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PORT FÓLIO Teoria e Historia V - Criticas e Atualidades
Universidade Católica de Brasília - UCB Orientadora - Aline ZIm Tiago da Silva Alves - UC15102792
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Sumario
Boas perguntas Resenha Bruno Zevi ( Capitulo IV) Resenha Goitia Resenha Montaner Resenha Jane Jacobs Resenha Kenneth Frampton Resenha Wiliam Curtis Resenha Andre Monteiro Resenha Montaner Foruns Mapas Mentais Apresentação Zevi Seminário Montaner Atividade Extra Obra de Arte conceitual Obra de Arquitetura Contemp. Releitura Obra de arqu. contempo.
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Boas Perguntas
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Boas Perguntas Pergunta 1- Como algumas arquiteturas atuais fazem com que a mesma não seja vista como arte? A arquitetura nada mais é que um acumulativo de conhecimento, que vai só aumentando pelo percorrer do tempo. Tivemos isso no período clássico, no Gótíco da idade media e a pouco tempo o Modernismo do século XX, em todos esses períodos ouve uma necessidade que foi suprida com a criação e a utilização de praticas vigentes. A construção civil é desde o período da Grécia é visto como uma forma expressiva de arte, seja ela de cunho mais humano ou monumental, isso varia de acordo com o seu enfoque de uso. Nas catedrais Góticas por exemplo, o viés era de promover a grandiosidade do divino dessa forma se torna uma arquitetura monumental. Diferente da igreja barroca que faz com que o seu marco visual se tenha em ornamentos, e não em tamanho, porem ambas se fazem expressões artísticas. Mas com o modernismo a arquitetura iniciou em uma busca pela função, ser pratica e defender isso de forma fielmente a todo custo, com isso o valor artístico vai se perdendo e nos dias atuais boa parte da arquitetura tem uma função em grande proporção de ser pratica e suprir uma determinada necessidade. Um bom exemplo disso são as casas de baixa renda, fornecidas pelo governo, antes a casa era uma expressão das pessoas e de como elas se viam perante a sociedade, eram verdadeiras obras primas da arquitetura. A casa Farnswoth mesmo, é uma expressão artística arquitetônica de um período, que deu o pontapé para outras obras, as casas usonianas de Whight também, mas esse valor hoje não é muito presente, tanto que se a casa proteger de intemperes externos e proporcionar o mínimo de condições já basta. Um pensamento que acaba por aumentar ainda mais a descriminação perante status, pois mesmo sendo uma casa de baixa renda ela pode ter uma boa arquitetura e ser também uma forma expressiva artística para aquela determinada população. Pergunta 2 – Por que a arquitetura se tornou tão difícil de se “definir” para aqueles que tem um certo conhecimento do que para aqueles que não possuem? Quando você tem um determinado conhecimento sobre arte, arquitetura ou desing se adquire um olhar clinico muito apurado para formas, combinações, proporções e demais fatores que lhe ajudam a distinguir oque é realmente bom, de uma opinião particular. Na arquitetura isso acaba indo mais além, devido a sua grandiosidade e dificuldade de mutação, já que é muito mais fácil trocar um quadro de lugar do que um prédio por exemplo, e com isso o julgamento acaba ocorrendo constantemente. Em grande parte as pessoas julgam bonito e feio para as edificações, e essas opiniões estão diretamente ligadas a memorias, sensações e momentos que ali foram realizados, ou algo que vai lembrar aquele momento. Diferente de um profissional que analisa de forma mais detalhada, ou seja de uma forma mais técnica seja pela forma da Gestalt, da padronização, da forma de construção. Essa vasta forma de analise faz com que seja muito mais fácil para um leigo definir oque é bom ou ruim.
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Resenhas
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Capitulo 4 - Bruno Zevi As várias idades do espaço: O autor inicia o texto contextualizando uma perfeita historia da arquitetura, de modo que a mesma só é vigente seguindo múltiplos coeficientes que informem as atividades exercidas pela mesma durante os séculos. Dessa forma para ilustrar o capitulo, é feita uma pergunta sobre como deve ser abordado o mesmo pelo decorrer das paginas, se de uma forma mais pratica e direta ou algo mais solto, que não siga tanto as regras e de exemplos previamente definidos do inicio ao fim. Cabe a esta ultima uma forma mais lúdica de desenvolvimento que proporciona uma maior liberdade na construção da analise histórica. A escala humana dos gregos: O templo grego é um marco da arquitetura, caracterizado pela sua supremacia perante toda a historia, sua grandiosidade se reflete por todos os períodos de alguma maneira. O mesmo ignora o interior e a gloria da escala humana. Entretanto quem investiga o templo grego de forma arquitetônica, por exemplo, acaba se frustrando bastante com sua “forma” de uso em relação a real função arquitetônica vista nos períodos seguintes, sendo a arquitetura algo proposto para ser habitado internamente. Dessa forma o templo grego não passaria de uma gigantesca escultura, oque é dito no livro se utilizando o Partenon como exemplo, de forma a se conseguir apenas em poucas obras essa grandiosidade estética monumental. Discorrendo um pouco sobre o templo grego, são elementos formados por uma plataforma elevada, com fechamentos laterais por colunas que geram o apoio do entablamento continuo que suporta o teto. Em alguns casos é encontrado uma pequena sala no templo, mas não para uso pelos fieis, já que os mesmos eram locados do lado de fora para realizar os cultos, mas sim para serem a modara impenetrável dos deuses. O espaço estético da antiga roma: A edificação Romana, diferente da grega, não é em sua maioria uma arquitetura escultórica, muito menos obras de arte de acordo com o autor, mas que eram arquiteturas funcionais. A arquitetura romana demonstra a grandiosidade dos pensamentos como arquitetura e os avanços em quesitos construtivos, passando agora a se apropriar do espaço interno para pratica de funções. Nesse período ocorre “explosão” que dá origem a pluracidade arquitetônica, antes não existente anteriormente, de modo a agora não se ver apenas o templo com uma grande arquitetura, mas agora muitas outras funções surgiram. A arquitetura Romana se apropria de fundamentos da grega mas avança na sua forma de utilizar e um bom exemplo disso é a colunata que circunda os templos gregos, ainda existentes em roma para propor suporte as basílicas porem agora seguem na parte interna, proporcionando a apropriação interna do espaço. O estilo romano é utilizado em grandes bancos ou obras que necessitam de destaque, e usam a arquitetura romana como forma de promover esse diferencial que é visto de forma atemporal. A diretriz humana do espaço: De acordo com estudos da arquitetura helenística e romana, os cristãos tiveram que escolher a forma dos seu templo, e com isso acabaram unindo a escala humana grega com a funcionalidade interna romana. Assim, o templo cristão não é uma arquitetura misteriosa que abriga a um deus, não no sentido grego, mas sim de um local para pratica, culto e oração a uma divindade única e como o principal objetivo da igreja cristã é a união dos fieis ela se apropria do uso interno do espaço visto em Roma, para assim cria a “casa de Deus”. A métrica românica: A arquitetura românica é marcada pela movimentação de toda a europa em torno de um mesmo estilo arquitetônico em meados do século XII. A principal mudança se dá a partir da nova visão em relação ao templo bizantino, que agora se tem um trajeto a ser feito, uma nova ideologia com naves e formato linear, onde se tem elementos concatenados e métricos harmônicos. Esse quesito métrico se dá a partir da repetição de elementos seguindo uma ordem como a-a-a-a ou a-b-a-b-a-b .
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A cidade industrial - Goitia A cidade industrial: A revolução industrial gerou uma drástica modificação nas cidades nos tempos modernos, embora essa evolução não se restringe a indústria, mas se expande para a agricultura, transporte e comunicação além de novas ideias econômicas e sociais. Antes mesmo da concepção da maquina a vapor o conceito de desenvolvimento industrial já havia surgido com Adam Smith, com a construção da subdivisão de produção, onde Adam exemplifica da seguinte forma de que dez pessoas trabalhando cada um em uma função se tem 48.000 alfinetes produzidos, mas se cada um for produzir separadamente os alfinetes irá conseguir no máximo 20 por dia. Essa divisão de trabalho não gerou apenas o desenvolvimento quantitativo, mas também deu origem ao aperfeiçoamento das maquinas. Já que uma pessoa que passa a vida inteira trabalhando em uma função vem por descobrir uma forma de facilitar o trabalho e o método de produção. Assim a evolução da máquina seria possível para se tornar cada vez mais pratica. Adam diz que o limite da divisão de trabalho se dá a partir das suas dimensões, quanto maior o processo de produção, maior pode ser a divisão. O industrialismo foi desenvolvido primeiro na Inglaterra, nas indústrias têxteis que tiveram favorecimento climático e de poder aquisitivo do país. A produção em massa explode por assim dizer com o surgimento da maquina a vapor, e com isso o numero de habitantes nos centros urbanos também aumentam drasticamente. Já que era uma das principais demandas nesse novo sistema de produção, tanto que o autor diz que nesse período as industrias tinham “stocks” humanos para promover seu funcionamento. Diferente das cidades mineradoras que cresciam apenas próximo as jazidas, as cidades industriais cresciam além dos centros industriais já que a grande parte da população era do campo e quanto mais longe do centro mais barato se tornaria a moradia. Assim foi-se iniciando o surgimento dos cortiços, locais insalubres para esses novos trabalhadores, essas condições já não estavam sendo vantajosos para os donos das industrias. Grandes proprietários de industrias chegaram a planejar novos centros urbanos onde se tinha a ligação entre moradia, a indústria e a parte de agricultura como Robert Owen em 1816. Pensando na evolução da malha urbana varias propostas foram sendo levantadas durante o século XIX e XX, dentre elas tinham as orgânicas e as racionais. A cidade linear entra no quesito racional que busca resolver o problema de comunicação por meio de uma única via, que corta a cidade e permite seu prolongamento indefinido. A partir dessa transformação urbana e evolução industrial a classe burguesa ganha um poderio maior e com isso acaba se tornando os novos “ricos” que acabam por adquirir e consumir vastos produtos. Com esse desejo do novo rico pelo embelezamento surge o ecletismo, que busca a extrapolação de ornamentos e adereços que visam demonstrar o grande poder econômico que os mesmos tinham.
Terceira geração-Montaner A analise inicia expondo seus fundamentos críticos de geração e analise formal, tudo isso com um caráter darwiano de ver o tempo e seus integrantes na história da arte. Mas não tem como falar da terceira geração, sem antes introduzir as anteriores. A primeira geração é a dos modernistas introdutórios, que começaram a desenvolver suas obras a partir de 1910, dentre esses arquitetos temos Walter Gropius, Erik Gunnar, Mies Van der Rohe, Le Corbusier dentre outros grandes nomes. Todos esses são arquitetos que organizaram os CIAM´s, elaboraram a carta de Atenas e ditaram ao mundo as novas regras de como se deve projetar de uma forma racional e funcional. A segunda geração é formada por arquitetos que nasceram em 1900, e iniciaram sua vida profissional nos anos 30. Estariam entre eles Alvar Aalto, Lucio Costa, Oscar Niemeyer, Max Bill e outros que seguiam as visões modernas, mas não cegamente. Se apropriavam do vernáculo local para melhor favorecer suas obras, seja pelo material, pelo clima ou por ambos. A terceira geração seria a formada por arquitetos nascidos em 1915 que teriam seu destaque na arquitetura por volta de 1950, podemos encontrar nomes como Alfonso Eduardo Reidy, Kenzo Tange, Ralph Erskine e outros que tinham uma vontade de manter vivo o fogo modernista, mas com uma constante necessidade de alguma reforma na arquitetura que vinha sendo feita. A arquitetura moderna início a se transformar nos anos 50 em relação ao que era projetado anteriormente. Exemplos dessa nova forma de ver a arquitetura é notável em grandes nomes que acabam até por se contradizer em alguns pontos como Le Corbusier com a Capela de Ronchamp. Essa transformação se dá pela nova forma de se pensar o melhor para quem for utilizar aquela edificação, trazendo consigo o vernáculo, os materiais locais, as formas de construir e outros fatores, que nesse período começam a comandar as novas arquiteturas. Isso está ligado ao abandono que foi feito no seguimento cego que se tinha a forma de construção da primeira geração modernista, que viram ser antiquados seus pensamentos e alguns ainda acabaram a integrar esse novo “parâmetro” de projeto. No urbanismo e na arquitetura ocorre uma mudança também na sua forma, em destaque tem-se as arquiteturas sobre plataformas que valorizam ainda mais o quesito monumental, um exemplo que pode ser dado é Brasília, onde os volumes são organizados em grandes plataformas. Além do uso de plataformas, nesse período a busca por novas formas é aflorada como busca de evolução seja nas paredes ou na cobertura sempre pensando no seu tratamento livre quanto a forma. Essa arquitetura hoje é muito presente graças a parametrização na forma de calculo e de construção da mesma, mas para aquela época foi uma inovação construir formas complexas todas com cálculos feitos a mão. Um bom exemplo desse tipo de arquitetura é a Opera de Sidney de Jorn Utzon que se apropriou dessa nova identidade do modernismo para elevar novamente a economia da cidade, que antes de sua construção sofreu críticas e quase não foi selecionada para o concurso. O diferencial da opera de Sidney se dá pela cobertura em concreto que está inserida em uma plataforma elevada em meio a Baia de Sidney, com sua disposição totalmente assimétrica dando realmente a visual de ondas sobre a baia. A mesma é um exemplo de avanço tecnológico da época, pois foi feita em 1957 – 1974 uma grande couraça em concreto que até então nunca havia sido fabricada em tamanha proporção.
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Jane Jacobs pag. 1 a 28 “Meu ataque não se baseia em tergiversações sobre métodos de reurbanização ou minucias sobre modismos em projetos. Mais que isso, é uma ofensiva contra os princípios e seus objetivos que moldaram o planejamento urbano e a reurbanização modernos e ortodoxos.” Pág. 01. A autora já inicia seu livro sendo bem direta em relação ao seu ponto de vista e que ela está repleta de criticas sobre como se encontra a “sociedade moderna” em relação a arquitetura com enfoque no urbanismo. Ela vem para descrever a cidade real, por assim dizer, falando de ruas, parques, centros comerciais e suas influencias na transformação socioeconômica da cidade, de modo a se ter variantes positivas e negativas. Jane Jacobs diz que não é necessário apenas o dinheiro para se resolver o problema urbano, já que esse mito foi desmentido com a construção das variantes tipologias de conjuntos habitacionais que por si só se isolam, cada um em sua realidade, e se tornam piores que os antigos cortiços anteriormente existentes nos centros urbanos. A reurbanização dita por Jacobs categorizada como um empecilho para a população, sendo que não ocorre apenas o investimento publico racional para essa transformação, mas acaba-se tendo uma elevação nos subsídios a serem pagos pela população que são a forma que o governo acredita correto para se pagar o investimento feito, de forma aos cofres públicos não serem afetados. A arte e a ciência são formas que buscam evitar a decadência desses centros urbanos, mas nem sempre isso é o suficiente. Um bom exemplo dado no livro sobre isso é o barro de Morningside Heights em New York, era uma das melhores áreas da cidade, com uma ótima infraestrutura de parques, áreas verdes, escolas, hospitais e afins que no anos 50 teve uma queda drástica nos níveis de integração populacional, de modo a não se frequentar o local por medo. Tendo isso em vista o poder publico iniciou reformas urbanas para reaver aquele espaço com a derrubada de construções locais e construção de polos econômicos na mesma locação que no fim só veio a auxiliar ainda mais na decadência urbana daquela área. O livro diz que as zonas urbanas não carecem apenas de estudos racionais da arte urbana e do desenho urbano, mas que devesse entender a seu funcionamento como vida real e a partir disso potencializar os seus pontos fortes nessa reforma urbanística, para só assim se extrair o melhor daquele determinado local. Já que as cidades quanto mais dinâmicas, mais vida e assim consequentemente mais estabilizadas economicamente falando elas são. Le Corbusier não planejava apenas uma cidade utópica, mas também uma sociedade onde ele dizia que a mesma tinha uma liberdade individual máxima, que não se restringia na liberdade do fazer, mas da responsabilidade cotidiana. Todo o seu pensamento gira em torno da cidade jardim. A cidade dos sonhos de Corbusier teve grande impacto em como são vistas as cidades hoje, um grande exemplo disso é Brasília. A cidade é um marco moderno, projetada por Lúcio Costa e conta com todos os pensamentos de uma cidade jardim com grandes espaços verdes, quadras bem divididas, áreas de lazer em escalas variadas. Na exposição de 1893 em Chicago, foi desconsiderado os preceitos modernos e colocado no lugar uma releitura a arquitetura Renascentista, indo totalmente contra os víeis modernistas de Le Corbusier. Essa exposição impulsionou o movimento City Bealtiful de trazer à tona a cidade monumental com grandes boulevards barrocos. Esse movimento saiu de moda, mas até hoje não foi questionado e seus conceitos se fundiram com os da cidade jardim corbusiana.
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Frampton, Kenneth, História crítica da arquitetura moderna
O capitulo inicia com uma breve introdução sobre o arquiteto Mies Van de Rohe, que está inserida em uma reportagem que conta sobre a sua vitória em um concurso para a construção que consolidaria sua arquitetura moderna, que foge do funcionalismo padrão utilizado na época. O concurso de Reichsbank deu inicio a uma transformação na arquitetura do arquiteto Alemão, que sai de uma forma assimétrica informal para monumental simétrica. E foi muito bem recebida pela população norte americana. O edifício em concreto se tornou uma expressão da técnica construtiva sendo seguida de forma fiel e com execução a rigor. Para Mies a técnica é uma das principais vertentes a se destacar na obra, sendo a própria manifestação cultural do local, do homem e de um período. Em meados de 1930, ele inicia uma transformação sistemática onde suas obras ganham estruturas em aço com cultura clássica, mas não se apropria das curvas, abobadas e afins, tendo em vista uma arquitetura racional com vigas paredes retas e vidro. O ápice dessa forma de se fazer arquitetura de Mies Van der Rohe se dá no Crown Hall, que trás uma ideologia de transparência e leveza como a casa Farnsworth, mas agora para um edifício publico de 67 x 37 metros em vidro e aço. O livro trás uma descrição feita por Colin Rowe sobre o projeto, que compara o mesmo com a Villa Rotonda de Palladio. “Como composição paladiana característica, Crown Hall é um volume simétrico e, talvez, matematicamente regulado.” Ou seja, com isso ela analisa o projeto de Mies nos princípios de Andre Palladio, que tinha em seu tratado a simetria, a proporção o estudo da forma perfeita e outras abstrações tanto suas quanto de vitruvios sobre arquitetura. Mas diferente da Villa Rotonda, o Crown Hall não tem uma demarcação principal, uma hierarquia visual fortemente demarcada, se for analisar de uma forma mais brutal essa demarcação seria pela escadaria, mas ao analisar o todo ela se torna uma alteração ínfima. Como diretor da escola de arquitetura do instituto de tecnologia de Illinois, Mies Van der Rohe teve grande oportunidade e influencia sobre a nova era de Chicago e do mundo, proporcionando uma arquitetura simples e logica. Além do uso da indústria e aplicação da mesma na nova era da construção. O eclipse de New Deal: As crises econômicas de 1930 e as medidas sociais de New Deal gerou uma fuga de refugiados para os Estados unidos, com isso gerou a construção de assentamentos não tão fabulosos quanto os financiados por empresas privadas, ou quanto as pontes suspensas da época. Mas de todos um que se destaca é o criado por Gropios na Pensilvânia que obtinha auxilio do governo local para sua construção. A monumentalidade Norte americana se firma com a finalização da galeria de arte de Kahn, que busca propor uma força cultural muito grande do período pós-guerra. Diferente de Mies que deixava sua estrutura aparente, se apropriando da mesma para gerar uma identidade a obra, Kahn buscava ocultar a mesma, nem que fosse na face externa.
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Willian Curtis Modernidade, tradição e identidade no mundo em desenvolvimento: A arquitetura foi criada nos países ocidentais com maior índice de industrialização, já que os grupos vanguardistas tentaram reproduzir um movimento que seguisse os mesmos ideais industriais de renovação rápida. Cabe ressaltar que o movimento em si não foi aderido por todo o mundo, mas os seus resultados foram expansivos e aplicados de modo erronio. Após a segunda guerra mundial, a rápida modernização dos países menos desenvolvidos acarretou na perda de identidade cultural, recebendo assim o modernismo. A chegada do movimento vinha junto com a ideia de investimento internacional para os locais, ou instrumento de transformações sociais. A arquitetura proposta é carente de tradições e valores, sendo assim uma arquitetura que não se apropria do vernáculo local, e isso está diretamente ligada aos interesses de quem ali está depositando valores monetários, visado apenas lucro. Dito isso o autor observa a falta de interesse em buscar o vernáculo nas arquiteturas do século XIX, devido a sua ligação com o não desenvolvimento urbano. Grande parte dessa força do modernismo “bruto” se dá a partir da liberdade colonial ostensiva que muitos locais adquiriram. Manhattan e Londres, foram os moldes modernos para o mundo em 1960. A importação dessas novas tecnologias estrangeiras, geravam problemas quanto a imposição de teorias sociais, em grande parte no quesito residencial de forma que oque era de baixo custo na Europa por exemplo, vinha a ser absurdamente caro quando levado ao Egito devido mão de obra, transporte e afins. Cabe ressaltar que esse fator é vigente até os dias atuais. Fathy critica a no0va forma de pensar arquitetura, e diz que cada família deve construir de modo a satisfazer suas necessidades. As sensibilidades regionalistas eram consideradas luxo nos casos de abrigo básico, sendo deixadas de lado, pois a estrutura vernacular podia auxiliar no alcance de padrões antigos de adaptação. A melhor forma seria não apenas copiar as formas modernas ou as vernaculares, mas sim o casamento entre elas, visando os princípios por trás e de como eram feitas e para que eram feitas essas técnicas antigas. A partir disso é possível casar as suas premissas com as novas técnicas e assim se ter uma arquitetura moderna com preceitos vernaculares. A arquitetura moderna Indiana em 1970 começa a construir um caráter distinto, onde sua forma se torna cada vez mais complexa com a criação de camadas interiores e exteriores, mas utilizando materiais locais e acabamentos em fundo branco uniforme. Isso demonstra a busca por adaptação da arquitetura moderna com a lua locação. Mesmo que a ideologia arquitetônica faça parte de uma sensibilidade individual, as mesmas acabam por demonstrar ou refletir a politica, o quesito social, as ideologias e os mitos além de culturas. Todos os exemplos citados no livro são de países que lutam com aquela reconstrução da identidade nacional que se foi perdida no pós guerra. A própria tradição nacional, tinha significado de passado local que a nova releitura era vista como uma forma intervenção externa “estrangeira”. A obsessão com a representação cultural da década de 1970, mas se tinha o risco de ignorar a qualidade e a autenticidade ou seja a identidade arquitetônica. Dessa forma a edificação se adequava a algumas prescrições ditas por idealismos como o islamismo, indianismo, nacionalistas e comunistas e afins.
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André Monteiro Miranda Alves. Pgs 47-73
Um novo mundo para a modernidade: Os anos pós o conflito da II Grande Guerra foram caracterizados pelos horrores dos regimes totalitários. Essa situação se traduziu em milhões de mortos em nome dos regimes comunitas, fascistas e nazistas. A única esperança para saírem dessa situação foi começar a reconstruir a democracia e a modernidade juntas. Os modelos urbanos de 1920 e 1930, de entre eles a Ville Radieuse, se inseriam no debate geral do panorama das artes, e criavam uma nova divergência de interesses em torno da sua avaliação. Se questionava agora se estes projetos urbanos fariam parte de uma grande falsa promessa no qual se continuaria a perder tempo e posteriormente levaria a não resolução dos problemas da sociedade, ou se ainda seria possível reinterpretar a cidade “Corbusiana” como uma plataforma para relançar, numa fase aperfeiçoada para o contexto urbano, novamente essa tipologia de projeto baseado na cientificidade e na tecnocracia. Paralelamente, ao longo de 1960 e 1970, o desapontamento e incredibilidade humana relacionados com a percepção do desenrolar da história ao longo do século veio instigar a tentativa de mudança social contra a condição geral vigente. Com a ideia de mudança na sociedade em geral formam-se grupos como movimento estudantil de Maio de 1968, os e os ecologistas. Em 1968, existia a insatisfação que se vinha a desenrolar desde o final da II Grande Guerra, e torna-se a data decisiva na historia policia e cultural do Ocidente, tanto nas ruas, quanto nas universidades ou nos meios de comunicação, nas capitais europeias, aconteceu massivos protestos revolucionários. Em destaque, a cena em que os estudantes franceses que, contra os poderes reguladores do Estado, da policia e da universidade, ergueram barricadas em Paris e despoletaram um caos grevista sem precedentes que conduziu a demissão do governo Francês. No panorama politico se destaca a liberalização parcial da economia, bem como do relaxamento previsto às restrições da liberdade de imprensa e a sua democratização, que acabaria com a invasão do país por parte da União Soviética e os membros do Pacto de Varsóvia. Nos Estados Unidos da América, houve os manifestos com o Black Power Movement, que reivindicava os direitos civis dos afro-americanos, encarando a repressão violenta da polícia. Esse ano (1968), foi a situação perfeita para uma contracultura que se vinha opondo, em muitos campos do pensamento e da criação artística, ao que se então denominava como “cultura dominante” (Modernismo), presente nas sociedades ocidentais. O International Style, nascido dos novos avanços tecnológicos da produção em série, estandardização e ambição, era o pensamento ideológico vigente desde o final da II Grande Guerra. Este, nascido do sonho modernista de tentar melhorar o ser humano e a sociedade em geral através do ato projetual. Com o desenrolar de 1960 são introduzidos os primeiros passos numa sociedade pós-industrial, e com ela, desaparece o mercado de massas de grande porte. O mercado, que antes era dominado por um pequeno grupo de consumidores e então, começa a se transformar numa figura mais ativa enquanto sujeito social. Esse novo perfil se afasta do modernista e passa a escolher por si mesmos os seus padrões de consumo e comportamento. Nascia então uma nova expressão social, aliada a transformação cultural e tecnológica, um novo momento para reconfigurar o papel do designer e do seu projeto. O projeto modernista estava morto e prova disso foi o desmantelamento no CAM de 1959. O ato de projetar tinha agora novas funções que deixavam se de dirigir a concepção da cidade futura ideal, mas na habilidade de desmistificar os sistemas da lógica em que a cidade do presente se baseava. Nascia uma “nova visão holística do mundo e do ser humano se estabelecia através de uma particular conjuntura histórica: cultura, sociedade e tecnologia”. Contextualizadas no panorama norte-americano, começavam a surgir as primeiras formas de recusa do contexto modernista atrás da Drop City e o grupo Ant Farm, incentivado pela crescente do sistema capitalista e a necessidade industrial de alimentar a produtividade e a expansão econômica. O Drop City foi uma das alternativas de 1965 no Colorado, privilegiando um sistema que pregava a felicidade, a comunidade e a recusa do tradicional sistema econômico (hippes). Na Europa, o movimento Archigram se desenvolvia na abordagem para mudanças da sociedade e o respectivo sistema em que viviam, imaginando um futuro em que a crença de que combinação dos avanços da tecnologia com a mudança social poderiam promover um ato projetual mais humano e pronto para as complexidades e oportunidades da vida comporanea. Os Metabolistas ambicionavam reformular os ideias sociais do mundo em que vivam e a concessão de uma nova abordagem projetual na reconstrução do Japão pós-guerra, se baseando na reconfiguração da cidade modernista. Essa individualização na aproximação ao utilizador e aos seus desejos de habitar o espaço, levava os projetistas a centrarem-se cada vez mais nesta temática. Pretendia-se conseguir corresponder as necessidades das minorias e do indivi-
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duo e acompanhar a crescente mudanã social que se apropriava da sociedade. Conjuntamente com o contexto social e politico também o ato projetual passa a questionar o eu realmente significava projetar. Pretendia-se sublinhar que a questão não admite “respostas definitivas”, antes pressupõe um questionar permanente. “Projetar deve, assim, envolver, de cada vez, o questionar do sentido do proejto, envolver a sua transgressão, questionar a sua eficácia, o seu poder e a atualidade.” Geravam-se novas visões utópicas que não iam mais de encontro à visão Moderna, com projetos positivos de cidades futuras alternativas, mas em vez, adotavam visões contra utópicas, provocativas e exageradas de tendências existentes, focando um mundo de pesadelos que acreditavam estar ao virar da esquina mas que ainda não havia chegado. É nesse contexto, que em 1969, o Superstudio apresenta o seu projeto II Monumento Continuo como um ataque à arrogância expansionista que os Modernistas assumiam no planejamento urbano. O grupo Archizoom Associati vai mais longe e a apresenta o No Stop Citu, projeto que viria trazer a debate a formalidade da arquitetura moderna e a sua rígida ideologia desajustada com os novos habitares. Nesta, a cidade assume-se livre da arquitetura, onde a tecnologia e a natureza não se juntavam, mas eram unidas. O design de objetos se associava a reinterpretação e ruptura com a condição e forjando o fator lírico como força motriz única do mundo. Rompiam-se a imposição da lógica moderna de controle, em que os espaços e os objetos ditavam os atos comportamentais individuais e coletivos como um instrumento de poder disciplinar, e com ela caia também o conceito de “maioria” como valor para dar lugar a cultura de “minoria”. O produto tinha se tornado a nova linguagem da época, era este dava identidade ao cidadão. A beleza era o instrumento de poder. Essa ideia partia de uma elite de “minoria” a qual a “maioria”, constituída pelos excluídos, se deveria uniformizar. O design torna-se um processo projetual com objetivos relacionados com o desenvolvimento da vertente humana em conexão com uma rede social, afirmando-se com o um processo de dialogo entre o projeto e o publico. Criticando abertamente a vertente consumista do design, este deveria estar disponível perante as solicitação quotidianas e a aceleração tecnológica do mesmo movo que deveria forjar novas ligações entre o publico. Pode se concluir que a matriz moderna perde assim controle funcional e politico mas passa a incorporar uma ordem sensorial que quebra a ortodoxia do ideal para abraçar a informalidade da experiência. Um processo que se assume como sempre inacabado e em permanente mudança, tornando o ato projetual em processual, mais que em consolidação material.
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Josep Maria Montaner. pgs 191-203
A continuidade do contextualismo cultural: Nos anos 50 houve uma postura definida pela ideia daquele que outorga um lugar proeminente ao contexto urbano onde atua e ao marco cultural geral onde se situa a nova obra arquitetônica. Isso consiste a continuidade das ideias assinaladas por Ernesto Nathan Rogers, defendendo o realismo e adaptabilidade a tradição do lugar e as preexistências ambientais. Através do aperfeiçoamento dessas ideias em teorias e obras arquitetônicas, Aldo Rossi estendeu por todo o mundo essa postura de continuidade critica com a tradição discplina. Essa postura coloca a cultura do lugar no centro do processo do projeto e pretende que a arquitetura volte a se situar entre os bens culturais do homem e seja estendida como criação de lugares significativos, no sentido concreto e fenomenológico da palavra. Aldo Rossi mostrou em suas ultimas obras uma grande capacidade de evolução, ao longo dos anos projetou suas três obras mais poéticas e de maior capacidade de síntese: o cemitério do Módena – recriação de uma cidade análogo para os mortos, Teatro Cientifico – onde espaço arquitetônico e representação se fundem por completo e o Teatro do Mundo. Ao longos dos anos 80, intensificou muito seu trabalho em projetos em cidades e países importantes, com propostas em Berlim (diversos conjuntos residências), em Buenos Aires (projeto de edifício comercial) e Miami (Nova Universidade). Rossi pretendia realizar uma obra nova onde a imagem do tradicional seja predominante. Uma obra autobiográfica e coletiva, com elementos poéticos e ao mesmo científicos. O valor das tipologias arquitetônicas para esse tipo de obra continua sendo o mais importante e sua intenção de reunir os tópicos formais e funcionais do movimento moderno se mantem. Rossi inverte as direções de influencia com o projeto Teatro do Mundo. No projeto Museu da História Alemã, composto por uma serie de peças que fazem referencia a uma tradição tipológica dos grandes museus europeus e aos momentos emergentes da arquitetura moderna alemã, Rossi considera que em uma época na qual já é impossível uma síntese total, um museu deve se basear em fragmentos, ou seja, diversos volumes que respondem ao programa e que fazem referencia a exemplos paradigmáticos. A obra de Álvaro Siza Vieira, também se situa nessa via em que a inspiração nos elementos específicos do lugar se converte em ponto de partido do projeto. Para iniciar cada projeto, o autor construía um “diálogo” com o lugar e seus usuários, e a partir disso, utulizava uma arquitetura ao mesmo tempo racionalista e organicista, com grande capacidade de adaptação. Suas obras mias representativas são o Parque Municipal de Quinta da Conceição – uma arquitetura baseada em uma emotiva e realista interpretação das formas e detalhes da arquitetura tradicional e no respeito a evolução da arquitetura moderna. A mudança política em 1974 em Portugal, fez com que as obras de Siza passasse a intervir em projetos de moradias populares, como por exemplo o bairro de San Victor. O programa SAAL foi concebido para atender as necessidades de aproximadamente 45000 pessoas mal alojadas em moradias precárias nos bairros das grandes cidades e mobilizou centenas de arquitetos. A obra de Rafael Moneo definiu a referencia solida do caminho da arquitetura que toma como ponto de partida as peculiaridades especificas de cada lugar e que outorga um importante peso à tradição histórica. Ao longo da evolução de sua obra, mostra uma continua reflexão sobre muitos dos momentos chaves da historia da arquitetura. Para cada trabalho e lugar, adotou uma síntese arquitetônica que lhe pareceu mais adequada. Edificio Urumea foi um grande exemplo, onde suas formas organicista conseguiu criar uma tipologia e uma fachada perfeitamente integrada às quadras de urbanização local. Por um lado, Moneo tinha o peso dos mais cruciais episódios da historia da arquitetura e por outro, a preocupação predominante de fazer uma arquitetura significativa para o usuário. Moneo insistiu em experimentar as diferentes possibilidades de uma comunicação que sem as limitação da razão, se abriam através da forma no espaço. Além disso, defendia a necessidade de noção relegar a priori nenhuma experiência recolhida pela história.
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Josep Maria Montaner. pgs 167-176
A arquitetura do conceito e da forma: Peter Eisenman propôs outros elementos básicos quando começou sua obras, partindo da certeza da existência do mundo fechado e perfeito das geometrias puras e sua combinação semelhante. Desenvolveu uma arquitetura que parte da radical separação entre a escala do humano e a escala do mundo autônomo das formas geométricas. Este formalismo geométrico e crítico também sintonizavam com as analises propostas por Colin Rowe, as propostas de modelos geométricos e matemáticos da geografia propugnada pela chamada Escola de Cambridge e os esquemas da gramática generativista de Noam Chomsky. Eisenman propõe realizar uma arquitetura abstrata que use como referencia as pautas assinaladas pela incipiente arte conceitual, arte onde o desenho, o tema e a figuração desaparecem em função do papel primordial da ideia e do processo. Todos os resultados do mecanismo conceitual partem das mesmas premissas de rejeitar um definido e limitado resultado final para substitui-lo pelo predomínio das ideias iniciais e pelas próprias pegadas do puro mecanismo criativo. Este mecanismo conceitual teve uma série de consequências o campo da arquitetura, onde Eisenman enfatiza que a arquitetura é um trabalho intelectual, livre de qualquer pretensão populista ou poluição realista. Uma arquitetura que deve partir de premisas formais e concluir em resultados formais, sem nenhuma pretensão semântica. Na Casa VI ou Casa Frank, em Cornwall, Eisenman desmembra o cubo para enfatizar a tensão formal entre os muros paralelos e perpendiculares que se cruzam e um centro e se estendem para a periferia, insistindo nas noções arquetípicas de centro e periferia, vertical e horizontal, acima e abaixo, perpendicular e paralelo, ou seja, deseja que o edifício mostre exclusivamente a tensão formal dos planos paralelos e perpendiculares. John Hejduk desenvolve toda a sua atividade com influencias neoplasticistas, especialmente as pinturas de Mondrian, no cubismo e purismo. Toda sua obra, que somente uma aprte ínfima foi construída, baseia-se na descomposição da arquitetura em suas formas geométricas mais simples e expressivas, seguindo suas leis elementares. Todos os exercícios da escola e seus projetos partem sempre da premissa formal como objetivo inicial e final do projeto, busca solucionar o problema do cubo: resolver seu espaço interior de acordo com diversos programas funcionais. Suas primeiras obras são baseadas na experimentação plástica de questões relacionadas com figuras geométricas simples. Richard Meier desenvolveu uma obra pulcra, branca, volumetricamente depuradas, que teve como referencia o purismo geométrico lecorbusiano e isso gerou propostas modelo, principalmente no terreno da arquitetura residencial. Em sua obra se destaca sempre a beleza nada arriscada, este mecanismo de repetição de uma linguagem moderna assimilada, produzindo uma sensação agradável, mas ao mesmo tempo com frustação do já visto, de onde sepre pode ser esperado sem nenhuma surpresa. Essa postura arquitetônica prova uma sperie de consequências gerais. As duas mais importantes são: a negação da tradição e negação da topografia. O que deve ser enfatizado é a ruptura e a descontinuidade histórica, a vontade de entrar em uma nova etapa – período não clássico. De qualquer maneira, a história é interpretada e utilizada de uma forma muito seletiva e fragmentária.
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Josep Maria Montaner. pgs 247-258
A Saida pela alta technologia: Para grande parte da sociedade, a tecnologia segue sendo a única ideologia e linguagem universais e suas ideia de modernidade é a única saída, dessa forma, essa arquitetura rejeita sempre qualquer retorno historicista ou qualquer jogo formal, decorativo ou arbitrário. Continua vigente a confiança dos princípios básicos das vanguardas do único século, especialmente o papel centro outorgado a tecnologia como fonte de inspiração. É uma arquitetura redutiva, que tenta resolver o máximo de questões com o mínimo de formas, confiando na capacidade de síntese que a tecnologia possui. A Grã-Bretanha o principal foco da arquitetura high-tech e o melhor exemplo dessa arquitetura é realizado no escritório de Norman Foster com sua arquitetura já considerada símbolo do possibilíssimo desta tendência, que é expressa em um cuidado desenho arquitetônico isento de brutalismo tecnológico. Segunda essa arquitetura – realizado a base de altíssimos custos econômicos, podem ser resolvidos integralmente os diferentes condicionantes: urbanos, programa funcional, possibilidades tecnológicas, transformações interiores, buscas estéticas, recriação de valores símbolos e possíveis intervenções dos usuários. O arquiteto Renzo Piano representaria um papel insólito no panorama italiano, já que optou pela alta tecnologia e se desembaraçou das preocupações teóricas típicas de seus compatriotas e da busca das qualidades em formas herdadas da tradição. Outra possibilidade dessa arquitetura realizada em sintonia com as disponibilidades tecnológicas seria a do Santiago Clatrava, que recebeu uma ampla formação, que o permitiu desenvolver uma obra pessoal onde as belas e danamicas formas de cada construção são o resultado da expressividade formal no próprio percorrido das forças. As obras apresentam uma síntese de dois paradigmas aparentemente opostos: a maquina e a obra de arte. Ao longo dos anos 80, esta estética da máquina, banhada com o saber da metrópole do final do século XX, se desenvolveu também nas obras de design. A arquiteta Eva Jiricna se formou em 1962, desenvolveu um continuo trabalho de riação de interiores em Londres, como a loja Way-in. Já Jan Kaplicky, formou uma equipe especializada em tecnologias avançadas aplicadas à arquitetura, incluindo trabalhos de pesquisa para a NASA. A arquitetura tecnológica se suavizou, se domesticou, respeitando muito mais as preexistências naturais e adaptando-se as tremas urbanas onde se insere. A maior obsessão de alguns dos máximos representantes é a rejeitar o qualitativa de “alta tecnologia” e sustentar que realizam uma arquitetura “ecológica” e de tecnologia suave e humana. A arquitetura atual está cheia de posturas retóricas, seja pela utilização de linguagens historicistas, tecnológicas ou celetistas.
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BENEVOLO. pgs 373 – 406
O Japão: No Japão, a modernização se iniciou já mias de um século e meio e por causa de sua posição hodierna de segunda potencia econômica mundial, se tornou um enclave especial no mundo contemporâneo. Em uma superfície restrita, o Japão conserva uma gama completa de climas e características, de nórdicas a tropicais, que fazem dele um espaço geográfico autônomo, unificado por uma rede de infraestruturas e vias de comunicação entre as mais modernas do mundo. Até a segunda grande guerra, a continuidade da cultura arquitetônica tradicional e a imitação dos modelos europeus coexistiam como experiências distintas. A lição do movimento moderno, e em particular o ensino de Le Corbusier inserir-se entre os protagonistas da nova arquitetura mundial. Fumihiko Maki formou-se durante uma longa permanência nos EUA e ao voltar, manteve uma linha equilibrada enquanto acontece o confronto entre as tendências estilísticas internacionais. Sua coerência o conduz ao sucesso profissional no Japão nos anos 70, mas o reconhecimento internacional tarda até os anos 90 – recebendo o prêmio Pritzker de 1993. Arata Isozaki passou por muitas experiências heterógenas, que, somando-se entre si, fizeram com que ele se tornasse um dos mais ativos protagonistas da arquitetura mundial. No pós-guerra, fez parte do grupo Metabolism e colaborou com Kenzo Tange no plano de 1960 para o desenvolvimento de Tóquio sobre as águas da baía. Em 1988 constrói o Museu Ark, sede descentralizada do Mueu Hara de Tóquio, em uma remota localidade serrana: um simples organismo simétrico, construído em madeira e caracterizado pelas coberturas inclinadas dos tetos que marcam a hierarquia entre os locais grandes e pequenos. O desafio ambiental se complica nos trabalhos no exterior, que marcam a evolução recente de sua experiência. O Museu de Arte Contemporânea em Los Angeles é uma paisagem vivaz de volumes diversos e multicoloridos, e convive sem dificuldade com as construções heterógenas da imensa cidade. Isozaki demonstra uma sabedoria que se mostra raríssima ao interpretar os contextos também em campo europeu, e a demonstração mais extraordinária desse dom vem do projeto de Florença, que está em um cenário dificílimo, em pleno centro medieval, onde uma alteração recente criou, há cinquenta anos, um cenário incompleto. É o vazio atrás do edifício dos Uffiizi, de Vasari, produzido pela demolição de dois pequenos quarteirões. Todos os edifícios circunstantes pertencem à antiga forma urbana. Sua reconstituição é impossível porque fronteiam a extremidade moderna. A sutileza provada por Isozaki pressupõe a bem conhecida sofisticação da historia artística japonesa, mantida viva no Japão moderno inclusive porque as antigas arquiteturas em madeira e os antigos jardins exigem uma continua e extraordinária manutenção, para a qual existem escolas adequadas e adequados aparatos executivos. Melhor do que todos, conseguiu isolar o núcleo intelectual dessa herança, e consegue aplica-la em um contexto diverso, como o severo e pedregoso cenário florentino. Tadao Ando é um autodidata desprovido de educação acadêmica e capaz de construir para si uma cultura pessoal, obtida em igual medida pela tradição japonesa e pelas viagens empreendidas par ao estudo retrospectivo dos grandes mestres europeus. Impõe-se uma severa limitação de temas projetuais para alcançar um alto grau de ontrole dos artefatos, que emula a relação dos artistas com as suas obras executadas manualmente, mas não chega a escultura, atendo-se rigorosamente ao manejo dos elementos arquitetônicos – sobretudo, no inicio do concreto bem liso. A biblioteca cívica de Toyosaka emprega um modelo compositivo utilizado outra vezes, a associação de um volume cilíndrico e um paralelepípedo quadrado, iluminados do alto. Assim como essa obra, seus trabalhos tem um desenho elaborado, reduzido a dimensões modestas, que talvez evoque a tradição local e é repetido em trabalhos no exterior. O Museu de Arte Moderna de Fort Worth está colocado no centro de um grande parque, de ferente para o Museu de Arte Kimbell, de Louise Kahn. Os cinco corpos edificados destinados às exposições e aos escrit´rios são unificados por uma estrutura em cimento armado que aflora de um tanque artificial e recebe, pela reflexão na água, um excesso de evidência. Na recente atividade de Ando tem particular destaque a construção do tempo budista Komyo-ji, em Saiko. O templo precedente do século XVIII, devia ser refeito. O clero, que pertence à seita Pure Land, aceitou que fosse projetado em formas novas. Ando escolheu uma estrutura de traves de madeira encostadas, permeável à luz, distruida de modo que se parecesse com a tipologia histórica, e articulada na cobertura com refinadas alusões ás formas antigas. Toyo Ito desenvolveu um trabalho de colaboração no escritório de Kiyonori Kikutake, um membro do grupo Metabolism dos anos 60 e somente em 1971 abre um escritório pessoal. Torna-se conhecido com a singular Torre dos Ventos em Yokahama e uma serie de edifícios públicos para a cidade de Yatsushiro. Diferentemente de Ando, Ito adquire já nos anos 90 o domínio das várias escaladas de projetação, mas demora para exercitá-lo fora da paisagem protetora das pequenas e médias cidades japonesas. Shigeru Ban tem um talento diferente e euma formação internacional. O papel tem um lugar importante na tradição japonesa também como complemento na construção civil tradicional. Em 1993, as estruturas em papel são autorizadas no Japão pela lei de padrões da construção civil, encontrando aplicação nas casas provisórias para vitimas de terremotos no Japão, Turquia e Índia. Enquanto isso, Ban realiza uma casa de veraneio em papel no lago Yamanaka, uma igreja em papel em Nagara Kobe e outros edifícios caracterizados por esse material. As grandes estruturas em tubos de papel ou faixas de madeira compesada, se emprega para médios ou grandes ambientes, produzem necessariamente abóbadas de seção circular, e para obter ambientes variados, obrigam a variar o diâmetro de base. Utiliza um sistema de pré fabricação que permite entrever novas possibilidades ainda desconhecidas.
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Kenneth Frampton. pgs 419 -472
Arquitetura na Era da Globalização: Topografia, morfologia, sustentabilidade, materialidade, habitat e forma cívica: Textos de Gregotti e Mc Harg influenciaram não apenas o projeto urbano e paisagístico, mas também o campo arquitetônico em geral, dando surgimento, no final da década de 60, a noção de topografia e sustentabilidade. Eles enfatizaram de diversas maneiras a integração da forma criada pelo homem com a superficie em que é inserida. Mc Harg, através da intervenção arquitetônica, concentrou-se mais na necessidade de uma abordagem por toda a biofesta e assim facilitar a interdependência mutua do ecossistema. Enquanto Gregotti via a delimitação do solo como ato primordial, afim de estabelecer ordem diante o caos – da natureza. Ambas as abordagens foram tentativas de mediar os efeitos da expansão contínua das megalópoles em todo o mundo ainda hoje podem ser vista como estratégias viáveis que podem resitir à redução e onde foram ilimitadas de objetos autônomos mediante a necessidade do homem quanto aos processos naturais. Esse olhar, onde a modificação territorial difere a arte da paisagem, favoreceu o surgimento de uma nova visão do urbanismo paisagístico, como disciplina e como modo de intervenção. No Linear Park, Peter Walker e Martha Schwarts, quiseram obter uma transformação topográfica igualmente extensa onde a passagem de um trem transformou-se em um exótico parque subtropical, com intervenções paisagísticas e de infraestrutura. A morfologia utilizada nas obras, aparentemente, imita a estrutura das formas biológicas e botânicas e sem sido importante afinidade plástica. O Museu de Guggenheim criado por Frank Gehry mostra uma figura amorfa e tentacular, onde sua carcaça distorcida e fluída existe de maneira indepednete de qualquer coisa que ocorra dentro dela. Ou seja, sua figura orgânica é paradoxalmente alheia a qualquer tipo de organização biologia. As praticas sustentáveis tem que ir desde a otimização da sombra, da luz e da ventilação natural até o uso de fontes renováveis de energia natural, desde a eliminação de resíduos e da poluição até a redução da quantidade de energia incorporada nos próprios materiais construtivos. Essa conceituação é descrita no estudo Tem Shades of Green de Peter Buchanan, onde o autor fala de materiais e a diferença dos seus usos em relação ao que os mesmos consomem na obra. O edifício da companhia de seguros Swiss Re é o priemeiro arranha-céu sustentável de Lndres, situado em Londres com a sua forma peculiar, incorpora em sua forma a maximização da quantidade de luz e ventilação natural, diminuindo o uso de energia. A materialidade é quando a qualidade do material é trabalhada com tal potencia que se torna a identidade da obra, que remete à arquitetura que está inserida no conceito de materialidade “In natura” e a arquitetura vernácula. É possível perceber esse exemplo no museu de Pedra, em Nasu, idealizado por Kengo Kuma, onde o mesmo material envolve todo o conjunto – tiras finas de pedras. Que sejam usados como revestimento, quer como forma estrutural, materiais tradicionais como o tijo, pedra e madeira são construtos culturais cujo significado implícito pode ser prontamente associeado como determina a paisagem, caráter nacional ou valor ético. O fato da nossa cultura de construção, de forma geral, não ter desenvolvido um padrão sustentável e homeostático de uso residencial da terra no decorrer dos últimos 50 anos é a consequência trágica e inevitável de nossa incapacidade de controlar o apetite pelo consumo de todos os recursos possíveis. O desafio que os arquitetos enfrentam é o de criar uma sensação de “lar” sem recorrer ao Kitsch, nem fazer uso de iconografia nostálgica que não tenha relação com o nosso atual modo de vida. A forma física adotada nos projetos tem de grande influencia com o contexto inserido, dessa forma, se adaptando ao entorno e possibilitando uma experiência sensorial do fisitante. Um exemplo é o Museu de Paronne, situado nas imediações d eum parque ao longo de um rio. O fato de sua massa de concreto elevar-se sobre pilotis, permite que o visitante, ao fazer seu passeio contemple o parque e as sombrias relíquias da guerra.
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Foruns
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Forum 1 A revolução industrial se inicia no século XVIII e com isso as varias transformações tanto sociais quando arquitetônicas se iniciam em conjunto. A necessidade por busca de qualidade de vida deixa de ser rural e passa a ser urbana, onde muitas famílias saem das fazendas e se dirigem as cidades em busca de trabalho nas indústrias. Com a crescente demanda de abrigo nas cidades, a população inicia a construção de cortiços que em sua grande maioria não contavam com qualidade e saneamento. Então se ressalta que enquanto a revolução industrial trouxe consigo avanços para a burguesia, trouxe também a má qualidade de vida para os menos favorecidos. A forma mais visível disso é pela arquitetura, enquanto a burguesia “os novos ricos” buscam esbanjar seu poder econômico com o maior numero de ornamentos, fazendo assim surgir o movimento eclético que a principal ordem é quanto mais elementos melhor, a população operaria não tem nem condições de moradia favoráveis além de contar com trabalho exorbitante de cargas horarias de aproximadamente 14 horas ou mais. Um bom exemplo dessa distinção arquitetônica, e de uma forma populacional a reivindicar seus direitos temos os cortiços Parisienses, que eram utilizados como barricadas para parar o avanço do exercito local. Locais insalubres onde tinham-se apenas 1 banheiro para várias famílias e acomodações precárias, que com a reforma de Hausmann, o ideal era que a cidade se tornasse mais homogenia e limpa, com seu plano higienista que na verdade não passava também de um plano para diminuir o poder da população sobre a cidade. Dessa forma não temos apenas reformas na forma de ver arquitetura, mas de ver o urbanismo também. Barricadas em Paris. Boulevards abertas por Hausmann
Paris durante sua reforma.
Antes e Depois.
O maior exemplo dessa evolução tanto industrial quanto social se dá com a torre Eiffel, o maior marco de construção pré fabricada naquela época que foi feita apenas para a exposição de Paris, mas se perpetua até hoje como maior símbolo da cidade luz.
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Forum 2
O artigo vem como uma critica direta ao uso excessivo de ornamentos que vinham sendo empregados, grande parte na arquitetura por meio do movimento eclético que propunha e afirmava a ascensão da burguesia industrial. Assim como Sullivan, Adolf Loos era um arquiteto que visava o menor numero de adereços possíveis na arquitetura de forma a se ter apenas elementos inerente, que traz a tona o pensamento “Forma segue função”. Se chegarmos a frente na historia da arquitetura, o termo de que o ornamento é um crime se perde, em grande parte nas novas construções paramétricas e orgânicas onde a sua forma, ou seja a sua estrutura gera o seu próprio ornamento, não tendo mais distinção entre as partes. Duas formas de visualizar se dão pelo bloco projetado por Mies Van der Rohe em Chicago, onde a estrutura se torna o ornamento a moldura da obra, que é totalmente permeável. É uma forma singela de demonstrar que não precisa de muito para se chamar atenção, e isso é possível devido a evolução da forma de fabricação de materiais. Indo mais adiante o segundo exemplo se dá atualmente, com Shigueru Ban, arquiteto Asiatico que casa a sua estrutura com sua forma, deixando a mesma aparente
Forum 3 A forma de projetar foi-se alterando com o passar dos tempos, se analisarmos as obras “atuais” com o olhar dos gregos antigos, eles diriam que nada disso seria possível. Mas essa possibilidade só é viável devido as novas tecnologias, que são empregadas na nova forma de arquitetar. A arquitetura pós-moderna tem na sua essência a crítica aos padrões modernos, as suas regras, mas não de uma forma de oposição a todas, mas sim de que a arquitetura não deveria esquecer as suas bagagens passadas, os seus aprendizados e por assim dizer o vernáculo que tanto lhe fez crescer. Já o contemporâneo vai além de tudo que já foi pensado, busca formas ousadas, que desafiam a matemática estrutural ao seu máximo e com isso se obtém verdadeiras arquiteturas escultóricas, monumentais e marcos visuais. Um dos maiores exemplos que temos dessa forma contemporânea de decompor algo para submeter a sua arquitetura é o arquiteto espanhol Santiago Calatrava, que busca inovas não só na sua forma de pensar oque é arquitetura, mas também aplicar sempre tecnologias as suas obras. O museu do amanhã é um grande exemplo dessa aplicação de desconstrução, que ganha sua forma a partir de uma bromélia encontrada no jardim botânico. Mas o seu diferencial se dá pela forma de implantação e de uma cobertura que é totalmente mecanizada e conta com 48 painéis fotovoltaicos para captação de energia solar, e conta com variação de abertura para melhor absorção da mesma. Ele busca trazer a ligação entre a tecnologia, a arquitetura e o orgânico, saindo dos padrões racionais e concisos do modernismo bruto de Le Corbusier.
Ainda se submetendo a inovar, a arquitetura pós-moderna traz consigo a aplicação das cascas paramétricas, curvas anormais e assim brincando com as mais diversas formas. Um exemplo disso são as obras da arquiteta Zaha Adida, que não se limita a obras estáticas e terrestres, mas vai além e constrói uma linha de superYachts com um design orgânico, de 90 metros cada. Mostrando que a forma de se projetar do arquiteto não se limita a prédios, mas pode ir além e sem restrições sejam elas de tratados, de conceitos ou paradigmas que são colocados a todo momento. O arquiteto antes de tudo é um artista, que usa a ciência a seu favor e deve explorar sempre seus potenciais seja para inovar na edificação ou se lançar de cabeça em algo mais ousado.
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Forum 4
Com a evolução do comercio a buscar por uma diferenciação vem sendo uma das maiores características para atrair um maior número de clientes. Essa forma de chamar atenção não é nova, Las Vegas já fazia isso com seus outedoores gigantescos, mas com a expansão dessa pratica e a adesão de muitos comércios temos o que hoje se tornou uma grande poluição visual por meio de letreiros e fachadismos. Atualmente essa forma de se tornar único está atrelado a sua marca, e diretamente ligado a sua identidade visual, onde a sua arquitetura ganha uma paleta de cores semelhantes a da marca, as fontes não ficam apenas nos cartazes mas em toda a parte interna, e afins. A programação visual não é mais um luxo para quem tem dinheiro, mas sim uma alternativa para se conquistar um publico alvo, pois a sua identidade além de diferenciar o mesmo de outras lojas faz com que seu produto seja único desde a imersão do consumidor, um bom exemplo disso é são as lojas da Apple, que de longe chamam atenção pelo seu requinte e forma culta de construção, sendo bem claras, com iluminação fria e dando destaques aos seus produtos de lançamento. Já lojas como Starbucks contam com um ar mais rustico, e acolhedor para te fazer sentir o espaço e convidar a se apropriar do mesmo, de uma forma única enquanto desfruta um delicioso café. Dessa forma a programação visual se tornou o cartão de entrada dos grandes comerciantes, e isso cria um vinculo entre comercio e clientes, onde marcas se tornam produtos, lojas se tornam pontos de encontro e localização devido a sua pregnancia para com as demais.
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Forum 5
A forma de se pensar arquitetura se transforma no período da revolução industrial, é ali que pode-se dizer que surge os primeiros pensamentos voltados a tecnologia para com a arquitetura, novos materiais e novas praticas de utilizar os mesmos para realização de projetos inovadores, foi assim com o palácio de cristal, utilizando aço e vidro e ainda é assim hoje em dia porem utilizando novos conceitos de aplicação de materiais. Um grande exemplo disso são as construções de Santiago Calatrava, com obras highTec que se apropria da tecnologia para concepção de movimentos em fachadas, formas mais escultóricas e até mesmo melhor aproveitamento da implantação do edifício sobre valores da tecnologia aplicada. A Zaha Hadid também desafia a forma de se projetar, se apropriando das novas visualizações de concepção arquitetônica em grande parte softwares de modelagem que possibilitam a construção em 3D e a racionalização das suas curvas para se conseguir obter um desenho técnico. Tudo isso só é possível, a partir da união e do avanço entre arquitetura, forma de pensar arquitetura e tecnologias obtidas na atualidade. Todos esses pensamentos estão fundamentados nos metabolistas, no archigran e até mesmo antes deles, mas o momento é propicio para essa liberdade, o contemporâneo dá essa porta de entrada ao novo que o modernismo de alguma forma não permitia com todas suas regras e padrões.
Santiago Calatrava - One World Trade Center Mall
Zaha Hadid – Centro Heydar
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Mapas Mentais
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Mapa conceitual aula 27/08
Ideologias impares com busca ao purismo.
pantheon
Imitação Releitura Estilização Composição
Clássíco Neoclássico Renascimento Moderno
Barrocô
Valorização de um estílo antigo
Neoclássico
Purista, que segue tratados.
Liberto, que busca demonstrar poder divino.
Outro contexto para a obra, mas com os mesmos fundamentos.
Busca retomar a monumentalidade classica Romana e Grega.
Descoberta de Pompeia e Herculano fazem essa retomada do clássico dando origem ao Neoclássico
Arquitetura do Rei (Estátal)
Poder no Secúlo XIX
Capitólio de Washington
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Mapa conceitual aula 03/09
Arquitetura Nazista
Afastar o povo do poder/ Submissão do estado
Buscava causar admiração
Grande escala urbana
- Pós 1º Guerra - Fissiopsicológico - Renovação espiritual - Inspirações neoclássicas
wecthauplatatt Germanica
- Revitalização urbana - Inspiração Neoclássica - Execução de projetos pós vitoria Alemã - Feitas para transmitir supremacia
Brasilia
Arquitetura Facista
Opressão em Berlim
França com o Barão haussmann
Orgulho Hi rico
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Modernismo Reconstrução mundial
Vernaculo
Arquitetura monumental da 3º geração
Standartização da fabricação pelas novas industrias em grande escala Produção em Massa.
2º geração
Sabedoria fora de seu tempo
- Experimentação - Parametrização sem software - Simetrico
Arquitetura de baixa qualidade?
1º geração
-Escculturas em concreto - Ludíco Visual - Simbologia da obra
- Trexturas - Formas Orgânicas - Elevadas
Manter as tradições modernas mas se apropriar dos conhecimentos do passado, RENOVAÇÃO da arquitetura
1º geração - Le Courbusier, Gropios. 2º geração - Oscar Niemeyer, Lucio Costa. 3º geração - Still, busca por quebra de paradgmas
Mapa conceitual aula 10/09
3º geração
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Oque é o Ecletismo?
Arts and Crafts
Revivalismo
Composição estetica seguindo os tratados antigos
Neoclássico NeoGotíco NeoBarrocô Ecletico
Movimento Históricista
Mapa conceitual aula 17/09
- Casamento entre industria e Artesanato - Temas naturalistas - Curvas, arabescos, volutas.
Consumido pelos “novos Ricos” Burguesia.
Quanto mais, melhor! Abuso em ornamentos
É o uso livre do passado, sem preocupação com tratados antigos.
Releitura dos movimentos.
- Trabalho Artesanal - Composição Artistica - Individualismo
Forma segue função
Museu Paulista
Art Nouveou
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Mapa conceitual aula 24/09
Materialista Obras com uso de materiais locais Hegemonia da forma de construir se dá pela disponibilidade de matéria prima local.
Revolução industrial
- Inovação - Modernidade - Standartzação
Subsequencia materialista
Grecia antiga usava pedra/mármore
Clássico
Grande valor de expressão
- Utilitarista -Ôrganica - Simbólica
Roma se apropria da forma grega de construir
Natureza determina o arquiteto
Adaptação com local e materiais existentes
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Mapa conceitual aula 01/10
Arquitetos do século XX, buscavam a conservação do passado. Cidades monumentais modernas Projetos menos obvios sobre sua função. Conceituação da forma. Luz e Sombra/ Cheios e Vazios.
Simplicidade na estrutura, abobodas de berço. Obras racionais.
Fachadas sobrias. Identidade no interior. Relação espacial.
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Mapa conceitual aula 08/10
Movimento urbano do lugar Critica as praticas urbanas do seculo XIX e XX. Busaca por soluções
-Uso de atividades mistas -Alta densidade -Áreas verdes -Vida nas ruas
Falta de investimento do poder publico
Cidade Real x Cidade Ideal
Jane acobs discursa isso e morte e vidas das grandes idades.
Visão do prefeito Visão do Arquiteto Visão do morador
Comercial Idealizadora Acolhedora
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Mapa conceitual aula 22/10
Regionalismo Critico Para uma cultura regional se manifestar, foram necessarias outras culturas antes dela.
Relação da cultura com as pessoas Elementos que promovem identidade local
Moderno não se preocupa com a cultura local.
Imposição sem o regionalismo
Ligar a arquitetrua com o espaço, fazendo a mesma ser sentida e se localizar.
Modelo falho de centro dominante.
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Mapa conceitual aula 29/10
Discução sobre a nova arquitetura e seu ganho de poder.
Perca de poder da arquitetura moderna com a morte dos mestres e apice em 1968.
Metabolistas no Japão
-Reconstrução Paupavel -Perspectivas organicas -Pré-fabricados como base.
Novos movimentos contra o modernismo
Avanços tecnologicos e novos pensamentos
Archigran na Europa
-Arquitetura Utopica/Futurista -Repensar a relação entre tecnologia, sociedade e projeto.
Conhecer o meio de projetar e sempre se questionar sobre a forma e função
Propcity nos EUA
-Deslocamento Hippe -Novos valores -Ciritca a classe media -Construção reciclavel
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Mapa conceitual aula 05/11
Regionalismo
Semiterio San Cataldo - Função simbolica
Crise do movimento moderno ( anos 60).
Arquitetos pós modernos italianos
- Valoração Historica -Morte dos Mestres Modernos - Arquitetura é um processo entre teoria e realidae. - Nova geração de arquitetos
Aldo Rossi
- Primeira fase arq Italianos - Ganho pritzker - Valoração da ruina - Arquitetrua da cidade ( Visão pelo tempo, monumentos urbanos, e critica ao modernismo padronizado no estilo internacional)
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Mapa conceitual aula 20/11
Arquitetura do conceito e forma
Tradicional
- Vernacular - Historico - Clássico - Moderno
Funcional
Crise dos EUA nos anos 70.
- Five architects -Reinterpretação da arq. moderna - Construtivismo e sua busca por novas formas. - Fuga do padrão de se construir tanto moderno quanto tradicional.
Desconstrutivismo
Sua função não determina sua forma. Não ser funcional por funcional.
Simbólico
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Mapa conceitual aula 03/12
O japão
- Se distancia do contexto asiativo - Mais moderno - Até o modernismo era tradicional a arq. - Pós Guerra rompe o ecletismo dualista, proveniente do moderno.
Shigueru Ban - 1957 - Madeira, bambu e papel - Materiais locais (vernaculo) - Papel como estrutura - Pensamento de cunho social - Evolução da forma de projetar japonesa - Inovação
Tadão Ando - 1941 - Sem ensino acadêmico - Constroi seu proprio paradgma - Descontroi a arq. tradicional Japonesa - Arquitetura não é escultura.
Japão está em constante evolução não só na tecnologia como também na arquitetura.
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Apresentação Zevi
Proporção Forma Equilibrio
Bruno Zevi Capitulo 5
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Unidade
JÁ PENSOU DE ONDE VEM SUA NOÇÃO DE FORMA?
FORMALISMO Desenho Contraste
Simetria Acentuação
Ênfase
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Classificação de Lucio Costa Primeiros contatos com desenho desenvolve noções de observação, análise, precisão, proporção, que serão de estrema importância para sua compreensão da forma. Esses contatos são classificados por Lucio Costa em series: 1° serie:
Desenho técnico – desenhos esquemáticos – desenhe sua sala. Desenho de observação – desenhos de bichos de barro pintado, vasos, moringas, cuias, esteiras, tecidos de algodão, bonecas, redes, modelos. Desenho de criação – estimulo a criatividade - confronto entre as possibilidades limitadas da fotografia e as possibilidades ilimitadas do desenho.
4° serie:
Seria o caminho em que se seguiria entre todos os tipos de desenhos dito, sendo possível a mescla de mais de um.
2° serie:
Desenho técnico – usos de instrumentos de desenho. Desenho de observação – formas mais naturais – formas do corpo. Desenho de criação – uso de pontos, linhas e manchas que constituem o desenho, cria relações plásticas entre as partes desenhadas e as partes deixadas vazias.
3° serie:
Desenho técnico – conceber e situar os corpos e os planos no espaço – claro e escuro – uso de perspectiva e vistas.
Desenho de observação – desenho de vegetação e aplicação de texturas – estudo do traço.
Desenho de criação – composição plástica.
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Conceitos
Unidade: É o objetivo do artista de propagar uma ligação entre componentes, e dessa forma visualizar não partes mas um todo. Nada pode ser adicionado ou excluido.
Tempietto de Bramante
Contraste e Proporção: se dá pela separação entre ritmos, sejam eles verticais ou horizontais, cheios e vazios, volumes e afins. Cabe ao volume dar vida ao objeto. Esse ritmo dita a sua divisão que gera uma proporção entre o todo.
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Palazzo Farnese
Simetria: É o espelhamento dos eixos em relação a centro da peça para compor o todo. Segundo Vitrúvio, a simetria consiste na união e conformidade das partes, em relação à sua totalidade, e na beleza de cada uma das partes que compõem o trabalho.
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Pavilhão de Barcelona
Equilibrio: É o peso visual compondo o todo, sendo ele simétrico ou assimétrico. De forma que o eixo central se torne estável.
Palazzo Farnese
Ênfase ou Acentuação:
É a necessidade de demarcar um ponto focal na obra, seja ela um centro vertical ou horizontal.
Pirâmide de Caio Cestio - Roma
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Conceitos
Escala: Consiste na relação dimensional ou comparação de tamanho entre um elemento e um padrão. Onde se tem escala humana, ou funcional, escala plástica, ou ideal, e escala teórica, ou abstrata.
Interior da Basilica de são Pedro – escala dimensional
San Carlo alle Quattro Fontane - escala
Expressão do caráter: Consiste na forma como pode ou não imprimir nobreza, requinte, civismo, vulgaridade, dignidade, sobriedade, ostentação, força, opressão, etc.
Igreja della Salute, Veneza
Propriedade: A verdadeira técnica, elementos indispensáveis para que haja o edifício
Protótipo da Maison Dom-ino, Le Corbusier
Masp - SP
Estilo:
É a lingua ou linguística do desenho, onde todo artista utiliza a língua para expressões e significados individuais, ou seja, criam sua linguagem.
Verdade: Trata-se de quando o edifício expressa o que realmente é, a sinceridade arquitetônica. “Cuidado: nesse terreno de verdades expressivas é muito fácil cair em equívocos associativos e simbólicos.” Zevi, Bruno
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Linha do Tempo
Templo de Hathor Construído em torno de 2250 a.C
Catedral de Köln Construído e m 1248-1880 e reformada pós guerra em 1990 Estilo Gótico
Arco de Constantino Construído em torno de em 312 d.C Estilo Clássico
Templo de Paestum Construído em torno de 550 A.C Estilo Clássico
Palácio do Raio Braga Construído em 1754-1755 Estilo Barrôco
Museu Do Amanha Construído em 2015 Estilo Contemporâneo
Villa Savoye Construído em 1928 Estilo Moderno
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Analise s.r. crown hall
Ficha:
Titulo: SR Crown Hall Arquiteto: Ludwig Mies van der Rohe Localização: Chicago, IL, EUA Ano: 1956 Estilo: Moderno
Crown Hall é o prédio feito por Mies Van der Rohe para a escola de arquitetura Instituto de Tecnologia de Illinois em Chicago, Illinois. Construção modernista do século XX, visa o uso dos materiais mais empregados na época, como aço e vidro, no seu formato retangular. O diferencial se dá pelo conceito minimalista do arquiteto na obra, onde a estrutura forma uma moldura para a obra e essa moldura gera em cada transparência uma cena única.
Analise s.r. crown hall
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Estilo Moderno
Analise s.r. crown hall
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Analise Centro Georges Pompidou
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Ficha: Titulo: Centro Georges Pompidou Arquiteto: Renzo Piano + Richard Rogers Localização: Beaubourg, Paris, França Ano: 1977 Estilo: Expressionismo estrutural
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O projeto foi escolhido em um concurso criado por Georges Pompidou, presidente da França na época. O impacto sobre a população foi tremendo, tanto pelo desenho e decisões projetuais quanto pelos próprios arquitetos. Era um modelo baseado nas possibilidades da alta tecnologia, estruturado com um sistema de conexões, tubos e cabos de aço. O conceito mais perceptível do projeto era externalizar toda a infraestrutura do edifício, tornando-a um componente do aspecto visual do edifício. A identificação da função dos componentes do edifício se dá através da utilização de cores específicas.
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Analise Portland Building
Ficha: Titulo: Portland Building Arquiteto: Michael Graves Localização: Portland, EUA Ano: 1982 Estilo: Pós-moderno
Considerado como a primeira grande construção do período pós-moderno, projetado pelo arquiteto Michael Graves. Exibe numerosos elementos simbólicos em suas monumentais fachadas, contrasta intencionalmente com a arquitetura modernista funcional que era dominante na época. O edifício tenta criar uma continuidade entre o passado e o presente: é um bloco simétrico com quatro fachadas retangulares esbranquiçadas, em estuque, com elementos clássicos reinterpretados, como pilares, pilastras e mirantes em escala excessiva. O edifício está situado em uma base de dois andares, reminiscente de um pedestal grego, que o divide em uma partição de três partes clássica de corpo-base-topo. Esteticamente, os elementos altamente estilizados, como as fitas e medalhões, foram criticados por carecerem da dignidade de um edifício oficial do governo. Outros afirmaram que o design estava sobrecarregado de simbolismo e muito preocupado com referências ao passado.
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Analise Museu do Amanhã
Ficha:
Titulo: Museu do Amanhã Arquiteto: Santiago Calatrava Localização: Rio de Janeiro, Brasil Ano: 2015 Estilo: Contemporâneo
O museu é um projeto do espanhol Santiago Calatrava e se situa na zona portuária da cidade do Rio de Janeiro. O museu completa o complexo nomeado de porto maravilha da cidade. A arquitetura de Calatrava vem como forma de difundir a 3º geração de museus no mundo, a geração que pensa no futuro e nas suas novas possibilidades. Seu projeto foi inspirado totalmente na zona portuária e conta com o ideal de uma arquitetura biomimetica que é uma arquitetura pensada como a natureza e se adapta a determinadas variantes. Neste caso em especifico a cobertura funciona como asas que se movem para promover a captação de energia solar durante todo o dia por meio dos painéis. O mesmo ganhou recentemente o premio mais importante para os museus o premio “Cerimonia”.
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Bibliografia
COSTA, Lucio. Ensino do desenho: Programa para a reformulação do ensino de desenho no curso secundário, por solicitação do ministro Capanema.. Iphan. 1940.
Um pouco sobre a estrutura do Crown Hall. Disponível em:< http://crown-hall.blogspot.com/2009/05/crown-hall-projetado-pelo-arquiteto.html/>. Acesso em: 29 de set. 2018.
Um pouco sobre a estrutura do Crown Hall. Disponível em:< http://crown-hall.blogspot.com/2009/05/crown-hall-projetado-pelo-arquiteto.html/>. Acesso em: 29 de set. 2018.
AD Classics: AD Classics: IIT Master Plan and Buildings / Mies van der Rohe. Disponível em:< https://www.archdaily.com/59816/ad-classics-iit-master-plan-and-buildings-mies-van-der-rohe/>. Acesso em: 29 de set. 2018.
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Seminรกrio - Montaner
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Josep Maria Montaner
Josep Maria Montaner Martorell, nasceu em 1954 na Espanha. É doutor em arquitetura, professor da Escola Superior Técnica de Arquitetura de Barcelona, onde tem codirigido o programa de mestrado Laboratório da Moradia do Século XXI, e autor de cerca de 35 livros sobre arquitetura. Montaner já foi professor convidado em diversas universidades da Europa, América e Ásia e é autor de inúmeros artigos e publicações. Colaborador habitual de revistas de arquitetura e dos jornais espanhóis El País e La Vanguardia, em junho de 2015 foi nomeado conselheiro de habitação e do distrito de Sant Martí na Prefeitura de Barcelona. Ele g anhou o P rêmio Nacional d e Planejamento Urbano n a Espanha d o Ministério da Habitação. Ele também é membro do Comitê de Referência do caderno de arquitetura latino-americano de 30 a 60 anos.
“O movimento moderno segue presente como repensamento total que foi da arquitetura e o urbanismo a partir da modernidade, com as vanguardas nas artes, o novo protagonismo das metrópoles, e a disponibilidade das novas tecnologias da trializada a partir do início do século XX. Grande parte das propostas das vanguardas seguem vigentes. Isso é explicado no primeiro capítulo do novo livro.”Josep Maria Montaner
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Contextualização - Modernismo se perpendicula pelos anos 50, mas entra em decadência em meados dos anos 60. - Mudanças radicais nos padrões de arquitetura. - Falecimento de grandes nomes da arquitetura moderna - Arquitetos com visões inovadoras, com novas formas e elementos historicistas no início dos anos sessenta. - Campo industrial em prol da arquitetura, possibilitando novas tecnicas e experimentos ( testar resistências com tuneis de vento, calibradores, modelos aero elásticos que possibilitam experimentos para arranha-céus).
Ettore Sottsass
Aldo Rossi
- O surgimento de novos materiais derivados do metal e do plástico, e a pré-fabricação de peças para produção em massa de peças de encaixe totalmente industriais. ser a temporal.
Homem na Lua - Apolo 11
forma da arquitetura, em particular.” Pag. 112.
Le Corbusier
Casa Maui -Ettore Sottsass
Mies Van der Rohe
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Archigram Grã-Bretanha - 1960 - Revista archigram (1961 - 1970) - divulgava imagens tecnológicas de sseus projetos radicais e, em muitos casos, irrealizáveis.
Composições metafóricas - maioritariamente ilusório
Composto por dois escritórios d e arquitetura: de um l ado, Peter Cook, D ennis Crompton e Warren Chalk. Por outro, David Greene, Ron Herron e Michael Webb.
Principios: _ Ideia de progresso ilimitado _modelo baseado exclusivamente no crescimento industrial e a própria ideia de progresso ilimitado. condicionantes da arquitetura tradicional. _liberdade de escolha _Arquitetura em KIT - peças substituiveis e transportáveis Peter Cook - n ecessidade de recuperar o espírito dos mestres, especialmente os futuristas italianos. Warren Chalk - necessidade de uma arquitetura descartável e produtível - estética de desperdícios. “Buscamos uma idéia, um novo idioma vernáculo, algo que nos aproxime às capsulas espaciais, aos computadores e às embalagens descartáveis desta era atômica e eletrônica”. pág 113 Walking cities - cidades que poderiam se mover “Os desenhos destas m oving cities a proximando-se à baia de M anhattan, c om os a rranha-céus ao fundo e com a pretensão de propor uma modernidade alternativa para a já consagrada cidade de Nova Iorque seria a imagem mais contundente destas ambiciosas e otimistas propostas.” pág 114
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unzo Sakakura
Os metabolistas japoneses
Museu de arte moderna em Tóquio Le Corbusier - 1959
Kunio MaekawaJ
O Convento de La Tourette - 1960
- A deptos ao e stilo I nternacional: Norte americanos, L atinos e d e coração aberto os Japoneses.
- União entre pilotis e panos d e vidro com a tradição l ocal, trazendo u ma nova forma de se ver o estilo internacional na Asia. uma “nova escola” no Japão.
- Marco com a construção do museu de arte moderna em Tóquio.
- Criticas a o funcionalismo c omo exaltação d a estrutura, e uma forma de recuperar o naturalismo da forma.
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Plano da Baía de Tóquio - 1960
Kenzo Tange - Arquiteto e Urbanista Japones. - Nasceu em 4 de Setembro de 1913. - Morte 22 de Março de 2005. - Formado na universidade de Tóquio.
- Grupo de arquitetos criados em 1960, com o foco em um desenvolvimento e a mutação de um processo vital e tecnológico, relacionado a arquitetura.
- Propostas utópicas urbanas, devido o planejamento inexistente japones.
Shigeru Ban's Aspen Art Museum - 2014
Obras culminantes do fenômeno metabolista foram utopias urbanas de Kenzo Tange: - Plano do MIT em Boston. - Plano da Baía de Tóquio.
Biblioteca para Crianças no parque da paz – Hiroshima - 1955
A arquitetura de Kenzo Tange e dos metabolistas foi o mais importante impulsionador da arquitetura japonesa para o mundo, tanto que um dos principais arquitetos atuais c om t rabalho em t ecnologia” papel” é o S higeru Ban, que pela busca ao novo.
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A arquitetura neoprodutivista tecnologia Dois contextos - Grã-Bretanha e Estado Unidos _ arquitetura high-tech _ grande rigor e pragmatismo Equipe Norman Foster - “ ... a mais emblemática desta arquitetura que, sem renunciar aos aspectos lúdicos e imaginativos propostos pela archigram, buscaram o rigor das realizações práticas, a versatilidade das diversas especializações técnicas e a elegância do desenho industrializado.” Pág 118
“...arquitetura t ecnológica extremamente impositiva e i ntolerante c om r elação a o meio, continuando a prepotência da arquitetura moderna.” pág 118 “ É preferível mudar o ambiente existente que interpretá - lo e valorizá-lo.”
riais da tecnologia
Arquitetura produtiva - Que aproveita ao máximo as possibilidades plásticas e mate-
Arquitetura mais t ransparente, hermética, climatizada, interativa, resistente, leve, ágil, versátil e tecnologicamente atraente
Ford foundation em Nova Iorque de Roche e Dinkeloo (1963 - 1968) Kevin Roche e John Dinkeloo
- controle visual e ambiental - conceito de comunidade trabalhadora - tipologias em L - Patio com altura elevada - praça coberta ou estufa que serve de transição entre a rua e os escritórios. - espaço com clima constante e moderado - alarde tecnólogico e formas volumétricas puras - prismas puros de vidro
“Este edifício, junto às maquetes de grande escala que utiliza Roche, mostram uma singular capacidade para explorar a idéia de espaço interior climatizado.” pág 119
Alemanha - Frei Otto - otimismo tecnológico Espanha - Enric Tous e Josep Maria Fargas tecnologias artesanais Madrid - arquitetura simples, com gestos tecnologicos, a reinterpretação de espaços e elementos da arquitetura popular, anônima e industrial. America Latina - arquitetura do “desenvolvimento”
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O legado tecnólogico dos anos setenta - Ideias futuristas dos anos 70, que é resultado das novas técnologias.
A torre-capsula Nagakin - Cidades espaciais pré-Fabricadas, que aparentam ser naves que acoplam em suas estações espaciais. - Base em uma serei de recursos para obter a simplicidade e o mínimo de repertorio formal possível em sua obra, mas buscando o máximo da expressão de avanços tecnológicos da época, trazendo assim uma cidade conectada e intercambiável.
Centro Georges Pompidou
- O espaço é uma inovação para a cidade, que demonstra realmente a sua essência como destaque de forma a se ter as tubulações externas todas aparentes.
- O projeto se resume em duas frentes, sendo a primeira a planta livre e a segunda colocar para fora todos elementos técnicos que sempre inibem a liberdade de planta, onde se tornam forma de expressão para o edifício.
- Marco da Paris contemporânea do século XIX, e da capital burguesa do século XX.
- Contradição ao belo visto anteriormente pela cidade, onde sua excência é totalemnte clássica. - Planta Livre, a partir da liberdade estrutural.
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Plano Obus para Argel (1929-1932)
As megaestruturas e as crises do otimismo tecnológico Estas obras de 60 que buscavam novas formas arquitetônicas a partir das novas possibilidades tecnologicas e que em 70 se maniestarm atraves dos metabolistas eram chamadas de as megaestruturas. que se encaixe nesta escala gigante.
“As novas estruturas de concreto armado e de aço possibilitam a construção de grandes complexos compactos que: alojam um número de funções diversas, a presentam possibilidades de ampliação e podem ser empregados em uma escala muito maior que a do edifício convencional.” pag. 124 Caracteristicas: _ Tamanho Colossal _ Possibilidade de crescimento _ Substituição e multiplicidade de funções _ Unidade - lúdico e futurista
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A decadência dessas estruturas foi outro sintoma da crise f ormal da arquitetura moderna. tinuidade devido ao alto custo
“E assim o edifício d e grande altura, o arranha-céus, o simbolo mais espetacular da arquitetura do movimento moderno começa a ser muito criticado devido a distorções que ele introduz no entorno históHilberseimer - Cidade vertical
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Bibliografia: Valencia, Nicolás. "Josep Maria Montaner: 'Hoje vivemos uma total dualidade da arquitetura'" [Josep Maria Montaner: 'Hoy vivimos una total dualización de la arquitectura'] 10 Mar 2016. A rchDaily B rasil. ( Trad. Santiago Pedrotti, Gabriel) Acessado 19 Out 2018. <https://www.archdaily .com.br/br/783202/jose p- maria-montaner -hoje-vivemos-uma-total-dualizacao-da-arquitetura> ISSN 0719-8906 MONTANER, Josep Maria. Depois do movimento moderno: Arquitetura da segunda metade do século XX. Editora Gustavo Gill, 2001. 270 p. "Museu de Arte de Aspen / Shigeru Ban Architects" [Aspen Art Museum / Shigeru Ban Architects] 15 Set 2014. ArchDaily Brasil. (Trad. Márquez, Leonardo) A cessado 2 0 Out 2018. < https://www.archdaily.com.br/br/627250/museu -de-arte-de-aspen-shigeru-ban-architec ts> ISSN 0719-8906
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Atividade extra
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Atividade Extra - Interpretações
Já a arquitetura feita por Mies Van der Rohe é uma arquitetura que visa mostrar o poder simbólico da expressão de evolução que se passavam, com novos materiais, novas técnicas e novas formas de entender espaço.
A interpretação politica pelo poder da arquitetura se dá ao seu simbolismo e sua forma de refletir a realidade de inserção. Brasília por exemplo foi uma capital construída nos viés modernos em sua magnitude, e com isso demonstra seu poder em relação a um país para todo o mundo de forma direta e simbólica.
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Atividade Extra - Interpretações
A visão da arquitetura como interpretação filosófica- religiosa emprega um valor que vai além da sua percepção morfológica, mas também sentimental. A igreja de Tadao Ando faz com que essa percepção seja vista e sentida, buscando se adequar ao seu tempo ele ainda traz conceitos do passado como os do gótico para demonstrar a grandiosidade divina, mas com os cunhos modernistas de formas minimalistas mais precisamente do brutalismo.
Já a catedral traz os mesmos princípios porem de uma forma mais descontruída em relação ao lado religioso, de forma a não deixar claro sua real função para como edificação, mas sim uma sensibilidade de compreensão da mesma para quem dela ira utilizar.
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Atividade Extra - Interpretações
O método cientifico de ver arquitetura se expande mais voltado para os cânones racionais e padronizados de formas mais simples. Isso não vem a se restringir apenas a forma mais aos seus estudos tanto que ouve o surgimento da perspectiva de forma cientifica no renascimento que utilizamos até hoje.
A interpretação econômica-social é atemporal, e pode ser vista se perpendicular sempre com ligação a uma classe social. A imagem 1 mostra uma foto de curtiços europeus pós revolução industrial e a 2 vem com uma imagem atual das favelas. Daí temos a visão se passando pelo passar dos tempos devido a uma “padronização” na forma de ver arquitetura por classes.
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Atividade Extra - Interpretações
A inserção dos projetos implica totalmente nas técnicas construtivas e nos seus revestimentos. Isso é o principio Materialista, que visa a adequação de cada projeto para a sua realidade, como poder ser visto abaixo que ambas são 3 casas modernistas. Sendo a 1º de Le Courbusier na França, a segunda a 2º a Casa da rua santa Cruz de Gregori Warchavichic no Brasil e a 3º de Frank Lloyd Wright PopeLeighey House nos EUA. Cada uma foi pensada com as peculiaridades dos seus locais de inserção e divergências climáticas e geológicas.
A interpretação pela técnica se baseia no fato da mesma ir se adequando ao seu tempo, como os templos gregos em pedra se moldaram pelo passar do tempo até se tornar cantaria para elevações e fundações, assim como o refinamento dos pilares como na igreja barroca. Mas não se resume a isso, mas também na transformação de princípios para adequar os mesmos aos novos materiais existentes no presente, como a solução em concreto armado que tem como objetivo o mesmo viés mas com matéria prima atual como pode ser visto no Masp.
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Atividade Extra - Interpretações
Novamente utilizo Tadao Ando para falar mas agora em relação a interpretação psicológicas, afinal o fato de ser uma igreja já te remete a um local calmo para culto a Deus, mas a arquitetura é usada nesse caso para exaltar a magnetude da divindade, na parte posterior do altar há um rasgo em formato de cruz que insinua a entrada de Deus como luz no espaço, as naves divididas formam um caminho central que só enfatiza a procissão ao altar e cada símbolo tem um significado a religião.
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Obra de arte conceitual Oque é
SAGRADO X PROFANO CERTO X ERRADO ACEITAVEL X INACEITAVEL
Universidade Católica de Brasília - UCB Orientadora - Aline ZIm Tiago da Silva Alves - UC15102792
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Titulo da obra: Os amantes Pintor: René Magritte Ano: 1928 Tamanho: 54.2 cm x 73 cm Técnica: Óleo sobre tela Localização: Galeria Nacional da Austrália Movimento artístico: Surrealismo
A obra Magritte busca retratar em sua obra uma relação intima sendo barrada por um tecido, onde busca esconder o rosto um do outro, ambos da sociedade ou seria uma forma da sociedade de barrar a liberdade que ambos teriam para demonstrar seu afeto um pelo outro em publico? Essa é uma desconstrução realizada pelo pintor, sobre dogmas existentes em sua época e que se apropria da arte para realizar um discurso e uma desconstrução dessas ideologias.
A tensão A obra tem um debate latente e exposto em relação ao beijo de um casal que acaba sendo barrado por sacos de pano em suas cabeças. Isso é uma real expressão em relação a paradigmas e dogmas que somos expostos diariamente, porem na época da sua pintura o mesmo era em relação a um casal heterossexual e sua demonstração de afeto em publico como algo profano, um pecado, ou algo que não devesse ocorrer. Uma obra com impacto semelhante foi retratada em abril de 2015 com um grafite realizado pelo espanhol Antonio de Felipe, onde a obra ganha o titulo de “O Beijo” que retrata um beijo homoafetivo entre jogadores de futebol de dois times famosos, trazendo mesmo após anos a mesma tensão de algo sagrado X profano, mas agora visando paradigmas da atualidade. Onde ambos os pintores, tanto René Magritte, quando o Espanhol Antonio de Felipe, buscam descontruir essa mentalidade fechada e restrita em relação as formas de afeto, do que é certo ou errado, do que é verdade ou não, ou até mesmo sendo extremista em relação a religiosidade majoritária oque é pecado e oque não é. Essas formas de demonstrar afeto, que são massacradas diariamente por extremistas e defensores de um “padrão” que já deixou de ser o “correto” a muito tempo.
O beijo, Antonio de Felipe. 2015
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obra de arquitetura contemporânea Quem merece o
CARO X BARATO ERUDITO X POPULAR ELITE X POVÃO CENTRO X PERIFERIA
Universidade Católica de Brasília - UCB Orientadora - Aline ZIm Tiago da Silva Alves - UC15102792
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Titulo do projeto: Centro Heydar Aliyev Arquitetos: Zaha Hadid Architects Localização: Baku, Azerbaijão Projeto: Zaha Hadid, Patrik Schumacher Arquiteto Encarregado Saffet Bekiroglu Cliente: Azerbaijão Área: 101801.0 m2 Ano do projeto: 2013
O projeto Em um concurso no ano de 2007 o vencedor foi o escritório Zaha Hadid Architects, com o objetivo de se tornar uma arquitetura simbólica cultural para a nação o Centro Heydar Aliyev vem quebrando paradigmas de forma de construir local. Seria o otimismo e a sensibilidade do Azerbaijão casado com o concreto armado e as curvas da arquiteta Zaha Hadid em conjunto para sua concepção. O projeto não se restringe a arquitetura, mas abraça o meio urbano, com uma praça que se adequa ao tecido urbano de Baku. O edifício nada mais é que uma continuação da praça, trazendo consigo uma paisagem arquitetônica infinita que se eleva em alguns pontos e se torna uma edificação contemporânea.
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A tensão A obra da Zaha conta com uma tensão entre valor empregado e quem vai usufruir daquele projeto, Elite x Popular, que não é única e restrita desse projeto, mas uma característica que a própria arquiteta carrega consigo com valores exorbitantes para construção de seus trabalhos. O projeto conta com uma complexidade na forma, com curvas paramétricas e dificilmente concebíveis fora do seu tempo (atualmente), que devido ao avanço do material e das possibilidades se tornam possíveis. Essa forma única de projetar, faz com que os seus projetos sejam mais caros e o Centro Heydar Aliyev não foge desse quesito, com suas curvas bem delimitadas criando verdadeiras couraças em concreto, que se elevam da praça, a precisão na sua construção foram necessárias. Quando se olha um projeto como esse se tem latente de forma clara que seu valor não foi baixo e que nem todos tem acesso a uma arquitetura desse calibre devido isso, ou seja, é uma arquitetura estatal e elitista. Por mais que seja um edifício cultural, seu local de inserção foi friamente pensado para não se ter um choque de identidade, se mantendo no centro da cidade. A sua implantação acaba ampliando sua distinção entre a Elite x povão que está diretamente ligada ao Centro x Periferia e acaba se direcionando a discussão entre o caro x barato. Onde arquiteturas com tamanha complexibilidade que mesmo tendo discurso publico para todas as classes acaba se isolando devido ao conhecimento erudito que se tem disseminado em meio a uma população, onde o menos favorecido não se vê no direito ou convidado/proprietário daquela instalação/arquitetura.
71/71 O projeto da Zaha Hadid tem forte valor cultural para Baku, sendo seu centro cultural. Em relação ao contexto arquitetônico da cidade, o Centro Heydar não vem a ser algo exorbitante em diferenciação de “padrões” arquitetônicos, já que a obra é um projeto erudito e caro, assim como vastos projetos locais. O fato é que esse tipo de arquitetura se torna segregador e estatal de forma a se ter grupos específicos de integração em sua maioria com maior poder econômico, e proporcionando desconforto a quem não faz parte desse meio determinante quando frequentando. A tenção abordada na colagem é a visualização entre o choque cultural que o projeto pode ter entre rico e pobre, entre favela e centro urbano rico, entre materiais nobres e de baixo custo. Já que a Zaha é inovadora em questão de formas e com isso seus valores de projeto vem a se alavancar Na imagem 1 temos o centro heydar em sua localidade, que dialoga com o espaço ao seu redor e tem uma visual e discurso único e harmônico. Já na colagem 1 é demonstrado a diferenciação que uma arquitetura monumental e de forma complexa tem em relação a construções e sociedades menos favorecidas como em uma favela. O discurso não se encaixa, e a obra se torna um grande elefante branco em meio ao seu entorno. Indo um pouco mais a fundo e tentando dar uma nova identidade ao centro Heydar, podemos mudar o seu material de construção, sair do concreto modelado curvo para o regional da favela, que seria o tapume ou madeirite em muitas vezes na cor rosa, que pode ser visto na Colagem 2. . A partir dessa transformação a forma começa a ser menos valorizada e a ganhar um ar mais popular, claro que as suas formas curvas ainda se sobressaem, mas já se tornam mais aceitáveis quando comparadas ao entorno. E isso se torna ainda mais plausível dependendo do uso que essa forma vai ganhar, não tendo em sua essência o seu uso explícito. Podendo ser desde um centro poliesportivo a um grande supermercado como pode ser visto na colagem 3. E na colagem 4 temos o ápice, onde o centro perde sua característica e forma e ganha totalmente a identidade da favela, com linhas mais simples e construção mais pacata. O fato é que ainda se tem uma restrição muito forte em que tipo de construção é dedicada a cada tipo de classe social.
Colagem 2 - Centro Heydar favela - fase 2
Imagem 1 - Centro Heydar Oficial
Colagem 3 - Centro Heydar favela - fase 3
Colagem 1 - Centro Heydar favela - fase 1
Colagem 4 - Centro Heydar favela - fase 4