IV JORNADAS DE REFLEXÃO DE ANIMAÇÃO TURÍSTICA TURISMO E ANIMAÇÃO CULTURAL
#0001 edição especial IV Jornadas de Reflexão de Animação Turística 16.17.18 nov 2012
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©
ART
as Jornadas
© ART_Vanda Meneses
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IV JORNADAS DE REFLEXÃO DE ANIMAÇÃO TURÍSTICA – IV JR.AT
S
ubordinadas ao tema “Turismo e Animação
O principal objetivo, desta IV edição das jornadas, passa por debater
especial expressão o seu património edificado e arquitetura tradi-
Cultural”, as IV JR.AT decorrem na ilha Tercei-
e trocar experiências em torno do turismo cultural, com vista a pro-
cional, em particular, na cidade de Angra do Heroísmo, classificada
ra de 16 a 18 de novembro de 2012, numa or-
mover a ampliação da oferta e a inovação dos serviços e produtos tu-
pela UNESCO como Património Mundial, que conta com alguns
ganização conjunta da Associação Regional de
rísticos associados ao património cultural local tangível e intangível.
monumentos importantes como a Sé Catedral, o Castelo de São João
Turismo (ART) e do Instituto Açoriano da Cultura (IAC).
As palestras estão divididas em quatro painéis:
Batista, a Fortaleza de São Sebastião e o Convento de São Francisco,
Estas jornadas contam ainda com a parceria das Câmaras
A. Valorização da cultura local e do território através do turismo;
no qual está instalado o Museu de Angra do Heroísmo.
Municipais de Angra do Heroísmo e da Praia da Vitória,
B. Empreendedorismo e Inovação em produtos de turismo cultural;
É conhecida pela qualidade da sua gastronomia e pelas suas tradi-
bem como da Câmara de Comércio de Angra do Hero-
C. Potencialidades do turismo cultural no Arquipélago dos Açores;
ções, paisagens rurais, artesanato e manifestações festivas, de que são
ísmo.
D. Desenvolvimento e promoção do turismo cultural na Região Au-
exemplos as touradas à corda, realizadas entre maio e outubro por
Com este evento pretende-se proporcionar importan-
tónoma dos Açores.
toda a ilha, o Espírito Santo, as Sanjoaninas e Festas da Praia, duas
tes momentos de debate e de reflexão sobre os recursos,
Estas sessões visam o debate de temáticas vitais para um desenvolvi-
festas concelhias bastante conhecidas e respeitadas.
potencialidades e estratégias para que os Açores possam
mento sustentável e responsável do turismo cultural na região. Para
A ilha encontra-se provida de excelentes acessos e condições de alo-
valorizar o seu notável património cultural, um recurso
promover um maior envolvimento da população e dos stakeholders
jamento e restauração, bem como de uma abundante oferta de servi-
vital para o seu desenvolvimento turístico responsável e
locais, as jornadas incluem momentos de debate com a participação
ços de animação turística. Neste último campo, são de realçar os pas-
sustentável.
de especialistas locais, regionais, nacionais e internacionais, abertos
seios de barco e o mergulho, como principais atividades marítimas,
Esta quarta edição das Jornadas de Reflexão de Ani-
à participação de todos os interessados.
e os percursos pedestres, geoturismo, observação de aves, escalada e
mação Turística vem dar continuidade às três edições
golfe, como principais atividades terrestres ■
anteriores organizadas pela ART, tendo a primeira sido
A ILHA TERCEIRA…
realizada em janeiro de 2009 no Faial, com o tema “Estra-
As IV JR.AT realizam-se na Ilha Terceira, uma das cinco ilhas que
tégias para a Afirmação do Grupo Central como Destino
constituem o grupo central, e a terceira maior do Arquipélago dos
Turístico”, a segunda em abril de 2010, no Pico, com o
Açores. Trata-se de um dos principais pontos de entrada nos Açores
tema “Ambiente e Turismo Responsável nos Açores”, e a
e é constituída, administrativamente, por dois concelhos com sede
terceira em maio de 2011 na ilha de São Jorge dedicada
nas cidades de Angra do Heroísmo e Praia da Vitória.
ao tema “Geoturismo”.
Esta Ilha destaca-se pela sua enorme riqueza cultural, assumindo
PROGRAMA TÉCNICO
WORKSHOPS
dia 01
dia 02
16 novembro
17 novembro
13h30 ABERTURA DO SECRETARIADO | ACREDITAÇÃO DOS INSCRITOS
09h00 ABERTURA DA SESSÃO PLENÁRIA
14h30 SESSÃO DE ABERTURA Vitor Fraga (Sec. Regional do Turismo e Transportes) Sandro Paim (ART) Paulo Raimundo (IAC) Sofia Couto (CMAH) Roberto Monteiro (CMPV)
C/ Potencialidades do Turismo Cultural na Região Autónoma dos Açores MODERADOR: GABRIELA CANAVILHAS (DEPUTADA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA)
A/ Valorização da cultura local e do território através do Turismo MODERADOR: FRANCISCO MADURO DIAS (Instituto Histórico da Ilha Terceira) 15h00 TENDÊNCIAS INTERNACIONAIS DO TURISMO CULTURAL John Winton (RETC) 15h20 GESTÃO DO PATRIMÓNIO: DOS RECURSOS AOS PRODUTOS, A IDENTIDADE DOS TERRITÓRIOS E A INTERPRETAÇÃO CULTURAL Gabriela Carvalho (ESHTE) 15h40 CASOS DE ESTUDO: A ROTA DO FRESCO E OUTROS CASOS SPIRA Catarina Valença Gonçalves (SPIRA)
09h10 ENTRE AMBIENTE E CULTURA, O QUE PODE O TURISMO FAZER? Luiz Fagundes Duarte (SEC. REGIONAL DA EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E CULTURA DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES) 09h30 CONTRIBUTOS PARA A VALORIZAÇÃO DO TOURING CULTURAL E PAISAGÍSTICO DOS AÇORES José Toste (ART), Cátia Leandro (ART), Francisco Silva (ESHTE /OL) 09h50 PATRIMÓNIO MUNDIAL DOS AÇORES - DUAS REALIDADES COMPLEMENTARES Nuno Ribeiro Lopes (Nuno Ribeiro Lopes Arquitectos) 10h10 DEBATE
16h00 DEBATE
10h30 PAUSA PARA CAFÉ
16h30 PAUSA PARA CAFÉ
D/ Desenvolvimento e promoção do turismo cultural na Região Autónoma dos Açores MODERADOR: VICTOR ALVES (RTP Açores)
B/ Empreendedorismo e Inovação em produtos de Turismo Cultural MODERADOR: DAVID HORTA LOPES (UNIVERSIDADE DOS AÇORES) 17h00 O PAPEL DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO TURISMO CULTURAL Soraia Ferreira (UT Austin | Portugal e INESC TEC) 17h20 A CRIAÇÃO ARTÍSTICA CONTEMPORÂNEA NA REVITALIZAÇÃO PATRIMONIAL: ARTE CONTEMPORÂNEA, ARTES TRADICIONAIS Madalena Martins (Marias Portugal) 17h40 TURISMO CULTURAL NA ANIMAÇÃO TURÍSTICA E NO MERCADO DE EXPERIÊNCIAS Sofia Fonseca (Fuga Perfeita) 18h00 CASO DE ESTUDO - ALDEIAS HISTÓRICAS DE PORTUGAL: PATRIMÓNIO, PAISAGEM E SUSTENTABILIDADE DO TERRITÓRIO Maria Isabel Boura (CCDRC) 18h20 DEBATE 19h30 JANTAR CONVÍVIO
11h00 GESTÃO DO TURISMO CULTURAL NOS DESTINOS: EMPREENDEDORISMO E SUSTENTABILIDADE Cristina Almeida (AUDAX | ISCTE-IUL) 11h20 MESA REDONDA Oradores painel D, Paulo Raimundo (IAC), Gabriela Canavilhas (Deputada AR), José Toste (ART) 12h40 ENCERRAMENTO DAS SESSÕES PLENÁRIAS Luiz Fagundes Duarte (SEC. REGIONAL DA EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E CULTURA DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES) , Sandro Paim (ART), Paulo Raimundo (IAC) 13h10 ALMOÇO LIVRE
17 novembro
WORKSHOPS A 15h30 | 17h00 CRIAÇÃO DE UM PRODUTO DE ANIMAÇÃO CULTURAL Sofia Fonseca (Fuga Perfeita) 15h30 | 17h00 MODELO DE GESTÃO DE DESTINOS DE TURISMO CULTURAL Gabriela Carvalho (ESHTE) 15h30 | 17h00 INOVAÇÃO EM ANIMAÇÃO CULTURAL - PLANEAMENTO DE UM EVENTO DE GEOCACHING CULTURAL Francisco Silva (ESHTE / OL)
WORKSHOPS B 17h00 | 18h30 CRIAÇÃO DE ROTAS TURÍSTICAS Catarina Valença Gonçalves (SPIRA) 17h00 | 18h30 INDICADORES DO TURISMO CULTURAL - COMO DETERMINAR OS EFEITOS DO TURISMO CULTURAL* John Winton (RETC) 17h00 | 18h30 DINÂMICAS DE ANIMAÇÃO EM ESPAÇOS CULTURAIS Valter Peres (Teatrinho / Alpendre)
LOCAL UNIVERSIDADE DOS AÇORES - PÓLO DA TERCEIRA (PICO DA URZE)
NOTAS 3 WORKSHOPS A DECORRER EM SIMULTÂNEO (PODE INSCREVER-SE EM 2) * O WORKSHOP “INDICADORES DO TURISMO CULTURAL - COMO DETERMINAR OS EFEITOS DO TURSIMO CULTURAL” SERÁ MINISTRADO EM INGLÊS.
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PROGRAMA SOCIAL dia 01
manhã ANGRA DO HEROÍSMO (CENTRO HISTÓRICO)
16 novembro
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19h30 JANTAR CONVÍVIO HOTEL DO CARACOL NOTA inscrições limitadas. custo da inscrição: 10,00€ por pessoa. jantar com música ao vivo
dia 02 17 novembro
10h00 BRIEFING Ponto de encontro: Praça Velha (AH) 10h10 / 13h00 VISITA INTERPRETATIVA PELA CIDADE (com guia) 13h30 / 14h30 ALMOÇO ACADEMIA DA JUVENTUDE E DAS ARTES DA ILHA TERCEIRA (PV) almoço volante no claustro tarde PRAIA DA VITÓRIA (CENTRO HISTÓRICO E RAMO GRANDE)
19h30 JANTAR REGIONAL QUINTA DO MARTELO NOTA inscrições limitadas. custo da inscrição: 30,00€ por pessoa jantar com animação ao vivo
dia 03
14h30 / 15h30 VISITA INTERPRETATIVA PELA CIDADE (com guia) 15h30 / 17h30 RAMO GRANDE ORGANIZAÇÃO IV JORNADAS DE REFLEXÃO DE ANIMAÇÃO TURÍSTICA NOTAS Limite de 75 inscrições (inscrições encerradas) Caso haja desistências, as pessoas com inscrições pendentes (recusadas até à data) serão contactadas pela ordem de chegada de inscrição
12h45 SAÍDA DE ANGRA, PARQUE DA PRAÇA DE TOIROS / VISITA ÀS IGREJAS DO COLÉGIO E DO CONVENTO DE SÃO GONÇALO 14h45 VISITA ÀS VINHAS E ADEGAS (QUINTA DE JESUS MARIA JOSÉ E QUINTA DO ESPÍRITO SANTO), EM S. BARTOLOMEU 16h00 PARTIDA PARA OS BISCOITOS COM VISITA A ADEGAS 19h00 JANTAR NA ESCOLA BÁSICA INTEGRADA DOS BISCOITOS 21h00 REGRESSO A ANGRA ORGANIZAÇÃO CÂMARA MUNICIPAL DA PRAIA DA VITÓRIA, PRAIA AMBIENTE, COOPERATIVA PRAIA CULTURAL E CONFRARIA DO VINHO VERDELHO DOS BISCOITOS NOTAS A visita ao Convento de São Gonçalo tem um custo de 2€; preço de inscrição 10,00€ (+2,00€ Convento de São Gonçalo); Pagamento: no próprio dia, ao responsável presente; inclui jantar; limite de 20 inscrições Reposição da actividade programada para a celebração do Dia Mundial do Enoturismo a 10/11/2012 * o programa social B tem um custo associado pois é uma alternativa ao programa A, visto que este já se encontrava com as inscrições encerradas.
PROGRAMA SOCIAL B * Visita cultural e recreativa Circuito do Enoturismo
18 novembro PROGRAMA SOCIAL A temas abordados: vários períodos históricos das cidades.
EXPOSIÇÕES PARALELAS
AÇÕES PARALELAS 16 nov 2012
APROXIMAÇÕES Jorge Barros FOYER
Exposição de fotografia que salienta, através da objetiva do autor, a proximidade cultural, paisagística e edificada, existentes entre o território insular e continental, que justificam e fundamentam a nossa identidade nacional ■
Descobrir Açores, projeto artístico-turístico de internacionalização dos artistas dos Açores. Este projeto dirige-se aos açorianos interessados na divulgação da sua arte, desde a sua promoção na internet e noutros meios de comunicação, festivais, mostras e temporadas no estrangeiro, entre outros. O objetivo da primeira fase do projeto (2012) inclui a participação de 100 artistas/grupos a viver nas 9 ilhas dos Açores com representação das várias disciplinas: artes plásticas e visuais, artes de performance e dramáticas, especialmente dança, música e teatro, não esquecendo as artes tradicionais açorianas ■ Presença do responsável nas IV JR.AT. Terry Costa | 915022685/963639996 | info@mirateca.com
organização: IAC datas. 26 OUT a 18 NOV 2012
16 a 17 nov 2012 ARQUITECTURA DO RAMO GRANDE BAR
Exposição que recorda a região da ilha Terceira denominada por Ramo Grande, reconhecida ainda hoje pela singularidade da sua arquitectura expressa nas casas rurais de lavrador abastado ■
organização: IAC datas. 16 a 18 NOV 2012
DISCOVER AZORES *
YAZORES *
Central de reservas dedicada exclusivamente às nove ilhas do Arquipélago, onde são distribuídos os produtos turísticos da região. Criado e gerido por açorianos, o yAzores.com é o especialista do destino Açores, que fornece também informação detalhada sobre cada uma das ilhas, sobre os costumes e as tradições do povo açoriano, sobre os eventos mais importantes que têm lugar na região e sobre as diferentes atividades que os turistas podem realizar no Arquipélago. Presença da responsável nas IV JR.AT Ruxandra Sinderlau | ruxandra.sindelaru@ideastation.eu
PROJETO KM ZERO ENTRADA
AÇORES: VALORIZAÇÃO E INOVAÇÃO NO TURISMO CULTURAL exposição trabalhos finalistas do concurso de posters IV Jornadas de Reflexão de Animação Turística
Posters finalistas do concurso de posters, realizado no âmbito das IV Jornadas de Reflexão de Animação Turística, dedicadas à temática Turismo e Animação Cultural ■
organização: ART | IAC datas. 16 a 18 NOV 2012
A Junta de Freguesia do Norte Pequeno, (Calheta - São Jorge), criou um produto turístico com o objetivo de fazer crescer o turismo sustentável na freguesia, o projeto Km Zero. Baseia-se em pegadas do passado, trabalhadas no presente e projetadas para o futuro e consiste na realização de trilhos pedestres. O projeto Km Zero vai de encontro ao turismo sustentável, aproveitando também para comercializar o artesanato local. Além dos percursos pedestres, este projeto abrange também atividades diversas, desde provas de navegação, passeios de bicicleta, passeios a cavalo, workshops, entre outros. Adroaldo Mendonça | 917869031 | freguesianp@gmail.com
* PROJETOS COM BANCA INFORMATIVA NO FOYER DO CCCAH
oradores
TENDÊNCIAS INTERNACIONAIS DO TURISMO CULTURAL
JOHN WINTON REDE EUROPEIA DE TURISMO CULTURAL (RETC) Cultural Tourism is the ultimate “Sustainable Tourism”, but how can Culture, Heritage, The Arts, the Creative Industries and Tourism work together? - From Europe - The Cole model “The Creative Traveller”. This is especially important at the Destination level. Who are the stakeholders? What are the different expectations of these groups – how can areas of common work be identified? Tourism should embrace a sense of place – how can that be extended across other sectors and engage the visitors across the senses? An illustration from the Netherlands, showing how a Creative industry, Cultural Tourism, a museum and the arts in the form of
dance came together – by taking a risk. Is there any way in understanding what people want from their visit – what are the indicators that Cultural Tourism can use to help future planning and development? Local people can be the best ambassadors for the destination – how can this be developed? How does this impact on Community Development? Some thoughts from Scandanavia. As we all experience Climate change – what are the challenges for Cultural Tourism and how can we mitigate these – some examples from around Europe. Can we take a lead in reducing mass marketing and move towards more individualized marketing – The medium is the message. Moving from the ordinary to the extraordinary. Example from North America.
CV John Winton dedicou-se ao ensino durante 20 anos, antes de abandonar o cargo de vice-diretor de uma escola secundária religiosa em Warwickshire, Inglaterra, para regressar a Gales. Para além de formador de Lazer e Turismo e, mais recentemente, professor de Turismo Cultural na Cardiff Metropolitan University, o autor trabalhou como Responsável de Projeto na Igreja de Gales, sendo o diretor-fundador da Churches Tourism Network Wales. Coordena, desde há seis anos (em part-time) a Rede Europeia de Turismo Cultural (RETC). Durante este período, a RETC tornou-se numa organização sem fins lucrativos plenamente constituída ao abrigo da legislação belga, sendo atualmente parceira de um projeto no âmbito do Interreg 4c – CHARTS. Os interesses de John Winton abarcam o desporto (especialmente o futebol e o rugby), a música e a literatura sobre crime histórico■
GESTÃO DO PATRIMÓNIO: DOS RECURSOS AOS PRODUTOS, A IDENTIDADE DOS TERRITÓRIOS E A INTERPRETAÇÃO CULTURAL
GABRIELA CARVALHO ESCOLA SUPERIOR DE HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL (ESHTE) Como conciliar o binómio património / turismo sem adulterar o primeiro e sem simplificar o segundo. A contribuição dos recursos culturais e naturais para novas formas de turismo, novos produtos atrativos que estimulam o interesse pelo património e sua conservação fazendo recrudescer a consciência de cidadania, de pertença e de identidade dos territórios. A interpretação cultural dos lugares torna-se assim fundamental à criação de novos projetos, de formas inovadoras de animação cultural e turística e ao estabelecimento de diferentes produtos que podem ativar a cultura, o turismo e as atividades económicas.
CV Maria Gabriela Pinto de Carvalho, Psicóloga pela Universidade de Paris IV, Licenciada em Turismo na vertente de Guia Intérprete pelo Instituto Superior de Novas Profissões, Técnica de Relações Públicas, Marketing e
ROTA DO FRESCO E OUTROS CASOS DE ESTUDO - SPIRA
Publicidade pelo Centro Nacional de Planeamento, Licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Mestre em Psicologia da História da Arte pela Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Cáceres e Doutoranda em História de Arte pela Universidade de Cáceres. Obteve em Provas Públicas o Título de Doutor Especialista em Turismo Cultural. É docente - membro da Comissão Técnico-Científica e Secretária do Conselho Geral - da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril – onde se encontra em tempo integral desde 2008 por requisição à Câmara Municipal de Lisboa - e da Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa. Desenvolve investigação nos domínios da história, arquitetura, património cultural e turismo cultural, especializando-se em história urbana na cidade de Lisboa, e sendo autora de uma vasta obra publicada sobre as referidas matérias. Colaborou em trabalhos distinguidos, entre os quais se destaca o Prémio José de Figueiredo (2008) conferido pela Academia Nacional de Belas Artes. Colaborou em planos de pormenor dos centros e áreas históricas de Lisboa, projetos de reabilitação e valorização urbana, tendo sido responsável pelo Núcleo de Relações Exteriores da Direção Municipal de Reabilitação Urbana da Câmara Municipal de Lisboa e delegada Nacional no Programa Europeu “Quartiers en Crise” de 1991 a 2000. Concebeu, realizou e coordenou o Projecto de Itinerários Temáticos de Lisboa, uma forma de Turismo Cultural de 2002 a 2008. Com uma atividade social interventiva desde 1994, coordena as Tertúlias públicas sobre problemas e factos da atualidade, e é membro da Comissão Política Nacional do Partido da Terra (MPT) ■
CATARINA VALENÇA GONÇALVES SPIRA, REVITALIZAÇÃO PATRIMONIAL A Spira tem vindo a trabalhar na conceção, identificação de recursos e parceiros no terreno, definição de temas, construção de circuitos / itinerários, desenho de modelos de negócios, modelos de gestão, estratégia de destruição, estratégia de comunicação e imagem quer de Rotas exploradas por si, quer de Rotas delineadas para terceiros: Rota do Fresco, Rota do Montado, Rota da Fortalezas, Rota Pica-Chouriços e Rota Tons de Mármore. Em Portugal e no património de âmbito rural, perante a sua pequena escala e dispersão de infraestruturas de apoio, é forçoso que a metodologia escolhida aquando de intervenções no território tome a forma de itinerário, circuito, rota. De facto, a ausência de tráfego turístico por motivos exógenos aos recursos patrimoniais que pretendemos revitalizar, assim como a importância artística deste património apenas num contexto regional ou temático obriga a esta federação de património. A forma da Rota reforça o sentimento de unidade dentro da diversidade que é tão característico do património, e permite-nos efetivamente criar um guião ancorado nos recursos patrimoniais a visitar: património arquitetónico, refeições gastronómicas, artesanato, tradições culturais surgem de forma harmoniosa, traços de uma aguarela que estamos a pintar ao vivo, sob o olhar atento dos visitantes. É a visão resultante do cruzamento entre experiência prática e longos anos de estudo ao mais alto nível sobre esta temática que trazemos aqui, à nossa intervenção.
CV Doutorada em História da Arte Contemporânea pela Universidade Nova de Lisboa (2008); tem um Diplôme des Hautes Études (3º ciclo) em Turismo pelo Institut de Recherche en Études Supérieures Touristiques da Universidade de Paris 1 – Panthéon Sorbonne (2006); é Mestre em Arte, Património e Restauro pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (2001) e Licenciada em História variante História da Arte pela Universidade Nova (1998). Levou a cabo, mais recentemente, uma Pós-Graduação em Direito da Cultura e do Património Cultural na Faculdade Direito da Universidade de Lisboa (2009). É presentemente Investigadora Integrada do Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Foi Professora Convidada na Pós-Graduação em Património e Projetos Culturais no ISCTE, Lisboa (2010-2011). Trabalhou sempre na área do património: iniciou a sua carreira profissional no GECoRPA – Grémio das Empresas de Conservação e Restauro do Património Arquitetónico, Lisboa (1999-2001). Foi Investigadora da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, nos Distritos de Bragança e Vila Real (2001-2003). Foi Coordenadora do Centro de Divulgação do Património Alentejano na Fundação Alentejo – Terra Mãe, Évora (2005- 2006). Criou o projeto de revitalização patrimonial “Rota do Fresco” em 1999, sendo Coordenadora do mesmo, até 2008, ao serviço da Associação de Municípios do Alentejo Central (Cuba). Em 2007, fundou a Spira – Revitalização Patrimonial Lda. onde desempenha as funções de Diretora-geral. Em 5 anos de existência, a Spira mais do que duplicou o território original da Rota do Fresco; criou 2 novas Rotas de turismo-cultural (“Rota do Montado”; “Rota Picachouriços”), integrando esta oferta na plataforma “Compadres do Fresco”, ainda em desenvolvimento; criou a área de negócio de animação pedagógica “Campo Património”; desenvolveu uma “Formação Património” específica para profissionais ativos do setor; inaugurou recentemente a única plataforma online com conteúdos patrimoniais (“patrimonio.pt”). E, a par destes negócios próprios, desenvolveu variados projetos de consultoria patrimonial para entidades públicas e privadas. Fruto desta experiência, Catarina Valença Gonçalves tem apresentado, na área da gestão patrimonial, diversos estudos sob a forma de artigos e comunicações nacionais e internacionais, e coordenado parcerias institucionais. Foi membro do Conselho Consultivo do ICOMOS Portugal (2007-2008). Desenvolve ainda uma carreira de investigação científica em História da Arte com a publicação de diversos trabalhos (livros, artigos e comunicações) na área dos revestimentos murários integrados (pintura mural, azulejaria, talha e tapeçaria). Pertenceu aos órgãos sociais da SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico-Social (2010-2012) e foi eleita para o Conselho Coordenador para o triénio 2012-2014 ■
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CV
O PAPEL DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO TURISMO CULTURAL SORAIA FERREIRA UT AUSTIN I PORTUGAL E INESC TEC
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As novas tecnologias alteraram a forma como os consumidores acedem à informação. Os turistas atuais fazem-se acompanhar dos seus smartphones, tablets e computadores. Entre 2500 participantes de um estudo da Intel, 44% sentiam-se ansiosos por viajar sem qualquer equipamento enquanto cerca de 87% dos jovens adultos consideravam que ao utilizar tecnologia nas suas viagens, por exemplo o acesso à internet e aos medias sociais, seriam mais felizes. (Pan, 2012). Uma série de casos de estudo das tecnologias aplicadas ao turismo serão apresentados, nomeadamente a utilização de aplicações, realidade aumentada, QR Codes, jogos e redes sociais. Desses casos de estudo destaca-se a campanha do museu Sukiennice “Secret’s Behind Paintings”, os jogos “Brasil Quest” e “Agent UK”, assim como os projetos “Paris 3D – The Great Saga” e “TravelPlot Porto”. Pan, J. (2012). More Travelers Take Their Tech With Them. Mashable. Recuperado em 24 outubro, em http://mashable.com/2012/06/21/ travel-tech-anxiety.
É atualmente investigadora no programa UT Austin | Portugal Program - International Collaboratory for Emerging Technologies (CoLab) e no INESC TEC. É doutoranda em Media Digitais, um programa conjunto da Universidade do Porto e da Universidade Nova de Lisboa em colaboração com a Universidade de Austin no Texas. O tema da sua investigação é “Location Based Transmedia Storytelling: Enhancing the Tourism Experience”. Tem um Mestrado em Estudos Cinematográficos pela Universidade Lusófona de Lisboa, uma Licenciatura em Administração e Gestão de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa do Porto e também formação técnica em Realização, Produção e Distribuição Cinematográfica; frequência e obtenção dos respetivos certificados dos cursos de Realização na New York Film Academy, em Nova Iorque e de Gestão de Produção Cinematográfica e Televisiva, na New York Film Academy em Los Angeles nos Estúdios da Universal. Também frequentou um workshop na Escola de Gestão de Cinema na Media Business School em Espanha e, em 2010, foi selecionada para participar no Berlinale Talent Campus, um summit criativo de 6 dias para os novos talentos mundiais do cinema que decorre no âmbito do Festival de Berlim. Soraia iniciou a sua carreira em Los Angeles, onde trabalhou como colaboradora direta da Presidente da empresa distribuidora Hyde Park International. Em 2005, fundou a produtora Yellow Pictures e mais tarde a produtora Yellow Films, sendo responsável pela gestão das suas unidades operacionais. De entre os projetos produzidos, encontra-se a longa-metragem “Star Crossed – Amor Em Jogo”. Em 2012, criou e produziu o TravelPlot Porto - um guia turístico transmedia storytelling. Desde 2003, produziu ainda de forma independente curtas-metragens e documentários em Nova Iorque, Los Angeles, Porto e Lisboa. Soraia tem sido convidada para lecionar várias palestras sobre produção cinematográfica e turismo desde 2009. Atualmente é docente no Mestrado de Multimédia da Universidade do Porto ■
A CRIAÇÃO ARTÍSTICA CONTEMPORÂNEA NA REVITALIZAÇÃO PATRIMONIAL: ARTE CONTEMPORÂNEA, ARTES TRADICIONAIS
MADALENA MARTINS MARIAS PORTUGAL “Bicho Sete Cabeças” e “Marias Portugal” são dois projetos de design dedicados ao imaginário da cultura popular portuguesa, reinterpretando objetos e histórias e devolvendo emoções em forma de objetos de design. Com as “Marias Portugal”, irei mostrar como apresento a identidade das regiões através de uma figura. Cada Maria conta histórias da sua região que revelam o que
de mais autêntico há em Portugal. A “Maria de Ponte” foi a pioneira deste projecto (terra natal da autora), juntando-se agora a “Maria Guimarães”, que chegou com a Capital Europeia da Cultura e conta histórias da terra onde nasceu Portugal. Outras Marias virão para se juntar à festa!
CV Madalena Martins, natural de Ponte de Lima, licenciada em Design de Comunicação pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, escolheu esta cidade para viver onde, desde 1999, trabalha no seu atelier de design “Zain”. Em 2010, criou as marcas “Bicho Sete Cabeças” e “Marias Portugal”, para as quais desenha peças com identidade portuguesa, peças que contam as nossas histórias. A produção manual destas peças tem uma forte componente social, pois na sua maioria é desenvolvida com reclusos do Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira e frequentadores da Associação Cais. Atualmente, inserida na Incubadora de Indústrias Criativas INSerralves, dedica-se quase por inteiro a estes dois projetos que começam a dar os primeiros passos para a internacionalização ■
TURISMO CULTURAL NA ANIMAÇÃO TURÍSTICA E NO MERCADO DE EXPERIÊNCIAS Vivemos numa era de mudança, o mundo tornou-se global, o acesso à informação e à comunicação é mais facilitada, a diferenciação e os valores culturais tendem a perder-se. Em qualquer mudança há que saber identificar os desafios, torná-los oportunidades, e aproveitá-las. O acesso facilitado à informação traz maior exigência aos consumidores e a necessidade de inovar constantemente. Mas para inovar temos de conhecer e conseguir caracterizar a procura. Os sistemas de comunicação trazem uma maior facilidade em comunicar, atravessando mares e continentes de forma facilitada. A cultura é uma das maiores fontes de diferenciação. Torná-la um produto turístico é um desafio fascinante. Não existe um produto cultural igual a outro se aproveitarmos os nossos recursos culturais, as nossas gentes, as nossas histórias, os nossos monumentos, as nossas crenças. O Turismo Cultural é motivado pela busca de informações, pela aquisição de novos conhecimentos e saberes, pela interação com a identidade cultural das comunidades e lugares (curiosidades, cultura, costumes, tradições, etc.). A motivação da viagem tem como objetivo um contato mais “intimo” com a comunidade, com o intuito de se aprofundar essa mesma experiência cultural. A Fuga Perfeita, animação e turismo cultural, nasceu em 2004 com o objetivo de valorizar a nossa cultura as nossas tradições, criando vários produtos turísticos dentro de 3 áreas de negócio complementares, Turismo Cultural e Animação Temática e Outdoor/ Turismo natureza. Destina-se essencialmente ao mercado Corporate - nacional e internacional. Com oito anos de mercado podemos dizer que os nossos fatores de sucesso são: sócios
SOFIA FONSECA FUGA PERFEITA motivados e focados no sucesso, dificuldades encaradas como oportunidades, consciência de que os produtos não valem por si só, observação constante das tendências e oportunidades de mercado, reformulação de estratégia, controlo rigoroso de custos e investimentos, fazer sempre melhor, aposta na investigação e desenvolvimento, parcerias estratégicas na criação e divulgação dos produtos.
CV Atualmente Diretora Geral da empresa de animação turística Fuga Perfeita, acumulando as funções de gestão com as de marketing e vendas. Pós-Graduada em Planeamento e Desenvolvimento de Produtos Turísticos, na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE). Bacharel em Gestão de Empresas Turísticas e Hoteleiras no Instituto Superior de Humanidades e Tecnologias de Lisboa (ISHT). Licenciada em Marketing no IADE - Escola Superior de design, marketing e publicidade. Entre 1997 e 2003 foi Gestora de Marketing da ParaRede Electronic Business Solutions. Foi convidada a assumir as funções de Gestora de Marketing de uma das empresas do Grupo, funções que implicaram a criação de um departamento de Marketing autónomo do Grupo de acordo com a estratégia empresarial em vigor. Entre 1994 e 1997, como Senior account manager, foi responsável pelo setor comercial e pelo desenvolvimento de uma área de Consultadoria de Imagem no atelier de design Marca D´Água, onde era responsável pela Gestão e Fidelização de Carteira de Clientes. Entre 1994 e 1995 trabalhou como account manager na Marca d´Água agência de design, sendo responsável pela prospeção de mercado, angariação e fidelização de clientes, acompanhamento criativo e na produção de trabalhos gráficos e supervisão na montagem de stands e atividades promocionais. Tem formação profissional das áreas de marketing e fidelização de Clientes, gestão de Tempo e liderança e condução de Equipas ■
ALDEIAS HISTÓRICAS DE PORTUGAL: PATRIMÓNIO E SUSTENTABILIDADE DO TERRITÓRIO MARIA ISABEL BOURA COMISSÃO DE COORDENAÇÃO DA REGIÃO DO CENTRO (CCRC) A mobilização de bens culturais, enquanto elementos importantes, nas estratégias de desenvolvimento de territórios com dificuldades estruturais, constituiu uma atitude inovadora que esteve na génese de algumas iniciativas lançadas em Portugal nos últimos quinze anos. A iniciativa “Recuperação das Aldeias Históricas de Portugal” constituiu uma abordagem inovadora e alternativa, aos problemas estruturais dos espaços rurais do interior da Região Centro. A valorização territorial através da promoção de recursos culturais tão diversificados como a paisagem, os lugares, o património construído e o referencial de culturas, tradições e atividades, concertada com o envolvimento de múltiplos protagonistas numa dinâmica local de promoção e desenvolvimento, foram as vertentes centrais da estratégia empreendida. O apoio financeiro proporcionado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, no âmbito do II e III Quadros Comunitários de Apoio, estimulou uma resposta empreendedora das comunidades locais, que integram a Rede de Aldeias Históricas, contribuindo positivamente para a afirmação e promoção da identidade do território de fronteira, entre as bacias do Douro e do Tejo Internacionais.
CV Maria Isabel Ramos Boura é licenciada em Geografia pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Iniciou em 1976 a carreira técnica na Comissão de Planeamento da Região Centro sendo, desde 1989, Assessora Principal da Carreira Técnica Superior da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro. Realizou estágios e cursos na área do Desenvolvimento Regional (Universidade de Durham, 1983) “Economia Europeia” (Instituto Nacional de Administração, 1986) e na Direção Geral de Política Regional (D.G.XVI) da Comissão das Comunidades Europeias Bruxelas (Bruxelas, 1986). Participou nos seguintes projetos de investigação: “Estudo do Impacto do Retorno de Emigrantes”, e “Telecomunicações e Desenvolvimento Regional”, apoiado pela Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento. Desempenhou cargos de Chefe de Divisão da Comissão de Coordenação da Região Centro (CCRC) entre 1983 e 1997 e foi representante da mesma em Unidades de Gestão de Programas Nacionais, financiados pelo FEDER, no âmbito do I Quadro Comunitário de Apoio (PEDIP, PRODAC) e II QCA (PPDR). Foi responsável, de 1996 a 1999, pela coordenação regional das Aldeias Históricas de Portugal, tendo sido nomeada em maio de 2000 Coordenadora da AIBT – Ações Inovadoras de Dinamização das Aldeias, no âmbito do PO Centro (III QCA), cargo que exerceu até 31-01-2011. Tem participado em Colóquios e Seminários na temática do Desenvolvimento Regional, área onde tem artigos publicados sobre demografia, rede urbana, fatores de localização industrial, difusão de inovações, política regional e impactos do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, turismo, paisagem, património e valorização de territórios de baixa densidade ■
ENTRE AMBIENTE E CULTURA, O QUE PODE O TURISMO FAZER?
CV LUIZ FAGUNDES DUARTE SECRETÁRIO REGIONAL DA EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E CULTURA DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES O desenvolvimento dos Açores passa, obrigatoriamente, pela cultura, e de um modo particular pela preservação do património. Os traços mais característicos da tradição cultural açoriana não podem nem devem ser vistos isoladamente do contexto histórico, mas sobretudo ambiental e natural, em que se desenvolveram, e que resultam do entendimento humano das condições naturais das ilhas, ou seja, da adaptação das pessoas ao meio ambiente – o que é um gesto cultural, entendendo-se a “cultura” como a transformação da “natura” por ação da inteligência e da capacidade de representação humanas. Torna-se, assim, necessário desenvolver uma política concertada entre a Cultura e o Ambiente, tendo em conta que estes dois sectores se encontram intimamente ligados e são interdependentes, podendo desempenhar um papel central na política para o sector do Turismo.
Luiz Fagundes Duarte (Angra do Heroísmo, 1954), atual Secretário Regional da Educação, Ciência e Cultura da Região Autónoma dos Açores, Licenciado em Filologia Românica (1981) e Mestre em Linguística Portuguesa Histórica (1986), pela Universidade de Lisboa, e Doutor em Linguística Portuguesa (1990) pela Universidade Nova de Lisboa, é Professor da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas desta Universidade. Da sua atividade pedagógica é de salientar a lecionação de diversas disciplinas na área da Linguística Histórica e da Filologia (Licenciatura, Mestrado e Doutoramento), a orientação de várias dezenas de teses de Mestrado e Doutoramento, e a participação em mais de meia centena de júris de provas académicas, em Portugal e no estrangeiro. A sua produção científica originou a publicação de mais de uma centena de títulos, incluindo ensaios, edições críticas e artigos científicos em revistas de especialidade, tendo atualmente vários livros em fase de preparação, já prontos, ou em processo de publicação. Na sua maior parte, estes trabalhos têm como objeto questões de teoria e prática da filologia e assuntos relacionados com a edição crítica das obras de importantes escritores portugueses de várias épocas. Proferiu conferências em reuniões científicas em Portugal e no Estrangeiro (designadamente Argentina, Brasil, Chile, Cuba, Espanha, Estados Unidos da América, Finlândia, França, Itália, Rússia, e Uruguai). Paralelamente às atividades e publicações até aqui discriminadas, elaborou pareceres técnicos sobre questões de linguística, de crítica textual e literárias para diversos organismos públicos e privados; participou em diversos encontros sobre literatura portuguesa e fez crítica literária em vários órgãos de comunicação social nacionais. É membro da Associação Portuguesa de Escritores, do PEN Clube Português, da Sociedade Portuguesa de Autores, da Comissão Científica do Plano Nacional de Leitura e da Comissão de Honra do Plano Regional de Leitura dos Açores. Desde 2000 assina, semanalmente, crónicas em diversos jornais. Foi Diretor Regional da Cultura no Governo Regional dos Açores (1996-1999), e deputado à Assembleia da República (1999-2011), eleito pelos Açores. Na Assembleia da República, integrou a Comissão de Educação e Ciência, de que foi Presidente, e ainda as Comissões de Negócios Estrangeiros, de Defesa Nacional, e de Orçamento e Finanças, bem como a Comissão Eventual de Acompanhamento de “Porto, Capital Europeia da Cultura, 2001”, a Comissão de Ciência e Tecnologia da Assembleia Parlamentar da NATO, e o Conselho Bilateral Ucrânia–NATO, e presidiu ao Grupo de Trabalho para os Assuntos Culturais da Assembleia da República. Foi membro do Conselho Nacional de Educação.
CV
CONTRIBUTOS PARA A VALORIZAÇÃO DO TOURING CULTURAL E PAISAGÍSTICO NOS AÇORES Frequentemente relegado para segundo plano, o touring cultural e paisagístico constituiu a segunda motivação dos turistas que visitaram Portugal em 2006 (MEI, 2006). Este produto turístico, considerado na primeira versão do Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) como produto estratégico para Portugal, consiste na realização de circuitos turísticos de forma independente ou organizada com a finalidade de visitar os principais atrativos culturais e paisagísticos de determinada região. Sendo no seu conjunto o património natural e a paisagem a principal motivação da visita aos Açores (SREA, 2007), facilmente se depreende a importância que o touring cultural e paisagístico pode representar para o desenvolvimento do turismo deste território. Acresce ainda que a maioria dos turistas que visitam a região é “consumidora” de turismo na natureza, pertencendo a um segmento que procura a diversidade de recursos e experiências e a complementaridade de produtos como a gastronomia e o património cultural, tanto tangível como intangível. Com esta comunicação pretende-se apresentar as potencialidades do território para a realização de circuitos turísticos temáticos e abrangentes e, em particular, expor abordagens e medidas concretas que permitam o desenvolvimento deste produto na região e contribuam para o enriquecimento da experiência turística.
FRANCISCO SILVA ESCOLA SUPERIOR DE HOTELARIA E TURISMO OFICINA DO LAZER
JOSÉ TOSTE ASSOCIAÇÃO REGIONAL DE TURISMO
Formação Académica em Línguas Estrangeiras Inglês e Alemão pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e frequência do primeiro ano de MBA em 2008. Foi Diretor dos cursos técnico profissionais de turismo da Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra de Heroísmo, onde lecionou igualmente as disciplinas de Inglês e Alemão entre 2002 e 2008. Durante este mesmo período desenvolveu a atividade de Guia Intérprete na ilha Terceira. Em 2008 é convidado para Diretor Executivo da Associação Regional de Turismo onde tem exercido essa função até à presente data. Desde 2010 é professor convidado na Universidade dos Açores do Curso Guias da Natureza, ministrando a cadeira Ecoturismo e Valores Patrimoniais. Mais recentemente integrou como Presidente da Comissão de Promoção e Desenvolvimento do Turismo da Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo ■
CV Licenciou-se em Gestão do Lazer e Animação Turística, pela Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril. Pós-graduada em Comunicação, Cultura e Artes – especialização em Estudos Culturais, pela Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve. Técnica da Associação Regional de Turismo desde 2008. Gestora da rede de quiosques de turismo da ART, é responsável pela organização de eventos e feiras e desenvolve, implementa e coordena a edição de guias e outras brochuras informativas e promocionais, bem como ações e campanhas na área do turismo e da dinamização cultural. É também coordenadora da campanha “Hello, Azores” que tem como objetivo principal o apoio integrado aos turistas na sua estada nos Açores ■
CÁTIA LEANDRO ASSOCIAÇÃO REGIONAL DE TURISMO
CV Especialista em Turismo e Lazer pela Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE), Mestre em Ciências e Sistemas de Informação Geográfica pelo ISEGI – UNL, Licenciado em Geografia pela FL-UL, doutorando em Geografia, na especialização em Planeamento Regional e Urbano no IGOT-UL. Professor adjunto convidado na ESHTE, onde é membro da Comissão Técnico-Científica e foi diretor do Curso de Gestão do Lazer e Animação Turística entre 2009 e 2012. Consultor em turismo no âmbito dos Planos Estratégicos de Animação Turística para a Associação Regional do Turismo dos Açores desde 2005. Monitor e formador em Desportos de Aventura: montanhismo, escalada, canyoning e manobras de corda. Presidente da Associação Desportos de Aventura Desnível entre 1994 e 2008 ■
PATRIMÓNIO MUNDIAL DA HUMANIDADE NOS AÇORES - DUAS REALIDADES COMPLEMENTARES
NUNO RIBEIRO LOPES ARQUITECTOS
O património histórico é um recurso que não podemos negligenciar nos processos de desenvolvimento. O património mundial é um reconhecimento desse recurso à escala global e deve ser muito mais do que a mera atribuição de um título prestigiado. Ele deve servir-nos principalmente para inventar e garantir o nosso futuro local, o nosso desenvolvimento, aproveitando a história como experimentação. O desenvolvimento sustentado é baseado na exploração dos recursos económicos de uma forma racional e equilibrada. O turismo é desde o final do século passado um fenómeno à escala planetária e motor essencial numa economia sem os
grandes recursos tradicionais endógenos. O turismo de natureza e cultural ocupam hoje uma importante fatia desse novo mercado e assumem-se como uma importante fileira económica, cada vez mais presente nos Açores. O reforço dessa componente é o melhor garante da preservação desse património que se pretende autêntico, porque vivido e evolutivo. A circunstância de duas realidades tão próximas e tão diferenciadas serem património mundial, permite potenciar a atratividade visualizando como o território é gerido nas suas múltiplas valências. Num mundo globalizado, ser património mundial é ser diferente, é ser autêntico. A insularidade, fator de esquecimento dos poderes públicos centrais por estas diferentes realidades, tem hoje a sua melhor oportunidade de se transformar, através do património, num fator irresistível de atratividade turística e de qualidade de vida. Basta não nos esquecermos do porquê de termos sido classificados.
CV Licenciou-se em arquitetura pela Escola Superior de Belas Artes do Porto em 1977. Responsável pelo projeto da Malagueira, em Évora, da autoria do Arq. Álvaro Siza de 1979 a 1996. Responsável pela Divisão de Iniciativas Urbanísticas Municipais da Câmara Municipal de Évora, de 1990 a 1996, e Diretor do Departamento do Centro Histórico de Évora de 1996 a 2002. Coordenador do Gabinete e Vogal da Comissão Diretiva da Paisagem Protegida da Vinha da Ilha do Pico de 2002 a 2005. Responsável pela Candidatura da Paisagem Protegida da Vinha da Ilha do Pico a Património Mundial – Paisagem Cultural. Responsável pelo projeto de Candidatura da Universidade de Coimbra a Património Mundial e coordenador do Gabinete. Autor de artigos, comunicações e conferências em seminários nacionais e internacionais. Docente convidado em workshops internacionais e no Mestrado em Recuperação do Património Arquitetónico e Paisagístico da Universidade de Évora, na disciplina de “Metodologias de Conservação Urbana”, em 2001. Professor auxiliar convidado na Universidade de Évora, Departamento de Arquitetura, de 2005 a 2009. Responsável pela organização de conferências e exposições de arquitetura e fotografia. Autor de vários projetos e obras deste 1978, incluindo o Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos - no Faial -, a Casa da Montanha do Pico - no Pico -, e o Centro de visitantes da Furna do Enxofre - na Graciosa, entre muitos outros ■
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GESTÃO DO TURISMO CULTURAL NOS DESTINOS: EMPREENDEDORISMO E SUSTENTABILIDADE
INFORMAÇÃO
QUIOSQUE DE TURISMO ART ANGRA DO HEROÍSMO
CRISTINA ALMEIDA AUDAX, INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DO TRABALHO E DA EMPRESA NSTITUTO UNIVERSITÁRIO DE LISBOA (ISCTE-IUL) O Papel do AUDAX – Centro de Empreendedorismo do ISCTE-IUL na geração de comunidades empreendedoras. Como empreender em atividades turísticas de forma sustentável para as populações de acolhimento, gerações futuras, territórios e ambiente. Apresentação da Rota do Atlântico, um produto turístico no segmento do Cicloturismo como uma importante aposta para Portugal que permitirá gerar negócios, emprego e riqueza.
CV Mestre em Ciências pela Université de Montréal, Licenciada em Economia com especialização em Desenvolvimento Regional pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa. Diretora Executiva do Núcleo de Hospitalidade e Turismo do AUDAX | Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa – Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL). Trabalha em Planeamento e Desenvolvimento Regional e Local, com diversos projetos no setor do turismo e da cultura, na área da gestão empresarial e de desenvolvimento de competências institucionais e prospetiva estratégica de entidades públicas e privadas. Perita para avaliação de projetos candidatos ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) e ao Mecanismo Financeiro Norueguês EEA Grants. Trabalhou nove anos no Ministério da Cultura ■
Alto das Covas 9700 Angra do Heroísmo Terceira email. qit.angra@artazores.com [351] 295 218 542
HORÁRIO DURANTE AS JORNADAS 6ª feira 09h00 - 12h00 e 13h30 - 17h30 Sábado e domingo 09h00 - 12h00 e 13h00 - 19h00
COMPRAS
QUIOSQUE DAS JORNADAS Linha Hello, Cultura! SACO DE PANO HELLO, CULTURA! 4,00€ T-SHIRT MULHER HELLO, CULTURA! 12,00€ T-SHIRT HOMEM HELLO, CULTURA! 10,00€
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PRODUTOS GASTRONÓMICOS QUEIJOS REGIONAIS 12,00€ /KG MEL DA TERCEIRA 5,75€ /un. DOÇARIA REGIONAL (CAIXAS 6) 6,00€ a 8,00€ /cx VINHOS REGIONAIS 7,00€ a 12,50€/un. ATUM SANTA CATARINA ESPECIALIDADES 2,13€/un.
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