THAYANE MARA_27º Opera Prima - Participação TFG Belas Artes

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DISTRITO INDUSTRIAL

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O FUTURO NO PASSADO DESENAI CRUZEIRO: PATRIMÔNIO E MEMÓRIA

ESEFIC

SERRA DA MANTIQUEIRA, RIO PARAÍBA DO SUL E PATRIMÔNIO CULTURAL MG (436 km até a capital). Caminho explorado no fenômeno do bandeirismo

HOSPITAL

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THAYANE MARA RIBEIRO DE PAIVA *Bacharela em Arquitetura e Urbanismo e Especialista em Arquitetura, Cidade e Sustentabilidade – Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. E-mail: thayane.mara@gmail.com

MERCADO MUNICIPAL

SANTA CASA

FACIC

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FEIRA LIVRE CÂMARA

RJ (225 km até a capital)

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PREFEITURA

DANÚBIO

CENTRO 07

BIBLIOTECA MERCADO MUNICIPAL

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ABPF

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SP (218 km até a capital)

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FATEC

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FESTÓDROMO FEIRA LIVRE

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Foi no fundo do Vale do Paraíba entre as capitais São Paulo e Rio de Janeiro, com fácil acesso a Minas Gerais pelas gargantas da Serra da Mantiqueira, que o Senhor Major Novaes pediu ao amigo Dom Pedro II que construisse uma estação em suas terras.

S PRE

IOCHPE MAXION

Era época do café e pela estação era feito todo o entroncamento do comércio do Sul de Minas e do eixo Rio x São Paulo. Era um verdadeiro ponto de encontro, as pessoas se instalaram ao redor e aos poucos, o chamado “povoado da estação” traçava a cidade de CRUZEIRO.

CRUZEIRO: - CAPITAL DO FUNDO DO VALE DO PARAÍBA - CAPITAL DA REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 1932. Uma entre tantas cidades de passado ferroviário sustentando ruínas.

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BATALHAS REVOLUÇÃO 1932 Túnel De Divisa Cruzeiro-SP / Passa Quatro- MG a 20 Km

AGEF-1929 ABANDONADO Foi armazém regulador de café e armazém do tráfego próprio da ferrovia.

CENTRO CULTURAL ROTUNDA-1930 Tombado pelo Condephaat. Uma das três últimas oficinas neste estilo.

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TERMINAL RODOVIÁRIO subutilizado

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(vista) PICO DO ITAGUARÉ “O gigante adormecido” a 16km e a 2.308m de altitude avistando todo o Vale do Paraíba

OFICINAS E ABRIGO DE CARROS DA FERROVIA DE 1930 ABANDONADO

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE 1884 (INÍCIO DO MUNICÍPIO) ABANDONADA

TEATRO CAPTÓLIO (RÉPLICA DO SCALA DE MILÃO) ABANDONADO

MUSEU MAJOR NOVAES RESTAURADO Tombado pelo Condephaat. Fazenda Boa Vista no início do município.

FRIGORÍFICO DE 1910 EM RUÍNAS

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BOSQUE MUNICIPAL REFORMADO Área: 4,5 Alqueires de Mata Atlântica com parque, lago e trilhas.

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(vista) RIO PARAÍBA DO SUL

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(vista) MIRANTE SANTO CRUZEIRO


Conexão dos patrimônios por passarela elevada (1m) e rebaixo da via (4m).

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Adaptação do antigo galpão da AGEF para instalação da nova rodoviária que além do transporte intermunicipal e interestadual vai abrigar o transporte fretado de trabalhadores e estudantes que chegam e saem de Cruzeiro. Ponto de táxi e bolsão de espera. Praça rebaixada e passagem de pedestres abaixo da ferrovia para solucionar o nó existente. As passarelas do viaduto foram retiradas. Quadra e pista de skate alagáveis sobre reservatório que receberá através de canaletas no piso de todo o parque, a água da chuva solucionando o problema de alagamento da região. A água coletada será utilizada para abastecer atividades do parque. Abertura dos vãos entre estruturas do viaduto permitindo conexão, permeabilidade e visibilidade do parque. Transferência da guarda municipal para cota mais baixa garantindo segurança ao local. Utilização dos galpões das antigas oficinas pelas secretarias municipais com passagem interna entre eles. Utilização do edifício administrativo das antigas oficinas pela prefeitura e gabinete do prefeito. Utilização da antiga oficina como Museu da Ferrovia com exposição do acervo cruzeirense. Retirada dos muros ao longo da ferrovia e implantação de gradil liberando visuais e mantendo a segurança. Praça Beira-Rio de contato com o Rio Paraíba do Sul. Ciclovia ao lado a ferrovia como previsto no Plano Diretor vigente.

Estratégias e setorização

Restauro e reativação da Estação Ferroviária com transporte coletivo por bonde elétrico partindo dela, passando pelo centro até o limite do município. Utilização do galpão pela ABPF (Associação Basileira de Proteção Ferroviária) para que ela amplie suas instalações e reforce suas atividades de restauração de locomotivas. MRS Logística - Administradora do transporte de carga SP - RJ

SETOR 01

SETOR 02

SETOR 03

POTENCIAL HISTÓRICO – CULTURAL Diretrizes: Valorizar a entrada da cidade preservando e utilizando os edifícios afim de valorizar a História.

POTENCIAL SERVIÇOS PÚBLICOS Diretrizes: Utilizar vazios urbanos com serviços públicos centralizados como os órgãos de administração municipal.

POTENCIAL PRESERVAÇÃO NATURAL Diretrizes: Preservar rio Paraíba do Sul e margem. Valorizar o Bosque Municipal e incentivar atividades de conscientização e contato da população com a natureza.

OUTRAS POTENCIALIDADES: Localização estratégica com fácil acesso a importantes capitais. Proximidade ao Circuito Vale Histórico e Circuito Religioso do Vale do Paraíba. Envolta pela Serra da Mantiqueira e possibilidade de Turismo de Aventura. Cidade de pequenas distâncias e plana em sua maior parte.

DIRETRIZES: Restauro e reativação da Estação Ferroviária com transporte de bonde pelo ramal inserido na centro urbano integrando o sistema de transporte coletivo e contribuindo com a melhoria do tráfego intenso no centro da cidade.


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i=6%

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FESTÓDROMO

CENTRO CULTURAL ROTUNDA

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FATEC

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i=6% +513

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+513 04 07 09 IOCHPE MAXION

Conexão para passagem de pedestres Relocação do terminal rodoviário para edifício existente

Desapropriação de residência, garagem de ônibus São José e Assembléia de Deus

Relocação da Guarda Municipal para praça criada na cota mais baixa

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Reservatório que receberá através de canaletas no piso de todo o parque, a água da chuva solucionando o problema de alagamento da região. A água coletada será utilizada para abastecer atividades do parque.

RESERVATÓRIO E SISTEMA DE ABASTECIMENTO

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Fluxos propostos

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Conexões propostas

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Situação Existente Proposta Setor 01 Abertura dos vãos entre estruturas do viaduto permitindo conexão, permeabilidade e visibilidade do parque.

GUARDA MUNICIPAL

Conexões propostas

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Praça rebaixada e passagem de pedestres abaixo da ferrovia para solucionar o nó existente. Com isso as passarelas existentes foram dispensadas dando lugar a uma travessia mais rápida, acessível e confortável. A tranferência da Guarda Municipal para essa cota além de dar espaço para a área de esportes, oferece segurança hoje inexistente na travessia.


O Edifício da Agef de 19.000 m² será adaptado para receber o novo Terminal Rodoviário proposto. Galpão de pavimento duplo, portas amplas para passagem de locomotivas e janelas altas, sofrerá pequenas adaptações necessárias em que será mantida e preservada sua fachada e cobertura. Em projeto, as plataformas existentes foram recortadas para permitir a manobra dos ônibus, um mezanino foi instalado com a função de travessia entre plataformas e alcance das visuais na altura das janelas e

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toda a estruturura de apoio, comércio e venda de passagens será com cubos de estrutura metálica e vidro dispersos pelo edifício. Todas as intervenções buscam a quebra da ortogonalidade afim de marcar a intervenção contemporânea em um patrimônio municipal. O novo terminal passa a ter 18 plataformas de ônibus, 13 a mais das existentes hoje. Assim, o terminal não só abrigará as linhas urbanas, intermunicipais e interestaduais, mas também os fretados que trazem trabalhadores e estudantes das cidades vizinhas diariamente.

Terminal fachada

Terminal planta térreo

Terminal planta mezanino

Terminal corte

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Plataformas e estrutura existente

Recorte na plataforma

Inserção de novos pilares do mezanino

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acesso pedestres

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acesso funcionários

Inserção de setores de apoio, comércio, café e balcão de informações

Situação Existente Setor 01 - Armazém Rebaixo da rodovia que corta a cidade e construção de passarela elevada para desvincular travessia de pedestres e via de veículos. Com isso, tem-se a conexão dos patrimônios hoje separados pela rodovia e a travessia segura dos pedestres oriundos da rodoviária.

Recorte na plataforma

Inserção de guichês

Proposta Terminal

Ponto de táxi e bolsão de espera na cota rebaixada facilitando a circulação. O acesso para o terminal segue por rampa garantindo acessibilidade.

MEZANINO: TRAVESSIA, COMTEMPLAÇÃO, GUICHÊS, EXPOSIÇÕES, ESTAR ESPERA, CAFÉ E SANITÁRIOS DESEMBARQUE ADMINISTRAÇÃO COMÉRCIO EMBARQUE


5|8 A ocupação dos galpões das antigas oficinas propõe dar uso a esse vazio urbano que já foi tão importante no passado por estar no núcleo original do município. Ao ser utilizado pelos órgãos municipais e de serviços públicos como Poupatempo, Detran, tem-se a concentração dessas atividades gerando grande fluxo de pessoas nesta área. Hoje, estes órgãos alugam imóveis espalhados pela cidade.

A proposta é de uma passagem aberta constantemente no interior do galpão como uma opção de caminho coberto no parque e também, devido a dimensão dos galpões, a rua interna favorece com que os ambientes de trabalho fiquem próximos das aberturas. Nas extremidades voltados para o lado externo dos galpões, os espaços serão ocupados com pequenos comércios mantendo o fluxo de pessoas mesmo após o expediente.

BOLSÃO DE ESTACIONAMENTO +516

+516

Conexão com área de intervenção Retirada dos muros para fruição pública Desapropriação

HALL

HALL HALL +516 HALL

Situação Existente Proposta Setor 02

HALL +516

HALL

Passadiço entre galpões para garantir travessia coberta e assim como o desenho de piso conectá-los integrando ao parque.


+516

PREFEITURA MUNICIPAL

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ABPF

02 +515 05

MUSEU DA FERROVIA

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+510 PRAÇA A BEIRA RIO

01 RIO PARAÍBA DO SUL

Passarela sobre linha férrea

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Rio Paraíba do Sul e Serra da Mantiqueira

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Mirante para o Rio Paraíba do Sul

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Travessia parque - praça a beira rio

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Relação passarela com o conjunto

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A passarela sobre a linha férrea cria no parque uma cota mais alta que proporciona uma vista panorâmica do resultado obtido com o projeto. Além disso, é uma conexão atrativa ao Rio Paraíba do Sul como incentivo ao contato das pessoas com o rio (hoje inexistente) de uma forma agradável através da praça. O local foi escolhido por não existir construções a beira rio neste ponto e integra uma opção intermediária de travessia aos moradores do bairro Itagaçaba do outro lado da margem.

Preservação O contato com o rio


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O projeto enfatiza a circulação de pedestres, a integração de transportes coletivos e o uso da bicicleta visando melhorar o tráfego de veículos e contribuir com o meio ambiente. Cruzeiro é uma cidade de pequenas distâncias onde é possível andar a pé tranquilamente. O uso da bicicleta é

frequente e criar condições para que mais pessoas adotem este meio de transporte é uma das preocupações. O rebaixo na via e a passagem de pedestres sob a ferrovia foram soluções para os nós existentes entre os meios de circulação, além de com isso, conectar os patrimônios e contribuir para a fluidez do parque.

O mobiliário urbano foi desenvolvido para abrigar bicicletas disponíveis para locação. Sua função é unir a disposição e organização das bicicletas com um banco de espera, apoio e contemplação do parque de acordo com a implantação e angulação proposital na instalação.

Modais Integração

De mesma materialidade adotada no passadiço, passarela e mezanino na AGEF, o mobiliário é estruturado em aço corten. O vidro adotado porém, neste caso, é na cor laranja em comunicação com a ciclovia e área de esportes além de marcá-lo no parque.


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Proposta acadêmica para intervir em uma cidade real

Como viabilizar? - Fundo de Direito Difuso: Solicitação de recursos junto ao ministério da justiça para reparação de danos causados ao meio ambiente e a bens e direitos de valor histórico, turístico, paisagístico por infração a ordem econômica e a interesses coletivos. - Parceria Público - Privado: Parceria entre a prefeitura e empresas privadas do município como a Iochpe Maxion por exemplo, que se beneficiará com o projeto devido sua proximidade e solução de seus fluxos (transporte e funcionários). - Consórcios Regionais: Parceria com municípios vizinhos através da inserção da cidade de Cruzeiro no Circuito

Vale Histórico e Circuito Religioso do Vale do Paraíba para agregar e apoiar o turismo regional. - Convênio com Particulares: A prefeitura poderá firmar convênio com particulares para exploração turística de áreas ou imóveis de propriedade da Prefeitura Municipal conforme normas para utilização das Terras Públicas vigentes (previsto no Plano Diretor vigente. - Divisão do projeto em fases: A setorização proposta possibilita o faseamento do projeto com sua implantação a médio e longo prazo.


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