde de madeira e depois dispostos no sol para que fiquem livres da umidade, conforme a imagem 6. Para uma melhor eficiência dessa técnica as características climáticas do local e da matéria prima devem ser analisadas. A taipa de pilão foi um dos métodos mais aplicados na antiguidade. O processo se dá pela compactação da terra em um taipal, (armação retangular de madeira), em camadas de 15 cm, umedecendo sempre que preciso, conforma a imagem 7. Suas paredes têm entre 40 e 80 cm, o que proporciona um conforto térmico e acústico ao ambiente. O pau a pique é a técnica mais empregada no Brasil. Ela consiste em uma trama de madeira ou bambu que é fixada a troncos estruturais, depois é preparado a mistura de terra e a mesma é aplicada manualmente nesta trama, conforme a imagem 8. Diferente da taipa de pilão sua espessura varia entre 15 a 20 cm (VIEIRA, 2015). O bambu pode ser utilizado em várias técnicas, por sua versatilidade, além da elaboração da parede de pau a pique, com ele podem ser realizados painéis decorativos ou de fechamento e também no sistema estrutural da edificação, conforme as imagens 9 e 10. 16
[ 9 ] Construção superadobe. Fonte: disponível em < https://ciclovivo.com.br/ wp-content/uploads/2017/01 /16231279_1021000584668161 7_1842838867_o.jpg> acesso em 4 de abril de 2021. [ 10 ] Tijolo de adobe. Fonte: disponível em < https://museudecacule.files. wordpress.com/2016/03/ img_0226.jpg> acesso em 4 de abril de 2021. [ 11 ] Parede de taipa. Fonte: disponível em <http://4.bp.blogspot. com/_EAPvZQFfrh4/SOkllstuR_I/AAAAAAAAANY/zuv0HUyv6Fw/s400/pag2a.jpg> acesso em 4 de abril de 2021. [ 12 ] Parede de pau a pique. Fonte: disponível em <https://i.ytimg.com/vi/niXRXkGntn0/sddefault.jpg> acesso em 4 de abril de 2021. [ 13 ] Pavilhão BAMBUTEC. Fonte: disponível em <https://bambutec.com.br/ galpao/> acesso em 4 de abril de 2021. [ 14 ] Edificação em bambu. Fonte: disponível em <https://www.hausdecoracao.com.br/wp-content/ uploads/2014/10/construcao-de-bambu.jpg> acesso em 4 de abril de 2021.
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O tijolo ecológico é composto por terra, água e uma pequena quantidade de cimento (normalmente se usa uma parte de cimento para oito partes de terra), diferentemente das demais, não necessita passar por nenhum processo de queima. Esta mistura irá ser comprimida em uma prensa própria, conforme a imagem 12, após a compreensão o tijolo deve ser armazenado para o processo de secagem durante 28 dias. Esta é uma técnica estruturalmente autoportante até dois pavimentos. Para a sustentação estrutural dos fios de aço são colocados em cada metro, e também na composição das vergas e na última fiada, auxiliando também na sustentação da cobertura, além disso mangueiras devem ser inseridas para auxiliar na ventilação da estrutura, conforme a figura 13. [ 15 ]
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[ 15 ] Parede de tijolo ecológico Fonte: disponível em <https:// www.tuacasa.com.br/wp-content/uploads/2019/02/tijolo-ecologico-0-1200x675.jpg> acesso em 9 de abril de 2021. [ 16 ] Prensa de tijolo ecológico. Fonte: disponível em <https://br.pinterest.com/ joao_mai/tijolo-ecol%C3%B3gico/> acesso em 9 de abril de 2021.
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[ 17 ] Diagrama estrutural [ 18 ] Peças. Fonte: BARROCA, Julie Nolasco, 2020, pg.29 [ 19 ] Imagem de fundo Fonte: disponível em < https://images.wallpapersden.com/image/download/ trees-top-view-green_ZmlpZmmUmZqaraWkpJRobm5nrWdnaWc.jpg> acesso em 17 de abril de 2021. [ 20 ] Ecotécnicas aplicadas adaptado pela autora. Fonte: LENGEN, 2011, pg.447.
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“Se na construção dos espaços, pudesse simultaneamente ser estabelecido um processo de aprendizado ambiental, de modo a alterar as condições de percepção que as comunidades têm do espaço em que vivem, poderíamos esperar uma transformação nas técnicas de intervenção (utilização e apropriação) destas comunidades sobre sua paisagem.” (PELLEGRINO; OSEKI, 2004). “Não adianta pensar em ecologia só para os 15% da população que podem pagar por um projeto de arquitetura. Ecologia é para todo mundo. As técnicas e tecnologias de permacultura precisam ser simples para que possam ser replicadas por todos.” (LOTUFO, 2020). “A problemática ambiental na qual confluem processos naturais e sociais de diferentes ordens de materialidade, não pode ser compreendida em sua complexidade nem resolvida com eficácia sem o concurso e integração de campos muito diversos do saber.” (LEFF, 2006).
Nos apontamentos acima podemos ver a importância do ensino da arquitetura ecológica, que deve ser acessível a todas as pessoas, para que seu impacto seja efetivo, além disso, deve englobar todas as áreas de ensino, para que seu debate seja eficiente. Johan van Lengen expôs essa preocupação em Manual do Arquiteto Descalço, em que ele detalhou técnicas bioconstrutivas de modo que leigos pudessem compreender, a partir de imagens explicativas e orientações simples.
REFERÊNCIAS PROJETUAIS | INFRAESTRUTURA VERDE - PORTLAND | Portland - Oregon Início - 1993 Portland foi uma das cidades mais poluídas dos Estados Unidos, entretanto, hoje possui programas voltados à ecologia urbana e a taxa de drenagem, que é responsável pelo manejo de águas pluviais. Entre os principais incentivos está o programa ruas verdes, seu foco é a revitalização da cidade por meio de infraestruturas, como jardins de chuva e biovaletas, que aprimorem a drenagem urbana. Os principais objetivos desse projeto são de melhorar a qualidade das águas nos aquíferos, reduzir o escoamento superficial, integrar os ambientes naturais aos construídos, construir uma infraestrutura verde através desses equipamentos e diminuir os impactos climáticos (SOLUÇÕES PARA CIDADE).
[ 21 ] Biovaletas em Portland Fonte:disponível em <https:// www.mobussconstrucao. com.br/wp-content/uploads/2018/01/IMG_381056. jpg> acesso em 10 de abril de 2021, [ 22 ] Cortes esquematicos dos jardins de chuva. Fonte: PROGRAMA SOLUÇÕES PARA A CIDADE, 2013, pg. 10. [ 23 ] Diagrama de sistemas Fonte: LEMOS, 2017, pgs. 31, 32 e 33. [ 24 ] Jardim de Chuva em Portland. Fonte: MOURA, 2013, pg.51. [ 25 ] Canteiros verdes em Portland. Fonte: MOURA, 2013, pg.52. [ 26 ] Piso permeável em Portland. Fonte: PROGRAMA SOLUÇÕES PARA A CIDADE, 2013, pg. 12.
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Dentre as principais intervenções estão: Jardins de chuva: são segmentos de depressões que recebem a água pluvial, nesta cavidade existem camadas de detritos que iram facilitar a absorção da água, enquanto microorganismos eliminam os poluentes da mesma (MOURA, 2013). Imagem 12 e 17. Biovaletas: são semelhantes aos jardins de chuva, porém são lineares e são preenchidas por vegetação, solo e elementos filtrantes, que aumentam o tempo de escoamento e dirigindo o mesmo para um jardim de chuva (MOURA, 2013). Imagem 13. Canteiro pluvial: em síntese é um jardim de chuva compactado, e além de ser capaz de infiltração pode contar com evapotranspiração (MOURA, 2013). Imagem 14. Pisos permeáveis: é o piso construído que permite a infiltração da água para o solo (LEMOS, 2018). Imagem 15. [ 24 ]
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| FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO DE SÃO PAULO | Cidade Universitária São Paulo Brasil Vilanova Artigas 1948 18.000 m²
PÁTIO
O projeto da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, é desenvolvido em torno do vazio do pátio, localizado no térreo, possibilitando uma maior dinâmica entre os alunos e os ambientes, de modo que interajam, mas sem interferir nas atividades. Outro ponto que deve ser destacado é sua entrada ampla, sem portas e sem delimitações de espaços, deixando a vivência mais convidativa a seus usuários. Além disso, o programa é distribuído de forma que os espaços com atividades práticas não interfiram nos estudos teóricos e nem nas atividades administrativas, como por exemplo, a biblioteca, que está localizada em um pavimento administrativo, separada dos ateliês. Dentro de seu programa é importante destacar que, além de amplos estúdios para os alunos, no projeto existe uma área destinada à exposição dos projetos, destacado em cinza na planta do térreo. Esse espaço permite que o conhecimento adquirido pelos estudantes possa ser exposto para os visitantes. [ 28 ]
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[ 27 ]
[ 29 ]
[ 27 ] Imagem de localização Fonte: Elaborado pela autora. [ 28 ] Imagem de localização Fonte: disponível em <http:// pranchetadearquiteto.blogspot.com/2015/09/inspiracao-faculdade-de-arquitetura-e.html> acesso em 11 de abril de 2021.
Pátio central
[ 29 ] Croqui programático. Vazio <do pátio Fonte: disponível em http://daniloz.com/wp-conAuditório tent/uploads/2020/03/FAU_ A2_2.jpg> acesso em Área 11 de acadêmica abril de 2021.
Administrativo/a
[ 30 ] Pátio central. Área de exposiçã [ 31 ] Plantas FAU. [ 32 ] Fachada FAU. Biblioteca [ 33 ] Corte esquemático Fonte: disponível em < vertic Circulação https://www.archdaily.com. b r / b r / 0 1 - 1 2 9 4 2 / c lPercurso assicos-da-arquitetura-facu l d a d e - d e - a r q u i tVisuais etura-e-urbanismo-da-universidade-de-sao-paulo-fau-usp-joao-vilanova-ar0 4 10 tigas-e-carlos-cascaldi> acesso 11 de abril de 2021.
[ 30 ]
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PÁTIO PÁTIO [ 32 ]
PÁTIO
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Pátio central Pátio central Vazio do pátio Vazio do pátioAuditório Auditório
Área acadêmica
Área acadêmica Administrativo/apoio
Pátio central
Administrativo/apoio Área de exposição
Vazio do pátio
Auditório Área de exposição
Biblioteca
Área acadêmica
Biblioteca
Administrativo/apoio
Circulação vertical principal
principal ÁreaCirculação de exposição vertical Percurso Biblioteca
Percurso
Visuais
Circulação vertical principal
Visuais
Percurso Visuais 0 0
4 4
0
4
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| CANTEIRO EXPERIMENTAL | CANTEIRO
Cidade Universitária São Paulo Brasil 3.000 m² - terreno 2000 [ 36 ]
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ACESSO ESTOCAGEM
ÁREA COBERTA PROCESSOS [ 34 ] Fluxograma de uso. Fonte: Elaborado pela autora.
A implantação dos canteiros experimentais na cidade vai além da formação de competência dos estudantes que queiram adquirir experiência na execução de projetos, eles ampliam os ensinamentos e conceitos construtivos, além de ser um local para experimentação de novas técnicas e do trabalho em equipe, diferentemente do canteiro de obras, que o enfoque está na linha de produção. É importante destacar que a área descoberta é 7 vezes maior que a própria área coberta (utilizada como apoio para as necessidades dos usuários). Este local aberto comporta exercícios práticos, que necessitam de um espaço abrangente para um desenvolvimento adequado de suas atividades, e também para a locomoção dos materiais e de todos os usuários, garantindo assim um maior nível de confortabilidade e segurança. 24
[ 35 ] Planta - Canteiro. Adaptado pela autora Fonte: ROCONI, 2005, pg149 [ 36 ] Canteiro Experimental. Fonte: disponível em <https://bityli.com/5z0mw> acesso 15 de abril de 2021. [ 37 ] Corte. Adaptado pela autora. [ 38 ] Imagem pátio. [ 39 ] Planta. Adaptado pela autora. [ 40 ] Fachada Fonte: disponível em < https://www.archdaily.com. br/br/906019/centro-comunitario-camburi-cru-architects > acesso 15 de abril de 2021.
| CENTRO COMUNITÁRIO CAMBURI | Ubatuba - Estado de São Paulo, Brasil 175 m² CRU! Architects 2018 [ 37 ]
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Na edificação houve uma preocupação de resgatar as antigas técnicas construtivas do local, como a estrutura em bambu, tijolos de barro, parede de taipa e base composta por pedras, conforme a imagem 37. Os painéis feitos de bambu,além de dividirem os espaços, permitem a circulação de ar.
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| MORADIAS INFANTIS - FUNDAÇÃO BRADESCO | Formoso do Araguaia, Tocantins, Brasil 23.344 m² Aleph Zero, Rosenbaum 2017 No projeto há uma busca de conhecimento sobre o local de trabalho, onde o estudo foi focado na transformação e no resgate cultural, no incentivo a técnicas construtivas locais, na beleza indígena e sua forma de viver em harmonia com a natureza.O clima tropical na região foi um dos principais condicionantes para a criação do projeto, a preocupação com o calor elevado da região, exigiu que elementos com propriedades térmicas fossem utilizados (vide imagem 42), como os blocos de terra feitos à mão no local, que foram estruturados em paredes e treliças e também como as coberturas (pé direito de 8 metros - 2 pavimentos) com grandes beirais que sombreiam algumas áreas de circulações e permanências do edifício. [ 43 ]
[ 42 ]
[ 41 ] Fachada [ 42 ] Corte - perda de calor. Adaptado pela autora. [ 43 ] Planta - Térreo. Adaptado pela autora. [ 44 ] Corte - Águas pluviais. Adaptado pela autora. [ 45 ] Corte - Ventilação. Adaptado pela autora [ 47 ] Fachada. [ 50 ] Vista circulação. Fonte: disponível em < https://www.archdaily. com.br/br/879961/moradias-infantis-rosenbaum-r-plus-aleph-zero > acesso em 18 de abril de 2021. [ 46 ] Casca estrutural. Fonte: disponível em < https://www.itaconstrutora. com.br/ > acesso em 18 de abril de 2021 [ 48 ] Diagrama de encaixes. [ 49 ] Diagrama pilar. Fonte: elaborado pela autora. Hall de chegada Área de permanência/ Pátio Circulação vertical principal
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Eixos Visuais
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Nestes beirais existem calhas metálicas interligadas a tubos de queda, que levam as águas pluviais da cobertura para os espelhos d’água. O pavimento superior é composto por painéis que possibilitam a circulação do ar, deixando o ambiente mais arejado. Sua estrutura de madeira é pré fabricada com encaixes (vide imagens 46 e 47), seus pilares altos (mais suscetíveis a flambagem) foram revestidos com uma camada secundária de madeira para aumentar sua seção e auxiliar a junção de duas peças, além disso, para não encostar as peças no piso, foram utilizadas bases metálicas (vide imagem 48). Essas técnicas permitiram uma construção rápida e com poucosresíduos, por esses motivos é considerada uma construção sustentável.
[ 45 ]
[ 46 ]
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[ 48 ]
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FUTURO TERMINAL DE ÔNIBUS FUTURA ESTAÇÃO JOÃO PAULO I
ÁREA DE INTERVENÇÃO
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| DISTRITO DA FREGUESIA DO Ó E BRASILÂNDIA | O distrito da Freguesia do Ó e Brasilândia está localizado na Zona Norte do Município de São Paulo. Caracterizado por ser um distrito dormitório, onde os moradores têm que locomover longas distâncias para trabalhar ou usufruir do seu tempo.
[ 51 ] Diagrama do local. Fonte: Elaborado pela autora, com base do Google Earth. [ 52 ] Diagrama de usos. Fonte: Elaborado pela autora, [ 53 ] Mapa das estações. Fonte: disponível em < https://www.metrocptm. com.br/wp-content/uploads/2015/05/linha-6mapa. jpg> acessado em 21 de abril de 2021. [ 54 ] Diagrama de escolas. Fonte: Elaborado pela autora, com base do Google Earth.
A região carece de grandes infraestruturas, um exemplo é a falta de opções de transporte público, porém a construção da nova linha laranja do metrô pretende modificar essa realidade. A nova linha planeja ligar a região central (Estação Vergueiro) ao distrito da Freguesia do Ó e Brasilândia, conforme imagem 53, a obra pretende operar em 2025. Além disso, há uma escassa quantidade de escolas de nível superior na região, conforme a imagem 54, é possível visualizar os dois equipamentos desta tipologia, o que obriga o longo deslocamento dos cidadãos do distrito. Conforme o diagrama elaborado (vide imagem 52), os lotes lindeiros da Avenida João Paulo I são predominantemente de uso comercial (avenida escolhida para intervenção paisagística), evidenciando a potencialidade do local para espaços de permanência, porém, a área destinada ao projeto arquitetônico tem uma quantidade significativa de residências, o que deve ser considerado nas premissas do projeto. [ 53 ]
[ 54 ]
INTERVENÇÃO PAISAGISTICA INTERVENÇÃO ARQUITETÔNICA
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29
0
100
200
| ASPECTOS AMBIENTAIS | Embaixo da Avenida João Paulo I está canalizado o córrego afluente Rio das Pedras, que por sua vez recebe água dos córregos menores e deságua no Rio Tietê, por este motivo as águas pluviais da região, com ajuda da topografia, vão em direção a avenida. Ao longo da avenida foram escolhidas 4 áreas verdes para serem requalificadas e consolida tem uma infraestrutura verde (vide diagrama 55), na qual as últimas duas praças, que por sua vez são resquícios de mata atlântica, seriam trabalhadas mais detalhadamente junto com o terreno atualmente vazio entre elas. [ 56 ]
[ 57 ]
[ 55 ] Diagrama áreas verdes. Fonte: Elaborado pela autora com base nos arquivos do Google Earth. [ 56 ] Imagem aeria. Fonte: Google Earth. [ 57 ] Diagrama topografia. PAISAGISTICA Fonte: INTERVENÇÃO Elaborado pela autora. INTERVENÇÃO ARQUITETÔNICA
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31
Área livre da calçada e
| PROBLEMÁTICAS DA AVENIDA JOÃO PAULO I | Mesmo que a Avenida João Paulo I seja rodeada por comércios, os passeios apresentam problemas para os pedestres que circulam na área, as calçadas em sua maioria são estreitas e visualmente menores que a divisão central do viário (vide imagem 57), outro ponto é a má alocação e distribuição dos postes de iluminação e de lixo não suprem as necessidades locais e além disso deixa a área livre da calçada mais estreita vide imagem 60). Ao longo da avenida, as áreas verdes são utilizadas de modo limitado, seus espaços não são projetados para que a população as use como espaço de convívio, deixando livre os métodos de ocupação do solo, é possível visualizar nas imagens 58 e 61 que, como não há um caminho definido, os usuários usa os caminho mais que lhe convém, deixando a grama pisoteada e impedindo de crescer, esta ação interfere diretamente na qualidade da área verde e nas suas funções drenantes.
[ 61 ]
[ 58 ] Vista caminho existente na praça [ 59 ] Viário da Avenida João Paul I [ 60 ] Ponto de ônibus. [ 61 ] Passeio. Fonte: Retirado do Google Earth.
estreita. Lixeiras má distribuídas e insuficientes
[ 58 ]
Iluminação inadequada para pedestres.
[ 59 ]
[ 60 ]
Pontos de ônibus pouco utilizado Divisão existente dos fluxos viários maior que o necessário.
Infraestrutura obstruindo o passeio.
[ 63 ] 1
4
6 5
3
2 1
TERMINAL DE ÔNIBUS 0
[ 64 ] 2
200
[ 65] 3
PONTO DE ÔNIBUS
[ 67 ] 4
34
PONTO DE ÔNIBUS
[ 68 ] 5
[ 69 ] 6
| RECORTE | O terreno possui 7040,00 m² e está localizado em uma ZEIS - 2, conforme o Plano Diretor, o local tem que seguir os parâmetros urbanísticos sinalizados na Tabela 1. O local escolhido está entre a Rua Miguel Helou (vide imagem 69) e a Avenida São João I (vide imagem 63), pode ser acessado facilmente pela nova estação, terminal ou ponto de ônibus (vide imagens 63 a 65). Dentro do território escolhido existem duas praças, uma na mesma quadra que o terreno destinado a escola de bioconstrução proposta ( vide imagem 63 ) proporcionando uma vista agradável para as pessoas que saem do metrô e vão em direção ao terreno, e outra que está entre a Avenida João Paulo I e o mesmo, proporcionando um caminhada agradável para os pedestres (vide imagens 67 e 68).
[ 67 ] Viário da Avenida João Paulo I e praça. [ 68 ] vista Rua Prof. Luis Sanches. [ 69 ] vista rua atras do terreno. Fonte: Retirado do Google [ 52 ] Diagrama de vistas. [ 63 ] Vista da Avenida. [ 64 ] Vista para a praça. [ 65 ] Vista para toda praça. Fonte: Elaborado pela autora, com base do Google Earth.
[ 70 ]
[ 70 ] 3D Atual. Fonte: Elaborado pela autora,
35
SINTESE | PROPOSTA | O cerne do projeto é criar um percurso entre a periferia (distrito da brasilândia) e a nova estação do metrô, durante esse caminho a intenção é criar um elo entre o pedestre e a natureza, ressignificando o paradigma atual de que as áreas verdes são itens de embelezamento da cidade, redesenhando o viário e unificando as áreas verdes da avenida João Paulo I, que além de aumentar a biodiversidade, cria espaços de permanência para os pedestres, pressupondo que o fluxo dos mesmos aumentará com a nova linha laranja do metrô.
[ 71 ] Atividades em uma obra - adaptado pela autora. Fonte: LENGEN, 2011, pg.41
37
| DIRETRIZES URBANÍSTICAS | Para a elaboração do projeto, diretrizes foram estabelecidas para adequar a avenida para seus potenciais usos. Sendo elas: Faixa livre - destinada exclusivamente à livre circulação de pedestres, deverá ter no mínimo 1,20 metros de largura. Faixa de serviço - destinada a acomodar o mobiliário urbano, a vegetação e os postes de iluminação ou sinalização, deverá ter no mínimo 0,70 metros de largura. Faixa de acesso - destinada à acomodação das interferências resultantes da implantação, do uso e da ocupação das edificações, exclusivamente nas calçadas com mais de 2 metros de largura. Mobiliário urbano - não pode ser instalado na faixa livre, preferencialmente, deve ficar na faixa de serviço ou, excepcionalmente, na faixa de acesso, em razão da melhor solução urbanística indicada. Banco - a implantação em calçadas deve respeitar a distância mínima de 5,0 metros do bordo do alinhamento da via transversal, com distância mínima de 0,5 metros do limite exterior da guia. Deve ser instalado dentro da faixa de serviço ou acesso, de forma que não obstrua a faixa livre. Faixa de carro - no mínimo com 2,70 metros de largura. Faixa compartilhada (carro/ônibus) - no mínimo com 3,50 metros de largura. Via compartilhada - será inserida para criar um ambiente mais agradável e seguro para o pedestre. 38
[ 62 ] Diagrama de setorização de passeio. Fonte: NACTO, 2018, pg. 107. [ 63 ] Ruas compartilhadas. Fonte: NACTO, 2018, pg. 162. [ 74 ] Parklets. Fonte: SMDU 2014, pg. 17. [ 75 ] Faixa de carro. Fonte: NACTO, 2018, pg. 415. [ 76 ] Diagrama de setorização de viario. Fonte: NACTO, 2018, pg. 141.
[ 75]
[ 72 ]
[ 76 ]
[ 73 ]
[ 74 ]
39
| DIRETRIZES PAISAGÍSTICAS | Para a elaboração da infraestrutura verde foram estudadas tipologias que se adequem a realidade do local, facilitem a drenagem da água pluvial e qualifiquem o passeio, de modo a não prejudicar as funções das áreas verdes. Jardins de chuva - serão inseridas com as dimensões mínimas de 2 metros x 7 metros (14 m²), deixando acessos para os lotes (vide imagem 80). Canteiros pluviais - serão inseridos quando não houver espaço suficiente para implantação de jardins de chuva, com dimensões máximas de 1 metro x 6 metros (6 m²), deixando acessos para os lotes (vide imagem 81). Sarjetas - serão inseridos quando houver necessidade de extensão da calçada para a segurança do motorista e do pedestre, com dimensões máximas de 1 metro x 6 metros (6 m²), deixando acessos para os lotes (vide imagem 82). Pisos suspensos - pisos metálicos suspensos serão inseridos nas áreas verdes quando for necessário a transposição ou implantação de áreas de permanência, de modo que não prejudique a drenagem e permita um caminho agradável aos pedestres (vide imagens 77 e 78). [ 77 ]
40
[ 78 ]
[ 80 ]
[ 81 ]
[ 77 ] Jardim Shopping Cidade São paulo. [ 78 ] Piso suspenço. Fonte: disponível em < https:// www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/aflalo-gasperini-arquitetos_/ shopping-cidade-sao-paulo-e-torre-matarazzo/2429 > acesso em 16 de maio de 2021. [ 82 ] [ 79 ] Preenchimento dos sistemas de drenagem. Fonte: MOURA, 2013, pg. 02. [ 80 ] Corte e planta esquematicos jardim de chuva. Fonte: Elaborado pela autora. [ 81 ] Corte e planta esquematicos canteiro pluvial. Fonte: Elaborado pela autora. [ 82 ] Corte e planta esquematicos sarjeta verde. Fonte: Elaborado pela autora.
41
| SINTESE | 740
A partir das diretrizes elaboradas foram estabelecidos métodos de aplicação das mesmas no projeto.
UITETÔ NICA
TERVE NÇÃO PAISAG ISTICA VENÇÃ O ARQ
IN
INTER
50
AVENIDA JOÃO PAULO I
PLANTA CANTEIRO EMEI JOANINHA GRASSI FAGUNDES - PROPOSTA 0
50
25
0 150
INTER VENÇÃ O PAIS A G IS TI CA VENÇÃ O ARQ UITETÔ NICA
INTER
50
42
150
Ao longo da avenida foram selecionadas áreas verdes com o maior adensamento de massa vegetal para um estudo aprofundado: canteiro em frente ao EMEI Joaninha Grassi Fagundes; Praça Francisco de Campos Filho; Praça em frente ao Supermecado Dia e Praça Padre Aquiles Silvestri, que por sua vez está dentro do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA), criado em 2014, que afirma: “O objetivo não é só o de justificar sua conservação, mas sensibilizar os envolvidos da relevância desses ecossistemas” (PMMA,2017). A área desta última praça selecionada é caracterizada por um Bosque Heterogêneo que, segundo o Plano Municipal já citado, serve como abrigo e fonte de alimento para a fauna silvestre.
0
A divisão entre os fluxos viários (faixas de sinalização) que eram excessivamente largos, foram diminuídos e as faixas viárias foram adequadas para um fluxo de automóveis mais seguro e confortável, possibilitando um alargamento da calçada, assegurando uma distribuição de espaços agradáveis.
PLANTA CANTEIRO EMEI - ATUAL 0
25
50
100
100
Dentro das superfícies vegetativas escolhidas, quando necessário, foram inseridos passeios elevados (imagens 77 e 78), implantados nos percursos existentes, que além de continuar os caminhos usuais dos pedestres, não interferirá na massa arbórea existente, no ecossistema e na drenagem pluvial. [ 83 ]
740 735
0 INTERVENÇÃO PAISAGISTICA
150
INTERVENÇÃO ARQUITETÔNICA
50
AVENIDA JO ÃO PAULO I
PLANTA PRAÇA FRANCISCO DE CAMPOS FILHO - PROPOSTA 0
50
25
100
0
Nesses passeios elevados foram anexadas áreas de permanência. Além desses espaços, no perímetro das praças foram incluídos jardins de chuva que serão conectados as galerias pluviais existentes, para facilitar a drenagem pluvial e também será incorporado parklets para acomodar os pedestres.
INTERVENÇÃO PAISAGISTICA
150
INTERVENÇÃO ARQUITETÔNICA
50
PLANTA PRAÇA AQUILES SILVESTRI - ATUAL 0
25
50
100
[ 83 ] Vista aeria canteiro. [ 84 ] Vista aeria Praça Francisco de Campos Filho Fonte: Retirado do Google Earth. [ 84 ]
43
O projeto busca gerar um ambiente de permanência acolhedor e confortável termicamente, mesmo que localizado ao lado de uma avenida com alto tráfego de veículos, semelhante ao Parque Ribeiro do Matadouro nas imagens 85 e 86.
COR
CORTE CANTEIRO EMEI JOANINHA GRASSI FAGUNDES - ATUAL
[ 85 ]
CORTE PRAÇA FRANCISCO DE CAMPOS FILHO - ATUAL
CORTE PRAÇAPRAÇA PADRE AQUILES SILVESTRI - ATUAL
COR
[ 86 ]
[ 85 ] Vista do percurso. [ 86 ] Vista docaminho elevado. Fonte: disponível em < https://www.archdaily.com.br/ br/778055/parque-ribeiro-do-matadouro-oh-land-studio/5652ee1be58ece7a69000159-ribeiro-do-matadouropark-oh-land-studio-photo?next_project=no > acesso 04 de Junho de 2021.
CORTE PRAÇA PADRE AQUILES
44
RTE CANTEIRO EMEI JOANINHA GRASSI FAGUNDES - PROPOSTA
RTE PRAÇA FRANCISCO DE CAMPOS FILHO - PROPOSTA
SILVESTRI - PROPOSTA
45
| RECORTE | A proposta da instituição educacional na Freguesia do Ó é oferecer um espaço de ensino e lazer para a população local, que além de criar um ambiente de permanência agradável e referencial, realize novos vínculos entre os usuários e a natureza. Como ensino é voltado a bioconstrução, a instituição irá incentivar pesquisas inovadoras de técnicas vernaculares e ancestrais que, através dos laboratórios inseridos no projeto, trará esses métodos construtivos para a realidade atual, além disso, irá expor os trabalhos desenvolvido no local, para evidenciar essas novas possibilidades. Diante disso, o croqui abaixo evidencia de organizações programática dos espaços:
[ 87 ]
[ 87 ] Croqui de estudo. Fonte: Elaborado pela autora.
47
FLUXOGRAMA DE AMBI LABORATÓRIOS
EXP
DEPOSITOS
CANTEIRO
ANFITEATRO
PÁTIO
| PROGRAMA DE NECESSIDADES | CAFÉ
O programa foi separado em 5 áreas, ensino prático, ensino teórico, administrativo, apoio e cultural, conforme a tabela ao lado.
Conforme o fluxograma de ambientes, podemos ver que tudo se conecta com o pátio central, sendo o primeiro elemento considerado no O espaço reservado para o ensino teó- projeto, outra premissa que impactou diretamenrico é o cerne do projeto, nele abriga a área do te na inserção dos volumes foi a existência de canteiro que é o local mais importante do edifício um córrego encanado passando no terreno (vide e os materiais produzidos que serão comerciali- diagrama córregos), que pretende ser simbolizado zados em uma loja. Além dele estão incluídos os como um espelho d’água, proporcionando visuais depósitos, almoxarifados, vestiário para os es- interessantes para os usuários. A partir destudantes e funcionários, por último também está sas vertentes e dos fluxos planejados para o prevista uma área de apoio assistencial construti- pedestre (vide diagrama de fluxos), definiu-se a vo, onde profissionais qualificados darão suporte volumetria preliminar do projeto, onde as atividanecessário à população da região quando houver a des práticas ficam próximas umas das outras, os construção de suas moradias. O espaço de ensino depósitos possuem fácil acesso para a área de teórico é composto pelos laboratórios de testes, carga e descarga, e os laboratórios de testes laboratório de informática e estúdios. A área ad- localizam-se próximos ao canteiro para uma dinâministrativa engloba as salas de apoio adminis- mica de aprendizado eficiente. Já a eixo cultural trativo do edifício, como por exemplo a sala dos está concentrada na parte direita do terreno, professores e a coordenação. A parte de apoio é onde todos os anexos, como café, tenham acesso destinada a infraestrutura que dará suporte aos independente da instituição de ensino. ativando as travessias propostas para o terreno, e por últiusuários do edifício, como o bicicletário. mo as salas e os estúdios estão localizados no Conforme dito anteriormente, além da pavimento superior, proporcionando um ambiente área de ensino, o edifício terá a parte cultural isolado para reflexão e estudo dos alunos, assim para usufruto da comunidade local, esta área en- como a administração e a biblioteca. globa a biblioteca, midiateca e o anfiteatro, que terão acessos independentes da área educacional. 48
ESPELHO D’ÁGUA - QUE FLUXOS DE PEDESTRES
ESPAÇOS DE CONVIVÊN DAGRAMA C
ESPELHO D’ÁGUA
FLUXOS DE PEDE
ESPAÇOS DE CON
CAFÉ
SALAS DE AULA E
SANITARIOS E VES
CULTIVO DE BAMB
CANTEIRO COBER ANFITEATRO
DEPOSITOS E ALM LABORATÓRIOS
LOJA/ ÁREA DE EX
BIBLIOTECA E MID ADMINISTRAÇÃO
IENTES
AMBIENTES
POSIÇÃO
QT.
CANTEIRO EXPERIMENTAL (ÁREA ABERTA)
SALAS ESTUDIOS
200
CANTEIRO EXPERIMENTAL (ÁREA COBERTA)
-
BIBLIOTECA
CONSTITUIÇÃO DA IDEIA VOLUMÉTRICA
ENSINO PRATICO
DEPOSITO GERAL DE EQUIPAMENTOS
APOIO
40
DEPOSITO DE MATERIAIS
40
ALMOXARIFADO DE MATERIA PRIMA (TERRA)
100
CULTIVO DE BAMBU
-
ALMOXARIFADO DE GRÃOS
100
VESTIARIOS
30
ALMOXARIFADO DE PRODUTOS ACABADOS
100
ÁREA PARA CARGA E DESCARGA
-
CANTEIRO MOVEL
E ACOMPANHA O CAMINHO DO CORRÉGO
-
APOIO ASSISTENCIAL CONSTRUTIVO
NCIA CÓRREGOS
ÁREA
30
SANITARIOS
-
LOJA
70 SUBTOTAL = 680
ENSINO TEÓRICO
LABORATORIO DE TESTES
180
LABORATORIO DE INFORMATICA
90
ESPAÇO PARA EXPOSIÇÃO
100
RECEPÇÃO
30
SALAS DE AULA
3
50
ESTUDIOS
2
60
SALA DE APOIO E MATERIAL PEDAGOGICO SANITARIOS
25 -
DIAGRAMA DE FLUXOS
ADMINISTRAÇÃO
SUBTOTAL = 645 SALA DOS PROFESSORES
30
SALA DE CORDENAÇÃO
15
ALMOXARIFADO
15
DIREÇÃO
15
SECRETARIA
15
SANITARIOS
SUBTOTAL = 90
PATIO CENTAL
-
COPA/REFEITORIO
25
ESTRES
ENTRADA DE ENERGIA
10
NVIVÊNCIA
GERADOR
10
APOIO
A - QUE ACOMPANHA O CAMINHO DO CORRÉGO
E ESTUDIOS
STIARIOS
BU
RESERVATORIO DE AGUA
10
ABRIGO DE LIXO RECICLAVEIS
10
SUPORTE TI
10
BICICLETARIO
RTO E ABERTO
CULTURAL
XPOSIÇÃO/ RECEPÇÃO
E APOIO
SUBTOTAL = 75
MOXARIFADOS
DIATECA
-
ABRIGO DE LIXO
PROGRAMA DE NECESSIDADES
ANFITEATRO
400
BIBLIOTECA/MIDIATECA
500
CAFE
200
SANITARIOS
SUBTOTAL = 1.100 TOTAL = 2.590 TOTAL + CIRCULAÇÃO = 3.370
49
| DIRETRIZES | Ruas compartilhadas foram criadas para integrar os espaços verdes e livres, garantindo uma maior segurança e confortabilidade para o pedestre, além disso, foi priorizado a vegetação existente para a inserção da volumetria, como exemplo a fileira de palmeiras localizadas no limite do lote na esquina entre a Avenida João Paulo I e a Rua Professor Luís Sanches. 731.00 731.00
AR
IC
ST N TÔ
HELOU
A
ITE
QU
PLANTA TERRENO PROPOSTA A IC
UEL RUA MIG
GI SA
I PA
50
O ÇÃ
EN
O ÇÃ
RV
TE
EN
RV
TE
IN
0
IN
Para criar um percurso agradável dos acessos de transporte público (estação de metrô, terminal e ponto de ônibus) ao terreno, foi criado uma nova travessia (faixa de pedestres elevada) que possibilita um caminho direto e menos sinuoso.
0
15
0
25
50
100
S
SANCHE OF. LUÍS RUA PR
ÃO
A IC ST CA GI NI ISA TÔ PA ITE QU AR 0 15
ÃO
50
Ç EN
V ER
NÇ VE
T IN
R TE IN
AVENIDA JOÃO PAU LO I
PLANTA TERRENO ATUAL 0
25
50
732.70
100
CORTE TRANSP
731.00 731.00
CORTE TRANSPOSIÇÃO ENTRE A RUA MIGUEL HELOU E A RUA PADRE GUALBERTO LIMA
50
UEL RUA MIG
HELOU
0
731.00
POSIÇÃO ENTRE A RUA MIGUEL HELOU E A AVENIDA JOÃO PAULO I
734.00 732.00
51
A instituição foi idealizada de modo que não ultrapassasse a copa das árvores, criando um edifício horizontal e baixo, que se integra à natureza existente na paisagem, sem prejudicar o ecossistema envoltório e potencializando a conservação e restauração da Mata Atlântica (vide vistas abaixo).
DIAGRA
DIAGRAMA DE I
52
VISTA DA TRANSPOSIÇÃO A PARTIR DA PRAÇA
AMA DE IMPLANTAÇÃO
IMPLAMTAÇÃO COM DEFINIÇÃO DO PROGRAMA
VISTA DO CANTEIRO A PARTIR DA PRAÇA
53
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