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UFRJ comemora mais uma vez o título de campeã no Petrogames.

Como a crise na Crimeia influencia o mercado de combustíveis.

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Petrobras. Entenda a crise da estatal brasileira.

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PETROTIMES Edição N°1 Ano 2014. Jornal de distribuição gratuita. Venda proibida.

Fundadoras: Julia Stock e Natalia Amaral

PASSADENA NÃO FOI BOM NEGÓCIO Por Luiza Queroga

A compra da refinaria de Pasadena (PRSI) pela Petrobras está no olho do furacão enfrentado pela empresa. O investimento de US$1,25bi deu retorno positivo de US$60mi pela primeira vez desde a sua compra em 2006. A transação foi aprovada pelo conselho da estatal ná época presidido pela então Ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Devido as eleições neste ano o escândalo tem sido usado como arma política com direito a CPI. A polêmica envolvendo a refinaria vai além da disputa política, e evidência irresponsabilidades na administração da empresa. A refinaria de Pasadena fica na cidade de mesmo nome no estado do Texas, EUA, com localização estratégica e infraestrutura para escoamento de petróleo e gás proveniente do Golfo do México. Durante muitos anos a planta ficou sob gestão do Grupo Crown, sendo chamada de “Crown Refinery”, e tinha Henry Rosenberg como administrador. Após acumular dívidas durante a década de 1990, Rosenberg então decidiu pela venda da refinaria, que só foi comprada em 2004 pela Astra Oil. Astra Oil pertence ao grupo Transcor Astra Group (TAG), com 80% do capital pertencente a Holding NPM/CNP, empresa belga sob controle de Albert Frère (53%) e BNP Paribas. A compra da refinaria fazia parte do plano estratégico da empresa que buscava ingressar no mercado de downstream norteamericano. A transação com o grupo Crown incluía a refinaria por

US$42,5mi havendo ainda o gasto de US$100mi para modernização totalizando US$142,5mi, mais a transferência de uma dívida de US$300mi. Em 2005 a Petrobras fez um acordo c o m a A s t r a p a r a re f i n o e comercialização de petróleo pesado brasileiro. Pouco tempo depois em 2006 foi decidido um passo mais largo com a compra de 50% da refinaria pelo valor de US$190mi. Somando a isto US$170mi referentes ao estoque, a compra de Pasadena custou US$360mi. E foi com este montante que a Astra pode então comprar 100% de uma refinaria com carecterísticas similares em Washington, a “U.S. Oil Refinery Co.”, com capacidade de processamento de 39.000 bbl/dia, com capacidade de armazenagem de apenas 1mi contra os 6mi de barris de óleo em Pasadena. Logo após o investimento nos EUA houve a descoberta do Pré-Sal, mudando a estratégia da empresa. A estatal então deixou de lado seus projetos no exterior, causando desentendimentos com a Astra, em meio a crise de 2008, culminando na evocação da cláusula de “Put Option” que obrigava a Petrobas a comprar a parte da belga. A estatal então teria de desenbolsar US$466mi, dos quais US$296mi por 50% da refinaria e US$170mi pelos estoques. O mesmo conselho administrativo que havia decidido pela compra, agora recorria da decisão prevista em contrato, resultando numa disputa judicial em 2009. A Corte Federal em Houston

decidiu, em 2010, que a Petrobras deveria honrar o contrato, porém o processo persistiu até que uma decisão extrajudicial final em 2012 determinou a compra de Pasadena, acrescido dos gastos do processo (juros, garantias bancárias, e etc.) num total de US$820mi, quase o dobro do valor pedido pela Astra em 2008. Com um gasto de US$1,25bi na Refinaria até 2012 a Petrobras tenta então vendê-la, mas apenas a “Valero Energy Corp” se mostra interessada com uma oferta de US$200mi. Hoje a refinaria possui capacidade de processamento de 100.000 bbl/dia. Apesar de alta, esta capacidade é bem inferior a de grandes refinarias da região, como por exemplo a Port Arthur que atualmente é a maior dos EUA com capacidade de 600.000 bbl/dia. Esta unidade foi originalmente comprada por US$10bi pela “Motiva Enterprises”, possuía capacidade de 325.000 bbl/dia. Atualmente a Petrobras tem capacidade de refino de 260.000 bbl/dia, incluindo Pasadena. Com o objetivo de aumentar este número a estatal investiu na construção de duas novas refinarias: Abreu e Lima no Pernambuco com capacidade para 230.000 bbl/dia ao custo de US$18bi, e Comperj no Rio de Janeiro com 150.000 bbl/dia por US$13,5bi. Juntos os projetos custam US$31,5bi para processar 380.000 bbl/dia, um custo três vezes maior e capacidade 40% menor que a maior dos EUA. ■


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OPINIÃO

Por Luiza Queroga

E O SALÁRIO OH... Achar estágio ou emprego em tempos difícies como estes é um feito! Ainda mais um que pague bem. Mas será que aquela vaga conquistada paga bem para padrões internacionais? E será que as meninas recém-formados estão ganhando o mesmo que o sexo o oposto?

Edição N°1 Ano . Jornal de distribuição gratuita. Venda proibida

Aos poucos o Brasil se aproxima de países desenvolvidos e gera novos empregos, exigindo uma mão de obra especializada, ao mesmo tempo em que se observa uma valorização de trabalhos simples, como o empregado doméstico. Este último grupo já ganha salários equivalentes aos de países ricos, contudo tal tendência não é vista de forma expressiva dentre a mão de obra qualificada. De acordo com a lei brasileira (Lei no 4950-A/66) um engenheiro deve ganhar 8,5 salários mínimos por 8h/dia de trabalho, o que equivale a R$6.154 (uma vez que o salário mínimo vigente é de R$724). O que para muitos parece um bom salário, na verdade é um dos mais baixos do mundo (dentre países desenvolvidos e em desenvolvimento), segundo uma pesquisa da Universum que colocou os salários brasileiros em 19º posição dentre 24 analisados. O levantamento foi feito no final de 2013, e coloca o país a frente da

CARTA AOS LEITORES Caros leitores, É com muito prazer que me dirijo a vocês nessa segunda edição do nosso jornal. Nossa primeira edição teve uma excelente resposta, muito obrigada pelas mensagens de apoio e

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Russia, México, China, Índia e Polonia. O salário para engenheiros recém-formados brasileiros se equipara aos de Angola, cerca de R$6.000 segundo Marie Caroline Etom, camaronesa que trabalha nos EUA e formada em Eng. de Petróleo pela UFRJ.

R$6.000 para o mesmo cargo nos EUA. ConocoPhillips, Chevron, e Schlumberger contam com bolsa de aproximadamente R$4.400 nos EUA, o que mostra uma razão de quase um meio entre salário estagiário e formando, enquanto que no Brasil esta razão é de um quinto.

O primeiro lugar na pesquisa ficou com a Suíça, com salário base inicial de R$15.620, valor bem acima dos R$9.590 pagos aos formandos dos Estados Unidos. Contudo estes valores são ainda maiores para os engenheiros, uma vez que a pesquisa leva em consideração também salários de áreas com menor remuneração. Na França o salário para recém-formado no setor é de até R$10.700, contra os R$8.600 obtidos pela pesquisa. Já comparando com o salário mínimo destes países, observa-se que o engenheiro francês recebe 2,5 salários, o americano 4,5, e suíço 3,2 (este último de salário mínimo não oficial).

Apesar de todas as leis e concientização para igualdade entre os sexos dentro das empresas, principalmente quanto a remuneração, as mulheres ganham de 10% a 20% menos que os homens, segundo a pesquisa da Universum. Infelizmente não adianta mudar de país, pois este cenário se repete em todos eles. O que surpreendeu os pesquisadores foi constatar que a lacuna entre os sexos é maior em países desenvolvidos, como na Alemanha onde a discrepância chega a 17%.

Quando o assunto é estágio, a comparação fica ainda mais assustadora. Na França o estagiário ganha cerca de um terço do graduado. Segundo o site Glassdoor a empresa Exxon Mobil tem uma bolsa-auxílio de R$1.270 para o estudante de engenharia brasileiro que trabalhe 20h semanais, e de

sugestões. Todas elas foram consideradas e analisadas, já que trabalhamos com o objetivo de nos superar a cada nova edição. O propósito do jornal é levar a vocês, leitores, informações e problemáticas da indústria do petróleo analisadas sob o ponto de vista de futuros profissionais. Além disso, através de nossas sessões técnicas e de opinião, buscamos apresentar aos alunos iniciantes conceitos e habilidades que irão necessitar. O jornal ainda se preocupa em incentivar melhorias no curso de Engenharia de Petróleo da UFRJ buscando levar críticas construtivas e

No Brasil, a tão sonhada bolsa ou o salário, para os poucos que conseguem um emprego, não condiz com a formação do profissional, e tampouco com a complexidade do trabalho a ser exercido... Seja isto por encargos sobre o profissional no país, ou pela subvalorização do profissional pelas empresas. ■

sugestões de melhoria a tomadores de decisão. Neste sentido, estamos trabalhando junto à Coordenação do curso e a um comitê de alunos, reunindo feedbacks de alunos e ex-alunos de forma a elaborar um relatório de melhorias a ser encaminhado ao diretor João Carlos dos Santos Basílio. Finalmente, o jornal visa à manutenção do histórico de excelência da Universidade Federal do Rio de Janeiro e ao desenvolvimento de seus alunos. ■ Atenciosamente, Julia Stock


ENTREVISTA

Por Igor Wiesberg

Santiago Drexler Argentino, formado em Engenharia Química pela UBA (Universidade de Buenos Aires). Pesquisador da Coppe em projetos relacionados a EOR. Professor de Engenharia de Petróleo da UFRJ, leciona as disciplinas de EOR (Métodos especiais de recuperação de petróleo) e Escoamento Multifásico.

Você é Argentino e fez sua graduação em Buenos Aires. Quais as principais diferenças da graduação no seu país para graduação no Brasil? Eu considero o nível de educação muito bom nos dois países. Existem diferenças básicas entre as duas, por exemplo, na Argentina não existe vestibular, tem um ano de ingresso, onde você faz disciplinas específicas da carreira, e os que são aprovados nelas passam para a faculdade. Não é apenas uma prova para entrar na faculdade, é um ano inteiro de aulas e provas. O lado bom é que não se está sozinho na preparação e o lado ruim é que demoramos mais um ano na graduação. Lá é como aqui, existem algumas faculdades privadas muito caras e muito boas, e tem as públicas federais que em sua maioria são muito boas academicamente, mas não em infraestrutura. Como se deu o início de sua carreira e como você começou a dar aula na UFRJ? Eu me formei em Engenharia Química na Universidade de Buenos Aires, e trabalhava em uma área completamente diferente: era trainee da Coca-Cola, na área de qualidade. Porém eu queria focar minha carreira na área técnica e fui fazer mestrado nos Estados Unidos, em Oklahoma. No mestrado trabalhei em um projeto de recuperação avançada como pesquisador e fiz contato com muitas pessoas do setor petrolífero.

Eu tinha interesse em voltar para a América do Sul, e como a Petrobras financiava pesquisas na universidade em que eu estudava, recebi uma proposta de vir trabalhar como pesquisador no CENPES. Após um tempo a Petrobras me designou para participar de um projeto no Instituto de Química, e comecei a trabalhar como pesquisador convidado neste departamento, fazendo uma conexão entre o CENPES e a faculdade. No ano passado a disciplina EOR ficou sem professor então comecei a trabalhar como professor convidado. Conheci então o Paulo Couto, coordenador do curso de Engenharia de Petróleo da UFRJ, e ele me convidou para atuar como pesquisador da COPPE. Que fatores e qualidades profissionais você pensa que são mais importantes para o desenvolvimento de um carreira? Para os alunos que estão se formando agora, no que você pensa que eles devem focar? É claro que depende muito da área que se vai trabalhar, mas uma coisa importante no petróleo é que para quase todas as posições dessa área se precisa de um conhecimento técnico forte, principalmente de disciplinas do ciclo básico. Além disso, acho interessante misturar essa construção de conhecimentos teóricos com experiências no mundo de trabalho. No mercado de trabalho é muito importante que o profissional apresente habilidades de relação

interpessoal. Isso pode ser desenvolvido através de programas de estágio, experiências internacionais. Você acha que sua experiência na indústria enriquece suas aulas? Sim. Como todas as minhas pesquisas foram direcionadas para a indústria, objetivando resolver um gargalo tecnológico especifico. O conhecimento dos problemas e desafios reais me dá uma idéia do que é útil para os estudantes c o n h e c e re m . I s s o f a z m u i t a diferença, não é uma coisa que aprendi nos livros, eu mexi com os produtos, desenhei equipamentos e com isso, ganhei conhecimento prático. Você tem vontade de voltar para a Argentina? Hoje não, por que minha situação profissional atual aqui no Brasil é melhor do a situação profissional que acho que teria lá na Argentina. Eu gosto muito do meu trabalho e do que eu estou fazendo aqui, já que me encontro lecionando em uma faculdade excelente e trabalhando em um projeto inovador. Estou muito bem aqui e já estou adaptado. Então por enquanto tenho planos de ficar por aqui. Se houver um concurso para professor do curso de engenharia de petróleo você faria? Com certeza. ■


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MUNDO DO PETRÓLEO

EUROPA

Por Marina Maiolino

EM

XEQUE

A atual crise na região Ucraniana da Crimeia tem tirado o sono de muitos chefes de estado e estudiosos. Os p a í s e s d e p e n d e n t e s energeticamente da Rússia têm motivos de sobra para se preocuparem, já que os gasodutos Russos para a Europa passam pelo país. A crise foi originada com a recusa do então presidente ucraniano Viktor Yanukovich em iniciar o processo de adesão à União Europeia. O fracasso do acordo reflete a estratégia de Yanukovich em estreitar laços com o governo de Moscou, que, por sua vez, vê na Ucrânia uma aliada no fortalecimento do poder geopolítico russo na região. A população contrária ao domínio russo indignou-se, pois pertencer à União Europeia significa modernizarse em diversos aspectos. O antigo governo foi então derrubado e uma liderança nacionalista pró-europeia assumiu o poder local, levando a um distanciamento da Rússia e a uma aproximação com a Europa. Como forma de impedir um reaparecimento russo, os EUA não reconhecem o plebiscito que a população de maioria russa da Crimeia manifesta o desejo de regressar ao território da Rússia. Da mesma forma, temas geopolíticos e econômicos geram grande interesse do governo de Moscou em anexar a Crimeia. Na esfera econômica, a energia terá um peso decisivo nos rumos e no desfecho da adversidade atuante, não só para a Europa, como para o mundo. O jogo energético gira em torno de a Rússia fornecer petróleo ao mercado europeu e parcela significativa de todo o gás natural importado pela Europa. Crescentes tensões geopolíticas, possíveis interrupções da oferta de energia da Rússia e ameaças ao crescimento global levam ao analista da corretora

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PVM, David Hufton, a afirmar que os preços do petróleo "estão emaranhados numa complexa teia de riscos”. O repúdio dos aliados americanos à compra de gás natural russo, bem como a queda na produção de óleo acarretam a diminuição da oferta, aumentando o valor do preço do barril. A oferta abundante dos EUA, contudo, limita os ganhos nos preços. Os estoques de petróleo bruto americano subiram de 3,524 milhões para 397,659 milhões de barris. No que tange ao gás, a Rússia fornece um terço do que a Europa necessita, sendo mais da metade transportado através da Ucrânia via gasodutos. Em 2013, 54% das exportações russas para o mercado europeu transitaram pela Ucrânia equivalente a 16% de todo o gás consumido no continente. A anexação da península da Crimeia, seguida da elevação do preço do gás vendido à Ucrânia, intriga potências ocidentais. Alemanha, EUA e França pressionaram Moscou a não reincorporar a região, já que aumenta o território da antiga URSS e afeta índices econômicos,

demonstrando uma possível elevação russa. No entanto, tais demarcações são limitadas para não pôr em risco o abastecimento de gás e petróleo à Europa. Um novo impulso ao esforço europeu de redução de sua dependência energética é dado. Sobre o Brasil, impera uma neutralidade, seguindo o pragmatismo dos governos Lula e Dilma, não afetando fortemente o país. Porém, uma possível guerra envolvendo um dos maiores produtores de petróleo afetará o preço do litro da gasolina, já que os preços do petróleo subirão em escala global. Diante da situação, a Europa busca alternativas energéticas a fim de evitar ficar de mãos atadas perante os embates entre Ucrânia e Rússia. O Brasil sente pouco todo o efeito vigente, porém a exploração e produção de petróleo estão altamente vulneráveis ao desencadeamento da crise, contribuindo para a instabilidade do mercado e as atenções estão redobradas. ■


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PASSATEMPO

Por Natalia Amaral

CAÇA-PALAVRAS Descubra as palavras e as encontre no quadro ao lado. 1. Termo que define o conjunto de operações realizadas para recuperar ferramentas caídas dentro de um poço de petróleo. 2. Relação entre o volume de poros e o volume total de uma rocha. 3. Razão entre as massas específicas dos sólidos e dos líquidos nas condições padrão de temperatura e pressão e a massa específica da água pura sob as mesmas condições. 4.Diluente utilizado para reduzir a viscosidade do fluído de perfuração, reduzindo sua viscosidade. 5. Plataforma que se caracteriza por ter um cilindro vertical que prevê flutuação para suportar facilidades acima da superfície da água.

Procure as seguintes palavras em inglês: 1- Poço 2- Lama 3- Pescaria 4- Sonda 5- Broca 6- Tampão

A K J H G F D S R A D D

P Q G D O N O B R E C E

I E D A D I S N E D G F

F D S D V S A W I A R L

S H T C X W Y H O D J O

G R I S A R G V L I C C

S R P D W R N U I S V U

P T A L R N I D W O X L

A G L Y J A K A H R Z A

R V F A E Y T O L O S N

R A J V B H J O E P H T

T G H J I O L K M N B E

A K J H G F D S R D D B

E Q G D P N O B R E U N

I W D T U M S N E D G M

F E S D G S A W I A R T

S L T U F I S H I N G E

G L I S A R G V L U C N

J R P D W O N U L S V L

K T B L R N I P W O X L

F G L I J A K R I G Z S

G V F U T Y T O L O S P

R A J L B H J O E P H L

T G H P I O L K M N B G

RESPOSTA DA CHARADA DA EDIÇÃO PASSADA

?

Qual é o campo cujo nome é um nome comum dos peixes perciformes pertencentes a família Sciaenidae do gênero Menticirrhus. Esse campo conta com a primeira plataforma do tipo TLWP (Tension-Leg Wellhead Platform) a ser utilizada no Brasil. Resposta : Papa-Terra


PALAVRAS CRUZADAS

1. ? guia: equipamento posicionado no solo marinho, por meio do qual são descidas ferramentas para a perfuração de um poço.

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2. Diferencial de pressão entre reservatório e o poço (em inglês).

E N H A N C E D

1 2 3 4 5 6 7 8

3. Downhole safety valve (sigla). 4. Cascalho (em inglês). 5. Equipamento em forma de torre ou mastro, equipado com cabos e polias, utilizado para movimentação de cargas da plataforma para outras embarcações ou vice-versa, ou dentro da prapria plataforma. 6. Sísmica (em inglês). 7. Pasta de ?: suspensão composta por água, cimento e aditivos, que é usada em operações de comentação primária ou secundária em poços de petróleo 8. Lama (em inglês). 9. ? oil recovery - EOR

1 B A S D R O W D R W 3 D R I 6 I M U

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E N H A N C E D 9

N T O S V V E L D A S T E

A K J H G F D S R A D D

P Q G D O N O B R E C E

I E D A D I S N E D G F

F D S D V S A W I A R L

S H T C X W Y H O D J O

G R I S A R G V L I C C

S R P D W R N U I S V U

P T A L R N I D W O X L

A G L Y J A K A H R Z A

R V F A E Y T O L O S N

R A J V B H J O E P H T

T G H J I O L K M N B E

A K J H G F D S R D D B

E Q G D P N O B R E U N

I W D T U M S N E D G M

F E S D G S A W I A R T

S L T U F I S H I N G E

G L I S A R G V L U C N

J R P D W O N U L S V L

K T B L R N I P W O X L

F G L I J A K R I G Z S

G V F U T Y T O L O S P

R A J L B H J O E P H L

T G H P I O L K M N B G

RESPOSTAS

4 G 5 G U S E I S M C I 8 M 7

JOGO DOS 7 ERROS


ECONOMIA

Por Victor Costa

ESCÂNDALOS MANCHAM PETROBRAS Investimentos A descoberta do Pré-Sal foi o grande momento da Petrobras na década passada e levou ao auge de seu valor de mercado. A expectativa de um grande aumento na produção de petróleo ainda não se concretizou, já que a produção de petróleo tem permanecido basicamente estagnada nos últimos anos.

A atual presidente da Petrobras, Graça Foster, não consegue nenhuma trégua com as dificuldades na gestão da estatal. A empresa que já perdeu grande parte do seu valor de mercado nos últimos anos. Agora, enfrenta críticas pesadas ao prejuízo bilionário da empresa com a compra da refinaria em Pasadena nos Estados Unidos. A aquisição de 50% da refinaria em 2005 já resultou em gastos de 1,2 bilhão de dólares, um valor superior ao que a antiga empresa proprietária havia pago pela refinaria inicialmente. O assunto ganhou relevância e ampla cobertura jornalística já que Dilma Roussef, como presidente do conselho de administração da Petrobras aprovou o negócio. A presidente alega que foi induzida ao erro por um parecer técnico. As oposições não perderam a oportunidade e pressionam por investigações em relação a situação de Pasadena e outras irregularidades na empresa. O desenrolar dos fatos deve garantir queo foco midiático vai permanecer sobre a empresa nos próximos meses.

Múltiplas Dificuldades Embora os escândalos chamem a atenção do público, os maiores p ro b l e m a s e n f re n t a d o s p e l a Petrobras são outros. A manutenção do preço da gasolina abaixo do preço internacional resulta em grave prejuízo e a intervenção política na empresa reduz a eficiência da gestão com vários cargos sendo loteados entre os membros da base de sustentação do governo. A petroleira é utilizada para fazer política industrial sendo forçada a adquirir uma quota de conteúdo nacional, que nem sempre oferece o melhor custo-benefício. Devido ao modelo de partilha, a empresa é obrigada por lei a ter uma participação de 30% na operação dos campos do pré-sal, aumentando assim ainda mais a necessidade de investir, se endividando além de sua capacidade. O lucro vem sofrendo forte queda desde o ápice em 2008 e o valor da empresa caiu dramaticamente revelando uma forte desconfiança do mercado aos rumos tomados.

Mesmo com as dificuldades, a estatal planeja massivos investimentos de 220 bilhões de dólares até 2018, com o objetivo de alavancar a produção do pré-sal. Por outro lado, para garantir esse ambicioso projeto, o endividamento da companhia já se aproxima da marca de 300 bilhões de dólares. ■

Preço do Barril de Petróleo (BRENT)

$ 109,69 AÇÕES FONTE: BOVESPA

1,05% R$ 56,04 8,11% R$ 16,03 0,22%

R$ 7,99

20,43% R$ 0,74 20,00% R$ 0,20 Índice referentes a 25/04/2014. Valores referentes a compra de ações ordinárias Índice de alta e baixa referentes ao mês Fonte: Infomoney


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SEÇÃO SPE/UFRJ

Por Vanessa Arivabene

REALIZANDO ANTIGOS SONHOS

O Energy4me e a parceria com a Xisto Jr. são as novidades deste mês Desde a última edição, tivemos a oportunidade de concretizar alguns antigos sonhos do Capítulo de Estudantes SPE/UFRJ. O Energy4me é um programa da SPE Internacional que consiste em levar aos alunos do Ensino Infantil, Fundamental e Médio conhecimentos referentes à energia. O material didático do programa abrange desde ensinamentos básicos sobre as fontes de energia até conceitos mais específicos sobre a indústria do petróleo. O objetivo é despertar nas crianças, adolescentes e jovens a curiosidade e interesse para que eles conheçam e participem ativamente do universo de oportunidades que o setor de energia pode oferecer. Nos dias 26 e 27 de março os diretores do capítulo estiveram na Escola Municipal Comandante Arnaldo Varella (Pavuna) e na Escola

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Municipal Professora Hilda do Carmo (Duque de Caxias), dando início à participação da SPE/UFRJ no programa Energy4me em nosso capítulo. Foi uma experiência extremamente gratificante. Acompanhe aqui pelo jornal de eventos futuros e venha participar das próximas edições! Com o desejo de expandir nossos horizontes para além da Escola Politécnica firmamos uma nova parceria com a Xisto Jr, empresa júnior do curso de geologia da UFRJ. A parceria foi anunciada no dia 16 de abril durante uma palestra para os alunos recém-chegados ao curso de geologia. O Capítulo passa a ser agora presença constante nos corredores do CCMN. Esperamos que os novos membros e amigos da geologia entrem para somar com novas idéias, novos projetos e possam estar presentes nos nossos eventos ao longo do ano. Além das novidades, o Capítulo continua seus trabalhos com o objetivo de aproximar a indústria do

universo estudantil. No dia 28 de março realizamos a visita técnica à base da Schlumberger, em Macaé. Essa oportunidade foi direcionada aos calouros do curso de Engenharia do Petróleo que não perderam tempo e puderam conhecer algumas instalações e ferramentas que verão com mais detalhes nos livros e nas aulas ao longo do curso. A parceria com a Schlumberger ainda nos proporcionou, no dia 14 de abril, o 3° Petro Hour com o tema: “Onde fica o petróleo: Propriedades e Características do óleo em reservatório”. Ministrada por André Bertolini, reservoir engineer, a palestra, de tom informal e descontraído, introduziu alguns conceitos de engenharia de reservatórios. ■


SEÇÃO SPE/UFRJ

Por Vanessa Arivabene e João Victor Raulino

FUNDÃO É TRADIÇÃO! aconteceu! UFRJ contra UFF na final. As duas equipes chegaram muito bem preparadas e o resultado estava em aberto. Num embate arrebatador, nossos competidores deixaram os jurados e todos os presentes boquiabertos ao responder com maestria todas as perguntas que lhes eram direcionadas. A equipe da UFF não conseguiu segurar a monstruosidade de nossos heróis e perdeu por um placar final de 185 a 115.

todas as equipes de modo a estabelecer a chave da competição.

No último dia 12 de abril ocorreu o PetroGames, etapa nacional da prestigiada competição internacional de perguntas e respostas realizada pela SPE, o PetroBowl.

A equipe da UFRJ terminou essa primeira etapa empatada em primeiro lugar com a equipe da USP. Um desempate eletrizante deu à nossa equipe a classificação direta para as semifinais.

Em uma disputa acirrada, nossa equipe mostrou muita competência e espirito de campeã, trazendo o troféu pela 5ª vez para a nossa universidade.

Com um placar de 115 a 0, nossos rapazes venceram a Universidade Estácio de Sá na semifinal, aguardando assim o resultado da disputa entre PUC e UFF para conhecer seu adversário da grande final.

A primeira fase da competição consistiu em 20 perguntas de múltipla escolha direcionadas a

O confronto que todos já esperavam

CLASSIFICADOS - O PRH02 está selecionando bolsistas de IC. Os interessados devem entregar na portaria do NIDF (A/T Prof. Paulo Couto): cópia do boletim, cópia do CRID e carta de apresentação e intenção. O prazo para entrega da documentação é 12 de maio de 2014. Os critérios são CRA e número de reprovações. - A MDL abriu vagas para estágio em

Engenharia Civil. Acesse o site www.vagas.com.br e busque o código: v944062 - O que você achou do novo jornal? Envie um email para thepetrotimes@petroleo.ufrj.br - Quer participar do jornal? Envie seu currículo e horários disponíveis para thepetrotimes@petroleo.ufrj.br

PRÓXIMAS ATIVIDADES 30/04 Petro Hour – Engenharia de Perfuração – Statoil 07/05 Petro Hour - Engenharia de Completação – Statoil 28/05 Palestra e Avaliação de Recrutamento da Schlumberger

EXPEDIENTE

Nossa equipe é pentacampeã do PetroGames.

Parabenizamos nossos campeões Andrej Tommasi, Yúri Forain, Thiago Sauma, Italo Cordovil e Luís Eduardo Chagas que mais uma vez confirmaram a tradição e a superioridade do curso de Engenharia de Petróleo da UFRJ trazendo para nossa Universidade o merecido reconhecimento. ■

Fundadoras: Julia Stock e Natalia Amaral Editora: Julia Stock Produtora Editorial: Natalia Amaral Projeto Gráfico: Thiago Guimarães Colaboradores membros do programa Aprendizes da SPE/UFRJ: Fabíola Siomara Liboreiro Chicata Ludmyla Barbosa Marina Miolino Vinnicius Araujo Cardoso Vitor Costa Outros Colaboradores: Igor Wiesberg Luiza Queroga Priscilla Menezes Pereira Vanessa Arivabene João Victor Raulino


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SEÇÃO TÉCNICA

Por Fabíola Chicata

O The PetroTimes acredita que a leitura de artigos científicos é imprescindível para todo acadêmico. E a visibilidade e prestígio das publicações têm respaldo na língua inglesa. Buscando expor nossos leitores à linguagem e complexidade de tais textos, esta sessão apresenta artigos atuais em língua inglesa:

MICROBIAL COMMUNITY CHANGES IN HYDRAULIC FRACTURING FLUIDS AND PRODUCED WATER FROM SHALE GAS EXTRACTION Mohan, A.M.; Hartsock, A.; Bibby, K.J.; Hammack, R.W.; Vidic, R.D.; Gregory, K.B., 2013. ACS Publications: Environmental Science & Technology 47 (13141−13150). Available on <http://pubs.acs.org/doi/abs/10.1021/es402928b>.

Natural gas provides a major source of energy for the U.S., thereby unconventional natural gas reservoirs such as deep shale formations are becoming increasingly important energy resources. The commercial production of shale gas requires the utilization of hydraulic fracturing and horizontal drilling. During the hydraulic fracturing, large volumes of mixed water with chemical additives are pumped to introduce fissures into the gas bearing formation. That hydrofracture water will flow back to the surface as “produced water” and there are associated microbial communities (Fig1), which deleterious activity can lead to environmental impacts and increase production costs. Many studies have shown that microbial communities recovered in the flowback and produced water are distinct from those in the fracturing fluids. Nevertheless, the produced water is reused for subsequent hydraulic fracturing. The consequences are the potential acceleration of sour-gas production (sulfides increasing), biofouling (decrease in formation permeability), corrosion of equipments and flowlines, as well as scale formation. The fracturing source water, fluid and produced water samples used in the study were collected from a horizontal natural gas well in the Marcellus shale region (Pennsylvania), the largest shale gas formation in the world. For six months, it was the field site to examine how microbial communities change in the water utilized and generated from the hydraulic fracturing. In order to identify and

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Gammaproteobacteria Alphaproteobacteria Bacteroidia Clostridia Bacilli Fig 1 – Classes which bacterial community from prefracturing fluids and produced water are affiliated with.

quantify the species, 16S rRNA gene-based clone libraries, tagencoded pyrosequencing techniques and quantitative PCR were used. The representative bacterial sequences were assigned to GenBank accession and the sequences were also used to cluster species-level affiliations to the representative operational taxonomical units (OTUs). The chemical analyses showed a higher concentration of ions and greater salinities in produced waters than the corresponding prefracturing fluids. Also the radioactivity increased with time in the produced water. The dominant domain in all samples was Bacteria. Archaea were below detection limits. The estimate composition in the first produced water day sample was not significantly different compared to the microbial community structure in the prefracturing fluid. It suggests that the addition of fracturing components did not immediately alter it. In both, the dominant bacterial classes were Gammaproteobacteria and Alphaproteobacteria (17 and 64% clone library, respectively). Affiliated to the last one, the order Rhodobacterales, containing iodideoxidizing species, with a potential role in iron and steel corrosion, was identified.

However, after day 1, there was a temporal decrease in diversity, richness and bacterial abundance, particularly on day 187 of the sample. A shift in structure and abundance of taxa was observed on days 7 and 9 of the samples – there was a decrease in relative abundance of Alphaproteobacteria (<4%) and an increase of Gammaproteobacterial class (33-46% clone library). With the increase of sequences affiliated to the classes Bacteroidia, Epsilonproteobacteria, Clostridia, Bacilli and Fusobacteria, these samples included potential sulfidogenic organisms capable of metabolizing nonsulfate sources. These results support a shift in microbial communities in the exposure of subsurface conditions, resulting of selective pressures (due the biocides added to the fluid, increased in salinity, temperature, radioactivity levels and oxic waters, for instance). Clearly, water consumption will grow with the increasing numbers of fractured organic-rich shale and gas production. But the results suggest that the reuse of impounded produced water from the hydraulic fracture may serve as a seed for communities that emerge in wastewater brines from gas extraction. This emphasizes the need for safe handling, disposal and water treatment. ■


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