peconheiros projeto de design na AmazĂ´nia
peconheiros – projeto na Amazônia Uma avalanche de açaí brasileiro conquista novos mercados. No entanto, os consumidores ainda sabem muito pouco sobre a fruta em si, como ela é obtida e os efeitos da crescente demanda internacional pelo açaí. Peconheiros é como são chamadas as pessoas que trabalham na colheita, em condições de pouca ou nenhuma segurança, sempre na copa das palmeiras e que, frequentemente, envolvem-se em acidentes. O objetivo do projeto realizado na Amazônia foi aumentar o conforto e a segurança durante o trabalho, em suas escaladas e descidas. Os conceitos e protótipos apresentados na exposição foram desenvolvidos na primeira etapa do projeto. O projeto foi desenvolvido respeitando, sobretudo, a maneira tradicional de coleta de açaí, que representa um tradição cultural importante e também uma significativa fonte de renda para quase 500 mil habitantes da Amazônia. O projeto poderá influenciar a proteção de ecossistemas florestais amazônicos.
sobre a planta O açaizeiro [Assai] - Euterpe oleracea - é uma espécie de palmeira cultivada pelo seu fruto e por seu tronco, que fornece um tipo de palmito. Seu nome vem da adaptação para o português da palavra ïwaca'i tupi que quer dizer “fruta que chora ou expele água”. A Euterpe oleracea é uma palmeira nativa do Brasil, Trinidad e norte da América do Sul, e cresce principalmente em pântanos e várzeas. São palmeiras altas e esguias, com uma altura média de 15 m, podendo alcançar mais de 25 m. Na região amazônica, o açaí é o principal componente da dieta local, onde normalmente é consumido misturado com tapioca ou adicionado a outros pratos, como peixe ou camarão. É servido em todo o Brasil bem como em cafés ao redor do mundo, na forma de sorvete ou suco. Os produtos à base de açaí contêm vitaminas, minerais, aminoácidos e grandes quantidades de antioxidantes e são vendidos em lojas de alimentos saudáveis ou como um suplemento na dieta. O açaí também é utilizado na composição de cosméticos.
conteúdo nutricional O açaí é altamente nutritivo e rico em antioxidantes quando comparado às outras frutas. 100 gramas de pó de açaí seco contêm:
valor energético
533,9 kcal
gorduras (incluindo ácido oleico, ácido palmate e linóleo ácido)
32,5 g
carboidratos
52,2 g
fibras
44,2 g
açucares (monossacarideos)
1,3 g
proteinas
8,1 g
vitamina A
1002 IU
beta caroteno
< 5,0 IU
vitamina C
< 0,1 IU
cálcio
260,0 mg
ferro
4,4 mg
cinzas
3,8 mg
vocabulário açaizal – área de plantio do açaí. cacho / cacho de açaí – parte da planta que contém os frutos e que é retirada no momento da colheita. peconha – tipo de cinta utilizada nos pés. O equipamento é essencial para a escalada das palmeiras na Amazônia. Tradicionalmente feita a partir da folha de palmeira trançada, hoje em dia também é produzida a partir de sacos plásticos. Essa técnica é amplamente utilizada para a colheita de frutos das palmeiras como açaí, bacaba e outros. peconheiro – coletor de açaí, é quem escala a palmeira para recolher os cachos de açaí.
a coleta do açaí Existem dois métodos utilizados na coleta do açaí: usando uma vara – com um gancho afiado preso à extremidade da vara, é possível alcançar e cortar o cacho e descê-lo, permanecendo no chão (ou subindo somente até o meio das palmeiras). Esse método é utilizado apenas por famílias que possuem palmeiras em seus quintais, mas não em açaizais, onde as palmeiras são muito mais altas e a vegetação mais densa, tornando a operação mais difícil. A vara é um método útil para os idosos e pessoas que não podem ou não querem subir as palmeiras subir as palmeiras, escalando as palmeiras – esse método é o mais comum e geralmente é praticado
sem proteção. Os coletores utilizam-se apenas da peconha (cinta de pé) e uma faca ou um facão, geralmente preso nas costas ou na boca. Eles sobem, cortam os cachos e os trazem, deslizando até o solo. De uma só vez o peconheiro pode coletar entre 2 e 5 cachos de árvores vizinhas (com peso total até 14 kg). Eles utilizam as próprias folhas das palmeiras para amarrar os cachos e trazê-los para baixo.
os acidentes Devido a uma crescente demanda por frutos amazônicos, os habitantes locais acabam por escalar as palmeiras mais frequentemente. As condições difíceis e a fadiga resultam em um número crescente de acidentes, além de afetar a saúde dos coletores. Os principais riscos incluem: lesões por ferimento de faca; lesões causadas pela queda da palmeira devido a quebras de troncos; lesões causadas pela perda de controle e consequente queda do coletor devido por exemplo, aos cachos muito pesados, ao estado do tronco, muito molhado ou muito quente; lesões causadas pelo choque com outras árvores no momento da queda; abrasão do torso/peito, pés, antebraços e mãos; mordidas de cobras e picadas e insetos e aranhas; lesões oculares causadas pelo choque com os cachos ou folhas das plantas; lesões permanentes nos pés, pernas e quadril devido à carga excessiva a longo prazo. 92% dos coletores confirmam que o açaí é a principal fonte de receita da família (de 50 a 75% da renda), 89% relataram pelo menos um acidente durante a coleta do açaí, em 54% dos casos, o acidente hospitalizou o trabalhador, 62% dos trabalhadores que sofreram lesões, demoraram de 10 a 60 dias para retornar ao trabalho.
Os riscos são multiplicados quando consideramos que, em apenas um dia, os coletores de açaí (coletivamente) chegam a escalar até 1 milhão de açaizeiros.
contexto global Por milhares de anos, o Açaí foi pouco conhecido fora da Amazônia. No entanto, a partir dos anos 90, abriu-se um caminho desde as aldeias remotas para as grandes cidades em todo o mundo.
de acordo com a W&G Global Trade, as vendas do açaí do Brasil somam U$ 45 milhões por ano, cerca de mil toneladas são mensalmente exportadas por navios. Em 2026, os mercados devem atingir mais de meio bilhão de toneladas ao ano, produção de açaí no Brasil: 2002 - 122.322 tons 2003 - 160.000 tons 2010 - 480.000 tons, 90% do mercado mundial de açaí é abastecido pelo Brasil. Apesar da popularidade global, a maior parte da produção vem dos estados amazônicos do Amapá e do Pará. A produção baseia-se principalmente no extrativismo (frutos coletados das fazendas de cultivo administradas e registradas, os açaizais). No entanto, o aumento da demanda e da produção em escala industrial afeta o cultivo do açaí que, cada vez mais, é plantado em sistemas monoculturais em terras secas.
Boa Vista do Acará O projeto foi realizado em colaboração com a comunidade de Boa Vista do Acará. Boa Vista do Acará é uma pequena comunidade situada no norte do Brasil, com aproximadamente 600 habitantes. Os membros da comunidade produzem, principalmente a farinha de mandioca e a priprioca, um preparado tradicionalmente usado no local como remédio e que, hoje em dia, podemos encontrar em perfumes, cosméticos e como condimento para alimentos. Eles também trabalham na colheita de frutos e castanhas encontrados na floresta, e alguns moradores são especializados na colheita de açaí para a venda. A Associação de Produtores Orgânicos de Boa Vista do Acará (APOBV) existe há quinze anos e é administrada por um presidente escolhido pela comunidade, que coordena a colheita e a venda, além de obter certificados de produção orgânica e planejar todas as atividades. "Optamos por trabalhar em Boa Vista do Acará por ser uma comunidade acolhedora e bem organizada, com experiência anterior em oficinas IDDS organizados pelo MIT.” Monika Brauntsch, Dorota Kabała
o projeto
o projeto etapas de pesquisa do projeto 1. Pesquisa online, incluindo: pesquisa sobre artigos e relatórios disponíveis; entrevistas com arboristas, empresas de equipamentos de escalada em árvores; estudo de vários métodos de escaladas em árvores; entrevistas com botânicos; pesquisa sobre as características de palmeiras e as frutas do açaizeiro, bem como a coleta dos frutos e outras palmeiras. 2. Pesquisa de campo experiência e observações de escaladas de palmeiras de coco (coqueiros); experiências práticas de escalada e observações. 3. Pesquisa de campo em Boa Vista do Acará
experiência e observação de escaladas de palmeiras do açaí (açaizeiro);
observações nas plantações de açaí (açaizeiros) e dos métodos de coleta do açaí;
entrevistas com os peconheiros.
etapas do projeto concepção de ideias;
seleção pelos membros da comunidade das ideias a serem desenvolvidas;
desenvolvimento de protótipos;
protótipo a ser testado pela equipe de design;
melhoria do protótipo;
apresentação dos protótipos aos peconheiros locais, testes e entrevistas;
melhoria do protótipo;
visita a artesãos locais;
apresentação dos protótipos aos peconheiros locais, testes e entrevistas;
melhoria do protótipo;
teste final do protótipo por peconheiros e a equipe de design;
apresentação dos protótipos finais à comunidade, resumo/conclusão.
premissas do projeto melhorar os métodos de coleta tradicionais através da implementação
de proteções ou melhorias adicionais aos equipamentos dos peconheiros, previnindo lesões e melhorando as condições de trabalho dos peconheiros, a fim de manter a posição de mercado dos donos dos açaizais, dos peconherios e suas famílias; as soluções não devem tornar o processo de coleta mais lento, podendo, possivelmente, torná-lo ainda mais rápido; as soluções devem ser desenvolvidas em parceria com a comunidade local. O contexto e as condições atuais devem ser levados em consideração. Elas deverão procurar aproveitar os conhecimentos locais, buscando não interferir nos costumes já praticados. „O projeto foi uma ótima experiência para nós. Alguns dos dispositivos podem ser usados não só para o açaí, mas também para a coleta da outras frutas como pupunha ou bacaba. Eu acho que esses projetos são importantes e benéficos para a comunidade".
José Maria Gomez, membro da comunidade.
as soluções podem ser divididas em três grupos: soluções que podem ser produzidas a partir de recursos naturais,
amplamente disponíveis da Amazônia;
dispositivos a serem produzidos dentro da comunidade local;
produtos que podem exigir tecnologias avançadas e produção
industrial.
produtos â&#x20AC;&#x201C; categoria:
DIY
açaí ninja
protetores de tornozelo e pé Categoria: DIY Material: 1 câmara usada de bicicleta para um par de protetores, 2 pedaços de tecido ou meias usadas. Usuários: peconheiros, donos de açaizais. Contexto: Os pés e tornozelos são as partes mais expostas do corpo no momento da escalada da palmeira; Abrasões nos pés e tornozelos durante a escalada e descida. Causadas também pela peconha; A superfície da palmeira (tronco) que é escalada várias vezes apresenta menos fricção; Em caso de chuva, o tronco da palmeira fica escorregadio e torna a escalada mais difícil; Hoje em dia, é possível usar botas “sete-léguas”, mas elas se desgastam no período de um mês e, por isso, sao classificadas como economicamente inadequadas (cerca de R$ 60 por mês); A bicicleta é um meio comum de transporte e as câmaras estão geralmente disponíveis.
Benefícios imediatos:
Segurar-se com os pés e os tornozelos é mais seguro e mais estável;
Proteção contra abrasões dos pés e tornozelos durante a escalada e a descida;
Acesso mais seguro à copa da palmeira quando o tronco está escorregadio
ou molhado.
Próxima etapa do desenvolvimento do projeto: Testes práticos com o grupo de aproximadamente 30 peconheiros e modificações após os testes.
açaí ninja
protetores de antebraços Categoria: DIY. Material: 1 câmara usada de bicicleta para um par de protetores. Usuários: peconheiros e donos de açaizais. Contexto: O peconheiro, durante a escalada da palmeira, inclinase contra ela com os antebraços e os pés amarrados pela peconha; Pressão muito grande nas regiões dos pés, tornozelos, joelhos e quadris; Abrasões nos antebraços, A superfície da palmeira após várias escaladas, apresenta menos fricção, Em caso de chuva, o tronco da palmeira fica escorregadio, tornando a escalada mais difícil, A bicicleta é um meio comum de transporte e as câmeras estão geralmente disponíveis. Benefícios imediatos: Tensão muscular mais equilibrada, aliviandoa pressão sobre os pés, tornozelos, joelhos e quadris; Proteção dos antebraços contra as abrasões durante a escalada e a descida; Escalada mais segura quando a palmeira se apresenta escorregadia ou molhada. Próxima etapa do desenvolvimento do projeto: Testes práticos com o grupo de aproximadamente 30 peconheiros e modificações após os testes.
flip&roll
protetores de antebraços Categoria: DIY. Material: Um par de chinelos de dedo usados para um par de protetores, fita elástica aprox. 60 cm. Usuários: Peconheiros e donos de açaizais. Contexto: Peconheiro escala a palmeira apenas com as mãos livres e com os pés amarados pela peconha; Pressão excessiva nos pés, tornozelos, joelhos e quadris; A superfície da palmeira, após várias escaladas, apresenta menos fricção; Em caso de chuva, o tronco da palmeira fica escorregadio, tornando a escalada mais difícil; Os chinelos de dedo são um tipo comum de calçados utilizados no Brasil, a maioria das pessoas tem alguns pares. As tiras ficam desgastadas depois de algum tempo de uso e acabam por se desprenderem da sola, inutilizando, assim, seu uso como calçado. Benefícios imediatos:
Tensão muscular mais equilibrada, aliviando a pressão sobre os pés, tornozelos,
joelhos e quadris; Proteção dos antebraços contra abrasões durante a escalada e a descida; Escalada mais segura quando a palmeira se apresenta escorregadia ou molhada.
Próxima etapa do desenvolvimento do projeto: Testes práticos com o grupo de aproximadamente 30 peconheiros e modificações após os testes.
laço da mata
cinto passante com os laços para pendurar o cacho coletado pode se conectar aos produtos Corda da Floresta e Bainha D.B. Categoria: DIY. Materiais: Calça ou cinta e fivela, cordelete com diâmetro de 4-8 mm. Cerca de 40 cm por laço. Usuários: Peconheiros e donos de açaizais. Contexto: O peconheiro recolhe entre 2 a 5 cachos de açaí de uma só vez (peso de até 14 kg); Hoje, o processo de juntar os cachos no topo da palmeira com uso das folhas é demorado; Durante a descida, as mãos do peconheiro estão ocupadas com os cachos, portanto ele controla sua posição apenas com os pés e a peconha. A carga cria tensão extra; As mãos ocupadas do peconheiro afetam o tempo de reação em caso de emergência (insetos, aranhas, cobras, partes mais baixas das plantas, árvores vizinhas, perda do equilíbrio etc.). Benefícios imediatos: Coleta mais segura no topo da palmeira; Reação mais rápida, em uma possível situação de emergência durante a descida; Possibilidade de garantir, com segurança, a posição no topo e durante a descida; Maior facilidade em manter o equilíbrio durante a descida; Prender rapidamente o cacho no laço, em vez de usar a folha.
Próxima etapa do desenvolvimento do projeto: Desenvolvimento de instrução DIY, testes com o grupo de aproximadamente 30 peconheiros, com possibilidade de modificações após os testes.
corda da floresta
cadeirinha de proteção para apoiar a colheita de frutas pode se conectar aos produtos Laço da Mata e Bainha D.B. Categoria: DIY Material: Corda 12-14 mm. 2-3 m por laço. Usuários: Peconheiros, donos de açaizais, donos de pequenas propriedades. Contexto: O açaizeiro cresce em grupos, apenas poucas árvores crescem mais afastadas assim, suas copas ficam mais distantes; O peconheiro, durante uma subida, permanece em uma palmeira, mas pode alcançar a árvore vizinha e chegar até os outros cachos sem a necessidade de outra escalada; Cada subida e a permanência na árvore é fisicamente exigente; Os pequenos proprietários que possuem algumas árvores em casa, as vezes, sobem apenas de 3 a 5 metros e podem alcançar os cachos com uma vara com um gancho na ponta, o que permite arrancar o cacho na sua base; É possível utilizar a cadeirinha de proteção feitaa partir de cordas geralmente destinadas à escalada de pedras.
Benefícios: Permite o descanso no topo da árvore e relaxar as pernas durante a coleta; Coleta mais segura e eficiente com o uso da vara em determinadas alturas. Próxima etapa do desenvolvimento do projeto: Desenvolvimento de instrução DIY, testes com o grupo de aproximadamente 30 peconheiros, com possibilidade de modificações elaboradas a partir desses testes.
produtos – categoria:
produção local dentro da comunidade
vara plus
modificação da vara para açaí utilizadas pelas famílias (pequenos produtores)
Categoria: produção local dentro da comunidade Material: Madeira clara, câmeara usada de bicicleta, vergalhão de aço de aprox. 6 mm – comprimento 80 cm, mola com fio de 2 mm - comprimento 65 cm, 2 pinos. Usuários: Família com palmeiras de açaí em seu terreno Contexto: A altura dos açaizeiros apresenta variações; Em suas casas, os pequenos proprietários que possuem algumas árvores, às vezes, sobem apenas de 3 a 5 metros e podem alcançar os cachos com uma vara com um gancho na ponta, o que permite arrancar o cacho na sua base; A vara, que mede entre 4-10 m de comprimento, geralmente é feita de uma madeira chamada Quaruba; O bastão de tamanho diferente é usado para permitir a coleta de diferentes árvores (cada produtor possui o seupróprio); Segurar e controlar a vara, especialmente com um cacho entre 2-3 kg, pode ser difícil. Benefícios: Permitir a coleta em árvores de diferentes tamanhos; Maior facilidade para arrancar o cacho e controlar a vara; Pode também ser usado para a coleta de outras frutas mais pesadas, como a Bacaba. Próxima etapa do desenvolvimento do projeto: Seleção dos primeiros fabricantes, aproximadamente 5 pessoas de diferentes comunidades. Desenvolvimento do sistema de ajuste. Produção dos protótipos finais com detalhes e possíveis modificações. Comparando diferentes tipos de madeiras e sua disponibilidade dentro dos ecossistemas, a fim de selecionar a melhor madeira para a produção.
bainha D.B.
capa para a faca utilizada para cortar o cacho pode se conectar aos produtos Laço da Mata, Corda da Floresta e Açaí Arnês
Categoria: produção local dentro da comunidade Material: Talo da planta de Guarumã, disponível localmente. Usuários: Peconheiros e donos de açaizais. Contexto: O peconheiro escala a árvore com uma faca ou facão para cortar o cacho; Durante a escalada, o peconheiro mantém a faca presa atrás do cinto, na mão ou na boca; Facas são responsáveis pela maior parte dos acidentes associados à coleta. As lesões, que podem ser fatais, ocorrem tanto nos peconheiros quanto nos ajudantes que os esperam embaixo da palmeira; Técnicas de tecelagem artesanal são amplamente difundidas na populaçao da Amazônia. Benefícios: Maior segurança na coleta do açaí; Eliminação do risco de lesões nos antebraços e minimização o risco de lesões associadas às escaladas com lâminas expostas; Eliminação do risco de ferimento da pessoa/ajudante que aguarda embaixo da palmeira. Próxima etapa do desenvolvimento do projeto: Uma série de protótipos produzidos a partir de diferentes plantas, técnicas e detalhes. Comparação e avaliando os protótipos.
produtos – categoria:
produção industrial
óculos boa vista
óculos ajustáveis para o trabalho em Açaizais. Categoria: produção industrial Material: Plástico, têxtil. Usuários: Peconheiros, donos de açaizais e pequenos produtores com áreas familiares. Contexto: Um dos riscos associados à coleta açaí é o ferimento ocular causado pelo choque entre parte do cacho ou por outras plantas no entorno; Devido à evaporação da umidade corporal, os óculos de segurança padrão existentes, podem ficar embaçados. Benefícios: Eliminar o risco de lesões oculares. Próxima etapa do desenvolvimento do projeto: Verificar a disponibilidade de diferentes tipos de óculos de segurança existentes no mercado brasileiro. Realizar testes preliminares. Selecionar óculos existente e desenvolver modificações no modelo selecionado.
resumo do projeto Está previsto um maior desenvolvimento dos produtos. "Eu acho que as soluções desenvolvidas durante o workshop são muito úteis para os membros da comunidade e, certamente, ajudam a melhorar a segurança” Leandro Teles, presidente da Associação de Produtores Orgânicos de Boa Vista – APOBV Esperamos que, com o aumento da conscientização dos consumidores e o suporte das instituições relacionadas, o projeto possa contribuir para a melhoria das condições de escalada dos peconheiros. "Durante a nossa estada em Boa Vista do Acará, percebemos quão importante é apoiar as formas de cultivo tradicionais e orgânicas. Os designers, em cooperação com o governo local e as organizações, podem contribuir para isso. É crucial, não só para os ecossistemas da vasta região da Amazônia, mas, consequentemente, para todo o planeta ". Monika Brauntsch, Dorota Kabała
peconheiros projeto de design na Amazônia
a equipe do projeto Dorota Kabała – We design for physical culture / designer, gerente de projeto Monika Brauntsch – The Spirit of Poland / designer Carolina M. R. S. Menezes – designer Membros da comunidade de Boa Vista do Acará e, em particular: Adonias, Dione, Dona Betty, Elen, Ivan, José Maria, Junior, Leandro, Luis, Pedro, Ribamar, Seu Valdomiro, Sonia, Zé Maria Agradecimentos especiais ao Fundacentro, Renata Maués e Deborah Leal
design da exposição Dorota Kabała – We design for physical culture / curadora e design da exposição Monika Brauntsch – The Spirit of Poland / curadora e gerente de projeto Sonia Słaboń – Kafti / design gráfico
fotos Monika Brauntsch, Carolina M.R.S. Menezes Parceria:
fontes https://peabiru.org.br/ https://www.iss.nl/fileadmin/ASSETS/iss/Documents/DevISSues/Acai_WEB.pdf http://www.indiana.edu/~rcapub/v31n1/açaí.shtml http://www.futuremarketinsights.com/reports/acai-berry-market http://www.czytelniamedyczna.pl/4195,sklad-chemiczny-i-wlasciwosci-funkcjonalne-jagody-acaieuterpe-oleracea-mart.html
Associação de Produtores Orgânicos de Boa Vista
Realização: