I gr ej a da Nos s aS enhor a da As s unção de Pedr ogão Gr ande: s i mpl i ci dadecons t r ut i vaem cont ex t our bano
F AUP|Hi s t ór i ada Ar qui t ect ur aPor t ugues a|2014/2015 I nêsCabr i t a|NunoAgui ar|Raf ael Mont ei r o|T i agoL eal |Vanes s a Duar t e
Índice
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Introdução
3
Cronologia
5
Levantamento Processo de Levantamento I Processo de levantamento II Processo de levantamento IIII Processo de Construção dos desenhos
9 27 32 42
Desenhos Arquitetónicos
44
Planta Alçado lateral sul Alçado lateral norte Alçado tardoz Corte longitudinal A Corte longitudinal B Corte transversal A Corte transversal B Corte transversal C Mapa de vãos
46 47 48 49 50 51 52 53 54 55
Inserção Urbana
56
Espaço Público
60
Análise e estudo comparativo
67
Período de Construção Análise da cabeceira Análise do corpo principal Análise das colunas
68 75 84 83
Análise da torre sineira
84
Considerações finais
92
Bibliografia
93
Bibliografia de Imagens
94
Introdução
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Pedrogão Grande é caracterizado por ser um conselho essencialmente agrícola devido à sua localização fértil1. Pátria do clássico português, a vila foi habitada por romanos e fundada por uma família de apelido Petrónia, que aproveitaram a sua eminente localização no cume da serra, ao lado do rio Zêzere e por ter a noroeste e apenas a 45 quilómetros o concelho de Tomar2. Situada na periferia do núcleo primitivo3 da vila, num largo hoje chamado de "Largo da Igreja", ergue-se a vetusta Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção, objeto de estudo deste trabalho. Considerado Monumento Nacional, este templo religioso de primitivo traço românico, sofreu ao longo dos séculos várias transformações, principalmente no séc. XVI4, apresentando-se atualmente como um exemplo de arquitetura na transição entre o manuelino e o renascimento clássico, de estilo “chão”. O levantamento métrico permitiu a elaboração de um registo arquitetónico da Igreja, já que a informação gráfica existente5 possuía uma série de lacunas, nomeadamente no que diz respeito à fixação das várias partes no todo, uma vez que os elementos estruturais da igreja sofreram deformações significativas ao longo do tempo. Uma cuidada análise do espaço permitiu-nos também detetar várias possíveis fases de construção visíveis através de diferenças e semelhanças estilísticas, algo que motivou o procedente levantamento histórico. Este começou por se basear meramente numa procura de informação concreta acerca do próprio objeto de estudo do trabalho. Posteriormente iniciou-se a procura pelo estilo que deveria definir a Igreja na sua essência — estilo ”chão”. Através da análise fotográfica e, nos casos em que conseguimos obter informação, gráfica, de outras obras, não só de estilo “chão” mas também do estilo manuelino, e da sua comparação com a Igreja Matriz de Pedrogão Grande, conseguimos perceber melhor que estilos a caracterizam.
1. 2. 3. 4.
in Pedrogão Grande (Estância de Cura e Turismo) , Lisboa de 1935 n Diccionario, Typographia Editora de Mattos Moreira & Cª, Lisboa, 1875, p.503 in Igreja Matriz de Pedrogão Grande (Inserção no espaço urbano), 2ª Edição, Câmara Municipal de Pedrogão Grande, 2005,p.25 in Pedrogão Grande, subsídios para uma monografia, Capítulo IV, p.47 3
Cronologia Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Levantamento Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Processo de levantamento no terreno I
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
O grupo realizou o levantamento em três idas ao terreno. A primeira ida traduziu-se em dois dias intensivos de levantamento métrico e fotográfico. No primeiro dia começámos com a visita a Pedrogão Grande e com a definição de uma estratégia de execução. Desta forma, chegámos à conclusão que necessitávamos de duas pessoas para as medições com fita métrica, outra para medições de alturas com o laser, uma terceira a apontar as medidas e finalmente outro elemento a executar o levantamento fotográfico. O levantamento revelou a igreja como sendo uma composição de várias partes entendidas como um todo: a torre sineira dividida em 3 corpos correspondentes à galilé, ao corpo do coro e ao corpo das sineiras; (fig.1) a assembleia, dividida em três naves: central, lateral esquerda e lateral direita (fig.2); a cabeceira, composta, atualmente, pela capela-mor e pelas sacristias e uma capela anexa à nave lateral esquerda (epístola) (fig.4). Começamos pelo levantamento da parte inferior da torre sineira, a galilé, retirando as medidas parciais e totais dos vãos. (fig. 3, 5, 6, 7 e 8) De seguida, devido à falta de aberturas que contribuem para o carácter sombrio da igreja, achámos importante aproveitar as horas de sol para medir o interior. De forma a construir o traçado métrico interior da igreja iniciamos o levantamento de modo sequencial pela ala direita avançando de seguida para a ala esquerda, criando relações entre colunas e paredes laterais e entre as próprias colunas, sempre com auxílio das medições necessárias (larguras, comprimentos e alturas) (fig. 8, 9, 10, 11, 12 e 13). À medida que as horas de maior exposição solar passavam, dividimos o grupo para que pudéssemos continuar a medir o interior ao mesmo tempo que se media o
exterior (fig. 14. Assim, conseguimos obter as medidas gerais de toda a igreja, restando apenas algumas dúvidas em relação às alturas do exterior, bem como em relação ao tardoz, às sacristias, às capelas e à torre sineira.
9
Processo de levantamento no terreno I
Fig.1—Torre Sineira
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 4— Capela anexa
Fig. 2—Naves 10
Processo de levantamento no terreno I
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 3—Levantamento do nártex
Fig. 5 e 6—Levantamento do nártex 11
Processo de levantamento no terreno I
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 7—Levantamento do nártex e do portal 12
Processo de levantamento no terreno I
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 8—Levantamento do nártex/levantamento do interior 13
Processo de levantamento no terreno I
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 9—Levantamento do nártex e do portal 14
Processo de levantamento no terreno I
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 10—Levantamento do interior 15
Processo de levantamento no terreno I
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 11—Fotografia do interior (nave central)
Fig. 12 e 13—Levantamento do interior 16
Processo de levantamento no terreno I
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 14 e 15—Fotografia do interior (nave central)
Fig. 16—Levantamento do interior 17
Processo de levantamento no terreno I
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 17—Levantamento da fachada lateral norte 18
Processo de levantamento no terreno I
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 18—Levantamento da fachada lateral sul 19
Processo de levantamento no terreno I
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 19—Levantamento da fachada lateral sul e torre sineira 20
20
Processo de levantamento no terreno I
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
No segundo dia, depois do levantamento interior, concluímos o levantamento das restantes partes da torre sineira (fig. 20, 21, 22, 23 e 24) nomeadamente o corpo do coro e o corpo das sineiras, finalizando o trabalho com o levantamento das medidas de todos os alçados exteriores da igreja (fig. 25 e 26), do pelourinho (fig. 27 e 28) e do espaço público, parcialmente (fig. 29, 30, 31 e 32)). Após este primeiro levantamento , iniciamos o lançamento das medidas em desenho rigoroso que levou a uma primeira apresentação e discussão com a professora onde foram expostas as principais falhas, que consistiam na falta do somatório das medidas parciais e na dificuldade em completar o desenho pela falta de medidas das sacristias e de triangulações. A partir desta primeira fase do levantamento percebemos que a maior condicionante ao desenvolvimento do nosso trabalho foi a inexistência de suficientes triangulações na elaboração da planta, que levou a uma imprecisão dos ângulos, justificando uma segunda visita a Pedrogão Grande. Nesta segunda fase aproveitámos o levantamento anterior como base de trabalho, criando uma rede de
traçado que nos possibilitou afirmar a relação angular das medidas , criando assim uma base para sistematização do processo. Elaborando a final representação gráfica e rigorosa em Cad e feitas as respetivas conversões, chegámos à conclusão que o sistema métrico utilizado aquando da realização da obra terá sido o palmo craveiro de 21,56 cm. 21
Processo de levantamento no terreno I
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 20 e 21—Levantamento do corpo do coro e das sineiras 22
Processo de levantamento no terreno I
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 22 e 23—Levantamento do corpo do coro
Fig. 24—Levantamento do corpo sineiro 23
Processo de levantamento no terreno I
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 25 e 26—Levantamento da fachada lateral sul e do tardoz 24
Processo de levantamento no terreno I
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 27, 28 e 29—Levantamento do Pelourinho e do espaço público 25
Processo de levantamento no terreno I
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 30, 31, 32—Levantamento do espaço público 26
Processo de levantamento no terreno II
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
A partir da primeira ida ao terreno, percebemos que a maior condicionante ao desenvolvimento do nosso trabalho foi a inexistência de suficientes triangulações na elaboração da planta, que levou
a uma imprecisão dos ângulos, justificando uma segunda visita a Pedrogão Grande. Nesta segunda ida ao terreno, em apenas um dia, aproveitámos o levantamento anterior como base de trabalho, criando uma rede de traçado que nos possibilitou afirmar a relação angular das medidas, criando assim uma base para sistematização do processo (fig. 33 e 34) . Para além de triangulações (fig. 35) realizámos também o levantamento das sacristias (fig. 36, 37 e 38) , ao mesmo tempo que a capela-mor e a capela anexa(fig. 39 Assim, elaborámos a representação gráfica e rigorosa em Cad e, feitas as respetivas conversões, chegámos à conclusão que o sistema métrico utilizado aquando da realização da obra terá sido o palmo craveiro de 21,56 cm. Percebemos com estas duas idas que, numa próxima fase de levantamento necessitávamos de maior rigor na localização de certos pontos na relação geral compositiva, garantindo a verticalidade através de fios de prumo e elaborando desenhos de detalhe pormenorizado das portas, janelas, retábulos e do púlpito, bem como concluir o estudo das colunas.
27
Processo de levantamento no terreno II
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 33 e 34—Triangulações nas plantas 28
Processo de levantamento no terreno II
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 35—Triangulações no local
Fig. 36, 37 e 38— Levantamento das sacristias 29
Processo de levantamento no terreno II
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 36 e 37— Levantamento das sacristias e da capela anexa à nave lateral 30
Processo de levantamento no terreno II
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 39 e 40—Levantamento da capela-mor e da capela anexa 31
Processo de levantamento no terreno III
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
A necessidade de confirmar algumas medidas de pormenores no interior da igreja como as bases e os capiteis das colunas (fig. 41, 42 e 43), o púlpito (fig. 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50), o arco e as mísulas da capela-mor (fig. 52), bem como realizar o levantamento do edificado envolvente (fig. 53), levou-nos a uma terceira ida a Pedrogão Grande. Permanecemos no terreno durante dois dias em que aproveitamos para voltar ao arquivo de Pedrogão Grande e à Câmara Municipal, onde recolhemos informação em DWG sobre o espaço público atual. Assim, no primeiro dia, para além destas primeiras visitas, iniciámos o levantamento dos pormenores do interior da igreja tais como o púlpito (imagem) e o arco da
capela-mor (imagem) e confirmamos algumas medidas gerais das quais tínhamos dúvidas. No dia seguinte de manhã resolvemos dividir o grupo para que fôssemos mais rápidos, ficando o Rafael e a Inês a levantar as colunas uma a uma no interior da igreja e o Tiago, a Vanessa e o Nuno a fazer o levantamento da envolvente próxima. Na parte da tarde, fomos todos à torre do relógio para podermos lançar fios de prumo desde o topo e percebermos se existia alguma relação de alturas entre esta e a igreja. Após terminarmos esta tarefa, a Vanessa e o Tiago continuaram a fazer o levantamento da envolvente e o cálculo das pendentes das ruas, enquanto que o Rafael, a Inês e o Nuno voltaram para a igreja para medir cuidadosamente todos os arcos do nártex, aproveitando para confirmar medidas de alturas da torre sineira através de fios de prumo. Entretanto escureceu e pudemos apenas vol-
tar a confirmar medidas no interior até regressarmos.
32
Processo de levantamento no terreno III
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 41—Levantamento das colunas da nave lateral sul 33
Processo de levantamento no terreno III
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 42—Levantamento das colunas da nave lateral sul 34
Processo de levantamento no terreno III
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 43— Levantamento das colunas da nave lateral norte 35
Processo de levantamento no terreno III
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 44, 45, 46, 47 e 48—Levantamento do púlpito
36
Processo de levantamento no terreno III
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 49, 50—Levantamento do púlpito 37
Processo de levantamento no terreno III
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 51—Levantamento do arco triunfal e das mísulas 38
Processo de levantamento no terreno III
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 52—Levantamento do edificado envolvente 39
Processo de levantamento no terreno III
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 53 e 54—levantamento da envolvente 40
Processo de levantamento no terreno III
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 55 e 56—Levantamento da torre do relógio e vista desde o topo 41
Processo de construção dos desenhos
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Após esta última ida ao terreno, fomos capazes de aferir proporções e reformular algumas partes dos desenhos em CAD outrora construídos. À medida que íamos acrescentando informação aos desenhos, à escala 1/100, utilizada na primeira entrega, parecia fazer cada vez menos sentido em certas situações em que o pormenor se tornava invisível, facto que nos levou a construir um mapa de vãos e de pormenores de colunas e do púlpito. Detetámos e tentámos corrigir todos os erros que os nossos desenhos possuiam, no entanto, a parte da capela-mor deixou-nos ainda com algumas dúvidas, visto que a presença do retábulo de madeira atual impedia o acesso à parede do fundo da capela, limitando o seu levantamento. Continuámos sem certezas acerca do comprimento total da capela-mor, que supusemos através das medidas do exterior, bem como da abóbada de nervuras, que não conseguimos medir na totalidade.
Em suma, existe obviamente uma margem de erro entre os desenhos e a realidade, que tentámos minimizar através do auxílio da fotografia, representando no desenho a linha verde.
42
Corte Transversal pela Torre Sineira - escala 1:200
1.957
3.503
Corte Transversal pela Igreja com vista ao coro - escala 1:200
GSEducationalVersion
Corte longitudional - escala 1:200
Desenhos arquitetónicos Igreja de Nossa Senhora da Assunção
8 0.97
E
5 3.18 0.8
9 0.67
.22 5 0 0.65
6 0.83
8 1.00
2 0.76
8 0.48
4 1.16
4 1.13
1 3.64 8 0.97
1.3 5
1 0.60 2 4.45
C
1.8 29
5 5.03
.891 9 0 0.27
7 2.69
9 0.26
3 1.30
D 5 2.63
7 1.02
5 0.97
8 0.81 0 1.27 1 0.79
5 0.86
1.4 32
4 39.8
0.79
5 0.86
3 1.34
4 3.84
8 0.97
9 1.02
s almo 52 P 1 1 11.2
0.86
1.28
12 15.3 8 6.84
5 1.42
1 4.43
21.5
9 4.70
1.2
0.8
7 0.58
A´
6 0.34 3.21
3 6.13
0.99
B´
1.00
7 2.68
0.29
4 1.02
2 3.68
6 0.82
6 3.21
7 1.66
4 4.31
1.8 29
1.00
0.6 9 2.00
8 0.40
6 0.80
0.49
0.7 62
4 1.02 6 4.11
1.00
0.84 7 0.76
1.00
1 0.48
5 1.25
0.5
2 1.73
1.43
0.42 8 1.44 2.67
0.6
9 4.49
6 2.92
7 1.47
8 4.11 s almo 20 P
4 0.80
7 1.51
1.3 5
0 6.15
9 2.00 0.98 2.08 0 1.25
5 1.28
2 1.73
6 2.92
57 19.5
9 1.71
7 5.21
2.97
9.39
1.00
1.29 2 1.43
B
0.25
0.35 0.35
4 1.97 8 1.40
9 1.44
A
5 0.79
32 8 0.4 0.22
8 1.13
7 1.73 1.17 0.22
1.3
3.73 6.82
2 4.13
1.43
3.96 3 4.72
2.17 0.87 40.7 74 10.8
E´
6 2.09
4 0.62
9 0.90 9 1.12
0.56
1.00
D´
C´ Planta : Igreja matriz e espaço público envolvente escala 1:100 GSEducationalVersion
0.52
0.628
4.77
0.771
0.661
3.481
3.481 0.2
0.998
3.952
5.669
0.398
2.491
3.127 25.07 114 Palmos Craveiros
GSEducationalVersion
2.746
0.55
4.54
1.387
Alรงado Sul 0.210 Escala 1:100
1.5 8.12
12 Palmos Craveiros
1.199
5.06
0.6
0.9
1.37
0.51
3.11
1.50
3.084
4.41
0.25
0.16 0.828
3.63
2.67
1.34
4.58
1.79
1.501
1.377
17.863
1.353
1.83
2.22
0.52
1.39
0.152
3.163
2.681
3.163
2.49
0.938
0.2
0.998
5.224 25 Palmos Craveiros e 1 Dedo
2.615
2.87 13 Palmos Craveiros e 2 Dedos
2.515
7.169 33 Palmos Craveiros e 1 Dedo
2.98 13 Palmos Craveiros e 4 Dedos
Alรงado Norte Escala 1:100
0.52 0.771 3.481 0.2
1.755
3.163
1.115
0.2 4.37
2.121
0.216
0.25
4.106
1.362
2.273
0.87
7.351
1.362
1.94
1.13
0.593
0.66
2.702
3.127
1.24
0.67
1.00
11.01
0.3
38.561 GSEducationalVersion
0.18
2.42 0.25
0.45
0.33 0.24
3.1
2.723
1.34
0.25
6.247
1.57 0.87
0.25
1.506
1.17
1.832
0.25
1.447
1.419
0.2
14.38
66 Palmos e 3 Dedos
1.24
1.43
0.3
6.987
1.00
0.99
1.13
0.22
1.13
0.22
5.11
1.33
2.06
Alรงado Sul Escala 1:100
GSEducationalVersion
2.148 1.33 0.79 10.394 48 Palmos e 1 Dedo 0.301
0.791
5.8 27 Palmos 2.635 0.330.24
4.8
1.39
3.22
2.33
0.865
5.955
0.23
0.225
2.498
2.19
0.91
0.865
0.24
0.19
0.25
5.337 24 Palmos e 4 Dedos
2.669
4.85
1.868
0.35
0.742
0.743
1.398
0.515
0.52 2.117 5.72
2.5
2.570
2.21
0.2
1.459
2.12
1.242
2.05
0.609
6.931
1.28 6.31
0.962 3.222
6.045
4.37
0.35
1.511
1.115
0.2
1.755
0.2
1.043
0.94
Alรงado Norte Escala 1:100
3.163
2.401
0.2
3.481
0.771
0.52
2.443
5.024 3.36 4.57
6.96
6.93
6.89
7.22
6.832
6.99
7.19
1.996
6.87
7.12
6.85
1.058
1.753
4.87
4.78
4.76
4.83
6.8
7.16
6.96
4.79
1.078
1.33
5.46
0.94
0.35
4.69
0.63
5.34
0.63
4.97 38.561
GSEducationalVersion
0.63
4.85
0.26
0.88
7.58
0.80
3.216
1.09
3.456
Corte AA´ Escala 1:100
2.07
1.086
GSEducationalVersion
3.22 0.822 7.55 0.876 4.85 0.633 4.87
43.65
0.633 5.01 0.633 5.07 0.40 0.944 5.457
4.136
4.327
4.144
3.061
3.05
7.31
2.978
6.97
2.96
2.95
2.822
4.92
4.81
4.87
4.93
4.72
1.078
7.16
2.805
1.753
7.091
6.96
7.95
6.971
7.00
7.27
6.99
6.77
7.093
10
2.561
1.938
1.996
0.60
1.058 1.41
0.914
1.33
Corte BB´ Escala 1:100
19.79
3.267
0.675
1.155
3.682
0.877
0.675
2.86
3.503 0.2
3.614 1.004
0.2
1.106
0.32
1.42
0.2
1.004
0.2
1.25
10.29
0.24
0.828
7.08
2.13
3.01
3.98
4.12
1.43
1.38
1.37
2.29
0.8
4.45
0.63
0.55
5.42 23.471
107 Palmos Craveiros
GSEducationalVersion
0.49
0.63
4.66
0.80
Corte EE' Escala 1:100
1.168
0.39 0.515
2.29
1.89
3.612
6.30
3.20 0.95
1.12
8.73
0.34
1.77
0.38 0.33 1.58
0.23
2.83
0.948
1.18
4.84
25 Palmos Craveiros 5.41
6.58
1.856
1.21
8.73
40 Palmos Craveiros
8.50
0.998 1.18
2.47 0.58
6.85
0.39
0.76
1.597
0.42
12.07 55 Palmos Craveiros
0.868 1.018
1.106
1.377
2.55
1.15
0.26 0.25 0.868 0.15
85 Palmos Craveiros 18.715
1.545
0.58
1.327
5.79
7.36 25.07 114 Palmos Craveiros
1.26
5.12
Corte CC' Escala 1:100
1.6
0.798
4.496
0.633
1.57
0.29
2.56 18.33
0.29
1.87
0.63
4.4
Corte DD' Escala 1:100 1.29
Inserção Urbana Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Inserção urbana
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
A primeira referência escrita de Pedrogão Grande surgiu em 1135, na carta de doação de D. Afonso Henriques feita a Uzbert, sobre a forma de “Petragonum”5. Pedrogão Grande desenvolve-se sobre uma linha de festo limitado a este pelo sopé do rio Zêzere, dificultando as ligações do litoral com o interior e facilitando o controlo da região. Este fator em conjunto com a riqueza do solo terá motivado a ocupação do Monte de Nossa Senhora dos Milagres, em posição de esporão e na proximidade do leito do rio Zêzere. Em torno deste ponto começam a formar-se pequenas agrupamentos civilizacionais, de exemplo “Penedo de Granada” ou “Cabeço da Cotovia”.6 Procurando uma implantação mais favorável, a uma cota mais alta, estas populações migraram para norte, estabelecendo-se no núcleo primitivo da vila. A ligação entre o rio e o núcleo primitivo era feita através de uma rua, que, por ser originalmente mais sensível à topografia, procurava evitar zonas de cota mais elevadas. Atualmente, esse acesso principal é feito através da rua José Jacinto, que culminava na antiga praceta da igreja. (mapa 1) O núcleo primitivo de Pedrogão Grande era de planta aproximadamente triangular (mapa 2) e a sua entrada era feita por poente, marcada, no século XVI, pela presença de uma Ermida de São Pedro. Deste ponto partia a rua Rica, que ladeava o núcleo da vila do lado sul, a rua do Eirado, do lado Noroeste e a rua Velha, que o atravessava aproximadamente ao meio. Logo, as vias de acesso à vila são aproximadamente as mesmas desde esta época. Estes motivos, aliados ao facto de não existirem quaisquer referências nem vestígios de muralhas defensivas, levam-nos a admitir que o fenómeno da reconquista não se terá desenrolado na região de uma forma tão violenta como muitas vezes transparece ou se admite, podendo mesmo terem coexistido pacificamente as populações autóctones e berberes. Este clima poderá ter sido consequência da distância da vila aos centros de decisão e ao mundo exterior, algo que terá proporcionado, no séc. XII a existência de uma comunidade, com recursos materiais e humanos suscetíveis de ter erguido a Igreja de Nossa Senhora da Assunção.7 (mapa 3 e 4)
5. 6. 7.
in Igreja Matriz de Pedrogão Grande (Inserção no espaço urbano), 2ª Edição, Câmara Municipal de Pedrogão Grande, 2005, p.12 in Igreja Matriz de Pedrogão Grande (Inserção no espaço urbano), 2ª Edição, Câmara Municipal de Pedrogão Grande, 2005, p.25 in Igreja Matriz de Pedrogão Grande (Inserção no espaço urbano), 2ª Edição, Câmara Municipal de Pedrogão Grande, 2005, p.31
57
linha de festo
330
320
410 320
310
410 310
300 300
290
290
370
370
380
390
400
370
400
360
360
410
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340
350
330
320
410
350
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410
380
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400
370
300
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330
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340 360
400
320
290 300
350
390
370
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410 320
310
390
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410 330
400
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400
400
390
410 310
350
380 380
390
340
320
360
290
300
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400
290
400
300
390
390
310 320 350
400
330 380
400
370
360
340
400
380
400
370
410
390
390
390
290
390
280
330
400
380
380
360
390
370
310
300
320
370
380
350
340
390
370
Pedrogão Grande
380
390
360
380
370
380
370
350
390 400
320
340
310
330
380
380
380
390
390
350
340
390
330
380
360 370
370
390
380
370 367.5
367.5
370 365
Monte da Cotovia
Monte de N. Sr. dos Milagres
Penedo do Granada mapa 1 Estudo topográfico de Pedrógão Grande escala 1:20 000 GSEducationalVersion GSPublisherEngine 98.5.50.100
58
390
390
380
380
390
390 400
380
380
390
39 0
Núcleo urbano primitivo mapa 2
390
390
380
380
390
390 400
380
380
390
39 0
Núcleo urbano séc.s XII / XIII, com a construção da Igreja mapa 3
390
390
380
390
Rua Devesa
Rua do Eirado Rua Nogueira Rua Raposeira
380
Rua Dr. José Jacinto Nunes 390 400
Rua S.Pedro Rua Rica
380
380
390
39 0
Séc XVI/ XVII, descrição de Miguel Leitão de Andrada mapa 4 Evoluçao do núcleo urbano de Pedrogão Grande escala 1:5 000 GSEducationalVersion GSPublisherEngine 98.5.50.100
59
Espaço Público Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Espaço Público
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
A Igreja de Nossa Senhora da Assunção foi construída numa praceta a Este do núcleo urbano primitivo, no enfiamento visual da rua velha (ver desenhos p.65). Precisamente alinhado com esta rua existia um crucifixo, contemporâneo da construção, no meio da praceta, que anunciava o aparecimento da Igreja e configurava o espaço público (ver planta p.45). Nesta rua existia também uma torre do relógio que se desmoronou em 1871. Esta, reconstruída em 1872, encontra-se à mesma altura que a torre sineira da igreja (ver planta e alçado da rua)8.
O afastamento da Igreja do núcleo urbano funcionou como mecanismo de expansão da malha urbana, proporcionando o planeamento do novo traçado de ruas desenvolvidos até ao século XVIII. Este desenvolvimento não motivou o aumento significativo da população mas sim a expansão urbana de famílias abastadas, principalmente no decorrer dos séculos XV, XVI e XVII, para a periferia.9Assim, no século XVI, novas ruas surgiram, como a rua da Raposeira, que passa no tardoz da igreja, ou a rua da Devesa, a norte, tendo-se verificado a expansão do núcleo urbano para este. A rua da Raposeira encontra-se a uma cota mais baixa que o espaço de implantação da igreja, o que faz com que o acesso ao adro antecedente da igreja devesse ser feito meramente pelo lado poente. A métrica compositiva do espaço público envolvente da igreja é a mesma que a métrica de conceção do interior, que utiliza a medida da torre sineira em planta como módulo para o desenho do espaço (ver planta p. 45). A distância entre colunas no interior do corpo principal corresponde à profundidade da torre sineira e a distância entre o portal poente e o edificado envolvente corresponde à mesma profundidade do corpo principal da igreja. Do mesmo modo, a largura do corpo principal corresponde à largura de três torres sineiras e a distância entre a capela anexa e a fachada lateral sul é a mesma que a profundidade do corpo central. Isto leva-nos a querer que o espaço interior da igreja terá sido desenhado como um espaço público de reunião, tal como a praceta, porém interior. Atualmente, o adro encontra-se bastante modificado com zonas verdes, lajeado de granito e pequenas diferenças de cota, sendo que a única preexistência visível é o pelourinho, de fuste liso sobre um pedestal de 4 degraus (ver desenhos arquitetónicos).
8. 9.
http://www.verportugal.net/Leiria/Pedrogao-Grande/Patrimonio/Torre-do-Relogio=003963 in Igreja Matriz de Pedrogão Grande (Inserção no espaço urbano), 2ª Edição, Câmara Municipal de Pedrogão Grande, 2005, p.26
59
A
crucifixo
torre do Relógio
A'
planta da vila de Pedrogão Grande escala 1:1000
corte AA' relação almtimétrica entre a Igreja Matriz e a Torre do Relógio escala 1:1000 GSEducationalVersion GSPublisherEngine 17.0.5.100
66
Percurso desde a torre do relógio até à Igreja
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
60
61
62
Período de Construção da Igreja Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Período da Construção da Igreja
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Com o objetivo de aprofundar o estudo da Igreja Matriz de Pedrogão Grande e de encontrar elos de relação histórica e estilística, achamos relevante a comparação da igreja com outras da mesma época construtiva na esperança de encontrar relações e consequentes conclusões. Após a análise fotográfica de algumas das igrejas da diocese de Coimbra e de outras mais distantes encontrámos um conjunto de obras merecedoras de um estudo comparativo. Deste modo, temos assim, desde a igreja mais próxima à mais distante, a Igreja de Areias, Golegã, Elvas, Olivença e Goa. Estas igrejas possuem algumas semelhanças espaciais e formais com a Igreja de Nossa Senhora da Assunção de Pedrogão Grande, porém devido à falta de informação gráfica rigorosa, decidimos prosseguir com a análise comparativa por via da fotografia. A nossa obra data do século XII, mais concretamente de 1295,10 mas neste período da igreja primitiva, pouco conseguimos aprofundar em relação à sua forma ou motivos arquitetónicos. A igreja sofre modificações durante o século XVI , anunciando uma arquitetura “chã”, na transição do Manuelino para o Renascimento. (fig. 62) Estas remodelações ter-lhe-ão retirado algumas características românicas próprias da época da sua edificação.11 Assim, para entender as características gerais da igreja de Nossa Senhora da Assunção, há que definir bem este período e entender a origem das próprias características, avançando da justificação do geral para o detalhe do particular.
10. 11.
in Monografia de Pedrogão Grande, José Costa dos Santos, p.60 in Igreja Matriz de Pedrogão Grande (Inserção no espaço urbano), 2ª Edição, Câmara Municipal de Pedrogão Grande, 2005, p.13
65
Período da Construção da Igreja
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 61—Foto de levantamento: vista da torre do relógio
Fig. 62—Interior da igreja antes da alteração do pavimento
66
Período da Construção da Igreja
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
O Estilo Manuelino tem início no reinado de D. Manuel I (1495 - 1521) e prossegue mesmo após a sua morte, podendo ser também caracterizado como gótico português tardio ou flamejante. Composto pela fusão do gótico final com elementos renascentistas, o manuelino distingue-se pela decoração luxuriante, com motivos naturalistas marinhos, cordas e uma rica variedade de animais e motivos vegetais. Remonta ao crescente gosto pelo exotismo, desde o início da expansão.12 Apesar disto, com o avançar do tempo, é observada uma tendência comum de criação de espaços de caráter homogéneo e funcional, com naves principais simples e capela-mor contrastante, claramente visíveis de qualquer ponto da igreja. Portugal segue este impulso no sentido da simplicidade funcional, que o levou a um limite absoluto, condicionado pelas restrições económicas, o que caracteriza
em Portugal o "estilo chão".13 O século XVI é o período em que se efectuam as construções mais consequentes da nossa igreja, que só viriam a terminar em 1560. Estas obras, dirigidas pelo arquiteto Jorge de Braz, traduziram-se na construção da torre e na restruturação do corpo da igreja e da cabeceira, constituída pela capela-mor e pelas sacristías.14 Se por um lado existem algumas características da igreja que podem denunciar alguma influência do manuelino, entendemos uma relação mais directa com o renascimento, já que existe influência clássica no traçado geral da obra. Assim, a Igreja Matriz de Pedrogão Grande encaixa num período de transição entre períodos mas assenta maioritariamente no estilo renascentista e chão, com desenho simples, desornamenta-
12.
In A arquitetura de Coimbra na transição do gótico para a Renascença: 1490 - 1540, Pedro Dias, 1982, p.356
13.
in A arquitetura portuguesa chã entre as especiarias e os diamantes: 1521-1760, 2005, p. 81
14.
in Monografia de Pedrogão Grande, José Costa dos Santos, p.60
67
Período da Construção da Igreja
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Localização Geográficas da obras de estudo comparativo
68
Análise da Cabeceira
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 69 (em cima)— Fragmento do retábulo de João de Ruão
Fig. 68—Cobertura da capela-mor
70
Análise da Cabeceira
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
As remodelações na igreja, começaram em 1537 com a reconstrução da cabeceira e das naves, que durou até 1539. Apesar de contemporâneas, notam-se diferenças estilísticas claras entre a capelamor e as naves. Esta oposição entre as naves e a capela-mor, bastante mais ornamentada, é característica do manuelino15, estilo que julgámos ter influenciado a concepção deste espaço. A capela-mor, virada a nascente, é iluminada por duas janelas e dá acesso ás sacristias através de duas portas semelhantes e simétricas em relação ao eixo longitudinal. (fig. 64) O uso da cor nos ele-
mentos estruturais e a utilização do azulejo policromos de padrão seiscentista em três das faces é representativo do período Manuelino (fig. 63), assim como os motivos naturalistas presentes nas mísulas (fig. 63). Estas características estão presentes tanto na capela-mor da Igreja Matriz da Golegã16 como na Igreja Matriz de Areias17 ou de Santa Maria de Olivença, em Espanha18. (fig. 64, 65, 66 e 67) Coberta por uma abóbada de artesões, com cinco bocetes nos fechos e quatro estribos nos cantos a receberam as nervuras (fig. 68). É importante salientar a simbologia das pinturas presentes na abóbada (ver anexo 1). O actual retábulo de madeira colocado em substituição do original (fig. 69) da autoria do escultor João de Ruão, esconde a parede do fundo da capela-mor. Para além deste retábulo, João de Ruão terá realizado muitas outros, como por exemplo, o retábulo da Igreja de Penela ou o da Sé de Coimbra. As-
sim entende-se João de Ruão como um escultor regional, que atende à concepção e execução das formas arquitectónicas. A relação pessoal entre escultor e arquitecto deste período apresenta o “retábulo” da Renascença coimbrã como um importante veículo divulgador do novo gosto, mas igualmente explorador das virtualidades enquanto ensaio da arquitectura renascentista.19
15.
In A arquitetura de Coimbra na transição do gótico para a Renascença: 1490 - 1540, Pedro Dias, 1982, p.356
16.
http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/71206/
17.
http://www.infopedia.pt/$igreja-matriz-de-areias
18.
http://expresso.sapo.pt/igreja-de-olivenca-eleita-melhor-recanto-de-espanha=f756189
19. in João de Ruão: escultor da Renascença Coimbrã, Nelson Correia Borges, traduzido Annick Barral, Coimbra, Instituto de História de Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, 1980, p.34
71
Análise da Cabeceira
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 64—Foto de levantamento: capela-mor
Fig. 65—Igreja de Santa Maria Madalena
Fig. 66—Igreja Matriz de Areias
Fig. 67—Igreja Matriz da Golegã
72
Análise do corpo principal
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Transposta a porta principal da igreja matriz de Pedrogão Grande, impressiona a dimensão do monumento com as suas três naves, seccionando quatro tramos, ligados por arcos de volta inteira (ver corte longitudinal), assentes em dez colunas de capiteis jónicos de granito rosado da região (fig. 70).20 Este corpo, de secção transversal basilical (ver corte transversal) possui o mesmo caráter compositivo do da Igreja Matriz da Golegã (fig. 71) e de Areias (ref), apesar destes serem seccionados por mais tramos, tornando o espaço mais profundo. Neste período este tipo de organização espacial era comum, apesar de poderem existir variações entre o estilo da arcaria e o nível de pormenor que esta exibe (ver análise das colunas). Se por um lado se nota, nestas três igrejas, o caráter desornamentado dos elementos estruturais e a simplicidade e clareza do traçado geral do espaço, na Igreja de Santa Maria Madalena de Olivença, representativa do expoente máximo do Manuelino, o ornamento toma maior relevancia (fig. 73). Em Santa Maria Madalena, as colunas são retorcidas em torno de um eixo próprio anunciador de um sentido de movimento, o revestimento das paredes laterais utiliza azulejos e motivos decorativos marítimos (representativo dos Descobrimentos Marítimos Portugueses) e a cobertura é abobadada nervurada. Estas características, diferentes das do nosso objeto de estudo, levam-nos a supor que, ou por falta de fundos monetários ou pela localização da igreja numa zona rural, foi dada maior importância ao ornamento na capela-mor, espaço mais sagrado e de remate ao eixo longitudinal, do que no corpo principal. Este, de cobertura simples inclinada de madeira e de paredes caiadas sem revestimentos nobres, é de estilo-chão.
20.
in Igreja Matriz de Pedrogão Grande (Inserção no espaço urbano), 2ª Edição, Câmara Municipal de Pedrogão Grande, 2005, p. 22
73
Análise do corpo principal
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 70—Foto de levantamento: nave central
Fig. 71—Igreja de Nossa Senhora da Golegã
74
Análise do corpo principal
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
O interior do corpo principal da Igreja de Nossa Senhora da Assunção apresenta-se bastante escuro, propício à reflexão e oração. Esta escuridão é uma consequência da reduzida dimensão das quatro aberturas do clerestório. Este pormenor tanto se verifica na Igreja Matriz da Golegã (fig. 71) como na Igreja de Santa Maria Madalena de Olivença (fig. 72). Em oposição, apesar da localização
das aberturas do corpo principal ser a mesma na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Goa (fig. 73), percebe-se uma maior incidência de luz pelas dimensões consideráveis dos vãos e pelo reflexo da luz nas paredes caiadas. Junto a uma das colunas, existe um púlpito do tipo cálice (fig. 74), que se julga ser também da autoria de João de Ruão21, construído em pedra calcária datando de 1536. (planta, corte e alçado pág. 82). O púlpito tem a mesma localização na Igreja da Golegã e Santa Maria Madalena de Olivença. Na nave lateral virada a norte (ver fachada lateral norte), é possível verificar a existência de três estreitas janelas de feição simples, duas das quais se encontram tapadas , sendo apenas visíveis do interior, e uma porta de arco de volta inteira. Nesta nave existe uma capela funda, a capela de S. José, conhecida pela população por capela do santíssimo, de cobertura em abóbada de berço (ver corte transversal C). Do exterior, verifica-se ainda a existência de um contraforte (fig. 75), uma porta de comunicação com uma das sacristias e a escadaria de acesso à torre sineira. Na nave lateral virada a sul (ver fachada lateral sul), existem cinco vãos: uma porta de arco de volta inteira - "porta do sol" idêntica à existente na nave lateral sul, quatro janelas, duas delas muito estreitas, semelhantes às do lado norte e as outras duas, de maiores dimensões e com caixilharia mais trabalhada, permitindo identificar a existência de remodelações importantes na obra. Na parte exterior da nave, são visíveis os grossos contrafortes (fig. 76), de concepção diferente do anteriormente referido, da época primitiva, que sustentam as paredes.
21. in João de Ruão: escultor da Renascença Coimbrã, Nelson Correia Borges, traduzido Annick Barral, Coimbra, Instituto de História de Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, 1980, p.34
75
Análise do corpo principal
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 72—Nave central da Igreja de Santa Maria de Olivença
Fig. 73—Nave da Igreja de Nossa Senhora do Rosário
76
Análise do corpo principal
Fig. 74 —Foto: Púlpito de João de Ruão
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 75—Foto: Fachada lateral norte
Fig. 76—Foto de levantamento: Fachada lateral norte
77
Anรกlise das Colunas
Planta da igreja da Igreja Matriz escala 1:200
GSEducationalVersion
82
Análise da torre sineira
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
A torre sineira é uma das características mais pertinentes da nossa obra. Assim, é importante perceber a evolução da construção das torres sineiras e a sua influência na arquitectura militar, tendo em consideração o seu aparecimento nas construções da Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Os cónegos regrantes pertenciam a comunidades eruditas e dinâmicas que praticavam uma vida de exemplo e oração fazendo votos de pobreza e castidade, apesar de serem favorecidos pela corte. Embora a Ordem não tivesse vocação militar, a arquitectura Agostiniana é muito característica de um perfil castrense. Assim, o modelo de igreja da Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho tem perfil militar, de aspecto fortificado. As igrejas são compostas por Nártex, ante-igreja que faz transição entre o exterior e o interior e por Westwerk, entrada monumentalizada, dividida em três corpos, constituída por uma ou mais torres de modo a assegurar aptidões defensivas. Destas igrejas em contexto urbano, são exemplo Santa Cruz de Coimbra e São Vicente de Fora, em Lisboa. Ambas as igrejas datam do século XII, tendo sofrido importantes alterações no século XVI, tal como Nossa Senhora da Assunção de Pedrogão Grande. Dito isto, apesar da diferença contrastante entre o corpo destas igrejas e a do nosso caso de estudo, achamos importante referir Santa Cruz de Coimbra e São Vicente de Fora pelo tratamento da zona de entrada resultante numa composição de fachada com torres sineiras, semelhante à de Nossa
Senhora da Assunção.
78
Análise da torre sineira
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
A torre sineira da Igreja de Nossa Senhora da Assunção foi construída em 1553 por Baltazar
Magalhães. Alguns autores supõem que este anónimo construtor tenha pertencido à família do aclamado explorador Fernão Magalhães, no entanto, um estudo mais aprofundado da árvore geneológica da família Magalhães prova que não existe uma correspondência entre o período de vida do suposto Baltazar Magalhães da família de Fernão Magalhães com o tempo de construção da torre sineira. (ver anexo 2) Virada a poente, a torre sineira é composta por três corpos (ver alçado principal). No primeiro abrem-se três arcos de cantaria sustentados por rudes e robustos pilares, formando uma galilé, localizando ao fundo o portal de cantaria. Este espaço, recebe luz de norte, sul e poente, tornando-se no espaço mais iluminado de toda a igreja. O segundo corpo, cujo acesso atualmente se faz pela escada
exterior, já que no lugar da antiga escada interior se encontra atualmente o batistério (fig. 77), possuí apenas uma abertura circular ao centro que ilumina o espaço sombrio com um ténue feixe de luz e uma pequena porta de acesso (fig. 78). Este corpo corresponde interiormente ao coro que se abre em mezanine sobre o corpo da igreja, em contraluz (fig. 79), dando acesso, através de uma escada de madeira recenté (ver corte longitudinal B), no interior, ao terceiro corpo onde se abrem os arcos sineiros, sendo a cobertura copulada e revestida a telha imbricada22 (fig. 80). Esta foi restaurada em 1736 por provisão de D. João V, devido ao seu estado de degradação. Este espaço é novamente muito iluminado e abre-se sobre a paisagem da vila, de onde é possível avistar-se a torre do relógio (fig. 81). Em 1941 foram novamente efetuadas novas obras de restauro e demolida a capela anexa à torre sineira (fig. 82 e 83)23.
22.
in Monografia de Pedrogão Grande, José Costa dos Santos, p.60
23.
in Igreja Matriz de Pedrogão Grande (Inserção no espaço urbano), 2ª Edição, Câmara Municipal de Pedrogão Grande, 2005, p.15
79
Análise da torre sineira
Fig. 77—Foto de levantamento: Batistério
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 78—Acesso ao segundo corpo da torre
Fig. 79—Foto de levantamento: Coro alto
Fig. 80—Cobertura
Fig. 81—Foto de levantamento: corpo sineiro
80
Análise da torre sineira
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 82—Planta antes da demolição da capela anexa à torre sineira
Fig. 83 (à esquerda)—Demolição da capela anexa à torre sineira Fig. 84 (à direita) - Fachada lateral sul antes da demolição da capela
81
Análise da torre sineira
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Tanto na Igreja de São Vicente de Fora como em Santa Cruz de Coimbra, existe um espaço de nártex correspondente à galilé de Nossa Senhora da Assunção, interior no caso de Coimbra (fig. 86 e 87) e exterior no caso de Lisboa (fig. 89), de pé direito mais baixo e um coro alto. Porém, estes espaços não resultam de uma divisão por corpos das torres sineiras, uma vez que se encontram no corpo cen-
tral da fachada, autónomo às torres. Do mesmo período da Igreja de Pedrogão Grande, existem obras relevantes para o estudo desta pela semelhança compositiva da fachada com uma única torre sineira central. Assim, na Igreja de Santa Maria Madalena, em Olivença (fig. 90), na Igreja Matriz de Areias (fig. 91), na Sé de Elvas (fig. 92) e por fim na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Goa (fig. 93) constata-se o mesmo modelo de torre sineira presente no nosso caso de estudo. Todas estas torres sineiras são divididas em três corpos que representam o nártex, o coro alto e a zona dos arcos sineiros, sendo que o corpo que difere mais de umas igrejas para as outras corresponde ao corpo do nártex. Em Santa Maria Madalena, o nártex é interior, encontrando-se o portal à face da torre. Na Igreja Matriz de Areias, o nártex, apesar de exteri-
or, abre-se em arcada, constituída por três arcos de volta inteira, para poente, o que também acontece na Sé de Elvas, apesar do nártex possuir apenas um arco de volta inteira. Em Goa, o nártex exterior, aberto para poente, sul e norte, tal como na Igreja de Pedrogão Grande, é acessível apenas por poente, já que as aberturas dos arcos laterais são de menores dimensões e possuem guardas de alvenaria.
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Análise da torre sineira
Fig. 89—Igreja de São Vicente de Fora
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 86—Igreja de Santa Cruz de Coimbra
Fig. 87—Coro alto na Igreja de Santa Cruz de Fig. 88—Foto de levantamento: Coro alto Coimbra
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Análise da torre sineira
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Fig. 90—Foto de levantamento: Torre Sineira
Fig. 91—Igreja de Santa Maria
Fig. 92—Igreja de Nossa Se-
Madalena de Olivença
nhora do Rosário de Goa
Fig. 93—Sé de Elvas
Fig. 94—Igreja Matriz de Areias
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Estudo Comparativo
Quadro Síntese
N. Senhora Assunção, Pedrogão Grande
Igreja Santa Cruz de Coimbra
São Vicente de Fora, Lisboa
Igreja Matriz da Golegã
N. Senhora da Graça, Areias
Três
Um
Um
Três
Tramos Torre
Quatro
-
-
Uma
Duas
Duas
Uma
Uma
Nártex
Exterior
Interior
Exterior
Não tem
Exterior
Cobertura Naves
Cobertura em madeira
Abóbada Nervurada Manuelina
Cobertura Capela-Mor
Abóbada de artesões
Abóbada Nervurada Manuelina
N. Senhora Assunção, Elvas
Santa Maria Madalena de Olivença
N. Senhora do Rosário. Goa
Foto Exterior
Foto Interior
Naves
Cobertura de berço
Cobertura de berço
Três
Três
Três
Um
Cinco
-
Uma
Uma
Uma
Exterior
Interior
Exterior
Cobertura em madeira
Abobada Nervurada
Abobada Nervurada
Cobertura em Telha à vista
Abóbada Nervurada
Abobada Nervurada
Abóbada Nervurada
Abóbada nervurada em forma de estrela
Seis
Cobertura em madeira
Abóbada Nervurada Final Séc. XVI
Considerações Finais
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Nesta última fase conseguimos entender as características mais pertinentes do trabalho. Assim, a conclusão do levantamento métrico e rigoroso foi necessário e essencial à análise da obra e à teorização das particularidades. Ao apresentar o nosso caso de estudo achámos importante o intercalar de escalas com intenção de relacionar a envolvente de Pedrogão Grande com o objeto de estudo em si, e este z na relação com outros semelhantes. Este estudo comparativo foi realizado em linhas de pensamento distintas. Estas são, o período de construção, a igreja na estrutura urbana e a inserção no espaço público. Após a leitura de vários textos entendemos o desenvolvimento da nossa obra no tempo de transição entre o manuelino e o renascimento, exaltando o estilo “chão”, desprovido de ornamento. O mapeamento da evolução da estrutura urbana ajuda a entender a topografia da região e a densidade da rede da malha urbana, assim como o entendimento da posição da igreja no cruzamento dos eixos principais : o da rua Torre José Jacinto Nunes e o da rua Velha. Achamos o desenho da posição da rua Velha no contexto urbano de relevo pelo seu desenho e pelo enquadramento do olhar na direcção da Torre sineira do portal axial da Igreja da Nossa Senhora da Assunção de Pedrogão Grande. Em relação ao espaço público é importante salientar o assentamento da igreja numa plataforma, a delimitação de praças com boa incidência solar e a teorização do desenho métrico pensado em continuação do eixo longitudinal, assim garantido relações entre o corpo da igreja e a sua envolvente. Deste modo, enten-
demos que nesta entrega conseguimos responder a todos os pontos pedidos e necessários à explicação do pensar da época e a adequação da obra neste contexto.
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Bibliografia
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Bibliografia Literária SANTOS, José—Igreja Matriz de Pedrogão Grande (Inserção no espaço urbano), 2ª Edição, Câmara Municipal de Pedrogão Grande, 2005
Diccionario, Typographia Editora de Mattos Moreira & Cª, Lisboa, 1875 SEQUEIRA, Gostavo de Matos—Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Leiria, Academia Nacional de Belas Artes, Lisboa, 1955 BORGES, Nelson Correia—João de Ruão, escultor da renascença coimbrã, Coimbra, 1980 QUINTEIRA, António José Ferreira—Igreja matriz de Pedrógão Grande, Coimbra, 1991 QUINTEIRA, António José Ferreira—Pedrógão Grande - subsídios para uma monografia, Coimbra, 1980 SANTOS, José—Monografia de Pedrogão Grande, Câmara Municipal de Pedrogão Grande DIAS, Pedro—A arquitetura de Coimbra na transição do gótico para a Renascença: 1490 1540, 1982 KUBLER, George—A arquitetura portuguesa chã entre as especiarias e os diamantes: 15211760, 2005 CORREIA, José Eduardo Horta—Arquitetura Portuguesa: Renascimento, Maneirismo, Estilo chão, 2002 CORREIA, Virgílio—A arte de Coimbra na transição do gótico para a Renascença: 1490-1540, 1982 GIL, Júlio—As mais belas igrejas de Portugal, 1982-89 MOREIRA, Rafael—Arquitetura: Renascimento e classicismo—Cap. História da Arte Portuguesa, 1995 PEREIRA, Paulo—A conjuntura artística e as mudanças de gosto, 1997 CHICO, Mário—Arquitetura em Portugal na época de D. Manuel I e nos princípios do reinado de D. João III. O gótico final português, o estilo manuelino e a introdução da Arte do Renascimento in História da Arte em Portugal
Bibliografia Digital http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5561 http://www.infopedia.pt/$igreja-matriz-de-areias http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/ detail/71206/ http://www.cm-golega.pt/concelho/turismo/item/195-igreja_matriz http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/ classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74705/
http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3731 http://expresso.sapo.pt/igreja-de-olivenca-eleita-melhor-recanto-de-espanha=f756189 http://www.hpip.org/Default/pt/Homepage/Obra?a=620
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Bibliografia de Imagens
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Figura 62: Interior da igreja antes da alteração do pavimento—in Igreja Matriz de Pedrogão Grande (Inserção no espaço urbano), 2ª Edição, Câmara Municipal de Pedrogão Grande, 2005, p. 25 Figura 69: Fragmento do retábulo de João de Ruão—in Igreja Matriz de Pedrogão Grande (Inserção no espaço urbano), 2ª Edição, Câmara Municipal de Pedrogão Grande, 2005, p. 17 Figura 65: Igreja de Santa Maria Madalena de Olivença—http://expresso.sapo.pt/igreja-deolivenca-eleita-melhor-recanto-de-espanha=f756189 Figura 66: Igreja Matriz de Areias—http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonioimovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74705/ Figura 67: Igreja Matriz da Golegã—http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/pesquisa/ geral/patrimonioimovel/detail/71206/ Figura 71: Igreja Matriz da Golegã—http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/pesquisa/ geral/patrimonioimovel/detail/71206/ Figura 72: Nave central da Igreja de Santa Maria de Olivença—http://expresso.sapo.pt/igrejade-olivenca-eleita-melhor-recanto-de-espanha=f756189 Figura 73: Nave da igreja de Nossa Senhora do Rosário em Goa—http://www.hpip.org/ Default/pt/Homepage/Obra?a=620 Figura 78: in Igreja Matriz de Pedrogão Grande (Inserção no espaço urbano), 2ª Edição, Câmara Municipal de Pedrogão Grande, 2005, p. 17 Figura 82: Planta antes da demolição da capela anexa à torre sineira—in Igreja Matriz de Pedrogão Grande (Inserção no espaço urbano), 2ª Edição, Câmara Municipal de Pedrogão Grande, 2005, p. 22 Figura 83: Demolição da capela anexa à torre sineira—foto do arquivo municipal Figura 84- Fachada lateral sul antes da demolição da capela—foto do arquivo municipal Fig. 86: Igreja de Santa Cruz de Coimbra—http://arte.vmribeiro.net/?attachment_id=136 Fig. 87:Coro alto na Igreja de Santa Cruz de Coimbra—http://arte.vmribeiro.net/? attachment_id=136 Fig. 89: Igreja de São Vicente de Fora—http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/ pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/71206/
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Anexos Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Simbologia - Capela-mor Turris Eburnea O símbolo teve origem no livro dos Cânticos, "Seu pescoço é como uma torre de marfim”, texto atribuído ao Rei Salomão. A torre era importante nas antigas cidades protegidas por muralhas. Na época do Rei Salomão poucas coisas eram tão belas e imponentes como uma torre de marfim. Este material de caraterísticas raras na natureza, muito forte e muito claro. Igualmente Nossa Senhora é muito forte espiritualmente, a maior inimiga dos inimigos de Deus, e de uma pureza alvíssima. Maria é para nós um grande tesouro, imaculada. É uma “torre de marfim” que nos guarda, amorosamente. “Turris Eburnea, ora por nobis!” (Torre de Marfim, rogai por nós!)
Turris Davidica A torre tem como simbologia o útero de Maria e simboliza vida e protecção de Jesus. Maria ainda oferece protecção a todos os que necessitam de refúgio contra a tentação e perigo.
Barca do Noé A arca de Noé é o símbolo do julgamento de Deus sobre o pecado. Simboliza também a promessa da salvação e os cuidados de Deus para o seu povo. Na simbologia, a arca representa a salvação; no Cristianismo é o símbolo do conhecimento sagrado. Tornou-se portanto, o símbolo da morada de Deus, a aliança entre o ser superior e os homens.
Pomba com Ramo de Oliveira A pomba branca é simbólica da sua brancura imaculada, como símbolo da paz e esperança, provém da passagem bíblica do Antigo Testamento em que uma pomba banca foi solta por Noé após o dilúvio, encarregando-a de encontrar terra firme. A pomba branca, após a viagem, retorna com um ramo de oliveira, com a mensagem que o dilúvio havia baixado e que havia esperança para o homem.
Estrela de 6 pontas A estrela de seis pontas representa a criação pois as suas pontas representam os seis dias da criação.
Tábuas de Pedra As tábuas de pedra representam os dez mandamentos, três à esquerda (que se referem ao nosso relacionamento com Deus) e sete à direita (que referem o nosso relacionamento com o próximo).
Arca da Aliança de Deus A Arca da aliança era uma caixa de madeira, revestida de ouro, onde eram guardadas as duas tábuas de pedra em que estavam escritos os dez mandamentos, um pote de maná e a vara de Araão. A arca da aliança, é talvez, o mais profundo tipo de Cristo do Antigo Testamento. Assim como a tampa cobria as tábuas da lei para não serem vistas, assim Cristo nos livra do julgamento da lei. Naquela arca, Deus falava entre os querubins, hoje ele se revela através de Jesus Cristo.
Coroa de Louros A coroa de Louros é símbolo de distinção e glória. Na Grécia Antiga, os atletas recebiam coroas de pequenos ramos de oliveira entrelaçados, que representavam a suprema glória para a alma grega, em vez das actuais medalhas de ouro, prata e bronze,
Lua A lua é considerada a mãe universal, representada pela Nossa Senhora da Conceição, também conhecida como Rainha da Floresta. A lua é mãe soberana e protetora.
Sol A luz solar, ampla e constante revela-nos com clareza a realidade externa, retirando as impurezas. Também reflete o o sol interior, indica o renascimento a que todos nós deveremos passar para ganhar a consciência da nossa verdadeira identidade espiritual.
“Os Magalhães” - Árvore genealógica Lopo Rodrigues de Magalhães + Margarida Nunes
Isabel de Magalhães
Branca de Magalhães
Jorge de Magalhães Pedro de Magalhães Margarida de Magalhães Diogo de Magalhães + Isabel de Vide
Fernão de Magalhães N: 1480 Localidades: Sabrosa e Ponte da Barca Relação com Pedrogão Grande ??
Manuel de Magalhães Rui de Magalhães
Confirmado irmã Isabel de Magalhães Irmãos com relação às explorações marítimos
Baltasar de Magalhães + Maria de Nogueira
Isabel Leitão (2ª casamento)
Círiaco de Magalhães
Miguel Nogueira de Magalhães
Filipe Calvo
Joana Nogueira de Magalhães
Catarina Nogueira de Magalhães Baltasar de Magalhães
Manuel de Magalhães + Maria de Ceabra
1535 : Construção da Torre Os Magalhães Navegadores, Missionários , Cientistas Os Magalhães pertenceram aos mais altos cargos, também foram eclesiásticos, missionários, cientistas e navegadores. Começemos pelo grande navegador Fernão de Magalhães.