Signo: Som: Infinito: <> Samsara <> Dança com plantas (Zine)

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Signo: Som: Infinito: (Thiago R) foi uma performance/ação sonora realizada em tempo real a partir do estouro de um balão de látex inflável, que então foi gravado, amplificado e reproduzido em loop por tempo indeterminado, através de microfone, mini amplificador de áudio, e pedal de efeitos. A investigação do trabalho surgiu da experimentação do fenômeno acústico enquanto elemento de ocupação temporal e espacial – pela reiteração sonora de um gesto propiciado pela mediação dos meios eletrônicos – e em consonância às circunstancias de local; no caso, a trilha de caminhada do Cerrado Infinito, proposta concebida pelo artista Daniel Caballero, e pensado como “(...) um processo reverso que se forma á partir de ações contínuas de descolonização da paisagem vegetal urbana. Ocupa áreas já destinadas a uma função, como praças públicas, ou locais que tenham espaço a ser transformado, liberando o solo de qualquer função prédeterminada.” 1

frequências sonoras atribuídas em curas espirituais ou físicas. Se tratou de uma peça sonora de caráter indeterminado, composta por um walkman, caixa de som, fita cassete preparada (looping de 05 segundos) e pilhas. O trabalho surgiu em referência à Roda de Samsara, definida pelos caminhos do Karma, como homenagem para um amigo recentemente falecido do artista. No momento em que a fita preparada girava em falso, os cinco segundos de gravação eram reexecutados, gerando um desgaste das pilhas e consequente alteração no modo como o som era tocado, até que, o esgotamento completo de autonomia do equipamento desse por encerrada a obra. Dança com plantas é o desdobramento de pesquisas anteriores realizadas no duo “Malícia de Mulher”, a partir da observação da Dormideira Sensitiva, planta típica do Cerrado, o que desencadeou uma observação atenta da artista, no modo como as plantas da trilha se desenvolviam e se relacionavam, em paralelo à sua própria consciência corporal.

Localizada na Praça Homero Silva, em São Paulo, a trilha conforma aproximadamente 300 metros de percurso, tendo ao longo de A apresentação ocorreu no diálogo entre a artista sua margem uma vegetação típica do bioma e o retorno propiciado pelas condições no dia do Cerrado. Nessa paisagem se desdobra o evento evento: como a interação da movimentação corporal DESCOLONIZATION #5, realizado no dia 28 de entre arbustos e árvores, e a intensidade dos sons julho de 2018, e que propõe divulgar apresentações emitidos pelos outros trabalhos. artísticas que se relacionam ao contexto local. Frente ao esvaziamento dos limites de linguagens Neste sentido, Signo: Som: Infinito: utilizou de artísticas definidas, os trabalhos apresentados equipamentos tradicionalmente ligados à música, convergiram para práticas de natureza para incidir sobre eles um deslocamento visual experimental, na confluência entre as distintas (como obra-objeto) e semântico, que pudesse poéticas onde o grau de interação das obras se deu produzir um som capaz de compor, e, ao mesmo pela abertura de possibilidades criativas: no modo tempo fosse integrante da paisagem sonora do da sua emissão, como na recepção estabelecida lugar, se enlaçando também com as outras duas obras apresentadas durante o evento: Samsara, de Kauê Garcia, e Dança com plantas, de Anna Luiza Marques. Samsara partiu de uma investigação sobre as

com o público. https://www.cerradoinfinito.com.br/sobre https://www.youtube.com/watch?v=a84GpB-1iNM Esta é uma obra-texto participante da exposição “II Mostra de Práticas Híbridas - Edição Internacional” - UNESP Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”



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