Entrevista especial com um dos fundadores do curso de Engenharia de Petróleo da UFRJ - Virgílio Ferreira
A autossuficiência brasileira no volume de óleo produzido deve voltar em 2015?
10 anos
6
5
Especial de 10 anos Engenharia de Petróleo UFRJ
THE
PETROTIMES Edição N°1 Ano 2014. Jornal de distribuição gratuita. Venda proibida.
TEMPOS DE COMEMORAÇÃO!
Por Marina Miolino
Cartum por Ludmyla Barbosa
Em 2014, o curso de Engenharia de Petróleo da Universidade Federal do Rio de Janeiro completa dez anos de qualidade e relevância. Veja aqui os destaques da história de sucesso de um dos cursos de Engenharia de Petróleo mais cobiçados do país pelos estudantes. Nosso curso alcançou, em 2011, um feito inédito, foi reconhecido pelo MEC como o único cinco estrelas do país, e vem mantendo ótimas avaliações até hoje. O UFRJ PetroBowl Team é um orgulho do curso. Nossa equipe foi a primeira sul-americana a chegar às quartas de final nessa competição internacional que consiste em um quiz com temas desde a história da indústria americana de petróleo até equipamentos e nomes de campos. Nosso time de estudantes também foi destaque do PetroGames, competição nacional no estilo PetroBow, vencendo quatro das cinco edições disputadas. Temos um grande aliado para alcançar a excelência, o Capítulo de Estudantes da SPE (Society of Petroleum Engineers) que tem como objetivo incentivar os alunos e futuros profissionais da indústria do petróleo, aprimorando o conhecimento na área técnica através da troca de experiências proporcionadas por palestras, seminários, divulgações de trabalhos e organizações de renomados eventos, como a
Semana de Petróleo (SPEtro). Ele foi selecionado como Outstanding Student Chapter for Latin America and Caribbean em 2012 por conceber atividades, programas e níveis de participação que se destacaram diante de outros grupos estudantis associados, sendo também premiado como Gold Standard Award Student Chapter. A suntuosidade da Engenharia de Petróleo da UFRJ é comprovada com o destaque de seus alunos em exposições de trabalhos nacionais e internacionais, como por exemplo, o da aluna Ana Carolina Aguiar, na área de Tecnologia de Perfuração e Produção na XXIX Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica e no SPE International Student Paper Contest 2008, em que garantiu o segundo lugar. Adicionando, os alunos Julia Stock e Matheus Poubel receberam
destaque como SPE Star South America and Caribbean: prêmio concedido a ilustres alunos cujo objetivo é trabalhar na indústria do petróleo.
Ainda devemos enaltecer nosso corpo discente marcado por sua excelência e apoio aos projetos voltados ao ramo petrolífero. Dentre toda a equipe, destacam-se os que já assumiram a função de c o o r d e n a d o r, c o m o o professor Virgílio José Martins Ferreira Filho, que foi coordenador de 2004 a 2006 e empenhou-se na criação e no desenvolvimento da fase inicial do curso e o professor Alexandre Leiras Gomes, que coordenou o curso de 2007 a 2011 e lutou pela conclusão da reforma curricular, aprovada em 2010. Além deles o ilustre professor Juan Bautista Villa Wanderley que conduziu com maestria a função de coordenador nos anos de 2012 e 2013, e o professor Paulo Couto, que hoje exerce essa função e vem buscando melhorias fundamentais, como a criação de um departamento para a Engenharia de Petróleo e o reforço do corpo doscente. Após uma breve descrição da história da Engenharia de Petróleo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a equipe do The Petro Times não poderia deixar de parabenizar todos os alunos e professores que são os responsáveis pela criação, destaque e perpetuação do curso.
THE
PETROTIMES
OPINIÃO
Por Luiza Queroga
GRADUAÇÃO DE EXCELÊNCIA? O mercado de trabalho demanda mão-de-obra cada vez mais qualificada. Para saciar as empresas muitos países tem reformado o sistema educacional, oferecendo profissionais cada vez mais capacitados de forma rápida e objetiva, porém o Brasil ainda não aderiu a tendência.
Edição N°1 Ano . Jornal de distribuição gratuita. Venda proibida
Com a implementação de programas de intercâmbio acadêmico, milhares de alunos foram para as tão desejadas universidades fora do país, mas ainda vemos muitos poucos almejarem vir ao Brasil mesmo com incentivo. Tal situação foi vivida na Europa, o que se tornou um dos motivadores para uma reforma radical no ensino superior. O grande estimulo, porém, foi a necessidade de atender a uma nova dinâmica do mercado, além de permitir equivalência de diplomas dentro da U.E., o que também facilitou transferências de alunos entre as universidades do bloco. Esta reestruturação e modernização do ensino superior teve início em 1998 com a Declaração de Sorbonne assinada pelos países mais fortes da U.E. e resultou no Tratado de Bologna assinado por todos os membros do bloco em 1999. Os Estados Unidos se destaca pela
EDITORIAL A Habilitação em Engenharia de Petróleo na UFRJ surgiu como uma demanda natural da sociedade e suas aspirações de desenvolvimento, igualdade e justiça social. A noção de que não existe país sem petróleo e ferro foi apresentada e popularizada por Monteiro Lobato nos anos trinta; nada existe mais contemporâneo, mais exato. Reconhecidamente o setor mais dinâmico da economia brasileira, a indústria de óleo e gás parece ter alcançado o
quantidade e qualidade de suas universidades, com uma grande oferta de cursos voltados a indústira petrolífera. Estes em sua maioria visam desenvolver conhecimentos estritamente relacionados ao petróleo, com matérias focadas na exploração. O conjunto de matérias para os futuros engenheiros somam de 120 a 130 créditos em sua maioria, no programa de “undergraduate”, equivalente ao bacharelado no Brasil. E assim como na Europa, nos EUA o ensino superior é dividido em três ciclos: bacharelado (que dura de três a quatro anos), mestrado (duração de um a dois anos e nem sempre é reconhecido no Brasil), e doutorado (com duração variável); e em ambas as regiões o estudante tem a chance de ganhar um “Associates Degree”, caso não conclua todo o curso, mas tenha cumprido os dois primeiros anos, reconhecendo alguma formação acadêmica. O Brasil se mostra arcaico, com necessidade de um longo tempo para obtenção de um diploma imprescindível ao ingresso no mercado de trabalho, sendo esta a prioridade para os estudantes da graduação. Enquanto um estudante brasileiro demora sete anos para obter um bacharelado e mestrado
em engenharia, um estudante europeu demora de quatro a cinco anos, idem para o norte-americano. A maioria dos cursos de engenharia no país, apresentam uma carga horária de 4.000 horas com 230 créditos no total, já estes cursos na Europa e EUA tem carga horária de aproximadamente 2.200 horas com 130 créditos. Vale observar que na U.E. estes cursos apresentam 180 ECTS, das quaiscerca de 40 ECTS são emestágio e projetos de conclusão do curso (no Brasil são cerca de 6 créditos contábeis apesar de possuirem carga real de 25 créditos em média). Uma ECTS equivale menos que um crédito. Muitas faculdades no país tem buscado uma grade mais enxuta reduzindo o número de matérias dos seus cursos de engenharia, além de oferecer um ciclo básico que atenda a formação de engenheiros, separando-os de cursos de física e matemática, a exemplo da USP. Ainda assim o Brasil está bem atrás dos padrões internacionais, e não se sabe quando haverão reformas na arquitetura do ensino superior. Alguns países ainda apresentam grades com carga horária semelhantes a nossa, como por exemplo a Nigéria.
imaginário popular, associando seu sucesso à realização de sonhos e à própria formação da nação. Assim, uma resposta obrigatória da UFRJ a esses anseios foi a construção de um curso especializado e de alto nível, capaz de satisfazer as demandas corporativas por conhecimento tecnológico especializado.
que, com um hercúleo esforço, vem mantendo o nível de suas educações em altos patamares. A cada ano, um grupo de jovens entusiasmados e prontos para os embates profissionais se lançam aos desafios mais duros em prol do desenvolvimento tecnológico e da soberania na nação.
Os 10 anos de existência do curso em Engenharia de Petróleo nos revelam um presente sequer imaginado em seus primórdios. O enorme prestígio dos alunos egressos da UFRJ - no Brasil e no exterior – paga um merecido tributo ao diminuto e abnegado conjunto de professores
Os compromissos da UFRJ com o desenvolvimento do Brasil exigem a multiplicação deste sucesso. Esta é uma missão que as autoridades constituídas, professores, técnicos administrativos e alunos não se furtarão. Avante, o futuro é nosso!
Pelos professores Paulo Couto e Átila Freire
2
ENTREVISTA
Paulo Couto
Por Julia Stock
Paulo Couto é o coordenador do curso de Engenharia de Petróleo na UFRJ. Ele possui graduação em Engenharia de Produção e Sistemas pela Universidade Federal de Santa Catarina (1996), mestrado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina (1999) e doutorado em Engenharia Mecânica pela mesma universidade (2003) com sanduíche na Universidade de Clemson - EUA (2001-2002). É membro da Sociedade dos Engenheiros do Petróleo (SPE - Society of Petroleum Engineers) desde 2004 e é membro da Associação Brasileira de Ciências Mecânicas (ABCM) e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Como o senhor entrou em contato com o curso de engenharia de petróleo da UFRJ? Eu vim para Rio de Janeiro em 2002 como pesquisador colaborador na COPPE, mas naquela época a bolsa começou a atrasar muito, então comecei a pensar em fazer um concurso para professor. O concurso da Engenharia de Petróleo me chamou a atenção, então me inscrevi e comecei a me preparar. Na época não sabia nada sobre perfuração ou engenharia de reservatórios, então eu comecei a estudar essas novas áreas. Peguei todos os itens do concurso e prepararei dissertações, uma para cada item. Em dezembro de 2005, fui aprovado em primeiro lugar, tomando posse efetivamente em maio de 2006. O curso está completando 10 anos esse ano, como o senhor avalia a maturidade da grade? Em 2004, a grade era extensa, decidimos pecar pelo excesso e adaptar a grade ao longo dos anos. Em 2010 fizemos a primeira revisão, a carga horária caiu de 4460 horas pra 3960, o que ainda no meu entender é alta. Atualmente a SPE Brasil está fazendo um projeto pra
uniformização dos currículos de engenharia de petróleo no Brasil. Esse projeto já está quase concluído, deve ser aprovado ainda na gestão do atual coordenador e, uma vez aprovado, iremos adequar a essa nova realidade. Minha meta é atingir 3600 horas até 2015.1, para então termos uma grade de maturidade elevada. É um plano da coordenação do curso contratar mais professores? O número de professores na engenharia de petróleo é, de longe, insuficiente. Só temos dois professores efetivamente dedicados ao curso, eu e o professor Ilson. Nós temos muitas disciplinas que estão sem professor dedicado. Entretanto, a resolução deste problema não depende do curso de Engenharia de Petróleo. É tarefa da reitoria distribuir as vagas de professores para que as unidades as realoquem em departamentos. Como a engenharia de petróleo não tem um departamento próprio, nós não conseguimos professores, e como não temos professores, não conseguimos um departamento. Como contratador o que o senhor admiraria e o que o senhor criticaria na hora de contratar um de seus alunos para empregar na indústria de petróleo?
Eu não tenho dúvida alguma da capacidade dos nossos alunos. Eles são os melhores engenheiros que existem no mercado, assim como todos os engenheiros formados pela Poli. O que ainda falta trabalhar é o que chamamos de soft skills. Temos que trabalhar a capacidade do aluno se expressar em uma reunião, preparar uma apresentação dinâmica, ir direto ao foco da questão, saber separar uma apresentação acadêmica de uma apresentação industrial ou comercial. Nesses pontos nós ainda pecamos, não damos atenção especial a esses soft skills. O senhor gostaria de dar alguma mensagem ou algum conselho para os leitores? O principal conselho que eu dou é o seguinte: Apliquem-se aos estudos do curso. Estudem muito desde o princípio. Começar com um CR baixo é mortal, pois ele tenderá a permanecer baixo até o final da carreira. Então se dediquem ao curso, ele é muito bom, vocês terão contatos com os melhores profissionais do mercado e o retorno no futuro vai ser excelente.
THE
PETROTIMES
ENTREVISTA
Virgílio Ferreira
Por Natalia Amaral
O entrevistado é Virgílio José Martins Ferreira Filho, idealizador do curso de Engenharia de Petróleo na UFRJ. Ele possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1982), especialização em Engenharia de Petróleo pela Petrobras (1983) mestrado e doutorado em Engenharia de Produção pela COPPE/Universidade Federal do Rio de Janeiro (1990, 1995). É Professor Associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (na COPPE e na Escola Politécnica), atuando na Engenharia de Produção e na Engenharia de Petróleo, onde já orientou cerca de 10 alunos de doutorado, 35 de mestrado 60 de graduação.
Como você entrou em contato com o curso da engenharia de petróleo da UFRJ? Fale um pouco da sua participação no início do curso. Esse curso está completando 10 anos, mas na verdade eu já penso nele há mais tempo. O que estimulou a criação do curso foi a ANP com seus PRH's (Programas de Recursos Humanos). Os PRH's estimulavam a formação de pessoas com capacitação em petróleo na UFRJ, então por que não criar um curso de engenharia de Petróleo? Tive essa ideia há 15 anos, mas ela não foi para frente naquele instante. Então, resolvemos criar uma ênfase em engenharia de petróleo dentro da produção, o que hoje é o PRH-21. Mas a ideia de fazer um curso não morreu. No início dos anos 2000, a Escola Politécnica juntamente à COPPE decidiram estudar a criação de novos cursos, propusemos então de novo a criação do curso. A ideia foi aceita e começamos a trabalhar em um curso que fosse multiunidades. A primeira versão era um curso gigantesco, muito forte em todas as disciplinas básicas. Trabalhamos então para enxugar um pouco o curso. Se decidiu que o curso seria montado a partir de 3 unidades, do próprio CT: Escola de Química, a COPPE e a Escola Politécnica. O instituto de geociências também teria sua
4
participação. Por volta de 2002 fechamos uma proposta, que teve que ser aprovada nas congregações das 3 unidades e em todas as instâncias da UFRJ, o que aconteceu em 2003. A aprovação ocorreu antes do vestibular, o que possibilitou a entrada da habilitação no vestibular desse ano e o início da primeira turma em 2004. Como foi pensada a grade curricular do curso? Sou engenheiro de petróleo, especialista pela Petrobrás, então a primeira visão da grade no que diz respeito à parte de petróleo veio do curso de engenharia de petróleo da Petrobrás. Também por uma pesquisa sobre como eram as graduações e especializações na área no resto do mundo.
O curso tem sucesso entre os estudantes e é bem visto na indústria. Entretanto, ele tem problemas de infraestrutura, como a falta de uma secretaria. Como explicamos essa disparidade? Acho que essa disparidade vem da dificuldade de se conseguir recursos orçamentários e da dificuldade de usar os recursos de pesquisa que normalmente vêm via projetos para graduação. A maior parte do dinheiro está ligado à pós-graduação, pois é aí que se acredita que a pesquisa comece. Quando há integração muito forte entre graduação e pósgraduação, como na Engenharia Naval, vemos uma infraestrutura melhor, pois há mais facilidade de se dispor de recursos.
Nesses 10 anos, Qual foi o desenvolvimento do curso? Ele atingiu, superou ou ficou aquém das expectativas iniciais?
Como a graduação da engenharia de petróleo da UFRJ é vista pelo mercado nacional e internacional e como você vê um aluno que está saindo daqui?
Eu diria que teve uma fase em que ele superou muito as expectativas; nos primeiros anos. Mas nós temos algumas dificuldades que não conseguimos superar: oferta de algumas disciplinas, corpo de professores muito limitado; então hoje ele está um pouco aquém do que eu acho que ele poderia ser com dez anos, mas continua oferecendo aquilo que um engenheiro de petróleo precisa saber.
No início trouxemos vários professores da indústria para participar, então a indústria reagiu muito bem. Houve muito esforço de marketing logo no começo. Hoje o curso tem menos propaganda, mas acho que o curso continua sendo bem visto pelo mercado. Agora essa propaganda tem que ser feita pelos alunos, pelos resultados que eles apresentam ou irão apresentar nas empresas pelas quais passarem.
THE
PETROTIMES
PASSATEMPO
Por Natalia Amaral
CAÇA-PALAVRAS Descubra as palavras e as encontre no quadro ao lado. 1. Duto de escoamento responsável pela ligação entre o poço e a unidade flutuante. 2. Formação composta por uma estrutura cristalina de moléculas de água, que hospeda em seu interior moléculas de hidrocarboneto. 3. Espaço entre duas extensões de tubos concêntricos ou entre o poço aberto e a tubulação descida no poço. 4. Dispositivo inserido no interior de uma tubulação com o objetivo de remover depósitos indesejados, inspecionar aspectos dimensionais e/ou separar bateladas de fluídos. 5. É o principal elemento químico de todos os Hidrocarbonetos.
Descubra as palavras e as encontre no quadro ao lado. 1. Matéria orgânica extraída de rochas finamente granuladas por meio de solventes orgânicos comuns, tal como o cloreto de metileno. 2. Sequência de tubos conectados uns aos outros, por roscas ou flanges, empregada nas operações de perfuração, elevação, dentre outras. 3. Tem a função de manter uma taxa constante e baixa de filtrado. 4. É o equipamento responsável tubulações dentro do poço.
pela movimentação vertical
5. A sigla para Tension Leg Plataform.
CHARADA
das
A K J H G F D S A T D B
E Q G D O N O B R A C N
I W M A S P U B K H G U
F D E D V S A W I O R T
S H T B X W Y H O A J F
G R I S E R G V L P C O
J R P D W I N U I I V P
K T A L R N N D W G X L
F G L Y J A K N H S Z A
G V F A E Y T O L A S S
R A J V B H J O E D H D
T G H J I O L K M N B C
A K J H G F D S A T D B
E Q G D O N O B R R C N
I W B E T U M E K E G U
F D E C V S A W I B R T
S H T B O W Y H O O J F
G T UI P C L G V L C C O
J R P D W I U U I O V P
K T A L R N N N W G X L
F L L Y J A K N A S Z A
G P F A E Y T O L A S S
R A J V O H C N I U G D
T G H J I O L K M N B C
?
Qual é o campo cujo nome é um nome comum dos peixes perciformes pertencentes a família Sciaenidae do gênero Menticirrhus. Esse campo conta com a primeira plataforma do tipo TLWP (Tension-Leg Wellhead Platform) a ser utilizada no Brasil. Resposta na próxima ediçao
PALAVRAS CRUZADAS 1. Gás ?: Gás rico em metano, que contém vapor d'água, etano, propano e hidrocarbonetos mais pesados.
M A N I F O L D
1 2 3 4 5 6 7 8
2. Referência especial à água e a materiais voláteis aprisionados nos sedimentos e formados ao tempo da deposição destes, sem contato com a atmosfera, por intervalos de tempo geológicos. 3. ? de água: Elevação da interface óleo-água nas proximidades do poço. 4. Sonda (em inglês). 5. Log (em português) 6. Ferramenta utilizada na perfuração para desbastar mecanicamente a rocha e penetrar gradualmente no subsolo. 7. Poço (em inglês). 8. Skin (em português)
1 Ú M I C O N A T 3 C O N E 4 R I G P E R F I 6 B R O C W E L L 8 D A
N O
7
5 2
L A D O A
A K J H G F D S A T D B
E Q G D O N O B R R C N
I W B E T U M E K E G U
F D E C V S A W I B R T
S H T B O W Y H O O J F
G T UI P C L G V L C C O
J R P D W I U U I O V P
K T A L R N N N W G X L
F L L Y J A K N A S Z A
G P F A E Y T O L A S S
R A J V O H C N I U G D
T G H J I O L K M N B C
A K J H G F D S A T D B
E Q G D O N O B R A C N
I W M A S P U B K H G U
F D E D V S A W I O R T
S H T B X W Y H O A J F
G R I S E R G V L P C O
J R P D W I N U I I V P
K T A L R N N D W G X L
F G L Y J A K N H S Z A
G V F A E Y T O L A S S
R A J V B H J O E D H D
T G H J I O L K M N B C
RESPOSTAS
JOGO DOS 7 ERROS
ENTREVISTA
Átila Freire
Por Julia Stock
O entrevistado é o Professor Átila Freire, um dos fundadores do curso de Engenharia de Petróleo na UFRJ e Coordenador do NIDF (Núcleo Interdisciplinar de Dinâmica dos Fluidos), que surgiu através do PRONEX (Projeto Núcleo de Excelência), principal chave para instalar toda a estrutura do complexo de laboratórios existente hoje na a Escola de Engenharia da UFRJ, que beneficia principalmente os alunos de Engenharia de Petróleo pois visa aumentar o contato dos alunos com a indústria petrolífera e vem firmando parcerias com “gigantes” globais, como a BG, Baker Hughes, Queiroz Galvão, Schlumberger e Transocean, ajudando no desenvolvimento de um forte trabalho em diversas áreas de conhecimento essenciais para essa indústria, como a Mecânica dos Fluidos, que hoje já é uma referência no Brasil.
O curso de Engenharia de Petróleo é um curso interdisciplinar, horizontalizado, em uma faculdade de hierarquia verticalizada. Isto acarreta diversos problemas e impede a evolução do curso. A inexistência de um departamento próprio tem causado, por exemplo, grande dificuldade à contratação de professores. Como o senhor acredita que isto possa ser resolvido? A solução ideal seria a extinção dos departamentos. Esta é a forma moderna de se conduzir uma escola de engenharia, por criar uma possibilidade de interação transversal e horizontal. O conceito de departamentos é totalmente anacrônico. Porém, essa idéia não será implementada. A solução que seria oferecida hoje é a criação de outro departamento próprio da Engenharia de Petróleo. Os alunos enfrentam problemas de infraestrutura e sentem que não possuem poder de decisão. O que o senhor diria para os alunos que querem contribuir para a melhoria do curso? Os alunos têm todo o poder de decisão. A única coisa que importa aqui é o que os alunos decidem. Agora, como os alunos podem modificar a sua situação? É de baixo
para cima mesmo, solicitando reuniões e audiências. Nenhum diretor, nenhum reitor vai resistir a um movimento coordenado de alunos exigindo melhorias no sistema de graduação. Mas é preciso que haja organização e insistência. O senhor acha que um curso pequeno como o de Engenharia de Petróleo teria força suficiente para provocar mudanças? O curso de Petróleo tem aproximadamente 200 alunos. Experimente colocar 200 alunos na sala do reitor exigindo mudanças para ver o resultado. No ano passado aconteceram reinvidicações aqui no CT devido à questão do estacionamento. A mobilização dos alunos foi muito alta, mas a resposta da direção e da reitoria foram evasivas e nenhuma medida foi tomada. Como defender uma mobilização estudantil se o histórico nos faz acreditar que ela será ineficiente? O que aconteceu é próprio da nossa natureza. No Brasil se conversa demais e se faz pouco. A Universidade não é um conceito abstrato, tem muita gente aqui que gosta de retórica, de falar e não fazer nada. E como vencer esse tipo de pessoas? Insistindo. Trabalhando em um loop fechado. Insiste uma
vez, a segunda, a terceira, vê se a questão foi resolvida, e caso negativo insiste de novo. A resistência para que os avanços aconteçam é muito grande. Por exemplo, construir um laboratório de grande porte (como o NIDF) é um exercício diário de força interna, de motivação, porque tudo é feito para não funcionar. Mas a certeza de que estamos fazendo o que é correto é o mais importante.O principal é o seguinte: se você entrar numa briga para ir até o fim a única certeza que você tem que ter é a de que você está do lado certo. Existem pessoas que trabalham diligentemente para a melhoria do curso de Engenharia de Petróleo, o prof. Paulo Couto é um deles, mas ele está muito isolado, os alunos têm que participar. Então, o mais importante hoje, no curso de Engenharia de Petróleo é a mobilização dos alunos para exigir melhorias nas condições do curso. Somente os alunos têm capacidade de fazer isso, e devem ir até o fim. O senhor teria alguma mensagem ou conselho para dar aos alunos e leitores que vão ler essa matéria? O papel do professor é mostrar o caminho. Quem escolhe seus caminhos são elas mesmas. Então, faça a coisa certa. Porque fazer a coisa certa, é a coisa certa a ser feita.
THE
PETROTIMES
SEÇÃO TÉCNICA
Por Vanessa Arivabene e João Victor Raulino
Resumo do paper:
THE EFFECT OF GEL DAMAGE ON FRACTURE FLUID CLEANUP AND LONG-TERM RECOVERY IN TIGHT GAS RESERVOIR Wang, J.Y.; Holditch, S.A.; McVay, D.A., 2012.Journal of Natural Gas Science and Engineering 9 (108-118). Available on <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1875510012000601> Por Fabíola Chicata e Natalia Amaral The tight gas reservoir is a gas supply from low-permeability and lowporosityreservoirs, thereby wells from such reservoir have to be fractured to produce at commercial gas flow rates.
The reservoir simulation considers the yield stress, the amount of polymer residue in the fracture (gel) as well as the amount of polymer that forms a filter cake on the walls of the fracture (Fig. 1).
Wells that have been successfully fractured, with good conductivity fractures, lead to high production results since the radial flow conditions become a linear flow. In order to keep the fracture conductivity, propping agents are pumped into the fracture followed by a high viscose fluid.
In order to do this, documented data from reservoirs available in literature and in some experimental data from laboratories in addition to a 3dimensional and 3-phase reservoir simulator (SABRE) – gas/water/gel have been used. This simulation shows the significant gel damage in the fracture, when the correct breakers are not used to remove the viscous fluids from it.
Afterwards, the viscous fluids have to be broken back into thin fluids, because viscous fluids can develop into fracture damage gel by plugging up the pores. Gel residue can only move and be removed if the pressure gradient (drawndown) is higher than the flowing yield stress of the constituent polymer. The article “Effect of gel damage on fracture fluid cleanup and long-term recovery in tight gas reservoir” aims to indicate and analyze the simulating gas flow rates which result from reservoirs with many different fractures.
Fig. 1: Filter cake along the fracture face.
6
To validate the tested model of simulation, a comparison of these results with analytical solution of yield stress model from other research groups were made. All of these comparisons have occurred as expected, which validated this reservoir simulator. Starting the simulation, the singlephase flow solution for a vertical well containing a vertical fracture was tested. Assuming a single-phase, the gel was not considered, thus the well reaches the maximum value of production rate as soon as it starts. The results represented an ideal situation, where the fracture does not need time to cleanup. As expected, with a higher fracture conductivity (Cr), the gas production rate is higher, but only until Cr=10. Above this value, the conductivity does not substantially affect the production. After the initial phase, several simulations were conducted for study and to quantify the effects of
the yield stress of the component polymers which are presented as unbroken or partially broken upon the cleanup behavior of the fractured well. The properties of the fracture fluid filtrate (part of the fluid that leaks off into formation) were assumed same as for the water. However the gel remaining inside the fracture was considered a non-Newtonian fluid. The simulations showed that more gas will be produced as the value of yield stress decreases, since the gel will move with more facility, cleaning the fracture. Besides, the gas production rate will enhance with increasing dimensionless fracture conductivity and the gel effects are more harmful for low conductivity fractures. At a lower reservoir pressure, less energy is able to cleanup the fracture, thus theproduction rate will be smaller. Among the conclusions of this study, we can emphasize that: the gel resulting from the fracture treatment is the main reason for ineffective cleanup and reduces gas flow, for a non-Newtonian fracture fluid the cleanup takes longer due to rheology and yield stress, a Cr>>10 is required to cleanup properly when the viscous fluid is not converted in a Newtonian fluid and it is recommended for the industry to improve the cleanup and production rate by developing fracture fluids which can degrade effectively to a Newtonian fluid after the treatment. It should be stimulated whereas gas from tight reservoirs will be globally expected in the next few decades.
SEÇÃO SPE/UFRJ
Começamos o ano com o pé direito! Os dois primeiros meses foram repletos de atividades promovidas pelo Capítulo de Estudantes SPE/UFRJ a fim de promover conhecimento, integração e oportunidades para os membros do Capítulo e alunos recém-chegados à Universidade. Os alunos da Escola Politécnica puderam conhecer com mais detalhes o trabalho realizado pelo Capítulo na apresentação feita pela diretoria na Recepção dos Calouros de Engenharia da Escola Politécnica que ocorreu nos dias 10 e 11 de fevereiro, no auditório do bloco A. Já os alunos ingressantes no curso de Engenharia de Petróleo tiveram um pouco mais de exclusividade. Eles foram recebidos por professores, veteranos, ex-alunos e pela diretoria do Capítulo num encontro que objetivou integrá-los ao universo universitário. Ocorrido na sala D112, no dia 17 de fevereiro, a recepção foi um momento único de confraternização entre os alunos do curso. Os novos alunos receberam como presente de boas-vindas a oportunidade de adquirir o livro da disciplina Fundamentos da Engenharia do Petróleo com um desconto de 50% oferecido pelo Capítulo. Comprometidos em proporcionar
momentos de descontração e aproximação entre as turmas do curso de Engenharia de Petróleo, o Capítulo patrocinou o PetroChurras, evento ocorrido no dia 22 de fevereiro em um lindo sítio em Vargem Grande. Preocupados não só em contribuir com a formação técnica dos nossos membros, mas também em ser um veículo de conscientização acerca das temáticas sociais de grande abrangência, o Capítulo lançou no final de fevereiro o PetroFolia. Com o tema “Não se preocupe depois, proteja-se antes!”, foram distribuídos preservativos de forma a alertar os alunos para o risco de contágio do vírus HIV durante o carnaval. Trazendo um tema pouco conhecido entre os alunos e profissionais do meio, a primeira edição do Parceiros SPE contou com a presença da Marine Cybernetics, com o seminário “Hardware in the Loop Testing para a Indústria do Petróleo”.
Apresentado pelo Engenheiro de Projetos da empresa, Paulo Damiani, o seminário colocou em foco a utilização de hardware e softwares para o teste de equipamentos utilizados na produção de petróleo offshore. Esta nova tecnologia permite que sejam identificados previamente erros que colocam em risco o sucesso do projeto. Fechando esse período inicial com chave de ouro, tivemos no dia 21 de março a presença da engenheira de cimentação da Halliburton, Thais Oliveira, trazendo o tema “Vida de um Engenheiro Embarcado”. Contagiando a plateia com sua experiência, o evento lotou o auditório C208 do Centro de Tecnologia da UFRJ sendo um completo sucesso! Ao fim da palestra, foi realizado um cadastro d o s a l u n o s i n t e re s s a d o s n o processo seletivo da empresa, que acontecerá nos dias 7 e 8 de abril numa parceria entre o Capítulo de Estudantes e a Halliburton. No dia 26 foi a vez do ex-aluno do curso de Engenharia de Petróleo, Guilherme Silveira, contar um pouco da sua história. Com o tema “Experiências de um RecémFormado”, o convidado estabeleceu uma conversa informal com os alunos presentes e encantou a todos com suas vivências estudantis e profissionais.
PRÓXIMAS ATIVIDADES: 26/03 e 27/03 – Energy4me 28/03 – Visita Técnica à Schlumberger de Macaé 12/04 – Petrobowl – Competição Nacional, às 8hs no IBP Petro Hour – tema e data a definir
THE
PETROTIMES
ECONOMIA
AUTOSSUFICIÊNCIA DEVE V O LTA R E M 2 0 1 5
Preço do Barril de Petróleo (BRENT)
$ 108,09
Por Vitor Costa
A Presidente da Petrobras, Graça Foster, projeta que a estatal vai recuperar sua autossuficiência em volume de petróleo Em 2006, durante o governo Lula, foi anunciada a conquista da autossuficiência, mas em 2011 ela foi perdida devido a alta no consumo interno de derivados e as dificuldades enfrentadas pela Petrobras para aumentar seus níveis de extração de hidrocarbonetos. Além do mais, a estatal do petróleo prevê uma produção média de 2,9 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) no período entre 2013 a 2020. Neste último ano, 2020, Graça Foster estima um volume de 3,7 milhões de bpd, o que representaria um alto crescimento em relação a produção média no ano passado que foi de 1,93 milhões de bpd.
A Petrobras também trabalha no intuito de aumentar sua capacidade de processamento, que tem como meta atingir 3,9 milhões de bpd em 2030, o que seria 300 mil bpd acima da demanda doméstica.
- Há várias oportunidades de estágio disponíveis no Centro de Integracao Empresa Escola. Acesse o site (www.ciee.org.br) - O Programa de Estágio Halliburton está aberto para nível superior. Faça seu cadastro no endereço: www.gohalliburton.com e envie seu currículo para o e-mail talentos@halliburton.com com o assunto “ Engineering Internship”
8
FONTE: BOVESPA
2,07% R$ 55,28
O Pré-Sal e a autossuficiência No mês de fevereiro deste ano, a extração de petróleo pela Petrobras no pré-sal alcançou novo recorde, atingindo a marca de 407 mil bpd com a operação de 21 poços produtores nas bacias de Campos e Santos. A empresa anunciou que outras oito novas plataformas entrarão em operação no pré-salentre 2015 e 2016, possibilitando que a produção supere a marca de 1 milhão de bpd, ajudando o Brasil a alcançar a autossuficiência em óleo produzido
CLASSIFICADOS - Processo seletivo da Shell, está aberto. Cadastre-se no site www.shell.com
AÇÕES
- A GE Engenharia abriu vagas para estágio em Engenharia. Acesse o site www.vagas.com.br e busque o código: v920416
3,16% R$ 14,02 2,17%
R$ 8,48
13,08% R$ 0,93 7,69%
R$ 0,24
Índice referentes a 21/03/2014. Valores referentes a compra de ações ordinárias Índice de alta e baixa referentes ao mês
EXPEDIENTE Fundadoras: Julia Stock e Natalia Amaral Editora: Julia Stock Produtora Editorial: Natalia Amaral Projeto Gráfico: Thiago Guimarães (colaborador externo)
- Oportunidade de estágio de Engenharia na BG GROUP Acesse o site www.vagas.com.br e busque o código: v918059
Colaboradores membros do programa Aprendizes da SPE/UFRJ: Fabíola Siomara Liboreiro Chicata Ludmyla Barbosa Marina Miolino Vinnicius Araujo Cardoso Vitor Costa
- O que você achou do novo jornal? Envie um email para thepetrotimes@petroleo.ufrj.br
Outros Colaboradores: Igor Wiesberg Luiza Queroga Priscilla Menezes Pereira Vanessa Arivabene João Victor Raulin
- Quer participar do jornal? Envie seu currículo e horários disponíveis para thepetrotimes@petroleo.ufrj.br