II
•
VOL.
1
•
N°
3
IMPRESSO FECHADO . Pode ser aberto pela ECT.
ANO
OSTEOPOROSE: AMEAÇA SILENCIOSA O MEDO DA FEBRE MACULOSA SAIBA MAIS SOBRE AVC COMO MANTER A BELEZA DURANTE A GESTAÇÃO SUA SAÚDE • 1
SUA SAÚDE • 2
SUMÁRIO 07 Acidente Vascular Cerebral é a maior causa de mortes no mundo 09 O ABC da saúde e beleza na gestação 12 Osteoporose: ameaça silenciosa 16 Gorduras, acima do Bem e do Mal 18 Entrada precoce de bebês nas creches deixa-os mais expostos a doenças
EXPEDIENTE EDITOR MÉDICO Dr. Felipe D’Almeida e Silva
EDITOR DE MATÉRIAS E JORNALISTA RESPONSÁVEL
Leonardo Pessanha MT 20394/119/98
ASSESSORIA DE IMPRENSA LP17 Comunicação
SEÇÕES 05 ENTREVISTA O medo da febre maculosa 11 PAPO-CABEÇA Bases neurológicas da violência e da agressão 15 O QUE É A Síndrome da UTI 20 PROFISSÃO SAÚDE Fonoaudiólogos fazem a reabilitação alimentar em pacientes hospitalizados 21 NOTÍCIAS REDE LABS D´OR
leonardo@lp17comunicacao.com.br Leonardo Pessanha, Tatiana Datz, Karoline Cabral, Ayla Ueda e Júlia Rezende
COLABORAÇÃO Nereida Cavalcanti Marketing . Labs/Quinta D’Or
Camila Menezes Marketing . Barra D’Or
Vera Martins Marketing . Copa D’Or
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO [!] Top of Mind Comunicação www.agenciatop.com
Tiragem: 20.000 Distribuição gratuita dirigida
SUA SAÚDE • 3
EDITORIAL
INFORMATIVO MED D’OR DIRIGIDO AO PÚBLICO EM GERAL
Inicialmente, gostaríamos de agradecer a você, leitor, o interesse pelo segundo número da nossa revista. Esperamos que a Sua Saúde continue assim, superando suas expectativas. A matéria de capa chama a atenção para um tema sempre muito abordado devido à sua importância, a osteoporose. Conheça mais sobre os fatores de risco dessa ameaça silenciosa. Trazemos, ainda, algumas dicas de prevenção como dietas, exercícios físicos, banhos de sol, etc. Neste número, estamos abordando temas como o acidente vascular cerebral, também conhecido como derrame cerebral, doença que mata mais do que o infarto cardíaco e o câncer, e o ABC da saúde e da beleza na gestação, com informações sobre os mitos e as verdades que envolvem o assunto. Entrevistamos o Dr. Fábio Guilherme Santoro, coordenador da emergência do Hospital Quinta D’Or, sobre a febre maculosa, doença transmitida pela picada do carrapato-estrela e que voltou a ser assunto de grande impacto no Estado do Rio de Janeiro. Outra matéria de grande importância encontra-se na Seção Papo-Cabeça. Você sabia que a ressonância magnética funcional pode contribuir para o entendimento e a identificação de indivíduos com tendências a atos violentos e de agressão? Não percam! Outro assunto relevante trata das gorduras que ingerimos diariamente em nossa alimentação. Umas são do bem e outras, do mal. Acompanhe, nessa matéria, quem são elas e quais as diferenças. E ainda damos um exemplo de um saudável cardápio para você. A entrada precoce de bebês nas creches pode deixá-los mais expostos a doenças causadas por vírus e bactérias. Leia nesse texto os pontos que devem ser levados em conta na escolha de uma creche. Você sabe o que é a síndrome da UTI? Conhecida como “delirium” nos meios médicos, a doença, em algum momento, atinge boa parte dos pacientes internados nas unidades de terapia intensiva. Na Seção Profissão Saúde, vamos falar sobre a importância dos fonoaudiólogos na reabilitação alimentar dos pacientes hospitalizados. Tenham todos uma boa leitura. Felipe d’Almeida e Silva
SUA SAÚDE • 4
ENTREVISTA • DR. FÁBIO GUILHERME SANTORO
O MEDO DA FEBRE MACULOSA Conhecida no Brasil há mais de 80 anos, a febre maculosa, transmitida pela picada do carrapato Amblyomma cajennense, também chamado de carrapato-estrela, voltou a assustar nos últimos meses com a morte de três pessoas no Estado do Rio de Janeiro, todas freqüentadoras de uma pousada em Itaipava, distrito de Petrópolis. E a morte de dois infectados chamou a atenção para a gravidade da doença. Dados do Ministério da Saúde apontam que a febre, quando não tratada a tempo, mata mais de 80% das pessoas contaminadas. Nos últimos dez anos, foram registrados 386 casos com 107 óbitos, e em 2005, a febre maculosa contaminou 15 pessoas, das quais cinco morreram. No Brasil, o primeiro caso foi identificado em 1929, em São Paulo. De lá para cá, a doença foi registrada também no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Santa Catarina.
Inaugurando uma série de matérias e entrevistas sobre doenças causadas por insetos e pragas como, por exemplo, baratas, ratos, cupins, traças, pulgas, formigas, entre outros, a Revista Sua Saúde apresenta, nesta edição, um pingue-pongue com o coordenador da emergência do Hospital Quinta D’Or, Dr. Fábio Guilherme Santoro, sobre a tão falada febre maculosa, que, nos meios populares, ficou conhecida como a “febre do carrapato”.
Carrapato estrela
Muita gente confunde os sintomas da febre maculosa com os sintomas do dengue. Quais são os sinais da primeira? Febre alta, dor de cabeça, calafrios e dores musculares, com variações de náuseas, vômitos, diarréia e manchas vermelhas pelo corpo são queixas comuns de uma pessoa infectada pela bactéria Rickettisia rickettsi, transmitida pela picada do carrapato estrela. A diferença é que a doença pode evoluir causando hemorragias, necrose e gangrena. O mais importante é tratar a febre maculosa de forma adequada e rápida. Caso não seja diagnosticada e tratada precocemente, ela pode evoluir para um quadro de infecção generalizada, complicações neurológicas, pulmonares, renais, gastrintestinais, choque, coma e morte. Trata-se, então, de uma doença grave? Apesar se ser uma doença agressiva e com alto potencial de complicações e letalidade, a febre maculosa tem cura e não é contagiosa. A transmissão da doença se dá quando um carrapato infectado permanece por mais de quatro horas fixado sobre a pele. Os primeiros sinais podem aparecer de 2 a 14 dias após a exposição. A febre alta aparece precocemente e persiste mesmo com o uso de medicamentos antitérmicos, seguindo-se dores musculares, fadiga, dor de cabeça, enjôo e dor abdominal. Depois de três dias de febre, começam a aparecer pequenas manchas vermelhas, especialmente nas mãos e nos pés, que se espalham pelo corpo com a progressão do quadro. Se o tratamento médico específico, à base de antibióticos, não for iniciado até esse SUA SAÚDE • 5
momento, um grande número de complicações poderá acontecer.
COMO SE PREVENIR DA FEBRE MACULOSA
Como é o tratamento? O diagnóstico precoce da doença é decisivo para a eficácia do tratamento. O uso de antibióticos deve ser iniciado o mais rápido possível, de preferência até o quinto dia após o aparecimento dos sintomas. Do contrário, a morte pode ocorrer em menos de uma semana. O diagnóstico é muitas vezes tardio devido ao fato de a febre maculosa ser confundida com outras doenças como o dengue, especialmente as formas graves como o dengue hemorrágico, meningite, sarampo e leptospirose.
• Animais domésticos: devem ser mantidos limpos e longe de locais onde a ocorrência de carrapato-estrela seja conhecida. Deve-se usar neles carrapaticidas conforme indicação dos veterinários.
• Picada: pinças devem ser usadas para retirar, com todo o cuidado, os carrapatos fixados à pele. Não se pode esmagá-los sob o risco de liberação de secreções que podem estar contaminadas.
• Roupas: em áreas suspeitas de haver carrapatos contaminados, recomenda-se o uso de calça, camisa, meias e botas longas. Roupas claras facilitam a visualização dos carrapatos.
• Tratamento: pessoas com sintomas de febre alta, dor de cabeça e lesões na pele, e que tenham sido picadas por carrapatos, devem procurar imediatamente uma emergência médica. O tratamento é feito com antibióticos.
E como prevenir a doença? Usar carrapaticida em animais domésticos com a freqüência recomendada pelos veterinários ou fabricantes; evitar áreas de risco como matas e florestas de regiões onde a incidência da doença seja reconhecidamen-
te alta; vistoriar o corpo a cada três horas à procura do carrapato-estrela em lugares sabidamente “de risco”; usar botas e meias, de preferência de cor clara, que facilitam a visualização dos carrapatos; e tomar cuidado na remoção dos bichos. Não se deve
SUA SAÚDE • 6
esmagá-los com as unhas, pois, com a sua fragmentação, pode haver liberação de rickettsias que penetram na pele. Eles devem ser retirados com calma, por meio de leve torção ou com o uso de pinças para liberar as peças bucais.
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL É A MAIOR CAUSA DE MORTES NO MUNDO Saiba mais sobre esta doença, popularmente conhecida como derrame cerebral, que mata mais do que infarto e câncer. O acidente vascular cerebral (AVC) - doença que mais mata no Brasil, superando o infarto do miocárdio e o câncer - é uma disfunção que ocorre em determinada área do cérebro, de forma repentina, por causa do “entupimento” ou rompimento das artérias irrigadoras do órgão. Em cerca de 80% dos casos, o AVC é "isquêmico" - quando a causa é o entupimento da artéria que impede a chegada do sangue às células nervosas. Nos outros 20% dos casos, é "hemorrágico" - quando a causa é o rompimento das paredes de artérias que levam o sangue até o cérebro. O AVC hemorrágico – também conhecido como derrame cerebral é quase sempre causado por hipertensão, doença que fragiliza as paredes dos vasos sangüíneos. A pro-
pósito, a hipertensão é um fator de risco mais importante para o AVC do que para o infarto. Quanto pior for o controle da pressão de uma determinada população, maiores as chances de ocorrência de AVC. Outros fatores de risco são tabagismo, colesterol ruim (LDL) alto, obesidade, sedentarismo e diabetes. O estresse é frequentemente um gatilho para a ocorrência do derrame. De acordo com o Dr. Gabriel de Freitas, chefe da Neurologia do Hospital Quinta D'Or, estes fatores de risco dividem-se em "modificáveis" (ligados ao estilo de vida da pessoa) e "não-modificáveis": idade (quanto mais avançada a idade, maiores as chances), histórico familiar (propensão hereditária), raça (negros têm mais AVC porque costumam ser mais
hipertensos) e sexo (mulheres jovens têm mais chances de sofrer um aneurisma - rompimento de artérias - do que homens jovens). Estima-se que, anualmente, mais de cinco milhões de pessoas morram no mundo em virtude de derrame cerebral. "O maior problema é a falta de informação que cerca a doença. As pessoas não sabem identificar os sinais de AVC e, muitas vezes, quando buscam socorro médico, já é tarde demais. E isso não acontece só no Brasil. Uma pesquisa realizada na Austrália mostrou que a maioria das pessoas acha que AVC é uma doença do coração, e não do cérebro", diz o Dr. Gabriel de Freitas. Os principais sinais de um AVC são: fraqueza ou mesmo paralisia em uma metade ou parte do corpo de uma forma súbita; dormência em uma parte do corpo; dificuldade para falar e, às vezes, de entender o que os outros estão dizendo; fala enrolada, como se a pessoa estivesse embriagada; dor de cabeça forte e súbita; dificuldade repentina de enxergar ou visão dupla; e confusão mental.
SUA SAÚDE • 7
Segundo o Dr. Gabriel de Freitas, normalmente esses sintomas aparecem associados, mas também pode acontecer de a pessoa apresentar apenas um deles. Seja qual for o caso, ao se desconfiar que uma pessoa esteja tendo um derrame cerebral, deve-se levá-la rápido para uma emergência. "Dê preferência a um hospital geral bem aparelhado e com equipe de neurologistas 24 horas por dia de plantão e especializados no atendimento a pacientes com AVC", aconselha o médico. No Hospital Quinta D'Or, são atendidos em média 20 casos de pacientes com AVC por mês, sendo que a maioria dá entrada na emergência do hospital seis horas após os primeiros sintomas. "Nestes casos, infelizmente, o risco de morte e, principalmente, de seqüelas permanentes é grande", afirma o médico. Novidades no tratamento do acidente vascular cerebral foram apresentadas no evento Neuro D’Or, que aconteceu em novembro passado no Hospital Quinta D'Or. Além de se
discutirem estudos sobre o uso de trombolíticos - drogas capazes de dissolver os coágulos que obstruem os vasos sangüíneos, restabelecendo o fluxo e conseqüentemente as funções perdidas pela falta de irrigação do cérebro -, foram divulgados resultados de trabalhos brasileiros sobre a segurança das célulastronco e sobre a utilização de uma nova droga "neuroprotetora".
GE SUA SAÚDE • 8
Ressonância magnética - AVC Isquêmico
O ABC DA SAÚDE E BELEZA NA GESTAÇÃO Questões como ganho de peso e cuidados com a beleza são algumas das preocupações de quase toda gestante. Coordenador de ginecologia e obstetrícia do Hospital Quinta D’Or, o Dr. Humberto Tindó falou com a Revista Sua Saúde sobre os mitos e verdades da beleza durante a gestação. Atividade física “A prática de esportes na gravidez é permitida de acordo com o condicionamento físico anterior de cada mulher, desde que a gravidez esteja normal”, diz o Dr. Humberto Tindó. Como a capacidade respiratória diminui, é importante não exagerar em atividades aeróbicas e de grande impacto. Os exercícios físicos devem ser voltados para o alongamento e condicionamento muscular, e devem ser acompanhados e orientados por um profissional de educação física para evitar contusões e movimentos inadequados.
Ganho de peso na gestação O ganho de peso permitido e saudável na gestação vem sendo questionado há alguns anos por trabalhos científicos apresentados em congressos médicos. Antes era seguro engordar até um quilo por mês. Hoje o conceito mudou e a avaliação é individual, de acordo com a composição corporal prévia. A grávida obesa tem predisposição a desenvolver diabetes gestacional, que pode trazer várias conseqüências para o feto. Do ponto de vista obstétrico, a obesa é encarada pelo médico como se fosse uma diabética, de-
vido aos riscos de má formação fetal. A orientação nutricional é fundamental para a saúde e bem-estar na mulher. Segundo o Dr. Humberto Tindó, a alimentação deve ser balanceada e composta por frutas, proteínas, verduras e laticínios desnatados. Deve-se evitar substâncias sintéticas como adoçantes e gorduras em geral. Dietas rigorosas são descartadas, assim como suplementos alimentares. O ácido fólico, por exemplo, importante no metabolismo celular e no fechamento do tubo neural, está presente nas folhas. Não é necessário ingerir cápsulas aleatoriamente. Uso de suplemento deve ser orientado pelo médico. O ganho de peso interfere na postura e pode provocar desde dores musculares a complicações no joelho e na coluna. Acompanhamento médico Até o oitavo mês de gestação, a consulta ao ginecologista deve ser mensal. Em seguida, passa a ser quinzenal, mas em caso de gravidez de risco, a consulta passa a ser marcada de acordo com a necessidade.
SUA SAÚDE • 9
Permitido x proibido De acordo com o ginecologista e obstetra, cremes faciais formulados à base de ácidos como retinóico e glicólico devem ser evitados. Quanto mais precoce for a gestação, maiores são os riscos. Uma das medidas para evitar o aparecimento de manchas na pele é o uso do protetor solar com filtro 30, no mínimo. Os hidratantes são indicados, com exceção dos que contêm uréia em sua composição, que podem colocar em risco o desenvolvimento do feto. Dr. Humberto faz um alerta sobre o aparecimento das temidas estrias. É importante hidratar de dentro para fora, ingerindo muito líquido, de preferência três litros diários de água mineral, pois as estrias não são superficiais e de fácil tratamento, mas é possível combatê-las, levando-se em consideração o fator genético determinante. O descuido na escovação dos dentes pode agravar o quadro de tártaro e desenvolver a doença periodontal ou gengivite e até provocar parto
SUA SAÚDE • 10
MODIFICAÇÕES NO ORGANISMO DE ACORDO COM CADA TRIMESTRE •
1º. TRIMESTRE:
Enjôos e vômitos Aumento da salivação e vontade de urinar Prisão de ventre, hemorróidas, cólicas e gases Cansaço, sonolência e instabilidade emocional •
2º. TRIMESTRE:
Escurecimento dos mamilos, axilas e vulva Sangramento das gengivas
prematuro. De acordo com o dentista Mário Kruczan, membro da Federação Européia de Periodontia, problemas como cáries e gengivites, desencadeados por alterações hormonais e mudanças de hábito, são comuns na gravidez. Fatores como higienização deficiente, ingestão de
Aparecimento de estrias na barriga e nas mamas Secreção vaginal esbranquiçada Inchaço nos pés e mãos e varizes •
3º. TRIMESTRE:
Falta de ar e dificuldade na respiração Dor nas “cadeiras” e no “pé” da barriga Contração indolor ou falso trabalho de parto Trabalho de parto
doces e aumento da acidez bucal podem acelerar a formação do tártaro. Portanto, é preciso ter cuidados específicos com a alimentação, escovação adequada e uso do fio dental para manter a profilaxia feita regularmente pelo dentista no consultório odontológico.
PAPO-CABEÇA
BASES NEUROLÓGICAS DA VIOLÊNCIA E DA AGRESSÃO Um grupo de pesquisadores brasileiros e estrangeiros vem estudando há anos as bases neurológicas da violência e da agressão, e em outubro publicaram na Revista Nature, uma das mais importantes do mundo no campo da ciência, o artigo “As Bases Neurológicas da Cognição Moral Humana”. Na prática, o que esses estudiosos chamados de neurocientistas estão fazendo é tentar identificar, por meio de exames de imagens como a ressonância magnética funcional, que partes do nosso cérebro estão relacionadas com os sentimentos propulsores de atitudes destrutivas ou violentas. Trata-se de um assunto delicado e complexo, que implica uma série de questionamentos éticos. Haveria uma “natureza do mal”? Uma pessoa poderia nascer com uma bagagem genética, com um cérebro predisposto à violência e não ao altruísmo? Na constituição psicológica de um psicopata, por exemplo, onde começam e acabam os papéis dos genes e dos estímulos sociais? Ao estudarem determinadas regiões dos cérebros de um grupo de pessoas, dentre elas algumas com histórico de comportamento anti-social grave, os pesquisadores Jorge Moll Neto, Roland Zahn, Ricardo de Oliveira Souza, Frank Krueger e Jordan Grafman
descobriram que os cérebros dos psicopatas apresentam características muito peculiares, envolvidas com uma certa “amoralidade”. As regiões do cérebro onde se processam as chamadas emoções morais – ligadas a atitudes como ódio, amor, culpa, pena e compaixão – são ativadas nas pessoas tidas como normais e praticamente ficam inalteradas naquelas tidas como anti-sociais. Por essa razão, criminosos “natos” e psicopatas agiriam friamente e cometeriam barbáries com a maior naturalidade. Embora pareça “científico demais” e distante, o assunto é da maior importância para que possamos entender todas as nuances da violência que assola as sociedades atuais. Como será a personalidade de jovens que colocam fogo em pessoas dentro de ônibus, que assassinam os pais com requintes de crueldade, independente da classe social à que pertencem?
A nova perspectiva do comportamento violento trazida pela neurociência pode ajudar na formulação de leis mais adequadas e até de sistemas prisionais mais inteligentes. Sem que se conheça realmente o que se passa na cabeça de bandidos e criminosos, acaba-se colocando-os todos no mesmo “saco”, com o discutível intuito de recuperá-los. Ladrões de galinha convivem em celas superlotadas com psicopatas. Entre 3 a 4% das pessoas podem ser classificadas como “psicopatas”, ou seja, com distúrbios de comportamento capazes de afetar seriamente a sociedade. Porém, uma minoria dessa parcela chegaria ao extremo da violência, sendo capaz de matar uma pessoa como se estivesse matando uma formiga. A personalidade desses “assassinos desprovidos de emoções morais” seria, de acordo com os pesquisadores, o resultado de uma predisposição genética à violência e de estímulos sociais hostis. “As emoções morais influenciam indivíduos e mesmo sociedades inteiras no sentido de engajar ações altruístas e cooperativas ou, de outro lado, ações anti-sociais altamente destrutivas. O mapeamento dessas emoções no cérebro pode auxiliar na identificação de indivíduos com tendências anti-sociais, os quais poderiam ser reabilitados precocemente, antes que adotassem atitudes prejudiciais à sociedade e a eles mesmos”, diz o Dr. Jorge Moll Neto, pesquisador da Rede Labs D’Or. SUA SAÚDE • 11
OSTEOPOROSE: AMEAÇA SILENCIOSA Doença afeta 15 milhões de brasileiros, sendo as mulheres as principais vítimas. De acordo com a Fundação Internacional de Osteoporose, 40% das mulheres no mundo correm o risco de ter uma fratura em razão da doença. Entre os homens, o número cai para 13%. O envelhecimento da população aumenta a incidência do mal, que causa a diminuição da massa e resistência óssea. A população brasileira está envelhecendo. Segundo dados do IBGE, existem hoje no país mais de 10 milhões de idosos e, em 2015, serão 15 milhões, ou seja, um crescimento de 50%. Com o avanço da idade, aumentam os riscos de doenças, entre elas a osteoporose, um problema que atinge 15 milhões de brasileiros, segundo a Organização Mundial de Saúde. O mal é responsável por 1,5 milhão de fraturas anuais, sendo 250 mil fraturas de fêmur, que, em alguns casos, podem até levar à morte. Diante desse quadro, os especialistas
SUA SAÚDE • 12
alertam: é necessário redobrar os cuidados com a saúde dos ossos para viver bem a terceira idade. A osteoporose não tem cura. É uma doença progressiva e silenciosa, sendo muitas vezes diagnosticada apenas após o primeiro episódio de fratura. "É necessária a perda de pelo menos 30% da massa óssea para que a doença possa ser detectada por radiografias convencionais", explica o Chefe do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Barra D'Or, Dr. Luiz Simbalista. De acordo com o
ortopedista, a osteoporose é um processo que tem início na infância. "Se a criança não tiver uma nutrição rica em cálcio e não praticar exercícios, são maiores as chances de desenvolver a doença na fase adulta", explica o médico. Considerada um mal crônico, a doença, que acomete principalmente as mulheres no período pós-menopausa, tem como principais sintomas as fraturas no quadril, punho, ossos da coluna, perda de altura gradual, arredondamento dos ombros e postura encurvada ou corcunda. O especialista alerta para os fatores de risco da doença. "Entre eles estão o histórico familiar, baixa estatura, musculatura pouco desenvolvida, sedentarismo e inadequada ingestão de cálcio. Tabagismo, alcoolismo, dieta vegetariana e alta ingestão de proteínas e cafeína, associados a outros fatores, também podem aumentar o risco da doença", continua o especialista. O melhor método para se fazer o diagnóstico da doença é a densitometria óssea. O exame é recomendado para mulheres após os 50 anos ou que entraram na menopausa, e para homens acima dos 65 anos. A desintometria é uma espécie de raios X dos ossos, total-
DICAS PARA PREVENIR A OSTEOPOROSE A dieta deve ser rica em vitamina D e cálcio (leite, queijo e iogurte), vegetais (brócolis, espinafre, nabo, ervilha, rabanete,couve, agrião) frutas, peixes, fibras. • Manter um programa de exercícios físicos. • Tomar sol diariamente: os raios ultravioletas auxiliam a produção e absorção de vitamina D. • Não fumar, moderar o uso de bebidas alcoólicas e limitar o café a cinco taças diárias. • Controle no uso de medicamentos como cortisona. • Após os 50 anos, realizar periodicamente o exame de densintometria óssea. •
A prática de esportes ajuda na prevenção de osteoporose.
mente segura e indolor. "O exame detecta pequenas variações de densidade mineral óssea, possibilitando um diagnostico precoce e o monitoramento do tratamento", explica a radiologista Fátima de Araújo Monti, do Labs Barra. O exame deve ser feito anualmente após a menopausa ou depois da detecção de qualquer fator de risco.
CONHEÇA OS FATORES DE RISCO DA OSTEOPOROSE Sexo feminino - As mulheres têm quatro vezes mais chances de desenvolver osteoporose do que os homens. As razões são as seguintes: as mulheres perdem massa óssea rapidamente após a menopausa, devido à queda do estrogênio; os ossos femininos são mais finos e leves e as mulheres vivem mais que os homens. • Fatores hereditários. • Tabagismo e alcoolismo. • Sedentarismo. • Idade avançada. • Pouca exposição solar. • Ingestão inadequada de cálcio. • Ser da raça branca ou asiática. •
SUA SAÚDE • 13
SUA SAÚDE • 14
O QUE É?
A SÍNDROME DA UTI Pouco conhecida, doença chamada de delirium ou Síndrome da UTI atinge a maior parte dos pacientes internados em hospitais, aumenta os riscos de morte e causa grande impacto nos custos da saúde. Estudos apontam que de 60% a 87% dos pacientes internados nas Unidades de Tratamento Intensivo dos hospitais apresentam, em algum momento, a chamada Síndrome da UTI. Mais conhecida nos meios médicos como delirium, a doença não tem nada que ver com o distúrbio psiquiátrico chamado de delírio, mas pode ter conseqüências bem graves para as pessoas que a manifestam. “Pacientes com delirium possuem um risco dez vezes maior de ter alguma complicação durante a internação e um risco de mortalidade duas vezes e meia maior”, alerta o Dr. Rodrigo Serafim, médico da Unidade Ventilatória (respiração artificial) do Hospital Copa D’Or, no Rio. Com os avanços da medicina e o envelhecimento da população, ocorreu um aumento de aproximadamente 78% no número de pacientes internados em UTIs que necessitam do auxílio de aparelhos para respirar (denominados respiradores). “Estes pacientes apresentam características e condições clínicas favoráveis ao desenvolvimento do delirium”, explica o Dr. Rodrigo. De acordo com o especialista, o impacto da doença também se faz sentir no bolso e nas contas dos sistemas de saúde. Pesquisas mostram um aumento de 39% nos custos das
internações nas UTIs e de 31% nos custos hospitalares totais por causa da doença. “O delirium complica a internação de mais de dois milhões de idosos americanos por ano, o que acarreta um aumento de custo na ordem de quatro bilhões de dólares para o sistema de saúde dos EUA”, completa o Dr. Rodrigo. O delirium é uma desordem mental temporária, caracterizada por oscilação da consciência durante o dia. Alternam-se períodos de confusão mental com períodos de lucidez. “Freqüentemente este quadro está associado a alguma condição clínica subjacente, que requer investigação e tratamento adequado”, complementa o médico. Segundo ele, ocorrem alterações agudas da consciência, podendo o paciente ficar subitamente agitado e agressivo ou apenas apático. Na maioria das vezes, os episódios ocorrem ao final da tarde ou à noite, o que já chegou a ser chamado de efeito do sol poente. O especialista lembra que o reconhecimento do delirium é importante não só nas unidades ventilatórias, mas em qualquer local onde se encontram pacientes graves. “A doença pode ser o primeiro sinal de uma enfermidade ainda desconhecida como, por exemplo, infecções, acidentes vasculares cerebrais, demên-
cia, entre outras”, diz. Infelizmente, a percentagem de casos não diagnosticados de delirium pode chegar a 60%. “O diagnóstico não é difícil, mas precisamos ter equipes médicas familiarizadas com a doença. Se não estivermos preparados para reconhecê-la, podemos estar perdendo tempo de diagnosticála e tratá-la corretamente. Isso implica um grande prejuízo na evolução do paciente, atrasando sua alta hospitalar e causando um grande desvio de recursos médicos que poderia ser evitado”, afirma o Dr. Rodrigo. Segundo ele, existem várias causas de delirium, e muitas vezes torna-se um desafio para o médico descobri-las. “Dentre as principais, podemos citar infecções, efeitos colaterais de medicações, doenças cardíacas, neurológicas e metabólicas”, diz. Mesmo que não se consiga prevenir totalmente o delirium, podese, na avaliação do médico, reduzir em muito sua ocorrência. “Já é uma recomendação das Sociedades de Terapia Intensiva que se busque ativamente o diagnóstico precoce e se efetue o tratamento adequado o mais rápido possível. Esta medida deve ser encarada, inclusive, como um indicador de qualidade hospitalar”, opina. No Copa D’Or, segundo ele, muitas medidas são adotadas nesse sentido. “Temos uma equipe capaz de realizar o diagnóstico precoce e entender a importância da doença. Procuramos manter o ambiente confortável e com pouco estresse. Também adotamos medidas para que o paciente se mantenha orientado e interaja com o ambiente, diminuindo a sensação de isolamento”, completa. SUA SAÚDE • 15
GORDURAS, ACIMA DO BEM E DO MAL Quem ainda pensa que as tão mal faladas gorduras só fazem mal à saúde está enganado. Já faz algum tempo que elas perderam a fama de vilãs. A mudança de conceito se deve ao fato de que esses nutrientes, quando consumidos de forma seletiva e na quantidade certa, podem trazer uma série de benefícios para o nosso organismo e - por que não dizer? - para o nosso paladar. Além de propiciar energia, as “boas” gorduras fornecem ácidos graxos essenciais que não podem ser produzidos pelo organismo; auxiliam na absorção e no transporte das vitaminas lipossolúveis (solúveis em gordura: A, D, E e K); ajudam a elevar os níveis de HDL (o colesterol bom); e melhoram a textura e sabor dos alimentos. Mas quais seriam, afinal, as “gorduras do bem” e as “gorduras do mal”, e em que quantidades devemos consumi-las no dia-a-dia? Segundo a Dra. Monique Karenine e Souza, nutricionista da Unidade Cardiológica Intensiva do Hospital Copa D’Or e especialista em Nutrição Clínica pela Universidade Federal Fluminense, a ingestão de gordura diária deve ser bem calculada, pois seu excesso, além de aumentar o risco de doenças cardiovasculares, será armazenado no organismo, provocando o aumento do peso corporal. “Em média, de acordo com a American Heart Association, uma pessoa saudável não deve ultrapassar 30% do total de energia consumida em um dia, sendo SUA SAÚDE • 16
EXEMPLO DE CARDÁPIO SAUDÁVEL:* DESJEJUM
LANCHE
Suco de laranja: 150ml Leite desnatado: 150ml Café: 50ml Pão Integral Light: 1 fatia Queijo Cotagge: 1 colher de sopa Geléia de frutas Diet: 1 colher de sopa
Iogurte Light: 200ml Torrada Marylan: 1 pacote Blanquet de Peru: 3 fatias Requeijão Light: 1 colher de sopa
COLAÇÃO Mamão papaia picado: 1/2 unidade Semente de linhaça: 1 colher de sopa rasa
ALMOÇO Feijão: 1 concha média Arroz integral: 4 colheres de sopa Salada de Rúcula: à vontade Avelãs (para enriquecer a salada): 4 unidades picadas Tomate seco: 2 fatias picadas Abóbora cozida: 4 pedaços pequenos Salmão Assado c/ molho de maracujá: 1 pedaço médio Suco de Abacaxi (150ml) Gelatina Diet observação: temperar a salada com azeite extra virgem
JANTAR Sopa de Legumes s/ massa: 150ml Purê de Batata: 4 colheres de sopa Frango grelhado com alecrim: 1 pedaço médio Espinafre refogado Jardineira de legumes (beterraba, vagem, cenoura): 4 colheres de sopa observação: temperar a salada com azeite extra virgem
CEIA Vitamina de frutas com leite de soja e aveia: 150ml
*cardápio baseado numa dieta branda de aproximadamente 1800Kcal/dia, para um indivíduo adulto saudável.
que menos de 10% deste valor deve ser representado pela gordura saturada e/ou ácidos gráxos transsaturados. Também se recomenda ingestão inferior a 300mg de colesterol por dia”, diz. As gorduras "do mal" (saturadas e ácidos graxos trans-saturados) são encontradas principalmente nos alimentos de origem animal como carnes, leites e seus derivados, e em alguns produtos de origem vegetal como óleo de coco, azeite-de-dendê e manteiga de cacau. Já os ácidos graxos trans foram recentemente incluídos entre os lipídeos dietéticos que atuam como fatores de risco para doença arterial coronariana, aumentando os níveis de LDL-C (colesterol ruim) e diminuindo os níveis de HDL-C (colesterol bom). “As gorduras trans estão presentes principalmente em fast food (batatas fritas, sorvetes, pastelarias, bolos, alguns pães, massas, frituras em geral, sopas e cremes industrializados, cookies, biscoitos recheados, margarina, pipoca de microondas, massas folhadas, entre outros)”, explica a Dra. Monique. Uma pesquisa apoiada pela Socie-
dade Brasileira de Cardiologia (SBC) e realizada com 400 mulheres paulistas concluiu que 44% delas tinham taxas de colesterol elevadas e não se cuidavam. “Mesmo com os riscos do excesso de gordura no sangue, diabetes e hipertensão arterial, apenas 8% faziam controle”, conta a nutricionista. As gorduras "do bem" (insaturadas) se dividem em dois grupos: monoinsaturadas e poliinsaturadas, e são consideradas “cardioprotetoras”, pois auxiliam no controle dos níveis de colesterol, sem aumentar o risco de doenças cardiovasculares. O óleo de canola e de oliva extra virgem (extraído a frio) e as frutas oleaginosas como castanha de caju, castanha do Pará, amêndoa e avelã são excelentes fontes de gordura monoinsaturada. Já os óleos de soja, milho e girassol e os peixes em geral, principalmente os de água fria como a truta, o salmão e a sardinha, são fontes de gordura poliinsaturada. “Um cardápio equilibrado e inteligente preconiza as gorduras insaturadas, reduz as gorduras saturadas, regulariza a ingestão de
carboidratos e proteínas (evitando os doces e as frituras respectivamente), modera a utilização do sal e é enriquecido com fibras. Vale lembrar que, na manutenção da saúde e bem estar do indivíduo, a boa alimentação deve ser associada à prática regular de atividades físicas”, conclui a Dra. Monique.
Exemplos de alimentos ricos em ácidos graxos importantes, dentre eles Ômega 3.
CONTROLE DO COLESTEROL Muito se ouve falar da necessidade de se controlar os níveis do colesterol, um dos principais fatores desencadeadores de doenças cardiovasculares no Brasil e no mundo. Mas, na prática, a maioria das pessoas acaba não dando a devida importância ao assunto. Segundo o Dr. Plínio Resende, coordenador do serviço de Cardiologia do Barra D’Or, vários estudos confirmam uma relação direta entre níveis de colesterol e doença cardiovascular. “Indivíduos classificados como de baixo risco terão menos de 10% de chance de infarto ou morte de origem cardíaca em 10 anos; os de médio risco terão entre 10 e 20%; e os de alto risco terão mais de 20% de chance, de acordo com um estudo norte-americano recente”, diz o médico. O risco é calculado por meio de um escore que leva em conta, além do colesterol total, idade, pressão arterial, sobrepeso e tabagismo. “A mu-
dança do estilo de vida é fundamental para prevenir e tratar a doença. Porém, dependendo dos valores do colesterol apurados e de outros fatores de risco, podem ser indicados medicamentos como, por exemplo, as estatinas”, explica. Segundo o especialista, novos tratamentos de impacto não devem tardar a aparecer, visto que estão sendo desenvolvidos estudos de engenharia genética que tentam modificar os gens controladores do colesterol ruim. O médico dá algumas dicas para se manter, em níveis saudáveis, o colesterol bom e o ruim. “Deve-se fazer uma avaliação de rotina dos níveis de colesterol sanguíneo e de suas frações ( LDL – “colesterol ruim”, o que se deposita na parede das artérias, e HDL- “bom colesterol”, o que impede que o LDL se deposite nas artérias, obstruindo-as). Também é recomendada pelos consensos médicos a redução da ingesta de gordura saturada, rica em colesterol LDL,
e da chamada gordura trans. Ou seja, a escolha dos alimentos deve ser bem criteriosa, buscando-se dar prioridade, no dia-a-dia, às opções mais saudáveis de proteínas, gorduras e carboidratos. Da mesma forma, recomenda-se a prática de exercícios regulares, que, além de melhorar o condicionamento físico, propicia o aumento do HDL e a diminuição do LDL”, salienta. Em geral, níveis de colesterol ruins resultam de uma combinação entre fatores comportamentais e fatores genéticos. É comum, de acordo com o especialista, membros de uma mesma família terem o colesterol aumentado. E a chamada “hipercolesterolemia” não é exclusividade dos mais gordinhos. Magros também podem sofrer da doença. “Isso depende da metabolização hepática do colesterol, que pode ser ruim em um indivíduo magro”, esclarece.
SUA SAÚDE • 17
ENTRADA PRECOCE DE BEBÊS NAS CRECHES DEIXA-OS MAIS EXPOSTOS A DOENÇAS Ao entrarem nas creches com meses de vida, crianças ainda com poucas defesas orgânicas ficam expostas a uma overdose de vírus e bactérias, e costumam desenvolver doenças, que podem ser sérias. Coordenadora da Pediatra do Hospital Quinta D'Or defende extensão da licença-maternidade de quatro meses para dois anos. A entrada dos bebês de berço nas creches é um dos principais problemas para os pediatras, seja nas emergências ou nos consultórios médicos.
SAIBA QUE... • DOENÇAS: A maioria das doenças adquiridas pelos bebês de creche é de natureza respiratória: sinusites, otites, resfriados e gripes, que podem evoluir para pneumonias. "Os vírus são os principais vilões dos organismos com poucos meses de vida. A doença viral deprime o sistema imunológico da criança, que fica fragilizado e exposto à ação de bac-
SUA SAÚDE • 18
"Atendemos um número expressivo de crianças que entram nas creches muito cedo e começam a apresentar uma doença atrás da outra", diz
térias", explica a médica. Entre os bebês de creche, também são comuns as doenças virais que "pintam o corpo", conta a Dra. Maria Clara.
• AMAMENTAÇÃO: Outro fator que deve ser levado em conta na hora de se pensar em colocar o filho na creche é a amamentação. "O leite materno é a principal fonte de defesas do organismo do neném. Muitas vezes, ao entrar na creche, a criança, além de encarar
a Dra. Maria Clara Barbosa, coordenadora da Pediatria do Hospital Quinta D'Or. Segundo a médica, por causa da licença-maternidade de apenas quatro meses e das pressões para que a mulher contribua com o orçamento doméstico, os bebês são deixados cada vez mais cedo em creches, com quatro, cinco ou seis meses de vida. Quanto mais cedo entra na creche, maior a probabilidade de a criança contrair e desenvolver doenças, e em geral, nos bebês mais novinhos, elas costumam ser mais sérias. "Organismo mais novo tem menos defesas, menos anticorpos", explica a pediatra. Para ela, existem aspectos orgânicos e emocionais que envolvem a entrada de um bebê na cre-
uma avalanche de microorganismos, fica sem sua proteção natural proporcionada pelo leite da mãe", diz a pediatra. Até os seis meses de idade, a alimentação deve ser feita exclusivamente com o leite materno. A partir desta fase, deve-se manter o leite materno como leite de escolha para a criança e introduzir outros alimentos. "Até os seis meses, devem ser evitados outros alimentos que não o leite materno para se evitar problemas de digestão e alergias".
che. "A creche é um local que reúne crianças e adultos estranhos, que concentram um exército de novos vírus e bactérias. As defesas orgânicas do bebê não estão suficientemente amadurecidas para enfrentar esta overdose de microorganismos", diz. Há, ainda, um aspecto psicológico que acaba influenciando a parte orgânica. Dos seis meses aos dois anos de idade, aproximadamente, a criança passa pela chamada fase de ansiedade de separação. "É o processo de individualização, em que ela começa a se reconhecer como pessoa e a identificar os outros. Nesta fase, a criança tem que ser afastada gradativamente e por pouco tempo da mãe. Ela deve ficar tranqüila ao sentir que a mãe está deixando-a sozinha, mas volta logo", conta a Dra. Maria Clara. Segundo ela, quando entra na creche muito cedo, a criança pode ter uma ansiedade de separação mais prolongada e difícil. "Até hoje ainda resiste na cabeça de muitos pais o velho Mito da Socialização Precoce, ou seja, a criança que entra na creche cedo tenderia a ser menos mimada e mais social. Isto é uma grande bobagem, porque a criança de berço quase não interage e prefere brincar sozinha. Mesmo uma criança maior, de um ano, um ano e meio, ainda interage pouco com os outros. Depois dos dois anos, a creche realmente é interessante pelos estímulos que propicia à soci-
alização. Antes disso, a criança não precisa de creche, e sim da atenção de uma pessoa que cuide dela e lhe dê carinho", afirma a pediatra. Geradora de polêmicas, a extensão da licença-maternidade é defendida pela pediatra. "O ideal é que ela fosse de dois anos, como em alguns países desenvolvidos. Em geral, com essa idade, a criança está pronta para iniciar o ciclo escolar. Porém, cada criança tem suas características e singularidades. Algu-
mas com um ano e pouco já estão maduras para entrar na creche. Outras não", observa. De acordo com a médica, uma alternativa poderia ser a licença maternidade integral até os seis meses e parcial (meio-período de trabalho) dos seis meses aos dois anos. “Esta questão é complicada e passa por decisões políticas. Seja como for, a sociedade deve dar mais atenção ao tempo em que a mãe ou responsável fica com o bebê”, finaliza.
PONTOS QUE DEVEM SER CONSIDERADOS NA ESCOLHA DE UMA CRECHE •
NÚMERO
DE PESSOAS QUE TRABALHAM COMO BABÁS (ATENDENTES) EM RELAÇÃO
AO NÚMERO DE BEBÊS: "o bebê precisa de uma pessoa lhe dando atenção
quase exclusiva. Deve ter a sensação de que está sendo cuidado e não de que está abandonado". • PROXIMIDADE DE CASA. • PERFIL DAS PESSOAS QUE LIDAM COM OS criança, antes de qualquer coisa".
BEBÊS:
"elas têm de gostar de
• CONDIÇÕES DE HIGIENE E INSTALAÇÕES DO LOCAL: "é necessário que se saiba onde e como o bebê vai ficar na ausência da mãe ou responsável". • CRECHES OU BABÁS? "Depende da família, do que for melhor para a mãe.
Se tiver uma babá em quem confie plenamente, a mãe pode se sentir mais segura com esta opção e passar segurança para a criança".
SUA SAÚDE • 19
PROFISSÃO SAÚDE
FONOAUDIÓLOGOS FAZEM A REABILITAÇÃO ALIMENTAR EM PACIENTES HOSPITALIZADOS Um dos papéis dos fonoaudiólogos dentro dos hospitais é procurar prevenir ou tratar os distúrbios de deglutição, chamados de disfagia. Se não forem tratados a tempo, esses problemas podem causar pneumonia. Comportamentos como inapetência alimentar, engasgos com líquidos, alimentação muito prolongada, tosses durante ou após as refeições, febre de causa desconhecida e escape de alimento pelo nariz podem ser sinais de disfagia. Mas o que é essa doença? Segundo a Dra. Elisabeth Gonçalves, coordenadora do serviço de Fonoaudiologia do Hospital Barra D'Or, disfagia é toda dificuldade de transporte do alimento da boca para o estômago. Trata-se de um distúrbio que pode acarretar uma séria de conseqüências para a qualidade de vida do paciente, como desidra-
SUA SAÚDE • 20
tação, desnutrição, broncopneumonias, perda do prazer em se alimentar, exclusão social, entre outros. E mais: todos esses fatores podem levar à internação hospitalar, complicála ou prolongá-la. Os distúrbios de deglutição são bem mais comuns em pessoas idosas, e é justamente por isso que a equipe de fonoaudiólogos dos hospitais deve ficar atenta à maneira como eles estão se alimentando. Segundo a Dra. Elisabeth, a maioria das pessoas acredita que esses problemas são inerentes à velhice e não lhes dá a devida importância. “Com
o avançar da idade, ocorrem mudanças fisiológicas significativas que predispõe o idoso senil a desenvolver este distúrbio de deglutição. Neste momento, as famílias se deparam com o problema e tomam conhecimento do tratamento fonoterápico”, diz a especialista. Ela explica que as técnicas usadas pelos fonoaudiólogos têm como objetivo resgatar a alimentação por via oral, favorecendo uma deglutição funcional e segura. “Isso é fundamental para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes e também para evitar o agravamento do seu quadro”, afirma. O tratamento da disfagia é multidisciplinar e envolve, além de fonoaudiólogos, outros profissionais de saúde como médicos, nutricionistas e fisioterapeutas. Nos últimos anos, como se tem dado grande importância à relação entre distúrbios de deglutição e ocorrência de pneumonias no âmbito hospitalar, o assunto disfagia vem sendo tratado em vários simpósios realizados pela Rede D’Or de Hospitais.
NOTÍCIAS REDE LABS D´OR
UNIÃO DOS GRUPOS LABS E REDE D’OR DE HOSPITAIS O Grupo Labs e a Rede D'Or, a maior rede privada de assistência hospitalar do Rio de Janeiro, uniram a tradição e a excelência médica para criar a mais completa rede de medicina diagnóstica do Rio de Janeiro, a Rede Labs D'Or. Um novo conceito de atendimento e abrangência, integrando a área de Patologia Clínica desenvolvida nos últimos 8 anos de atividade nas Unidades Hospitalares - Copa D'Or, Barra D'Or e Quinta D'Or, com a mesma qualidade e experiência dos diagnósticos por imagem.
INAUGURAÇÃO DE NOVAS UNIDADES LABS Depois de inaugurar novas Unidades de Atendimento na Taquara (Av. Nelson Cardoso, 974 e 1149), Barra da Tijuca (Av. Armando Lombardi, 1000 - Centro Médico Barra Life) e Copacabana (R. Barão de Ipanema, 29), a Rede Labs D'Or agora tem mais dois novos endereços - Labs Praça Saens Peña (Rua Conde de Bonfim 370 - loja 4), bem em frente à Praça e à estação do Metrô e o Labs Ilha do Governador, com acesso tanto pela Rua República Árabe da Síria, quanto pela Estrada do Galeão, 2773, no Jardim Guanabara. Com instalações amplas, de fácil acesso e grande visibilidade, disponibiliza aos médicos e seus pacientes a mais completa e moderna tecnologia em exames complementares, da patologia clínica a ressonância magnética, com conforto e segurança. Central de Atendimento: 2538-3600
TESTE DO OLHINHO O teste do olhinho - ou do reflexo vermelho - deve ser realizado, rotineiramente, no berçário das maternidades. Por meio dele, é possível detectar problemas oculares que, dependendo do caso, podem até culminar na perda da visão.
Segundo a Dra. Miriam Perez, pediatra e chefe da UTI Neonatal do Hospital Barra D’Or, o exame é simples, rápido e indolor, e deve ser feito em todos os recém-nascidos. O fundo do olho é iluminado com um oftalmoscópio. Se o reflexo estiver normal (em cores vermelha ou laranja), comprova-se que as principais estruturas internas do olho estão transparentes, ou seja, saudáveis.
RIO GANHA AMBULATÓRIO PARA ACOMPANHAMENTO DE GESTANTES COM EPILEPSIA Doença que atinge mais de três milhões de pessoas no Brasil pode piorar durante a gravidez e pôr em risco a vida da mãe e do feto. Unidade de Epilepsia do Hospital Quinta D'Or, no Rio, inaugura ambulatório onde será feito o acompanhamento da doença durante a gestação. A Unidade de Epilepsia do Hospital Quinta D'Or, única do Rio de Janeiro especializada no diagnóstico e tratamento da doença, inaugurou recentemente um ambulatório para o acompanhamento de gestantes com epilepsia. Em geral, as crises de epilepsia em mulheres se intensificam durante a gravidez e os períodos de menstruação. Segundo os neurologistas Marcelo Heitor e Eduardo Faveret, coordenadores da Unidade de Epilepsia do Quinta D’Or, mulheres com epilepsia devem planejar a gravidez e fazer o acompanhamento gestacional em centros especializados. "Infelizmente, há muitas mulheres que sabem que são epilépticas e não tomam nenhum cuidado especial ao longo da gestação, o que é arriscado para elas e para o bebê", dizem. Os principais riscos são aborto espontâneo e más formações fetais. “Drogas usadas no tratamento da doença têm um potencial baixo de produzir problemas de formação do feto, mas como existem riscos, o acompanhamento deve ser feito por
especialistas", afirma Marcelo, que também é professor de Neurologia da UERJ. Em alguns casos, os médicos precisam aumentar a dosagem das drogas durante a gravidez, e isso deve ser bem administrado. O médico informa que, no caso de pacientes com epilepsia, os cuidados pré-natais devem ser maiores. "É necessário monitorar os níveis sangüíneos das drogas e evitar crises que causem quedas, perda da consciência e contrações musculares generalizadas. Além disso, é muito importante que cada fase de desenvolvimento do feto seja observada pelo médico por meio de exames complementares de imagem”, salienta. Como a epilepsia é de diagnóstico complexo, é essencial que a mulher grávida não só confirme ter a doença por meio de métodos mais precisos de diagnóstico, como possa saber que tipo de epilepsia apresenta, a fim de que se acerte no tratamento e não se corra o risco de tomar medicações erradas. A Unidade de Epilepsia do Hospital Quinta D'Or conta com um aparelho de videoeletroencefalografia digital que registra e "analisa" as imagens de um paciente enquanto ele dorme. "Este exame significou um grande avanço. Com ele, podemos observar e interpretar movimentos sutis na expressão dos pacientes. Antes só tínhamos o testemunho do paciente e dos seus familiares, o que, muitas vezes, não permitia um diagnóstico tão assertivo", conta Marcelo. Levantamento feito no país mostra que 3,3 milhões de brasileiros (1,86% da população) sofrem de alguma forma de epilepsia. Além do estigma e dos preconceitos associados à doença, os epiléticos enfrentam outros problemas. "Eles têm grande dificuldade de acesso a métodos de diagnóstico mais sofisticados e a algumas medicações específicas, usadas no tratamento das epilepsias refratárias aos tratamentos mais simples", conclui o especialista. SUA SAÚDE • 21
NOTÍCIAS REDE LABS D´OR
CAMPANHA DE COMBATE À DENGUE
Preocupado com o aumento dos casos de dengue, o Hospital Copa D’Or iniciou campanha de alerta à população que freqüenta a instituição e também aos moradores de Copacabana, próximos ao hospital. Foram produzidos cartazes e um folheto com orientações sobre riscos, como prevenir, sintomas e os diversos cuidados que todos devem ter para evitar que o vírus da dengue se instale. A prevenção é a principal arma de combate.Com a chamada “Prevenindo focos do mosquito, o vírus da dengue não tem como atacar. Colabore!” a campanha deverá sensibilizar e contribuir para a redução de casos da doença.
PROGRAMA EMPRESA CIDADÃ – PALESTRAS PARA UMA VIDA MELHOR Como uma das ações do seu programa de responsabilidade social, o Programa Empresa Cidadã, aconte-
SUA SAÚDE • 22
cem sempre na última segunda-feira de cada mês as palestras sobre temas ligados à prevenção e vida mais saudável. O ciclo de palestras teve início em janeiro com uma palestra sobre “Trauma – Mito ou Realidade” e no próximo dia 20 de fevereiro, teremos a palestra sobre “AVC – você sabe o que é?”. Os palestrantes são médicos do Hospital Copa D’Or, que abrem a sua agenda para apoiar o programa, contribuindo para a qualidade de vida da comunidade. Ainda como ação do programa, semanalmente, também às segundas, acontece o “Cinema no Copa” com filmes bem conceituados, já exibidos nos cinemas. A participação é gratuita, nas duas atividades, e os interessados podem obter mais informações pelos telefones 25453791 ou 25453793 com Stella.
NOVIDADES NO BARRA D’OR O Hospital Barra D’Or ganhou, neste início de ano, novos quartos na Mater nidade e na Internação Clínica. A Maternidade conta agora com 10 quartos ampliados, proporcionando uma acomodação diferenciada. No segundo andar, a nova unidade de Internação Clínica já conta com suítes bem confortáveis. Já a
Unidade Semi-Intensiva teve os seus 34 leitos reunidos em uma área totalmente reestruturada para um atendimento mais humanizado.
ACREDITAÇÃO HOSPITALAR – MAIS UMA AVALIAÇÃO A CAMINHO!
Os consultores da CBA – Consórcio Brasileiro de Acreditação, que representa, no Brasil, a Joint Comission International, em breve, visitarão o Hospital Copa D`Or para mais uma avaliação. Esta visita ocorre com o objetivo de verificar se a operação e os cuidados proporcionados aos pacientes estão de acordo com padrões internacionais de qualidade, homologados pela JCI. Durante o processo de Acreditação Hospitalar, nome dado ao programa de certificação, várias visitas de checagem ocorrerão e, ao final das mesmas, a consultoria emitirá relatório informando se a instituição “está em conformidade” com os padrões.
NOTÍCIAS REDE LABS D´OR
NOVA FERRAMENTA As Unidades Cárdio-Intensiva e Pós-Operatória do Barra D'Or passam a utilizar monitores Dixtal integrados à Radiologia Digital. Outra novidade será o uso de um s o f t w a re e s p e c í f i c o p a r a a detecção de arritmias. E mais uma vez sai na frente na implantação de uma tecnologia inovadora. O DX-Imagem é um sistema 100% nacional que permite aos médicos visualizarem, em monitores Dixtal DX-2020, os resultados dos exames radiológicos ao lado do leito do paciente.
BARRA D’OR INAUGURA SEU SEGUNDO QUARTO TERAPÊUTICO Devido à crescente demanda de pacientes para tratamento de neoplasia tireoidiana, o Barra D’Or inaugurou um segundo Quarto Terapêutico, e espera dessa forma atender ao grande número de solicitações de internação. Os quartos são licenciados pela CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear e estão sob a responsabilidade da equipe do Serviço de Medicina Nuclear do Hospital.
EMERGÊNCIA COM NOVO TOMÓGRAFO Outra novidade no Quinta D'Or é a chegada do seu segundo tomógrafo helicoidal, que logo estará em pleno funcionamento. A aquisição de um novo tomógrafo permitirá ao hospital aumentar e agilizar o atendimento aos pacientes, principalmente no setor de emergência.
UNIDADE NEUROINTENSIVA Emergências neurológicas representam situações muito particulares e como tal devem receber a atenção
devida e os cuidados por um time multidisciplinar, com experiência no manejo desses pacientes graves. Para atender a esta necessidade, o Hospital Copa D´Or colocará em funcionamento, dentro de poucos dias, a sua Unidade Neurointensiva. Ela será equipada com recursos tecnológicos de ponta, instalações especiais e uma equipe formada por médicos e enfermeiros com treinamento no cuidado de tais pacientes, objetivando oferecer as maiores chances de recuperação possíveis. A Unidade Neurointensiva funcionará no 4o andar do hospital, ao lado da Unidade Cardio Intensiva. O perfil da assistência prestada é muito similar nas duas unidades, onde o atendimento em cadeia, desde a Emergência, é a base para uma maior assertividade e eficácia no tratamento. Casos como AVC (derrame cerebral ou acidente vascular cerebral ), ruptura de aneurisma cerebral, trauma craniano e crise convulsiva são as principais condições tratadas nesse tipo de unidade intensiva.
PIONEIRISMO E SEGURANÇA EM TRANSFUSÕES DE SANGUE O LABS é o primeiro laboratório do Rio de Janeiro a implantar o TESTE DE AMPLIFICAÇÃO DO ÁCIDO NUCLÉICO (NAT), um sistema de triagem sorológica de doadores que reduz o risco de transmissão de infecções virais por meio da transfusão dos componentes do sangue, em especial os vírus da IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (HIV) e da HEPATITE C (HCV). Responsável pelos laboratórios de Patologia Clínica da Rede D’Or de Hospitais (Barra D’Or, Quinta D’Or e Copa D’Or), o LABS investiu cerca de U$ 100.000 para disponibilizar essa nova tecnologia, antes exclusiva na cidade de São Paulo. Empregando o sistema Ampliscreen de-
senvolvido pela Roche® Diagnóstica, o NAT é capaz de detectar os ácidos nucléicos virais mesmo no período de tempo entre a infecção e o início da produção de anticorpos, a janela imunológica, antecedendo em 20 a 30 dias a soroconversão. Reduz também o risco residual de transmissão naqueles doadores que não soroconvertem ou nos indivíduos que não produzem anticorpos detectados pelos imunoensaios habituais. De alta sensibilidade e especificidade, o processo de realização do NAT é totalmente automatizado, utiliza tubos primários e detecta as bolsas contaminadas mesmo diluídas em um grande pool de amostras negativas, permitindo a conclusão da triagem em 24 horas. Rápido e seguro, a realização do NAT vem atender a uma exigência da ANVISA para os serviços de hemoterapia públicos e privados. Os Hematologistas Associados, que trabalham nas unidades transfusionais da Rede D’Or e que primam pelo cuidado e segurança do sangue transfundido, já realizam essa triagem em mais de 10.000 bolsas de sangue mensais em parceria com LABS, que agora disponibiliza mais um serviço de qualidade em medicina diagnóstica a todos os demais bancos de sangue.
QUINTA D'OR CONTINUA CRESCENDO A Rede Labs D'Or se prepara para iniciar o projeto de expansão do Quinta D'Or. O Hospital ganhará novos leitos com a inauguração da sua segunda Unidade Semi-intensiva, situada no sexto andar. No setor de Pediatria haverá mudanças arquitetônicas, tornando-o mais adaptado aos gostos e exigências do paciente infantil.
SUA SAÚDE • 23
Hospitais da Rede D’Or
Copa D’Or
2545-3600
Barra I (21) 2493-4493 / 3154-9737 Barra II (Barra Life) (21) 2493-4493 / 3154-9737 Barra Mansa (24) 3325-8008 Botafogo I (21) 2538-3600 Botafogo II (21) 2538-3600 Botafogo III (21) 2538-3600 Botafogo IV (21) 2537-7339 Bonsucesso (21) 2560-1997 Campo Grande (21) 2414-0000 Centro I (21) 2240-8044 Centro II (21) 2538-3600 Cinelândia (21) 2533-3662
Barra D’Or 2430-3600
Copacabana (21) 2538-3600 Copacabana II (21) 2538-3600 Duque de Caxias (21) 2672-9000 Ilha do Governador I (21) 2468-1200 Ilha do Governador II (21) 2468-1200 Ilha do Governador III (21) 2468-1200 Ipanema (21) 2522-9539 Jacarepaguá I (21) 2423-1394 / 2435-9949 Leblon (21) 2540-9737 Madureira I (21) 2450-1006 Madureira II (21) 3369-0000 Maracanã (Hosp. Israelita) (21) 2567-0549
Remetente: Hospital Quinta D’Or (Departamento de Marketing) Rua Almirante Baltazar, 435 . São Cristóvão . CEP 20941-150
SUA SAÚDE • 24
Quinta D’Or
3461-3600
Méier (21) 2261-2796 Niterói (Centro) (21) 2620-4653 Niterói (Icaraí) (21) 2611-4653 Olaria (Hospital Balbino) (21) 2560-1712 São Gonçalo (21) 2607-9000 Taquara (21) 2423-1394 / 2435-9949 Tijuca I (21) 2568-6116 / 3978-6007 Tijuca II (21) 2569-2011 Tijuca III (21) 2568-6116 / 3978-6007 Volta Redonda (Hosp. Vita) (24) 3340-2000