Vetores e Zoonoses
22 de Janeiro de 2014 Tiago A. M. Malta
Animais vetores são os que carregam um agente (bactérias, protozoários, vírus etc.). Zoonoses são as doenças que carregadas pelos vetores e que podem ser transmitidas aos seres humanos. Zoonoses: São doenças naturalmente transmissíveis entre animais e seres humanos. Dentre as zoonoses de relevante importância para a Saúde Pública e incidentes em área urbanas, destacam-se: raiva, leptospirose, brucelose, toxoplasmose, dentre outras. Doenças transmitidas por vetores: São doenças que, para serem transmitidas ao homem, dependem de um animal que transfere de forma ativa um AGENTE ETIOLÓGICO de uma fonte de infecção a um novo susceptível. As principais doenças transmitidas por vetores são: dengue, febre amarela, malária, leishmaniose e doença de Chagas. Agente etiológico: É a denominação ,o nome, dada ao agente causador de uma doença. Normalmente, este causador precisa de um vetor para proliferar tal doença (ou seja, completar seu ciclo de parasitismo). Este vetor pode ser animado ou inanimado. Existem centenas de agentes etológicos dos quais podem causar, se não tratados, uma série de más conseqüências. Dentro dessas centenas de agentes etiológicos, há que ter em conta que podem ser de origem endógena ou exógena.
BARATAS
Estimasse que existam aproximadamente 200 baratas por individuo no mundo. ―Seu habitat conta com inúmeros micro-organismos patogênicos, transmissores de doenças que vão da gastrenterite até ao herpes. Ainda assim, menos de 40 das 4 mil espécies conhecidas podem ser consideradas pragas urbanas.
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As baratas urbanas, em especial, são totalmente dependentes da presença dos seres humanos e muito importantes dentro da cadeia alimentar das cidades. Apesar de representarem apenas uma mínima porção das espécies existentes de baratas, cerca de 1%, elas são muito numerosas e o seu desaparecimento causaria um forte desequilíbrio nos ecossistemas urbanos. Por servirem de alimento a muitos predadores que fazem parte da fauna da cidade – como ratos e morcegos –, seu fim causaria também uma rápida desestabilização das populações animais. Esses insetos consomem rapidamente toneladas de fezes, cadáveres, restos alimentares e até papel, cigarros e plásticos. Se sumissem, sofreríamos com um rápido acúmulo de resíduos humanos nos esgotos e cemitérios.‖ (Eduardo Fox- Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho / Universidade Federal do Rio de Janeiro) http://youtu.be/nVNggTNRxPA
DOENÇA DE CHAGAS
Os Barbeiros atuam como vetores do protozoário tripanossomo cruzi, transmissor da Doença de Chagas. Os barbeiros são hematófagos e têm hábitos noturnos. No Brasil, são conhecidas acima de 65 espécies transmissoras da Doença de Chagas. Sendo que as pessoas podem ser infectadas de várias maneiras: ●
Em áreas endêmicas de Chagas, a principal forma de transmissão é através de vetores. Os insetos vetores são chamados de triatomíneos (barbeiro). ● Os grandes problemas são encontrados em casas feitas de materiais como barro, palha e sapé. ● Eles costumam picar o rosto das pessoas e ingerir o sangue, ao mesmo tempo
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em que defecam no lugar, o contaminando. ● As pessoas também podem se infectar através de: 1. Consumo de alimentos crus contaminados com fezes de mosquitos infectados; 2. Transmissão congênita (de uma mulher grávida para o bebê); 3. Transfusão de sangue; 4. Transplante de órgãos; 5. Exposição laboratorial acidental. http://www.youtube.com/watch?v=AIuHN2mOYME BRUCELOSE
A brucelose é uma doença infecto-contagiosa, especialmente perigosa para fêmeas adultas e prenhes, sendo uma zoonose de grande relevância para a saúde pública. Esta enfermidade é causada por bactérias aeróbicas, Gram-negativas do gênero Brucella spp que acomete os animais domésticos e o homem. É responsável por grandes prejuízos no rebanho nacional de bovinos e bubalinos, devido ao aborto, redução da fertilidade e conseqüente queda na produção leiteira. O período de incubação da brucelose é de duas a três semanas. As pessoas que adquirem a doença têm sintomas como febre intermitente, mal-estar, perda de peso, fadiga muscular, calafrios, sudorese, dor de cabeça severa, mialgias e artralgias, podendo aparecer sintomas como dores abdominais, diarréia e vômito e, em casos graves, endocardite, meningite, osteomielite, artrite, dentre outros. Os pacientes que se recuperam da brucelose apresentam certa resistência a crises subseqüentes.
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O contágio ocorre mais freqüentemente pela ingestão ou inalação de aerossóis provenientes de secreções, mas ocorre também por contato direto de abrasões na pele ou até mesmo das mucosas nasal, conjuntiva e genital com animais infectados e ingestão de carnes ou produtos lácteos contaminados. O diagnóstico pode ser feito por meio da análise sanguínea, isolando a bactéria ou com amostras da medula óssea. A Brucelose Também conhecida como febre do mediterrâneo, febre ondulante, febre de Malta, febre de Gibraltar. Prevenção: A advertência dos trabalhadores que cuidam de animais ou de seu abate sobre os riscos da doença, o controle da saúde dos animais e a vigilância sanitária sobre o leite e seus derivados são decisivos na prevenção da brucelose. A pasteurização do leite é eficaz na destruição das bactérias, mas a melhor forma de prevenção é o tratamento das infecções nos animais, ou a sua eliminação. DENGUE
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da família Flaviridae e é transmitida, no Brasil, através do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus. Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública globais. Em todo o mundo, existem quatro tipos de dengue, já que o vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A dengue é conhecida no Brasil desde os tempos de colônia. O mosquito Aedes aegypti tem origem africana. Ele chegou ao Brasil junto com os navios negreiros, depois de uma longa viagem de seus ovos dentro dos depósitos de água das embarcações.
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ESPOROTRICOSE
É uma doença causada pelo fungo Sporotrix schenckii, que ataca tanto os homens quanto os animais. Pode ser subaguda ou crônica. Geralmente manifesta-se como uma infecção benigna, limitando-se à pele e tecido subcutâneo. Em raros casos ocorre proliferação para outros tecidos e órgãos internos, sendo que ocasionalmente pode afetar primariamente o pulmão, evoluindo para disseminação sistêmica. Este agente etiológico é um fungo dismórfico, saprófito, ambiental e cosmopolita, responsável por afetar diferentes espécies, como cães, gatos, bovinos, eqüinos, animais silvestres e o homem. A infecção normalmente ocorre por ferimentos cutâneos responsáveis por infectar materiais. No homem, habitualmente, os casos de esporotricose estão relacionados com o manejo de vegetais ou ao contato com a terra, uma vez que esse fungo encontra-se no solo, palha, vegetais e madeiras. No entanto, também pode ocorrer por arranhadura e mordedura de gatos, ou resultante da manipulação de feridas desses animais que contenha grande quantidade do fungo. Os gatos podem adquirir a doença devido ao hábito de arranhar madeiras, ou em lutas por alimento ou disputas territoriais com outros de sua espécie.
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FEBRE AMARELA
Febre amarela é uma doença infecciosa causada por um tipo de vírus chamado flavivírus, cujo reservatório natural são os primatas não-humanos que habitam as florestas tropicais. Existem dois tipos de febre amarela: a silvestre, transmitida pela picada do mosquito Haemagogus , e a urbana transmitida pela picada do Aedes aegypti, o mesmo que transmite à dengue e que foi reintroduzido no Brasil na década de 1970. Embora os vetores sejam diferentes, o vírus e a evolução da doença são absolutamente iguais. A febre amarela não é transmitida de uma pessoa para a outra. A transmissão do vírus ocorre quando o mosquito pica uma pessoa ou primata (macaco) infectados, normalmente em regiões de floresta e cerrado, e depois pica uma pessoa saudável que não tenha tomado a vacina. A forma urbana já foi erradicada. O último caso de que se tem notícia ocorreu em 1942, no Acre, mas pode acontecer novo surto se a pessoa infectada pela forma silvestre da doença retornar para áreas de cidades onde exista o mosquito da dengue que prolifera nas cercanias das residências e ataca durante o dia. Sintomas: Os principais sintomas da febre amarela – febre alta, mal-estar, dor de cabeça, dor muscular muito forte, cansaço, calafrios, vômito e diarréia aparecem, em geral, de três a seis dias após a picada (período de incubação). Aproximadamente metade dos casos da doença evolui bem. Os outros 15% podem apresentar, além dos já citados, sintomas graves como icterícia, hemorragias, comprometimento dos rins (anúria), fígado (hepatite e coma hepático), pulmão e problemas cardíacos que podem levar à morte. Uma vez recuperado, o paciente não apresenta seqüelas. Doente com febre amarela precisa de suporte hospitalar para evitar que o quadro evolua com maior gravidade. Não existem medicamentos específicos para combater a doença. Basicamente, o tratamento consiste em hidratação e uso de antitérmicos que não contenham ácido acetilsalicílico. Casos mais graves podem requerer diálise e transfusão de sangue.
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Vacinação: Existe vacina eficaz contra a febre amarela, que deve ser renovada a cada dez anos. Nas áreas de risco, a vacinação deve ser feita a partir dos seis meses de vida. De maneira geral, a partir dos nove meses, a vacina deveria ser recomendada para as demais pessoas, uma vez que existe a possibilidade de novos surtos da doença caso uma pessoa infectada pela febre amarela silvestre retorne para regiões mais povoadas onde exista o mosquito Aedes aegypti. A vacinação é recomendada, especialmente, aos viajantes que se dirigem para localidades, como zonas de florestas e cerrados, e deve ser tomada dez dias antes da viagem para que o organismo possa produzir os anticorpos necessários. http://www.youtube.com/watch?v=rhVmtR876oc LEISHMANIOSE
É uma doença transmitida por protozoários do gênero Leishmania. No Brasil existem atualmente seis espécies de protozoários responsáveis por causar doença humana. As variedades mais encontradas são a Leishmaniose Visceral (LV) e a Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA). Leishmaniose Visceral: É conhecida como calazar, esplenomegalia tropical e febre dundun. É infecciosa, mas não contagiosa. Acomete vísceras, como o fígado e o baço, podendo ocasionar aumento de volume abdominal. Transmissão: A LV é transmitida ao homem por meio da picada do inseto vetor (Lutzomyia longipalpis) conhecido popularmente como "mosquito-palha, birigui, asa branca, tatuquira e cangalhinha". Esses insetos têm hábitos noturnos e vespertinos, atacando o homem e os animais principalmente no início da noite e ao amanhecer. Sintomas: Os sintomas mais freqüentes são febre e aumento do volume do fígado e do baço, emagrecimento, complicações cardíacas e circulatórias, desânimo, tiagomaltapsi@gmail.com http://tiago-malta.blogspot.com.br
prostração, apatia e palidez. Pode haver tosse, diarréia, respiração acelerada, hemorragias e sinais de infecções associadas. Quando não tratada, a doença evolui podendo levar à morte até 90% dos doentes. Leishmaniose Tegumentar Americana: É uma doença infecciosa, não contagiosa, que provoca úlceras na pele e mucosas. É transmitida ao homem pela picada das fêmeas de flebotomíneos infectadas. Transmissão: A transmissão ocorre pela picada de fêmeas de flebotomíneos infectadas. Sintomas: As lesões podem ocorrer na pele e/ou mucosas. As lesões de pele podem ser única, múltiplas, disseminada ou difusa. Apresentam aspecto de úlceras, com bordas elevadas e fundo granuloso, geralmente indolor. As lesões mucosas são mais freqüentes no nariz, boca e garganta. Quando atingem o nariz podem ocorrer entupimentos, sangramentos, coriza e aparecimento de crostas e feridas. Na garganta, dor ao engolir, rouquidão e tosse. Tratamento: Para ambos os casos, o SUS oferece tratamento específico e gratuito para a doença. O tratamento é feito com uso de medicamentos específicos a base de antimônio, repouso e uma boa alimentação. A droga de primeira escolha para tratamento de casos de LV é o antimoniato de N-metil glucamina (Glucantime®). Prevenção: As medidas preventivas visam à redução do contato homem-vetor, podendo ser realizadas medidas de proteção individual, dirigidas ao vetor e à população canina, tais como: uso de mosquiteiros com malha fina, telagem de portas e janelas, manejo ambiental, eliminação de fontes de umidade, dentre outras medidas de conservação ambiental que evitam a proliferação do inseto vetor. CARRAPATOS A febre maculosa, também conhecida como febre do carrapato é uma doença infecciosa aguda causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, que é intracelular obrigatória e tem como vetor biológico o carrapato Amblyomma cajennense, conhecido como ―carrapato estrela‖. Rickettsia rickettsii: Esta doença não é comum, mas o número de casos tem aumentado desde o ano de 1996. É mais comum em zonas rurais, principalmente no sudeste. O vetor desta bactéria é o maior responsável pela manutenção da R. rickettsii
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na natureza, pois há a transmissão transovariana (transmissão para ovos e larvas) e a transmissão transestadial (transmissão da bactéria presente nas larvas, para as fases de ninfa e adulto). Isto permite que o carrapato fique infectado por toda a sua vida e também por várias gerações. A única forma de transmissão é através da picada do carrapato, após ficar fixado no hospedeiro por um período que varia de 4 a 6 horas, ficando incubado por cerca de 2 a 14 dias. As maculas podem aparecer logo nos primeiros dias de febre. São lesões de pele, de coloração rosada, localizadas nos punhos e tornozelos, progredindo para o tronco, face, mãos e pés. Após alguns dias estas lesões podem ser sentidas ao toque, devido a um aumento de volume e ganham uma tonalidade mais escura, podendo ficar arroxeadas após 4 dias. Em áreas mais intensas, pode haver descamação e onde houve a picada, pode aparecer uma úlcera necrótica. Pode haver a evolução para cura natural após 3 semanas. Já nos casos mais graves, pode haver áreas de necrose nos dedos, orelhas, palato mole e genital, podendo vir acompanhado de sangramento de gengiva, do nariz, vômitos e forte tosse seca. O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais, como a imunofluorescência indireta (RIFI) que é um exame específico para esta doença. Também é importante considerar os achados clínicos e os dados epidemiológicos, pois o resultado deste exame é muito demorado. O tratamento é feito com a administração de antibióticos, como a tetraciclina e o cloranfenicol, nos primeiros 2 ou 3 dias, sendo que o ideal é estender a medicação por 10 a 14 dias. http://www.youtube.com/watch?v=2nBKXzJg6n8&feature=related RATOS Um dos maiores problemas ocasionados por roedores é a perda econômica que eles provocam. Os roedores provocam ainda sérios danos às estruturas e materiais, devido ao seu hábito de roer. Estima-se que 25% dos incêndios classificados como "de causas desconhecidas" possam ser provocados pela roedura em fios, causando curtoscircuitos. Os ratos podem comer 10% de seu próprio peso por dia e, através de seus pêlos, fezes ou urina, eles contaminam muito mais alimentos do que podem comer. Um único rato pode produzir cerca de 25.000 pelotas de fezes em um ano. As principais doenças transmitidas: - Leptospirose
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- Peste bubônica - Tifo murino - Febre da mordida do rato - Raiva - Hantavirose - Sarnas e micoses Para Evitá-los: - Limpar diariamente, antes do anoitecer, os locais de refeição e preparo de alimentos. - Determinar um local comum para refeições e colocar os restos de alimentos em recipientes fechados. - Recolher os restos alimentares em recipientes adequados, preferencialmente, sacos plásticos, que deverão ser fechados e recolhidos pelo serviço de coleta urbana. - Colocar sacos, fardos e caixas sobre estrados com altura mínima de 40 cm, afastados uns dos outros e das paredes, deixando espaçamentos que permitam uma inspeção em todos os lados. - Não acumular objetos inúteis ou em desuso. - Não deixar encostados em muros e paredes objetos que facilitem o acesso dos roedores. - Buracos e vãos entre telhas devem ser vedados com argamassa adequada. - Vãos de portas e janelas devem ser vedados. - Colocar telas removíveis em abertura de aeração, entradas de condutores de eletricidade ou vãos de adutores de qualquer natureza. - Não utilizar terrenos baldios ou outras áreas a céu aberto para despejo de lixo. - Manter ralos e tampas de bueiros firmemente encaixados. - Remover e não permitir que sejam feitos amontoados de restos de construção, lixo, galhos, troncos ou pedras.
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TENÍASE
A teníase é uma doença causada pela fase adulta de um verme chamado tênia (taenia solium e taenia saginata) quando esta se aloja no intestino humano através da ingestão de derivados de porco e boi mal cozidos que contenham cistos do verme. Estes cistos formam a popular solitária que pode chegar a três metros de comprimento dentro do organismo humano. Seu corpo é formado por anéis e estes podem armazenar até 80.000 ovos cada um. Os ovos liberados pelas fezes contaminam o solo e a água que transmite aos animais e esses passam para o homem. Sintomas: A verminose por muitas vezes não se manifesta, porém pode apresentar alterações do apetite, diarréia, enjôo, insônia, perda de peso, irritação, dor abdominal, fadiga e fraqueza. Tratamento: O tratamento consiste na ingestão de um anti-helmíntico associado ou não a vermicidas. Para o tratamento caseiro utiliza-se até hoje o chá de sementes de abóbora. Prevenção: Para prevenir esta verminose é importante que se lave bem as mãos ao utilizar o banheiro, ao preparar carnes, ao preparar as carnes e congelá-las (-15º por 3 dias) antes do consumo para que se por acaso houver o verme nesta, ele possa ser morto. http://www.youtube.com/watch?v=acYZN5Y8NCo CISTICERCOSE A cisticercose é causada pela ingestão acidental dos ovos da Taenia solium: platelminto que tem como hospedeiros intermediários os suínos. Indivíduos com teníase, por possuírem em seu organismo a forma adulta da tênia, liberam ovos destes animais, juntamente com suas fezes, podendo contaminar a água ou mesmo alimentos tiagomaltapsi@gmail.com http://tiago-malta.blogspot.com.br
ou mãos. Assim, ao se ingerir os ovos da T. solium, este parasita se encaminha do trato digestivo para à corrente sanguínea, e se alojam em órgãos como cérebro, olhos, coluna ou músculos. O período de incubação da doença varia entre 15 dias a anos após a infecção, podendo também, nunca se manifestar. O tratamento varia de acordo com a localização dos cisticercos, período de contaminação e estado de saúde do paciente. Não defecar ao ar livre; lavar sempre as mãos, principalmente antes de se alimentar e após usar o sanitário; não utilizar fezes humanas, nem esgoto como adubo; não irrigar horta com água de rio; lavar bem as frutas e verduras antes de ingeri-las; tomar água apenas se estiver tratada e acompanhamento médico dos portadores de cisticercose e teníase são as principais formas de evitar seu contágio e o de outras pessoas a curto e a longo prazo. http://www.youtube.com/watch?v=3xVkE0pZgps
TOXOPLASMOSE Toxoplasmose é uma doença infecciosa, congênita ou adquirida, causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii, encontrado nas fezes dos gatos e outros felinos. Homens e outros animais também podem hospedar o parasita. A toxoplasmose pode ser adquirida pela ingestão de alimentos contaminados — em especial carnes cruas ou mal passadas, principalmente de porco e de carneiro, e vegetais que abriguem os cistos do Toxoplasma, por terem tido contato com as fezes de animais hospedeiros ou material contaminado por elas mesmas. A toxoplasmose pode ser transmitida congenitamente, ou seja, da mãe para o feto, mas não se transmite de uma pessoa para outra. Seu diagnóstico é feito levando em conta exames clínicos e exames laboratoriais de sangue. Sintomas: A toxoplasmose pode ser uma doença absolutamente assintomática ou provocar quadros graves no miocárdio, fígado e músculos; no caso de haver sintomas, merecem destaque: * Febre; * Manchas pelo corpo; * Cansaço; * Dores no corpo; * Linfadenopatia, ou seja, ínguas espalhadas pelo corpo; * Dificuldade para enxergar que pode evoluir para cegueira;
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* Lesões na retina. http://www.youtube.com/watch?v=ejdTMLVMETE TUBERCULOSE
A tuberculose é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch em homenagem ao seu descobridor, o bacteriologista alemão Robert Koch, em 1882. Outras espécies de micobactérias, como as Mycobacterium bovis, M. africanum e M. microti também podem causar esta doença que afeta, principalmente, os pulmões, Rins, intestino delgado, dentre outros. A transmissão é direta: ocorre de pessoa para pessoa via gotículas de saliva contendo o agente infeccioso, sendo maior o risco de transmissão durante contatos prolongados em ambientes fechados e com pouca ventilação. A resposta imunológica é capaz de impedir o desenvolvimento da doença e, por tal motivo, pessoas com sistema imune menos resistente ou comprometido estão mais propensas a adquirir esta doença, de evolução geralmente lenta. Após a transmissão do bacilo, ocorrerá uma destas situações: o sistema imunológico do indivíduo pode eliminá-lo; a bactéria pode se desenvolver, mas sem causar a doença; a tuberculose se desenvolve (tuberculose primária) ou pode haver a ativação da doença vários anos depois (tuberculose pósprimária). Alguns pacientes podem não apresentar os sintomas ou estes podem ser ignorados por serem parecidos com os de uma gripe. Tosse seca e contínua se apresentando posteriormente com secreção e com duração de mais de quatro semanas, sudorese noturna, cansaço excessivo, palidez, falta de apetite e rouquidão são os sintomas da doença. Dificuldade na respiração, eliminação de sangue e acúmulo de pus na pleura pulmonar são característicos em casos mais graves.
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O diagnóstico é feito via análise dos sintomas e radiografia do tórax. Exames laboratoriais das secreções pulmonares e escarro do indivíduo são procedimentos confirmatórios. O tratamento é feito à base de antibióticos, com duração de aproximadamente seis meses. É imprescindível que este não seja interrompido – fato que pode ocorrer, principalmente, devido aos efeitos colaterais, tais como enjôos, vômitos e mal-estar. As medicações são distribuídas gratuitamente pelo sistema de saúde, através de seus postos municipais de atendimento. A vacina BCG é utilizada na prevenção da tuberculose e deve ser administrada em todos os recém-nascidos. Melhoras nas condições de vida da população, além de tratamento e orientação aos enfermos são formas de evitar sua contaminação em maior escala.
FONTE: http://www.faperj.br/boletim_interna.phtml?obj_id=6617 http://comlurb.rio.rj.gov.br/serv_vetores.htm http://portal.fiocruz.br/pt-br
Tiago A. M. Malta (Rio de Janeiro 22 de Janeiro de 2014) Endereço Eletrônico: tiagomaltapsi@gmail.com BLOG: http://tiago-malta.blogspot.com.br
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