A Jangada www.jangadeiros.com.br
Abril/Maio/Junho de 2015
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EDITORIAL
Rua Ernesto Paiva, 139 – Tristeza Porto Alegre – 91.900-200 Tel. 51 3094 5777 www.jangadeiros.com.br jangadeiros@jangadeiros.com.br
DIRETORIA DO CLUBE DOS JANGADEIROS – Gestão 2014-2016 Manuel A. Ruttkay Pereira Comodoro Pedro Antonio Pereira Pesce Vice-Comodoro Administrativo Alexandre Dias Paradeda Vice-Comodoro Esportivo Antonio Joaquim Machado Vice-Comodoro de Obras Gunther Reginaldo Staub Vice-Comodoro de Desenv. e Marketing CONSELHO DELIBERATIVO Paulo Renato Möller Paradeda Presidente Waldemar Bier Vice- Presidente Claudio Roberto B. da Silva Secretário CONSELHO FISCAL Tuffy Calil Jose Michael Weinschenck Paulo B. Arruda dos Santos Caio Mario F. Netto da Costa Fabio Luiz Zanon Jose Antonio I de Lemos DIRETORIA DE VELA Jorge Aydos Diretor de Vela de Monotipos Rodrigo Castro Diretor de Oceano André Wahrlich Diretor de Técnico de Vela Olímpica Pedro Boletto Diretor de Cruzeiro Priscila Plentz Diretora da Escola de Vela Barra Limpa ADMINISTRAÇÃO Christina Silveiro Gerente Geral
A Jangada A Revista A Jangada é uma publicação da Assessoria de Comunicação, com circulação dirigida aos seus sócios, clubes náuticos, entidades esportivas, órgãos do Governo e imprensa. Jornalista responsável: Guto Moisés – Fenaj 6543/RS Reportagens: Guto Moisés e William Dias Fotos: Cláudio Bergmann, William Dias, Guto Moisés e Arquivo CDJ Projeto gráfico e editoração: Imagine Design Revisão: Press Revisão
Palavra do Comodoro Tudo o que o Comodoro gostaria de dizer está apresentado nas páginas seguintes que, tenho certeza, vocês apreciarão ler! A entrevista com o Vice-comodoro de Obras deixa claro o esforço gigantesco e continuado para melhorar e aperfeiçoar nossa Ilha e suas benfeitorias. A regularização dos espaços, do ponto de vista físico e jurídico, será uma tarefa hercúlea, que, certamente, não se encerrará em nossa gestão. Mas precisava ser iniciada! Mesmo com recursos limitados, as alamedas e os calçamentos estão ficando mais bonitos e amigáveis, os sanitários para pessoas com pouca mobilidade estão quase prontos, e o projeto da atualização da ponte já foi apresentado ao Conselho Deliberativo, no qual recebeu entusiasmadas manifestações de apoio! Como este é um clube que nasceu para a vela, é mandatório aplaudir os feitos dos nossos iatistas, principalmente nas classes Snipe (a flotilha campeã de tudo), Optimist (com representantes classificados para os três grandes campeonatos internacionais da classe) e 420 (mais um campeonato brasileiro)! Obrigatório bater palmas também para o talento, perseverança e coragem dos nossos velejadores! E não nos esqueçamos da nossa dupla feminina olímpica de ouro na classe 470, sempre navegando maravilhosamente bem em águas internacionais e virtualmente classificadas para nos representar nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Em reconhecimento a estes e outros valores do nosso iatismo, caminhamos a passos largos para candidatarmo-nos a recursos federais que permitam a sustentação de projetos esportivos de média e longa duração. É também um trabalho de fôlego, nascido dentro da Vice-Comodoria Esportiva e abraçado com dedicação pelo restante da Comodoria e do pessoal administrativo. Aliás, em projeto menor, já garantimos recursos para 10 novos rádios VHF, material de salvatagem, equipamentos audiovisuais e uniformes para o quadro funcional da Escola de Vela. Sem descansar, junto com a flotilha de Optimist, estabelecemos o que esperamos seja uma parceria longeva com a Icatu Seguros, assegurando, desde já, um inflável novo, completo e com motorização, dotado de todas as condições para auxiliar nos treinamentos dos pequenos iatistas. Não podemos deixar de citar a satisfação pela realização, com estupendo sucesso, da XXI Copa Cidade de Porto Alegre e pela incorporação de mais uma embarcação à flotilha do CDJ, homenageando o querido Geraldo Medaglia, e que também foi resultado de um trabalho dedicado de recuperação e construção naval, todo ele realizado nas dependências do clube. Quase ao final, em manifestação pessoal, quero dizer que me emocionei com a matéria sobre os doutores-velejadores! O primeiro barco da minha vida, lá na pré-adolescência, foi um pequeno veleiro da classe Pinguim, que me levou a vários campeonatos nacionais e internacionais, algumas vezes com “Chumbico” Aydos e outras com “Feco” Ruttkay Pereira. Poucos anos depois, a Medicina entrou na minha vida, trazendo inclusive a minha esposa! O gosto pela navegação, então já compartilhado com a Beatriz, se manteve e, por isso, consegui enxergar-me, um pouquinho, dentro da história de cada um dos colegas entrevistados. Por último, lembremos sempre que o “Janga” é o nosso espaço de lazer, esporte e convivência. Com ou sem barco, temos a certeza de que este é um pequeno pedaço do paraíso encravado à beira do Guaíba! Ajudem-nos a melhorá-lo, trazendo suas sugestões e mantendo suas contribuições sociais em dia. Bons ventos e boa leitura!
Tiragem: 1.300 exemplares Comercialização: Marketing marketing@jangadeiros.com.br
Manuel Ruttkay Pereira Comodoro
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CRUZEIRO
Velejar, desembarcar, confraternizar Guto Moisés/Comunicação
O ritual do Grupo de Cruzeiro é deixar o vento levar, curtir a velejada e fazer churrasco com a família e amigos. Além dos velejaços, o Grupo de Cruzeiro abre suas velas todas as sextas-feiras, a chamada Sexta Free
Tradicional jantar das quartas-feiras reúne o Grupo de Cruzeiro
Como acontece toda quarta-feira, os cruzeiristas se reuniram na churrasqueira coberta para degustar o tradicional churrasco e jogar conversa fora. Com a coordenação de Antônio Ayub, o último encontro também serviu para definir o início da temporada dos velejaços. Enquanto Paulo Korff tinha a função de assador da vez, o diretor de Cruzeiro Pedro Bolleto anunciou o primeiro velejaço deste ano com destino ao Itapuã, com desembarque e jantar no Iate Clube Itapuã. “É um roteiro de 3 a 4 horas de velejada, dependendo do vento, com a confraternização à noite e retorno no domingo”, disse o diretor, que adiantou outros destinos para este ano, como a praia da Pedreira, do Sítio e da Faxina, as quais possuem locais para desembarque e estão em uma distância entre 3 e 5 horas de navegação. Outros destinos são para São Lourenço e a Lagoa dos Patos, como o Rio Camaquã, estes em passeios mais longos. Além dos eventos já programados, o Grupo de Cruzeiro abre suas velas todas as sextas-feiras, a chamada Sexta Free,
onde os participantes definem um roteiro, com saída pela tarde e retorno no dia seguinte, após o almoço. “É uma saída rápida, não muito distante, para curtir e confraternizar com os amigos”, comentou Boletto.
Paulo Korff foi o assador do evento
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ENTREVISTA
“Vamos regularizar todos os prédios” Guto Moisés/Comunicação
A principal ação da Comodoria, na área de Obras e Patrimônio, será a regularização dos prédios e das questões de meio ambiente do clube junto aos órgãos de fiscalização Nesta entrevista, o arquiteto Antonio Joaquim Machado resume os pontos principais de sua gestão, com ênfase na regularização dos prédios e obtenção das licenças dos órgãos de fiscalização, bem como define as obras de interesse dos associados. “O perfil do nosso sócio mudou nestes 73 anos. Hoje, temos a metade dos associados sem barcos ou que participem de competições náuticas. Isso reflete diretamente em nossos projetos que atendam à maior utilização dos equipamentos de lazer e das nossas áreas verdes e de convivência”, analisou o Vice-Comodoro de Obras e Patrimônio. Qual será sua principal meta para esta gestão? A principal ação da Comodoria, na área de Obras e Patrimônio, será a regularização dos prédios e das questões de meio ambiente do clube junto aos órgãos de fiscalização, como a Smov, a Smam e o Ministério Público. Estamos empenhados em obter os alvarás e o Habite-se em definitivo das áreas do clube, uma tarefa que já está em andamento com a apresentação dos projetos administrativos junto aos órgãos municipais. Sabemos da necessidade legal e também patrimonial de obtermos a regularização de todos os espaços, seja no continente ou na ilha. Embora seja um longo processo, que exige várias etapas de avaliação, além de obras complementares, consideramos essa nossa principal meta para esta gestão. Além da regularização dos espaços do clube, quais são as obras mais imediatas? A nossa ponte é formada de dois trechos distintos. Na primeira parte, mais próxima do continente, é o antigo trapiche, da marina original do clube. Embora este trecho tenha mais de 50 anos, a sustentação está em boas condições, seus pilares e vigas possuem boas condições para receber o tráfego de veículos, porém a sua laje apresenta sinais de deterioração, limitando o trânsito de veículos de carga pesada, como caminhões ou guinchos, que, muitas vezes, precisam acessar a ilha para carregar ou descarregar embarcações. Haverá necessidade de uma intervenção para recuperação
Antonio Joaquim Machado
das ferragens e na execução de um novo leito de rolamento sobre o atual piso, o que irá garantir o trânsito de veículos de maior peso. E a questão dos pedestres que acessam a ilha? Com esta reforma, também faremos a continuidade do passeio para pedestres até o continente, que hoje existe apenas na segunda parte, a qual foi construída efetivamente como ponte. Ainda em termos de área para a circulação de pedestres, devemos seguir com o passeio para pessoas no percurso entre a ponte até a entrada da área da piscina, oferecendo maior segurança para os sócios e visitantes, que hoje precisam caminhar na faixa de rolamento, disputando espaço com os veículos. A rua de lazer, que inauguramos no sentido ao porto e junto às churrasqueiras, é outro exemplo da nossa preocupação de oferecer espaços seguros e de maior conforto para todos os sócios.
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E para o continente, existe previsão de obras? Sim, outra obra prevista para este ano é o da reforma do telhado do pavilhão da Administração. O madeiramento do telhado é da época da inauguração, há mais de 70 anos. É uma
obra premente, para prevenção e conservação do patrimônio do clube. É um serviço que exigirá uma força-tarefa da nossa equipe de manutenção e, por isso, vamos planejar esta reforma de maneira que não prejudique as demais atividades necessárias para atender às demandas dos nossos associados.
ENTREVISTA
Qual é sua avaliação sobre a acessibilidade de pessoas com necessidades especiais e para idosos? Neste momento, já estamos concluindo os novos banheiros no restaurante da Ilha para acesso de pessoas com necessidades especiais e para os idosos, que é uma demanda antiga dos sócios e dos visitantes em geral. Como os atuais sanitários são no nível inferior, não havendo espaço para adaptação de uma rampa ou de um elevador, adotamos um projeto no mesmo nível do salão do restaurante, com acesso para ambos os sexos. A questão de acessibilidade é muito mais social do que apenas atender a requisitos de leis neste sentido. Fazem parte dos nossos projetos outras obras que garantam maior acessibilidade, como vaga de estacionamento especial em locais de fácil acesso, além de rampas onde existem degraus que prejudicam a circulação e podem causar acidentes.
Como é sua missão diante de tantas demandas e necessidades em sua gestão? Temos muitas obras pela frente, todas necessárias e que trazem benefícios diretos aos associados. Penso que, muitas vezes, é mais importante para o sócio uma solução pontual, de pequeno porte, a exemplo de um pedido em melhorar uma escada de acesso à marina. É uma pequena obra, mas uma grande solução para os sócios. É neste sentido que iremos atender ao que mais importa e o que é mais interessante para os nossos associados. E, para finalizar, quero registrar que todas as obras de manutenção e conservação do clube são realizadas com mão de obra própria, através da nossa competente equipe de manutenção, liderada pelo polivalente mestre Rogério.
BALANCETE COMPARATIVO SEMESTRAL ATIVO 31/12/2014 R$ CIRCULANTE
PASSIVO 31/12/2013 R$
1.101.649,16
729.531,89
DISPONIBILIDADES
735.189,42
484.929,63
CRÉDITOS
366.459,74
244.602,26
10.883.627,28
10.566.492,41
VALORES A RECEBER
3.110.105,58
2.959.129,84
IMOBILIZADO
7.773.521,70
7.607.362,57
11.985.276,44
11.296.024,30
NÃO CIRCULANTE
TOTAL DO ATIVO
31/12/2014 R$ CIRCULANTE
31/12/2013 R$
455.452,53
550.746,89
NÃO CIRCULANTE
3.346.473,61
2.919.581,78
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
3.346.473,61
2.919.581,78
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
8.183.350,30
7.825.695,63
TOTAL DO PASSIVO
11.985.276,44
11.296.024,30
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO SEMESTRE 31/12/2014 R$
31/12/2013 R$
RECEITA OPERAC. ORDINÁRIA
1.832.329,05
1.634.807,78
( - ) DESPESA OPERACIONAL
-2.040.489,07
-1.798.606,22
RESULTADO OPERACIONAL
-208.160,02
-163.798,44
RECEITA EXTRAORDINÁRIA
533.022,85
541.462,15
( - ) DESP. EXTRAORDINÁRIA
-73.763,45
-94.752,71
135,06
105,71
( - ) DESPESA FINANCEIRA
-15.137,09
-24.043,22
RECEITA EVENTUAL
52.806,52
12.250,35
( - ) DESPESA EVENTUAL
-18.442,93
-4.271,34
270.460,94
266.952,50
RECEITA FINANCEIRA
SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO
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COMEMORAÇÃO
Festa dos 73 anos em grande estilo Guto Moisés/Comunicação
Evento, que reuniu sócios, familiares e convidados na Sede-Ilha, deu início ao tradicional Baile de Aniversário, com a presença de mais 150 convidados O Comodoro e Vice-Comodoros, juntamente com suas esposas, foram os anfitriões das festividades que começaram com um coquetel de confraternização entre os convidados. Além da tradicional Regata de Aniversário, o Comodoro Manuel Ruttkay Pereira, juntamente com os Vice-Comodoros Pedro Pesce, Antonio Joaquim e Gunter Sraub lideraram o jantar-baile em uma festa alinhada para os sócios e familiares, na Ilha dos Jangadeiros. Após o coquetel de recepção, foi servido o jantar de gala com um cardápio variado, preparado pelo Chef Flávio. E para fechar a noite festiva, a música tomou conta e deu início ao tradicional Baile de Aniversário, com a presença de mais 150 convidados em uma noite marcada pelo clima de integração e confraternização, nessa data tão especial.
Manuel Ruttkay Pereira e Maria Beatriz Rotta Pereira
Gunther Reginaldo Staub e Maria Lilia Dias de Castro
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Pedro A. Pereira Pesce e Magda Pesce
Sylvia Oppliger Paradeda e Paulo Rentato Paradeda
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OCEANO
Velas coloridas no aniversário da cidade Copa Cidade de Porto Alegre, em sua 21ª edição, foi marcada pelo percurso que homenageou os 243 anos da Capital Por Guto Moisés Fotos: Cláudio Bergmann
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Hobart, de Airton Schneider
Os veleiros e suas velas coloridas percorreram a orla do Guaíba, da zona sul à Usina do Gasômetro, na disputa da XXI Copa Cidade de Porto Alegre, competição do Clube dos Jangadeiros em homenagem ao aniversário da Capital. A tradicional regata abriu a temporada do ano da classe Oceano, com a participação de 150 velejadores, entre comandantes e tripulações, do Veleiros do Sul, do Iate Clube Guaíba, do Sava Clube e do Jangadeiros. No sábado, primeiro dia de regatas, os barcos enfrentaram a entrada do vento sul com mais de 25 nós, em uma disputa acirrada entre os mais de 35 barcos na raia da Tristeza e da Serraria. Já no domingo, com o céu aberto e ventos de até 12 nós, a regata chamou a atenção dos porto-alegrenses pelo trajeto que circundou toda a orla do Guaíba, podendo ser vista da Tristeza até a região central, com retorno na Usina do Gasômetro. “Foi uma homenagem dos clubes náuticos à cidade de Porto Alegre na semana que comemora seu aniversário”, disse o Comodoro Manuel Ruttkay Pereira.
Kamikaze, de Hilton Piccolo, e San Chico 3, de Francisco Freitas
Pesce, Costella foi assistir às regatas no barco usado pela Comodoria para receber autoridades e patrocinadores nos principais eventos promovidos pelo clube. Após a velejada até a raia onde aconteciam as regatas, o secretário de esportes esteve em visita à Escola de Vela Barra Limpa e no Pavilhão de Monotipos, conhecendo a estrutura de ensino e dos barcos usados para os cursos de vela.
Homenagem a Medaglia
Secretário de Esportes Homenagem ao Geraldo Medaglia
Comodoro Manuel Ruttkay com o secretário Juvir Costella
O secretário do Turismo, Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul, Juvir Costella, participou da abertura da XXI Copa Cidade de Porto Alegre. Acompanhado pelo Comodoro Manuel Ruttkay Pereira e pelo Vice-Comodoro Administrativo Pedro
A viúva Sissy Medaglia, que havia doado um bote para o clube em nome de Geraldo Medaglia, falecido em julho de 2014, participou da cerimônia de entrega da embarcação durante a premiação da XXI Copa Cidade de Porto Alegre. Na ocasião, houve o batizado do bote e uma homenagem póstuma ao sócio, que, além de apaixonado pela navegação, foi construtor de barcos. “Ele uniu o prazer de velejar pela arte de criar, com modelos inéditos de embarcações, a exemplo do barco Gulliver, um amplo 42 pés” , comentou Sissy.
Premiação A entrega de prêmios da XXI Copa Cidade de Porto Alegre mereceu maior destaque com a presença do prefeito da A Jangada • 11
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Caulimaran, de Carlos Strassburger (dir.)
capital gaúcha, José Fortunati, e do presidente da Fundação de Esportes e Lazer, Cassiá Carpes. As autoridades foram recepcionadas pela Comodoria e, após seus discursos saudando a competição, participaram da entrega dos troféus aos velejadores do evento.
ORC Internacional Na classe ORC Internacional, o barco Equilibrium, de Gustavo Ilha, do Veleiros do Sul, ficou em primeiro lugar e garantiu o título da XXI Copa Cidade de Porto Alegre. O segundo colocado foi João Ritzel, do VDS, com o barco Patron, seguido de Hobart, de Airton Schneider, do Clube dos Jangadeiros. Desta-
Boa Vida IV, de Marcelo Bernd
que para os barcos Delirium, de Darci Rabello; Noa Noa II, de Ivano Vargas; Kamikaze XI, de Hilton Piccolo; San Chico 3, de Francisco Freitas; Táquion, de Fábio Ribas; Caulimaran, de Carlos Strassburger e Magia Back; do comandante Rodrigo Castro, que ficaram entre a quarta e décima colocação.
RGS Se na categoria ORC o Jangadeiros não levou o título, na categoria RGS a vitória ficou com o comandante Marcelo Azevedo, do barco Conquista 3, que venceu duas das três regatas. O segundo colocado foi o barco TAZ, de Augusto Moreira, do VDS, e o Gaivota, de Márcio Coutinho, do Iate Clube Guaíba, ficou em terceiro.
Microtoner Na categoria Microtoner, a vitória também ficou com o Jangadeiros. O barco Batucada, de José Araújo, venceu de ponta a ponta as três regatas disputadas nos dois dias de competição. O segundo colocado foi Humberto Blattener, com o 14Bis, do Sava Clube. E na terceira colocação chegou o Guapo 19, de Carlos Tartakowsky, também do CDJ.
Solitário e Velejaço
Manatee, de Roberto Bins Ely
A hegemonia do Clube dos Jangadeiros na Regata Solitário e no Velejaço completou a campanha vitoriosa na abertura da temporada da classe de Oceano. E o barco Boa Vida IV, de Marcelo Bernd, levou dois troféus, com o primeiro lugar no Solitário e no Velejaço. Além deste resultado, Capo Rosso, de Nilton Beccon, foi campeão em Cruzeiro 40 da regata de Solitário, enquanto que Panos Quentes, de Jorge Albercht Filho, venceu em Cruzeiro 30 e o Manatee, de Roberto Bins Ely, venceu no Cruzeiro 35. No Velejaço o clube colecionou o primeiro lugar na Força Livre com o Boa Vida IV, no Cruzeiro 40 com Eduardo Dipp no comando do Ursa Maior, no Cruzeiro 35 com Felipe Carvalho no barco Marina 4 e Rolf Peter Nehm, campeão no Cruzeiro 23 no timão do Alvará.
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PERFIL
Médicos-velejadores, os doutores da Vela Com atuação em diferentes especialidades médicas, eles se destacam no comando de barcos da classe Oceano e participam das principais competições da categoria, como também fazem do esporte de vela momentos de lazer em família
Guto Moisés/Comunicação
Por Guto Moisés
Hobart e sua tripulação
Com a tradicional vestimenta para ingresso no bloco cirúrgico, Dr. Airton Schneider se prepara para sua primeira cirurgia do dia. O paciente será operado de um tumor do pulmão, uma das especialidades médicas do cirurgião torácico que atua no Hospital da Ulbra e do Mãe de Deus. Schneider está à frente do Projeto Pulmão 192, o qual atua na prevenção do câncer de pulmão, um modelo de saúde pública trazido do Canadá, com amplo sucesso em seus resultados na cidade de Canoas, que poderá ser ampliado para todo o Estado. Já no Hospital Ernesto Dornelles, em Porto Alegre, o Dr. Fábio Ribas inicia o preparo para administrar anestesia em um paciente que irá se submeter a uma cirurgia da coluna. É um momento tranquilo, porém exige muita
Dr. Airton Schneider
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concentração e técnica, além da constante monitoração dos equipamentos que registram os sinais vitais do paciente. Ribas faz parte do grupo SANE, que é uma equipe de médicos anestesiologistas que atuam em hospitais na capital. Além da profissão em comum, Airton e Fábio fazem parte de um grupo de médicos-velejadores que encontraram um esporte que tem suas afinidades com a medicina, como explica o comandante do barco Hobart: “A vela de oceano de competição ensina disciplina e trabalhar em equipe. Ninguém ganha nada sozinho. Planejar uma manobra ou um passeio requer treinamento e bom equipamento. E claro, paciência, para quando as coisas não dão certo. Administrar o humor dos tripulantes e saber o que exigir de cada um é a parte mais difícil e, ao mesmo tempo, a mais interessante”, revelou Airton. Opinião que é seguida pelo comandante do Táquion: “Normalmente, o reflexo que se tem é de se explicar o gosto pela vela justamente pelas diferenças da vela e da medicina: estar ao ar livre, sossegado, sem estresse. Mas provavelmente muito do gosto vem pelas semelhanças: muitos equipamentos, monitores, dados objetivos e condutas baseadas na técnica e na experiência. Parece que estamos sempre procurando um grande desafio ou tempestade e, quando nela, um abrigo”, comentou Fábio. Ao mesmo tempo em que são médicos e velejadores, a escolha pelo esporte na água tem origens semelhantes. Enquanto o Dr. Airton era surfista na praia de Atlântida, o Dr. Fábio era um exímio nadador dos clubes de Pelotas. Já em relação ao começo do esporte da Vela, a história dos médicos teve caminhos iniciais diferentes. “Meus pais nunca velejaram. Meu gosto pela vela nasceu da possibilidade de fazer Táquion e sua tripulação um esporte aquático aqui em Porto quando casou com a Dra. Patrícia, psiquiatra, o Alegre. Durante muitos anos, velejei sexDr. Fábio Ribas barco precisou aumentar de tamanho, pois a esta à tarde sozinho e, quando meu filho Artur posa velejava desde pequena. E como a Vela já está no iniciou na vela, a competição em oceano foi a masangue, não tardou para nascer a Joana, que é campeoníssima neira de passar mais tempo com ele. E minha filha Raquel, que na flotilha de Optimist. “Hoje, ela tem 11 anos, mas sua iniciação não gosta da competição, se tornou minha companheira em à vela vem desde os sete meses, quando ela embarcou com a almoços nos sábados no Araçá. É uma excelente cozinheira”, mãe em um monotipo”, finalizou o pai-velejador. disse Airton. O anestesiologista e capitão do Táquion, Fábio RiAlém do Dr. Fábio e Dr. Airton, a flotilha de Oceano e de bas, conta que foi com o pai que iniciou na vela, nas margens Monotipos coleciona muitos outros doutores da vela, como do arroio Pelotas, onde aprendeu a velejar. “Até hoje seu veleiro os médicos-velejadores Eduardo Dipp, Fábio Santa Rosa, Sílvio está no trapiche dos fundos.” Seus irmãos, Heitor e Artur, além Perez, Milton Pignataro, Marcelo Kern e Renato Brito. da sobrinha e tripulante Sammy integram a família náutica. E
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MONOTIPOS
Optimist vai ao Mundial Clube dos Jangadeiros também garantiu vaga para o campeonato Europeu e Norte-americano
William Dias/Comunicação
Por William Dias
Flotilha Jangada é a melhor do Brasil. Conquistou vaga ao Mundial, Europeu e Norte-americano
As vagas da Flotilha Jangada foram conquistadas na seletiva nacional, na raia de Jurerê Internacional, na capital de Santa Catarina, onde Gabriel Kern foi o melhor com o 3º lugar. Simplesmente, a melhor flotilha do Brasil. Foi isso que a equipe da Flotilha da Jangada mostrou no Campeonato Sul-Brasileiro de Optimist, que foi realizado entre os dias 11 e 14 de março, em Jurerê. Além do terceiro lugar na classificação geral, os optimistas garantiram a vaga para todas as competições de nível internacional da classe, demonstrando o alto nível dos velejadores do CDJ. Líder no segundo dia da competição, Gabriel Kern, também conhecido como Gigante, teve um excelente desempenho
no campeonato e foi o melhor velejador da flotilha no Sul-Brasileiro, conquistando o terceiro lugar no geral. Por muito pouco, o velejador não conquistou o vice-campeonato do Sul-Brasileiro. Devido a um apito, Kern foi penalizado na terceira regata e perdeu cinco posições. Mesmo com a penalidade, Gabriel seguiu com ótimas velejadas e venceu uma das regatas disputadas. ”Eu fiquei muito feliz com o resultado final. Essa competição foi muito boa para mim pelo fato de ser uma fase de superação e amadurecimento entre o Brasileiro e o Sul-Brasileiro”, ressaltou Kern. Embora com destaque nesta competição, o velejador não obteve índice – soma de pontos do Brasileiro e Sul-Brasileiro – para garantir vaga às competições internacionais.
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Mundial João Emílio Vasconcellos e João Pedro Tatsch garantiram, respectivamente, o quarto e quinto lugar na Seletiva nacional e conquistaram a classificação para o Mundial de Optimist. E para a conquista da vaga para a competição, que irá acontecer de 25 de agosto a 05 de setembro, na Polônia, João Emílio destacou a parceria da dupla no Sul-Brasileiro. O Mundial veio como um presente para os velejadores, já que este é o último ano disputando regatas pela Flotilha da Jangada. Com dois norte-americanos na carreira, João Tatsch salientou a importância do treinamento antes do Sul-Brasileiro. A última vez em que o clube classificou dois velejadores para o Mundial da classe foi em 1996, com Fred Rizzo e Roberto Paradeda.
Europeu O Campeonato Europeu de Optimist também contará com um representante da melhor flotilha de Optimist do Brasil. O velejador Guilherme Plentz garantiu a sétima posição na Seletiva e conquistou a vaga para disputar a competição, que será realizada no Reino Unido, de 17 a 24 de julho. O velejador, que já participou de dois norte-americanos e irá competir no Sul-Americano em abril, no Peru, espera um nível alto de concentração no Europeu. “Espero que esse campeonato me dê bastante experiência para alcançar o meu próximo objetivo no ano que vem, que é a vaga para o Mundial”, disse.
Norte-Americano Fechando com chave de ouro a participação da Flotilha da Jangada em todos os campeonatos internacionais, quatro velejadores participarão do Campeonato Norte-Americano de Optimist. Com boas velejadas e ficando entre os 15 colocados na Seletiva, Vitor Paim, Breno Kneipp, Ian Paim e Lorenzo Bernd irão representar o CDJ na competição, que ocorrerá entre os dias 05 e 12 de julho, em Antígua, na América do Norte.
Estreantes Sob os treinos do técnico Salvatore Meneghini, duas velejadoras representavam a Flotilha da Jangada entre os estreantes. Bruna Haiml conquistou o título de campeã da categoria feminino Infantil. Já Nina Noé garantiu o terceiro lugar na categoria feminino Juvenil. O Sul-Brasileiro de Optimist Estreantes contou com a participação de 17 barcos.
Técnicos Responsáveis pelo treinamento da Flotilha, os técnicos Atila Pelin e Lucas Mazim também participarão dos campeonatos internacionais da classe. Atila foi escolhido para integrar a equipe que representará o Brasil no Mundial de Optimist e também no Campeonato Europeu. Já Lucas Mazim, o Sorriso, será pela terceira vez consecutiva o técnico dos velejadores que disputarão o Campeonato Norte-Americano.
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As campeãs da Copa Brasil de Vela de 2014 na classe 470, título conquistado nas raias olímpicas do Rio de Janeiros, que sediará os Jogos Olímpicos de 2016, iniciaram a decisiva temporada de 2015 com a quarta posição na etapa da Copa do Mundo de Vela, em Miami (EUA), em janeiro. Em abril, participam do Trofeo Princesa Sofia, na Espanha, e da próxima etapa da Copa do Mundo de Vela, em Hyeres (FRA). Antes de viajarem para estas importantes regatas, a dupla conversou com a reportagem de A Jangada. “Estamos muito animadas para o primeiro evento do ano na Europa, gostamos muito de velejar em Palma e confiantes em um bom desempenho. O mais importante para nós é treinar com as melhores duplas e manter a regularidade”, disse Fernanda. A temporada 2015 é a mais importante, a praticamente um ano para os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. Com isso, a dupla está treinando no Rio de Janeiro, cidade em que treinaram na primeira semana de março, e Porto Ale-
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MONOTIPOS
Ventos a favor para Fernanda e Ana na seletiva ao Rio 2016
Dupla olímpica está disputando a Copa do Mundo de Vela
gre, onde residem. “Estamos com um calendário de treinamento no Rio de Janeiro para aproveitar ao máximo a presença dos estrangeiros”, reforçou Ana.
A tradição das vitórias em Snipe Ao vencer o 66º Campeonato Brasileiro em janeiro, no Iate Clube de Brasília, a dupla Alexandre Paradeda e Lucas Aydos não só garantiu uma vaga direta aos Jogos Pan-Americanos em Toronto, no Canadá, como manteve a longa trajetória de vitórias do Jangadeiros na classe Snipe, que, desde 1955, acumula 26 títulos brasileiros. As primeiras conquistas aconteceram em 1955/56, com o bicampeonato de Gabriel Gonzales e Nelson Piccolo. O multicampeão Xandi Paradeda é o maior vencedor do Brasileiro. Com dez títulos conquistados, o velejador aparece à frente de Nelson Piccolo, que conquistou a competição sete vezes, e Gabriel Gonzales, com cinco.
Vaga ao Mundial
Xandi Paradeda e Lucas Aydos na vitória do Brasileiro
Além da vaga ao Pan-Americano, o Jangadeiros também estará presente do Mundial de Snipe, na Itália. Desta vez, com a representação da dupla Roberto Paradeda e Lucas Mazim, que ficou com o vice-campeonato brasileiro e garantiu lugar para a disputa no Mundial, em setembro.
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ESCOLA
Aprender a Velejar com diversão O ambiente da Escola de Vela Barra Limpa ampliou as opções para quem deseja aprender a velejar e participar de atividades de recreação e lazer, com jogos de fla-flu, pingue-pongue ou vôlei e futevôlei
Um novo espaço para todos os sócios. Foi pensando nisso que Priscila Plentz, diretora da Escola de Vela Barra Limpa, trouxe a ideia de criar novos ambientes de entretenimento e diversão para quem aproveita as tardes na Ilha dos Jangadeiros, além de estimular as crianças e jovens em velejadas dos cursos de vela. O projeto inicial contou com a participação dos sócios, que colaboraram com a doação de revistas, livros, revistas infantis e até de um computador. Agora, o espaço oferece também uma mesa de pingue-pongue e outra de fla-flu. “Nós chegamos à conclusão que o espaço mais lúdico era mais compatível com o mundo infanto-juvenil, e assim foi o primeiro passo para que as crianças começassem a olhar a escola como mais um ambiente para diversão do clube”, disse Priscila Plentz. Ela ainda destacou o novo ambiente como “ponto de encontro”, já que as crianças frequentam o espaço e acabam marcando encontros com amigos para passar a tarde na escola. Outra novidade que atraiu o público foi a quadra de vôlei e futevôlei. “A ideia deu tão certo que a atual quadra será colocada em outro espaço e será transformada em quadra de vôlei e futebol de praia”, revelou a diretora.
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Por William Dias
Escola de Vela proporciona o aprendizado do esporte de Vela e oferece um ambiente acolhedor aos alunos e sócios do clube
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