Uma publicação Country Clube de Goiás – ano XXVIII – nº 123 – abril de 2013
Vermelho e branco Country comemora 53 anos com eventos esportivos e valorização da sua história
Réveillon
Em noite de gala, Countryanos comemoram a chegada de 2013
Entrevista
A revista O Country conversou com a Artista Plástica Saida Cunha
sumário 8 8 FESTA NO COUNTRY >> RÉVEILLON 2013 Réveillon repleto de boas vibrações 16 ENTREVISTA >> SAIDA CUNHA 18 “A arquitetura realiza sonhos”
24 COOK >> ANDRÉ BARROS 26 Bússola da vida 28 JOVEM ATLETA >> TIAGO LOBO 30 Inspiração vem de casa
32 CARNAVAL >> MATINÊS DO COUNTRY 34 Folia Countryana! 36 ESPORTE >> MED CUP 2012 42 Celebração da amizade
36 vermelho e branco >> FESTA 48 Que venha Vermelho e Branco por muitos anos! 42 VERMELHO E BRANCO >> TÊNIS 50 Raquete Vermelho e Branco no Country
42 vermelho e branco >> FUTEBOL SOÇAITE 54 Futebol Soçaite exibe craques adultos e mirins 42 vermelho e branco >> FUTEBOL de campo 56 O Vermelho leva a melhor no futebol
42 vermelho e branco >> PETECA 58 Domínio no jogo 48 ANIVERSÁRIO >> COUNTRY CLUBE DE GOIÁS 62 53 anos bem vividos
48 RADAR >> 70 por Ana Carolina Castro 50 ESPORTE >> FUTEVÔLEI 74
Movimentação total nas areias do Country
52 REUNIÃO >> diretoria e CONSELHO 76 Reunião Plenária e confraternização fecham o ciclo de trabalho de 2012
54 FESTA >> RECONHECIMENTO 80 Funcionários participam de animada confraternização
56 FLAGRAS >> COUNTRY 82 78 carta do presidente >> 84 O dinheiro do Clube
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>> editorial
>> Expediente
53 anos da família countryana
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Country Clube de Goiás chega aos 53 anos de fundação com muitos motivos para comemorar. Um deles é a união entre as famílias countryanas. Os associados têm estampado em seus rostos o desejo de compartilhar a convivência e bons momentos de amizade e companheirismo que o Clube proporciona. Além disso, o Country continua pujante e crescendo cada dia mais. Isso nos dá a certeza de que os passos dados até o momento foram marcados por muitos acertos. Nesta edição, a Revista O Country presta uma homenagem especial ao Clube com uma matéria que conta detalhes interessantes dos 53 anos de historia do Country.
Nesta edição, a Revista O Country presta uma homenagem especial aos 53 anos do Clube
Por falar em aniversário do Clube, tivemos a tradicional Festa do Vermelho e Branco. Os associados participaram de torneios durante todo o mês de março. Foram realizadas competições animadas de todos os esportes oferecidos pelo Clube. Quem não entrou em campo, participou na torcida!
Country Clube de Goiás – fundado em 1960 Sede social: BR-153, Km 13 Aparecida de Goiânia-GO Telefone: (62) 3283-6196 Secretaria Rua 88, nº 100, Setor Sul, Goiânia-GO Telfone: (62) 3241-0165 | Fax: (62) 3241-0277 CGC (MF): 01613058/0001-73 e-mail: countryclubedegoias@gmail.com Fundadores Datis de Lima Oliva, Eurico Calixto de Godoy, Hélio de Araújo Lobo, Hugo Walter Frota, José Camilo de Oliveira, José Hermano Sobrinho, José Normanha de Oliveira, Jurandyr Vasconcelos, Manoel da Cruz Marini, Manoel dos Reis e Silva, Orlando Morais Lobo, Romeu da Silva Neiva, Simão Carneiro de Mendonça, Walter Hugo Frota, Wilson de Carvalho. Diretoria eleita para o biênio 2012/2013 Murilo Antunes de Oliveira (Presidente), Thales José Jayme (1º Vice-presidente), Ronaldo Borges Ferrante (2º Vice-presidente), Gustavo de Freitas Teixeira Álvares (1º Secretário), Nara Borges Kaadi Pinto Moreira (2º Secretária), Tubal Vilela da Silva Neto (1º Tesoureiro), Alexandre Cruvinel Ferreira (2º Tesoureiro), Rafael Ângelo do Valle Rahif (Diretor Social), Carlos Queiroz de Paula e Silva (Vice-Diretor Social), Emerson Luiz Barbosa (Diretor de Esportes), Daniel Cecílio Ventura da Silva (Vice-Diretor de Esportes), Pedro Paulo G. de Medeiros (Diretor Jurídico), Kepler Silva (Diretor Técnico), Marcello Veiga Costa Campos (Diretor de Patrimônio). Conselho Deliberativo Eleitos: José Carlos Batista Bretas, José Vaz da Silva Júnior, Lauro Roberto Soares, Maria Luiza Póvoa Cruz, Mário dos Santos Júnior, Maurício Antonio Pires Frota, Michel Henriques Thó, Militão da Silva Rufino, Nazir El Haje Neto, Rogério Ulisses Thomé, Zilmar Daher. Efetivos: Bento Odilon Moreira, José Crispim Borges, Rivadávia Xavier Nunes, Léo de Queiroz Barreto, Marden Machado. Nato: José Hermano Sobrinho.
Nessa edição, apresentamos uma interessante entrevista com a artista plástica e professora Saida Cunha. Ela é uma de nossas associadas que possui personalidade marcante e carrega experiências valiosas. Nosso desejo é que, você leitor, possa conhecer um pouco mais sobre essa renomada countryana. Temos também o exemplo de Thiago Lobo, o jovem atleta, que pratica squash, seguindo os passos da mãe e das duas irmãs. Veja os melhores momentos do Réveillon, Carnaval e Flagras. São fotos que registram momentos de celebração, convivência e amizade entre os countryanos! Boa leitura!
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Publicação Bruno Brasil (Diretor Geral) Sandra Camargo (Diretora Administrativa) 06.318.579/0001-11 Renata Rangel (Assessoria jurídica) Jornalistas: Daíse de Sá, Paula Parreira, Edson Jr. Fotógrafos: Giuliano Gillet, Ricardo Lima, Eduardo Jacob Estagiária: Fabiane Alcântara Projeto gráfico: Thiago Luis (thiagoluisgomes@gmail.com) A revista O Country, fundada em 1985, é uma publicação trimestral do Country Clube de Goiás, editada pela Goya Editora e Publicidade Ltda. email: revistaocountry@gmail.com Telefones: (62) 3095-1612 | (62) 9929-2651 Impressão: Gráfica Art3. Tiragem: 3500 exemplares
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Réveillon repleto de boas vibrações Virada do ano foi marcada por animação, requinte e beleza. Que venham dias de harmonia, saúde e sucesso! texto >> Daíse de sá fotos >> Giuliano Gillet e Eduardo Jacob
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Ano Novo teve um sabor especial para os associados que elegeram o Country Clube de Goiás para começar 2013. A decoração com bastantes flores naturais e iluminação aquecedora fizeram do salão de festas o cenário ideal para a festa. Adultos, jovens e crianças despediram do velho ano e receberam os novos dias de braços abertos. O requintado cardápio contou com diversidade de carpaccios, frutos do mar, pratos tradicionais e doces deliciosos. Além disso, a pista ficou lotada durante toda a noite sob o comando do DJ Zeddy, que preparou uma seleção especial para os countryanos. O presidente do Country Clube de Goiás, Murilo Antunes de Oliveira adiantou logo na entrada do salão de festas que o objetivo do Réveillon countryano é sempre superar o que já foi realizado e surpreender as famílias. Após conferir os últimos detalhes, ele teve a certeza de que esse objetivo tinha sido alcançado. “É, sem dúvida, uma festa tradicionalíssima, voltada para convivência com amigos e família, bem animada e bem servida”, concluiu. Para alguns era a primeiro Réveillon no Country, para outros é a continuidade de uma escolha feita já por vários anos. O casal Carlos e Geraldine
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Leopoldo escolheram, pela 3ª vez, o Clube para começar o ano novo com pé direito. “Optamos pelo Réveillon no Country por termos a certeza de encontrar famílias felizes, gente bonita, excelente jantar e boa música”, diz Geraldine. Já para Leonardo tudo era novidade e um misto de emoção e expectativa pela meia-noite. Os pais Alberto e Henedina Braga trouxeram o filho caçula para passar o primeiro Réveillon no Country com muita alegria. “Viemos bem animados, sabendo que a festa tem tudo para agradar nosso filho”, disse Henedina. De pais para filhos é que a tradição tem continuidade. As jovens Marcela Abreu e Victoria Baiocchi não abriram mão de passar mais um Réveillon ao lado na família no Country. Elas apontaram dois fatores para estarem no Country na noite de 31 de dezembro: família unida e noite animada.
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Entrevista >> Saida Cunha
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“A arquitetura realiza sonhos” A sensibilidade e a dedicação sempre orientaram o trabalho como artista plástica e professora de Saida Cunha. Aos 72 anos, ela acumula homenagens, como as do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás, pelos anos prestados à educação, e do jornal O Popular, pelo qual foi eleita uma das 75 mulheres de referência em Goiânia texto >> Paula parreira fotos >> luciano Camargo
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evotada à profissão por anos, Saida faz planos de voltar a pintar. Nesta entrevista, ela opina sobre ensino, artes plásticas e arquitetura, área em que lecionou por quase 50 anos na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Goiás. Com muito orgulho, a artista fala sobre a vasta coleção que possui de obras de goianos, a maioria contemporânea de uma época efervescente culturalmente em Goiânia. Ela possui um acervo que guarda a memória da arte goiana e o afeto de amigos próximos. Fã de natureza, casada com o engenheiro civil Marcos Roriz Soares de Carvalho, a artista plástica, mãe de quatro mulheres e avó de quatro netos, está sempre no Country Clube de Goiás, que começou a frequentar desde o início, na década de 60. Você é de Rio Verde. Como foi a mudança para Goiânia? Nasci em Rio Verde e agora, quando vou lá, fico olhando a cidade e sempre me emociono. A cidade mudou muito e não encontro mais a cidade da minha infância. Mas, mesmo assim, gosto muito de lá. Tenho muito orgulho de ter nascido em Rio Verde. Fui estudar em São Paulo aos 11 anos. Então, meu pai não queria mais que ficássemos separados. Tínhamos ido os meus irmãos e eu. Então, viemos embora de Rio Verde para Goiânia, a família toda. Nesta época, entrei direto do ginásio para a Escola de Belas Artes. A gente não precisava ter o científico, podia entrar direto. Depois, fui aconselhada a fazer o normal para dar aula e, no final, fiz junto o normal com a Faculdade Belas Artes.
A Escola Goiana de Belas Artes foi um marco nas artes plásticas de Goiás. Como foi o período que você passou lá e com quem você conviveu? Formaram-se nesta escola artistas como a Isa Costa, a Ana Maria Pacheco. Trabalharam no ateliê do DJ Oliveira, o Roosevelt, o Siron Franco, a Vanda Pinheiro. O Leonam Fleury trabalhou no ateliê do Siron. Foram vários artistas que viveram nesses ateliês. O Amaury Menezes era tão bom que entrou como aluno e, antes de finalizar o curso, já era professor. A Belas Artes fazia um burburinho na cidade, nós pintávamos nas ruas, a cidade era muito vibrante. Então, alguns professores saíram e criaram a Belas Artes da Federal. O Frei Confaloni achou que tinha que ser criada a escola de Arquitetura, porque esvaziaria a Belas Artes com o curso gratuito.
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E como foi a mudança para a Arquitetura? Em 1967, o professor Helder (Rocha Lima), o Frei Confaloni, o Amaury e o Antônio Lúcio criaram o currículo para fazer a escola de Arquitetura. Finalizou a Belas Artes. Fiquei na Belas Artes até a última turma terminar. Em 1970, mais ou menos, eu já dava aula na Arquitetura. Por isso, todo mundo acha que eu sou arquiteta. A escola de Arquitetura, na formação que o Helder propôs, era para ser uma escola experimental, não uma enquadrada em currículos rígidos. Ele queria uma escola em que você pudesse experimentar novas alternativas. Tínhamos artistas plásticos no quadro de professores. Essa permanência nossa, esse vínculo, ninguém queria que se perdesse. Na verdade, a arquitetura nasceu das artes. Os primeiros arquitetos eram artistas, como Michelângelo. Procurávamos manter o vínculo com a escola de Belas Artes. Como era o currículo? O curso da Belas Artes era muito rico, muito versátil. Fiz escultura com o professor Ritter, fazíamos desenho com o professor Veiga. Fiz pintura com o Frei, com o Oliveira. Fiz aquarela com a Dalvinha, que acabou falecendo, e com o Amaury. A gente trabalhava nos ateliês do Oliveira e do Frei todos os dias. Pintávamos todos os dias. No sábado e domingo, a gente saía e pintava na rua. Tínhamos uma vida muito ativa. Trabalhávamos com modelo vivo, desenhávamos na rua e depois voltávamos para pintar no ateliê. A cidade ainda permitia isso, o trânsito era pequeno. Viajámos nas redondezas, na periferia. Em 1977, o Frei faleceu e o Tai Hsuan-an entrou na escola de arquitetura. Ele também começou a participar conosco das saídas para pintar fora. Falo que o Tai teve a percepção de descobrir os quintais das casas mais simples. A gente pintava na periferia, então tinha roupas nos varais, que davam situações plásticas belíssimas. Era um período maravilhoso. Como é hoje? Hoje normalmente por causa da situação de trânsito, as pessoas fotografam o que querem trabalhar e dali tiram o que precisam. E existem os grafiteiros, que fazem uma arte mural de rua muito bonita. Não gosto
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a arquitetura nasceu das artes. Os primeiros arquitetos eram artistas, como Michelângelo da pichação, gosto do grafite. Tem trabalhos muito bonitos, muito bons. O grafite é uma arte, uma beleza de trabalho, fantástico. Tem brasileiros que pintam no mundo inteiro. Gosto muito. Toda essa origem das artes aqui em Goiânia nasceu dessa nossa escola de Belas Artes, dessa geração do Oliveira, do Frei, do Roosevelt, da Ana Maria Pacheco, do Siron. Você deu aulas por 48 anos. Como você acha que o ensino de arquitetura evoluiu nesse tempo? A herança da escola de Belas Artes foi fundamental na formação da nossa arquitetura. A gente trabalhava muito desenho e criação. Quando o Tai chegou, ele trouxe uma proposta, um raciocínio que ele chamava de método ternário. Na década de 70, fomos fazer um novo currículo. Fizemos uma integração de conteúdos. Nesta época, a escola de arquitetura foi considerada o melhor currículo do Brasil. Você trabalha com o raciocínio de criação. Sempre falei que o artista é livre para fazer o que ele quiser. Não tem barreiras. Agora, o arquiteto
tem. Ele trabalha com o raciocínio e interfere na cidade com a obra dele. Ele tem que ter um processo criativo racional. Tem que pensar o que está fazendo. Não é livre. Ele tem liberdade criativa dentro desse limite. A gente trabalhava muito isso, de raciocinar o processo de criação. O que você mais gosta na arquitetura? A arquitetura realiza sonhos. Você trabalha numa casa com aquilo que a pessoa sonha para ela. A diferença é a coisa mais fantástica que o mundo tem. Se fôssemos todos iguais, seria a pior coisa do mundo. As diferenças têm que ser respeitadas pelo arquiteto. E o urbanista tem um papel fundamental no respeito ao habitante de uma cidade. Isso é importantíssimo. Eu, por exemplo, sempre fui totalmente contrária a muros. O muro isola o relacionamento das pessoas, além de tirar
a beleza da cidade. Pensa se todo mundo criasse um muro na beira da calçada. Nós andaríamos em corredores. Sempre falei que, no projeto, você tem obrigação de devolver às pessoas o verde, a cor. Não pode criar corredores. Isso aumenta a responsabilidade do arquiteto? A responsabilidade do arquiteto é muito grande. Na área do urbanismo, fico impressionada. Comecei a fazer meu mestrado com o pessoal do Rio Grande do Sul. E o professor Juan é o maior especialista em drenagem no Brasil. Ele fala que não pode asfaltar. É por isso que tem tanta enchente. Como as autoridades não perceberam isso? Toda calçada deveria ter o canteiro central. Nas casas mais simples, para não ter o trabalho da grama, põem cimento. Derrubaram aquelas casas do Parque Mutirama. Eram casas antigas, que tinham árvores frutíferas. Passa lá hoje. Que coisa horrorosa e que tristeza. Além de terem derrubado as casas, derrubaram todas as árvores. E puseram um asfalto pra fazer estacionamento. Ora, faça estacionamento com caminhos de pedregulho ou intercalado com grama e deixa filtrar a água. Vira esse caos e uma cidade seca, árida.
sempre fui totalmente contrária a muros. O muro isola o relacionamento das pessoas, além de tirar a beleza da cidade 22
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Como você se sentiu com a homenagem do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás? Fiquei feliz demais. A universidade nunca me dirigiu uma palavra, um obrigado por todos esses anos de trabalho. Mas o CAU me prestou essa homenagem na área da educação. Fiquei muito emocionada, porque recebi mensagens de alunos esparramados pelo mundo. Chorei muito. De emoção e alegria. Foi muito importante pra mim.
E ser considerada uma das 75 mulheres de referência em Goiânia, pelo jornal O Popular? Fiquei feliz com essa homenagem. Mas quero deixar claro que ela não é sozinha, isolada para mim. Ela pertence a todos os meus colegas que trabalharam comigo e, sobretudo, aos meus alunos. Meus alunos são parte fundamental da minha vida, da minha formação, de eu ser a pessoa que sou. Amo de paixão os meus alunos. Tenho um amor e uma gratidão por eles e por todos esses anos de trabalho. Tenho muito orgulho de ter sido professora. Por que no Brasil um professor primário ganha menos do que um gari? É preciso ter muito amor para poder exercer a profissão de professor aqui no Brasil. Tenho 48 anos de professora. Imagina se eu não amasse, que horror que seria a minha vida? Seria um desastre. Foi minha vida. É preciso gostar, é preciso amar. Como foi se aposentar? Horrível. Fiquei muito triste. Acho muito difícil. Quero ver se consigo retomar meu trabalho de pintura. Quero voltar a pintar. Faz tempo que não pinto. Dei uma parada e muito esporadicamente fiz alguns trabalhos. Agora recomecei com algumas aquarelas. Quero recomeçar a pintura. Eu vou trabalhar no Milagre dos Peixes. Gosto demais de lá. É um lugar muito especial. E no ateliê do Amaury.
Tenho muito orgulho de ter sido professora. Por que no Brasil um professor primário ganha menos do que um gari? É preciso ter muito amor para poder exercer a profissão de professor aqui no Brasil. 24
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Você é colecionadora de artistas goianos. Fale um pouco sobre a coleção que você tem. São centenas de obras, tem coisas demais. Tenho muitas obras do Frei Confaloni, do DJ Oliveira. Esse relevo (aponta uma obra em madeira pendurada na parede da escada de sua casa) antigamente era uma porta na minha casa, é da Ana Maria Pacheco. Tenho dela, tenho do Juca de Lima, do Amaury, do Gomes, dos artistas daquela época tenho de quase todos. Da Vanda Pinheiro, Isa Costa. Tenho obras de muitos artistas, mas do Frei eu tenho mais. Tenho que contar, não sei realmente quantas são. Tem de Scliar, uma amiga minha, Beth, que gosto muito do trabalho dela. Do Siron, Roosevelt, amo o trabalho do Roosevelt. Eliezer Sturm, que foi meu aluno na arquitetura, filósofo e artista. Acha que é possível uma arquitetura mais sustentável? Isso é essencial. Acho que realmente se caminha para isso. É possível sim. Aqui em Goiânia eu ainda não sei quem é que faz uma arquitetura sustentável. Existem, claro, alguns princípios que todo mundo está usando, que é o aquecimento solar, alguns têm feito o recolhimento da água de chuva. Mas existem muitas alternativas que você tem que ver, com ventilação adequada para evitar o ar condicionado.
Para mim, o maior arquiteto brasileiro é o Lelé (João Filgueiras Lima). O Niemeyer é o que nos representa, o arquiteto da forma. Mas o que pensa a arquitetura sustentável e tem trabalho voltado para o respeito da arquitetura é o Lelé. Veja o hospital Sarah Kubitschek. Ele pensou tudo dentro do Sarah. Ele transformou o Sarah num ambiente bonito, todo com verde. Você pode criar critérios de humanização do espaço, de embelezamento do espaço. Fez um hospital bonito. Ele humanizou esse princípio. Em todos os projetos públicos dele, ele estuda o vento, para colocar a ventilação de forma que não precise colocar ar condicionado. Procura a melhor iluminação. O arquiteto, o bom, O Murilo (atual presidente) cuidou tem alma de artista. Por isso que falo que a remanescência bem demais do clube. Acho muito da Belas Artes na arquitetura bonito o trabalho dele e ele tem aqui foi fundamental. Tenho prazer em cuidar. O clube ficou medo que se perca isso. As exiexuberante. É um clube do associado gências acabam emparedando a liberdade do ensino. Oscar Niemeyer. Você entende que ele foi um marco? Ele foi um marco, o mundo inteiro conhece o Niemeyer. Tem uma crítica que faço ao Niemeyer. Não me conformo com a aridez do Memorial da América Latina, em São Paulo, do nosso centro cultural aqui. Não ter verde, árvores. Não dou conta de compreender como é que ele põe cimento em tudo. Por que aquele espaço não tem visitantes durante o dia? Quem é que vai lá naquele calorão? Só vai quando tem algum evento à noite. Pega a casa mais humilde, o barraco mais humilde, se ele tiver jardim, ele tem alma. No Sul, qualquer casinha tem o seu jardim e aí é um ambiente humanizado. Pra mim, arquitetura não existe sem o paisagismo. É fundamental. O Niemeyer é, sobretudo, um artista da forma, tem obras belíssimas. Mas, para mim, ele peca nisso e em alguns conceitos de espaço interno. Dá mais valor à forma.
Qual é a sua relação com o Country e como vê o clube hoje? Frequento o Country desde a criação. Gosto demais do clube. Acho que é um clube familiar. Lá, você vai como quiser. Ou vai muito bem-vestido ou vai de chinelinho. O Vandinho (Vander dos Santos) tem uma colocação muito boa. Ele fala que o clube é a melhor chácara do mundo. Você vai com os amigos, bebe, come, toma banho, e depois vai embora para casa e deixa tudo para trás. Não tem que limpar, arrumar. Gosto muito do espaço bonito, do verde. Joguei muita peteca. Quando a minha neta, Leonora, nasceu, ela gostava de subir o morro. Eu andava pelo clube todo. Adoro o espaço das mangueiras. O Murilo (Antunes de Oliveira, atual presidente) cuidou bem demais do clube. Acho muito bonito o trabalho dele e ele tem prazer em cuidar. O clube ficou exuberante. É um clube do associado. Vou todo domingo quando estamos aqui em Goiânia.
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Bússola da vida Cozinhar é um modo de se conectar com a vida. A tradição é sábia! fotos >> andré barros
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em gente que quer saber como começei a gostar de cozinha. E sempre respondo que na infância já curtia dar uma força pra uma cozinheira de mão cheia: Madalena, conhecida como “Madá”, em Rio Verde, sudoeste de Goiás.
A melhor banqueteira da cidade e minha madrinha, amiga e bruxinha das panelas. Não me lembro de espaços, tempo, casas, lugares, cadeiras, mesas. Mas de comida...
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Das pizzas caseiras recheadas com sardinha em lata, leitoas assadas e servidas com maçã na boca, do guaraná Jaózinho em garrafinha de vidro, do cheiro da banana amassada com leite em pó, do algodão doce e maçã do amor na festa da Pecuária da cidade todo mês de junho. Nas férias escolares, ía pra fazenda onde meu pai trabalhava como peão e me divertia no pomar chupando fruta no pé, sentindo o aroma da terra molhada em dias de chuva,... Todos os dias antes do nascer do sol, ainda na cama de colchão de capim, já sentia o cheiro da fumaça do fogão à lenha misturado ao café passado em coador de pano. Sempre fui daqueles que seguia o cheiro da comida de longe, na linha Zé Colméia, aliás um dos meus desenhos prediletos até hoje. E assim começava mais um dia na fazenda, tomando leite no curral enquanto o vaqueiro espremia as tetas da vaquinha, misturando um pouco de
Não me lembro de espaços, tempo, casas, lugares, cadeiras, mesas. Mas de comida... café quente na caneca de alumínio e curtindo o dia amanhecer no campo: a luz do sol e a brisa da manhã fria e o cantar do ‘quero-quero’ e ‘bem-ti-vi’.
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Mas o momento mais aguardado do dia era a hora do almoço com a “peãozada”. Servido como banquete na lavoura de café em pequenos caldeirões envoltos com pano de prato amarrado com uma colher, levados na carroceria de um trator Valmet ou numa carroça puxada por um cavalo numa versão de “delivery rural”. No pequeno caldeirão, uma mistura de arroz, feijão de caldo, mandioca cozinda, um bife acebolado e de vez em quando um ovo caipira frito com a gema mole. Do curau de milho verde com canela, do franguinho de molho com quiabo que só minha mãe conseguia fazer e ficou na saudade. São nesses redutos que os verdadeiros guardiões da nossa cultura estão preparando o afogado para a festa do Divino, as pamonhadas de fim de ano, e as rodadas de pão de queijo e biscoito de povilho com café ao final da tarde. Na gastronomia moderna chamamos isso de memória gustativa, esse arquivo de sabores, aromas, texturas que guardamos com muito carinho no decorrer da vida.
Outro aspecto é a identidade da nossa cozinha. Como a maioria dos povos, temos um jeito particular de comer. Um jeito que reflete o nosso caráter miscigenado por índio, negro e português. Comemos a mistura: arroz junto com feijão, com farofa, com carne de panela. Comemos de maneira vigorosa a comida farta de um país abundante. Quando pequeno, dividia o mundo em coisas que se podia comer e não comestíveis. O subconsciente é que vai tramando sua rede e a própria pessoa é que vai achando o significado da vida. Será? Outros dizem que sua primeira história de fadas, ou melhor, sua história de fadas preferida, é que vai ser sua bússola na vida.
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jovem atleta >> Tiago lobo
Inspiração vem de casa Incentivado pela mãe e as duas irmãs, que praticam squash, Tiago Lobo se apaixonou pelo esporte e pratica como filosofia de vida texto >> Edson Júnior
fotos >> Giuliano Gillet
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expressão “filho de peixe, peixinho é”, muitas vezes se torna realidade, principalmente pela tradição que certas famílias fazem questão de passar de geração para geração. É o caso da família Marchesi Lobo, com um esporte pouco difundido no Brasil, mas que tem campeões em Goiás, o squash. Aos oito anos da idade, Tiago Lobo está dando continuidade com treinamentos, o que as irmãs e principalmente a mãe lhe passaram, a importância de se praticar um esporte e a versatilidade de jogar squash. No esporte, que é praticado em uma quadra parecida com uma caixa retangular, onde é preciso usar a raquete e uma pequena bola, a mãe de Tiago, Gabriela Marchesi Lobo, já atua há 15 anos. Ela se tornou por duas oportunidades vice-campeã brasileira.
Gabriela além de acompanhar os treinamentos de Tiago Lobo, sempre o incentiva. O que parece ser tranquilo, pelo amor do garoto ao esporte, ela coloca como obrigação, “na minha casa meus filhos são obrigados a praticar algum esporte”. Tanto que além de Tiago, as irmãs, Bruna e Júlia, também dão suas raquetadas.
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Seguindo a tradição da família onde a mãe e as duas irmãs praticam o esporte, Tiago Lobo começa a despontar como grande revelação do esporte em Goiás
Tiago Lobo pratica squash há quase um ano, com treinamentos duas vezes por semana e jogos aos finais de semana no Country. O jovem se diz bastante hiperativo, por isso escolheu uma modalidade em que é preciso ter agilidade para correr atrás da bolinha. Além de squash, Tiago também treina jiu jitsu. O que pode ser muito diferente para alguns, para ele não, “tanto squash quanto jiu jitsu exigem força, concentração e técnica, o que acho muito interessante”.
tanto squash quanto jiu jitsu exigem força, concentração e técnica, o que acho muito interessante Tiago Lobo Atleta
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O sonho de Tiago é ser engenheiro mecatrônico e como atleta, alcançar os feitos da mãe ou quem sabe de Rafael Alarcon, melhor jogador do Brasil, que nasceu em São Paulo, mas que sempre morou e representa o estado de Goiás mundo afora. O Country Clube tem hoje duas quadras de squash, que foram recentemente reformadas, e são nessas quadras que aos fins de semana Tiago e toda a família fazem treinamentos e se divertem em pequenas competições. Já a primeira grande competição chega para Tiago a partir do próximo dia 21. Até 24 de Março será disputado a primeira etapa do campeonato goiano de squash.
Tiago ao lado do treinador Toninho. Com 30 anos de experiência nas quadras ele aposta no futuro de Tiago
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O treinador da jovem promessa é Antônio Silvestre, o Toninho, que já tem 30 anos nas quadras, e destaca as várias qualidades de Tiago. A começar pelo biotipo, magro, leve, o que traz agilidade e velocidade, proporcionados pela sua enorme força de vontade nos treinamentos. Centrado nos estudos, e com dedicação no esporte, Tiago Lobo começa a se destacar no squash, o que traz a certeza da família, ligada ao esporte, que em breve poderá ter um Marchesi engenheiro mecatrônico com uma raquete na mão.
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carnaval >> matinês do country
Folia Countryana! O mundo carnavalesco invadiu o salão de festas do Clube e não faltou animação no mundo das fantasias texto >> Daíse de sá fotos >> Giuliano Gillet
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omem-Aranha, Cinderela, Havaiana, Astronauta, Branca de Neve, Batman, Monster High, Abelhinha e Sininho. E a lista não para por aí. Todos eles estavam nas Matinês do Country Clube de Goiás, nos dias 10 e 12 de fevereiro, domingo e terça-feira. A criançada se fantasiou e pulou bastante. Enquanto as crianças se divertiam, pais, avós e tios voltaram no tempo e reviveram atmosfera carnavalesca.
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Uma equipe de animadores do Trique Traque Buffet Infantil animou as tardes com músicas e brincadeiras. Além disso, foi preparado um cantinho da beleza, onde as crianças fizeram pinturas na pele e coloriram os cabelos com sprays. As amigas Elis e Beatriz dançaram alegres depois de se produzirem com as pinturas. A mãe de Elis, Tatiana Aires acompanhou toda a movimentação e apoiou a brincadeira. Incentivar os filhos a aproveitarem o Carnaval foi o objetivo de muitos pais presentes. Este é o caso de Luciana Santos e Paulo Roberto que trouxeram Lucas e Luiza. Eles
contaram que todos os anos trazem os filhos. “Em Goiânia, eram realizadas muitas matinês, mas com o tempo essa cultura foi diminuindo. Estar aqui é uma forma de resgatar essa comemoração e não deixar que o espírito das marchinhas do Carnaval acabe”, disse Luciana.
Nossa família vem todos os anos. Família que dança unida fica mais unida o restante do ano Milena de Freitas Tocantins sócia do Country Clube de Goiás
Anelise e Jorivê Daher, pais de Gabriel e Isabella, caíram na folia. A mãe conta que sempre participa das matinês do Country e que os filhos aproveitam a valer. “O Gabriel ganhou o concurso de fantasia no ano passado. Ficou ainda mais animado para voltar este ano”, disse. Em meio a muitas serpentinas, espumas e confetes, o mundo carnavalesco tomou conta. Milena de Freitas Tocantins estava satisfeita vendo o filho brincando o Carnaval. “Nossa família vem todos
os anos. Família que dança unida fica mais unida o restante do ano”, afirmou sorridente. Para finalizar as tardes de descontração, todas as crianças fantasiadas participaram do desfile valorizando o charme e a desenvoltura dos pequenos countryanos. Agora é só esperar o próximo ano para movimentar o corpo ao som de muitas marchinhas e axé no Country Clube de Goiás.
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Celebração da amizade O tradicional Torneio Med Cup reuniu 60 tenistas e público para mostrar qualidade no jogo e fortalecer vínculos texto >> daísse de sá fotos >> Giuliano Gillet
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sábado, 8 de dezembro de 2012, foi marcado pelo encerramento do tradicional Torneio Med Cup, que reúne médicos countryanos e seus convidados. Os 60 tenistas foram divididos em quatro classes e mostraram garra até o último minuto da competição. Uma farta feijoada foi servida para comemorar a final.
o Med Cup cria oportunidade de encontrarmos outros colegas de profissão e amigos em ambiente descontraído
O médico Haikal Y. Helou, do Hospital Santa Mônica – patrocinador do evento, considera que o evento estimula amizade e encontros agradáveis. “Nós médicos, na maioria das vezes, nos vemos em ambiente estressante, e o Med Cup cria oportunidade de encontrarmos outros colegas de profissão e amigos em ambiente descontraído”, disse. Para Gustavo Rodrigues, um dos vencedores da 1ª Classe, o Torneio teve ainda um gostinho especial: seu primeiro troféu. Ele reconhece que sair vencedor lhe serviu de impulso para continuar treinando. O tenista Rafael Correa, da dupla vencedora da 4ª Classe, apontou a integração e diversificação dos parceiros como pontos positivos do Med Cup
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Haikal Y. Helou
Médico do Hospital Santa Mônica
de 2012. “Foi boa convivência e comunicação entre os participantes. Melhor ainda foi sair vencedor!”. Durante o almoço, foram entregues também homenagens aos médicos Carlos Drumond e Flávio Rocha, pelos serviços prestados à classe; Ronaldo Ferrante e César Miguel, pela realização do Pereba’s Ball; e Hospital Santa Mônica, pelo patrocínio e apoio. O Med Cup também homenageou o presidente do Country Clube de Goiás, Murilo Antunes, pelo apoio incansável e a constante promoção de integração entre os sócios.
Resultado Final 1ª Classe Campeões: José Eustáquio Filho e Gustavo Rodrigues. Vice-campeões: Adriano de Paula e Roberto Nascimento. 2ª Classe Campeões: Alexandre Canarinho e Ronaldo Ferrante. Vice-campeões: André Nascimento e Rubio Juliano. 3ª Classe Campeões: Miguel Vieira e Wagner Vieira. Vice-campeões: Lourival Fomes e Oyama Santos. 4ª Classe Campeões: Rafael Correa e Semi Chater. Vice-campeões: Oswaldo Chagas e Cristiano Resio.
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cinema >> ficção
Sobre nova abordagem, Star Wars volta as telas Yoda e Han Solo são dois dos personagens que podem ganhar filmes paralelos
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ovos filmes da saga Star Wars não são o suficiente. Os fãs podem esperar além da nova trilogia pelo menos dois spin-offs que vão exibir narrativas além da história central, segundo informou o executivo da Disney Alan Horn durante o CinemaCon em Las Vegas. Horn afirmou que o roteirista de O Império Contra-Ataca, Lawrence Kasden, está trabalhando junto ao roteirista de Sherlock Holmes, Simon Kinberg, para elaborar histórias paralelas. Enquanto
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a MTV noticiou que estes filmes serão lançados entre os filmes da trilogia principal, com um lançamento por ano a partir de 2015. Ainda não está claro sobre quais os personagens que serão abordados nestas produções paralelas, embora sejam citados sempre Boba Fett, Yoda e Han Solo. A Disney assumiu o comando da franquia Star Wars depois de comprar a LucasFilm por US$ 4 bilhões. O estúdio contratou o diretor J.J. Abrams para comandar o sétimo episódio da história e atores do elenco original podem voltar à produção tais como Carrie Fisher (Princesa Leia), Harrison Ford (Han Solo) e Mark Hamill (Luke Skywalker).
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vermelho e branco >> festa
Que venha Vermelho e Branco por muitos anos! Os 53 anos do Country foram comemorados com alegria, torneios e brincadeiras. O Clube mostra seu amadurecimento e sua força para continuar sempre crescendo texto >> daíse de sá fotos >> Luciano camargo
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om muitos motivos para comemorar, o Country Clube de Goiás chega ao 53º aniversário! Para marcar a data foram realizados, ao longo de março e abril, torneios incluindo todos os esportes praticados no Clube. Os times vermelho e branco, cores countryanas, mostraram garra e dedicação em todas as competições. No dia 7 de abril, o Country promoveu um brinde especial de aniversário com a tradicional festa Vermelho e Branco. A apresentação do Grupo Noys é Noys animou todos os presentes, com samba, forró, pop e aceitou pedidos de músicas.
O diretor Social, Rafael Rahif viu com satisfação a realização das comemorações dos 53º anos de existência do Country. “Temos nos esforçado para agradar o associado. E o resultado é percebido pelos countryanos. O Clube está bonito, cuidado e bem frequentado”, pontua Rafael. Para o presidente, Murilo Antunes de Oliveira, o perfil familiar do Clube é um grande motivo para se comemorar. “Com 53 anos, o Country continua
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pujante, prestando um bom serviço ao associado e sendo um local excelente de confraternização e diversão sadia”, afirma Murilo. Além disso, o presidente acredita que as comemorações e os torneios internos, como os realizados no aniversário do Country, fazem os finais de semana dos associados se tornarem memoráveis. “Outra felicidade é perceber que o quadro associativo reconhece o que fazemos e agradece. As ações propostas pelo Clube são apoiadas e têm boa repercussão”. As crianças também foram prestigiadas nas comemorações do aniversário do Clube. Durante 5 horas, a equipe Oba e Cia agitou a valer! Foram gincanas, torneios, brincadeiras educativas e ecológicas. Tudo isso para manter a integração familiar no Country.
Temos nos esforçados para agradar o associado. E o resultado é percebido pelos countryanos. O Clube está bonito, cuidado e bem frequentado Rafael Rahif
Diretor Social do Country Clube de Goiás
Para 2013, estão sendo preparadas várias novidades e atrações, incluindo torneios e apresentações culturais. Além disso, também é esperada para o primeiro semestre a inauguração da sauna. Enfim, o ritmo não pode parar. São 53 anos de muita história e um futuro com alvos a serem alcançados.
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Raquete Vermelho e Branco no Country O 53º aniversario do Country Clube de Goiás foi comemorado com as finais do torneio de tênis, fechando a primeira etapa do ano texto >> edson júnior fotos >> Luciano camargo
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Country tem tradição na formação de atletas e torneios de tênis em Goiás. Do clube já saíram tenistas para ATP e para WTA, respectivamente os torneios masculino e feminino no ranking mundial. Entre as principais estão Juliana Barcelar, que surgiu nas escolinhas do clube e hoje faz faculdade nos EUA, com uma bolsa de estudos conquistada pelos resultados em quadra. Já Yasmine Guimarães continua levando o nome de Goiás e do Country para o mundo, hoje é a número 739 no ranking da WTA. Dando continuidade à força do clube no esporte, no domingo, 17 de Março, aconteceram às finais da primeira das quatro etapas que acontecem no ano.
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amanhã as crianças de hoje serão os homens que tomarão conta do clube e de nós próprios Murilo Antunes
Presidente do Country Clube de Goiás
O torneio foi dividido entre o interno das escolinhas, 6 classes individuais e 4 classes entre as duplas.
ao fim de cada ano, e começou a ser computado em 2013, a partir das primeiras finais.
Mais de 200 jogos foram realizados durante o torneio, que teve início dia 6 de Março, com os jogos oficiais. Mas para a conquista de pontos extras acontecem desafios que valem pontuação para os vencedores no ranking interno, que é zerado
A próxima etapa do torneio anual de tênis do clube será realizada em Junho. A inicial foi intitulada vermelho e branco, as cores do Country. A pontuação vai até Dezembro, onde é disputado o torneio master com os oito melhores de cada classe.
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A grande curiosidade foi a final da 6ª classe, onde duas meninas disputaram o troféu, Carol Carneiro e Isabel Araújo, com a vitória de Carol. Lembrando que todas as classes são mistas, homens contra homens e mulheres, mulheres contra mulheres e homens. Extremamente feliz com o Country comemorando mais um ano de fundação, regado a esporte e alegria nos eventos, o presidente Murilo Antunes ressalta que as vitórias e a competição são importantes, mas a convivência familiar no clube e a iniciação de crianças no esporte são os grandes objetivos.
Hoje, as escolinhas de tênis já somam 80 alunos, comandados pelo professor Nunes, o que deixa lisonjeado o presidente Murilo Antunes por estar ensinando o bom caminho as crianças, que serão o futuro da entidade “amanhã as crianças de hoje serão os homens que tomarão conta do clube e de nós próprios”. Após os jogos e a confraternização da família Country, a corrida dos campeões está lançada para os tenistas do clube, onde provavelmente todos saíram vencedores. Os atletas com triunfos em quadra, e as crianças com a vitória da vida.
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Em jogo alegre e disputado equipe de branco levou a melhor no futebol soçaite
Futebol Soçaite exibe craques adultos e mirins Por mais de 10 anos, a equipe do Soçaite mostra força no Desafio Vermelho e Branco texto >> daíse de sá fotos >> Luciano camargo
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entro das comemorações dos 53 anos do Country, os atletas do Futebol Soçaite participaram do XIII Desafio Vermelho e Branco, no dia 7 de abril. De um lado estava o time coordenado por André Leite e do outro o de Fabrício “Bi”. Depois de muitos lances bonitos e corre-corre, quem se consagrou vencedor foi o time Branco, coordenado por Fabrício.
Sergei Cruvinel de Paula, coordenador do Futebol Soçaite, acredita que o jogo foi equilibrado. “Os atletas que participaram do Desafio Vermelho e Branco mostraram muita garra e dedicação”, disse.
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O Futebol Soçaite apresentou também seus jovens talentos. Os craques mirins, de 9 a 11 anos, saíram com o título de campeão diante do time do Florence. Essa foi uma oportunidade para incentivar a prática esportiva e ainda dar espaço para os jovens countryanos mostrarem suas habilidades no jogo.
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Os atletas do time de vermelho pousam para foto após bela vitória.
O Vermelho leva a melhor no Futebol de Campo Atletas comemoram o aniversário do Country em jogo com espírito amistoso texto >> daíse de sá fotos >> Luciano camargo
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s times de futebol que treinam nos sábados e domingos no Country Clube tiveram encontro marcado no domingo, 24 de março. Logo no início do jogo, o capitão da equipe de sábado, Cascão, avisou que “é uma rivalidade tranquila, que já dura bastante tempo”. Depois de muitos lances bonitos, o Vermelho, formado pelos atletas de domingo, consagrou-se vencedor, no jogo que marcou as comemorações dos 53 anos do Country Clube. O capitão Marcão, do Vermelho, destacou a importância do encontro dos dois times. “É um momento de confraternização em um dia significativo para o Clube, já que comemora em março mais um ano de existência”, afirmou.
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Domínio no jogo Petequeiros do Country comemoram os 53 anos do Clube em acirrado torneio texto >> daíse de sá fotos >> Luciano camargo
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o domingo, 24 de março, foi a vez dos petequeiros promoverem seu torneio em comemoração aos 53º aniversário do Country. Foram 38 atletas divididos em classes A e B. Os jogos comprovaram que o nível dos petequeiros está evoluindo. A dupla vencedora, formada por Carol Neri e Murilo Antunes, não parou um minuto. Carol Neri, atual campeã brasileira de Peteca, considera que o nível dos jogadores do Country é muito bom. Carol pontuou que a qualidade das 8 quadras de peteca contribuem para os treinos. “Em 2012, vários representantes do Clube chegaram até a final da competição brasileira, evidenciando a qualidade dos atletas que temos”.
Em 2012, vários representantes do Clube chegaram até a final da competição brasileira, evidenciando a qualidade dos atletas que temos
Para o presidente Murilo Antunes, a vitória teve um sabor especial – uma vez que os jogos homenageiam os 53 anos de história do Country. “Fico feliz por sair campeão, e principalmente por ver a participação dos associados nos jogos promovidos durante as comemorações de aniversário countryano”, pontuou. Entre uma partida e outra, o veterano Walter Lopes, que treina desde 1983 no Clube, destacou
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Carol Neri
atleta vencedora do torneio de peteca
que as quadras de peteca se consolidaram ao longo dos anos como espaço para lazer e competições de qualidade. “Jogar no Torneio Vermelho e Branco é uma grande oportunidade de confraternizar e prestigiar o Clube, que tem sido parceiro dos atletas desse esporte”, declarou.
Resultado do Torneio 1º lugar – Murilo Antunes e Carol Neri 2º lugar – Fernando de Castro e Fernando Queiroz 3º lugar – Alberto e Gilson Bilibio 4º lugar – Vitor e Walter Lopes
Atenção e agilidade marcaram o torneio, que contou com convidados de todas as idades. Um desses exemplos foi o pequeno Arthur que se divertiu com o movimento rápido da peteca enquanto seu pai e o avô, Guilherme e Luís Fernando Santana respectivamente, participavam dos jogos. A mãe Mariana Santana traz sempre o filho como incentivo para que ele também se torne um jogador de peteca. Que a tradição continue!
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Aniversรกrio >> country Clube de Goiรกs
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53 anos bem vividos Com estrutura invejável que recebe constantemente novos investimentos, o Country Clube de Goiás acumula prestígio e glórias em mais de meio século de vida texto >> Paula parreira fotos >> bruno brasil
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om a tradição de valorizar sócios e familiares, além de adotar disciplina e transparência na gestão, o Country Clube de Goiás completa 53 anos inaugurando obras e incrementando seu patrimônio. Fundado em 30 de março de 1960, o clube é regido como empresa há anos e se reinventa de tempos em tempos para continuar agradando frequentadores e se mantendo como potência. Um dos maiores complexos de tênis do País, o Country coleciona histórias, contadas aqui por dirigentes que acompanham o clube desde sua fundação ou, pelo menos, há décadas.
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Segundo o atual presidente do Country, o primeiro filho de sócio a ocupar o posto, Murilo Antunes de Oliveira, o sucesso do clube se deve, principalmente, a três fatores: portaria fechada, disciplina rigorosa e transparência. “Temos uma área extremamente valorizada. É um pulmão muito bem plantado e totalmente urbanizado. Para os sócios, o clube presta um serviço sem igual”, comenta Murilo, sempre relembrando a valorização da natureza do espaço, com a presença de árvores do Cerrado. “É como se fosse a casa de campo de todos”, brinca. Administrar algo tão grandioso não é brincadeira. São, em média, 300 funcionários trabalhando no Country. Além da sede rural, há a secretária urbana, que existe desde 1975. Ela é a “cabeça pensante” do clube e está sendo ampliada. Tudo é oferecido com conforto. No clube, há profissionais de massagem e fisioterapia, além de todas as facilidades disponíveis para o sócio, como toalhas e sabonetes nos vestiários. Nos bares e no restaurante, como não há intenção de lucro, os preços são mais competitivos em relação às boas opções de Goiânia. “Chegamos aos 53 anos numa situação diferente da de diversos coirmãos, sem dívidas e com uma folha de pagamento que pagamos dentro do mês ainda. Somos pontuais”, ressalta Murilo, cuja gestão passa, anualmente, por uma auditoria externa e independente para análise das contas. Com a experiência de quem esteve à frente do clube nos anos de 1978 e 1979, Léo de Queiroz Barreto conhece bem o cargo. “A dedicação do presidente é necessária, apesar de as decisões serem colegiadas”, comenta ele, que também foi secretário-geral em 1966 e 1967 e, hoje, assim como todos os ex-presidentes, tem um lugar no Conselho Deliberativo do Country. “O clube assistiu a um desenvolvimento extraordinário nesses anos todos, em que fundaram-se mais dezenas de clubes que, infelizmente, não tiveram a mesma sorte”, atesta.
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Chegamos aos 53 anos sem dívidas e com a folha de pagamento dentro do mês. Somos pontuais Murilo Antunes de Oliveira
Presidente do Country Clube de Goiás
Léo Barreto ressalta os grandes patrimônios que o Country possui. “Um é o físico, por ter crescido de forma necessária para atender a demanda e com responsabilidade e seriedade. Deu como resultado o que a gente vê. E tem o social, que digo sempre que é o patrimônio moral. O clube goza de conceito muito grande. A parte social vem acompanhando a tendência da sociedade, está afinada com ela”, define. Social >> Além de equipamentos esportivos, berçário, bares, restaurante comandado pelo renomado chef André Barros, estande de tiro, salão de sinuca, ginásio, entre outras instalações, os eventos sociais são atração à parte do clube. Ao lado de Murilo, o diretor social do Country, Rafael Rahif, está no comando da área há 11 anos - o atual mandato vai até o fim do ano. “O clube tem uma tradição de sempre ter participado da
Curiosidades sobre o Country área social como formador de opinião. A gente sempre tentou manter as tradições da sociedade. Um exemplo é a quantidade de debuts que fizemos. Foram muitos”, descreve Rafael.
Segundo o ex-presidente Léo Barreto, ao lado do patrimônio social a evolução da estrutura física do Country são os principais aspectos a se comemorar nesses 53 anos
Para manter a organização de eventos interessantes por mais de uma década, Rafael comenta que foi importante “se adaptar às necessidades”. “A gente cada vez mais tenta buscar algo diferente para fazer, tentar o melhor, apesar das dificuldades”, comenta ele em relação aos eventos que Goiânia recebe e que fazem concorrência com o Country. “Todas as ações são voltadas para sócio, família e convidados. Apesar da concorrência, o clube é cheio pela diversidade e qualidade”, garante ele, que relembra que não há mídia externa dos eventos nem venda de ingressos. O clube se notabilizou por grandes shows em suas dependências. Nomes como Vitor e Leo, Skank, Rita Lee e Lulu Santos passaram pelos palcos dos eventos do Country. “Foram poucos os cantores goianos que a gente não levou. Levamos todos os estilos dos artistas de Goiás”, diz Rafael, que conclui ressaltando a responsabilidade que é preciso ter na organização de eventos. “Fazemos uma gestão comprometida, responsável e que não tenta fazer situações que deixam o clube em risco.”
• O Country foi criado, no dia 30 de março de 1960, por 15 fundadores: • São Pedro é o padroeiro do clube • No início, o clube não aceitava solteiros em seu quadro de sócios • O título de filho de sócio (FS) foi instituído e hoje o número deste tipo de associado é maior. São 1,8 mil filhos de sócios contra 1.306 sócios-proprietários. Isso gera uma família de frequentadores de cerca de 10 mil pessoas • O atual presidente, Murilo Antunes de Oliveira, é o primeiro filho de sócio a ocupar o cargo • A escolinha de tênis do Country conta, hoje, com aproximadamente 80 crianças • O escritório central ou sede urbana foi projetado por Ailton Lelis e inaugurado em 1975
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Tênis >> Com 20 quadras de saibro, o complexo de tênis do Country é um dos maiores do País. Torneios internos são realizados e grandes atletas, que disputam competições nacionais e internacionais, treinam no clube. Primeiro presidente eleito por voto, Bento Odilon Moreira, hoje com 90 anos, lembra que o local começou com apenas duas quadras, que eram de cimento. Foi na sua gestão que os espaços passaram a ser de saibro. “Eu também aumentei mais uma ou duas quadras. Hoje, o Country tem um complexo muito grande”, comenta ele, que praticou tênis até os 85 anos. Outras obras importantes de sua gestão foram uma piscina recreativa, com partes rasa e profunda. Servidor público aposentado, Bento Odilon, ao contrário de outros profissionais que estavam à frente do clube, tinha mais tempo de acompanhar a administração em 1966 e 1967, quando foi presidente. “Havia uma preocupação muito grande de que fosse um clube sério, para que as coisas funcionassem direito e com rigor”, comenta Bento Odilon. Seu braço direito foi a mulher, Guiomar, falecida há sete anos. Enquanto Bento Odilon se divertia nas quadras de tênis, ela adorava um bingo. “Naquela época, como não havia tantos recursos disponíveis, ela costurava as toalhas de mesa, fazia a decoração das festas, levava flores. Ela e as
Havia uma preocupação muito grande de que fosse um clube sério, para que as coisas funcionassem direito e com rigor Bento Odilon
Primeiro presidente do Country Clube de Goiás
companheiras trabalhavam muito”, relembra o ex-presidente, que tem três filhos que são sócios do clube hoje: Tânia Mara, Fábio e Élbio. “Foi uma evolução espantosa a que o clube teve em sua história, com o aumento do quadro de sócios”, afirma.
momento histórico Dentre os vários momentos que são importantes na história do Country, destacamos ao lado, no ano de 1983, a inauguração dos vestiários do clube. Na foto, Bento Odilon Moreira, 1º presidente eleito, Walter Hugo Frota, um dos fundadores do Country, e ao fundo o ex-vice-presidente Heno Jácomo Perillo. A melhoria da estrutura do clube sempre foi uma preocupação das diretorias. Para comemorar os 53 anos do Clube o associado ganhará nos próximos dias um presente, a nova sauna. Serão 420 m2 de um projeto moderno e completo. Construída no piso abaixo das piscinas, a sauna terá um bar exclusivo, sem venda de bebidas alcoólicas.
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Pura história Único fundador do Country que ainda está no quadro de sócios e do Conselho Deliberativo, o procurador federal aposentado José Hermano Sobrinho, de 91 anos, afirma que pilares bem definidos sempre foram o diferencial do clube. “O Country, pelos fundamentos de sua organização, resistiu ao passar do tempo. Tem um estatuto com princípios rígidos, que até hoje é seguido por todos, e que, ao mesmo tempo, procura acompanhar a evolução da sociedade”, opina. Relembrar a criação do clube é passatempo para José Hermano. “A semente foi a convivência do Clube dos 20. Dali nasceu a ideia de formar um clube na área rural”, conta o fundador sobre o grupo que se reunia sempre aos sábados. Os 15 fundadores do Country, inicialmente, providenciaram a indicação de cem pessoas para aderirem ao quadro de sócios do clube. Mas os escolhidos deviam atender ao que a norma estatutária pregava. Os recursos financeiros provenientes da aquisição dos novos títulos seriam investidos nas primeiras construções.
O Country [...] Tem um estatuto com princípios rígidos, que até hoje é seguido por todos, e que, ao mesmo tempo, procura acompanhar a evolução da sociedade
Um dos fundadores, o arquiteto Eurico Calixto de Godoy, elaborou o projeto da sede e previu espaços para esportes e áreas de entretenimento. Enquanto a obra não ficava pronta, uma sede provisória era utilizada, com pequena piscina ao lado de mangueiras. No salão deste local, eram realizadas as festas juninas, até hoje muito tradicionais para os countryanos. Com o quadro social aumentando, as praças esportivas foram se multiplicando – piscinas, quadras de tênis, quadras de peteca e outros departamentos de apoio cultural e lúdico. Surgiram novas modalidades, como natação, futebol de campo e futsal. Com o tempo, o novo passo foi a necessidade de o clube funcionar como uma empresa. A
José Hermano Sobrinho
Fundador do Country Clube de Goiás
modernização da administração veio com o atual presidente, na opinião de José Hermano, que sempre destaca a importância sócio-cultural-desportiva do Country. “Coube ao Murilo dar à entidade uma gestão modernizada e informatizada, novo aspecto à sede da secretaria e sua funcionalidade.” Atualmente, José Hermano não frequenta o clube como gostaria, mas comparece às reuniões do Conselho. As partidas de tênis disputadas no Country e os amigos feitos estão na memória. Mas a família não abandona o clube. Hoje, são os enteados, Rogério e Lucila, que mais vão ao Country. Casado com a advogada aposentada Dalva Neves Siqueira Hermano, o fundador vive relembrando os momentos passados em família no clube. “É um ambiente mais sadio que a gente busca para a família. O Country sempre dispõe dessas características de segurança e respeito às famílias”, ressalta.
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country por >> Ana Carolina Castro
Referências mundiais No último congresso mundial de Cirurgia Plástica (IPRAS) realizado em Santiago, no Chile, os cirurgiões plásticos countryanos Dr. Fabiano Calixto Fortes de Arruda e Dr. Paulo Renato de Paula participaram como palestrantes. O evento teve como um dos organizadores outro countryano Dr. Nelson Piccolo.
Gol de solidariedade Em janeiro deste ano os atletas do Country Clube de Goiás deram um show de solidariedade e realizaram um jogo de futebol beneficente. Para participar, cada atleta contribuiu com duas cestas básicas. O total arrecadado foi de 40 cestas, que foram doadas para o Lar Caminho da Luz, que acolhe crianças com câncer em tratamento na capital goiana. A iniciativa contou com futebolistas countryanos e convidados, auxiliados pelo gerente de esportes do Country, Claudio Santos, e pelo coordenador de futebol do Country, Sergei Cruvinel. “A diretoria do clube deu total apoio ao evento, e o objetivo é fazer um jogo como este pelo menos uma vez por ano, unindo o esporte à prática do bem”, afirma Sergei.
Nos passos do pai Seguindo os passos do pai, saudoso Wanderley de Medeiros, que presidiu a seccional goiana da Ordem dos Advogados do Brasil e também integrou o Conselho Federal, Pedro Paulo de Medeiros é hoje conselheiro federal da OAB Federal, completando netsa gestão 12 anos como diretor jurídico do Country. Na foto, Pepê, como é carinhosamente chamado pelos amigos countryanos, aparece ao lado do titular da OAB-GO, Henrique Tibúrcio, por ocasião de sua diplomação. Ele integra grupo de juristas do Senado para reforma do Código Penal. Uma das suas principais
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sugestões foi incluir o desrespeito às prerrogativas dos advogados como crime. Em abril, será nomeado membro da Comissão de Juristas do Senado para elaboração da Nova Lei de Arbitragem.
O setor farmacêutico e a sociedade goiana em geral se despedem de um dos nomes mais empreendedores da área. Heno Jácomo Perillo faleceu aos 82 anos, no dia 27 de março, após complicações de um infarto sofrido no dia 22 daquele mês. Fundador da Halex Istar Indústria Farmacêutica e do Conselho Regional de Farmácia de Goiás, dr. Heno possui ainda vários outros destaques no currículo, como no meio acadêmico, onde atuou na Universidade Federal de Goiás como professor, conselheiro e curador. Foi Membro titular da Academia Nacional de Farmácia, ocupando a cadeira de número 2; presidiu o Sindicato das Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de Goiás e também atuou como diretor estadual da Legião Brasileira de Assistência – LBA. Para além do campo farmacêutico, Heno Jácomo Perillo também foi atuante no setor de comércio. Presidiu a Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio); o Conselho Regional do Serviço Social do Comércio (SESC); o Conselho Regional de Aprendizagem Comercial (SENAC); a Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás (Acieg) e foi vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg). Entre os anos de 1974 e 1983 Heno foi Primeiro e Segundo Secretário, Vice-presidente e Conselheiro do Country Clube de Goiás Nascido na Cidade de Goiás no ano de 1930, Heno Jácomo Perillo casou-se com Maria Augusta Reis Perillo, com quem teve três filhos. Entre os familiares e amigos que prestaram a última homenagem ao empresário, realizada no cemitério Jardim das Palmeiras, onde foi sepultado, estava o primo e governador do Estado, Marconi Perillo.
Foto: Cristina Cabral
O adeus a Heno Jácomo Perillo
Countryano em destaque na OAB O countryano Arthur Rios Júnior tomou posse em março na vice-presidência da Comissão de Direito Imobiliário e Urbanístico da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção de Goiás. O advogado vai trabalhar pela qualificação profissional dos advogados goianos do segmento.
Aliança Selada Em cerimônia volatada para os amigos e a família, realizada no dia 14 de dezembro de 2012, na paróquia São João Bosco, se casaram os countryanos Keila Lemos e Antônio Barreto, filho do Conselheiro e ex-presidente do Country Clube de Goiás Léo de Queiroz Barreto.
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Esporte >> futevôlei
Movimentação total nas areias do Country Faça chuva ou faça sol, a turma do Futevôlei não perde a animação. O campeonato de 2012 provou que a procura pelo esporte é grande no Clube texto >> Daíse de sá fotos >> giulliano gilett
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domingo, 2 de dezembro de 2012, começou com chuva. Mas, logo surgiu o sol para a final de Futevôlei do Country Clube de Goiás. A areia ainda úmida recebeu os jogadores que contaram com uma torcida mais que animada. Homens, mulheres e crianças agitaram bastante.
O organizador, Luiz Alberto Cunha Cruz Filho considerou a competição bem acirrada do começo até a final. Ele conta que foram 14 duplas competindo na série B e outras 10 na série A, com jogadores sócios e também convidados. “A mistura entre jogadores da casa e jogadores que treinam em outros clubes contribui para aumentar o espírito competitivo”, disse. Luiz Alberto destacou ainda o apoio oferecido pelo Country Clube para que os atletas de diferentes modalidades esportivas realizem suas competições. Um dos campeões da série B, Rogério considerou que o campeonato foi de alto nível. Satisfeito com o resultado, ele afirmou que “mesmo com clima ruim, quem tem futevôlei no sangue não desanima nunca”. A dupla campeã da série A, Guilherme Barros e Guilherme Macedo garantiram que a participação de equipes de diferentes locais de treino anima ainda mais a competição e promove a integração entre atletas.
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Resultado Final Série A 1º Guilherme Barros e Guilherme Macedo 2º Luís Gustavo e Felipe Lemos 3º Netinho e Vitinho
Série B 1º Fernando e Rogério 2º Netinho e Paulinho 3º Bianca e Wilsinho
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Reunião entre a Diretoria e o Conselho traçou os objetivos do Country para 2013
Reunião conjunta e confraternização fecham o ciclo de trabalho de 2012 texto >> daíse de sá fotos >> gilulliano gilett
Os diretores e conselheiros mantêm a regularidade das reuniões plenárias para tratar de assuntos de interesse do Country Clube de Goiás. A última do ano acertou novos passos e reconheceu o trabalho de todos os envolvidos 76
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Após a reunião, os conselheiros e suas esposas celebraram os feitos de 2012 com um delicioso jantar
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o dia 10 de dezembro de 2012, membros do Conselho do Country estiveram reunidos para última Reunião Plenária do ano. Fizeram parte da pauta de discussão as ações realizadas ao longo do ano e também as perspectivas para 2013. Um dos temas comentados foi a ampliação da sauna do Country, que passará a contar com 420 m². Segundo as palavras do presidente Murilo Antunes de Oliveira, a inauguração será uma ótima surpresa para todos os countryanos. Após a reunião, houve amistosa confraternização com a Diretoria, os membros do Conselho e suas companheiras. “O jantar e momento de convivência desta noite são agradecimentos aos nossos cônjuges que nos emprestam, para que possamos trabalhar em prol do bem-estar dos sócios”, explica Murilo. Felizmente, esse empréstimo é visto com bons olhos pelas esposas. Sandra Cunha, casada com Murilo, conta que vê a paixão do marido pelo que faz. “Divido minha vida com o Country há pelo
Divido minha vida com o Country há pelo menos 11 anos e vejo que este trabalho faz muito bem ao Murilo Sandra Cunha
Esposa de presidente do Country
menos 11 anos e vejo que este trabalho faz muito bem ao Murilo. Fico feliz com os resultados de seu esforço”, ressalta. Durante a confraternização, dois membros do Conselho deram a receita para o sucesso alcançado pelo Clube. Léo de Queiroz Barreto indica a manutenção dos mesmos princípios do início da formação do Country, marcado pelo zelo e atenção à família; e Pedro Paulo G. de Medeiros aponta o trabalho seguro, dentro dos limites legais, para manter a estrutura e o bom nome do Clube.
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Reuni達o >> diretoria e conselho
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festa >> reconhecimento
Funcionários participam de animada confraternização texto >> daíse de sá fotos >> Country clube
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ara fechar com “chave de ouro” o ano de 2012, foi realizada a confraternização dos funcionários do Country Clube de Goiás, na Chácara da Polícia Federal, no dia 17 de dezembro. A tradicional festa dos funcionários marca o reconhecimento do Clube ao trabalho que eles prestam com muita qualidade e seriedade. Afinal, são eles que dedicam seu dia a dia, durante a semana e final de semana, para oferecer um bom atendimento ao sócio. O dia começou com delicioso café da manhã seguido por churrasco, com bebida à vontade. Das 9 às 17 horas, foram realizados jogos competitivos e
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muitas brincadeiras nas piscinas e quadras esportivas. Mais de 500 pessoas participaram da confraternização, incluindo funcionários, seus respectivos cônjuges e filhos de até 14 anos. O Country Clube de Goiás e o Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional no Estado de Goiás (Senalba) promoveram, em parceira, um dos momentos mais esperados do dia: o sorteio de brindes. Foram entregues bicicletas, microondas, batedeiras, TVs, ferros elétricos, jogos de jantar, kits para churrasco e máquina de lavar. Para a criançada foram preparados carrinhos e bonecas.
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flagras >> country
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>> carta do presidente
O dinheiro do Clube
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odos sabem que a maior parte das receitas do Clube vem da Taxa de Manutenção. Temos outras pequenas receitas advindas das taxas de serviços, convites, massagens, fisioterapias, etc..., com as quais não podemos contar 100% porque não são constantes. Um raciocínio simplista, entretanto, só multiplica o total de sócios [3106] pela manutenção [R$ 250,00] e conclui que o Clube arrecada mensalmente, R$ 776.500,00 (setecentos e setenta e seis mil e quinhentos reais), portanto, muito dinheiro!
Murilo Antunes de Oliveira
Presidente do Country Clube de Goiás
A realidade não é simples assim. Deve-se considerar o resultado das receitas menos as despesas relativas a um mês. Tomando-se como base o mês de março próximo passado, as entradas de dinheiro somaram R$ R$ 689.900,00 (seiscentos e oitenta e nove mil e novecentos reais), quantia 11.15% menor do que o previsto, restando um saldo a receber (inadimplência) na ordem de R$ 86.600,00 (oitenta e seis mil e seiscentos reais), que não entrou no caixa do Clube como deveria entrar. O Clube conta hoje com 270 funcionários. A nossa Folha de Pagamento do mês de março/13, consumiu 64,56% da receita também de março/13 e foi a seguinte:
A Folha de Pagamento do mês de março de 2013, consumiu 64,56% da receita
Total de Proventos R$ 246.003,79 Encargos INSS R$ 113.160,82 FGTS R$ 22.091,14 Pis-Folha R$ 3.514,70 Vale Transporte R$ 22.282,55 Cesta Básica R$ 6.976,55 Unimed R$ 12.280,21 Seguro de Vida em Grupo R$ 1.352,70 Alimentação Funcionários R$ 17.777,69 Total R$ 445.440,15
Subtraindo-se a “folha” do valor efetivamente arrecadado, restou, R$ 244.459,85 (duzentos e quarenta e quatro mil, quatrocentos e cinquenta e nove reais e oitenta e cinco centavos), correspondentes à 35,44% da receita, para todos os outros compromissos que temos regular ou eventualmente: manutenção, limpeza, pequenas reformas, energia, telefone, combustíveis, jardinagem, Sindicatos, Federações, materiais esportivos, etc.
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Tal quantia terá que ser controlada, cada real, para suprir nossas demandas até a entrada da próxima Taxa de Manutenção (20/04/13). Assim é o nosso cotidiano sempre. Porém, os muito observadores questionarão: e as obras? Pois é. As obras também estão nesse contexto, nenhuma taxa extra é cobrada por elas, que são muitas e estão por todo o Clube aos olhos de todos! Além da infraestrutura, toda remodelada, que não é visível. Como exemplo, vejamos a construção da nova Sauna. A área edificada é de 420m², com acabamento de 1ª qualidade: porcelanato, louças, metais, granito, blindex, pastilhas, madeira. O custo está previsto em R$ 1.260.000,00 (Hum milhão, duzentos e sessenta mil reais) sendo 32% desse total referente a mão-de-obra (R$ 403.200,00) e os 68% restantes (R$ 806.800,00) referentes à materiais. Chegamos, assim, ao valor de R$ 3.000,00 por m², abaixo, portanto, dos preços de mercado. A conclusão é que, não há como construir a não ser paulatinamente, mês a mês, parceladamente, dentro do que temos disponível, após pagar todos os compromissos fixos. Lidamos, hoje, com uma inadimplência que monta R$ 252.170,62 (duzentos e cinquenta e dois mil, cento e setenta reais e sessenta e dois centavos), que atualizada chega a R$ 317.153,47 (trezentos e dezessete mil, cento e cinquenta e três reais e quarenta e sete centavos). O recebimento de débitos em atraso nos ajuda, na medida em que a “Cobrança” consegue que os pagamentos sejam efetuados. Claro está, portanto, que o Clube não está nadando em dinheiro, como alguns sócios pensam.
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Claro está, portanto, que o Clube não está nadando em dinheiro, como alguns sócios pensam Os domingos ensolarados regados a cerveja funcionam como usinas de idéias as quais, sempre, redundam em novas despesas. Raramente alguém sugere fórmula para gerar receita! Aumentar a manutenção, nem pensar... Assim, o dia a dia do Clube segue normalmente, com todas as obrigações sendo honradas, sem ações trabalhistas e sem sobressaltos. Porém, não há dinheiro sobrando. Há uma Diretoria séria que administra bem o Country e suas finanças. Aos que não sabem, todos nós, Presidente, Diretores e Conselheiros, trabalhamos sem salário ou qualquer privilégio. Pagamos todas as despesas como qualquer sócio e, também, a manutenção. Ressaltamos que as contas do Clube são aprovadas pelo Conselho Deliberativo e auditadas por auditores independentes e encontram-se à disposição de todos.