DiĂĄlogo Design: PolĂ´nia Brasil Design Dialogue: Poland Brazil
Diálogo Design: Polônia Brasil Design Dialogue: Poland Brazil 4.06–3.07.2016 Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro Av. Infante Dom Henrique, 85 - Flamengo Rio de Janeiro - RJ, 20021-140, Brasil mamrio.org.br facebook/museudeartemodernarj
ISBN 978-83-945191-0-0
CULTURE.PL
CULTURE.PL Culture.pl é a marca emblemática do Instituto Adam Mickiewicz – uma instituição cultural nacional cuja missão é promover a Polônia e a cultura polonesa através da participação ativa no intercâmbio cultural internacional. Ao organizar iniciativas e eventos nas áreas de música, teatro, artes visuais e design, o Instituto contribui para a difusão da cultura polonesa contemporânea entre o público internacional. Em 2016, Culture.pl foca sua atenção no Brasil, onde está sendo realizado o projeto de apresentação da cultura polonesa. O ponto de partida para a construção do programa foi a rica herança cultural concebida no encontro entre célebres representantes das duas culturas. A história mostra que o intercâmbio entre estes dois mundos, aparentemente tão distantes, pode render resultados inesperados e criar formas artísticas originais que provocam admiração até hoje. Ao longo de 2016, queremos promover novos encontros artísticos a fim de dar um impulso inédito às relações entre a Polônia e o Brasil e desencadear uma nova troca de inspirações. A presença do design polonês no Brasil intensificou-se a partir de 2013 com um ciclo de exposições “The Spirit of Poland”, apresentadas em São Paulo (DW! São Paulo Design Weekend), Rio de Janeiro (Centro Carioca de Design) e Brasília (Museu Nacional do Conjunto Cultural da República). O projeto “Design Dialogue: Poland Brazil” é um dos projetos-chave previstos no âmbito do programa de apresentação da cultura polonesa no Brasil. Tendo a promoção do design em larga escala como uma das suas prioridades, o Instituto Adam Mickiewicz tem realizado com sucesso projetos de cooperação próspera com parceiros de renome como Ventura Lambrate (Milão), London Design Festival, Maison&Objet (Paris), DW! São Paulo Design Weekend, Inno Design Tech Expo (Hong Kong), Business of Design Week (Hong Kong), Istanbul Design Week, International Furniture Fair Singapore, Design Trade Copenhagen, International Contemporary Furniture Fair (New York), Wanted Design (New York), Stockholm Furniture and Light Fair, Dutch Design Week (Eindhoven), La Triennale di Milano, London Design Biennale, Istanbul Design Biennial e Wallpaper*. Mais informações sobre nossos projetos no Brasil e os eventos mais interessantes relacionados com a cultura polonesa em todo o mundo podem ser encontradas no site Culture.pl/brasil. Culture.pl is the flagship brand of the Adam Mickiewicz Institute, a national culture institution, whose mission is to present Poland and Polish culture to the world, through active participation in international cultural exchange. In presenting high-quality initiatives and events in the fields of art, music, and design, the Institute works to bring contemporary Polish culture to an international audience. In 2016, Culture.pl shifts its focus to Brazil with a complex cultural program to promote Polish culture in Brazil. The starting point for the creation of the program was Poland and Brazil’s shared rich heritage
CULTURE.PL
THE SPIRIT OF POLAND
in dance, theater, and architecture, among others. History shows that the collision of different worlds can result in truly intriguing effects – ones that are bold, fresh and have the power to enchant. This year, we wish to create opportunities for further encounters between these two cultures in order to give new impetus to Polish-Brazilian relations and provide a space to exchange experiences and inspirations. Culture.pl began the promotion of Polish design in Brazil in 2013, with the Spirit of Poland exhibition series. The exhibitions were shown in São Paulo (DW! São Paulo Design Weekend), Rio de Janeiro (Centro Carioca de Design), and Brasilia (Museu Nacional do Conjunto Cultural da República). The Design Dialogue: Poland Brazil exhibition is one of the highlights of the presentation of Polish culture in Brazil in 2016. Worldwide promotion of Polish design and its continuous support is one of the Adam Mickiewicz Institute’s main priorities. Design serves as a platform for the presentation of contemporary Polish culture and the promotion of Polish creativity. Our success in the pursuit of this goal has been possible thanks to fruitful cooperation with renowned partners, such as: Ventura Lambrate (Milan), London Design Festival, Maison&Objet (Paris), DW! Sao Paulo Design Weekend, Inno Design Tech Expo (Hong Kong), Business of Design Week (Hong Kong), Istanbul Design Week, International Furniture Fair Singapore, Design Trade Copenhagen, International Contemporary Furniture Fair (New York), Wanted Design (New York), Stockholm Furniture and Light Fair, Dutch Design Week (Eindhoven), La Triennale di Milano, London Design Biennale, Istanbul Design Biennial, and Wallpaper*. More on our projects in Brazil and the most interesting events tied to Polish culture around the world can be found at Culture.pl/brasil.
THE SPIRIT OF POLAND The Spirit of Poland Foundation é uma iniciativa de pessoas ligadas ao mundo do design na Polônia, que visa promover cultura, design e empreendedorismo polonês para o público internacional. Isso acontece através de eventos da indústria, exposições em museus e em instituições culturais, bem como através da colaboração com universidades. Uma parte importante do trabalho da equipe é buscar novas ligações e rede de contatos, incentivos para as relações comerciais e o intercâmbio cultural. Estas atividades são complementadas por pesquisas de mercado e de cooperação com a indústria criativa local. As exposições de The Spirit of Poland já foram apresentadas nos eventos Tokyo Designers Week, imm Cologne e 100% Design Londres e desde 2013, a iniciativa foca-se no Brasil, com quatro exposições apresentadas e organizadas em parceria com o Culture.pl. The Spirit of Poland Foundation is an initiative led by a group connected with the design scene in Poland; it aims to promote Polish culture, design and entrepreneurship at the international forum. This is done through industry events, exhibitions at museums and cultural institutions, as well as collaboration with universities. An important part of the team’s work is networking, searching for new links and contacts, supporting business relations, and cultural exchange. These activities are paired with market research and cooperation with the local creative industry. The Spirit of Poland’s exhibitions have been presented at such events as Tokyo Designers Week, imm Cologne and 100% Design London. Since 2013 the initiative has focused on Brazil, where there have been four exhibitions so far, co-organized in cooperation with Culture.pl. More information: www.spiritofpoland.pl
CURADORES CURATORS
CURADORES CURATORS
MAGDA KOCHANOWSKA
EWA SOLARZ
Curadora de exposições de design, palestrante e consultora. Executou projetos de exposições realizadas no país e no exterior. Em colaboração com o Instituto Adam Mickiewicz criou conceitos para exposições realizadas em Milão, Saint-Etienne, Istambul, Viena, Madri e Estocolmo e em 2016 é responsável pela exposição de design polonês no XXI Internacional Triennale di Milano. Desde 2005 é associada ao Departamento de Design da Academia de Belas Artes de Varsóvia (PhD 2010). Realiza seminários e cursos de teoria e crítica do design e da história mais recente do design. www.magdakochanowska.com
Curadora, jornalista e autora dos livros infantis “D.E.S.I.G.N.” e “Illustrated primer of design”. Trabalha em cooperação com o Instituto Adam Mickiewicz, a Galeria Nacional de Arte Zachęta em Varsóvia, o Gdynia Design Days e o Design Festival de Lodz. Organiza e realiza oficinas para crianças, familiarizando-as com a ideia de design.
A curator of design exhibitions, lecturer, and design management consultant, Magda Kochanowska has curated exhibitions in Poland and abroad. In cooperation with the Adam Mickiewicz Institute, she developed concepts for exhibitions in Milan, Saint- Étienne, Istanbul, Vienna, Madrid, and Stockholm. In 2016 she was commissioned to develop the exhibition of Polish design for the 21st International Triennale di Milano. Magda Kochanowska teaches at the Industrial Design Department of the Academy of Fine Arts in Warsaw since 2005 (where she completed her PhD in 2010). She runs graduate seminars and classes on design theory, critique, and contemporary design history. www.magdakochanowska.com GABRIEL PATROCINIO Gabriel formou-se pela ESDI/UERJ, e obteve seu PhD pela Cranfield University, UK, com tese sobre Políticas Design, premiada em 2014 no 28˚ Prêmio Design MCB e em 2016 pelo Prêmio Objeto: Brasil. É Professor do IFHT/UERJ, e membro do Conselho de Ética da ADG Brasil. Fez parte dos Conselhos de Design do MAM-RJ, da Secretaria de Desenvolvimento do Estado do RJ, e da ABEDESIGN. Foi Professor e Diretor da ESDI. Edita o blog Politicasdedesign.com e em 2015 organizou e lançou o livro “Design & Desenvolvimento: 40 anos depois”. Possui uma extensa experiência como conferencista internacional na área de design e inovação. A graduate of the ESDI/UERJ, Gabriel Patrocínio received his PhD from Cranfield University, UK, with a thesis on Design Policies. In 2014 he received the 28th MCB Design Award, and in 2016 the Objeto: Brasil Award. He is a Professor at the IFHT/UERJ and a member of the Ethics Committee of ADG Brasil. He has been a member of the Design Advisory Board at MAM-RJ, at the Secretary of Development of the State of RJ, and at ABEDESIGN. He has also been Professor and Director of ESDI. Gabriel publishes the Politicasdedesign.com blog and, in 2015, he organized and launched Design & Development: 40 Years Later. He has extensive experience as an international lecturer in design and innovation.
A curator, journalist and author of children’s books: D.E.S.I.G.N. and An Illustrated Design Primer. Ewa cooperates with Adam Mickiewicz Institute, Zacheta National Gallery of Art in Warsaw, Gdynia Design Days, and the Lodz Design Festival. She organizes and runs workshops for children, familiarizing them with the idea of design.
O MUSEU DE CARTAZ EM WILANÓW THE POSTER MUSEUM AT WILANÓW
O MUSEU DE CARTAZ EM WILANÓW THE POSTER MUSEUM AT WILANÓW
O MUSEU DE CARTAZ EM WILANÓW
THE POSTER MUSEUM AT WILANÓW
O Museu do Cartaz em Wilanów é, nessa categoria, o mais antigo no mundo. A pedra fundamental para a construção de sua sede foi colocada no dia da inauguração da Bienal Internacional de Cartaz em Varsóvia, em junho de 1966 entretanto, mesmo antes da nomeação de Janina Fijałkowska para função de curadora do Museu e de sua construção, durante o período anterior à segunda Guerra Mundial, já existia e estava sendo desenvolvida uma pequena coleção de cartazes, poloneses e estrangeiros que pertenciam, na época, ao Departamento Gráfico do Museu Nacional de Varsóvia.
The Poster Museum at Wilanów is the oldest museum of its kind in the world. The cornerstone was laid on the opening day of the 1st International Poster Biennale in Warsaw, in early June 1966. Before construction got underway and Janina Fijałkowska was nominated the first curator of the museum, just before World War II, a small Polish and international poster collection existed and was developed as a fully-fledged part of the Graphics Department of the National Museum in Warsaw.
Em 1953, cerca de 500 cartazes que sobreviveram à guerra foram transferidos do Departamento Gráfico para o Departamento de Documentação, setor recém criado no Museu Nacional em Varsóvia. Em 1961 o então diretor do Museu Nacional de Varsóvia, prof. Stanisław Lorentz criou em Wilanów, dentro da Galeria de Arte Moderna, a Seção de Cartaz. Provavelmente naquele momento tenha surgido a ideia de criar uma galeria independente, na qual poderiam ser apresentadas exposição de cartazes.
In 1953 around 500 posters that survived the war were taken from the Graphics Department to the Documentation Department, which had just been created at Warsaw’s National Museum. In 1961 the director of the National Museum in Warsaw, Professor Stanisław Lorentz, brought to life the Poster Section of the Contemporary Art Gallery in Wilanów. This was likely the origin of the idea to create an independent gallery, a place where poster exhibitions could be presented.
O Museu de Cartaz foi aberto oficialmente no dia da inauguração da 2a Bienal Internacional – no dia 4 de junho de 1968 e iniciou suas atividades com a exposição de cartazes de Wojciech Zamecznik, um excelente designer polonês falecido poucos meses antes e a exposição dos vencedores da primeira Bienal Internacional de Cartaz de Varsóvia.
The Poster Museum at Wilanów was ceremonially opened on the inauguration day of the 2nd International Poster Biennale, on 4 June 1968. It began with an exhibition of posters by Wojciech Zamecznik, an outstanding Polish designer who had passed away a few months previous; there was also an exhibition of the winners of the 1st International Poster Biennale in Warsaw.
O complexo de edifícios do Museu de Cartaz combina-se perfeitamente com os edifícios circundantes que foram a residência suburbana do rei João III Sobieski. Algumas dessas estruturas históricas foram incorporadas em um complexo arquitetônico moderno projetado pelos arquitetos Jacek Cydzik e Halina Kossuth, sendo um dos exemplos mais representativos do modernismo polonês, com referência ao funcionalismo da época pré-guerra. É também, provavelmente, o primeiro edifício na história do pós-guerra polonês, que foi construído com a finalidade de museu.
The Poster Museum building complex is perfectly composed into the surrounding palace construction, the former out-of-town residence of King Jan Sobieski III. Part of these historical structures were joined to a modern architectural complex designed by architects Jacek Cydzik and Halina Kossuth. It is one of the finest examples of Polish modernism, alluding to prewar functionalism. It is also probably the first building in the history of postwar Poland that was built with the intent to be a museum.
Em 1993, a exibição principal da Bienal Internacional de Cartaz de Varsóvia foi transferida de “Zachęta” para Wilanów. Portanto, foi necessário aumentar a área de exposição do Museu. Sem a possibilidade de construção de novos pavilhões decidiu-se adaptar os antigos armazéns para servirem como galerias adicionais, espaço que ficou conhecido como a Nova Galeria.
In 1993 the main exhibition of Warsaw’s International Poster Biennale was transferred from Zachęta to Wilanów. As a result, it was necessary to increase the exhibition space of the museum. Not having the capability to build new pavilions, it was decided to adapt the old storehouses into an added gallery, which was called the New Gallery.
Atualmente, a coleção do Museu tem cerca de 36.000 títulos no Departamento do Cartaz Polonês e mais de 25.000 títulos no Departamento de Cartaz Estrangeiro.
At present, the museum’s collections include around 36,000 items in the Polish Poster Department, and over 25,000 in the Foreign Poster Department.
MUSEU NACIONAL DO CONJUNTO CULTURAL DA REPÚBLICA NATIONAL MUSEUM OF BRAZIL
CASA SANGUSZKO DE CULTURA POLONESA
MUSEU NACIONAL DO CONJUNTO CULTURAL DA REPÚBLICA
CASA SANGUSZKO DE CULTURA POLONESA
O Museu Nacional integra Conjunto Cultural da República. É um espaço que insere Brasília e o Distrito Federal no circuito internacional da cultura e das artes contemporâneas. O espaço com intensa programação, exibe o que há de melhor na arte brasileira e internacional. O museu abriga ainda um expressivo acevo permanente e mantem uma intensa programação com exposições temporárias que envolvem temas importantes para a sociedade. Com atividades diversificadas apresenta; mostra de filmes, shows musicais, seminários e concorridos eventos que abordam questões de gênero em pauta na atualidade. Dessa forma, contribui para a desenvolvimento e a difusão da educação, da cultura, da ciência e das artes do nosso tempo.
A Casa Sanguszko de Cultura Polonesa, como é hoje denominada, foi fundada pelo príncipe Roman Sanguszko em 1973. É uma entidade privada, sem fins lucrativos, que desde 2006 tem a missão dedisseminar a cultura polonesa no Brasil, assim como fomentar o intercâmbio cultural com foco na cultura polonesa.
NATIONAL MUSEUM OF BRAZIL The National Museum is part of the Cultural Complex of the Republic. It is a space that puts Brasilia on the international art scene and presents the best of Brazilian art. The space is used for temporary exhibitions of renowned artists, as well as for important issues for society, lectures, film screenings, seminars, and important events. Thus, it contributes to democratic education through culture and active tourism.
Suas atividades incluem o apoio a exposições de arte, apresentações musicais, exibições de filmes,apresentações teatrais, leituras e conferências, promoção de concursos artísticos e culturais, e outros eventos do gênero. Os projetos apoiados podem ser de iniciativa própria da entidade ou de outras organizações culturais. São apoiados pela Casa Sanguszko mediante um processo de seleção realizado de forma autônoma pelo Conselho Deliberativo da entidade, anualmente, sendo depois supervisionados por sua equipe executiva. The Casa Sanguszko de Cultura Polonesa, as it is currently called, was founded by Prince RomanSanguszko in 1973. It is a non-profit private entity, since 2006 with the mission to disseminate the Polish culture in Brazil, as well as to stimulate the cultural exchange with focus on the Polish culture. The House’s activities include the support to art exhibitions, musical performances, movie shows, theatre performances, lectures and conferences, the promotion of artistic and cultural contests and other similar events. Supported projects may be on the entity’s own initiative or on the initiative of other cultural organizations. Casa Sanguszko provides support through an annual project selection process by the entity’s Board, followed by supervision performed by its executive team.
A história do MAM está ligada ao design desde sua inauguração, em 1958. A partir de então, foram realizados eventos e exposições associados ao design nacional e internacional e, hoje, o tema está consolidado no Museu como área de grande interesse institucional. Por isso, é com entusiasmo que recebemos agora a mostra Diálogo Design: Polônia Brasil. A exposição apresenta o diálogo virtuoso entre o design polonês e o brasileiro em torno de temas como mobiliário, vidro, porcelana, tradição e inovação, e design gráfico. Reconhecida como uma das mais importantes expressões do design internacional, a criação polonesa é exibida aqui através de seus produtos e sua criação gráfica, reveladores de vários aspectos da cultura da Polônia, que nos chegam através da curadoria Magdalena Kochanowska e Ewa Solarz. Por sua vez, o trabalho curatorial do designer Gabriel Patrocínio, feito em parceria com os polonesas, percorre com esmero a riqueza e a criatividade dos designers brasileiros, selecionando projetos que dialogam em harmonia com as criações polonesas. A marca deste projeto é o dialogo inovador e original entre duas culturas. Tulio Mariante Curador de Design The history of MAM has been linked to design since it opened in 1958. Events and exhibitions concerning domestic and international design have been held since that time, and today this is considered one of the museum’s important areas of interest. As such, we enthusiastically received the idea for the Dialogue Design: Poland Brazil exhibition. The exhibition presents a dialogue between Polish and Brazilian design on such themes as furniture, glass, porcelain, tradition, and innovation, as well as graphic design. Recognized as one of the most important expressions of the international design, Polish work appears here through its products and graphic design. The various aspects of Polish culture are relayed to us through the Polish curators, Magdalena Kochanowska and Ewa Solarz. In turn the curatorial work of designer Gabriel Patrocínio, in partnership with the Polish curators, attentively brings us the richness and creativity of Brazilian designers through a selection of designs that correspond with the Polish objects. The uniqueness of this project is in its innovative and unique dialogue between the two cultures. Tulio Mariante Design Curator
DIÁLOGO DESIGN: POLÔNIA BRASIL DESIGN DIALOGUE: POLAND BRAZIL
DIÁLOGO DESIGN: POLÔNIA BRASIL O design é um termômetro confiável para o nível de desenvolvimento de um país – tanto no que se refere à qualidade da produção da sua indústria quanto às competências das suas mentes criativas. A maneira como os países se promovem através de exposições de design pode ser um tema fascinante de se observar. Cada país tem seus temas favoritos de design, materiais e inspirações– e as suas próprias estratégias para a promoção de indústrias. Há dez anos a Polônia começou a apresentar seu design ao público internacional. Após a adesão à União Europeia, o número de exposições, festivais e feiras apresentando o design polonês começou a aumentar gradualmente. Durante todo esse tempo surgiram muitos designers talentosos e foram concebidos centenas de excelentes produtos. Apesar da grande diversidade de estúdios de design polonês, as curadorias de exposições de design formaram gradativamente um cânone de objetos que aparecem em salas de exposição com mais frequência do que outros. Esses objetos, ano a ano, inevitavelmente criam a imagem do país – a Polônia está associada a eles, e consequentemente, também o design polonês. Coam alguns importantes prêmios nacionais de design que já existem há mais de 25 anos, hoje o Brasil atinge hoje o que se pode considerar a maturidade do design em muitos segmentos da sua indústria. Somente em 2016, designers e indústrias brasileiras receberam quarenta prêmios na competição IF Design na Alemanha – a culminação de um esforço consistente para promover o design brasileiro no exterior que já se estende por mais de uma década. Este desempenho levou o Design Council do Reino Unido a descrever a indústria de design brasileiro como um “vencedor prêmios em série” no seu relatório anual de 2008. De aeronaves a eletrodomésticos e móveis, o design brasileiro está se estabelecendo e contribuindo para o crescimento da competitividade nas indústrias do país e no equilíbrio do comércio exterior. A exposição pretende ser um comentário sobre esta situação. Há um foco deliberado em objetos domésticos, em detrimento de produtos da “indústria pesada”, apesar do sucesso de ambos os países em áreas como transporte. O argumento chave para as escolhas não era apenas a avaliação subjetiva dos curadores, mas apoia-se na exibição frequente desses projetos em exposições nacionais e mundiais de design, evidenciando a criação de uma síntese do design nacional. Buscando padrões emergentes nas exposições de design dos últimos anos, os curadores identificaram cinco tipos de objetos que são mais frequentemente apresentados. Estes incluem móveis, vidro, porcelana, objetos relacionados a motivos tradicionais ou folclóricos e ainda inovações tecnológicas. Cada uma dessas cinco categorias é de alguma forma importante tanto para a cena do design polonês quanto o brasileiro. Este conceito permitiu desenvolver uma representação única do design polonês e brasileiro – um diálogo de projetos e seus criadores com um impacto significativo na imagem de cada país no cenário internacional de design e também no cenário comercial. Se a exposição por um lado reafirma a posição dos objetos selecionados, ela também os oferece à avaliação do público.
DIÁLOGO DESIGN: POLÔNIA BRASIL DESIGN DIALOGUE: POLAND BRAZIL
Os objetos sujeitam-se à diversas questões, tais como: Que valores promovem? Quais mensagens transmitem? O que nos dizem sobre o processo de design? Como são feitos? E especialmente: por que foram esses os escolhidos? Paralelamente aos produtos selecionados, a auto-imagem e a imagem externa de cada país é discutida em duas séries de cartazes. A primeira série é um conjunto especial de vinte cartazes históricos poloneses das décadas de 1960 e 1970, que tinham na época a tarefa de promover a Polônia. “Cartazes poloneses turísticos”, conforme descrito adiante por Izabela Iwanicka, do Museu do Cartaz, reúne algumas obras pertencentes à mundialmente famosa Escola Polonesa do Cartaz, e inclui autores como Waldemar Świerzy e Henryk Tomaszewski. Todas as obras históricas vêm da coleção do Museu do Cartaz em Wilanow. Estes cartazes históricos desafiaram os curadores a refletir sobre como a Polônia e o Brasil criam atualmente suas respectivas imagens; este desafio foi compartilhado com um grupo de designers gráficos contemporâneos. Convidados pelos curadores, cinco designers da Polônia e cinco do Brasil foram encarregados de projetar, cada um deles, dois cartazes para esta exposição. O tema é novamente a promoção dos seus países, resultando numa série adicional de vinte cartazes. Reunidos, estes projetos de design gráfico e de produto representam uma amostra robusta de dois países distantes, aberta ao mesmo tempo a interpretações diferentes, uma vez que não se oferecem respostas previamente estabelecidas. Curadores: Magda Kochanowska Gabriel Patrocínio Ewa Solarz DESIGN DIALOGUE: POLAND BRAZIL Design is a reliable barometer for the level of a country’s development – both when it comes to the quality of its industry’s production and to the skills of its creative minds. The way countries promote themselves through design exhibitions can be fascinating to observe. Each country has its favourite design subjects, materials, and inspirations – and its own strategies for promoting industries. It has been ten years since Poland began presenting its design on the international forum. After joining the European Union, the number of exhibitions, festivals, and fairs featuring Polish design started to gradually increase. Throughout that time many talented designers appeared, and hundreds of excellent products have been designed. Despite the great diversity from Polish design studios, curated design exhibitions have gradually formed a canon of designs that appear in exhibition halls more often than others. These objects, year by year, inevitably create the image of the country – Poland is associated with them, and so is Polish design. With some important national design awards through its life span of over twenty-five years, Brazil now has what could be con-
DIÁLOGO DESIGN: POLÔNIA BRASIL DESIGN DIALOGUE: POLAND BRAZIL
sidered a mature design scene in many segments of its industry. In 2016 alone, Brazilian designers and industries received forty awards at the IF Design competition in Germany – a testimony to the consistent effort to promote Brazilian design abroad that has been underway for over a decade. This performance led the UK Design Council to describe the Brazilian design industry as a “serial award-winner” in its 2008 annual report. From aircraft to home appliances and furniture, Brazilian design is establishing itself and contributing to the growth of competitiveness in the country’s industries and the balance of foreign trade. The exhibition seeks to comment on this situation. There is a deliberate focus on home objects, at the expense of “heavy industry” products, despite the success of both countries in such areas as transportation. The key argument was not just the curators’ subjective assessment; it was backed by these designs’ frequent display in national and world design exhibitions, showing the inception of a model for national design. Seeking emerging patterns in the design exhibitions of recent years, the curators identified five types of objects that are most often presented. These are furniture, glass, porcelain, objects drawing from folk and traditional motifs, and technological innovations. Each of those five categories is important for both the Polish and the Brazilian design scene. This concept helped us to develop a unique presentation of Polish and Brazilian design – a dialogue of works and designers with a significant impact on either country’s image in terms of international and commercial design. If the exhibition reaffirms the position of the objects selected, it also opens them to public scrutiny. They are subject to questions such as: What values do they promote? What messages do they convey? What do they tell us about the design process? How are they made? And especially: Why were these chosen? Alongside the selected products, each country’s internal and external image is discussed by two series of posters. The first is a unique set of twenty historical Polish posters from the 1960s and 1970s whose task was to promote Poland. “Polish Tourist Posters,” further described by Isabella Iwanicka from the Poster Museum, brings together works belonging to the world-famous Polish Poster School, by artists including Waldemar Świerzy and Henryk Tomaszewski. All the historical works come from the collection of the Poster Museum in Wilanow. These historical posters challenged the curators to reflect upon how Poland and Brazil are presently creating their images; this challenge was shared with a group of contemporary graphic designers. The curators invited five designers from Poland and five from Brazil, commissioning them to design two posters each for this exhibition. The theme remained the promotion of their countries. This resulted in an additional set of twenty posters. Taken together, these graphic and product designs make a strong display from two distant countries, open to many different interpretations, as it offers no ready-made solutions. Curators: Magda Kochanowska Gabriel Patrocínio Ewa Solarz
O CARTAZ POLONÊS DE TURISMO DOS ANOS 1960 E 1970 THE POLISH TOURISM POSTER OF THE 1960S AND 1970S
O CARTAZ POLONÊS DE TURISMO DOS ANOS 1960 E 1970 Na Polônia e em todo o mundo, o cartaz do turismo criou um código visual único, que se baseia em estereótipos e símbolos de dimensão universal. Ele cria uma situação em que o autor e o destinatário – um turista potencial – participam num jogo de uma desejável, idealizada imagem do mundo. “A felicidade reina aqui, e está amplamente disponível em todos os lugares. Este modelo do mundo certamente não suporta cores escuras; exige tons doces e alegres. Por estes motivos psicológicos e, sem dúvida, racionais, a máquina de propaganda do turismo funciona” (Szymon Bojko, “O cartaz de turismo no mundo”,” Projekt 1974, No. 1, p. 48) Ainda hoje, cartazes executam a tarefa mais importante da máquina de propaganda do turismo - eles atraem futuros turistas despertando seus desejos. Influenciar a sua imaginação através de um mistério visual incalculável, que sempre foi reforçado pela curiosidade. Jan Lenica comparou o cartaz – de um modo geral – a um cavalo de Tróia que brinca nas ruas e faz o contrabando de algo que normalmente não está lá (Jan Lenica em conversa com os editores, Projekt 1977, No. 2, p. 48). O cartaz turístico, em referência às palavras Lenica, tornou-se o defensor mais forte do conteúdo da imaginação. Em cartazes turísticos a camada formal é subordinada ao seu objetivo prático através do uso de vários meios de expressão artística. A grande maioria dos exemplos nacionais de 1960 e 70 são composições gráficas. Como herdeiros dos precursores e mestres do cartaz turístico polonês de antes da guerra – Tadeusz Gronowski, Stefan Norblin, Jerzy Skolimowski e Stefan Osiecki – os autores de cartazes continuaram este tipo de representação gráfica. A fotografia, que se tornou a principal ferramenta no cartaz turístico polonês a partir da década de 1980, anteriormente foi tratada com cautela. Isto foi provavelmente devido às graves limitações técnicas e capacidades de impressão. Com suas imperfeições técnicas, o cartaz colorido baseado numa fotografia não podia efetivamente apresentar a imagem do mundo ideal que acabou por ser perpetuado em paisagens populares. As exceções neste grupo são duas obras: o cartaz de Zbigniew Kaja e de Grazyna Wyszomirska que promovem as férias na praia, e o anúncio publicitário das linhas aéreas polonesas LOT de Tomasz Ruminski. Este último, com uma figura de uma criança “voando”, tornou-se o mais famoso, tanto na longa história da empresa quanto nas realizações de seu criador. A popularidade do cartaz realizado em 1961 foi confirmada por sua re-edição duas décadas depois. Durante este período, cartazes poloneses, cuja tarefa era criar uma imagem moderna do país, foram criados a pedido das instituições do Estado, como o Centro de Informações de Turismo da Polônia, agências de viagens, como Orbis ou Almatur e operadoras, e a acima mencionada companhia aérea polonesa, LOT. Zofia e Andrzej Darowscy também realizaram cartazes para a LOT. Usando a imagem de uma figura lendária do Senhor Twardowski, um nobre associado
O CARTAZ POLONÊS DE TURISMO DOS ANOS 1960 E 1970 THE POLISH TOURISM POSTER OF THE 1960S AND 1970S
à Cracóvia, eles criaram divertidos cartazes pintados convidando turistas estrangeiros para a antiga capital polonesa. Não é sem importância o fato de que, de acordo com a lenda, o Senhor Twardowski resida na lua. Janusz Stanny abordou o tema de forma ainda mais divertida, em seu trabalho de 1978, nomeando como “embaixador” da LOT um pardal representado de maneira antropomórfica, cheio de elegância e charme. Meios simples de expressão e elementos de humor foram usados por Waldemar Świerzy e Wiktor Górka. O cartaz de Świerzy apresentado na exposição nos convida a caçar na Polônia; confronta-se de forma satírica com um tipo de representação popular de uma pseudo-pintura de salão – um cervo no cio. Este símbolo pictórico kitsch, com o enquadramento oval negro dominante e a inscrição “Polônia convida você a caçar,” foi colocado no formato padrão de um cartaz. Esta é uma transferência magistral de um assunto de pura arte à arte aplicada e ao mesmo tempo o libera das suas conotações negativas. O cartaz de Świerzy serviu como um convite visualmente atraente para os “visitantes em moeda estrangeira.” No cartaz polonês de turismo a sobriedade de meios cria uma mensagem legível. Não é só um tratamento bem-humorado do tema – como Wiktor Górka, que apresenta a Polônia como um paraíso para os pescadores, mostrando um pescador que prende um peixe gigante – mas também as referências à arte popular, como no cartaz de Witold Kaczanowski. As figuras – esquematicamente tratadas – em trajes típicos são mostradas com o uso de pedaços de tecido com um tecido natural num fundo cru. Fragmentos de tecido também são usados por Henryk Tomaszewski para apresentar as festividades do lajkonik - cuja personagem que monta um cavalo artificial, preso à sua cintura – é criada através de uma marca gráfica, muitas vezes encontrada no trabalho do artista. Entre os cartazes apresentados na exposição, o trabalho de Jan Lenica se destaca pela sua singularidade. O buquê colorido de flores realizado através do uso de um traço flexível é também um retrato que alude diretamente à tradição da arte europeia – a uma série de pinturas de Giuseppe Arcimboldo representando as quatro estações. Por muitos anos, o cartaz polonês de turismo tem sido reconhecido em concursos e exposições internacionais. Isto é confirmado pelos seis prêmios e honrarias que foram dados ao “Polônia convida você para o paraíso do pescador!” de Wiktor Górka. Izabela Iwanicka Museu de Cartaz em Wilanow
O CARTAZ POLONÊS DE TURISMO DOS ANOS 1960 E 1970 THE POLISH TOURISM POSTER OF THE 1960S AND 1970S
THE POLISH TOURISM POSTER OF THE 1960S AND 1970S In Poland and all around the world, the tourism poster has created a unique visual code based on universal stereotypes and symbols. It creates a situation in which the image and the recipient – a potential tourist – participate in a game of a desirable, idealized image of the world. “This a place where happiness reigns and is widely available. This model of the world certainly dislikes dark colors; it demands sweet and cheerful tones. For these psychological and, no doubt, rational reasons, the tourism propaganda machine works” (Szymon Bojko, “The Travel Poster in the World,” Projekt 1974, No. 1, p. 48). Even today, posters perform the most important task in the tourism propaganda machine – they lure future tourists by rousing their desires. They evoke imaginings of untold mystery and curiosity through pictures. Jan Lenica compared the poster – in a general sense – to a Trojan horse romping the streets and smuggling in something that is usually not there (Jan Lenica in conversation with the editors, Projekt 1977, No. 2, p. 48). The tourism poster was perhaps the strongest advocate of the content of the imagination. In tourism posters the formal layer uses different means of artistic expression to achieve its practical aim. The vast majority of domestic examples from the 1960s and 70s are graphic compositions. As heirs to the precursors and masters of the Polish prewar tourism poster – Tadeusz Gronowski, Stefan Norblin, Jerzy Skolimowski and Stefan Osiecki – the designers continued this type of graphic representation. Photography, which became the main tool in the Polish tourism poster from the 1980s onward, was treated with caution earlier on. This was probably due to the serious technical limitations and print capabilities. With its technical imperfections, the color-photography poster could not effectively present the image of the ideal world that was ultimately perpetuated in popular landscapes. The exceptions in this group are two works: the poster by Zbigniew Kai and Grazyna Wyszomirska promoting seaside holidays, and the Polish LOT Airlines advertisement by Tomasz Rumiński. The latter, with its figure of a “flying” child, became the most famous in both the long history of the company and the achievements of its designer. The popularity of the poster in 1961 was confirmed by its re-edition two decades later. During this period, Polish posters, whose task was to create a modern image of the country, were created by request of state institutions, such as the Polish Tourist Information Center, travel agencies like Orbis or Almatur, and carriers, like the aforementioned Polish LOT Airlines. Zofia and Andrzej Darowski also designed for LOT. Using the image of the legendary Lord Twardowski, a nobleman associated with Krakow, they created amusing and creative painted posters inviting foreign
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tourists to the former Polish capital. It is not without significance that, according to legend, Lord Twardowski lives on the moon. Janusz Stanny had a more witty approach in his later work of 1978, appointing the sparrow as the “ambassador” of LOT. The bird is presented anthropomorphically, with grandeur and charm. Simple means of expression and humor were used by Waldemar Świerzy and Wiktor Górka. Świerzy’s poster featured here invites us to hunt in Poland; it takes on a satirical, popular type of representation from the “art salons” – a rutting deer. This pictorial symbol of kitsch, with the dominant black oval frame and the inscription “Poland Invites You to the Hunt,” has been fitted into the standard format of a poster. This masterful transfer of the subject from pure art to applied art also divorces it of its negative connotations. Świerzy’s poster served as visually attractive invitation for “foreign-currency visitors.”
O CARTAZ POLONÊS NO TURISMO NOS ANOS 1960 E 1970 THE POLISH TOURISM POSTER OF THE 1960S AND 1970S
A LISTA DOS POSTERS 1. Waldemar Świerzy (1931-2013) Mazowsze / Mazovia, 1961, impressão offset, 99 × 68 cm 2. Witold Kaczanowski (1932- ) Polônia. País do folclore 1963, impressão offset, 96,5 × 67 cm 3. Zbigniew Kaja (1924-1983), Grażyna Wyszomirska (1919-2000) Polônia. Bem-vindo à costa Polonesa 1964, rotogravura, 99 × 66 cm 4. Waldemar Świerzy (1931-2013), De carro para a Polônia. Agência de Viagens Polonesa Orbis 1965, impressão offset, 84 × 57,7 cm
The spare use of devices in the Polish tourism poster creates a legible message. This includes a humorous treatment of the subject – as with Wiktor Górka, who presents Poland as a fisherman’s paradise by showing an angler holding a giant fish – and references to folk art, as in Witold Kaczanowski’s poster. “Cut-out” characters in costumes are shown using naturally woven scraps of fabric against an equally bare background.
5. Witold Janowski (1926-2006) Venez en Pologne / Venha para a Polônia 1965, impressão offset, 96 × 67,5 cm
Fragments of cloth are also used by Henryk Tomaszewski to present the festivities of the lajkonik – a character who rides a fake horse, attached to his waist – created through a graphic symbol often found in the designer’s work.
7. Maria Tokarczyk (1926- ) Voe pela LOT para Cracóvia 1966, impressão offset, 95,8 × 66,7 cm
Among the posters presented at the exhibition, the above-mentioned work by Jan Lenica stands out as unique. The colorful bouquet of flowers rendered in fantastic, supple strokes is also a portrait directly alluding to the European art tradition – a series of paintings by Giuseppe Arcimboldo depicting the four seasons. For many years, the Polish tourism poster has been recognized in international competitions and exhibitions. This is confirmed by the six awards and honors that were given to Wiktor Górka’s “Poland invites you to the fisherman’s paradise!” Izabela Iwanicka Poster Museum at Wilanów
6. Andrzej Darowski (1932- ), Zofia Darowska (1930- ) Voe pela LOT para Cracóvia 1965, impressão offset, 100 × 34 cm
8. Henryk Tomaszewski (1914-2005) Polônia. Conheça o prazer de seu folclore colorido 1966, impressão offset, 100 × 69 cm 9. Wiktor Górka (1922-2004) A Polônia convida você para o paraíso da pesca! 1967, impressão offset, 99 × 67,5 cm 10. Waldemar Świerzy (1931-2013) A Polônia convida você para uma caçada 1969, impressão offset, 99,5 × 69,5 cm 11. Jan Lenica (1928-2001) Willkommen in Polen! / Bem-vindo à Polônia! 1970, impressão offset, 95,3 × 67 cm 12. Tomasz Rumiński (1930-1982) Orbis. Viagens - Turismo – Ferias na Polônia 1972, impressão offset, 95,8 × 66,7 cm 13. Tomasz Rumiński (1930-1982) 50 anos da Agência de Viagens Polonesa ORBIS 1923-1973, 1973, impressão offset, 96 × 67 cm
O CARTAZ POLONÊS NO TURISMO NOS ANOS 1960 E 1970 THE POLISH TOURISM POSTER OF THE 1960S AND 1970S
O CARTAZ POLONÊS NO TURISMO NOS ANOS 1960 E 1970 THE POLISH TOURISM POSTER OF THE 1960S AND 1970S
14. Waldemar Świerzy (1931-2013) Aulas de Inverno na Polônia com Almatur 1973, impressão offset, 97,5 × 67 cm
7. Maria Tokarczyk (1926- ) Fly by LOT to Cracow 1966, offset print 95,8 × 66,7 cm
15. Jerzy Czerniawski (1947- ) Aulas de verão na Polônia com Almatur 1974, impressão offset, 98 × 66,5 cm
8. Henryk Tomaszewski (1914-2005) Poland. See Poland delight in its colourful folklore 1966, offset print, 100 × 69 cm
16. Tomasz Rumiński (1930-1982) A Polonia convida você para as praias da costa do Mar Báltico 1975, impressão offset, 97,5 × 67,5 cm
9. Wiktor Górka (1922-2004) Poland invites you to a fisherman’s paradise! 1967, offset print, 99 × 67,5 cm
17. Tomasz Rumiński (1930-1982) A Polônia convida você para os lagos da Mazúria, 1975, impressão offset, 97,5 × 67,5 cm
10. Waldemar Świerzy (1931-2013) Poland invites you to the hunt 1969, offset print, 99,5 × 69,5 cm
18. Tomasz Rumiński (1930-1982) A Polônia convida você para férias nas montanhas 1975, impressão offset, 97,5 × 67,5 cm
11. Jan Lenica (1928-2001) Willkommen in Polen! / Welcome to Poland! 1970, offset print, 95,3 × 67 cm
19. Janusz Stanny (1932-2014) Companhia Aérea Polonesa LOT 1978, impressão offset, 97,5 × 67 cm
12. Tomasz Rumiński (1930-1982) Orbis. Voyages - Tourisme - Repos en Pologne 1972, offset print, 95,8 × 66,7 cm
20. Tomasz Rumiński (1930-1982) Companhia Aérea Polonesa LOT 1985 (proj. 1961), impressão offset, 96 × 67 cm
13. Tomasz Rumiński (1930-1982) 50 years of Polish Travel Agency ORBIS 1923-1973 1973, offset print, 96 × 67 cm
THE LIST OF POSTERS 1. Waldemar Świerzy (1931-2013) Mazowsze / Mazovia, 1961 offset print, 99 × 68 cm 2. Witold Kaczanowski (1932- ) Pologne. Pays de folklore, 1963 offset print, 96,5 × 67 cm 3. Zbigniew Kaja (1924-1983), Grażyna Wyszomirska (1919-2000) Poland. Welcome to the Polish sea-coast 1964, rotogravure, 99 × 66 cm 4. Waldemar Świerzy (1931-2013) By car to Poland. Polish Travel Office Orbis 1965, offset print, 84 × 57,7 cm 5. Witold Janowski (1926-2006) Venez en Pologne / Come to Poland 1965, offset print, 96 × 67,5 cm 6. Andrzej Darowski (1932- ), Zofia Darowska (1930- ) Fly by LOT to Cracow 1965, offset print, 100 × 34 cm
14. Waldemar Świerzy (1931-2013) Student winter in Poland with Almatur 1973, offset print, 97,5 × 67 cm 15. Jerzy Czerniawski (1947- ) Student summer in Poland with Almatur 1974, offset print, 98 × 66,5 cm 16. Tomasz Rumiński (1930-1982) Poland invites you to the sandy beaches of the Baltic coast 1975, offset print, 97,5 × 67,5 cm 17. Tomasz Rumiński (1930-1982) Poland invites you to the Mazurian lakes 1975, offset print, 97,5 × 67,5 cm 18. Tomasz Rumiński (1930-1982) Poland invites you for a vacation in the mountains 1975, offset print, 97,5 × 67,5 cm 19. Janusz Stanny (1932-2014) Polish Airlines LOT 1978, offset print, 97,5 × 67 cm 20. Tomasz Rumiński (1930-1982) LOT Polish Airlines 1985 (proj. 1961), offset print, 96 × 67 cm
DESIGN DE PRODUTO POLONÊS POLISH PRODUCT DESIGN
DESIGN DE PRODUTO POLONÊS Nos últimos anos, o design polonês foi submetido a um período de intenso desenvolvimento onde a cada ano, o cenário torna-se maior e mais diversificado, quando o número de profissionais e estúdios de design aumenta, assim como também o número de fabricantes que decidem colaborar com designers. Existe um grupo crescente de designers independentes que atualmente combina trabalho de design com produção de baixo volume. Esse avivamento se traduz diretamente no número de prêmios conquistados pelos poloneses em competições internacionais de design, como por exemplo o Red Dot Design Award e o iF Design Award, assim como a qualidade das apresentações de design polonesas, além de apresentações organizadas durante as feiras, onde o design é o tema de exposições em museus e galerias de todo o mundo. Através das atividades do Instituto Adam Mickiewicz, o design tornou-se uma ferramenta importante para promover a Polônia, juntando-se a outros campos da cultura polonesa, como cinema, teatro, música e artes visuais. Uma das primeiras exposições importantes do design polonês fora do país aconteceu com a apresentação de jovens designers poloneses, organizada a mais de dez anos pelo Instituto Adam Mickiewicz, a exposição, chamada “Lidando com o consumo”, foi apresentada durante a Bienal de Design em Saint-Étienne em 2004 e recebeu o Grand Prix, abrindo assim um caminho para o design polonês em vários festivais europeus e instituições culturais. Uma série de apresentações significativas foram realizadas depois de 2004, dentre as exposições extremamente bem-sucedidas, encontram-se a série de exposições “Unpolished” www.unpolished.pl, “Young Creative Poland” www.youngcreativepoland.com e a já conhecida no Brasil “The Spirit of Poland”. Todas estas exposições mostraram o design polonês “aqui e agora”, traçando o seu crescimento, apresentando os mais importantes designers e os objetos mais interessantes. Essas exposições, apresentadas ao longo dos últimos anos, procuram especificar, mostrar e comentar alguns temas que são muito presentes no design polonês. No “Trabalho polonês – Polish Job” com curadoria de Magda Kochanowska e a equipe de Łódź Design Festival, que foi apresentada em 2014, durante a Design Week em Milão teve como foco a tradição, em valores sólidos e recursos locais, na nostalgia da estética do realismo socialista, mas sem nenhum sinal de culpa ou remorso, e na inovação, como uma introdução para as experiências com novas tecnologias. Em 2015 em Milão foi apresentada a exposição “Do It Your Way: Polish Design in Pieces” que teve como curadora Ewa Solarz e com foco em projetos que provocam a interação com o usuário. Gradativamente estão surgindo cada vez mais exposições que não tentam contar “tudo” sobre o design polonês que felizmente, tornou-se demasiado diversificado para reuni-lo em uma única apresentação. TEMAS Uma análise geral do design polonês quase sempre começa com o mobiliário. MOBILIÁRIO A Polônia é um dos maiores fabricantes de móveis do mundo e há anos é classificada entre os líderes mundiais. Muitas das fábricas que operam na Polônia costumavam ser principalmente instalações de produção de grandes marcas
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mobiliárias do exterior e que hoje, estão desenvolvendo corajosamente marcas nacionais de mobiliário, que conscientemente constroem a sua própria identidade através da colaboração com os melhores designers poloneses e estrangeiros. A maioria dos mais conhecidos designers poloneses trabalha com a criação de móveis e para alguns deles, é apenas mais uma das muitas vertentes, enquanto que para outros, aparece como a área mais importante da sua atividade profissional. VIDRO A Polônia tem uma grande tradição na produção de vidro e cristal. O designer polonês mais importante no trabalho com o vidro é sem dúvida, Zbigniew Horbowy. Após a Segunda Guerra Mundial, Jan Kurzątkowski também desenhou incríveis e belos objetos produzidos em vidro e a fábrica de vidro na cidade de Krosno por anos foi considerada a mais famosa da Polônia, porém hoje encontra-se em estado de falência. Vários fabricantes de vidro menores continuam em operação, especializando-se tanto em produção em massa quanto em peças únicas. Devido às especificidades da tecnologia, o design de vidro permite muita versatilidade e criatividade e como tal, podemos observar alguns designers muito importantes e representativos neste campo. CERÂMICA Os números da produção de porcelanas na Polônia não são significativos considerando a escala global, mas há uma cena extremamente diversificada de designers poloneses especializados em cerâmica. O espectro vai desde aqueles que colaboram com a mais antiga fábrica de cerâmica do país, fundada em Ćmielów no final do século XVIII, até aqueles que exploram os mais recentes recursos tecnológicos relacionados com a impressão 3D. A cerâmica permite uma grande independência e muitos designers têm uma produção individual e autoral, muitas vezes experimental, enquanto outros obtiveram também sucesso na esfera da produção industrial. Além de móveis, vidro e cerâmica, dois outros temas se unem para formar uma relação interessante, a tradição e a inovação. Por um lado, nos deparamos com o passado e por outro com a abertura para o futuro. TRADIÇÃO Cada país tem seu próprio conjunto de cores, formas e materiais, em grande parte definido por matérias-primas disponíveis localmente dominadas por artesãos locais e técnicas de fabricação. Muitos designers poloneses usam de forma criativa os recursos decorrentes da tradição popular, desenvolvem grandes projetos, como por exemplo tapetes de lã de feltro, populares na região de Podhale, ao Sul da Polônia, cadeiras cuja estruturas lembram “zydel” polonês, projetos de joias feitas a partir do carvão extraído na região da Silésia e muitos outros objetos exclusivos que têm suas raízes nas tradições de diferentes regiões do país. INOVAÇÃO O desenvolvimento da tecnologia moderna cria caminhos e tendências interessantes para designers. Além das soluções estreitamente relacionadas com as tecnologias digitais, existem projetos com base no design paramétrico e impressão 3D. Antes de tomarem forma física, modelos de objetos de cêramica são criados em um espaço virtual, e o mobiliário inovador é desenvolvido
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através da experimentação com perfuração de metal ou folhas de metal infladas. Uma pulseira com tecnologia de músculo artificial permite que as pessoas distantes umas das outras se toquem. Vale ressaltar que em 2015 havia cerca de 2.500 novas empresas operacionais (start-up) registadas na Polônia. Estas são as empresas que constroem seu modelo de negócios com base no processamento de informações e tecnologias relacionadas. São cinco os grupos de objetos apresentados nesta polonesa da exposição. Há poltronas projetadas por Roman Modzelewski, um designer já falecido cuja produção foi retomada sessenta anos mais tarde por Vzór, uma marca desenvolvida por um designer da geração mais jovem, Jakub Sobiepanek, e seus colegas. Também estão os produtos inovadores de Oskar Zięta, a cerâmica criada com um toque de lirismo por Alicja Patanowska, um tapete com motivos folclóricos de estúdio Kosmos Design e objetos de vidro de Agnieszka Bar. Além dos objetos mais famosos e mais frequentemente apresentados, mostramos também outros projetos criados pelos designers acima mencionados, e desta forma, enfatizamos que a nossa escolha não foi somente baseada nos objetos em si, mas também nas personalidades de alguns dos designers que criam a imagem do design polonês além das fronteiras do nosso país. Todos os cinco temas, móveis, vidro, cerâmica, tradição e inovação, criam uma imagem sintética do design polonês, no entanto, seria esta uma imagem verdadeira? Os curadores pretendem é provocar a reflexão em torno de como escolhas curatoriais afetam o que o público sabe sobre a Polônia, sobre a cultura, e sobre o design polonês. Magdalena Kochanowska POLISH PRODUCT DESIGN In recent years, Polish design has undergone a period of intensive development. From year to year, the number of professional design studios increases, as does the number of manufacturers deciding to collaborate with designers; there is a growing group of independent designers who combine design work with low-volume production. Every year the Polish design scene becomes larger and more diverse. This revival translates directly into the number of awards won by Poles at international design competitions (e.g. Red Dot Design Award, iF Design Award etc.), and the quality of Polish design presentations. In addition to shows organized at trade fairs, design is the subject of exhibitions at museums and galleries around the world. Through the activities of the Adam Mickiewicz Institute, design has become an important tool for promoting Poland, joining other fields of Polish culture such as film, theater, music, and the visual arts. One of the first important exhibitions of Polish design to be shown abroad was the presentation of young Polish designers organized by the Adam Mickiewicz Institute over ten years ago. The exhibition, called “Dealing with Consumption,” was presented during the Design Biennale in Saint-Étienne in 2004. It received the Grand Prix, paving
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the way for Polish design to be presented at many European festivals and cultural institutions. A number of significant presentations were held after 2004. There were extremely successful exhibitions, such as the series of “Unpolished,” “Young Creative Poland,” and “The Spirit of Poland,” which is already known in Brazil. All these exhibitions showed Polish design “here and now,” charting its growth, presenting the most important designers and the most interesting objects. Those exhibitions, presented over the last few years, seek to chart, showcase, and comment on some themes that are very present in Polish design. One of these, “Polish Job” (curators: Magda Kochanowska and the team of Łódź Design Festival), was presented in 2014, during Milan Design Week. The exhibition was focused on tradition – on solid values and local resources, on nostalgia for the aesthetics of Socialist Realism, but with no sign of blame or regret, and on innovation – as an introduction to experiments with new technologies. The “Do It Your Way: Polish Design in Pieces” exhibition (curator: Ewa Solarz), presented in 2015 in Milan, focused on designs that provoke user interaction. There are coming to be more and more exhibitions that make no effort to tell “everything” about Polish design. Fortunately, it has become too diverse to wrap up in a single presentation. THEMES An overview of Polish design almost always starts with furniture. FURNITURE Poland is one of the largest furniture manufacturers in the world. For years it has ranked among the world leaders. Many of the factories operating in Poland used to be primarily production facilities for foreign furniture tycoons. Today, they are boldly developing domestic brands of furniture, and consciously build their own identity through collaborating with top Polish and foreign designers. Most of the well-known Polish designers have worked in furniture. For some of them it is just one of many fields, for others the most important area of their professional activity. Glass and ceramic objects are highly charming parts of this presentation – they have become a standard part of most exhibitions presenting design from Poland. GLASS Poland has a great tradition in glass and crystal production. The most important Polish designer in this field is undoubtedly Zbigniew Horbowy. After World War II, beautiful glassware was designed by Jan Kurzątkowski. The Krosno Glassworks, for years considered Poland’s most famous glass factory, is now bankrupt. Several smaller glass manufacturers are still in operation, specializing both in mass production and in one-of-a-kind objects. Due to the specifics of the technology, glass design allows for a lot of leeway and creativity; as such, we can observe some very strong personalities in this field. CERAMICS Porcelain production in Poland does not make a mark on a global scale, but there is an extremely diverse scene of Polish designers specializing in ceramics. The spectrum runs from those who collaborate with the
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state’s oldest existing ceramics factory (founded in Ćmielów in the late 18th century) to those that explore the options of the latest 3D-print possibilities. In addition to furniture, glass and ceramics, two other themes come together to form an interesting relationship – tradition and innovation. On the one hand, we encounter the past, and on the other, we make ourselves open to the future. TRADITION Each country has its own unique set of colors, forms, and materials, largely defined by locally available raw materials mastered by local craftsmen and manufacturing techniques. Many Polish designers make creative use of resources from the folk tradition, developing great designs, e.g. carpets of felted wool, popular in the Podhale region in the South of Poland, stools that borrow from folk tradition (the zydel), original sets of jewelry made of the coal mined in Silesia, and many other unique objects which have their roots deep within the traditions of different regions. INNOVATION The development of modern technology suggests interesting paths to designers. In addition to augmented-reality solutions closely related to digital technologies, there are projects based on parametric design and 3D printing. Before they take physical form, models of ceramic objects are created in a virtual space. Innovative furniture is developed through experimenting with metal perforation or inflated sheets. A bracelet using artificial-muscle technology allows people far away from each other to touch. It is noteworthy that in 2015 there were nearly 2,500 operating start-ups registered in Poland. These are the companies that build their business models on information processing and related technologies. There are five groups of objects presented in the Polish part of the exhibition. There are armchairs by a deceased designer, Roman Modzelewski; their production was resumed sixty years later by VZOR, developed by a designer of the younger generation, Jakub Sobiepanek, and his colleagues. There are the innovative products by Oscar Zięta, the beautiful, lyrical ceramics of Alicja Patanowska, a rug with folk motifs by Kosmos Project studio, and glass objects by Agnieszka Bar. In addition to these most famous and most frequently shown exhibits, we present other projects created by the above-mentioned designers. In this way, we aim to emphasize that our choice was not only centered on the objects, but also on the figures – the designers who create the picture of Polish design beyond the borders of our country. All five of these themes – furniture, glass, ceramics, tradition and innovation – create a larger picture of Polish design. Yet, is it a true one? The curators aim to provoke discussion around how curatorial choices affect what audiences know about Poland, about our culture, and about Polish design. Magdalena Kochanowska
DESIGN DE PRODUTO BRASILEIRO: DESTE LADO DO ESPELHO BRAZILIAN PRODUCT DESIGN: FROM THIS SIDE OF THE MIRROR
DESIGN DE PRODUTO BRASILEIRO: DESTE LADO DO ESPELHO A maturidade do design brasileiro se evidenciou na última década, de acordo com o relatório de 2014 do Ministério do Desenvolvimento, o Diagnóstico do Design Brasileiro. O número de prêmios conquistados internacionalmente frente a designers de todo o mundo – em competições como o IF Design Award, Red Dot Award, Cannes Design Lions, D&AD – é tão expressiva que levou a indústria de design brasileira a ser identificada como “vencedora em série de premiações” segundo o Design Council britânico. Existem competições e exposições nacionais de design bem estabelecidas (algumas já com tradição de algumas décadas) – como a Bienal Brasileira de Design, o prêmio Museu da Casa Brasileira, o Salão Design, o Objeto:Brasil, além do sucesso das semanas de design do Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba, entre outras. Esta é uma grande realização para um país desafiado por problemas econômicos, políticos e sociais de proporções continentais – e mais especialmente uma grande conquista para os designers brasileiros! Numa perspectiva global, viver numa sociedade pós-industrial conectada em rede propõe desafios à nova geração de designers que são experimentados de maneira similar em diversos lugares. Encontros casuais, como o que originou esta exposição, possibilitam aos designers revelar suas afinidades e o quase espelhamento dos seus interesses e iniciativas. Histórias e contextos diferentes não impede que se olhem no espelho, e que a produção de cada país encontre paralelos em iniciativas do outro lado. Designers gráficos e cinco outros eixos do design de produto dialogam através deste espelho de design polonês / brasileiro. O desafio de selecionar designers brasileiros que pudessem refletir seus equivalentes poloneses levantou algumas questões, como a definição muito procurada do design brasileiro, ou as nossas próprias distâncias internas – geográficas, sociais e (por que não?) conceituais. Buscando atingir o resultado esperado, foram estabelecidos alguns princípios: inicialmente uma tentativa de alcançar, se não representatividade nacional, pelo menos uma amostragem o mais espalhada possível; o foco em projetos orientados à sustentabilidade ou à questões sociais, entendidos como uma tendência do design brasileiro; designers e produtos deveriam ser selecionados também pelo seu reconhecimento nacional e internacional, para que pudessem ser considerados representativos do design brasileiro contemporâneo – sob o ponto de vista da área de design. O número de designers e projetos, assim como os cinco segmentos escolhidos, também representaram um desafio adicional. Sendo tão poucos, a exposição os colocaria em evidência a despeito de qualquer outro aspecto. É nesse ponto que as decisões curatoriais se tornam mais pessoais, baseadas em experiências individuais, e correm o risco de se tornarem menos representativas do que o pretendido. Assim, se torna imperativo aceitar que esta não é uma amostragem abrangente do design brasileiro, mas antes uma escolha curatorial de alguns poucos objetos para representar os tópicos propostos, ao redor dos quais este diálogo se desenvolve. Esta é apenas uma conversa inicial entre designers do Brasil
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e da Polônia. Espera-se que haja um intercâmbio, que mais experiências se somem à esta – que seja um diálogo prolífico! DESIGN DE PRODUTO ATRAVÉS DE ESPELHOS FILTRADOS Cinco tópicos foram definidos como filtros para os produtos expostos aqui desiguais, não necessariamente os mais representativos, arbitrários, difíceis de balancear, como frutos deste encontro casual. Certamente um desafio adicional proposto pela exposição. MOBILIÁRIO Mobilário deveria ser supostamente a escolha mais fácil. Com um mercado interno forte, e a tradição da arquitetura modernista demandando uma mobília bem desenhada e de alta qualidade desde a primeira metade do século vinte, os designers brasileiros adicionaram recentemente um bom número de premiações internacionais, corroborando um setor já muito bem estabelecido da indústria de design no país. A escolha, entretanto, dirigiu-se a um experimento radical que transpõe diversas fronteiras que não são cruzadas com muita frequência. Co-designers cegos são a escolha certa para esta exposição. Uma inovação disruptiva do processo. VIDRO Vidro não é um material facilmente encontrado nos portfolios de muitos designers brasileiros – talvez com a exceção de embalagens comerciais. Este é no entanto um robusto setor industrial, dimensionado para as proporções do país, a também familiar com os processos de reciclagem. Quão inovador o design pode ser quando se trata de reciclar vidro e transforma-lo em objetos proveitosos que podem ainda trazer afirmações formais? PORCELANA Porcelana é uma indústria aonde o Brasil não pode ser comparado com a tradição das empresas europeias, que remetem ao século dezesseis. Entretanto, há exemplos nas indústrias brasileiras de porcelana de intervenções gráficas elaboradas e mesmo alguma ousadia formal. Mas o que mais o design pode imaginar com este material para além de xícaras e canecas, pratos e aparelhos de jantar? TRADIÇÃO Tradição se alia ao design na elaboração e tradução da cultura vernacular em outros segmentos de produtos. Apropriação, metalinguagem, ou exaltação da cultura popular? Estas referencias trans-sociais podem engrandecer o design, tanto quanto o carnaval faz ao popularizar a cultura de elite. Diferente do design de artesanato, o que se identifica aqui como design associado à tradição incorpora e reformula elementos da cultura de raízes populares, transformado numa mistura renovada e exuberante – similar ao que o design gráfico faz ao incorporar elementos gráficos e tipográficos vernaculares.
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clável. A escolha recaiu sobre um projeto de orientação ecológica, que faz uso intensivo de mão-de-obra e tem alto impacto social, tipificando os empreendimentos inovadores que fazem parte do design brasileiro contemporâneo. Gabriel Patrocínio BRAZILIAN PRODUCT DESIGN: FROM THIS SIDE OF THE MIRROR The maturity of Brazilian design has been made evident in the last decade, according to the 2014 report by the Ministry of Development, the Diagnostic Review of Design in Brazilian. The number of awards earned abroad facing designers from all over the world – in competitions such as the IF Design Award, Red Dot Award, Cannes Design Lions, D&AD – was so expressive that led the Brazilian design industry to be named by the UK Design Council as “serial award-winner”. There are well-established national design competitions and exhibitions (some of which have already decades of tradition) – as the Brazilian Design Biennial, Museu da Casa Brasileira award, Salão Design, Objeto Brasil award, besides the successful Design Weeks of Rio de Janeiro and Curitiba, among others. This is quite an achievement for a country challenged by continental-size economic, political and social problems – and most especially quite an achievement for Brazilian designers! On a global perspective, to live in a post-industrial network-connected society brings up challenges to the new generation of designers that are similarly experienced in many other places. Casual encounters, such as the one that originates this exhibition, allow designers from two distant nations to unveil their affinities and a quasi-mirroring of their interests and initiatives. Different histories and contexts do not prevent themselves to look into the mirror, and that each country’s production find parallel in initiatives from the other side. Graphic design and five other product design axis dialogue into this Polish / Brazilian mirror of design. The challenge to select Brazilian designers that could mirror their Polish counterparts raised a few issues, like the much-sought definition for Brazilian design, or our own internal distances - geographical, social, and (why not?) conceptual.
INOVAÇÃO
Aiming to achieve the expected result, some principles were assumed from start: beginning with an attempt to have, if not national representativeness, at least the most wide-spread sampling possible; the focus on sustainability-driven and/or socially-driven design projects, understood to be clear trends of current Brazilian design; designers and products should be selected bearing in mind also their national and international recognition, so they could be considered representative from the design scene point-of-view - of the current Brazilian design.
Inovação em experimentos de design pode ser orientada tecnologicamente mesmo quando focada em baixa tecnologia. O design brasileiro contemporâneo dá cada vez mais importância à sustentabilidade, e como corolário, a pesquisa de materiais está firmemente focada no natural, sustentável, disponível e reci-
The number of designers and projects, as well as the five threads chosen, represented also an additional challenge. Being that few, the exhibition would bring them into evidence regardless any other aspects. That’s
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when a curatorial choice becomes more easily personal, based on own experiences, and risk becoming less representative than intended. Thus, it is imperative to accept this is not an all-encompassing sample of Brazilian design, but rather a curatorial choice of a few objects to represent the proposed topics around which this dialogue will develop. This is just the start of a conversation between designers from Brazil and Poland. An exchange is expected, more experiences to be added – may this dialogue be prolific! PRODUCT DESIGN THROUGH FILTERED MIRRORS Five threads were set as filters to the products exhibited here – unequal, not necessarily the most representative, arbitrary, difficult to offset, fruits of this casual encounter. Indeed an additional challenge proposed by the exhibition. FURNITURE Furniture was supposed to be the easiest choice. With a strong internal market, and the tradition of Modern architecture demanding high quality and well-designed furniture dating to the first half of the twentieth century, Brazilian designers have added recently a good number of international awards, corroborating a well-established sector of design industry in the country. The choice, however, was geared to a radical experiment that traverses several borders not usually crossed. Blind co-designers were the right choice for this exhibition. A disruptive innovation of the process. GLASS Glass is not a material to be regularly found in many portfolios of Brazilian designers – with the exception of commercial packaging. It is however a strong industrial sector, set to the proportions of the country, and also traditionally familiar to recycling. How innovative could design be when it comes to recycling glass and turning it into useful objects that may also share formal statements? PORCELAIN Porcelain is an industry where Brazil cannot be paired with the tradition of European manufacturers - dating back to the sixteenth century. Nonetheless, there are examples of elaborate graphic interventions and even some formal boldness can be noticed on Brazilian porcelain industries. But what else can design devise out of this material aside from tea and coffee mugs, plates, and the entire traditional dinnerware? TRADITION Tradition allies with design in the elaboration and translation of the vernacular culture into other segments of products. Appropriation, meta-language, exaltation of popular culture? These cross-social references can aggrandize design, as much as carnival does in popularizing elite culture. Different from crafts-based design, what we recognize here as tradition-led design embeds and reframe elements of grassroots culture, turned into a refreshing and lavish blend –
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similar to what graphic design so frequently does incorporating vernacular graphics and typography. INNOVATION Innovation - oriented design experiments can be technology-driven even while focusing on low-tech. Contemporary Brazilian design is increasingly paying more attention to sustainability, and as a corollary, materials research is strongly focused on the natural, sustainable, available and recycled. The choice has fallen over a eco-driven, labour-intensive, high social impact project, to typify this innovative enterprise of Brazilian contemporary design. Gabriel Patrocínio
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VZÓR A Vzór foi fundada por Jakub Sobiepanek, Michał Woch e Krystyna Łuczak-Surówka em 2012 em Varsóvia. Sua especialidade é descobrir os clássicos do design de moveis polonês e promover uma produção em larga escala dos projetos mais importantes que não chegam ao mercado devido às circunstâncias sociais, econômicas e políticas e assim, desenvolve-se uma coleção de mobiliário histórico polonês principalmente com peças criadas a partir dos anos 1950 e 1960. Por outro lado, a VZOR trabalha na ampliação da coleção com as obras de designers contemporâneos mais significativos. A marca fez sua estreia com o lançamento da poltrona RM58, projetada por Roman Modzelewski. Vzór was founded by Jakub Sobiepanek, Michał Woch and Krystyna Łuczak-Surówkain 2012 in Warsaw. It specializes in discovering lost classics of Polish design. The owners of the company try to bring worthy products to mass production, ones that never appeared on the market for social, economic, or political reasons. This has resulted in a collection of historical Polish furniture designs hailing from the 1950s and 60s. Further plans include expanding the collection to include work by important contemporary designers. The label debuted with the RM58 armchair, designed by Roman Modzelewski.
ROMAN MODZELEWSKI (1912 – 1997) Foi Pintor, designer e professor. Iniciou seus estudos em Varsóvia em 1931 formando-se em 1946 pela Escola de Belas Artes de Łódź. Depois da segunda guerra, permaneceu em Łódź onde foi um dos coorganizadores da Escola Nacional de Belas Artes. Durante 37 anos esteve associado a universidade de Łódź. Como pintor, iniciou no âmbito de experiências pós-impressionistas, adotando após 1945, um estilo voltado à abstração. Era fascinado por materiais plásticos e foi um dos primeiros na Polônia a fazer experiências nessa área. O protótipo da famosa poltrona de fibra de vidro e resina epóxi foi criada em 1958, sendo patenteada em 1961. He was a painter, designer, and teacher. He began his art studies in Warsaw in 1931, and finished in 1946 at the Visual Arts Academy in Łódź. After the war he settled in Łódź, where he co-organized the State Visual Arts School. He was tied to this Łódź school for thirty-seven years. As a painter he began with post-Impressionist experiments. After 1945 he turned toward abstract art. He was fascinated by synthetic materials, and was one of the first in Poland to experiment with them. The prototype of his famous epoxy-resin and fiberglass armchair was created in 1958, and was patented in 1961.
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RM58, 2012 O modelo, feito em várias cópias, foi uma das primeiras poltronas criada na Polônia utilizando tecnologia de poliéster reforçado com vidro, uma novidade no final dos anos 50. A forma orgânica do design monolítico ganhou reconhecimento e a poltrona passou a fazer parte do acervo do Museu Nacional em Varsóvia e Victoria and Albert Museum em Londres. A Vzor fabrica as peças utilizando a técnica de roto-moldagem de polietileno, que torna possível superar as limitações resultantes das técnicas de produção originalmente usadas pelo designer com base em métodos artesanais, ao mesmo tempo que permite a obtenção de uma reprodução fiel do objeto original. Existem duas versões de acabamento, com ou sem brilho onde a versão clássica brilhante é produzida seguindo uma gama de cores propostas por Roman Modzelewski e a versão com acabamento opaco é disponibilizada em novas cores contemporâneas definidas pela herdeira do designer – a Sra. Wera Modzelewska. Juntamente com as versões opaca e clássica a marca começou a produzir em 2016 uma versão da poltrona estofada, novamente reprojetada e produzida com a utilização de tecnologias atuais. Design: Roman Modzelewski Fabricação: Vzór Material / Técnica: rotomoldagem Prêmios: Dobry Wzór, Institute of Industrial Design, Warsaw, 2013 Win Award 2013, London, 2013 PKW Konkurencyjna Polska, Warszawa, 2014 Must Have, Łódź Design Festival, 2015
RM58, 2012 This model produced in over a dozen copies was one of the first seats in Poland produced with new (in the late 1950s) polyester glass laminate technology. The one-piece organic form was acclaimed and the armchair entered the collections of the National Museum in Warsaw and the Victoria and Albert Museum in London. The contemporary technology VZÓR used to produce the armchair – polyethylene rotoforming – overcame limitations arising from the designer’s original production technique, based on craftsman methods, and allowed the model to be faithfully reproduced. The armchair is produced in a color scheme proposed by Roman Modzelewski. The matte version of the armchair (dyed as a pulp) comes in a contemporary range of colors, developed in agreement with the designer’s heiress – Ms Wera Modzelewska. Apart from the matte and classic versions, the label has introduced (in 2016) a newly-designed upholstered version of the armchair, produced with new technology. Designer: Roman Modelewski Manufacturer: Vzór Material / Technique: roto-formed polyethylene Awards: Dobry Wzór, Institute of Industrial Design, Warsaw, 2013 Win Award 2013, London, 2013 PKW Konkurencyjna Polska, Warszawa, 2014 Must Have, Łódź Design Festival, 2015
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FURF DESIGN Furf Design foi fundada por Rodrigo Brenner e Mauricio Noronha, dois jovens e entusiásticos designers de Curitiba que têm construído uma reputação pelo design de alta qualidade temperado com doses generosas de talento e responsabilidade social. Sua “habilidade especial para atribuir poesia e romance aos objetos” foi destacada por Paula Noe, curadora da Semana de Design de Milão. Um dos seus últimos e mais aclamados empreendimentos – o projeto Design Invisível – posicionou-se bem acima dos limites habituais do design inclusivo, explorando as fronteiras da responsabilidade social. Furf Design was founded by Rodrigo Brenner and Mauricio Noronha, two enthusiastic young designers from Curitiba who are building a reputation for high-quality design, balanced with generous doses of wit and social responsibility. Their “special ability to imbue an object with poetry and romance” was highlighted by Paola Noe, curator of Milan Design Week. One of their latest and most acclaimed endeavors – the Invisible Design Project – positions itself far beyond the usual fare of inclusive design, exploring the limits of social meaning.
CAVAQUINHO, 2015 Um musico se apresentando pela primeira vez no palco merece um lugar de destaque! A desconstruçãoo da forma de seu instrumento musical favorito inspirou a estudante hais Castanho na criação do banco Cavaquinho. Equipe de design: Bruno Leal, Kleyton Maçaneiro, Luis Gustavo Moreira de Andrade, Thais Castanho, Rodrigo Brenner e Mauricio Noronha. Fabricação: Decormade Materiais / Técnica: madeira (Tauari), pintura à base de agua, estrutura de aço
CAVAQUINHO, 2015 A musician performing for the first time on stage deserves a prominent place! A deconstruction of the form of Thais Castanho’s favorite musical instrument inspired the creation of CAVAQUINHO stool. Design team: Bruno Leal, Kleyton Maçaneiro, Luis Gustavo Moreira de Andrade, Thais Castanho, Rodrigo Brenner and Mauricio Noronha. Manufacturer: Decormade Materials: Tauari wood, water-based paint, steel structure
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WALK, 2015 Uma poltrona para o repouso merecido de alguém que alcançou sucesso na vida sem nunca esquecer de sua origem humilde. Para materializar essa proposta, Luis Gustavo Moreira de Andrade fez uso do contraste entre o rustic das raizes utilizadas nos pés e a qualidade do couro que veste a sua forma simples e orgânica. Equipe de design: Bruno Leal, Kleyton Maçaneiro, Luis Gustavo Moreira de Andrade, Thais Castanho, Rodrigo Brenner e Mauricio Noronha. Fabricação: Decormade Materiais / Técnica:: madeira (Tauari), couro
WALK, 2015 An armchair for the deserved rest of someone who has succeeded in life but never forgot his humble origins. To materialize this Luis Gustavo Moreira de Andrade used the contrast between rustic tree roots in the chair’s feet and the fine leather that clothes an organic and simple shape. Design team: Bruno Leal, Kleyton Maçaneiro, Luis Gustavo Moreira de Andrade, Thais Castanho, Rodrigo Brenner and Mauricio Noronha. Manufacturer: Decormade Materials: tauari wood, fine leather
LIVRO, 2015 Kleyton Maçaneiro desenhou uma poltrona com um ligeiro balanço, para um casal idoso relembrar sua história de amor. Simbolicamente a forma do pequeno sofá lembra um livro aberto. Equipe de design: Bruno Leal, Kleyton Maçaneiro, Luis Gustavo Moreira de Andrade, Thais Castanho, Rodrigo Brenner e Mauricio Noronha. Fabricação: Decormade Materiais / Técnica: madeira (Tauari), couro Prêmios: (os prêmios referem-se à toda a linha de mobiliário do projeto “Design Invisível”) Design for all, Istituto Europeo di Design (IED), Milão, 2014 IDEA/Brasil, São Paulo, 2014 Conferência Internacional de Cidades Inovadoras (CICI), Curitiba, 2014 Mentions “diseño para todos” e “diseño y movimientos sociales”, na 3a Bienal Iberoamericana de Diseño, Madri, 2014
LIVRO (BOOK), 2015 Kleyton Maçaneiro has designed an armchair with a light swing, for an elderly couple to recall the story of how they fell in love. Symbolically, the form of the small sofa resembles an open book. Design team: Bruno Leal, Kleyton Maçaneiro, Luis Gustavo Moreira de Andrade, Thais Castanho, Rodrigo Brenner and Mauricio Noronha. Manufacturer: Decormade Material / Technique: tauari wood, fine leather Awards: (the following awards refer to all the furniture designed for the “Invisible Design” project) Design for all, Istituto Europeo di Design (IED), Milano, 2014 IDEA/Brasil, São Paulo, 2014 Conferência Internacional de Cidades Inovadoras (CICI), Curitiba, 2014 Mentions “diseño para todos” e “diseño y movimientos sociales”, on the 3rd Bienal Iberoamericana de Diseño, Madrid, 2014
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ALICJA PATANOWSKA (1985) Formou-se na Academia de Belas Artes em Wrocław 2012 e na Royal College of Art em 2014. Realizou projetos em porcelana e vidro em fábricas na Polônia e na Itália, bem como em seu estúdio em Londres. Seus produtos estão disponíveis na Merci em Paris e no MAMA, em New York. Participou em várias exposições internacionais, e em 2015 recebeu um prêmio no British Glass Biennal. Suas obras fazem parte de coleção de arte e design do Shanghai Museum of Glass. Suas habilidades artesanais adquiridas durante a concepção e desenvolvimento de seus projetos são a chave para a sua prática artística. Alicja vive e trabalha entre Londres e Wrocław. A graduate from the Royal College of Art (2014) and the Academy of Fine Arts in Wrocław (2012), she designs in porcelain and glass for factories in Poland and in Italy, as well as in her own studio in London. Her products are available through Merci in Paris and MAMA in New York, among others. She has taken part in international exhibitions, and in 2015 she was awarded by the British Glass Biennial. Her works form part of the art and design collection of the Shanghai Museum of Glass. The crafts skills she acquires in designing and creating her products are key to her artwork. She lives and works in London.
PLANTAÇÃO, 2015 Uma série de elementos de porcelana que, combinada com objetos descartados de vidro, se transforma em acessórios para o cultivo hidropônico de ervas e plantas ornamentais. A Plantação permite que você crie seu próprio minijardim e também é uma ótima maneira de cultivar as plantas onde, utilizando-se penas água, sem a necessidade do solo, é possível uma observação do processo de crescimento dos caules e das raízes. Foram desenhadas quatro formas diferentes de Plantação que, combinadas com uma variedade de recipientes de vidro, criam uma infinita diversidade de formas. Design / Fabricação: Alicja Patanowska Material / Técnica: moldagem em fundição Prêmios: 2015 – Winner – Highly Commended Award at British Glass Biennale 2015, UK 2015 – Winner – Coadgbursary 2015, Confession of a Design Geek, London, UK 2014 – Winner – The Charlotte Frazer Award 2014, Royal College of Art, London, UK 2014 – Winner – RJ Washington Bursary, London, UK
PLANTATION, 2015 A series of porcelain components which, when combined with unnecessary glass dishes, turn into accessories for the hydroponic cultivation of herbs and decorative plants. Plantation lets you create your own mini-garden, and it is also a brilliant way to graft plant clippings. Using only water, without any soil, we can observe the growing process of plants’ stems and roots. Four shapes of Plantation have been designed, which can be combined with various glass dishes, to create infinitely diverse forms. Designer / Manufacturer : Alicja Patanowska Material / Technique: molding Awards: 2015 – Winner – Highly Commended Award at British Glass Biennale 2015, UK 2015 – Winner – Coadgbursary 2015, Confession of a Design Geek, London, UK 2014 – Winner – The Charlotte Frazer Award 2014, Royal College of Art, London, UK 2014 – Winner – RJ Washington Bursary, London, UKPLANTATION, 2015
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LAB SERIES, 2015 LAB é uma série de objetos decorativos e utilitários que satisfazem a tendência de “agricultura de casa” com o cultivo doméstico de plantas comestíveis e ornamentais. A série consiste em dois objetos: HerbLAB e MushroomLAB. Duas bacias de cerâmica, cobertas com cúpulas de vidro, formam mini estufas, ideais para o cultivo de ervas, brotos, cogumelos, e ao mesmo tempo cumprem uma função decorativa. A série LAB teve início no Museu Regional em Stalowa e o projeto foi desenvolvido em cooperação com duas tradicionais fábricas polonesas: a fábrica de vidro de KROSNO e Zakłady Kamionka MANUFAKTURA. Design / Fabricação: Alicja Patanowska Material / Técnica: bacia: fundição, estamparia manual; cúpula: vidro soprado manualmente
LAB SERIES, 2015 LAB is a series of decorative household objects, hopping the “home farming” bandwagon. The series includes two objects: HerbLAB and MushroomLAB. Two ceramic bowls, covered with glass domes, combine to create a mini hothouse, ideal for growing herbs, sprouts, mushrooms, while remaining decorative. The initiator of the LAB series was the Regional Museum in Stalowa. The design came about through the cooperation of two traditional Polish factories: the KROSNO Glassworks and the MANUFAKTURA Stoneware Factory. Designer / Manufacturer: Alicja Patanowska Material / Technique: bowl – molding, hand stamped (decorated); dome – hand-blown glass
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PELLANDA-ECKER Pellanda-Ecker é um pequeno estúdio de design de Curitiba, com um portfolio extraordinário de design de porcelana, colecionando atenções e prêmios nacionais e internacionais. Mesmo não sendo a porcelana um material de uso frequente pelos designers brasileiros – e normalmente tendo um papel secundário em exposições e premiações de design – alguns designers assumem esse desafio alcançando um resultado notável. A parceria Pellanda-Ecker com a Holaria e outros fabricantes assegura resultados bem particulares e de alta qualidade. Pellanda-Ecker is a small design studio from Curitiba, with an extraordinary and successful portfolio of porcelain design, gathering attention and awards both nationally and abroad. Even though porcelain is not a common material for Brazilian designers, usually playing an accessory role at design exhibitions and awards, some designers take on this challenge, to remarkable effect. Pellanda-Ecker’s partnership with Holaria and other manufacturers ensures very special and high-quality results.
MATHELADA, 2011 Uma fusão das palavras Matemática e Martelada, o nome da coleção traduz este conceito: o martelo representa a ferramenta tradicional na criação de padrões artísticos, enquanto a matemática representa a precisão do calculo. Mathelada explora a recorrência matemática de um padrão decorativo que lembra uma superfície martelada, substituindo a ferramenta física por outra virtual. Design: Estudio Pellanda-Ecker Fabricação: Holaria Material / Técnica: Porcelana Prêmios: 2nd lugar itens da casa, 25o Prêmio Design MCB, São Paulo, 2011
MATHELADA, 2011 A fusion of the words “Mathematics” and “Martelada” (“Hammered,” in Portuguese), this collection’s name explains its concept: the hammer is a traditional tool in the creation of art; while the mathematics represents the precision of calculus. Mathelada explores the mathematical recurrence of a decorative pattern that resembles a hammered surface, replacing the physical tool with a virtual one. Design: Estudio Pellanda-Ecker Manufacturer: Holaria Material / Technique: porcelain Size: medium 30cm; large 40cm (height) Awards: 2nd place household items, 25th MCB Design Award, São Paulo, 2011
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WOOL, 2012 Com um olhar ao mesmo tempo lúdico e marcante, a linha WOOL explora os efeitos da luz e as formas permitidas pela porcelana. Inspirada por um novelo de lã, a cúpula de porcelana cria uma atmosfera acolhedora quando iluminada, revelando formas de luz e sombra, resultantes do seu desenho único e das características translúcidas do material. Design: Estudio Pellanda-Ecker Fabricação: Lumicenter Material / Técnica: Porcelana Prêmios: iF Product Design Award 2013 Brasil Design Award 2013
WOOL, 2012 With a playful and striking look, the WOOL line explores the light effects and forms porcelain can create. Inspired by a small ball of yarn, this porcelain dome creates a cozy atmosphere when lit, casting unique designs of light and shadow, due to its shape and translucent characteristics of the material. Design: Estudio Pellanda-Ecker Manufacturer: Lumicenter Material / Technique: porcelain Awards: iF Product Design Award 2013 Brazil Design Award 2013
GRAMOPHONE, 2015 Gramophone é um alto-falante amplificado de porcelana, que traz o princípio da amplificação mecânica para uso de smartphones. Sem fios, sem componentes eletrônicos – apenas o elegante design retrô que dialoga com a tecnologia dos smartphones. Design: Estudio Pellanda-Ecker Fabricação: Holaria Material / Técnica: Porcelana
GRAMOPHONE, 2015 Gramophone is a porcelain speaker/amplifier that introduces a principle of mechanical amplification similar to what is used by smartphones. No wires, no electronic components – just a stylish retro design that plays with the technology of the communication devices. Design: Estudio Pellanda-Ecker Manufacturer: Holaria Material / Technique: porcelain
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AGNIESZKA BAR (1982) Formada em Cerâmica e Vidro pela Academia de Belas Artes em Wrocław, estudou ainda na Escola de Artes e Design em Bratislava e na Universidade Técnica em Liberec. Cria objetos originais e objetos em colaboração com artesões. Entre seu prêmios e indicações estão: Make me!, TGK, EGE, Dobry Wzór, MUST HAVE, EDIDA. Seus desenhos são apresentados em muitas exposições internacionais e festivais de design, seu trabalho é sua alma e realiza seus projetos e pesquisas no 1st. Glass Design Estudio. Agnieszka Bar vive e trabalha em Wrocław. A graduate of the Ceramics and Glass Department of the Academy of Fine Arts in Wrocław, she also studied at the Academy of Fine Arts and Design in Bratislava and the University of Technology in Liberec. She collaborates with craftspeople to make one-of-a-kind pieces and reflective objects. Her awards and nominations include: Make me!, TGK, EGE, Dobry Wzór, MUST HAVE, and EDIDA. Her designs have been presented at many international exhibitions and design festivals. She works at her alma mater, doing research projects at the 1st Glass Design Studio. She lives and works in Wrocław.
RENEVAL, 2014 Projeto inspirado no o livro “A Vida Sensual Das Plantas,” de Daniel Chamovitz. Seu objetivo é criar uma atmosfera de tranquilidade e regeneração onde através da imersão da cabeça em um abajur coberto pela vegetação promove-se a separação com a realidade, permitindo que o indivíduo se concentre e se acalme. O desenho tridimensional das varetas de vidro é na verdade a base de uma estrutura para a vegetação. Nas partes periféricas do abajur estão montados os frascos de vidro com água, nos quais são colocados rebentos de vinha. O aroma e um toque de plantas frescas têm um efeito relaxante. Design / Fabricação: Agnieszka Bar Material / Técnica: flameworking, vidro moldado manualmente, vidro técnico e ímãs
RENEVAL, 2014 Inspired by Daniel Chamovitz’s book What a Plant Knows, this design aims to create an atmosphere of silence and regeneration. By sinking your head in the basket woven of plants you take a step away from reality and focus on the silence. The three-dimensional frame of glass rods builds a skeleton for the plants. Water phials are attached to the circumference of the basket to hold the shoots of the climbing plants. The fragrance and touch of fresh plants has a soothing effect. Designer / Manufacturer: Agnieszka Bar Material / Technique Flameworking, hand-formed glass, technical glass + magnets
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PLISOWANKI, 2015 A edição limitada de vasos projetados para a marca Manufactured Culture são feitos de cristal polido à mão segundo técnica tradicional. As ondulações intricadas distorcem a luz e visualmente desmaterializam os caules das plantas. Os vasos permitem a composição grandes buquês e justapostos uns aos outros tornam-se um objeto visual intrigante. Design: Agnieszka Bar Fabricação: Manufactured Culture Material / Técnica: vidro de cristal moldado à mão para as formas de madeira, polido à mão. Prêmios: Must Have, Łódź Design Festival, 2015
PLISOWANKI, 2015 Limited edition vases designed for Manufactured Culture. They are produced from crystal glass, hand polished with a traditional technique. The mysteriously cut pleats cleave the light and visually dematerialize the plant stems within it. These vases let you compose large bouquets. Arranged with one another, they create an intriguing visual object. Designer: Agnieszka Bar Manufacturer: Manufactured Culture Material / Technique: hand-formed crystal glass for wooden forms, hand polished Awards: Must Have, Łódź Design Festival, 2015
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JADER ALMEIDA Jader Almeida é um aclamado e inovador jovem designer brasileiro, baseado em Florianopolis, no estado sulista de Santa Catarina. A revista Wallpaper qualificou seu trabalho como “uma primorosa expressão do design moderno brasileiro no que ele tem de melhor.” Um vencedor habitual de pelo menos onze diferentes premiações nacionais e internacionais de design, Jader é mais frequentemente associado aos seus móveis de madeira muito bem executados. No entanto ele recentemente realizou alguns projetos em vidro para a sua empresa associada, a Sollos, dentre os quais foram selecionados os produtos expostos. Jader Almeida is an acclaimed and innovative young Brazilian designer, based in Florianópolis, in the Southern state of Santa Catarina. Wallpaper magazine called his work “an exquisite expression of modern Brazilian design at its best.” A regular award winner with prizes from at least eleven different national and international design competitions, Jader is most well known for his beautifully crafted wooden furniture. However, he has recently developed a few glass products for his partner company, Sollos, from which the products for this exhibition were selected.
DON, 2014 A luminária pendente DON apresenta na sua construção formal um conjunto de formas harmônicas elementares, unidas delicadamente como peças de joalheria. A base de madeira do bocal da lâmpada sustenta a cúpula de vidro soprado por contato apenas, promovendo a criação de uma estética simultaneamente industrial e sofisticada. A peça transforma o ambiente com a sutileza da iluminação. A estética limpa e atemporal favorece o uso de lâmpadas com filamentos aparentes. Design: Jader Almeida Fabricação: SOLLOS Material / Técnica: Vidro soprado (transparente ou esfumaçado) e madeira maciça
DON, 2014 The DON pendant features a set of elementary harmonized lines, delicately joined as in pieces of jewellery. The wooden nozzle base supports the blown glass dome by contact only, combining industrial and sophisticated aesthetics. The piece transforms an ambiance with its subtle lighting. The trim, timeless aesthetic favors lamps with apparent glowing filaments. Design: Jader Almeida Manufacturer: SOLLOS Material / Technique: blown glass (clear or smoky) and solid wood
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MUSH – MESAS DE CENTRO, 2014 As mesas de centro MUSH celebram a beleza do vidro soprado e as virtudes dos produtos feitos à mão. O formato das mesas lembra cogumelos (mushrooms) – daí o seu nome. Disponivel em duas alturas, as peças são feitas à mão de acordo com antigas técnicas. Pequenas bolhas e ligeiras imperfeições certificam o caráter único que individualizam cada peça. Além disso, elas possuem caraterísticas orgânicas que configuram diferentes pontos de vista – como as superfícies das mesas que se assemelham à ondas circulares se expandindo a partir de um ponto central. Design: Jader Almeida Fabricação: SOLLOS Material / Técnica: Vidro soprado (transparente, esfumaçado ou preto)
MUSH CENTRE TABLES, 2014 MUSH centre tables celebrates the beauty of blown glass and the virtues of handcrafted products. The tables’ shapes can recall mushrooms – hence the label’s name. Available in two heights, the pieces are hand-made, using old manufacturing techniques. Small bubbles and slight imperfections certify their unique character, individualizing each one. Furthermore, they embody an organic characteristic which invites diverse points of view – such as the table tops which resemble ripples expanding outwards from the point where something strikes a pond’s surface. Design: Jader Almeida Manufacturer: SOLLOS Material / Technique: blown glass (clear, smoky, or black)
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EWA BOCHEN (1981) E MACIEJ JELSKI (1981) / KOSMOS PROJECT Ewa Bochen e Maciej Jelski são formados pela Academia de Belas Artes de Varsóvia. Adquiriram experiência nos escritórios de design de Alessandro Mendini e Denis Santachiary, em Milão. Desde 2008, trabalham em seu próprio estúdio, Kosmos Projekt. Em suas obras, muitas vezes usam elementos criados por artesãos e inspiram-se nos mitos e lendas da cultura eslava. Seus trabalhos já foram apresentados em Milão, Londres, Estocolmo, Tóquio. Vivem e trabalham em Varsóvia. Ewa Bochen and Maciej Jelski are graduates of the Academy of Fine Arts in Warsaw. They gained experience in the design studios of Alessandro Mendini and Denis Santachiara in Milan. Since 2008 they have been running the Kosmos Projekt studio. Their work often uses parts created by craftspeople. They are inspired by Slavic myths and legends. Their designs have been presented in Milan, London, Stockholm, and Tokyo. They live and work in Warsaw. KILIM, 2011 Um antigo ritual eslavo associado com a noite de Kupala foi o ponto de partida para o projeto de kilim. A festa de água e fogo, bem como do amor e da fertilidade foi associada com o solstício de verão celebrado durante a noite mais curta do ano, que ocorre entre 21e 22 de junho. Nesta noite, as pessoas se reúnem nas clareiras para fazer fogueiras e dançar ao seu redor. As meninas depositam na água coroas de flores com uma vela no centro, na esperança de que o amado venha recolhê-las. Em seguida, em pares salta-se a fogueira. O Kilim é tecido manualmente com técnica particular e muito popular no território polonês. Para a sua produção utiliza-se apenas lã de ovelhas polonesas tingida à mão, de modo que cada peça é única. O projeto faz parte da coleção “Inconsciente Coletivo”. Design: Ewa Bochen, Maciej Jelski Fabricação: Kosmos Project Material / Técnica: lã de ovelha, tecida e tingida à mão Prêmios: Must Have, Łódź Design Festival, 2013
KILIM, 2011 An old Slavic ritual tied to Kupala Night was the point of departure for this kilim design. The holiday of fire and water, as well as love and fertility, were tied to the summer solstice, celebrated on the shortest night of the year, on 21-22 June. On this night people gathered in the fields to light fires and joyfully dance around them. Girls threw wreaths with candles into the water, hoping that their loved ones would fish them out. Then they jumped through fire in pairs. The piece was hand woven with the kilim technique, once quite popular in Poland. Only hand-dyed wool from Polish sheep was used in its production, making every one unique. The design is part of the “Collective Unconsciousness” collection. Designer: Ewa Bochen, Maciej Jelski Manufacturer: Kosmos Project Material / Technique: wool, hand woven and dyed Awards: Must Have, Łódź Design Festival, 201
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MÁSCARAS, 2011 As máscaras de um urso, um lobo e um pássaro foram inspiradas pela celebração dos mortos da tradição eslava, chamada de “Noite dos Antepassados”. O ritual era celebrado no início do inverno na noite de 31 de outubro e 1° de novembro, num momento em que a natureza estava caindo no sono. À noite, as pessoas se reuniam para chamar os espíritos e pedir a sua misericórdia. Os espíritos eram recebidos com um banquete composto de ovos, cereais e mel. No cruzamento das ruas havia fogueiras com o objetivo de apontar o caminho para os espíritos. Durante a cerimônia, os participantes colocavam suas máscaras para que os demônios não os reconhecessem e não os sequestrassem para o submundo. As máscaras referem-se aos espíritos dos antepassados, pois acreditava-se que eles retornariam na forma de animais. O projeto faz parte da coleção “Inconsciente Coletivo”. Design: Ewa Bochen, Maciej Jelski Fabricação: Kosmos Project Material / Técnica: metal revestido de pó, corte a laser Prêmios: Must Have, Łódź Design Festival, 2013
MASKS, 2011 These bear, wolf, and bird masks were inspired by the Slavic day of the dead, Forefathers’ Eve. It is celebrated in early winter, on the night from 31 October to 1 November, when nature drifts off to sleep. In the evening people gathered together to summon spirits and ask for their blessing. The spirits are hosted with a feast made of eggs, grain, and honey. A bonfire is lit at a crossroads to show spirits the way. During the ceremony the participants don masks, so that the demons will not recognize them and abduct them into the hereafter. The masks allude to spirits of ancestors, as it was believed that they would return in the shape of animals. The design is part of the “Collective Unconsciousness” collection. Designer: Ewa Bochen, Maciej Jelski Manufacturer: Kosmos Project Material / Technique: powder-enameled metal, laser cut Awards: Must Have, Łódź Design Festival, 2013 Design Award, Creator, 2013 (nomination)
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SERGIO MATOS Sergio Matos amplia a representatividade brasileira da exposição em direção à costa nordestina do estado da Paraíba. Sua obra flerta com a cultura vernacular, reinterpretando-a variadamente a partir de um ponto de vista inovativo e bem referenciado. Ou antes, como diz seu website: “o Design tem o poder de abrigar historia, memórias e laços de afeto” – o que se pode encontrar na cultura popular e ser traduzido pelo design. O produto dos eu trabalho tem despertado atenção tanto nacional como internacional, como na sua premiaçãoo no iF Design alcançada em 2012 com o banco Carambola. Sergio Matos extends the representation of Brazilian design to the North-eastern coastal state of Paraiba. His work flirts with vernacular culture, reinterpreting it from a fresh and well-informed contemporary viewpoint. Or, to quote his website: “Design has this gift of harboring history, memories and affective bonds,” which can be found in popular culture and translated by design. His work has called attention both national and internationally, as in his 2012 iF Award (2012) for the Carambola stool.
CARAMBOLA, 2010 O banco CARAMBOLA herdou o seu nome – e conceito formal – da sumarenta fruta amarela em forma de estrela, que também é chamada de fruta-estrela. Alia antigas técnicas de artesanato ao design contemporâneo num produto sofisticado. Sobre uma estrutura de aço é tecido à mão o revestimento de algodão que usa algodão naturalmente colorido - um processo desenvolvido pela EMBRAPA-PB para cultivar fibras coloridas de algodão que não precisam de ser quimicamente tingidas. Design: Sergio Matos Fabricação: Dostum Materiais / Técnica: fios de algodão e estrutura de aço Prêmios: iF Design Award, 2012 Design Excellence Brasil, 2011 Brasil Design Award, 2012
CARAMBOLA, 2010 The CARAMBOLA stool got its name – and formal concept – from the juicy yellow star-shaped fruit known as star fruit. It allies ancient craft techniques and contemporary design to create a sophisticated product. The steel structure is paired with a handmade cotton weave using colored-grown cotton – a process developed by EMBRAPA-PB to grow colored cotton fibers that need no chemical dying. Design: Sergio Matos Manufacturer: Dostum Size: 50cm x 45cm Material / Technique: cotton thread and steel frame Size: 50cm x 45cm Awards: iF Design Award, 2012 Design Excellence Brazil, 2011 Brazil Design Award, 2012
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MARAKATU, 2012 Tons tradicionais e regionais ecoam num design pleno de memórias brasileiras. Os elementos da tapeçaria MARAKATU estabelecem um elo forte com a cultura popular afro-brasileira – principalmente com a dança do maracatu-nação, praticada no estado de Pernambuco desde o período de escravidão dos séculos 17 a 19. A amarração colorida dessas peças contemporâneas de design exótico deixa aflorar raízes ancestrais e histórias dos tempos de coroações e registros dos reis e rainhas do Congo. Design: Sergio Matos Fabricação: Dostum Materiais / Técnica: fios de algodão tecidos Prêmios: Menção Honrosa Prêmio Design MCB, 2012
MARAKATU, 2012 The traditional and regional tones echo in this design filled with Brazilian memories. The features of the MARAKATU tapestry establish a strong link with Afro-Brazilian popular culture – mainly with the national maracatu dance, practiced in the state of Pernambuco since the times of slavery in the 17th to 19th centuries. The colorful mooring of these contemporary pieces of exotic design let ancestral roots and stories flourish, from the times of coronations and records of the kings and queens of Congo. Design: Sergio Matos Manufacturer: By Kamy Material / Technique: woven cotton Awards: Honorable Mention MCB Design Award, 2012
BALAIO, 2011 O conceito original da poltrona BALAIO veio da observação de uma cesta de palha tradicional, amplamente utilizada nas feiras de rua do Brasil, da qual também veio o nome. Vista frequentemente nos mercados de Campina Grande, o aspecto rustico da palha tecida dos balaios inspiram o design, que traduz a sua forma em um produto sofisticado e personalizado. Design: Sergio Matos Fabricação: Dostum Materiais / Técnica: fios de algodão e estrutura de aço Prêmios: Design Excellence Brasil, 2011
BALAIO, 2011 The original concept for the BALAIO armchair came from observing a traditional straw-woven basket, widely used in the street markets of Brazil, from which it took its name. Frequently seen in Campina Grande markets, the rustic aspect of the straw-woven fabric of balaios inspired the design, which translates its form into sophisticated and customized products. Design: Sergio Matos Manufacturer: Dostum Material / Technique: cotton yarn on a tubular steel structure Size: 75cm x 110cm Awards: Design Excellence Brazil, 2011
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OSKAR ZIĘTA (1975) / ZIETA PROZESSDESIGN Formou-se em arquitetura na Universidade Técnica de Szczecin 2000 e completou os estudos de pós-graduação no Eidgenössische Technische Hochschule em Zurique 2003, onde também concluiu seu doutorado em 2011. Durante os estudos na ETHZ realizou pesquisas dedicadas ao uso da tecnologia digital em processamento de metal o que em 2004 o levou ao desenvolvimento de uma tecnologia inovadora chamada FiDU (Freie Innen Druck Umformung). Desde 2010 é o diretor do estúdio de design e engenharia Zieta Prozessdesign, uma equipe interdisciplinar de arquitetos, designers, engenheiros e tecnólogos. A tecnologia FiDU permite a produção em massa de formas individualizadas, leves e ao mesmo tempo resistentes, duas chapas ultrafinas de aço, pré - soldadas ao longo das bordas, são insufladas com ar a fim de se obter um objeto tridimensional. He graduated in architecture studies at the University of Technology in Szczecin (2000), and post-graduate studies at the Eidgenössische Technische Hochschule in Zurich (2003), where he did his doctorate at the Architecture Department (2011). During his stay at ETHZ he did research on the use of digital technologies in metal processing, which led to developing the innovative FiDU (Freie Innen Druck Umformung) technology in 2004. Since 2010 he has been running the Zieta Prozessdesign studio – an interdisciplinary team of architects, designers, engineers, and technologists. FiDU technology facilitates the mass production of individualized forms that are both light and very durable: two ultra-thin sheets of steel, welded correctly at the edges, are pumped with air under high pressure in order to create a three-dimensional object.and works in Wrocław.
CHIPPENSTEEL, 2010 Com a flexibilidade proporcionada pela tecnologia FiDU, o modelo padrão formado no banco de trás e o assento da cadeira pode ser multiplicado, desta forma é possível personalizar o comprimento, largura e altura da cadeira. As cadeiras estão possuem três versões: aço inoxidável polido, aço bruto envernizado e cobre envernizado e estão disponíveis apenas em edições limitadas. Na versão do produto feito de aço bruto envernizado permanece o caráter mais industrial podendo assim conter arranhões e manchas de ferrugem na superfície por debaixo do verniz. Design: Oskar Zięta Fabricação: Zieta Prozessdesign Material / Técnica: FiDU
CHIPPENSTEEL, 2010 The flexibility facilitated by FiDU technology means that this model for a chair seat and backrest can be multiplied – in this way you can individualize the length, width, and height of the chair. The chairs are available in three versions – polished stainless steel, raw enameled steel, and enameled copper, strictly available in limited series. The version made of raw enameled steel has the most industrial look – it can have scratches and rust marks on the surface under the enamel. Designer: Oskar Zięta Manufacturer: Zieta Prozessdesign Material / Technique: steel / FiDU
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TAFLA, 2014 Os espelhos de aço foram feitos utilizando a tecnologia FIDU e o resultado é um conjunto de formas muito diferentes, mas que possuem uma consonância em comum e com os outros objetos produzidos utilizando esta tecnologia. Alguns espelhos possuem modelos geométricos e outros, formas biônicas, a deformação livre causada pela pressão interna concede a cada peça uma forma única, trazendo a beleza natural do material. A coleção inclui um espelho autoportante de piso e outro para de parede. Design: Oskar Zięta Fabricação: Zieta Prozessdesign Material / Técnica: FiDU Prêmios: 30 Most Creative People of Wroclaw, 2015 Audi-Mentorpreis by A&W, 2011
TAFLA, 2014 A steel mirror made with FiDU technology. The resulting collection is very diverse, and yet the pieces go well with each other and with other objects created using this technology. Some mirrors are geometrical in shape, others have bionic forms. The free deformation caused by internal pressure gives each one a unique form, extracting the natural beauty of the material. The collection includes standing and hanging mirrors. Designer: Oskar Zięta Manufacturer: Zieta Prozessdesign Material / Technique: steel mirror / FiDU Awards: 30 Most Creative People of Wroclaw, 2015 Audi-Mentorpreis by A&W, 2011
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DOMINGOS TÓTORA Domingos Tótora é um designer premiado e inovador do interior do estado de Minas Gerais, que nos desafia a reconhecer que os experimentos de design orientados pela tecnologia podem ser dirigidos à tecnologias de baixa complexidade. O design brasileiro contemporâneo dá cada vez mais importância à sustentabilidade, e como consequência, a pesquisa de materiais está ancorada no que é natural, sustentável, disponível e reciclável. O trabalho de Domingos com cartão reciclado faz uso intensivo de mão-de-obra – resultando assim em impacto social na sua pequena cidade – na produção de mobiliário, objetos e esculturas. Domingos Tótora is an innovative and award-winning designer from the interior of Minas Gerais, who challenges us to recognize that technology-oriented design experiments can be low-tech. Contemporary Brazilian design is increasingly aware of sustainability, and as such, material research is strongly focused on the natural, sustainable, available, and recycled. Domingos’ work with recycled cardboard is labour-intensive. It has also had a social impact in his small town, where he produces furniture, objects, and sculptures.
BANCO KRAFT, 2008 O banco KRAFT é composto de várias camadas planas moldadas a partir de uma massa de cartão reciclado. É um processo 100% manual, no qual o cartão, cortado em pedaços, é liquidificado em uma massa de celulose à qual se adiciona um adesivo. Depois de seco passa por um processo de prensagem, que estrutura a configuração formal elementar. Para alcançar o conforto do assento, foi modelado a partir dos bancos de praça tradicionais da pequena cidade de Maria da Fé, no estado de Minas Gerais, aonde vive o designer. Design: Domingos Tótora Fabricação: Domingos Tótora Material / Técnica: cartão reciclado
KRAFT BENCH, 2008 The KRAFT bench is composed of several flat layers molded from recycled cardboard mass. It is a 100% manual process, in which the cardboard, cut in pieces, is blended to form a cellulose mass, to which is added adhesive. After drying, it undergoes a pressing process, which creates the bench’s elemental form. To achieve sitting comfort, it is shaped after the traditional benches from the squares in the small town of Maria da Fé, in the state of Minas Gerais, where the designer lives. Design / Manufacture: Domingos Tótora Material / Technique: recycled cardboard Size: 50cm x 50cm x 45cm
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CENTRO DE MESA OVAL FRESADO, 2007 O centro de mesa OVAL e moldado à mão com fisos de contorno. No primeiro estágio o cartão é picotado e liquidificado, formando uma massa de celulose, à qual se adiciona um adesivo – e é finalmente tornado resistente à água, após a secagem. A textura da fruteira lembra os efeitos de luz e sombra do sol batendo sobre a terra arada nas montanhas. Design: Domingos Tótora Fabricação: Domingos Tótora Materiais / Técnica: cartão reciclado e aço
OVAL FRIZZED CENTERPIECE, 2007 The OVAL centerpiece is hand-molded with contour friezes. In the first stage the cardboard is shredded and blended, forming a cellulose pulp, to which is added adhesive, and then the whole is dried and waterproofed. The texture of the fruit bowl mimics the effects of light and shadow cast by the sun over plowed land in the mountains. Design /Manufacturer: Domingos Tótora Material / Technique: recycled cardboard and steel Size: 52cm x 34cm x 11cm
BANCO SOLO, 2010 Moldado à mão, o banco SOLO tem um assento sólido feito de uma massa de cartão reciclado. A “matéria-prima” é encharcada em água e a seguir liquidificada, resultando numa pasta de celulose à qual se adiciona uma base ligante de cola branca. A textura telúrica e o formato de seixos do assento remetem à natureza, a grande inspiração para o design – com uma abordagem sustentável que guia o trabalho de Tótora. Design: Domingos Tótora Fabricação: Domingos Tótora Materiais / Técnica: cartão reciclado e aço Prêmios: 1o lugar design de mobiliário, 24o Prêmio Design MCB, São Paulo, 2010 Brit Insurance Design of the Year 2011, London Design Museum
SOLO BENCH, 2010 The hand-crafted SOLO bench has a solid seat made from recycled cardboard mass. The “raw material” is allowed to soak in water and is then blended in a mixer, creating a cellulose bulk to which is added a white glue binder basis. The telluric texture and gravel format of the seat refers back to nature, the overriding design inspiration – and the sustainable approach that guides Tótora’s work. Design / Manufacture: Domingos Tótora Material / Technique: recycled cardboard and steel Size: 210cm x 64cm x 43cm Awards: 1st place furniture design, 24th MCB Design Award, São Paulo, 2010 Brit Insurance Design of the Year 2011, London Design Museum
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Grรกficos Poloneses
Polish Graphic Designers
DESIGNERS GRAFICOS & SEUS CARTAZES THE GRAPHIC DESIGNERS AND THEIR POSTERS
DESIGNERS GRAFICOS & SEUS CARTAZES THE GRAPHIC DESIGNERS AND THEIR POSTERS
DESIGNERS GRAFICOS & SEUS CARTAZES
THE GRAPHIC DESIGNERS AND THEIR POSTERS
Convidamos para participar neste projeto dez designers gráficos contemporâneos, cinco poloneses e cinco brasileiros, onde cada um deles recebeu a tarefa de realizar dois cartazes promovendo Polônia Brasil respectivamente. Naturalmente, ficamos curiosos com o resultado do que seria criado, quais informações, comentários e reflexões seriam transmitidos, como seria apresentada a Polônia pelos poloneses e o Brasil pelos brasileiros? E, como os poloneses imaginam o Brasil, e os brasileiros imaginam a Polônia? O que contarão os poloneses sobre o Brasil e o que dirão os brasileiros sobre a Polônia? Qual é o conhecimento, a ideia que eles têm sobre seus próprios países? O que eles pensam um sobre o outro, sobre o distante? Até que ponto eles vão confiar nas primeiras impressões, se irão resistir aos estereótipos, ou farão suas próprias pesquisas?
We invited ten contemporary graphic designers to join the project, five from Poland and five from Brazil. Each of them was asked to design two posters, one promoting Poland, and the other – Brazil. We wondered what would appear on the posters, what kind of information, comments, or reflections they would include. What would be the Polish designers’ takes on Poland, and Brazilians’ on Brazil? What would the Poles have to say about Brazil, and the Brazilians about Poland? What knowledge and what ideas do they have about their own countries? What do they think about the other one, so far away? How much would they trust their first associations, and would they resist stereotypes, or conduct their own research?
Como curadores, não impusemos qualquer limite aos designers além do tema do diálogo entre o design polonês e o design brasileiro, nossa intenção foi provocar uma espontânea troca de reflexão. Cada artista cria um díptico onde, de um lado se apresenta o cartaz da Polônia e do outro, o cartaz do Brasil. Estas duas obras irão fornecer comentários individuais de cada um dos dez designers, quão interessantes serão as relações sugeridas por eles e qual a possibilidade de encontrarmos as características nacionais comuns e as diferenças entre as duas escolas. Os designers através do seu trabalho deverão promover um diálogo onde se “discutem” as suas atitudes pessoais frente a Polônia e o Brasil e estabelecer uma conversa geral envolvendo os colegas da mesma nacionalidade e do outro país. Estes cartazes contemporâneos irão também estabelecer um diálogo com a parte histórica da exposição, ou seja, com os cartazes poloneses turísticos produzidos nos anos 60 e 70, alguns pertencentes ao cânone da escola polonesa de arte do cartaz, símbolos de um fenômeno artístico particular único no mundo ocorrido durante a segunda metade do século XX. Ewa Solarz
As the curators, we did not impose any framework on the graphic designers other than the dialogue between Polish and Brazilian design. Our plan was to spark a natural exchange of reflections. Each artist created a diptych – their poster of Poland will be presented next to their poster of Brazil. These two works will provide individual statements by each of the ten designers. The relationship that emerges between Polish and Brazilian graphics is fascinating – will it be possible to find shared national traits or detect different schools? Through their work, the designers will establish a dialogue in which they express their personal attitudes towards their own country, and strike up a conversation with colleagues from country and another. The contemporary posters will also form a dialogue with the historical part of the exhibition, the Polish tourist posters from the 1960s and 70s. Some of these are part of the canon of Polish School of Poster art, an artistic phenomenon that was unique in the world in the latter half of the twentieth century. Ewa Solarz
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ROBERT CZAJKA Nascido em 1978. Em 2002 formou-se em pintura pela Academia de Belas Artes de Varsóvia. Trabalha como designer gráfico e ilustrador e também pratica a pintura. Entre 2008 e 2010 trabalhou como coeditor e designer gráfico da publicação trimestral “Czarodziejska Kura”. Em 2010 fundou a empresa Ringo, para a qual projeta brinquedos infantis feitos de papel, como a “Cidade de Papel” inspirado pela estética da era comunista. Vive e trabalha em Varsóvia. Born in 1978. In 2002 he took his diploma at the Painting Department of the Academy of Fine Arts in Warsaw. He works as a graphic designer and an illustrator. He also paints. In 2008–2010 he co-published and designed the Czarodziejska Kura [Enchanted Hen] quarterly. In 2010 he founded Ringo, for which he designs paper toys for children, such as “Paper City,” inspired by the People’s Republic aesthetic. He lives and works in Warsaw.
Os Cartazes Polônia e Brasil representam paisagens de dois países organizados a partir das letras que compõem seus nomes em suas línguas nativas. Um conjunto de duas formas semelhantes e abstratas de letras criam duas paisagens distintas: A Polônia com sua planície verde e a costa brasileira com ilhas que emergem do oceano e suas cidades nos morros. Posters Polska / Brasil represent the scenery of two countries arranged from the letters making up their names in their native language. The set of two similar, abstract shapes of letters creates two different landscapes: Poland and Brazil. Poland with the green plain and Brazilian coast with islands emerging from the ocean and the city on the hills.
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MAŁGORZATA GUROWSKA Nascida em 1977. Trabalha na área gráfica, desenho, vídeo arte e instalação. É formada pela Academia de Belas Artes de Varsóvia onde trabalha atualmente e também uma das idealizadoras da Fundação “Fundacja Sztuczna”. Em seu trabalho se concentra em questões de ordem social, política e em particular, descreve criticamente a relação entre o homem e os animais. Suas obras fazem podem ser classificadas como pós-humanismo, é vencedora de inúmeros prêmios nacionais e internacionais além de ter apresentado seu trabalho em várias exposições dentro e fora da Polônia. Vive e trabalha em Varsóvia. Born in 1977. She works in graphic design, drawing, video art, and installations. She is a graduate and employee of the Academy of Fine Arts in Warsaw. She has co-created the Sztuczna Foundation. Her work focuses on social and political issues, particularly critical descriptions of relationships between people and animals. Her work might be called post-humanist. She has won both Polish and international awards, including numerous exhibitions at home and abroad. She lives and works in Warsaw.
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Otimização é um termo da economia que faz referência à maximização dos lucros e minimização dos custos, também define e descreve a presente relação do homem com os animais, exceto o amor de animais de estimação, que muitas vezes recebem o status de um membro da família. Há uma diferença entre a atitude para com os animais de estimação e outros animais. O dualismo se reflete no tratamento de animais que expressam uma justaposição de duas silhuetas reconhecíveis, um gato selvagem, a onça negra brasileira e o cão selvagem, o lobo cinzento da Polônia. Ambas espécies estão em perigo e estritamente protegidas. As obras se completam, mas obviamente não exploram a complexidade da questão da “relação do homem com os animais” o e seus muitos aspectos, políticos, económicos, psicológicos, e acima de tudo, éticos. No território da Polónia e Brasil, podemos encontrar muitas espécies animais ameaçadas. Esta atitude antropocêntrica torna legitimo o tratamento de outras espécies, animais não-humanos, objetivando e discriminando-os no campo mais importante, o direito à vida e à liberdade. -
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Optimization, an economical term referring to maximizing the profits and minimizing the costs, defines and describes the present relationship of man and the animals (except the love for pets, which often are assigned the status of a family members). There is a gap between the attitude towards the pets and the other animals. I expressed this dualism in the treatment of animals in the juxtaposition of two recognizable silhouettes: wild cat - black jaguar, a resident of Brazil and wild dog - the gray wolf, a Polish citizen. Both of these species are endangered and strictly protected. The works complement each other, but do not explore of course, a complex issue of the “man’s relation to animals” and its many aspects - political, economical, psychological, and above all ethical.
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On the territory of Poland and Brazil, we can find many endangered species of animals. This anthropocentric attitude legitimizes treating other species, non-human animals, objectively and discriminating them in the most important field - the right to life and freedom.
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MARTA IGNERSKA Nascida em 1978 em Lublin. Designer gráfica, ilustradora e autora de filmes de animação, formou-se em 2005 pela Academia de Belas Artes de Varsóvia, no departamento de Criação Artística em Multimídia e do Design de Livros. Duas vezes vencedora de um dos mais importantes prêmios na área de design gráfico e ilustração, o Bologna Ragazzi Award e três vezes vencedora do prêmio Livro do Ano IBBY. Vive e trabalha em Varsóvia. Born in 1978 in Lublin. She is a graphic designer, drawer, and animated filmmaker. In 2005 she graduated from the Multimedia Art Studio and Book Design Studio of the Academy of Fine Arts in Warsaw. She has twice won one of the most important graphic design and illustration prizes, the Bologna Ragazzi Award. She is a three-times-winner of the IBBY Book of the Year graphic art award. She lives and works in Warsaw.
É difícil de encontrar e representar graficamente temas como a Polónia e Brasil. Ocorreu-me expressá-los através de alguma forma de luz. Polónia e Brasil são as palavras de um significado muito amplo assim, aproximei os dois países criando a situação: um homem polonês e um brasileiro. Ou um pássaro, como você preferir. A curiosidade é típica nas crianças e se conseguirmos salvá-la, seremos capazes de entender mais. Nós somos, afinal de contas, um resumo de nossas experiências. Ou talvez não? As aves estão interessadas umas nas outras porque elas são diferentes, mas elas são realmente diferentes?
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It’s hard to find and capture in one graphical motif such subjects as Poland and Brazil. It seemed to me that it might be expressed in some light form. Poland and Brazil are the words of a very broad meaning – so narrowed them to one situation: one man from Poland and one from Brazil. Or a bird – if you prefer. Curiosity is typical for children. If we manage to save it, we are able to understand more. And we are, after all, the summary of our experiences. Or perhaps we are not? The birds are interested in each other, because they are different. But are they really that different?
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TYMEK JEZIERSKI Nascido em 1983. Um dos principais e mais conhecidos ilustradores e desenhistas de cartazes da Polônia já que a originalidade de suas obras aparece regularmente em numerosos jornais e revistas polonesas é também coautor de uma aclamada novela gráfica sobre o Levante de Varsóvia de 1944. Suas ilustrações para cartazes de shows de música independente e capas de discos lhe garantiram muitos seguidores na Polônia e no exterior. Vive e trabalha entre Varsóvia e Estocolmo. Born in 1983. One of Poland’s leading and best-known illustrators, drawers, and poster artists. His unique works regularly appear in numerous Polish periodicals and magazines. He co-authored an acclaimed graphic novel about the 1944 Warsaw Uprising. His independent music concert posters and album-cover art have gained him a wide following in Poland and abroad. He lives and works in Warsaw and Stockholm.
No Brasil existe uma estátua do Cristo Redentor localizada na cidade do Rio de Janeiro. A medida da altura do monumento não incluindo o pedestal é de 30 metros. Apenas 30 metros! Os moradores da cidade polonesa de Swiebodzin não ficaram satisfeitos com o tamanho do monumento e decidiram fazer algo sobre isso. A estátua de Cristo não pode ter apenas 30 metros de altura! Portanto, Jesus Cristo Rei do Universo, como o título diz tem 33 metros! E uma coroa dourada. Ele oferece uma visão geral das aldeias e dos campos polacos. Finalmente, podemos dar um suspiro de alívio pois registramos o recorde mundial para a mais alta estátua de Cristo! Obrigado Swiebodzin! Brazil has a statue of Christ the Redeemer in Rio de Janeiro. The monument (not including the pedestal ) is 30 meters high. Only 30! The residents of Polish town of Swiebodzin decided that this is a very poor result and took some action. The statue of Christ cannot be only 30 meters high! Therefore Jesus Christ the King of the Universe, as the title says, has 33 meters! And a golden crown. He overviews the Polish villages and fields. Finally we can breathe a sigh of relief. We scored the world record for the tallest statue of Christ! Thank you Swiebodzin!
GRÁFICOS POLONESES POLISH GRAPHIC DESIGNERS
DAWIDRYSKI.PL
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DAWID RYSKI Nascido em 1982 é também conhecido como Talkseek ou Risky. Ilustrador, designer gráfico e músico, e por formação, um designer de paisagens. Trabalha para a indústria de confecção e cria ilustrações para jornais e revistas polonesas e estrangeiras além de cartazes para shows e capas de discos. É baterista de uma banda punk chamada The Black Tapes e juntamente com sua esposa Anula, integram o coletivo de ilustradores Pinata Unique. Em 2015 teve seu primeiro livro infantil “Alphabetics” editado pela prestigiosa editora alemã Gestalten. Vive e trabalha em Puławy. Also known as Talkseek or Risky, he was born in 1982. He is an illustrator, graphic artist, and musician. By education he is a landscape artist. He has made countless press illustrations, concert posters, album covers, and graphics for clothing companies. He plays the drums for the punk group The Feral Trees. He and his wife Anula making up a drawing collective, Pinata Unique. Last year saw the premiere of his first children’s book, Alphabetics, with the prestigious German publishing house Gestalten. He lives and works in Puławy.
Foi muito difícil para mim encontrar um ponto comum entre a Polônia e Brasil. A única associação que me ocorreu foi uma abordagem semelhante, quase fanática ao futebol. Entretanto, como eu ainda não sei o que é um “extremo”, imaginei que poderia ser um engano de minha parte. Eventualmente, foquei em temas que poderiam ser muito mais interessantes graficamente. No caso da Polónia eu trabalhei com o Festival de Lajkonik, buscando fazer uma referência de alguma forma para ao cartaz de Henryk Tomaszewski de 1966, que também faz parte da exposição. O cartaz brasileiro representa um músico de rua, acompanhado por um tucano, uma das aves simbólicas do Brasil. It was very hard for me to find a common point between Poland and Brazil. The only association that occurred to me was similar, almost fanatical approach to football. Since I still don’t know what the “offsite” is, I decided that using the motif of football could be unfair of me. Eventually, I focused on topics that can be much more interesting graphically. In case of Poland I used the festivity of the lajkonik. I wanted to refer to the poster of Henryk Tomaszewski from 1966, which is also part of the exhibition. The Brazilian poster represents a street musician, accompanied by a toucan, a symbolic bird of Brazil.
GRÁFICOS POLONESES POLISH GRAPHIC DESIGNERS
Grรกficos Brasileiros
Brazilian Graphic Designers
BRUNOPORTO.COM
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BRUNO PORTO Bruno Porto é designer gráfico, ilustrador e educador com um corpo consistente de trabalho de design editorial e de cartazes, que já foi exposto nas Américas, Ásia, África e Europa. Faz parte de conselhos de diversas associações brasileiras e latino-americanas de design, ilustração, tipografia, e de instituições governamentais, além de frequentemente tomar parte de juris nacionais e internacionais. Fez curadoria de design gráfico e artes visuais para exposições apresentadas em diversas cidades do Brasil, China, Colômbia, Alemanha, Reino Unido, Vietnã e Venezuela. Autor de sete livros sobre design gráfico, nas duas ultimas décadas lecionou no Rio de Janeiro, Xangai e Brasília, aonde atualmente coordena o curso de design do Centro Universitário IESB. Bruno Porto is a graphic designer, illustrator and educator with a consistent body of work in editorial and poster design, which has been exhibited in the Americas, Asia, Africa and Europe. He sits on advisory boards of several Brazilian and Latin American design, illustration and typography associations and government institutions, and has frequently taken part in design juries of international awards and national project competitions. He has curated graphic design and visual arts exhibitions in many cities of Brazil, China, Colombia, Germany, United Kingdom, Vietnam and Venezuela. An author of seven books on graphic design, for the last two decades he has lectured in Rio de Janeiro, Shanghai and Brasília, where he currently heads the Graphic Design course of Centro Universitário IESB.
Brasil e Polônia: o gramado do vizinho é sempre mais verde. Isso significa que não conhecemos nosso vizinho tanto quanto deveríamos. Embora eu tenha de fato alguns queridos amigos poloneses, minha percepção de seu país, seu povo e sua cultura é cheia de clichês – provavelmente incorretos na sua maioria e em muitas formas, “mais verdes”. Estou certo que eles nos olham – o povo e a cultura brasileira – da mesma forma. Portanto é assim que eu nos enxergo: pessoas olhando para outra cultura e achando que ela é mais verde. Mas o verde dos seus gramados diminui – tornando-se mais real – há medida que aprendemos mais um sobre o outro, e eu penso que Diálogo Design: Polônia Brasil é um belo esforço nesta direção. Brazil and Poland: The Grass Is Always Greener on the Other Side of the Fence. This means that we don´t know our neighbor as well as we should. Although I actually have a couple of dear Polish friends, my perception of their country, their people, and their culture is filled with clichés – most of them probably incorrect and, in many ways, “greener.” I´m sure they look at Brazilian people and culture in the same manner. So that´s how I see us: people looking at someone else´s culture and thinking it’s greener. However, the greenness of their grass decreases – becomes more real – as we learn more about each other, and I think Design Dialogue: Poland Brazil is a beautiful effort in that direction.
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ESTUDIOMOLA.BIZ
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ESTUDIO MOLA
O rio Vístula, que corta o país, desenha as veias de um coração pulsante, vivo. A Polônia, com toda sua história de luta e resistência, com suas diferentes expressões de rica cultura, também brindou o mundo com históricos designers gráficos e seus cartazes de sensibilidade profunda, áspera e questionadora. As camadas de um fundo cinza e tons mais escuros são rompidas pelo vermelho forte, com atenção total ao tempo presente, como o olhar de Wislawa Szymborska. A percepção aguçada do olhar polonês já é conhecida no mundo. Só nos resta admirar.
Estudio Mola é uma empresa criativa orientada pelo design focada em resultados inovadores e significativos. Com seis anos de existência, seu portfolio tem um amplo perfil de clientes e projetos. Seu trabalho se propõe a empoderar marcas através de planejamento estratégico, mostrando sempre grande impacto visual. Com uma rede de profissionais especializados em áreas diversas, cria equipes multidisciplinares adequados ao perfil de cada projeto, com o objetivo de alcançar a visão mais diversificada possível. Estudio Mola is a design-oriented creative company focused on meaningful and innovative results. Over six years of existence, its portfolio has built up a wide range of projects and client profiles. Their work is set to empower brands through strategic planning, always showing great visual impact. With a network of professionals specialized in specific areas, it creates multidisciplinary teams suitable for each design’s profile, targeting the most diversified view possible.
The Vistula River, which bisects the country, pumps the lifeblood of a beating heart. With its history of struggle and resistance and the various expressions of its rich culture, Poland also brought historic graphic designers and their posters to the world, with their deep, rough, and probing sensibilities. The layers of gray and dark background broken by the strong red focus on the present, like the gaze of Wisława Szymborska. The awareness of the Polish gaze is world renowned. All we can do is admire it.
Está sempre lá. Às vezes tímido, um pouco inocente, um tanto desgastado, quase sempre largo. Raramente se esconde. O sorriso, sempre esperançoso, talvez seja o nosso ícone maior. O brasileiro sorri para quem chega, chora por quem vai, dança quando dá na telha. Porque é assim, à flor da pele com tudo que o toca. Num contraste com a realidade áspera do primeiro plano, o sonho de um horizonte auspicioso sempre encontra espaço. Otimista por natureza, o brasileiro não tira o sonho da boca. It is always there. Sometimes shy, a bit innocent, somewhat worn out, and usually wide open. Rarely hidden. The smile, always full of hope, is perhaps is our iconic symbol. Brazilians smile at new arrivals, cry for those who go away, and dance without a care for the future. They become emotional about everything they come across. Besides the harsh reality of the foreground, there is always room for dreams of the coming horizon. Optimistic by nature, the Brazilian dreams in words.
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WWW.MINIRIO.COM.BR WWW.FLICKR.COM/FLOPEZDESIGN WWW.ISSUU.COM/FABIOLOPEZ
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FABIO LOPEZ Fabio Lopez é um designer gráfico independente, bacharel e mestre em design pela ESDI/UERJ, e professor da PUC -Rio. Em 2015 publicou o projeto mini Rio, um tributo e um extenso exercício de representação visual que resultou na criação de mais de 200 pictogramas e patterns sobre o Rio de Janeiro. Fabio trabalhou na criação da marca dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e desenvolveu a identidade visual do Centro Carioca de Design. Ele também desenvolveu os projetos ‘War in Rio’, ‘Bando Imobiliário Carioca’ e ‘Batalha na Vala’ – uma tríade de paródias que debatem o tema da violência urbana no Rio de Janeiro. Atualmente Fabio é membro do corpo de curadores da Bienal Tipos Latinos e desenvolve selos para os Correios do Brasil. Fabio Lopez is an independent Brazilian graphic designer, with Bachelor’s and Master’s degrees at ESDI/UERJ and a professorship at PUC-Rio. In 2015 he published the mini Rio project, a tribute and an extensive exercise of visual representation that resulted in the creation of more than 200 pictograms and patterns about Rio de Janeiro. Fabio has worked in creating the ‘Rio 2016’ Olympic Games brand and developing the visual identity of Centro Carioca de Design, development agency and promotion space of Rio’s design. He also developed the “War in Rio,” “Bando Imobiliário Carioca,” and “Batalha na Vala” projects – a triad of parodies that debate the issue of urban violence in Rio de Janeiro. Currently Fabio is a member of the curator board of Bienal Tipos Latinos and designs stamps for the Brazilian post office.
A dupla de cartazes faz uso de elementos gráficos, textuais e cromáticos da simbologia nacional de ambos os países, construindo um discurso crítico sobre aspectos que o autor julga merecedores de atenção. O cartaz sobre a Polônia constitui uma representação da recente guinada política de orientação conservadora no país da Europa Central, usando para isso a águia do brasão polonês refletida para a direita, com uma lateral coberta e com olhos vendados. Já o cartaz sobre o Brasil critica a profunda desigualdade social do país, curiosamente representada na própria bandeira nacional, onde estrelas ocupam de maneira bastante mal distribuída uma abóbada celeste. Complementa o trabalho um texto criado a partir da remontagem de trechos do hino nacional, reforçando a ideia de má distribuição e privilégios. This pair of posters uses of graphics, text, and national symbols from either country, critiquing aspects that the artist wants to bring to our attention. The Polish poster depicts the recent conservative political shift. It uses the eagle from the Polish national emblem, but turns it to face the right, with one side covered and blindfolded. The poster on Brazil criticizes the country’s deep social inequality, represented by their own national flag. The stars are unfairly distributed in the skies, which the poster depicts as worm-eaten and scratched. The work also contains text taken from the national anthem, addressing poor income distribution and historical privileges.
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GRANDECIRCULAR.COM
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GRANDE CIRCULAR Grande Circular é uma empresa de design gráfico criada em Brasilia em 2010 e focada em trabalhar a imagem do cliente através de soluções visuais estratégicas. Procuram interpretar, internalizar e sintetizar valores através de projetos realizados de forma calorosa e com personalidade, desenvolvendo identidades visuais, projetos editoriais, ilustração, embalagem, tipografia, infográficos, cenários e multimídia. -
A Polônia é um país que preservou não só muitos de seus aspectos culturais como também interveio na natureza de forma mais harmônica. Isso é visível nas construções históricas que têm uma ordem e delicadeza com amplo espaço natural no seu entorno, cenários exuberantes que às vezes beiram a fantasia. Parecem irreais, de brinquedo. Exageramos essa percepção na composição através de formas geométricas que compõem tanto a arquitetura quanto a área natural que cerca suas construções.
Grande Circular is a graphic design firm created in Brasilia in 2010 and focused on developing customer image through strategic visual solutions. They seek to interpret, internalize, and synthesize values through a project run with warmth and personality, developing projects for visual identity, editing, illustration, packaging, typography, infographics, set design, and multimedia.
Poland is a country that has preserved its cultural heritage, and meddled with nature in a more harmonious way. This is visible in the historical buildings surrounded by lots of natural space. The lush scenery sometimes verges on the fantastical and appears almost unreal. This perception is exaggerated in my composition of geometric shapes, depicting both the architecture and the surrounding nature.
O Brasil, um país gigante que cresceu desordenadamente, possui paisagens e ambientes naturais em abundância. Talvez por essa abundância de recursos naturais, a intervenção humana muitas vezes não respeita nem preserva a natureza, sendo feita de forma muito orgânica. O cenário genérico brasileiro apresenta suas belas praias cercadas de edifícios. Mais afastadas, estão as comunidades menos favorecidas, evidenciando uma desigualdade social que resulta nesses cenários típicos e interessantes. Brazil, a giant country that grew in a disorderly fashion, abounds in landscapes and natural environments. Perhaps because of this abundance of natural resources, human intervention often does not respect and preserve nature in its original form. The beautiful beaches surrounded by buildings are a typical facet of the Brazilian scenery. Furthermore, there are disadvantaged communities and visible social inequality.
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RICOLINS.COM
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RICO LINS Rico Lins graduou-se pela ESDI em 1979, obteve o seu mestrado no Royal College of Art em Londres, e é membro da AGI – Alliance Graphique Internationalle, com uma longa carreira internacional que combina atividades profissionais e educacionais. Designer, diretor de arte, ilustrador, educador e curador, trabalhou para diversas grandes empresas e editoras nas três ultimas décadas entre Paris, Londres, Nova Iorque, Rio e São Paulo. Como educador, dando aulas e oficinas de criação no Brasil e no exterior, foi professor na NY School of Visual Arts e coordenou o Mestrado em Design Gráfico no Istituto Europeo de Design SP. Publicado internacionalmente em grandes revistas e livros especializados, recebeu entre outros prêmios as medalhas de ouro do NY Art Directors Club e da Society of Publication Designers. Rico Lins graduated from ESDI in 1979, got his Master’s degree at the Royal College of Art in London, and is a member of AGI – Alliance Graphique Internationalle, with a long international career combining professional and educational activities. A designer, art director, illustrator, educator and curator, he has worked in the past three decades between Paris, London, New York, Rio and São Paulo for numerous big companies and publishers. As an educator, he gives lectures and creative workshops in Brazil and abroad, he has been a professor at the NY School of Visual Arts, and he coordinated the Master’s Program in Graphic Design at the Istituto Europeo de Design SP. Internationally published in major magazines and specialty books, his awards have included gold medals from the NY Art Directors Club and the Society of Publication Designers.
Rico Lins © 2016
Viajar e conhecer novos lugares é nutrir memórias e reminiscências. Quando visitei a Polônia no final dos anos 70, era um jovem apaixonado pelos cartazes poloneses e comprei vários deles em feiras públicas em Poznan e Varsóvia. Fiquei encantado ao perceber que eram acessíveis a meus olhos, mãos e bolsos. A Estátua de Cristo Rei em Świebodzin, na Polônia, e o Cristo Redentor no Rio de Janeiro, convidam de braços abertos tanto fiéis quanto turistas. Tratam-se de cartões postais de gigantescos formatos que se assemelham e competem em suas majestades, tamanhos, pesos e envergaduras. Símbolos dos dois países, pontos de contato no imaginário turístico dos estrangeiros, ambos convidam a conhecer seus países de origem. -
Rico Lins © 2016
Traveling and seeing new places nurtures memories and reminiscences. When I visited Poland in the late 1970s, I was a young man in love with Polish posters, and bought several of them at fairs in Poznań and Warsaw. I was delighted to see that they were accessible to my eyes, hands, and wallet. The Christ the King Statue in Świebodzin, Poland and Christ the Redeemer in Rio de Janeiro invite both pilgrims and tourists with open arms. These are giant-format postcards that resemble each other and compete in majesty, size, weight, and wingspan. Symbols of the two countries, landmarks in foreign tourists’ imaginations, both invite people to visit their countries!
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ORGANIZADOR / ORGANIZER
TRADUÇÃO / TRANSLATION
Culture.pl
Aleksandra Pluta PT Alessandro Gagliardi PT Soren Gauger EN
COLABORAÇÃO / IN COLLABORATION WITH The Spirit of Poland CURADORES / CURATORS
IMPRESSÃO / PRINTING Centrum Usług Drukarskich Henryk Miler
Magda Kochanowska Gabriel Patrocínio Ewa Solarz GERENCIAMENTO DE PROJETOS / PRODUCTION Monika Brauntsch Weronika Rochacka Gagliardi www.spiritofpoland.pl DESIGN DA EXPOSIÇÃO / EXHIBITION DESIGN Dorota Kabała | www.wedesignforphysicalculture.com Krystian Kwieciński | www.krystiankwiecinski.com IDENTIFICAÇÃO VISUAL / VISUAL IDENTIFICATION UVMW | www.uv-warsaw.com O autor da fonte Alergia, utilizada na identificação visual da exposição, é Mateusz Machalski | www.machalski.wtf UVMW | www.uv-warsaw.com The author of the Alergia font, used in the visual identification of the exhibition, is Mateusz Machalski | www.machalski.wtf EQUIPE DO INSTITUTO ADAM MICKIEWICZ / ADAM MICKIEWICZ INSTITUTE TEAM Barbara Krzeska POLSKA DESIGN PROJECT MANAGER Dorota Kwinta POLAND - BRASIL 2016 PROJECT MANAGER Karolina Babij Mirosława Kopka Karolina Małaczek Katarzyna Mitrovič Iwona Łopacińska Nitzan Reisner
ISBN 978-83-945191-0-0 © Adam Mickiewicz Institute, Warsaw 2016 © The Spirit of Poland, Warsaw 2016 A exposição é organizada pela Culture.pl como parte do programa para promover o design polonês em todo o mundo. The exhibition is organized by Culture.pl as part of its program to promote Polish design worldwide.
Presidente / President Carlos Alberto Gouvêa Chateaubriand Museu de Arte Moderna Rio de Janeiro
Vice-presidente / Vice President João Maurício de Araujo Pinho Filho
Av Infante Dom Henrique 85 Parque do Flamengo 20021-140 Rio de Janeiro RJ Brasil mamrio.org.br facebook/museudeartemodernarj twitter/mam_rio instagram.com/euvoceeomam youtube.com/mamriodejaneiro
Diretor / Director Luiz Schymura
Mantenedores / Sponsors Petrobras Bradesco Seguros Light Organização Techint Parceiros / Partners Bolsa de Arte do Rio de Janeiro Credit Suisse Hedging-Griffo IP Capital Partners Revista Piauí Salta Elevadores Lei de Incentivo à Cultura Ministério da Cultura
Conselho Deliberativo / Deliberative Council Armando Strozenberg Carlos Alberto Gouvêa Chateaubriand Demósthenes M. de Pinho Filho Elisabete Carneiro Floris Gilberto Chateaubriand PRESIDENTE / PRESIDENT Gustavo Martins de Almeida Heitor Reis Helio Portocarrero Henrique Luz João Maurício de Araujo Pinho VICE-PRESIDENTE / VICE PRESIDENT João Maurício de Araujo Pinho Filho Joaquim Paiva José Olympio Pereira Kátia Mindlin Leite Barbosa Luis Antonio de Almeida Braga Luiz Carlos Barreto Luiz Schymura Nelson Eizirik Paulo Albert Weyland Vieira Paulo Roberto Ribeiro Pinto Curadorias / Curatorship Fernando Cocchiarale ARTES PLÁSTICAS / VISUAL ARTS Fernanda Lopes ASSISTENTE / ASSISTANT Ricardo Cota CINEMATECA / FILM ARCHIVE Elizabeth Catoia Varela PESQUISA E DOCUMENTAÇÃO / RESEARCH AND DOCUMENTATION
Tulio Mariante DESIGN Luiz Pizarro EDUCAÇÃO E ARTE / EDUCATION AND ART
Museologia e Montagem / Museology and Setting Up Veronica Cavalcante Cátia Louredo Fátima Noronha Cosme de Souza José Marcelo Peçanha Produção e Salão de Exposições / Production and Exhibition Hall Julliana dos Santos e Silva Lucia Meneghini Eduardo Ribeiro Ana Paula Pinheiro Jucelia de Karla Souto Juliana Mercês Lima Sócios e Parceiros / Associates and Partners Alessandro Hage Design Mariana Boghossian Rafael Rodrigues Alice Assaf MÍDIAS SOCIAIS / SOCIAL MEDIA Matheus Freitas VÍDEO / VIDEO Cinemateca / Film Archive Carlos Eduardo Pereira Fábio Vellozo Edson Gomes Sidney de Mattos Pesquisa e Documentação / Research and Documentation Cláudio Barbosa Maurício Sales Verônica de Sá Ferreira Aline Siqueira Flávio Augusto ESTAGIÁRIOS / TRAINEES
Coordenadorias Henrique Andrade Oliveira ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS / MANAGEMENT AND FINANCES
Claudio Roberto OPERAÇÕES E EVENTOS / OPERATIONS AND EVENTS
Hugo Bianco PRODUÇÃO E SALÃO DE EXPOSIÇÕES / PRODUCTION AND EXHIBITION HALL
Claudia Calaça MUSEOLOGIA E MONTAGEM / MUSEOLOGY AND SETTING UP
Carla Marins DESIGN Hernani Heffner CONSERVAÇÃO CINEMATECA / FILM ARCHIVE PRESERVATION
Amanda Mercadante Ana Carolina Pazo Arthur Chaves Hannah Basilio Maria Eduarda de Oliveira Samantha Deodato Tadeu Ribeiro
Administração e Finanças / Management and Finances Cláudio Pereira Eduardo Gomes Chaves Sandra Borges dos Santos Marcelo Barbara Marcio Oliveira Evelin Damascena Glayton Lisboa José Geraldo Avelino Luiz Carlos dos Santos Neuza Pinheiro Valdir Monteiro Leocádio Tereza Cristina Vasconcelos Operações e Eventos / Operations and Events Claudio Roberto Elvis de Oliveira Rodrigues João Elias de Almeida Marcelo Antonio de Almeida Reginaldo Pessanha dos Santos Roberto Monteiro Leocádio Behar Engenharia CONSULTORIA / CONSULTING Recepção / Reception Tânia Nascimento Fabiana Lima Assessoria de Imprensa / Press Office CW&A Comunicação Segurança / Security Transegur Vigilância e Segurança
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