Design Após a Criação

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DESIGN APÓS A CRIAÇÃO POR THIAGO DUARTE


Universidade do Estado de Minas Gerais Matéria Prática Projetual III Professores Daniela Luz Sérgio Luciano Tema Principal Design Editorial Subtema Produção Gráfica Editorial Autor: Thiago Duarte Design e Diagramação: Thiago Duarte

Belo Horizonte, Junho de 2013.


DESIGN APÓS A CRIAÇÃO POR THIAGO DUARTE


SU MÁ RIO


INTRODUÇÃO..........................................................6 CRIAÇÃO E MATERIAIS..............................................8 FORNECEDORES E PRODUÇÃO................................18 NOTAS.............................................................36 REFERÊNCIAS.......................................................38 AGRADECIMENTOS................................................40


INT ROD UÇÃO


Como podemos conceituar o que seria a produção de um livro? Mais do que simplesmente salvar um Acompanhar desde o primeiro package em seu indesign e envia-lo para a gráfica e assketch até que os exemplares sinar uma prova, a produção sejam distribuidos. gráfica editorial é um mundo complexo, no qual temos que prestar atenção em milhares de detalhes que podem ocorrer desde o início da criação do seu projeto, até a distribuição do mesmo. o designer gráfico, mais do que um operador de software, é um profissional que gera soluções e alternativas para a resolução de problemas. Quando na consultoria, damos um problema por resovido, é necessário que tenha um estudo posterior ao trabalho aplicado para comprovar esse fato. no design não é diferente, você deve acompanhar o seu projeto desde o primeiro sketch até que os exemplares sejam distribuidos. nesse livro iremos apresentar uma metodologia de processo recomendada para quem se preocupa com a experiência completa de seu cliente e com a qualidade que o produto final terá.

INTRODUÇÃO | 7

a história do livro é uma história de inovações técnicas que permitiram a melhora da conservação dos volumes e do acesso à informação, da facilidade em manuseá-lo e produzi-lo.


CRIA ÇÃO& MAT ERIAS


em um mercado em que se tem uma infinidade de fornecedores de produtos e serviços há também uma grande concorrência para a conquista de novos clientes. assim como se observa em outros setores da economia, o setor gráfico editorial não é diferente. Por outro lado, não é incomum de se observar o desprezo à qualidade do produto final, em detrimento do foco na venda do serviço. ou seja, o que acontece muitas vezes é que empresas do setor gráfico editorial se preocupam mais com a venda de seus produtos e/ou serviços do que com questões ligadas à qualidade destes últimos.

O PAPEL DO DESIGNER richard Hendel, em “o design do Livro”, em 2003. nesta publicação, o autor aborda a importância do bom design para o livro, que deve sempre objetivar a compreensão do conteúdo. Hendel (2003), junto ao tipógrafo alemão Jan tschichold, deixa explícito que, em um projeto gráfico para um livro, deve-se fazer de tudo para facilitar a leitura, e que o designer deve “ser um servidor fiel da palavra impressa” (Hendel, p.5). o designer de livros deve fazer a

escolha da família tipográfica, da mancha de texto 1, do formato do livro, entre outros pontos a serem observados, de forma a facilitar o entendimento do conteúdo. em um projeto gráfico, o designer de livros deve focar mais nas suas obrigações, para facilitar a leitura, e menos na auto-expressão, como em uma obra de arte. Hendel (2003)

 O designer deve ser um servidor fiel da palavra impressa   Hendel (2003) também aborda, de forma um pouco superficial, a escolha do suporte ideal para a impressão do livro, e julga que este é um dos fatores que deve ser bem planejado desde o início do projeto. o trabalho de Hendel (2003) também aborda o processo criativo da construção do layout do livro, apresentando alguns estudos de casos de projetos gráficos feitos por alguns renomados designers norte-americanos, como david Bullen, ron Costley, Mary Mendell entre outros. em um destes estudos de caso citados, anita Walker scott (2003, p. 173) afirma que “um design efi-

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CAPTAÇÃO x QUALIDADE


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ciente não depende de materiais caros ou de uma produção sofisticada. Uma limitação financeira para a produção gráfica deve ser encarada como um desafio para a imaginação na hora de desenvolver o projeto gráfico”.

MATERIAIS Por outro lado, scott (2003, p.173) também afirma que “materiais bonitos – papéis caros, maior número de cores e uma capa dura com produtos caros – certamente melhoram a boa tipografia e o design”. tais informações, um pouco divergentes, citadas pela autora, nos faz entender que não significa que o livro deva ser impresso em um determinado suporte mais sofisticado, mas sim que, ao se projetar um livro, deve-se tomar isso como referência para o projeto gráfico de forma a planejar o layout com elementos adequados ao suporte a receber a impressão. Com relação ao suporte de impressão, neste caso, para livros (o papel), Collaro (2007) relata que a qualidade de um produto gráfico depende diretamente da seleção adequada do papel, desde sua estrutura física ao acabamento e gramatura. estes fatores devem ser bem planejados e considerados a fim

de atender as especificações do trabalho a ser produzido. segundo o autor, deve-se selecionar o papel de acordo com o objetivo do projeto, utilizando o papel adequado à função do material impresso. se for, por exemplo, um livro destinado à leitura, devese utilizar um suporte que não reflita muito a luz. Já em uma publicação que tenha imagens com cores vívidas, o ideal é que se use um suporte mais brilhante – com uma superfície mais lisa. ainda em relação ao do papel, Baer (2005) cita algumas de suas principais características. dentre elas, no grupo das funcionais, pode se destacar a absorção da tinta e a imprimibilidade. a absorção de tinta é a capacidade do papel ser atravessado pelo veículo da tinta2. É uma das características que determina a escolha do sistema de impressão e o suporte a ser utilizado. Já a imprimibilidade, segundo Baer (2005), é a aptidão de receber a impressão de modo que o menor elemento do impresso, o ponto, fique nítido com uma menor quantidade de tinta aplicada. em um papel com alta imprimibilidade, o ganho de ponto3 é menor, podendo assim, reproduzir uma imagem com uma definição maior. Bann (2010) ainda lista alguns tipos de papéis. dentre estes, os mais comuns vistos em livros são os livres de ácidos (também


pais tipos de papéis para impressão de livros são os papéis offset (comumente chamados de AP, ou apergaminhado), acetinados, pápeis-bíblia e bouffant (ou bufon).

Apesar de não citar o papel couchê como o suporte comum para a impressão de livros, Bann (2010) tem sua publicação impressa neste  Um design eficiente não papel. Segundo o autor, o papel couchê é um suporte depende de materiais caros ou ideal para a impressão de de uma produção sofisticada. imagens em quadricromia 4 ou mais cores, devido ao Uma limitação financeira para seu menor ganho de ponto. Além disso, Bann (2010) a produção gráfica deve ser afirma que o papel couchê encarada como um desafio matte pode sim ser utilizado nos livros, pois sua aparênpara a imaginação na hora de cia fosca não compromete desenvolver o projeto gráfico  a legibilidade do conteúdo textual da publicação.

 Anita Walker Scott (2003)

de evitar o deterioramento a longo prazo. Neste sentido, Baer (2005) também cita a influência do PH na qualidade do serviço gráfico. Segundo este autor, um papel muito ácido – com PH menor que 4 – afeta o comportamento da tinta e a qualidade da impressão, principalmente a offset. Baer (2005) ainda afirma que alguns dos princi-

Outro ponto a ser observado na hora da escolha do papel é o sentido das suas fibras. De acordo com Baer (2005), o ideal é que as fibras estejam em sentido paralelo ao eixo dos cilindros, fazendo com que haja uma menor deformação do papel no momento da impressão, o que facilita a manutenção do registro. Já Bann (2010) especifica que no momento da impressão a gráfica prefere que

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chamados de alcalinos), que possuem durabilidade maior devido ao seu tratamento que neutralizam os ácidos existentes, naturalmente, na pasta da madeira utilizada na fabricação do papel. Esse tratamento faz com que o papel não ganhe a tonalidade amarelada com o passar do tempo, além


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as fibras acompanhem o sentido da impressão, ou seja, é preferível que as fibras estejam perpendiculares ao eixo dos cilindros. Por outro lado, no tocante ao acabamento do livro, especialmente da sua lombada, Bann (2010) considera que as fibras devem estar em paralelo à lombada. dessa forma, as páginas do livro são abertas com mais facilidade, tornando a obra mais agradável de ser manuseada,

ACABAMENTO

o acabamento do livro, considerado por Belo (2008) uma característica importante a ser observada durante o planejamento editorial, deve também ser bem planejado junto ao criador do projeto gráfico e junto à gráfica executora do serviço. Bann (2010) aconselha discutir com os fornecedo As fibras devem estar em res desses serviços os custos envolvidos nessa etapa, prinparalelo à lombada. Dessa cipalmente por ser uma etapa que pode envolver forneceforma, as páginas do livro são dores terceirizados. Um bom abertas com mais facilidade, entendimento entre as partes diminui as chances de insutornando a obra mais cesso na produção do livro e agradável de ser manuseada, garante que o resultado esperado seja alcançado. além de deixar a borda da

encadernação mais lisa. 

segundo Bann (2010), essa etapa de acabamento agre Bann (2010) ga valor ao produto gráfico, além de influenciar diretaalém de deixar a borda da encadernação mente na facilidade do seu manuseio e na mais lisa. o autor ainda identifica que existe sua durabilidade. segundo Baer (2005), um conflito entre essas duas especificações os tipos de encadernação mais comuns de direção das fibras, mas que, no geral, o vistos em livros são os livros brochados requisito de impressão tem prioridade ao (para produção de baixos custos), livros acabamento (Bann, 2010, p.130). cartonados (para livros mais robustos) e


Em relação aos livros brochados, também conhecidos como brochura, Baer (2010, p. 220) os descreve como “um conjunto de cadernos costurados, com uma simples capa de cartão ou papel reforçado colada no dorso”. Essa forma de encadernação permite que a capa seja refilada 5 junto ao miolo do livro. Ainda segundo o autor, esse tipo de encadernação pode

nos. Uma outra forma de encadernação é a com Hot Melt (cola quente), que, juntos à costura dos cadernos, completam o serviço de encadernação.

Outro acabamento bastante comum são os livros cartonados, ou encadernação em capa dura. Segundo Bann (2010), esse tipo de encadernação, em alguns casos feitos manualmente (livros encadernados a mão), garante ao livro uma aparência mais luxuosa e concede ao projeto uma maior possibilidade de uso de materiais. Bann aponta alguns materiais utilizados para o revestimento  Um conjunto de cadernos da capa, dentre eles podese identificar como os mais costurados, com uma simples comuns os papéis com revescapa de cartão ou papel timentos plásticos, os tecidos – em geral de algodão ou reforçado colada no dorso  seda artificial (rayon) – e o  Baer (2010) - Sobre a brochura couro (sintético, reconstituído ou autêntico). Esses ser feita sem costuras, utilizando somen- materiais revestem um tipo de cartão, de te colas sintéticas – como a Poliuretânica, espessura de 2 a 4 mm, distribuídos em três conhecida como PUR –, diminuindo o partes: primeira capa, a lombada e a quarta tempo de produção e consequentemente capa. Podem também ser vistos acabamenrefletindo na diminuição dos custos. Essa tos com lombada quadrada, que utiliza um técnica de encadernação permite maior papelão plano na lombada, e com lombaagilidade na produção e garante meno- da redonda. Quanto à lombada redonda, res custos de acabamento de livros, pois Bann (2010) afirma que é importante para dispensam a etapa da costura dos cader- livros de grande volume, pois ela evita

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os livros encadernados à mão (para livros de baixa tiragem), feitos com materiais mais rebuscados.


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que as folhas do meio se soltem. segundo Baer (2005), com esse tipo de acabamento as folhas se acomodam de forma natural (diferente da acomodação com a lombada quadrada), sendo capazes de se ajustarem aos movimentos do miolo na hora do usuário manusear o livro – tornando mais agradável o manuseio da publicação. sobre o papel que reveste a capa dura, este pode ser bem acabado, com a aplicação de vernizes especiais, hot stamping, relevos, laminações ou outros acabamentos especiais a fim de agregar valor ao produto e transmitir o conceito proposto pelo projeto editorial/gráfico. Com relação ao envernizamento , Collaro (2007) ressalta que este é um recurso que a gráfica utiliza para melhorar a qualidade dos impressos, aumentar a resistência do suporte e melhorar o aspecto visual do produto gráfico. Quanto ao aspecto do produto gráfico, o verniz à base d’agua fosco, quando aplicado sob o impresso, tem a capacidade de inibir o brilho da tinta sob o suporte. segundo Bann (2010), este brilho, junto ao reflexo do papel, influencia na legibilidade do conteúdo textual da publicação. É comum ver livros impressos em papel couchê fosco com a aplicação desse verniz em todo o seu miolo. em sua publicação, Bann 6

(2010) não utiliza esse recurso, deixando exposto o brilho da tinta de impressão, o que prejudica um pouco a leitura. se por um lado o acabamento especial do impresso valoriza a sua publicação, por outro, bastante óbvio, a sua impressão também valoriza. após a escolha do papel ideal junto à avaliação do objetivo do projeto, cabe ao produtor a escolha do tipo de retícula na qual será impresso o serviço.

SER SUSTENTÁVEL Por último mas não menos importante, durante a sua criação e escolha dos materiais, não se pode esquecer o real significado de sustentabilidade. oliveira Filho (2004) considera sustentabilidade, gestão ambiental e desenvolvimento sustentável, como sinônimo de sustentabilidade do negócio, ou seja, mesmo que seja ambientalmente interessante, a proposta tem que ser financeiramente interessante, também. visto assim, podemos pensar na sustentabilidade mais do que um modo de preservar o planeta para as gerações futuras, mas preservar o negócio de seu cliente, economicamente. Mesmo que seu cliente lhe dê libertade total de orçamento (o que podemos consi-


O Design é fundamental neste processo em direção ao futuro sustentável, repensando a forma como estamos produzindo e entregando produtos e serviços, de forma que todos possam viver em abundância sem comprometer o entorno nem o bem estar desta e das futuras gerações. O profissional deve hoje buscar maneiras criativas para projetar produtos e serviços, repensar a utilização dos materiais.Pesquisar novos materiais, aperfeiçoar técnicas de fabricação, montagem, desmontagem e descarte. E também, o uso da energia, o ciclo de vida, o criem transporte.

Desenvolver projetos que uma ligação com o leitor e assim aumente o ciclo de vida do impresso, isso é ser sustentável. É importante compreender que se pretendemos continuar a criar projetos de qualidade e atender a grandes clientes, a sustentabilidade ambiental também será um fator determinante na sua contratação. Algumas empresas chegaram até você com a condição de que seja realizado um projeto que possa ser chamado de sustentável ambientalmente, e você tem que estar preparado para isso. A responsabilidade ambiental é um fator determinante para as grandes empresas.

Mas quer dizer então que eu tenho que usar sempre papéis reciclavéis, não me preocupar com um acabamento refinado e atraeente? Não é bem assim, sustentabilidade não é somente economia de recursos natuais. Desenvolvendo um projeto que irá criar uma ligação grande com seu leitor, faze-lo guarda-lo e aprecia-lo, assim aumentando o ciclo de vida do seu impresso, ao invés de ser descartado após o leitor terminar de ler, você também estará se preocupando com a sustentabilidade, mesmo que de maneira indireta.

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derar uma possibilidade remota), quanto a materiais, processos de impressão e acabamento, deve se pensar qual deles tem o melhor custo x benefício, e não somente se ele causará um impacto diferenciado no público alvo. Várias das vezes é possível inovar sem gastar, e é aí que está o desafio para os designers mais curiosos. Podemos tomar como exemplo esse livro, que fala sobre a produção gráfica editorial e é impresso em uma cor com um papel colorido. Será que utilizar quatro ou mais cores é realmente necessário no seu projeto?




FORNEC EDORES &PROD UÇÃO


assim que a criação e diagramação de um livro é finalizada, chegam as maiores preocupações da produção gráfica editorial. a produção industrial de um livro abrange todos os procedimentos a partir de então, como a pré-produção, a impressão e o acabamento. o conhecimento do processo de produção traz muitos subsídios para o modo de desenhar, proporcionando oportunidades ou evitando problemas. Por exemplo, o tipo de cadernação escolhida pode influenciar em como o livro permanecerá quando aberto, além de trazer uma qualidade específica para seu trabalho, e passar uma ideia de maneira diferenciada.

RIP, RETÍCULA E FOTOLITO segundo Bann (2010), na etapa de produção dos fotolitos – computer to film (CtF) – ou de matrizes de impressão – computer to plate (CtP) –, cada cor do processo de impressão deve ser disposta sob um determinado ângulo. se esse ângulo não for respeitado, de acordo com as características físicas da tinta, poderão ocorrer padrões conflitantes entre os

pontos, formando um efeito denominado moiré 7. a disposição dessas cores é gerada através do processamento do raster image Process (riP). Bann (2010) afirma que esse riP pode gerar no fotolito ou diretamente na chapa a distribuição dos pontos de impressão de forma regular e com espaçamentos iguais, denomidando reticulagem normal ou de amplitude modulada (aM). esses riPs também podem gerar pontos com frequência modulada (FM) – para isso necessita possuir o módulo instalado e licenciado –, pelos quais a imagem é formada por pontos distribuídos aleatoriamente, sem um padrão geométrico. o padrão geométrico de distribuição da cor, por ângulo, no caso das retículas de amplitude modulada, se dá a 75º para o magenta, 45º para o preto, 15º para o ciano e 90º para o amarelo, em serviços impressos em quatro cores. Para as retículas de frequência modulada não existe esse padrão. Utiliza-se sempre na impressão com retícula aM o ângulo de 45º para a cor de maior densidade, pois, segundo Bann (2010) é o ângulo com menor percepção ao olho humano. Porém, em alguns casos, onde prevalece uma determinada tinta no impresso, esse ângulo pode ser alterado a fim de deixar em ângulos de menores percepções a tinta predominante do impresso.

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O QUE É?


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Bann (2010) afirma que a reticulagem FM possibilita a impressão com maiores detalhes nas imagens, especialmente nas áreas mais escuras e nas mais claras. Por outro lado, o serviço se torna mais difícil de ser impresso, devido ao seu maior ganho de ponto, causado pela maior quantidade de ponto distribuído no impresso. Para imprimir com esse tipo de retícula, a gráfica deve possuir máquinas mais modernas, além de outros equipamentos para o correto gerenciamento de cores. o autor argumenta que, além dessas, existe um outro tipo de retículagem híbrida, que mescla a aM e a FM, utilizando a aM em meios-tons e a FM em áreas claras e escuras. isso permite um melhor gerenciamento das cores, pois o ganho de ponto nas retículas aM é menor. Baer (2005) classifica as retículas quanto a sua forma, que pode ser quadrada, elíptica ou redonda. o autor aponta ainda que para determinados tipos de serviços devese utilizar um tipo específico de retícula. Por exemplo, para reproduções com passagens de cores mais suaves o ideal é que se utilize a retícula com pontos elípticos. Para impressões em máquinas rotativas – geralmente utilizadas para imprimir livros didáticos ou livros de tiragem muito alta – ou até mesmo a offset plana, utilizase o ponto redondo. Quanto ao ponto quadrado, Baer (2005) aponta,

de forma desatualizada, que é ideal para a reprodução dos mínimos detalhes do original. essa retícula já está em desuso quando se busca maior detalhes nos impressos. Para esse fim, utiliza-se o ponto de forma elíptica. Baer (2005) afirma que quanto maior for a frequência dos pontos em um impresso maior é a sua resolução, possibilitando assim a impressão de um serviço com maior definição de imagens. no mostruário de retículas “Usos e abusos”8 pode-se observar a aplicação ideal da retícula para cada tipo de serviço gráfico. a publicação afirma que para livros comuns, impressos com retículas aM, o ideal é utilizar uma lineatura 9 de 200 lpis enquanto para livros de arte deve-se utilizar a de 354 LPis ou imprimir em retícula estocástica (FM). a publicação apresenta essas versões de retículas impressas em papéis couchê fosco, brilhante e em papel offset.

FORNECEDORES em relação à escolha da gráfica ou editora, Bann (2010) afirma que esta escolha envolve um equilíbrio entre o preço e a qualidade do serviço. o autor relata ainda que a qualidade da impressão significa a ade-


tipos. Nessa classificação ela aponta algumas vantagens e desvantagens de um tipo de gráfica em relação ao outra, e orienta, também, que a escolha do fornecedor depende do tipo de demanda por parte do comprador gráfico.

No primeiro tipo, o das gráficas grandes, a autora aponta como vantagem a garantia de qualidade e o cumprimento de prazos, mas, em contrapartida, segundo a autora, dificilmente esse tipo de gráfica permite o acompanhamento do serviço. Oliveira (2000) ainda aponta que essas gráficas possuem impressoras mais aperfeiçoadas, garantindo assim um melhor controle de qualidade dos  Uma boa relação com os impressos, além de maior velocidade de impressão. Esse fornecedores, é o segredo de tipo de gráfica dispõe de uma mão de obra mais quauma compra bem-sucedida.  lificada e experiente. Com  Bann (2010) um fluxo de trabalho mais organizado, essas gráficas é o segredo para uma compra bem-sucedida. permitem uma previsão mais precisa quanEssa boa relação pode ser construída através to aos prazos de entrega. Oliveira (2000) da distribuição dos serviços gráficos entre um aborda que a agilidade dessas gráficas se pequeno grupo de fornecedores. dá pelo fato destas possuírem equipamentos bem diversificados, evitando assim a Marina Oliveira (2000, p.117), em “Produ- terceirização de serviços. De acordo com ção Gráfica para Desigenrs”, classifica, de Oliveira, essas gráficas são indicadas para forma geral, os fornecedores gráficos em 3 serviços que exigem alta qualidade e em

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quação ao objetivo proposto, ou seja, uma brochura promocional, por exemplo, deve ser mais bem trabalhada do que um simples panfleto. Logo, um livro de arte também deve ser mais bem trabalhado que um didático. Identificar o objetivo da peça a ser impressa e escolher o fornecedor gráfico demanda certa experiência como comprador de serviços gráficos. Bann (2010) sugere que a melhor maneira de conhecer o nível de qualidade de uma gráfica, é por meio de indicação de trabalhos feitos por outros clientes. Uma outra maneira é a visita à gráfica e a análise da amostra dos seus serviços. Uma boa relação com os fornecedores, segundo Bann (2010),


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grandes tiragens. Quanto à desvantagem, é apontado pela autora o alto preço dos serviços, se comparado às demais.

O terceiro tipo de gráfica citada pela autora são as gráficas pequenas, chamadas de “gráficas de fundo de quintal”. Com uma ou duas máquinas, de uma ou, no O segundo tipo de gráfica são as gráficas máximo, duas cores, essas gráficas ainmédias, que são mais indicadas quando se da perdem muito tempo com acerto de faz necessário uma economia de custos. máquinas para serviços impressos em poSegundo Oliveira (2000), essas gráficas licromia. Oliveira (2000) cita que nessas podem fornecer serviços de excelentes gráficas o controle de qualidade é pequeno qualidades, porém, exige a necessidade ou inexistente, além do fato destas gráfide um acompanhamento de um produ- cas de trabalharem de forma improvisada, tor gráfico. A qualidade dos serviços por sem normas para armazenamento dos elas prestados tende a ser mais instável, insumos. Segundo a autora, apesar desseja por conta dos equipamentos, mão de sas características, essas gráficas podem obra desqualificada, ou armazenamento atender, com certa eficiência, a demanda inadequado do suporte para impressão, de serviços para cartões de visitas e paalém de não haver normas e nem procedi- péis timbrados. Quanto aos outros tipos mentos padronizados. Essas gráficas não de serviços gráficos, Oliveira (2000) sugere que a qualidade irá variar de acordo com a eficiência  O controle de qualidade do produtor gráfico, deixando explicito a necessidade nas chamadas ‘gráficas de desse profissional. Com o fundo quintal’ é pequeno ou orçamento bem abaixo em relação aos demais tipos de inexistente.  gráficas, estas costumam  Oliveira (2000) terceirizar a maior parte de sua produção. Esses serviços possuem muitos equipamentos para aca- terceirizados, segundo a autora, também bamento, havendo assim a necessidade necessitam de um acompanhamento do de terceirização de muitos serviços, o que produtor. Como no caso das gráficas do podem comprometer o prazo. segundo tipo, a terceirização dos serviços


Quanto à terceirização dos serviços gráficos, principalmente os de acabamentos e encadernação, Bann (2010) não enxerga isso como um problema, desde que a gráfica contratante assuma a responsabilidade pelo serviço contratado. Um produtor ou comprador desses serviços deve conhecer essas empresas terceirizados a fim de exigir que a gráfica contratante evite ou dê preferência a uma determinada empresa de sua confiança. Bann (2010) ainda identifica outro grupo de fornecedores, os internacionais – presentes praticamente só na China para impressão e Índia para acabamentos. Segundo bann, essas gráficas são fornecedores adequados para a impressão de livros ou embalagens, pois não têm a mesma restrição de tempo de um material publicitário, por exemplo. Outro aspecto é o da qualidade. Pelo fato dessas gráficas trabalharem sempre voltadas para o mercado de exportação e com o custo de mão de obra bastante reduzido, essas possuem preços mais baixos e bastante competitivos. Para produção de grandes tiragens de livros de arte, fotografia ou infantis, essas gráficas, segundo Bann (2010),

são as que apresentam maiores vantagens. Para alcançar o nível de qualidade exigido, essas gráficas estão equipadas com máquinas capazes de identificar qualquer defeito na impressão ou encadernação. Algumas das desvantagens apontadas pelo autor é em relação ao transporte (marítimo ou aéreo) que onera o serviço e os gastos de tempo e dinheiro com o envio de provas físicas. Uma outra grande desvantagem é a burocracia alfandegária para a importação desse tipo de serviço, já materializado como produto. Para fator de controle de qualidade dos impressos, Bann (2010) propõe a avaliação através de um check list, em que lista alguns defeitos perceptíveis e comuns aos impressos, pelos quais pode-se avaliar a qualidade do serviço gráfico prestado. Bann (2010) aponta que antigamente, em uma produção gráfica, o produtor tinha a função de avaliar os originais antes de passar para a próxima etapa da produção – o envio para a gráfica. Hoje é um pouco diferente, pois apenas os arquivos digitais são fornecidos, cabendo ao produtor editorial e ao designer avaliarem a qualidade dos originais. Neste viés, segundo o autor, a função do produtor consiste, entre outras atribuições, na avaliação do produto impresso, descritos a seguir.

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influencia diretamente nos prazos e previsão de entrega, que muitas vezes, para esse tipo de gráfica não é cumprido. (Oliveira, 2000).


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Quanto à avaliação do processo de impressão, Bann (2010) diz ser necessário avaliar os seguintes itens: decalque, variação de cor, pintas (boi) e erro de registro. Já quanto ao acabamento, devem-se avaliar os defeitos de encadernação. O decalque, que é a transferência de tinta da frente de um impresso para o verso do outro, e é visto, mais comumente, em capas onde um lado da folha está em branco. Esse defeito é causado pelo incorreto acerto do pó antidecalque10, tinta inadequada ou em excesso, deficiência na secagem ou até mesmo defeito de fabricação do pa-

houve ou não variação na quantidade de tinta aplicada. Collaro (2007) relata que essa avaliação é feita através do densitômetro12. Não intencionalmente, toda a publicação de Bann (2010) apresenta esse tipo de erro, mas pode ser claramente observado quando se compara a página 110 à 112 da sua publicação. Para contrariar a afirmação de Oliveira (2000), o livro de Bann (2010) foi impresso na China.

O aparecimento de pintas ou boi ocorre quando existe uma área suja na blanqueta13. Essa sujeira é provinda do pó liberado pelo papel, ou de restos de tinta seca que aderem a blanFaça um checklist dos erros queta. Esse problema é visto em áreas de cores lisas ou mais comuns (citados aqui) e chapadas e, assim que obverifique durante a produção servado, a lâmina impressa deve ser excluída do restante de seus trabalhos. já impresso. Para evitar esse problema, o impressor deve pel. A variação de cor, segundo Bann (2010), inspecionar regularmente a impressora e laocorre quando o acerto da densidade de var regularmente a blanqueta. cor11 é incorreto entre os cadernos do livro. Em gráficas grandes, como as consideradas O quarto item da impressão a ser observado por Marina Oliveira (2000), esse erro se torna é o erro de registro. Segundo Bann (2010), quase incomum, as gráficas possuem equipa- é um problema fácil de se observar, pois no mentos capazes de controlar a densidade da caso da impressão em policromia, as cores, tinta no impresso e comparar com a de ou- quando fora do registro, apresentam um tro caderno, bastando somente ao impressor, efeito visual desfocado, se projetando para em intervalos regulares de tempo, avaliar se as bordas das imagens. O trabalho de Bann


outro item de verificação a ser observado são os defeitos de encadernação. segundo Bann (2010), se apresentado algum problema nesse processo, provavelmente será necessário a reimpressão de todo o trabalho. Um refile incorreto pode comprometer um texto ou um elemento gráfico disposto próximo às áreas de corte no layout. a não aplicação de vernizes secantes ou selantes sob a área de impressão poderá fazer com que haja decalque ou borrões de tinta no processo de acabamento ou encadernação. Quanto à costura, o autor recomenda o teste de tração e reflexão de página, visando avaliar a resistência da encadernação. avaliando o espelhamento de páginas, ou o teste de reflexão, podemos observar que esse tipo de erro não ocorre na publicação de Bann (2010).

PROCESSOS DE IMPRESSÃO Podemos dizer que a grande maioria dos livros são impressos no método offset, mas nem todos os livros precisam necessariamente ser impressos nesse método. na hora da escolha do processo de impressão, é importan-

te levar em conta a qualidade do produto final, como discutimos aqui, porém outros tópicos devem ser observados: 1. as deficiências e vantagens do processo – analisar que tipo de imagem você irá imprimir, o número de cores e a facilidade de haver problemas de registro, nesse caso, não se esqueça de observar atentamente durante a impressão se tudo está correndo como deveria. 2. a tiragem – se você for imprimir 50 exemplares, é bem provável que valha mais a pena você utilizar de processos que não necessitam de uma matriz física, como a impressão digital. Para uma tiragem média, acima de 500 exemplares, processos mais automatizados como o offset e a rotativa, começam a valer a pena. 3. o suporte – alguns processos de impressão só conseguem imprimir com qualidade em papel. algumas produções editoriais podem utilizar papelão, acrílico ou acetato. 4. Fornecedor – as vezes o melhor processo para imprimir seu projeto, não tem um fornecedor que seja confiável e acessível para o acompanhamento, na dúvida, não deixe de dar preferência as gráficas que você conhece o trabalho e já tem uma maior liberdade.

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(2010) apresenta esse tipo de erro que pode ser claramente observado na página 88 da sua publicação. o problema ocorre entre as cores ciano e magenta.










NO TAS


2 O veículo é a parte fluida da tinta que mantém o pigmento em suspensão. Sua função é possibilitar a transferência do pigmento da fôrma de impressão para o suporte, assim como sua fixação sobre ele. Os veículos podem secar por penetração ou por evaporação (Baer, 2010).

de peças com aplicação de vernizes especiais são as revistas da Pancrom. 7 Padrão geométrico de reticulagem indesejado causados pelos ângulos incorretos de meio-tons sobrepostos. 8 Publicação com fins comerciais que objetiva mostrar os diversos pontos de retícula aplicados sob alguns tipos de papeis. Esse mostruário foi produzido pela Formato Artes Gráficas, em Belo Horizonte, no ano de 2009.

3 Ganho de ponto é o aumento do ponto que pode ocorrer na impressão. Além do papel, a máquina e a blanqueta offset (Bann, 2010)

9 Lineatura é a quantidade de pontos de tinta que o impresso apresenta por uma polegada linear.

4 Modelo de separação de cores para as três cores primárias, cian (C), magenta (M), yellow (Y) e o acréscimo do preto (K). Utiliza-se o K, por ser a cor chave (key) do processo (Bann, 2010).

10 Pó fino utilizado na saída de uma impressora plana, que serve para evitar o contato direto entre a tinta de uma folha e o verso da outra, dentro da pilha de impressão (Bann, 2010).

5 Define-se o refilamento como: corte do papel para a impressão ou acabamento, de forma que ele fique do tamanho adequado ao serviço proposto (Bann, 2010).

11 Grau de escurecimento de um tom ou uma cor, medido através do densitômetro (Bann, 2010).

6 O envernizamento em impressos é a aplicação de vernizes especiais, a base de água ou não, que têm a função de proteger ou dar um aparência específica, valorizando basicamente o brilho ou a opacidade, um determinado aroma ou textura a um serviço. Um ótimo exemplo

12 Instrumento com célula fotoelétrica utilizado para controlar a qualidade do trabalho impresso, medindo a densidade de tinta aplicada em determinada área (Collaro, 2007). 13 Cilindro revestido de borracha, que transfere a tinta da matriz para o papel, em impressão offset.

NOTAS | 35

1 Mancha de texto é a área de uma publicação reservada para o texto. Essa área é definida com um espaço padronizado entre as quatro bordas da página.


REFE RÊN CIAS


HasLaM, andrew. o Livro e o designer ii. são Paulo, editora rosari, 2007. araÚJo, emanuel. a Construção do Livro: princípios da técnica de editoração. rio de Janeiro, nova Fronteira, 1986. Baer, Lorenzo. Produção Gráfica. são Paulo: editora senac, 2005. Bann, david. novo Manual de Produção Gráfica. Porto alegre: Bookman, 2010. BeLo, andré. História & Livro e Leitura. Belo Horizonte: autêntica, 2008. CoLLaro, antônio Celso. Produção Gráfica: arte e técnica da mídia impressa. são Paulo, 2007. HendeL, richard. o design do Livro. são Paulo: ateliê editorial, 2003. oLiveira, Marina. Produção Gráfica para designers. rio de Janeiro: 2aB, 2000.

REFERÊNCIAS | 37

de assis, Fábio. Qualidade dos serviços gráficos na percepção do cliente: comprador gráfico ou produtor gráfico. Belo Horizonte, 2010.


AGRA DECI MENTOS


Em 2011, na minha segunda tentativa, consegui entrar para a universidade. E desde então tenho percebido que o que eu achava suficiente, não era nem o início que alguém precisa para ser um bom designer. Hoje, cinco períodos depois me sinto uma nova pessoa. As curvas pararam de ter tanta graça, e hoje percebo que eu não entrei na faculdade para aprender a trabalhar com elas, mas para entender que eu não precisava. Quanto mais reto e geométrico é o trabalho que eu faço, mais me vejo neles, mais sinto minha alma em cada uma das cores, páginas ou as vezes com um ângulo fechado e com um conjunto de triângulos.

Para esse desenvolvimento do meu estilo, eu quero agradecer aos professores Sérgio Lemos e Flávio Nascimento, que me mostraram que existe a vida além das ferramentas digitais e que as vezes é realmente necessário pensar fora da caixa e criar várias alternativas, por mais que você não goste de nenhuma delas, uma hora você irá encontrar a forma certa. Pelas orientações pertinentes e todo o desenvolvimento do semestre, eu gostaria de agradecer a dupla de professores Daniela Luz e Sérgio Luciano, que pela primeira vez juntos nessa prática, conseguiram conduzi-la de maneira satisfatória, mesmo com alguns contratempos com o cronograma. Não vou mentir, gostaria de ter tido mais tempo para desenvolver melhor esse projeto, e poder trazer um conteúdo de melhor qualidade. Pelas aulas de Materias e Processos de Produção, uma das mais importantes para o desenvolvimento do tema, agradeço novamente ao professor Sérgio Lemos, e a professora Joana Alves, pelas aulas dadas e por colocarem a sala em contato com vários meios de produção em suas visitas técnicas. Por mais que superficiais por falta de tempo, são muito importantes para entender melhor a materia, e se preparar para quando for tirar seus projetos da cabeça e produzi-los.

AGRADECIMENTOS | 39

A cada matéria que chega ao fim na faculdade, percebo que eu consigo ser muito melhor do que eu imaginei que um dia poderia. Entrei na Universidade do Estado de Minas Gerais com o propósito de dominar as curvas, pois sempre me senti atraído por elas, e todas minhas tentativas de trabalhos com elas, eram frustrantes. Dentro de mim, em 2008 quando decidi que iria seguir a carreira de designer gráfico, eu já estava suficientemente bem por minha conta e acreditava que continuando meu método auto-didata de estudo, poderia ser um bom profissional.


Design Após a Criação | 40

Por tudo que venho aprendendo no último um ano e seis meses, agradeço ao Martuse Fornaciari e a Lúcia Nemer, meus chefes. Desde que entrei no escritório, eu evolui inumeravelmente como profissional e estudante. A eles também quero agradecer as orientações, feedbacks, e ideias que foram dadas durante o projeto, além das horas gastas pré e pós expediente no escritório para o desenvolvimento do mesmo. Ao Fábio de Assis agradeço por ter disponibilizado sua obra de conclusão de curso sobre Produção Gráfica Editorial, obra usada aqui como base de todos os textos e argumentos descritos. Sou grato também por tudo que me ensinou sobre produção gráfica e ferramentas digitais no último ano, com certeza sem a ajuda dele não conseguiria desenvolver o tema aqui trabalhado. Gostaria de agradecer a minha namorada Isadora Prado, que aguentou finais de semana tediosos fazendo trabalho ao meu lado e por todo apoio que me deu do início ao fim do projeto, além de ter que aguentar eu enviar dezenas de revisões com modificações mínimas que nem o designer gráfico mais experiênte iria perceber.

Mais do que um simples apoio nesse projeto, tenho que agradecer a minha mãe Júnia Moore, que durante os últimos 21 anos teve grande parte da sua vida dedicada a me criar e fazer de mim a pessoa que sou hoje, e que mesmo não concordando, me apoia o máximo possível na minha escolha de fazer o curso de Design Gráfico. Agradeço a todos os autores citados nas referências, por estar desenvolvendo um ótimo trabalho de pesquisa para ajudar no crescimento do design gráfico em todo mundo, e principalmente aos autores brasileiros que possivelmente enfrentam uma grande dificuldade para publicar seus trabalhos. Obviamente, agradecer a todos os meus amigos, em especial para o Thiago Barcelos, que me deu um retorno com críticas construtivas durante o processo de criação. Finalizando essa parte chata que não interessa a ninguém, agradeço a Deus por mais esse semestre e por tudo que ele tem feito em minha vida, relacionado ao projeto ou não. Que venham os próximos!



Este livro foi confeccionado no formato 20x20cm, utilizando as tipografias DIN Schrift para tĂ­tulos e Frutiger corpo 11 para o texto. Miolo em papel Color Plus Rio de Janeiro 180g e capa utilizando malas reaproveitadas.


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