Análise 16

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O desafio das micro e pequenas indústrias criativas

Novo Índice de Progresso Social compara países socialmente 13

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Sondagem Industrial no Espírito Santo 18

Publicação do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo – Ideies – Entidade do Sistema Findes – Novembro 2013 – Nº 16 – Ano 3

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CARTA IDEIES

Pesquisa em pequenas empresas do setor moveleiro destaca a importância do design para suas estratégias Caro leitor, Neste número da Análise, estamos apresentando um resumo da pesquisa efetuada em pequenas empresas capixabas do setor moveleiro, com o objetivo de avaliar a importância da indústria criativa de design para a atividade. Os resultados mostram que 85,7% das empresas participantes do levantamento consideraram que a indústria criativa de design é “muito importante” ou “importante” para a estratégia daqueles negócios. Entre os problemas apontados, a falta de mão de obra qualificada foi considerado o principal, seguido pelo excesso de impostos. Entre as maiores necessidades, a formação de marceneiros é tida como a prioridade para seus investimentos. A matéria seguinte traz os desafios enfrentados pelas micro e pequenas indústrias criativas. Embora sejam constituídas por empresários altamente qualificados, a maioria de jovens, de modo geral eles têm pouco treinamento formal para os negócios, acarretando muitas vezes em falhas devido a erros como a insuficiência de fluxo de caixa; inadequada contabilidade; dívidas incobráveis, a falta de conhecimento sobre impostos, saúde e segurança no trabalho, emprego e outras regulamentações. Essas questões levam à necessidade de treinamentos específicos para que possam gerir bem seus negócios. Recentemente foi divulgado o “Índice de Progresso Social”, novo indicador que visa a comparar o desenvolvimento social entre países, elaborado por Michael Porter juntamente com a instituição Social Progress Imperative. Nessa primeira edição foram analisados 50 países, com pontuações variando entre 0 e 100, com a Suécia colocada em primeiro lugar atingindo 64,81 pontos. O destaque nesse novo indicador é que o Brasil, na posição 18ª, foi considerado o mais avançado socialmente entre os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), porém ficou atrás do Chile (14º lugar) e da Argentina (15º lugar) na América Latina. Os detalhes sobre o “Índice de Progresso Social” e como está o Brasil em questões sociais, o leitor pode conferir em duas matérias desta publicação. Por último, apresentamos nesta Análise a Sondagem Industrial no Espírito Santo, pesquisa realizada mensalmente pelo Ideies, para conhecer a percepção do empresário no que se refere à atividade industrial e às expectativas para os próximos seis meses quanto à evolução da produção, emprego, capacidade instalada, estoques, demanda, dentre outros.

Publicação do ideies • novembro 2013 • nº 16 • ano 03

Diretoria Plenária da Findes - 2011/2014 Presidente – Marcos Guerra 1º Vice-Presidente – Manoel de Souza Pimenta Neto 2º Vice-Presidente – Ernesto Mosaner Junior 3º Vice-Presidente – Sebastião Constantino Dadalto 1º Diretor Administrativo – Ricardo Ribeiro Barbosa 2º Diretor Administrativo – Tullio Samorini 3º Diretor Administrativo – Luciano Raizer Moura 1º Diretor Financeiro – Tharcicio Pedro Botti 2º Diretor Financeiro – Ronaldo Soares Azevedo 3º Diretor Financeiro – Antonio Tavares Azevedo de Brito

Diretores Alejandro Duenas • Flávio Sérgio Andrade Bertollo Egídio Malanquini • Benízio Lázaro • Gibson Barcelos Reggiani • Vladimir Rossi • Wilmar Barros Barbosa • Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi • Leonardo Souza Rogerio de Castro • Mariluce Polido Dias • Luiz Alberto de Souza Carvalho • Luis Carlos de Souza Vieira • Ademar Antônio Bragatto • Edvaldo Almeida Vieira • José Domingos Depollo • Ademilse Guidini • Elcio Alves • Ortêmio Locatelli Filho • Rogério Pereira dos Santos Paulo Alexandre Gallis Pereira Baraona • Wilmar dos Santos Barroso Filho • Evandro Simonassi

Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo Presidente do Sistema Findes / Cindes Marcos Guerra Diretor para Assuntos do Fortalecimento Sindical e da Representação Empresarial Egídio Malanquini Diretor-Executivo do Ideies Antonio Fernando Doria Porto Núcleo Estratégico de Conjuntura – NEC Cíntia Peterle Tavares Pedruzzi – Coordenadora Núcleo de Inteligência Competitiva – NIC Marcela Moulin Brunow Freitas – Coordenadora Núcleo de Defesa de Interesse – NDI Karina Goldner Fideles Biriba – Coordenadora Núcleo de Competitividade Industrial -NCI: Aline Elisa Cotta d’Avila - Coordenadora

Equipe de Produção: Antonio Fernando Doria Porto • Cintia Peterle Tavares Pedruzzi Andressa Kelly de Oliveira • Cleide Maria Perin Motta Flaviana Silva de Oliveira Santos • Gustavo Bergami

Contatos: Endereço: Avenida Nossa Senhora da Penha, nº 2.053, Ed. Findes - 3º andar Bairro: Santa Lúcia, Vitória/ES - CEP: 29.056-913 Telefone: (27) 3334-5626 - site: www.Ideies.org.br Siga o Ideies no Twitter: @Ideies

Editoração:

Boa leitura! Doria Porto Diretor-executivo do Ideies

www.nexteditorial.com.br / Telefax: (27) 2123-6500

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A indústria criativa de design e o setor moveleiro do Espírito Santo

A

Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes) realizou uma pesquisa em pequenas empresas capixabas do setor moveleiro com o objetivo de avaliar a importância da indústria criativa de design para a atividade e servir de base na aplicação de uma plataforma metodológica que fortaleça o desenvolvimento desses negócios, através de convênio estabelecido com o Serviço Social da Indústria (Sesi-ES), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-ES) e o Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-ES). Esta matéria apresenta os principais resultados encontrados. Perfil das empresas pesquisadas A maioria das empresas pesquisadas (57,2%) foi estabelecida até o ano 2000 (gráfico 1) e do total, 71,4% possuem

ANO DE INÍCIO DAS ATIVIDADES (%)

42,8%

28,6%

Gráfico 1

Até 1980 De 1981 a 2000 De 2001 a 2010

28,6% Após 2010

Elaboração: Núcleo Estratégico de Conjuntura - NEC

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menos de 24 funcionários (gráfico 2). Quanto ao faturamento em 2012, 42,8% obtiveram cifra acima de R$ 500 mil e até R$ 2 milhões, e 14,3% superior R$ 2 milhões e até R$ 5 milhões. Destaca-se o grande crescimento no conjunto das empresas que faturaram entre R$ 501 mil e R$ 1 milhão entre os anos de 2011 e 2012, quando passou de 14,3% para 28,5%, enquanto as que faturaram entre R$ 101 mil e R$ 500 mil caíram de 23,8% para 14,3% (gráfico 3). Quanto aos tipos de móveis fabricados, 57,1% produzem móveis de cozinha, guardaroupas e camas, 47,6% fazem estantes e racks, e 42,9% móveis de escritório (gráfico 4).

Gráfico 2

QUANTIDADE DE EMPREGADOS Menos de 13 funcionários

33,3%

De 13 a 24 funcionários

38,1%

De 24 a 34 funcionários

14,2%

De 34 a 44 funcionários

4,8%

De 44 a 55 funcionários

4,8%

De 55 a 65 funcionários

4,8%

Gráfico 3

FATURAMENTO ANUAL NOS ÚLTIMOS ANOS (%) Até R$ 100 mil 4,8

19,0

28,5

28,5

A partir R$ 101 mil até R$ 500 mil

4,8

4,8

14,3

A partir de R$ 501 mil até R$ 1 milhão

23,8

23,8

4,8

A partir de R$ 1 milhão até R$ 2 milhões

14,3

4,8

28,5

14,3

19,1

23,8

23,8

2010

Acima de R$ 5 milhões

14,3 2011

A partir de R$ 2 milhões até R$ 5 milhões

2012

Não indicou faturamento

Gráfico 4

TIPO DE MÓVEL PRODUZIDO (%) Móveis de cozinha

57,1

42,9

Guarda-roupas

57,1

42,9

Camas

57,1

42,9

Estantes e racks

47,6

52,4

Móveis de escritório

42,9

57,1

28,6

Jogo de jantar Móveis de jardim Portas e janelas Estofados

14,3 4,8

71,4

Sim

Não

85,7 95,2 100

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CARACTERIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DA EMPRESA Móveis sob encomenda 35,7%

Gráfico 5

Móveis seriados 14,3%

Aspectos produtivos Do total de empresas ouvidas, metade produz móveis sob medida (gráfico 5) e 81% fabrica móveis de madeira (gráfico 6). A maioria das pesquisadas (71,4%) informou que apenas uma pequena parte dos móveis sai da fábrica já montada e nenhuma delas disse que todos os produtos saem da fábrica já montados (gráfico 7). Por outro lado, 38,1% das empresas disseram que os clientes necessitam de pessoas experientes para a montagem dos móveis e 33,3% afirmaram que é necessário especialista, dado a dificuldade na montagem (gráfico 8).

Móveis sob medida 50%

PRINCIPAL CLASSE DE MÓVEIS FABRICADA PELA EMPRESA

Esquadrias de madeira 9,5% Móveis de metal (ferro, alumínio, aço) 9,5%

Gráfico 6

OPÇÃO QUE MELHOR IDENTIFICA A SITUAÇÃO DA EMPRESA COM RELAÇÃO À MONTAGEM E DESMONTAGEM DOS PRODUTOS FABRICADOS

Gráfico 7

A maior parte dos produtos sai montada da fábrica 28,6%

Móveis de madeira ou assemelhados (MDF, aglomerado, etc.) 81% Apenas uma pequena parte dos produtos sai montada da fábrica 71,4%

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Chama a atenção a pouca importância que as empresas moveleiras pesquisadas colocam nos setores de design e de marketing para os resultados das empresas, com 63,6% e 85,7%, respectivamente (ver gráfico 9), com uma atenção maior apenas para a área de produção (57,1% de envolvimento). Referente ao desenvolvimento de novos produtos, 71,4% responderam que não possuem um setor específico para isso (gráfico 10). Das 28,6% empresas que informaram positivamente, 66,7% usam o chão de fábrica, com 50% utilizando um departamento de novos produtos (gráfico 11).

Gráfico 8

CONSIDERAÇÃO DA EMPRESA QUANTO AO GRAU DE DIFICULDADE DE MONTAGEM (NO CLIENTE) DE SEUS PRODUTOS Grau médio de dificuldade: necessita de pessoas experientes na montagem

38,1%

Difíceis de montar: necessitam de especialista

33,3%

Fáceis de montar: não necessitam de pessoa especializada, mas requerem maior tempo

14,3%

Muito difíceis de montar: necessitam de especialistas e ferramentas próprias

9.5%

Montagem muito fácil e rápida: não necessita de pessoa especializada

4.8%

Gráfico 9

NÍVEL DE ENVOLVIMENTO DOS SETORES NO RESULTADO DA EMPRESA (%) Produção

57,1

Compras

28,6

Financeiro

28,6

Vendas

28,6

Distribuição para clientes

23,8

Designer

14,3

Showroom

14,3

Protótipo

9,5

Marketing

28,6

23,8

47,6

Alto

28,6

42,8 38,1

33,3

Médo

38,1

38,1

Baixo

63,6

20,1

71,4

14,3 19,1

71,4 85,7

14,3

EXISTÊNCIA DE UM SETOR ESPECÍFICO PARA O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS

Gráfico 10

Sim 28,6%

Gráfico 11

EM CASO AFIRMATIVO, SETOR DENTRO DA INDÚSTRIA EM QUE SE SITUA (%) Chão de fábrica

Não 71,4%

14,3

Depto. de Desenv. de Produtos

33,3

66,7

50

50

Comercial

33,3

66,7

Modelagem

16,7

83,3

Marketing

16,7

83,3

Engenharia

100

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PRINCIPAL ORIGEM DOS NOVOS PROJETOS DE MÓVEIS REALIZADOS PELA EMPRESA (%) Sim

Não 47,6

Especialistas em design

52,4

Escritórios de design

38,1

61,9

Desenvolvimento interno, com projetistas próprios

38,1

61,9

28,6

Imitação de produtos (estrangeiros ou nacionais) Desenvolvimento em conjunto com outras empresas, 9,5 universidades, escolas de design, ou centros tecnológicos

Sim Indicação de arquitetos e decoradores Loja própria

71,4 90,5 100

Compra de projetos (estrangeiros ou nacionais)

MEIOS DE REALIZAÇÃO DAS VENDAS DOS PRODUTOS DA EMPRESA (%)

Gráfico 12

Gráfico 13

MERCADOS DE VENDA DOS PRODUTOS DA EMPRESA

Gráfico 14

Não 23,8

76,2 28,6

Somente para o Espírito Santo 23,8%

71,4

Pequenos varejistas 9,5

90,5

Internet 4,8

95,2

Franquia 4,8

95,2

Grandes varejistas 4,8

95,2

Contrariamente à pouca importância que as empresas moveleiras pesquisadas informaram dar para o setor de design, conforme visto no gráfico 9, quando perguntados qual a principal origem dos novos projetos de móveis realizados pela empresa, 47,6% disseram que eram de especialistas em design, 38,1% e/ou escritório de design, e 38,1% e/ou desenvolvimento com projetistas próprios (gráfico 12). Alem disso, algumas empresas ainda informaram que utilizam escritórios de arquitetura ou os próprios clientes para o desenvolvimento de novos produtos.

Para o Espírito Santo e outros estados 71,4%

Somente para outros estados 4,8%

Aspectos comerciais Os principais clientes dos fabricantes de móveis são obtidos através da indicação de arquitetos e decoradores (76,2%), enquanto apenas 28,6% possuem lojas próprias, e 9,5% vendem através de pequenos varejistas (gráfico 13). A grande maioria das empresas pesquisadas (71,4%) vende seus móveis tanto para o Espírito Santo como para outros estados, e 23,8% somente para o Espírito Santo (gráfico 14); nenhuma delas exporta.

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Gráfico 15

IMPORTÂNCIAS DAS VARIÁVEIS NO COMPORTAMENTO DAS VENDAS DA EMPRESA (%) Alta

Média

Baixa

Qualidade dos produtos

61,9

Investimentos para aumentar a produção

52,4

Política tarifária

47,6

Serviços aos clientes

47,6

Desenvolvimento dos mercados pela empresa

19,1

19,1

33,3

14,3

19,1

33,3 38,1

42,9

14,3

33,3

23,8

Crescimento da demanda dos mercados de destino

42,9

38,1

19,1

Melhoria do poder aquisitivo

42,9

38,1

19,1

Design dos produtos

33,3

Disponibilidade de crédito aos consumidores

33,3

33,3

33,3 47,6

19,1

Desenvolvimento de novos produtos

28,6

38,1

33,3

Acesso ao financiamento para produção

28,6

38,1

33,3

Campanhas publicitárias Investimento em marketing Melhoria das condições de acesso aos mercados

23,8

38,1

14,3 9,5

A principal variável que influencia nas vendas das empresas pesquisadas é a qualidade dos produtos (61,9%), seguida pela de investimentos para aumentar a produção (52,4%). Apenas 33,3% indicaram o design dos produtos, e 14,3% os investimentos em marketing (gráfico 15). Chama a atenção a grande quantidade de empresas (61,9%) que possuem site e utilizam as redes sociais para expor e divulgar seus produtos (gráficos 16 e 17, respectivamente). Aspectos sobre a cultura empresarial em design É visível a relação da indústria criativa de design e a indústria moveleira, dado que 85,7% consideraram “muito importante” ou “importante” o design para a estratégia da empresa (gráfico 18). Também fica clara a importância do design quando perguntada a finalidade com que ele é utilizado, dado que mais de 50% das empresas pesquisadas informaram que é para aumentar as vendas, desenvolver novos produtos e novas ideias (71,4%, 61,9% e 52,4%, respectivamente). Porém poucos utilizam o design como gestão (33,3%), embora 47,6% afirmaram adotá-lo como estratégia da empresa (gráfico 19). Também é alta a contribuição do design para a competitividade do produto (57,1%), ao lado da qualidade, considerada “muito importante” para 90,5% das empresas (gráfico 20). Por outro lado, quando perguntados se nos últimos três anos a empresa realizou algum tipo de design, 33,3% disseram que não fizeram design de produto, e 38,1% que não realizaram concepção e desenvolvimento de produtos (gráfico 21).

38,1

47,6

38,1

42,9

47,6

EXISTÊNCIA DE SITE OFICIAL PARA EXPOSIÇÃO DE PRODUTOS Não 38,1%

Sim 61,9%

Gráfico 16

Sim

Não

UTILIZAÇÃO DE REDES SOCIAIS PARA DIVULGAÇÃO DE SEUS PRODUTOS Não 38,1%

Sim 61,9%

Gráfico 17

Sim

Não

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IMPORTÂNCIA DO DESIGN NA ESTRATÉGIA DA EMPRESA

Gráfico 18

Muito Muito importante

57,1%

Importante Pouco importante

Gráfico 20

CONTRIBUIÇÃO PARA A COMPETITIVIDADE DOS PRODUTOS (%) Média

Qualidade

Pouco

Não contribui

90,5

9,5

28,6%

23,8

Design do produto

57,1

19,1

Aumento da produtividade

57,1

38,1

9,5%

Não é importante

4,8

4,8%

FINALIDADE DA UTILIZAÇÃO DO DESIGN PARA A EMPRESA (%) Sim

Marca

42,9

Publicidade

38,1

23,8

28,6 23,8

28,6

4,7 9,3

Gráfico 19

Não

TIPO DE DESIGN REALIZADO PELA EMPRESA NOS ÚLTIMOS 3 ANOS (%)

Para aumentar as vendas

71,4

28,6

Para desenvolver novos produtos

61,9

38,1

Para desenvolver novas ideias

52,4

47,6

Como estratégia da empresa

47,6

52,4

Para melhorar a imagem da empresa

47,6

52,4

Concepção e 47,6 desenvolvimento de produtos

Como gestão na empresa

33,3

66,7

Design de marca e 33,3 comunicação

Como design empresarial

33,3

66,7

Design para a internet 9,5 19,1

Gráfico 21

Realiza internamente

Realiza externamente

Realiza interna e externamente

Não realiza

Design de produto 47,6

19,1 14,3 19,1 9,5

19

33,3 38,1 28,6 61,9

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Referente ao impacto econômico do design na empresa, 42,9% disseram que desenvolveram novos produtos cujos designs foram importantes nos últimos três anos (gráfico 22) e, dessas indústrias, 88,9% informaram que o impacto (alto ou médio) foi no aumento do faturamento (gráfico 23). Quanto ao impacto dos novos produtos, 55,6% das empresas pesquisadas responderam que eles impactaram, igualmente, Gráfico 22 DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS E/OU SERVIÇOS COM FORTE COMPONENTE DO DESIGN PELA EMPRESA NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS

Não 57,1%

a imagem da marca, a comunicação com os clientes e a satisfação dos clientes (gráfico 24). Embora considerem importante o design para os negócios, 85,7% das empresas responderam que não possuem profissional de design, e 90,5% disseram que não possuem departamento de design (gráficos 25 e 26). Dos poucos que afirmaram possuir departamento de design em suas empresas, metade tem dois empregados e a outra metade, três (gráfico 27).

EXISTÊNCIA DE PROFISSIONAL DE DESIGN (NÍVEL SUPERIOR) NA EMPRESA

Gráfico 25

Sim 14,3%

Não 85,7%

Sim 42,9%

Gráfico 23

EM CASO AFIRMATIVO, INTENSIDADE DE IMPACTO EM CADA ITEM (%) Alto impacto

Médio impacto

Pouco impacto

Nenhum impacto

Abertura de novos mercados 33,3

33,3

Rentabilidade 22,2

11,1 11,1

11,1

55,6

33,3

55,6

Aumento das exportações (se exporta) 11,1

33,3

11,1

88,9

IMPACTO DOS NOVOS PRODUTOS SOBRE OS SEGUINTES ASPECTOS (%) Alto impacto

Não 90,5%

22,2

66,7

Aumento das vendas em 11,1 outros estados Diminuição dos custos

11,1

55,6

Produtividade 33,3

Gráfico 26

Sim 9,5%

33,3

Aumento do faturamento 55,6

EXISTÊNCIA DE DEPARTAMENTO DE DESIGN NA EMPRESA

EM CASO AFIRMATIVO, QUANTIDADE Gráfico 27 DE PROFISSIONAIS DE DESIGN (OU ESTILISTAS) TRABALHANDO NESTE DEPARTAMENTO NA EMPRESA

Gráfico 24 3 empregados 50%

Médio impacto

Satisfação dos clientes

55,6

44,4

Comunicação com os clientes

55,6

44,4

Imagem da marca

55,6

44,4

2 empregados 50%

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ÁREA FUNCIONAL DA EMPRESA DA QUAL DEPENDE O DESIGN

Gráfico 28

EM CASO AFIRMATIVO, COM QUAL FREQUÊNCIA FEZ?

Gráfico 31

Somente em projetos específicos 33,3%

Vendas 25%

Produção 50%

Excepcionalmente 16,7%

Diretoria 18,8%

Habitualmente 50%

Marketing 6,2%

NO CASO DA NÃO EXISTÊNCIA NA EMPRESA DE PROFISSIONAL DE DESIGN, ESTILISTA OU DEPARTAMENTO DE DESIGN, ESTA FUNÇÃO É ASSUMIDA POR:

Gráfico 29

MEIOS ATRAVÉS DOS QUAIS CONTATOU O(S) DESIGNER(ES)

Gráfico 32

Profissional em design 50% Empresas de design 50%

Produção 33,3% Marceneiro 55,6%

Vendas 11,1%

SATISFAÇÃO COM OS SERVIÇOS CONTRATADOS Gráfico 30 SUA EMPRESA CONTRATOU SERVIÇOS DE DESIGNERS EXTERNOS?

Gráfico 33

Não 16,7%

Sim 83,3%

Não 71,4% Sim 28,6%

Embora a maioria das empresas afirme que não possui profissional de design, 50% delas disseram depender da produção, 25% do setor de vendas, e 18,8% da diretoria (gráfico 28). Nesses casos, para 55,6% das empresas, quem assume a função é o marceneiro (gráfico 29).

Na contratação de serviços externos de design, apenas 28,6% responderam afirmativamente (gráfico 30) e metade desses contrata habitualmente designers externos à empresa (gráfico 31). Ainda, a metade das empresas que contrataram design externo fizeram através de empresa de design e 83,3% estão satisfeitas com os resultados (gráficos 32 e 33, respectivamente) e o restante informou que o produto não ficou bom.

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PERFIL DAS PEQUENAS EMPRESAS DO SETOR MOVELEIRO DO ES

Falta de qualificação de mão de obra

• 81% produzem móveis de madeira;

Excesso de impostos

• 71,4% informaram que apenas uma pequena parte dos móveis saem da fábrica já montada;

Custo das máquinas e equipamentos importados

• 71,4% não possuem um setor específico para desenvolvimento de novos produtos; • 47,6% disseram que a principal origem dos novos projetos de móveis realizados eram de especialistas em design; • 76,2% dos clientes são obtidos através da indicação de arquitetos e decoradores; • 71,4% vendem seus móveis tanto para o Espírito Santo como para outros estados; • 61,9% consideram a qualidade dos produtos como a principal variável que influencia nas vendas da empresa; • 61,9% possuem site e utilizam as redes sociais para expor e divulgar seus produtos; • 85,7% consideram muito importante ou importante o design para a estratégia da empresa; • 42,9% disseram que desenvolveram novos produtos cujos designs foram importantes nos últimos três anos; • 85,7% das empresas responderam que não possuem profissional de design.

Gráfico 34

PRINCIPAIS PROBLEMAS DA EMPRESA

Qualidade das máquinas e equipamentos nacionais

53,8% 30,8% 11,6% 3,8%

Gráfico 35

PRINCIPAIS NECESSIDADES DA EMPRESA Investir na formação de marceneiros

33,3%

Investir em cursos de formação para qualificar a mão de obra

33,3%

Investir na formação de consórcio para compra de matéria-prima

14,3%

Redução de impostos

14,3%

Investir em evento, feiras, desfiles e exposições 4,8%

Principais necessidades do setor moveleiro Os principais problemas enfrentados pelas empresas pesquisadas são a falta de mão de obra qualificada (53,8%) e o excesso de impostos (30,8%), e as maiores necessidades são (ambas com 33,3% de respostas): investir em cursos para a formação de mão de obra qualificada e na formação de marceneiros (gráficos 34 e 35). Novembro 2013 – Nº 16 – Ano 3

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Os desafios das micro e pequenas indústrias criativas

D

e modo geral, a estrutura da economia criativa é a mesma em todos os países, compreendendo um setor produtivo, uma rede de distribuição e marketing, além de um conjunto de consumidores que desejam produção criativa. Porém, a predominância é de micro e pequenas empresas (MPEs) que estão no início da cadeia produtiva, que é a criação e enfrentam vários desafios. Essas empresas atuam em redes informais e tendem a ser fortemente independentes e a resistirem a modelos padrões para a expansão dos negócios. Os empresários

das indústrias criativas são altamente qualificados, a maioria jovens e com grau de conhecimento elevado. Ainda assim, os empreendedores das indústrias criativas possuem, muitas vezes, a filosofia de que “se aprende fazendo”. Esses gestores geralmente têm pouco treinamento formal para os negócios, acarretando em muitas falhas devido a erros como a insuficiência de fluxo de caixa; inadequada contabilidade; dívidas incobráveis, a falta de conhecimento sobre impostos, saúde e segurança no trabalho, emprego e outras regulamentações.

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Por esses motivos, essas empresas precisam de apoio: Na construção de seus modelos de negócios e que estes sejam realistas; Para efetivamente entenderem e planejarem seus negócios; Em informações específicas setoriais sobre uma série de questões como propriedade intelectual e direitos autorais, avanços tecnológicos, requisitos legais e regulamentos de proteção e de exportação; e Aconselhamento sobre marketing. A limitação ao financiamento A maior quantidade das empresas dos setores criativos mostra a necessidade de políticas específicas para alavancar seus negócios, pois as restrições que enfrentam são as mesmas das PMEs dos setores tradicionais da economia, sendo a principal limitação o acesso ao financiamento para desenvolver projetos criativos. Como as empresas das indústrias criativas não se encaixam em modelos dos “negócios-padrão” das instituições financeiras, tem havido uma tendência para que as agências tradicionais de apoio às empresas considerem esse setor como não economicamente viável. Por outro lado, essas empresas tendem a considerar as agências como não capazes de entender as suas necessidades específicas. Nos países em que as indústrias criativas são reconhecidas oficialmente e em que o setor financeiro está melhor adaptado para o financiamento dessas indústrias, elas se desenvolvem de maneira mais rápida. É aqui que o Brasil, em particular o Espírito Santo, leva desvantagem, principalmente porque o conceito de indústrias criativas é muito novo, e as instituições financeiras brasileiras são muito avessas ao risco. A importância do microcrédito para as MPEs criativas O microcrédito pode ser uma grande fonte de financiamento para as MPEs iniciantes (“startup”) no setor criativo porque:

Análise – Ideies

É um modelo comprovado e eficaz; Fornece montantes adequados tanto para investimento nas empresas iniciantes como para capital de giro; Tem o potencial para desenvolver pequenas empresas a um ponto onde elas possam se tornar mais atraentes para os investidores e elegíveis para outras formas de crédito; O modelo é flexível e adaptável às especificidades das condições locais; e Oferece uma forma de superar alguns dos problemas de financiamento comercial, tais como gestão de riscos e de natureza intangível dos bens criativos. As indústrias criativas e o modelo de negócios As indústrias criativas têm um caráter distinto ao dos modelos tradicionais de negócios, inovando tanto nos negócios como no empreendedorismo. Elas giram em torno de colaborações empresariais e inovadoras, em que numerosas micro e pequenas empresas se reúnem com grandes e médias empresas durante a execução de um único projeto. Em seguida, dissolvem o grupo e formam-se novas parcerias para o projeto seguinte. Por outro lado, diferentes estudos mostram a grande contribuição do valor adicionado das indústrias criativas para a capacidade inovadora de seus clientes - as indústrias tradicionais que são usuárias de produtos e serviços criativos - nos últimos anos. Por esse motivo, as MPEs criativas desempenham um papel significativo na capacidade inovadora do país, bem como asseguram as atividades inovadoras que podem ser comparadas com as da indústria de alta tecnologia. Isso mostra que as políticas industriais e tecnológicas devem contemplar as indústrias criativas levando em conta as suas especificidades, estabelecendo instrumentos adequados para que elas possam enfrentar os vários desafios encontrados em seu desenvolvimento, inclusive nas formas inovadoras de seus modelos de negócios.

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Surge o Índice de Progresso Social, que compara países socialmente

A

partir deste ano de 2013, passa a ser divulgado o novo Índice de Progresso Social (IPS), desenvolvido por Michael Porter juntamente com a instituição Social Progress Imperative, visando comparar o desenvolvimento social entre países. Para os autores, vários estudos já encontraram uma alta correlação entre o crescimento econômico e uma grande variedade de indicadores sociais. No entanto, existe uma crescente consciência de que somente as medidas econômicas não captam totalmente o progresso social. Por esse motivo, é necessário que o progresso social seja medido diretamente, a fim de que seja avaliado o sucesso de um país quanto à melhoria do seu bem-estar geral. Por outro lado, a medição sistemática do progresso social também é importante para entender todas as causas do desenvolvimento econômico. Essas são as razões que levaram os autores a criarem o novo Índice de Progresso Social.

O que é progresso social “Progresso social” é definido no estudo como a capacidade de uma sociedade em atender as necessidades humanas básicas de seus cidadãos, estabelecendo os componentes básicos que permitam aos cidadãos melhorar de vida e criar as condições para as pessoas e as comunidades atingirem seu pleno potencial. O IPS fornece uma referência útil para que cada nação possa se comparar com outros países e identificar áreas específicas onde é forte e onde possui fraquezas. Segundo os autores, embora o IPS se correlacione bastante com outros índices como o PIB per capita, o índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Índice de Competitividade Global (ICG), existem diferenças significativas e importantes e, por isso, essas correlações são imperfeitas. Porém, como um indicador de natureza não econômica de um país, é mais abrangente do que o IDH. Assim, pelo novo indicador, não significa que os países com maior PIB possuam os maiores IPS. Um exemplo é Costa Rica, que está em 12º lugar no IPS, mesmo patamar que as nações mais ricas, e possui um PIB equivalente ao dos países da África que estão bem abaixo na lista.

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A definição geral de progresso social foi desagregada em três dimensões que definem a arquitetura básica do modelo: Necessidades humanas básicas: como um país provê as necessidades essenciais da população; Fundamentos de bem-estar: referem-se à construção de ações que reforçam e mantêm o bem-estar das comunidades; e Oportunidades: existência de oportunidades para todos os indivíduos atingirem seu potencial. Com base nessas três dimensões, o IPS foi estruturado considerando 12 “componentes” e 52 indicadores de forma a

dar a composição necessária para a análise, e não apenas como um ranking ou pontuação acumulada (ver quadro 1). Os autores entendem que ao estruturar o índice dessa forma, ele pode ajudar os agentes da transformação para identificar e agir na solução dos temas mais urgentes enfrentados pelas sociedades em que atuam. Na primeira edição do IPS foram analisados 50 países, com pontuações variando entre 0 e 100, e os dez melhores colocados estão no tabela 1, com a Suécia colocada em primeiro lugar, atingindo 64,81 pontos.

ÍNDICE DE PROGRESSO SOCIAL Necessidades humanas básicas Nutrição e cuidados médicos básicos • Desnutrição • Déficit alimentar • Taxa de mortalidade materna • Taxa de mortalidade neonatal • Taxa de mortalidade infantil • Prevalência de tuberculose Moradia • Acesso à moradia • Acesso à eletricidade Ar, água e saneamento • Mortes por contaminação do ar em ambiente interno • Mortes por contaminação do ar em ambiente externo • Acesso a sistema de água encanada • Acesso rural e urbano a fontes de água de qualidade • Acesso a instalações sanitárias de qualidade • Acesso a tratamento de esgoto Segurança pessoal • Taxa de homicídio • Taxa de crimes violentos • Percepção de criminalidade • Terror político

Quadro 1

Fundamentos de bem-estar

Oportunidades

Sustentabilidade dos ecossistemas • “Pegada ecológica” de consumo • Emissões de CO2 per capita • Uso de energia por U$ 1.000/PIB • Uso de água per capita

Tolerância e respeito • Igualdade de oportunidade para minorias • Respeito à mulher • Apoio familiar e comunitário • Tolerância a imigrantes • Tolerância a homossexuais

Acesso ao conhecimento básico • Taxa de alfabetização adulta • Taxa de matrícula em educação primária • Taxa de matrícula em educação secundária • Taxa média de escolarização das mulheres

Liberdades individuais • Liberdade de culto • Taxa de utilização de anticoncepcionais • Acesso a creches e serviços de cuidado infantis • Liberdade de escolha

Acesso à informação e comunicação • Usuários de telefones celulares • Usuários de internet • Assinaturas de banda larga • Índice de liberdade de imprensa Saúde e bem-estar • Expectativa de vida ao nascer • Obesidade • Morte por câncer • Morte por doença cardiovascular ou diabetes • Morte por HIV • Acesso a cuidado médico de qualidade

Direitos individuais • Direitos políticos • Liberdade de expressão • Liberdade partidária • Direito à propriedade privada • Direito de propriedade às mulheres Acesso à educação superior • Taxa de matrícula no ensino superior • Taxa de matrícula feminina no ensino superior

Fonte: Social Progress Imperative | Elaboração: Ideies/Findes

PONTUAÇÃO DO BRASIL DE ACORDO COM OS ITENS:

Quadro 2

30

20

16

18

NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS

FUNDAMENTOS DE BEM-ESTAR

OPORTUNIDADES

ÍNDICE DE PROGRESSO SOCIAL

COMPONENTE COM MELHOR DESEMPENHO NESTA DIMENSÃO

23 MORADIA

20 ACESSO AO CONHECIMENTO BÁSICO

2 LIBERDADES INDIVIDUAIS

Fonte: Social Progress Imperative | Elaboração: Ideies/Findes

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Novo Índice de Progresso Social coloca o Brasil como o mais avançado dos BRICS De acordo com o novo Índice de Progresso Social (IPS), desenvolvido por Michael Porter e pela instituição Social Progress Imperative, que avalia os resultados sociais e ambientais, em vez de indicadores econômicos (como o

Os dez melhores países no ranking do Índice de Progresso Social PAÍS

Tabela 1

Índice

1º Suécia

64,81

2º Reino Unido

63,41

3º Suíça

63,28

4º Canadá

62,63

5º Alemanha

62,47

6º Estados Unidos

61,56

7º Austrália

61,26

8º Japão

61,01

9º França

60,70

10º Espanha

60,43

Fonte: Social Progress Imperative | Elaboração: Ideies/Findes/CNI

Produto Interno Bruto – PIB), para medir o progresso de um país, o Brasil está classificado em 18º lugar em uma lista com 50 países. Para ficar nessa colocação, o Brasil teve 52,27 como pontuação. Entre os BRICS, o país é o mais avançado socialmente, ficando à frente da China (32º lugar), Rússia (33º), África do Sul (39º) e a Índia (43º). Porém, na América Latina ficou atrás do Chile (14º) e da Argentina (15º). As melhores e piores classificações do Brasil O quadro 2 mostra a pontuação atingida pelo Brasil em cada uma das principais características e as melhores colocações em cada componente. Deve ser destacado que no bloco “Oportunidades”, no item “Tolerância e Respeito” o Brasil atingiu a segunda colocação e, dentro, ainda do bloco de “Oportunidades”, no subitem “Igualdade de oportunidades para minorias étnicas”, o país aparece em primeiro lugar (ver quadro 3). Quanto às piores classificações, o Brasil está mal em “Segurança Pessoal” que está no bloco de “Necessidades humanas básicas”, ocupando a 46ª posição, com o item “Taxa de homicídios” ficando em 47ª posição entre 50 países, e no bloco “Oportunidades”, o item “Mulheres tratadas com respeito” ficou em 43º lugar. Em relação ao item “Mulheres tratadas com respeito”, que fica dentro do tópico “Oportunidades”, o Brasil também ficou muito mal, ocupando o 43º lugar.

PERFORMANCE ÍNDICE DE PROGRESSO SOCIAL

PONTUAÇÃO

Quadro 3

48,2

Necessidades humanas básicas Nutrição e cuidados médicos básicos

55,41 (27º)

Ar, água e saneamento

51,86 (28º)

Moradia

53,6 (23º)

Segurança pessoal

32,1 (46º)

80

51,6

Fundamentos de bem-estar Sustentabilidade dos ecossistemas

52,65 (26º)

Acesso ao conhecimento básico

51,44 (20º)

Acesso à informação e comunicação

47,73 (31º)

Saúde e bem-estar

54,59 (51º) 57

Oportunidades Tolerância e respeito

57,27 (15º)

Liberdades individuais

43,56 (33º)

Direitos individuais

57,75 (16º)

Acesso à educação superior

69,23 (2º)

Fonte: Social Progress Imperative | Elaboração: Ideies/Findes

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Sondagem Industrial no Espírito Santo

A

Sondagem Industrial no Espírito Santo, produzida mensalmente pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies), sob a coordenação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), registrou em setembro de 2013, em relação ao mês anterior, queda no indicador de evolução da produção (-0,9 ponto) e acréscimo no indicador de evolução do número de empregados (+0,4 ponto). Ambos se mantiveram acima da linha divisória de 50 pontos. O nível médio de utilização da capacidade instalada permaneceu constante, situando-se em 76% em setembro de 2013, ante a agosto. A capacidade efetiva em relação ao usual recuou (-1,3 ponto), mostrando que a indústria capixaba continua operando com uma capacidade inferior ao nível usual para o mês, já que se posicionou na faixa inferior a 50 pontos (47,4 pontos). O indicador de evolução de estoques de produtos finais decresceu 0,5 ponto e se posicionou bem próximo à linha divisória de 50 pontos (49,9 pontos). O indicador de estoque efetivo em relação ao planejado avançou 2,1 pontos e se situou praticamente na linha divisória de 50 pontos (50,2 pontos), sinalizando que as empresas estão com estoques no nível desejado. Setembro de 2013, comparado a setembro de 2012, apresentou queda nos indicadores de evolução do número de empregados (-0,8 ponto), estoque efetivo em relação ao planejado (-1,4 ponto) e evolução de estoques de produtos finais (-2,8 pontos). Os acréscimos ocorreram nos indicadores de evolução da produção (+5,3 pontos) e UCI efetiva em relação ao usual (+0,8 ponto). Já a utilização da capacidade instalada se manteve estável. Desempenho no 3º trimestre de 2013 Todos os indicadores pesquisados trimestralmente cresceram no 3º trimestre de 2013, em relação ao anterior: margem de lucro operacional (+7,0 pontos), situação financeira

Sondagem Industrial no Espírito Santo - Setembro 2013

Tabela 1

set/12

ago/13

set/13

Evolução da produção

48,9

55,1

54,2

Evolução do número de empregados

52,3

51,1

51,5

Utilização da capacidade instalada (%)

76,0

76,0

76,0

UCI efetiva em relação ao usual

46,6

48,7

47,4

Estoque efetivo em relação ao planejado

51,6

48,1

50,2

Evolução de estoques de produtos finais

52,7

50,4

49,9

INDICADORES

Fonte Ideies / Findes / CNI

Tabela 2

Comparativo entre trimestres INDICADORES

3º trim/12 2º trim/13 3º trim/13

Margem de lucro operacional

44,9

42,6

49,6

Situação financeira

46,2

46,9

50,1

Acesso ao crédito

45,3

44,0

45,4

Preço médio das matérias-primas

62,6

61,3

62,7

Fonte Ideies / Findes / CNI

(+3,2 pontos), acesso ao crédito (+1,4 ponto) e preço médio dos insumos e matérias-primas (+1,4 ponto). Apesar disso, os indicadores de margem de lucro operacional e acesso ao crédito permaneceram abaixo da linha divisória de 50 pontos (49,6 pontos e 45,4 pontos, respectivamente), o que denota a insatisfação dos industriais capixabas com esses itens. Novembro 2013 – Nº 16 – Ano 3

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Gráfico 01

PRINCIPAIS PROBLEMAS ENFRENTADOS PELOS INDUSTRIAIS CAPIXABAS (%) Elevada carga tributária

59,8

Competição acirrada de mercado

39,1

Falta de trabalhador qualificado

29,9

Alto custo da matéria-prima

29,9

Falta de demanda

28,7

Taxas de juros elevadas

17,2

Inadimplência dos clientes

13,8 12,6

Falta de matéria-prima

12,6

Capacidade produtiva Falta de capital de giro

10,3

Distribuição do produto

10,3 9,2

Taxa de câmbio Falta de financiamento de longo prazo Outros

6,9 1,1

Já os indicadores “situação financeira” e “preço médio dos insumos e matérias-primas” se posicionaram na faixa superior a 50 pontos (50,1 pontos e 62,7 pontos, respectivamente). Os resultados da pesquisa do 3º trimestre de 2013, comparados aos do 3º trimestre de 2012, mostraram aumento em todos os indicadores: margem de lucro operacional (+4,7 pontos), situação financeira (+3,9 pontos), acesso ao crédito (+0,1 ponto) e preço médio dos insumos e matérias-primas (+0,1 ponto). Principais problemas enfrentados Os principais problemas enfrentados pelos empresários da indústria estadual no 3º trimestre de 2013 foram: elevada carga tributária (59,8%), competição acirrada de mercado (39,1%), falta de trabalhador qualificado (29,9%), alto custo da matéria-prima (29,9%), falta de demanda (28,7%), taxas de juros elevadas (17,2%), inadimplência dos clientes (13,8%), falta de matéria-prima (12,6%), capacidade produtiva (12,6%), falta de capital de giro (10,3%), distribuição do produto (10,3%), taxa de câmbio (9,2%) e falta de financiamento de longo prazo (6,9%), entre outros. Vale ressaltar que, comparando com os resultados do trimestre anterior, ganharam importância a “falta de matéria-prima” e a “taxa de câmbio”, cujos percentuais eram 3,6% e 4,8%, respectivamente. Entretanto perdeu importância a “falta de demanda”, que atingiu anteriormente 41,0%. Os percentuais do gráfico não somam 100% pela possibilidade de múltiplas respostas. Expectativas em outubro de 2013 para os próximos seis meses Os industriais capixabas estão mais otimistas em outubro de 2013, em relação aos próximos seis meses, no que se refere aos indicadores de expectativa de demanda (+1,2 ponto) e de quantidade exportada (+3,9 pontos), e menos otimistas quanto às compras de matéria-prima (-1,7 ponto) e número

Expectativas para os próximos seis meses (em outubro de 2013 – pontos)

Tabela 3

Out/12

Set/13

Out/13

Demanda

57,5

58,8

60,0

Quantidade exportada

57,1

53,6

57,5

Compras de matéria-prima

54,4

58,4

56,7

Número de empregados

49,0

55,2

52,7

INDICADORES

Fonte Ideies / Findes / CNI

de empregados (-2,5 pontos). Entretanto, todos os indicadores se posicionaram acima da linha divisória de 50 pontos, sinalizando expectativa positiva. Na comparação dos resultados de outubro de 2013 com os de outubro de 2012, ocorreram aumentos em todos os indicadores: demanda (+2,5 pontos), quantidade exportada (+0,4 ponto), compras de matéria-prima (+2,3 pontos) e número de empregados (+3,7 pontos). • A partir de janeiro de 2012, as empresas da amostra foram reclassificadas segundo a CNAE 2.0, os portes de empresa foram redefinidos de acordo com a metodologia do EuroStat (mais informações www.cni.org.br/icei) e a série histórica do ES foi recalculada retroativamente a fevereiro de 2010. • Os indicadores variam no intervalo de 0 a 100, sendo que valores acima de 50 pontos indicam aumento, atividade acima do usual ou expectativa positiva e abaixo de 50 pontos, queda, atividade abaixo do usual ou expectativa negativa. • A pesquisa, cuja amostra é selecionada pela Confederação Nacional da Indústria – CNI, contou nesse mês com a participação de 88 empresas capixabas (24 pequenas, 47 médias e 17 grandes).

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