A CIDADE DE CRUZEIRO E SEU PATRIMÔNIO HISTÓRICO: REVITALIZAÇÃO URBANA COM O RESGATE DA FERROVIA E DO RIO
CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS ARTES DE SÃO PAULO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO ARQUITETURA E URBANISMO ALUNA | THAYANE MARA RIBEIRO DE PAIVA ORIENTADOR | IVANIR REIS NEVES ABREU SÃO PAULO | 2015
Agradecimentos
Ao meu Deus e Nossa Senhora que muitas vezes me carregaram no colo nas horas difíceis. Aos mestres que no andamento deste trabalho, assim como em toda a faculdade, tiveram a paciência de me ouvir, opinar e somar conhecimento me guiando sempre ao melhor resultado. Ao meu orientador Ivanir Abreu que abraçou o desafio proposto e assim como o motivo de eu o ter escolhido, compartilhamos da mesma linguagem e ultrapassamos o resultado que eu esperava chegar. Obrigada por a medida que o desafio crescia, me encorajar a nunca desistir. Aos meus amigos e familiares que ouviram e estiveram presentes em toda a produção. Que mesmo sem entender me apoiaram desejando a mais sincera boa sorte e suportando ausências e mau humor. A família de Paula, (tia Dete, tio Egair, Elizandro, Cátia e Vitória) por acreditarem comigo na realização deste sonho. Ao meu pai Manoel Carlos e a família Oliveira (tia Dita, tio Luizinho, Letícia e Caroline) que sempre torceram por mim e apoiaram minhas loucuras. A amiga-mãe Adelaide, meu porto seguro em uma cidade estranha, ao seu filho Fernando Henrique e falecido marido José Fernando por toda ajuda, carinho e acolhida. A minha madrinha Yvone, padrinho Paulo e Patrick pela confiaça e encorajamento sempre. Aos amigos Bianca Lima e Vinícius Alves pelas experiências
compartilhadas, risos, choros, brigas e aquele ombro amigo quando necessário nestes anos de formação. A Ingrid Thuler pela companhia nas viradas de noite projetando, compartilhando stress, doces e excelentes trilhas sonoras. Aos amigos Juliana Silva, Demétrio Souza, Bruna Freitas e Jeferson Diego que ao passo que envelhece, nossa amizade se torna mais sólida. Obrigada pela prontidão e amor que sempre me dedicaram. Muito deste trabalho possui a ajuda de vocês. Aos amigos que os estágios me trouxeram (Caio Nagano, Marcelo Sakae, Noboru Yamauti, Ivo Sacagami, Dhaian Miranda, Jan Ziober, Juliana Stella, Vivian Shimohirao, Marcos Nascimento, Diogo Lima, que além de experiência, me somaram conhecimento, segurança e prazer em conviver com vocês todos os dias. Aos secretários, membros da prefeitura de Cruzeiro e munícipes que me atenderam, me ajudaram e me tiraram todas as dúvidas. Ao companheiro muito mais que namorado André Teixeira, que esteve ao meu lado cuidando, apoiando e suportando firme todos os momentos. E a ela, para que tenha orgulho de mim, minha mãe. Maria da Glória, te dedico cada linha deste caderno, cada honra dessa formação. É por você que busco meu melhor.
Sumário
Apresentação Histórico Características
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Zoneamento Área de Estudo Legislação Municipal Leitura Urbana
07 08 09 16
Diretrizes Gerais Intervenção Setor 01 Intervenção Setor 02
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O Projeto
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Refeências Projetuais Fontes Consultadas Anexo
39 41 42
Apresentação
Sede da 4ª Sub-Região da Região da Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte no estado de São Paulo, Cruzeiro é a Capital do Fundo do Vale. Possui excelente localização funcionando como eixo de ligação entre os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Localização esta valorizada pela implantação da Ferrovia, que foi para a cidade sua progenitora, responsável pelo seu progresso e também decadência com a transferência da administração das oficinas para Minas Gerais e posteriormente desativação da ferrovia como transporte de passageiros. A falta de investimento e reconhecimento das potencialidades do município resulta nos desgastes de seu patrimônio arquitetônico e na necessidade de soluções urbano-paisagísticas para as problemáticas geradas ao longo dos anos. Este trabalho trata-se do resgate da identidade e importância da cidade de Cruzeiro perdidas no tempo. E a partir desse resgate, a proposta de uma revitalização urbana reconhecendo as características e potencialidades de cada região dentro da cidade, solucionando conexões, vazios urbanos, barreiras físicas, alagamentos e mobilidade. Com isso, o objetivo é valorizar a cidade. Torná-la agradável aos seus munícipes e visitantes atraídos ao turismo histórico a gerar. O turismo será uma alternativa próspera de geração de renda e empregos, diminuindo sua dependência da economia industrial vigente. O potencial da cidade de Cruzeiro está nela mesma.
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Histórico
O Embaú surgiu diretamente com o fenômeno do bandeirismo, em terras hoje quase que na totalidade pertencente ao município de Cruzeiro (cerca de 25 km. serra acima). É um local de junção dos rios Embaú e Passa Vinte, descidos da Serra da Mantiqueira e que se unem para desaguar no Rio Paraíba do Sul.Terra fértil frente às gargantas da Serra da Mantiqueira e parada obrigatória das bandeiras que seguiam sentido Sertão dos Cataguases em Minas Gerais na época do ciclo aurífero. No ano de 1781 Dom Frei Manoel da Ressurreição, 3º Bispo de São Paulo concedeu licença, a requerimento do Sargento Mor Antonio Lopes da Lavra para se erigir no Embaú uma Capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição, a qual foi acabada em 1787. Em 1846, foi criada a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Embaú. Aos poucos foram tomando consciência de que poderiam formar uma unidade política, o que veio a ocorrer em 06 de março de 1871, com a instalação da vila desmembrada de Lorena com o nome de Vila da Conceição do Cruzeiro, atribuído ao marco divisório em formato de cruz construído no alto da serra entre os estados de São Paulo e Minas Gerais. O nome não possui nenhuma relação com o do futuro município Cruzeiro, que se baseia no símbolo reliogioso presente no núcleo de seu desenvolvimento. A oito quilômetros do Embaú estava a Fazenda Boa Vista de Dona Fortunata Joaquina do Nascimento e seu segundo marido Manoel de Freitas Novaes. A fazenda se estendia desde o rio Paraíba até o alto da Serra da Mantiqueira e seu principal produto era o café. O imperador Dom Pedro II, compadre do Major Novaes, e a famíla Imperial consumiam o Café Corôa cultivado na Fazenda Boa
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Vista. Por volta de 1870, a Estrada de Ferro D. Pedro II, construída para melhorar a comunicação entre os maiores centros urbanos São Paulo e Rio de Janeiro, atinge as proximidades da fazenda. O Major, aproveitando de sua amizade com o Imperador, exige o estabelecimento de uma estação em suas terras. A pequena estação provisória data de 1873 e a partir de então, um novo núcleo urbano se desenvolveu. Em 1875 em Londres, uma sociendade destinada a construção de uma linha férrea que unisse Rio de Janeiro e Minas Gerais propunha que a ligação da nova Estrada de Ferro Minas e Rio com a Estrada de ferro D. Pedro II fosse feita nos municípios de Rezende ou Queluz. Major Novaes, usando mais uma vez de sua amizade e influência adquirida com a Estação do Cruzeiro, conseguiu a alteração do traçado nascendo então em Cruzeiro e ao atravessar a Mantiqueira, atingir o município de Passa Quatro se estendendo pelo Sul de Minas, caminho antes feito pelos bandeirantes. Com uma maior movimentação e aumento de seus habitantes, em 1885 foi inaugurada uma estação ferroviária confortável servindo as duas estradas na Estação do Cruzeiro. Em 1891 o lugar da Estação foi reconhecido como Villa Novaes. E para que na região não existissem duas vilas, em 2 de Outubro de 1901, depois de grande rivalidade com os políticos embaúenses, o presidente Dr. Francisco de Paula Rodrigues Alves, assinou a lei 789 transferindo a sede do município para junto da Estação e concentrando os poderes municipais sediados no Embaú desde 1871.
Imagem 01: Roteiro do Caminho da Vila de Sรฃo Paulo para as Minas Gerais Fonte: FEDERICE, Hilton. Histรณria de Cruzeiro (Volume 1). Campinas: Editora Palmeiras, 1974.
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Histórico O município se desenvolveu e conheceu seu auge no início do século XX e seus edifícios mais significativos são datados dessa época. Em 1932, sediu importantes batalhas da Revolução Constitucionalista no túnel que liga Cruzeiro à cidade mineira Passa Quatro. No dia 02 de Outubro de 1932 foi assinado no colégio Arnolfo Azevedo (usado como quartel na época) o Armistício que pôs fim à guerra. Em 2008, através da lei estadual nº13.203, a cidade recebeu o título honroso de “Capital da Revolução Constitucionalista de 1932”. “Eu era bem pequena, nessa época. Em 30 eu tinha apenas oito anos. Mas lembro que papai teve que ficar longe da família e mamãe pegou todos os filhos e foi se esconder na Serra da Bocaina, perto da Hidrelétrica, pois ela e papai tinham contato com o gerente dessa usina. Na verdade, o que se temia mesmo era que os soldados abusassem das filhas maiores que já eram moças. Em 32, não. Mamãe decidiu que não ia sair de Cruzeiro, que era tolice. Papai tinha sido transferido pela direção da Light para São Sebastião. Ela então mandou as filhas mais velhas para a casa de parentes e ficou com os pequenos. Aquela foi uma região de combates, pois as tropas do governo estavam na Mantiqueira. Às vezes, vinha um aviãozinho vermelho e bombardeava pontos da região. É interessante porque à noite ou víamos tiroteio na serra e só depois é que descobrimos que não eram combates: os soldados ficavam batendo matracas para fingir guerra! Até que um dia as tropas comandadas pelo general Góis Monteiro chegaram à cidade que estava praticamente vazia. O general chegou bêbado, quase caindo, escorado por dois soldados. Ficaram ali uns dias, depois foram embora, acredito que sem incidentes. Mamãe e outras mulheres fizeram comida para as tropas. Quando acabou aquela briga, papai e os comunistas voltaram. A cidade estava acéfala e eles poderiam ter ocupado a prefeitura. No entanto, acharam melhor convidar um médico progressista de lá, o doutor José Diogo Bastos - pai do Márcio Thomaz Bastos - para ocupar o cargo de prefeito. Ele aceitou e deve ter gostado, porque permaneceu no cargo por muitos anos.” Idealina Fernandes Gorender - Filha de um operário e fundador do PC, mulher de um historiador e dirigente comunista, Idealina conta a sua trajetória de militante, iniciada em Cruzeiro (SP) e interrompida com o golpe militar de 1964. FONTE: <http://www.migalhas.com.br/Amanhecidas>. Acesso em 11/06/2015.
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Imagem 02 a 05: Batalhas na região. Fonte: <https://www.facebook.com/VilaDaNossaSenhoraDaConceicaoDoCruzeiro?fref=ts. Acesso em 05/03/2015.
Imagem 07: Google
Imagem 09: Google
1840 CONSTRUÇÃO DA FAZENDA BOA VISTA Hoje Museu Major Novaes é tombado pelo Condephaat. Foi residência do major e núcleo inicial do município.
1884 CONSTRUÇÃO DA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA Inaugurada por Dom Pedro II. Baldeação dos passageiros do Rio de Janeiro e São Paulo para o de veranistas Minas Gerais.
1901 TRANSFERÊNCIA DA CÂMARA MUNICIPAL DO EMBAÚ PARA CRUZEIRO
1913 CONSTRUÇÃO DO E.E. ARNOLFO AZEVEDO Tombado pelo Condephaat serviu de Quartel em 1932. Em 02/10/1932 foi assinado o armistício de fim da revolução.
Imagem 12: Thayane
1910 CONSTRUÇÃO DO FRIGORIFICO CRUZEIRO
CONSTRUÇÃO DO SOLAR DOS ROSSETI Por Carlos Rosseti, imigrante italiano que viveu em Cruzeiro desde 1845. Imagem 06: Google
Imagem 08: Thayane
1930 INAUGURADO O TEATRO CAPITÓLIO Construído como réplica do Scala de Milão.
1930 CONSTRUÇÃO DO CONJUNTO FERROVIÁRIO PELA REDE SUL-MINEIRA Oficinas, almoxarifado, galpão para locomotivas, rotunda, Imagem 15: Google prédio da locomoção e etc. Apenas a Rotunda, um dos três últimos exemplares desse estilo de oficina, é tombada pelo Condephaat.
Imagem 14: Thayane
Imagem 10: Google
1905 INAUGURADA A MATRIZ DE SANTA CECÍLIA
Imagem 11: Thayane
1881 CONSTRUÇÃO DA CASA DOS INGLESES Moradia dos engenheiros da Estrada de Ferro Minas and Rio Raiway.
1929 CONSTRUÇÃO DA AGEF Armazém regulador de café com capacidade para 1.000.000 de sacas. Posteriomente foi também Armazém do tráfego Próprio da ferrovia.
1936 INÍCIO DA TRANSFERÊNCIA DA DIRETORIA, ESCRITÓRIOS E OFICINAS DA REDE SUL-MINEIRA PARA MINAS GERAIS
Imagem 16: Thayane
1932 REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE SÃO PAULO
1963 ERGUIDA A CRUZ DO SANTO CRUZEIRO Em homenagem às Santas missões, a cruz foi erguida sobre o mirante.
Linha do Tempo
Imagem 19: Google
1935 INAUGURADA A MATRIZ DA IMACULADA CONCEIÇÃO Em estilo Neocolonial. Na época, foi o maior templo do Vale do Paraíba.
1954 CONSTRUÇÃO DO MERCADO MUNICIPAL O local existe como ponto de comércio e trocas de mercadorias desde 1912.
Imagem 17: Thayane
Imagem 18: Thayane
2008 CRUZEIRO RECEBE O TÍTULO HONROSO DE CAPITAL DA REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 1932
Imagem 13: Google
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Características
Dados Mortalidade Infantil até 1 ano (por mil): 14,81 Expectativa de vida (anos): 71,79 Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,13 Taxa de alfabetização: 95,23%
Área: 304,572 km² População: 77.070 hab. (Censo IBGE/2010) Densidade: 253,04 hab./km²
436 KM
Hidrografia Sua proximidade às montanhas premiam a cidade com diversos mananciais como os rios e Ribeirões Dolores, da Barrinha, do Embaú, Passa Vinte e Itagaçaba. Esses são os principais que formam a ramificação do Rio Paraíba do Sul, que por ali mostram-se largos e volumosos. Completam a oferta aqüífera outros córregos diversos.
Topografia Sua topografia é de relevo levemente ondulado, alcançando as elevações uma média de 515 metros acima do nível do mar, com exceção de alguns cumes abruptos que surgem nas encostas da Serra da Mantiqueira, da que o município se estende. Tais pontos podem superar a marca de 2.000 metros, citando-se como exemplo o mais elevado, chamado Pico dos Marins, que atinge 2.422 metros de altitude.
CRUZEIRO! 225 KM
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218 KM Imagem 20: Distâncias das Capitais
A DAEIR A U RR IQ SE NT A M
Clima Cruzeiro apresenta o clima sub-tropical quente, inverno seco com baixa pluviosidade. A umidade relativa do ar (média anual) é 75,9% e a precipitação pluviométrica anual é de 1.400 a 2.500 mm. O movimento dos ventos no município é influenciado pela topografia da região. A circulação do vento de superfície se processa predominantemente nas direções NE, SO e E, em qualquer época do ano, isto é, o vento sopra no corredor formado pelas duas serras.
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SP Imagem 21: Acesso Cruzeiro às capitais.
RJ
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Zoneamento
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Imagem 22: Mapa de Zoneamento do Solo Urbano do MunicĂpio de Cruzeiro. Fonte: Secretaria de Palanejamento e Obras de Cruzeiro
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Área de Estudo
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A DO ARAÍB RIO P
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E.E. ARNOLFO AZEVEDO
MUSEU MAJOR NOVAES
IGREJA DE SANTA CECÍLIA
IGREJA MATRIZ DA IMACULADA CONCEIÇÃO
MIRANTE SANTO CRUZEIRO
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FRIGORÍFICO
BOSQUE MUNICIPAL Área: 4,5 Alqueires de Mata Atlântica com parque, lago e trilhas.
CASA DOS INGLESES (CASA DE NAZARÉ)
TEATRO CAPITÓLIO
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SOLAR DOS ROSSETI
CENTRO CULTURAL ROTUNDA
AGEF
OFICINAS E ABRIGO DE CARROS
MERCADO MUNICIPAL
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ESTAÇÃO FERROVIÁRIA
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SP RJ CRUZEIRO - ÁREA DE ESTUDO
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Trechos da Legislação Municipal aplicável a área de estudo Plano Diretor Integrado do Município de Cruzeiro de 25 de Janeiro de 1994 Artigo 18: Nenhum parcelamento do solo será permitido em terrenos baixos, alagadiços e sujeitos a inundações sem que sejam aterrados ou executadas obras de drenagens necessárias para manter o lençol freático a pelo menos 1,00 metro abaixo da superfície do solo. Essas obras deverão ser aprovadas previamente pela prefeitura. Artigo 21: Não serão aprovados os projetos que resultem em destruição parcial ou total de reservas arborizadas ou florestais. Artigo 22: Caberá à Secretaria de Agricultura e Abastecimento a aprovação inicial de projetos referentes a parcelamento do solo e edificações em áreas revestidas, total ou parcialmente, por vegetação arbórea nos limites territoriais do Município de Cruzeiro. Seção V Áreas e Faixas
Artigo 50: Deverão ser mantidas as faixa de domínio, nas Rodovias Federais, Estaduais e Municipais, como se segue: II – Rodovias Estaduais A – Rodovia Deputado Nesralla Rubez – SP 58 - Cachoeira Paulista/Cruzeiro?Pinheiros - Faixa de domínio 20 metros B – Rodovia Júlio Fortes – 022/080 - Cruzeiro – Lavrinhas - Faixa de domínio 30 metros IV – Ferrovia - Faixa de domínio 10 metros B – Rodovia Júlio Fortes – 022/080 - Cruzeiro – Lavrinhas - Faixa de domínio 30 metros
I – Áreas de Riscos Artigo 49: Consideram-se áreas de riscos as faixas marginais ao longo dos rios, outro qualquer curso d’água, cuja largura mínima será: I – De 30 (trinta) para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura. II – De 50 (cinquenta) metros para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura. III – De 100 (cem) metros para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura. II - Faixas de Domínio
Seção VII Áreas de potencial turístico Artigo 55: Serão consideradas áreas de potencial turístico aquelas que de alguma forma possam engradecer e divulgar nossa cidade. Artigo 57: São coniderados pontos turísticos do Município de Cruzeiro, para visitação e lazer da população e visitantes: - Belvedere Santo Cruzeiro – Praça João XXIII – Jardim
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Trechos da Legislação Municipal aplicável a área de estudo Plano Diretor Integrado do Município de Cruzeiro de 25 de Janeiro de 1994 América, ora em fase de recuperação. - Biblioteca – raios (de abrangência) não superiores à 2.400 - Rotunda – Centro Cultural em fase de recuperação. metros. - Capitólio Teatro Municipal – Rua Engenheiro Antonio Penido, nº 636. - Belvedere “A SANTA” – SP 52 – divisa Cruzeiro /Passa DIRETRIZES PARA PLANOS SETORIAIS Quatro. Seção II - Grutas Encantadas – Serra da Mantiqueira. Transportes Coletivos - Pico da Gomeira – Serra da Mantiqueira – Divisa Cruzeiro/ Passa Quatro. Artigo 137: É de competência do poder público: - Pico do Itaguaré – Serra da Mantiqueira – Rodovia SP 52 III - Realizar o acompanhamento operacional, tanto em nível - Pico Focinho do Cão – Serra da Mantiqueira. preventivo quanto corretivo do sistema envolvendo terminais, itinerá - Estação da Rede Ferroviária Federal – Espaço para Cultura e rios, frotas, garagens, quadros operativos e outros. Artesanato em projeto. Artigo 59: A Prefeitura Municipal poderá firmar convênio com particulares para exploração turística de áreas ou imóveis de propriedade da Prefeitura Municipal conforme normas para utilização das Terras Públicas vigentes. Parágrafo Único: Todo convênio para exploração turística de imóvel ou Terra Pública devrá ser apreciado e autorizado pelo Poder Legislativo. ABAIRRAMENTO Seção III Dimensionamento de Equipamentos Públicos IX – Centro Cultural - 0,05m²/habitante
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PROJETOS DE IMPACTO Artigo 138: Serão considerados projetos de impacto as construções dos seguintes equipamentos: a)- Shopping Center; h)- Pavilhão para feiras e exposições; Artigo 139: Considerando que um projeto de impacto será sempre um “Pólo Gerador de Tráfego”, o interessado deverá, antes da elaboração do projeto, solicitar à prefeitura Municipal de Cruzeiro, uma consulta prévia, que traçará diretrizes para sua implantação. Artigo 140: A consulta prévia obrigatória nos projetos de impacto proporcionará à Prefeitura Municipal de Cruzeiro: I - A possibilidade de análise prévia do projeto e uma avalia
Trechos da Legislação Municipal aplicável a área de estudo Plano Diretor Integrado do Município de Cruzeiro de 25 de Janeiro de 1994
ção do seu impacto em três níveis: (vias de entorno, rota de II – reflexos no estacionamento, quando o espaço para acesso e áreas de implantação). estacionamento no “Pólo Gerador de Tráfego” é insuficiente, II – o fornecimento de diretrizes e sua consequente incorpora causando: ção ao projeto. a)- estacionamento em zonas residenciais; III – o controle da concentração de grandes “Pólos Geradores b)- estacionamento irregular; de Tráfego”, visto que, para alguns casos, até sua viabilidade c)- dificuldade nas operações de carga e descarga de merca de implantação, com as sua características originais do projeto dorias e de embarque e desembarque de passageiros. seria vetada. IV – o estudo quanto às adaptações do meio urbano ao novo empreendimento, inclusive coam a antecedência recomenda DAS DIRETRIZES, METAS, E PROGRAMA PARA EDUCAÇÃO E da. CULTURA Artigo 141: Ao solicitar a consulta prévia à Prefeitura Municipal de Cruzeiro, deverá o interessado fornecer os seguintes dados: a)- área a ser implantado o projeto; b)- número estimado de usuários; c)- estudo de acesso ao empreeendimento; d)- espaço destinado a estacionamento. Artigo 142: A análise feita pela Prefeitura Municipal de Cruzeiro deverá considerar: I – reflexos negativos na circulação, quando a quantidade de veículos atraídas pelo “Pólo Gerador de Tráfego” for superior à capacidade das vias, na sua área de influência, resultando em: a)- pontos de congestionamento nas vias do entorno; b)- interferências com tráfego de passagem; c)- aumento dos níveis de acidentes de tráfego.
XXXI – Conscientização da população que a Cultura vem do próprio povo. XXXII – Valorização da memória municipal através dos elementos culturais. XLI – Criação de um espaço cultura (ROTUNDA). DO SETOR COMÉRCIO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Artigo 169: Caberá ao GEIC (Grupo de Expansão Industrial de Cruzeiro) apresentar sugestões e propostas visando o incentivo para ampliação das atividades do Comércio e de Prestações de Serviços, a fim de transformar o setor em efetivo pólo de atração regional, abrangendo inclusive municípios do Sul de Minas e do Rio de Janeiro que extrapolam os limites da região do Governo, de comum acordo com os órgãos representativos do Comércio do Município.TURISMO
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Trechos da Legislação Municipal aplicável a área de estudo de expansão do Centro e transição para a Zona Residencial, onde se relacionam diversos usos comerciais e de serviços com moradia; d. Zona de Preservação e Revitalização Histórico e Cultural Urbano (ZPR): caracterizada como área onde se encontram os elementos arquitetônicos e urbanísticos mais significativos do principal Artigo 183: Serão as seguintes as diretrizes e princípios básicos conjunto histórico cultural da cidade, devendo ser garantida a sua a serem adotados para elaboração do Plano de Desenvolvimento preservação, compatibilizados os usos atuais e incentivados as ativiTurístico de Cruzeiro: I – Implementação do Trem Turístico Cruzeiro-São Lourenço e dades culturais e de lazer; e. Zonas das Vias de Acesso (ZVA): é a zona definida por todos vice –versa bem como a utilização da Estação Ferroviária de os lotes com frente para as vias de acesso à Cidade, que para os Cruzeiro como espaço para exposição artesanal e outras. efeitos da Lei Estadual nº 5.597, de 06 de fevereiro de 1,987, corres II – Participação efetiva no “Núcleo de Turismo Regional” e criação do “Fórum Permanente de Desenvolvimento Turístico”, ponde a uma Zona de Uso Diversificado do Tipo II (ZUDII), onde se prima pela instalação de indústrias do tipo I e de atividades de presta em conjunto com demais municípios do Vale Histórico. ção de serviços especiais e de grande porte e do comércio atacadista, III – Transformação do Município de Cruzeiro na sede básica que por suas particularidades, não devam estar disseminadas por estruturante do turismo da região. todo espaço urbano, ao mesmo tempo que requerem facilidades de IV - Filiação do Município de Cruzeiro às Associações e orga acesso e de áreas amplas para instalações. nismos de Turismo a nível nacional. g. Zona de Preservação Natural (ZPN), é definida como área de VIII – Melhoria da paisagem urbana. preservação natural das proximidades e das margens do Rio Paraíba, X – Implantação de ciclovias lindeira às ferrovias que atra vessam o meio urbano, com previsão de tratamento paisagísti onde são proibidos usos diferentes do agrícola, recreacional, lazer e de caráter cultural; co adequado. h. Zona do Distrito Industrial (ZDI), define-se como área onde XIII - Elaboração de Plano Paisagístico às margens do Rio será implantado o Distrito Industrial do Município, que para efeitos da Paraíba, em meio urbano. Lei Estadual nº5597, de 06 de fevereirode 1987, corresponde a uma XIV – Implantação do Jardim Botânico Regional de Cruzeiro, no Bosque Municipal, bem como do Orquidário e Aviário Mu “Zona de Uso Predominantemente Industrial do Tipo II” (ZUPI II); j. Zona de Uso Diversificado (ZUD), é definida como de uso nicipal. misto para atividades comerciais, industriais e de prestação de serviLei de Uso e Ocupação do Solo nº 2266 de 09 ços compatíveis com o uso residencial, independentemente do uso de de Janeiro de 1990 aplicável a área: métodos de controle de poluição do meio ambiente necessários que não ocasionarem el qualquer caso inconvenientes à saúde, ao bem estar e à segurança das populações vizinhas. c. Zona do Centro Periférico (ZCP): Caracterizado como área
Plano Diretor Integrado do Município de Cruzeiro de 25 de Janeiro de 1994
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Trechos da Legislação Municipal aplicável a área de estudo Lei de Uso e Ocupação do Solo nº 2266 de 09 de Janeiro de 1990 aplicável a área:
LEGENDA: Pr - Proibido To - Tolerado Pe - Permitido
Tabela 01: Categorias de uso permitidas na área de estudo Fonte: Prefeitura Municipal de Cruzeiro
Como podemos ver na tabela, garagens e transportadoras não são permitidas na área. Isso justifica a desapropriação da garagem a São José.
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Trechos da Legislação Municipal aplicável a área de estudo Lei de Uso e Ocupação do Solo nº 2266 de 09 de Janeiro de 1990 aplicável a área:
LEGENDA: Pr - Proibido To - Tolerado Pe - Permitido
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Tabela 02: Categorias de uso permitidas na área de estudo Fonte: Prefeitura Municipal de Cruzeiro
Síntese da Legislação aplicável a área de estudo
- A Prefeitura Municipal poderá firmar convênio com particulares para exploração turística de áreas ou imóveis de propriedade da Prefeitura Municipal conforme normas para utilização das Terras Públicas vigentes. - Valorização da memória municipal através dos elementos culturais. - Incentivo para ampliação das atividades do Comércio e de Prestações de Serviços, a fim de transformar o setor em efetivo pólo de atração regional, abrangendo inclusive municípios do Sul de Minas e do Rio de Janeiro que extrapolam os limites da região do Governo, de comum acordo com os órgãos representativos do Comércio do Município. - Diretrizes e princípios básicos a serem adotados para elaboração do Plano de Desenvolvimento Turístico de Cruzeiro: – Implementação do Trem Turístico Cruzeiro-São Lourenço e vice –versa bem como a utilização da Estação Ferroviária de Cruzeiro como espaço para exposição artesanal e outras. – Participação efetiva no “Núcleo de Turismo Regional” e criação do “Fórum Permanente de Desenvolvimento Turístico”, em conjunto com demais municípios do Vale Histórico. – Transformação do Município de Cruzeiro na sede básica estruturante do turismo da região. – Melhoria da paisagem urbana. – Implantação de ciclovias lindeira às ferrovias que atravessam o meio urbano, com previsão de tratamento paisagístico adequado. - ZONA DE PRESERVAÇÃO E REVITALIZAÇÃO HISTÓRICO E CULTURAL URBANO (ZPR): caracterizada como área onde se encontram os elementos arquitetônicos e urbanísticos mais significativos do principal conjunto histórico cultural da cidade, devendo ser garantida a sua preservação, compatibilizados os usos atuais e incentivados as atividades culturais e de lazer. Imagem 23 a 26: Fotos da área de estudo. Fonte: Thayane
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LEITURA URBANA SEGUNDO KEVIN LYNCH, A Imagem da Cidade.
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Sem escala LEGENDA: Percursos Limites
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Nรณs Marcos
Diretrizes Gerais Com base na leitura urbana, diretrizes foram traçadas como um plano de intervenção a nível municipal de acordo com as características de cada setor delimitado. Foram escolhidos os Setores 1 e 2 para desenvolvimentos de propostas pontuais visto que as maiores problemáticas encontram-se nessa região.
SETOR 03 Diretrizes: Restauro e reativação da Estação Ferroviária com transporte de bonde pelo ramal inserido na centro urbano integrando o sistema de transporte coletivo e contribuindo com a melhoria do tráfego intenso no centro da cidade.
POTENCIAL PRESERVAÇÃO NATURAL Diretrizes: Preservar rio Paraíba do Sul e margem. Valorizar o Bosque Municipal e incentivar atividades de conscientização e contato da população com a natureza.
CENTRO
SETOR 01
SETOR 02
POTENCIAL HISTÓRICO – CULTURAL Diretrizes: Valorizar a entrada da cidade preservando e utilizando os edifícios afim de valorizar a História.
POTENCIAL EM SERVIÇOS PÚBLICOS Diretrizes: Utilizar vazios urbanos com serviços públicos centralizados como os órgãos de administração municipal.
A DO ARAÍB RIO P
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Localização dos Órgãos de Administração Municipal Atualmente D B C
E CENTRO
A F
G
I H
SUL DO AÍBA R A P RIO
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LEGENDA: A - Prefeitura Municipal B - Câmara Municipal C - Secretaria de Desenvolvimento Social D - Secretaria da Educação E - Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico
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F - Gabinete, Secretaria de Obras, Finanças, Governo G - Secretaria de Meio Ambiente H - Secretaria de Cultura I - Secretaria da Saúde
Diretrizes Gerais - Reativação da ferrovia na malha urbana
corte típico transporte coletivo por bonde elétrico
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Intervenção Setor 01
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Linha Férrea de transporte de cargas (São Paulo - Rio de Janeiro) Sentido sistema viário Desapropriação de residência, garagem de ônibus São José e Assembléia de Deus FATEC (a inaugurar) IOCHPE-MAXION (Antiga Fábrica Nacional de Vagões - FNV) Relocação do terminal rodoviário para edifício existente Relocação da Guarda Municipal para praça criada na cota mais baixa Conexão para passagem de pedestres
Sem escala
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Intervenção Setor 01 - Levantamento Fotográfico
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Imagem 27: Fatec Fonte: Thayane
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Imagem 28: Agef Fonte: Thayane
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Imagem 29: Vista entrada da cidade Fonte: <https://www.facebook.com/VilaDaNossaSenhoraDaConceicaoDoCruzeiro?fref=ts. Acesso em 05/03/2015.
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Imagem 30: Viaduto e Assembléia de Deus ao lado Fonte: Thayane
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Imagem 31: Acesso passarela metálica no viaduto Fonte: Thayane
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Imagem 32: Barreira física na linha férrea Fonte: Thayane
Intervenção Setor 01 - Levantamento Fotográfico
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Imagem 33: Festódromo Fonte: Google Street View
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Imagem 34: Entrada garagem São José Fonte: Google Street View
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Imagem 36: Passarela de concreto vista da passarela metálica Fonte: Thayane
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Imagem 35: Terminal Rodoviário Fonte: Google Streett View
Imagem 37: Agef vista do viaduto Fonte: Thayane
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Imagem 38: Centro Cultural Rotunda Fonte:<http://www.panoramio.com/user/4156778>. Acesso em: 04/03/2015
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Intervenção Setor 01 - Situação Agef
Imagem 39: Interior Agef Fonte: Página ex-prefeita de Cruzeiro <https://www. facebook.com/anakarinandrade?fref=ts>. Acesso em: 09/03/2015
Imagem 40: Interior Agef Fonte: Página ex-prefeita de Cruzeiro <https://www. facebook.com/anakarinandrade?fref=ts>. Acesso em: 09/03/2015
Imagem 41: Interior Agef Fonte: Página ex-prefeita de Cruzeiro <https://www. facebook.com/anakarinandrade?fref=ts>. Acesso em: 09/03/2015
Imagem 42: Externa Agef Fonte: Thayane
Imagem 43: Externa Agef Fonte: Thayane
Imagem 44: Externa Agef Fonte: Thayane
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Intervenção Setor 02
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Sem escala PROPOSTA DE UTILIZAÇÃO DOS GALPÕES PELOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO Linha Férrea de transporte de cargas (SP - RJ) Prefeitura e Gabinete - Proposta Secretarias - Proposta Museu da Ferrovia - Proposta
Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (A.B.P.F.) - Existente Desapropriação para abertura de circulação de pedestres Conexão com área de intervenção
RIO PARAÍBA DO SUL
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Intervenção Setor 02 - Levantamento Fotográfico
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Imagem 45: Vista do viaduto Fonte: Thayane
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Imagem 46: Restauro de locomotivas pela ABPF Fonte: Thayane
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Imagem 48: Galpão das antigas oficinas Fonte: Thayane
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Imagem 47: Entorno Fonte: Thayane
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Imagem 49: Teatro Capitólio Fonte: Thayane
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Imagem 50: Galpões das antigas oficinas Fonte: Thayane
Intervenção Setor 02 - Levantamento Fotográfico
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Imagem 51: Atividades da ABPF Fonte: Thayane
Imagem 52: Páteo de estacionamento com chaminés do antigo café solúvel ao fundo Fonte: Thayane
Imagem 53: Antigas oficinas Fonte: Thayane
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Imagem 54: Galpão das antigas oficinas Fonte: Thayane
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Imagem 55: Entorno Fonte: <https://www.facebook.com/VilaDaNossaSenhoraDaConceicaoDoCruzeiro?fref=ts. Acesso em 05/03/2015.
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Imagem 56: Estação Ferroviária Fonte: <https://www.facebook.com/VilaDaNossaSenhoraDaConceicaoDoCruzeiro?fref=ts. Acesso em 05/03/2015.
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Intervenção Setor 02 - Situação Estação Ferroviária
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Imagem 57: Estação Ferroviária Fonte: Thayane
Imagem 58: Estação Ferroviária Fonte: Thayane
Imagem 59: Estação Ferroviária interno Fonte: Thayane
Imagem 60: Estação Ferroviária Fonte: Thayane
Imagem 61: Estação Ferroviária Fonte: Thayane
Imagem 62: Estação Ferroviária interno Fonte: <https://www.facebook.com/VilaDaNossaSenhoraDaConceicaoDoCruzeiro?fref=ts. Acesso em 05/03/2015.
Intervenção Setor 02 - Situação Galpões Antigas Oficinas da Ferrovia
Imagem 63: Antigo edifício administrativo das oficinas /Fonte: < http://www.mixvale.com.br/>. Acesso em: 27/05/2015
Imagem 64: interno galpões das oficinas Fonte:< http://www.mixvale.com.br/>. Acesso em: 27/05/2015
Imagem 65: interno galpões das oficinas Fonte:< http://www.mixvale.com.br/>. Acesso em: 27/05/2015
Imagem 66: Galpões das oficinas Fonte:< http://www.mixvale.com.br/>. Acesso em: 27/05/2015
Imagem 67: interno galpões das oficinas Fonte:< http://www.mixvale.com.br/>. Acesso em: 27/05/2015
Imagem 69: interno galpões das oficinas Fonte:< http://www.mixvale.com.br/>. Acesso em: 27/05/2015
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O PROJETO
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Implantação Escala: 1:2500
LEGENDA: Conexão dos patrimônios por passarela elevada (1m) e rebaixo da via (4m). Adaptação do antigo galpão da AGEF para instalação da nova rodoviária que além do transporte intermunicipal e interestadual vai abrigar o transporte fretado de trabalhadores e estudantes que chegam e saem de Cruzeiro. Ponto de táxi e bolsão de espera. Praça rebaixada e passagem de pedestres abaixo da ferrovia para solucionar o nó existente. As passarelas do viaduto foram retiradas.
Quadra e pista de skate alagáveis sobre reservatório que receberá através de canaletas no piso de todo o parque, a água da chuva solucionando o problema de alagamento da região. A água coletada será utilizada para abastecer atividades do parque. Abertura dos vãos entre estruturas do viaduto permitindo conexão, permeabilidade e visibilidade do parque. Transferência da guarda municipal para cota mais baixa garantindo segurança ao local.
Utilização dos galpões das antigas oficinas pelas secretarias municipais com passagem interna entre eles Utilização do edifício administrativo das antigas oficinas pela prefeitura e gabinete do prefeito. Utilização da antiga oficina como Museu da Ferrovia com exposição do acervo cruzeirense. Retirada dos muros ao longo da ferrovia e implantação de gradil liberando visuais e mantendo a segurança. Praça Beira-Rio de contato com o Rio Paraíba do Sul.
Ciclovia rente a ferrovia. Restauro e reativação da Estação Ferroviária com transporte coletivo por bonde elétrico partindo dela, passando pelo centro até o limite do município. Utilização do galpão pela ABPF (Associação Basileira de Proteção Ferroviária) para que ela amplie suas instalações e reforce suas atividades de restauração de locomotivas. MRS Logística - Administradora do transporte de carga SP - RJ
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Esquema de Circulações
O projeto enfatiza a circulação de pedestres,a integração de transportes coletivos e o uso da bicicleta visando melhorar o tráfego de veículos e contribuir com o meio ambiente. Cruzeiro é uma cidade de pequenas distâncias onde é possível andar a pé tranquilamente. O uso da bicicleta é frequente e criar condições para que mais pessoas adotem este meio de transporte é uma das preocupações deste trabalho. O rebaixo na via e a passagem de pedestres sob a ferrovia foram soluções para os nós existentes entre os meios de circulação, além de com isso, conectar os patrimônios e contribuir para a fluidez do parque.
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Bicicletário
Perspectiva conceitual do bicicletário sem escala Fonte: Thayane Mara
Croqui conceitual do bicicletário sem escala Fonte: Thayane Mara
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O mobiliário urbano foi desenvolvido para abrigar bicicletas que ficarão disponíveis para locação. Sua função é unir a disposição e organização das bicicletas com um banco de espera, apoio e contemplação do parque de acordo com a implantação e angulação proposital na instalação. De mesma materialidade adotada no passadiço, passarela e mezanino na AGEF, o mobiliário é estruturado em aço corten. O vidro adotado porém, neste caso, é na cor laranja em comunicação com a ciclovia e área de esportes além de marcá-lo no parque.
Corte AA Escala: 1:500
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Corte BB Escala: 1:500
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Corte CC Escala: 1:500
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Esquema intervenção AGEF
O Edifício da Agef de 19.000 m² será adaptado para receber o novo Terminal Rodoviário proposto. Galpão de pavimento duplo, portas amplas para passagem de locomotivas e janelas altas, sofrerá pequenas adaptações necessárias em que será mantida e preservada sua fachada e cobertura. Em projeto, as plataformas existentes foram recortadas para permitir a manobra dos ônibus, um mezanino foi instalado com a função de travessia entre plataformas e alcance das visuais na altura das janelas e toda a estruturura de apoio, comércio e venda de passagens será com cubos de estrutura metálica e vidro dispersos pelo edifício. Todas as intervenções buscam a quebra da ortogonalidade afim de marcar a intervenção contemporânea em um patrimônio municipal. O novo terminal passa a ter 18 plataformas de ônibus, 13 a mais das existentes hoje. O novo terminal então, não só abrigará as linhas urbanas, intermunicipais e interestaduais, mas também os fretados que trazem trabalhadores e estudantes das cidades vizinhas diariamente.
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ue arq b em
Plataformas e estrutura existente
acesso pedestres
Recorte na plataforma
Inserção de novos pilares do mezanino
hês guic
/ io erraios érc p m s á e it co vo de an ati eaé e s r str i á af n c mi ad acesso funcionários
Inserção de setores de apoio, comércio, café e balcão de informações
e rqu ba m se de
Inserção do mezanino
Inserção de guichês
Intervenção Antigas Oficinas Escala: 1:1000
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A proposta é de uma passagem aberta constantemente no interior do galpão como uma opção de A ocupação dos galpões das antigas oficinas visa dar uso a esse vazio urbano que já foi tão importante no passado por estar no núcleo inicial do município. Ao ser utilizado pelos órgãos mu- caminho coberto no parque e também, devido a dimensão dos galpões, a rua interna favorece com que nicipais e de serviços públicos como Poupatempo, Detran, tem-se a concentração dessas atividades os ambientes de trabalho fiquem próximos das aberturas. Nas extremidades voltados para o lado externo dos galpões, os espaços serão ucupados com pegerando grande fluxo de pessoas nesta área. Hoje, estes órgãos alugam imóveis espalhados pela quenos comércios mantendo o fluxo de pessoas mesmo após o expediente. cidade.
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Referências Projetuais Implementado em Roterdã a praça com atividades alagáveis é um dos projetos mais extraordinários já vistos neste setor. São três bacias com capacidade de armazenar até 1,7 milhões de água de chuva. A maior parte de Roterdã está abaixo do nível do mar o que faz a água vir de todas as partes em épocas de chuva intensa e o sistema de esgoto é incapaz de escoar todo o volume causando inundações. O projeto da praça conta com dutos de aço inoxidável embutidos no chão que direcionam a água às bacias. Em tempo seco cada bacia tem uma função diferente, uma delas serve de pista de dança, outra de skatebowl e a terceira, a maior delas, possui uma quadra poliesportiva inserida na cota rebaixada e tira partido das paredes escalonando-as em arquibancada. De Urbanisten, responsável pelo projeto, preocupou-se em deixar o caminho da água visível através das canaletas que percorrem toda a praça. Quando a chuva para, a água é bombeada para o canal Noordsingel nas proximidades. O conceito foi absorvido na proposta deste trabalho visto que as condições de cotas mais baixas e sistema de esgoto que causam alagamentos são semelhantes. Porém foi adotado reservatório inferior para armazenagem da água para abastecer as atividades geradas no projeto. (10) Imagem 70 e 71: Foto e diagrama do local De Urbanisten
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Imagem 72 e 73: Fotos do elevador vertical e passarela Leuppi & Schafroth Architekten
As cidade de Baden e a aldeia vizinha Ennetbaden na Suíça são separadas por um vale natural e necessitavam por décadas de um acesso direto para pedestres e ciclistas. Uma estrutura de aço foi desenvolvida então pelos arquitetos Leuppi & Schafroth Architekten para vencer os 80 metros de vão. Este novo caminho linear conta com uma ponte horizontal, uma torre de elevador vertical e uma passarela. O sistema estrutural em treliças e a simplicidade na linguagem foram absorvidas neste trabalho como complemento da torre mirante que, aproveitando o elevador vertical, foi extendido o acesso até o topo do mesmo como um espaço contemplativo do projeto desenvolvido para a área de estudo. A passarela neste caso, atravessa sobre a ferrovia chegando à margem do Rio Paraíba do Sul conectando-o ao projeto. (11)
Referências Projetuais Uma região deterioda no município de Registro, interor de São Paulo depois de anos abandonada, foi recuperada pelo escritório Brasil Arquitetura responsável pelo restauro e reconhecimento do conjunto pelo tombamento estadual. O local é importante para a história do municipio e origem da população. Além da restauração, no projeto foi implantado o memorial da imigração japonesa do vale do ribeira e uma articulação foi criada com o parque beira-rio relacionando-o com a cidade. Para interligar os edifícios, foi proposto em passadiço em concreto. As características locais muito se assemelham as da cidade de Cruzeiro mostrando a viabilidade deste trabalho. Os galpões na área de estudo não são tombados mas foram tratados como tal por representar a origem do município. O museu da ferrovia e a ligação com o rio também foram diretrizes do projeto. O passadiço estruturado em aço cortén e vidro marcam a contemporaneidade da intervenção e remetem aos trilhos da ferrovia. (12)
Imagem 74 e 75: Fotos do restauro e passadiço Brasil Arquitetura.
Em Houston no Texas, às margens da hidrovia a qual se originou, foi desenvolvido um dos maiores investimentos em parques públicos na cidade. O projeto tira partido das situações existentes e articula intervenções de entreterimento e lazer em meio a viadutos, serviços públicos, encostas íngremes, acessos limitados e inundações. A forma de lidar com nós de circulação, barreiras físicas e consequentes vulnerabilidade dos vazios criados pela expansão da cidade abordada neste projeto serviu de inspiração para as propostas de percursos e atividades ao longo da área de estudo deste trabalho. (13) Imagem 76 e 77: Fotos do parque público criado. SWA Group
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Fontes Consultadas 1. FEDERICE, Hilton. “História de Cruzeiro (Volume 1)”. Campinas: Editora Palmeiras, 1974. 2. GUIMARÃES, Joaquim de Paula. “Síntese da História de Cruzeiro”. Cruzeiro: Tip. Bastos, 1951. 3. ANDRADE, Carlos Borromeu de. “Os Pioneiros da História de Cruzeiro”. São Paulo: Centro Cultural Objetivo/ Fundação Nacional do Tro peirismo, 1994. 4. Acervo Fotográfico e documentação do Museu Major Noves na cidade de Cruzeiro publicadas pela página virtual <https://www.facebook. com/VilaDaNossaSenhoraDaConceicaoDoCruzeiro?fref=ts>. Acesso em 05/03/2015. 5. Prefeitura Municipal de Cruzeiro. Dados Gerais. Disponível em: <http://www.cruzeiro.sp.gov.br/index.php/dados>. Acesso em: 21/10/2014. 6. Câmara Municipal de Cruzeiro. Leis Municipais. Disponível em: <http://www.cmcruzeiro.sp.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=97&Itemid=6> Acesso em: 21/10/2014. 7. CONDEPHAAT. Bens Tombados de Cruzeiro. Disponível em: <http://www.cultura.sp.gov.br/portal/site/SEC/menuitem.9e39945746bf4ddef71bc345e2308ca0/?vgnextoid=300d6ed1306b0210VgnVCM1000002e03c80aRCRD&IdCidade=bc76f693abe5c010VgnVCM1000001c01a8c0____&Busca=Busca> Acesso em: 21/10/2014. 8. ABPF - Associação Brasileira de Preservação Ferroviária. Disponível em: <http://abpfsuldeminas.com/cruzeiro/> Acesso em: 15/02/2015. 9. W-ARCHITECTURE. “The Edge Park”. Disponível em: <http://www.landezine.com/index.php/2011/11/the-edge-park-landscape-architecture/2/>. Acesso em: 16/05/2015. 10. DE URBANISTEN. “Bad Weather Pool”. Disponível em: <http://www.stylepark.com/es/news/bad-weather-pool/347976>. Acesso em: 09/02/2015. 11. LEUPPI & SCHAFROTH ARCHITEKTEN. “Limmat Passarela e Promenade Elevador”. Disponível em: <http://www.archdaily. com/323143/limmat-footbridge-and-promenade-lift-leuppi-schafroth-architekten/. Acesso em: 19/05/2015. 12. BRASIL ARQUITETURA. “Conjunto kkkk e Parque Beira Rio”. Disponível em: <http://brasilarquitetura.com/projetos/conjunto-kkkk-e-parque-beira-rio/. Acesso em: 14/05/2015. 13. STRATEGY SERIES. “Strategy Public, Landscape Urbanism Strategies”. Espanha: a+t architecture publishers, 35-36, 2010.
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ANEXO
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Croqui Opção Passarela
Esta opção para a passarela foi estudada como uma conexão com o rio de uma forma mais fluida, seguindo a linguagem do piso e utilizando apenas um meio de acesso: a rampa. Porém, ela foge do conceito da torre-mirante apresentada em projeto. A passarela sobre a linha férrea nasceu da intenção de se criar no parque uma cota mais alta que proporcionasse uma vista panorâmica do resultado obtido com o projeto. Não menos importante, o estudo permanece então como uma outra possibilidade de se chegar até o rio Paraíba. Croqui em planta opção passarela Fonte: Thayane Mara
Croqui em elevação opção passarela Fonte: Thayane Mara