Hotel
Casino da Ponte PROJECTO DE RECONVERSÃO E AMPLIAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Hotel
Casino da Ponte PROJECTO DE RECONVERSÃO E AMPLIAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Localização: Rua Cabo Simão/Vila Nova de Gaia
Requerente: Oporto Player – Investimentos Lda
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índice
01
DESCRIÇÃO E JUSTIFICAÇÃO DA PROPOSTA PARA A EDIFICAÇÃO
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ENQUADRAMENTO DA PRETENSÃO NOS PLANOS MUNICIPAIS E ESPECIAIS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO VIGENTES
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ADEQUAÇÃO DA EDIFICAÇÃO À UTILIZAÇÃO PRETENDIDA
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03.1
Considerações gerais
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03.2
Distribuição do programa
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04
INSERÇÃO URBANA E PAISAGÍSTICA DA EDIFICAÇÃO
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05
INDICAÇÃO DA NATUREZA E CONDIÇÕES DO TERRENO
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06
USO A QUE SE DESTINAM AS FRACÇÕES
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07
CONCEPÇÃO CONSTRUTIVA
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08
IMAGEM NOTURNA
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PROJECTO
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IMAGEM DIURNA
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BIOGRAFIA GIGANTE
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01 DESCRIÇÃO E JUSTIFICAÇÃO DA PROPOSTA PARA A EDIFICAÇÃO
Refere-se a presente memória descritiva ao projecto de reconversão e ampliação de um conjunto de edifícios situados entre a Rua Casino da Ponte e a Rua Cabo Simão, em Vila Nova de Gaia, no sentido de aí criar uma unidade hoteleira de quatro estrelas designada por Hotel Casino da Ponte. O conjunto preexistente é constituído por uma série de três volumes de antigos armazéns escalonados, construídos com paredes de alvenaria de granito ao longo da escarpa que, descendo da Serra do Pilar, se estende com abrupta pendente entre as duas ruas atrás referidas. E ainda por um edifício à cota superior onde até à década de 20 do século passado funcionou o denominado Casino da Ponte, um espaço de jogo clandestino servido por um restaurante panorâmico e uma sala de espectáculos. Terá sido a construção da ponte Luís I, nos finais do século XIX, que proporcionou as condições
para a criação de melhores acessos e, por essa via, o desenvolvimento deste núcleo edificado sob a escarpa do mosteiro da Serra do Pilar. Após o fecho do Casino, o conjunto foi adquirido pela firma Barros & Almeida, ligada à produção e comércio de vinho do Porto, que em 1939 fez obras nos edifícios dando-lhes genericamente a sua configuração actual. Restam ainda sinais dessa ocupação, tanto nas cubas de vinho existentes como no curioso pináculo em forma de garrafa que encima um dos mirantes dispostos na reduzida área exterior da encosta. O local apresenta condições excepcionais tanto do ponto de vista paisagístico como da sua articulação com as duas margens do Rio Douro, sendo urgente que surjam oportunidades capazes de viabilizarem a reabilitação do tecido edificado que lhe dá forma.
O presente desígnio de aí situar um Hotel de quatro estrelas com 80 quartos enquadra-se nessa perspectiva, reconhecendo as condições vantajosas da sua localização, entre o Mosteiro da Serra do Pilar e a ponte Luís I, dispondo de meios de acesso muito próximos (metro, teleférico, funicular e o próprio tabuleiro inferior da ponte que une as duas margens do Rio Douro.
assente num relativo despojamento da sua imagem capaz de manter tensa a interdependência com toda a sua envolvente edificada.
Sendo embora arquitectonicamente indissociáveis do conjunto construído em que se inserem, os volumes integrantes do terreno objecto do presente projecto constituem, pela sua dimensão e posicionamento, uma parcela determinante na identidade urbana do lugar, pelo que qualquer
Nesse sentido, torna-se tema dominante a consolidação da imagem dos longos volumes escalonados que sobem em cascata desde a margem do rio, sabendo que nenhum deles, por si só, é suficientemente interessante do ponto de vista arquitectónico e que a sua forte presença
projecto para a sua revitalização deverá estar atento a essa especificidade. Por isso, se por um lado o local se torna naturalmente apetecível para a implantação de uma unidade hoteleira, por outro lado convida, em nossa opinião, a um conceito de inserção urbana
Assim, é nosso propósito que o carácter singular do futuro hotel decorra essencialmente da sua própria diluição na atmosfera do Lugar, preservando e aprofundando a sua pertença ao conjunto envolvente que lhe dá sentido.
urbana decorre fundamentalmente da coesão do conjunto onde se integram. É nessa perspectiva que foi desenvolvido o presente projecto de arquitectura.
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02 ENQUADRAMENTO DA PRETENSÃO NOS PLANOS MUNICIPAIS E ESPECIAIS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO VIGENTES
A presente pretensão enquadra-se no Plano Director Municipal (PDM) de Vila Nova de Gaia, e a situação do lote, em plena zona histórica, apresenta as seguintes condicionantes: »» Encontra-se na zona especial de protecção (dec-lei 107/2001 de 8 de Setembro) da Ponte Luís I e da igreja e claustro do Mosteiro da Serra do Pilar e Sala do Capítulo, Refeitório, Cozinha, Torre e Capela. »» Encontra-se em Área Crítica de Recuperação e Reconversão Urbanística do Centro Histórico (dec. Regulamentar n.º 54/97 de 19 de Dezembro).
É abrangida também pelas seguintes salvaguardas: »» Zona arqueológica inventariada– Fábrica de Cerâmica do Senhor do Além e Capela do Senhor do Além. »» Zona de protecção integral do Património Arquitectónico – área complementar
Refira-se ainda que o lote se encontra situado em Área de Usos Mistos Tipo 1, onde se admitem “novas edificações ou ampliação da cércea das existentes, desde que devidamente enquadradas na envolvente, nomeadamente no que diz respeito ao cumprimento do alinhamento, da integração da cobertura e do ritmo e dimensão dos vãos”. Na elaboração do projecto foram tidas em conta as condicionantes e especificações regulamentares aplicáveis à área urbana em questão.
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03 ADEQUAÇÃO DA EDIFICAÇÃO À UTILIZAÇÃO PRETENDIDA 03.1 Considerações gerais
No sentido da sua adequação à utilização como hotel, o projecto procura distribuir os espaços integrados no programa de modo a preservar e até a acentuar a identidade arquitectónica dos vários corpos que compõem o conjunto edificado. Assim, colocaram-se quase todos os quartos nos três volumes escalonados dos antigos armazéns, tendo sido possível integrar aí um total de 76 (setenta e seis) unidades, todos com área superior aos valores mínimos regulamentares para um hotel de quatro estrelas (14,5m2 para quartos individuais e 19,5m2 para quartos duplos), integrando instalação sanitária própria. Esta distribuição torna-se mais rentável e apropriada, já que possibilita criar um tipo de ordenamento repetitivo e orientar todas as unidades no
sentido do Rio Douro (se bem que as dos pisos inferiores não possam beneficiar do melhor enquadramento visual). Apenas os restantes 4 (quatro) quartos se situem no edifício de entrada (antigo Casino) situado à cota mais alta, neste caso usufruindo de uma magnífica vista sobre a cidade do Porto. Deste modo, os quartos em geral ficam alojados em áreas mais recatadas, resguardando a necessária privacidade e permitindo manter a integridade da forma dos actuais edifícios já que é suficiente manter o ritmo dos vãos preexistentes, complementados por novas aberturas, verticalmente alinhadas com os mesmos, a executar com configuração e dimensão idênticas.
Pelo contrário, as áreas comuns e particularmente o restaurante e bar requerem um outro enquadramento na perspectiva da criação de espaços amplos com uma franca articulação com as áreas exteriores e, por isso, com maior apetência para se situarem em volumes novos de ampliação construídos com estruturas que permitam menos constrangimentos espaciais. Também a sala polivalente e o ginásio se situam num novo corpo, proporcionando áreas mais amplas de apropriação.
Por seu lado, a garagem (20 lugares) dispõe-se no edifício preexistente que integra as antigas cubas de vinho, as quais serão demolidas, permitindo a criação de dois pisos de estacionamento graças à grande dimensão do actual pé-direito. A adequação da garagem a este corpo justifica-se pelo facto de o volume existente não dispor de aberturas sobre o Rio, uma vez que o seu limite norte confina com o lote adjacente.
Unindo verticalmente estes dois corpos de ampliação (restaurante-bar/cozinha e sala polivalente/ginásio) desenvolve-se o esguio volume dos dois elevadores situados fora dos edifícios preexistentes.
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03 ADEQUAÇÃO DA EDIFICAÇÃO À UTILIZAÇÃO PRETENDIDA 03.2 Distribuição do programa
Átrio/Recepção/Administração
Restaurante/Bar/Cozinha/Espaços exteriores
Sala Polivalente/Ginásio/Sauna
Situa-se no corpo principal do edifício do antigo casino, no amplo espaço existente de pé-direito duplo, com um magnífico enquadramento visual do rio. Trata-se duma óptima localização, à cota alta, junto à ponte Luís I e à estação do Metro, perto do teleférico e do miradouro da Serra do Pilar.
O Restaurante/Bar dispõe-se num amplo espaço envidraçado em toda a sua fachada norte, voltada ao Rio Douro, dispondo de uma estreita mas extensa varanda exterior que poderá funcionar como esplanada.
Junto à Rua Cabo Simão, o novo conjunto de ampliação remata num corpo que acompanha a frente de rua, no qual se insere uma grande Sala Polivalente de pé-direito duplo destinada a reuniões/eventos, a qual dispõe de uma frente envidraçada para o exterior.
A dimensão do espaço permite integrar neste espaço uma folgada área de estar, constituindo o edifício um elemento com grande legibilidade na articulação com o ponto de chegada da ponte a Vila Nova de Gaia. O balcão de recepção dispõe de um compartimento para bagagem dos clientes e articula directamente com a área da Administração e Gabinete do Director. Neste piso, dispõem-se ainda instalações sanitárias para o pessoal administrativo e também para o público.
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A partir do Restaurante é possível aceder às plataformas exteriores do terreno, que serão objecto de um arranjo paisagístico adequado, com novos muros e áreas ajardinadas. Para tal, prevê-se a demolição integral dos dois volumes/mirante já referidos, sem qualquer interesse arquitectónico, que perturbam a relação entre o Restaurante e a paisagem. Em todas as plataformas exteriores, mesmo as situadas na cobertura dos edifícios, prevê-se um recobrimento ajardinado contínuo que uniformize a imagem do conjunto. O Restaurante/Bar será ainda complementado por um pequeno Bar informal situado no piso superior do novo corpo de elevadores, servido
por uma ampla janela panorâmica com vista sobre a cidade do Porto. A Cozinha e a Área de Pessoal situam-se no piso sobre o Restaurante/Bar, dispondo de vãos envidraçados mas sem visibilidade a partir do exterior, já que se localizam por detrás da pala frontal situada no alinhamento do limite da esplanada. As cargas e descargas para a Cozinha processam-se directamente a partir da Rua do Casino da Ponte, através de elevador e escada de serviço próprios, conforme evidenciado em plantas. A Cozinha comunica com o Restaurante através de escada interior e ainda por sistema monta-pratos articulado com uma copa existente no piso inferior.
No piso superior deste volume situa-se um pequeno ginásio equipado com sauna e outras valências a definir.
Estacionamento O Hotel dispõe de estacionamento próprio para 20 viaturas ligeiras, com acesso directo pelo interior.
Quartos Todos os quartos (num total de 80 unidades) dispõem de instalação sanitária própria com diversas configurações definidas em plantas. Os 76 quartos dispostos nos volumes dos antigos armazéns têm ainda uma pequena varanda reentrante na fachada voltada ao Rio, que transporta para o interior do volume a caixilharia, conferindo aos edifícios um carácter que os aproxima do imaginário de uma ruína. Nos pisos de quartos dispõem-se alguns espaços de copa de serviço. Considerando as condicionantes da configuração preexistente, nem todos os pisos têm copa, facto que pode ser minimizado pela previsão de um circuito interno de elevadores de serviço que articulam entre si os vários pisos e os vários blocos de quartos, ligando directamente à lavandaria.
Circulações/acessos interiores Refira-se finalmente a criação, à cota superior, de um novo volume de ampliação destinado a quartos, implantado sobre o corpo preexistente que acolherá a garagem. No percurso desde os elevadores até aos quartos, os utentes atravessarão, em quase todos os pisos, umas “pontes” envidraçadas de onde poderão usufruir da magnífica paisagem do Rio.
A partir da recepção, os clientes do Hotel poderão dirigir-se ao piso superior, onde se situam 4 (quatro) quartos ou descer para os pisos situados até à cota do Restaurante/Bar através de dois elevadores, cujo pequeno átrio dispõe, em todos os pisos de vãos envidraçados tanto para a Rua do Casino da Ponte como para a abrangente panorâmica sobre o Porto. Em todos os pisos os elevadores são acompanhados de escadas enclausuradas com compartimentação corta-fogo em geral. Existe também um elevador de serviço paralelo para uso do pessoal do hotel. A partir do piso do Restaurante/Bar, que constitui o espaço central do conjunto, o percurso dos clientes é transferido para um segundo grupo de dois elevadores que desce até aos restantes pisos dentro de um volume próprio integrado no novo corpo de ampliação.
Nos três volumes dos restantes quartos (76) inserem-se elevadores de serviço que permitem o circuito interno exclusivo do pessoal, bem como caixas de escadas enclausuradas com compartimentação corta-fogo. Refira-se ainda a presença de um percurso interno ao conjunto edificado que seguirá ao longo de espaços onde a escarpa se encontra visível e que constituirá a revitalização de um antigo percurso existente, sendo nos desenhos legendado como espaço exterior coberto, já que será ventilado naturalmente, funcionando também como caminho de evacuação em caso de incêndio.
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04 INSERÇÃO URBANA E PAISAGÍSTICA DA EDIFICAÇÃO
O conjunto edificado preexistente constitui uma unidade bem sedimentada no espaço urbano envolvente, constituindo com este uma sólida base do belíssimo Mosteiro da Serra do Pilar. Pelo modo como se implanta é bem legível que entre este conjunto e a paisagem que o enquadra se estabelece uma relação mutuamente contemplativa, transformando a construção em elemento indissociável da caracterização arquitectónica do Lugar.
»» A manutenção da cércea da generalidade dos edifícios preexistentes, com excepção para o volume superior dos antigos armazéns, cuja cércea subirá cerca de 2 metros para incluir mais um piso de quartos. Este volume superior será complementado por um novo corpo de ampliação no sentido nascente, que integrará dois pisos de quartos e cujas fachadas serão desenhadas em continuidade com o edifício lateral preexistente.
»» Todos os enxertos e alterações nestas fachadas serão executados com alvenaria de granito à vista e pintada de branco, à semelhança dos antigos armazéns intercalados entre o nosso terreno e o Rio Douro.
Daí o deliberado propósito, já expresso no ponto 1 desta Memória, de que o futuro Hotel se dilua na arquitectura envolvente, sabendo que qualquer destaque demasiado ostensivo o banalizará, aproximando-o do conceito de tantas e tantas unidades hoteleiros que aspiram a uma imagem demarcadora da sua presença.
»» A manutenção do ritmo e dimensão das janelas existentes nestes volumes, sendo que os novos pisos integrados no seu interior respeitarão nas aberturas as mesmas características. Para tal, proceder-se-á a uma translacção vertical dos vãos, de modo a preservar-se a identidade da fachada, no que respeita à rela-
»» Por outro lado, a actual fragilidade do edifício superior do antigo Casino, nomeadamente no que se refere ao seu apoio na escarpa, será subvertida pelo novo volume de ampliação do Restaurante/Cozinha, cujo desenho concretizado num compacto corpo de betão permitirá criar uma base sólida capaz de estabilizar e
Alguns aspectos importantes foram tidos em conta na concepção do projecto tendentes a consolidar esta inserção urbana e paisagística mas também evidenciar subtis sinais que permitam ler a discreta individualidade do Hotel:
ção cheio/vazio e ao ritmo das aberturas »» A criação de varandas reentrantes nos quartos, que retiram as caixilharias dos vãos, criando sombras nas fachadas que as aproximam da imagem de ruínas, ou seja da sua actual identidade. No volume inferior, onde as
aberturas são maiores, a varanda intercepta os vãos em metade da sua largura (sendo a outra metade envidraçada), criando a ilusão de um novo redimensionamento do vão que o aproxima da métrica dos dois volumes superiores.
consolidar a imagem do antigo edifício onde se situará a entrada do Hotel. Assim, a Cozinha, que também ocupará o piso superior por imperativo de viabilizar as descargas a partir da Rua do Casino da Ponte (no interior do edifício existente) acaba por dar corpo a um
volume fechado que ganha todo o sentido no equilíbrio do conjunto reabilitado. »» O desdobramento dos ascensores em duas prumadas diferentes permite ligar o corpo do Restaurante/Cozinha ao próprio volume dos elevadores, conferindo mais unidade ao conjunto. Por outro lado, tal processo de desdobramento viabiliza a colocação de um tramo superior dos acessos verticais dentro do edifício existente, reduzindo o impacto do novo volume de ampliação na paisagem. »» Refira-se finalmente que o presente processo integra um pedido de isenção de colocação de painéis solares, subscrito por especialista credenciado, prevenindo um aspecto fundamental na preservação da identidade da arquitectura do conjunto, também estribada na sequência de telhados com manifesta importância na paisagem urbana.
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INDICAÇÃO DA NATUREZA E CONDIÇÕES DO TERRENO
USO A QUE SE DESTINAM AS FRACÇÕES
Trata-se de um terreno caracterizado por uma enorme pendente, com a presença dos elementos rochosos da escarpa que se estende desde o Rio Douro até ao Mosteiro da Serra do Pilar.
se refere ao Projecto de Fundações e Estruturas, considerando que os actuais edifícios constituem elementos de contraventamento da mesma escarpa.
O extracto da planta de Reserva Ecológica Nacional (REN) identifica o local como “zona declivosa”, especificando tratar-se de uma “escarpa e sua Faixa de Protecção).
A consolidação da escarpa em geral, em toda a área do terreno constitui, por isso, um tema central no desenvolvimento do projecto e preparação da obra, tanto no que se refere ao edificado como aos espaços exteriores e respectivos muros de contenção.
A presença desta escarpa, que inclusivamente surge à vista em algumas áreas do interior dos edifícios exigirá grande atenção na elaboração do projecto de execução, nomeadamente no que
Conforme já referido, a intervenção visa dotar o conjunto edificado existente com as melhores condições para a sua adequação ao funcionamento de uma Hotel de quatro estrelas,
dotando-o das valências já referidas no ponto 3 da presente Memória Descritiva, conforme expresso na legendagem das plantas integrantes do projecto.
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07 CONCEPÇÃO CONSTRUTIVA
Blocos de quartos Na reconversão destes três edifícios prevê-se a manutenção das paredes exteriores de granito primitivas e a reconstrução no mesmo material das extensões das mesmas afectadas por ampliações ou alteração no posicionamento de vãos exteriores. A alvenaria de granito será, em todos os casos, complementada por uma forra interior de tijolo e colocação de isolamento térmico intercalar. De modo a uniformizar as superfícies exteriores, resultantes de vários enxertos preexistentes e da própria intervenção proposta no projecto, prevê-se uma pintura directa das fachadas, de cor branca, com produto que permita manter a leitura da textura da alvenaria de granito. Este procedimento corresponde, aliás, ao usado tradicionalmente nos antigos armazéns situados na envolvente.
Edifício do antigo Casino
Corpo de ampliação
A estrutura dos novos pavimentos será executada com lajes de betão maciço ou aligeirado, sendo o revestimento dos quartos executado com soalho de madeira maciça As caixilharias serão de madeira pintada com vidro duplo.
Será mantido com a sua configuração actual, rebocado e pintado, admitindo-se que a obra possa vir a revelar superfícies de parede em que a qualidade da alvenaria de granito aconselhe seja deixada à vista.
Será integralmente executado com paredes exteriores de betão à vista, com forra interior de tijolo e isolamento térmico intercalar. As caixilharias serão de alumínio ou madeira pintados.
O corpo de ampliação destinado a quartos, sobreposto ao volume preexistente que irá conter a garagem, será obviamente construído com um sistema mais aligeirado, prevendo-se uma estrutura metálica e fachadas executadas com alvenaria de tijolo, sendo também pintadas a branco.
As caixilharias serão de madeira pintada.
O betão, sendo o material mais adequado para a forma proposta, é o que mais se adequa ao propósito já enunciado de conferir aos volumes um carácter compacto, já que se situam no actual espaço exterior ocupado pelas poucas plataformas abertas na escarpa. Por outro lado, tal configuração, consolidada num desenho que privilegia a continuidade compositiva entre os dois corpos de betão (superior e inferior) e o volume dos elevadores, está também ligado a um sinal de contemporaneidade importante na compreensão dos tempos de construção do conjunto projectado. O projecto inclui indicações e pormenores de construção que referem, em geral, os materiais e sistemas construtivos adoptados.
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Projectos de especialidades O presente projecto de Arquitectura foi desenvolvido desde o início com a assessoria de todos os projectos de especialidades integrantes da obra, com especial destaque para o projecto de Fundações e Estruturas, instalações e Equipamentos de Águas e Esgotos, Instalações e Equipamentos Mecânicos, Instalações e Equipamentos Eléctricos e Instalações de Segurança, no sentido de considerar todas as condicionantes inerentes à inserção dos vários sistemas.
Sob o ponto de vista de Segurança contra Risco de Incêndios, o edifício foi previamente enquadrado na legislação em vigor ( Regime Jurídico da Segurança Contra Incêndios em Edifícios – Dec. Lei n.º 220/2008 de 12 de Novembro e Regulamento Técnico de Segurança Contra Incêndios em Edifícios – Portaria n.º 1532/2008 de 29 de Dezembro), no qual se encontram salvaguardadas as principais condições de segurança relacionadas com:
Assim, foram desde já previstas as áreas técnicas necessárias, conforme assinalado em plantas, e considerados os atravancamentos para os vários caminhos das redes infraestruturais.
»» Compartimentação geral corta-fogo;
Particular atenção foi dada ao aspecto da Segurança Integrada e às acessibilidades, uma vez que afecta toda a estrutura de organização dos espaços e seu dimensionamento.
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»» Isolamento e proteção dos locais de risco; »» Isolamento e proteção das vias horizontais e verticais de evacuação; »» Condições gerais de evacuação, nos locais e nas vias horizontais e verticais de evacuação.
Não obstante ao anteriormente referido, o Projeto de Segurança Contra Incêndios do edifício, em fase de apresentação das especialidades, será devidamente instruído e subscrito por Técnico devidamente credenciado, para posterior análise pelas entidades competentes.
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Planta cobertura
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Planta piso 12
Cota 64,48
Átrio/Recepção Quartos Área de serviço
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Planta piso 11 Átrio/Recepção Administração Área de serviço
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Cota 61,18
Planta piso 10
Cota 58,00
Área técnica Área de serviço
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Planta piso 09 Quartos ร rea de serviรงo
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Cota 54,68
Planta piso 08 Bar panorâmico
Sala pessoal/Vestiários
Quartos
Cozinha
Cota 50,98
Área de serviço
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Planta piso 07A
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Restaurante/Bar
Área de serviço
Área técnica
Garagem
Cotas 45,95 · 46,90 · 48,15
45.55
Planta piso 07 Restaurante/Bar
Área de serviço
Quartos
Garagem
Cotas 45,55 · 45,95
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Planta piso 06 Quartos ร rea de serviรงo
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Cota 42,55
Planta piso 05
Cota 38,36
Quartos Área técnica Área de serviço
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Planta piso 04 Quartos ร rea de serviรงo
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Cota 35,51
Planta piso 03
Cota 32,66
Quartos Área técnica Área de serviço
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Planta piso 02
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Ginásio/Sauna
Área técnica
Quartos
Área de serviço
Cotas 29,25 · 30,74
Planta piso 01
Cota 27,00
Sala polivalente (reuni천es)
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11 BIOGRAFIA JOSÉ GIGANTE Professor e Coordenador da Área Científica de Construção
Biografia José Gigante nasce no Porto em 1952 e licencia-se em Arquitectura pela Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP) em 1981. Entre 1978 e 1994 colaborou no gabinete de Jorge Gigante e Francisco Melo, sendo responsável por vários projectos e obras. Entre 1988 e 1991 realiza alguns projectos em co-autoria com João Álvaro Rocha. Desde 1997 é sócio-gerente da empresa “José Gigante - Arquitecto Lda”.
Concursos
culdade de Arquitectura da Universidade do Porto – FAUP (desde 2010) e no novo curso de arquitectura da Universidade Lusófona do Porto – ULP (desde 2012).
Prémio Gulbenkian de Arquitectura / Design, 1986;
1.º Lugar no Concurso para o Laboratório Nacional de Investigação Veterinária / Vila do Conde, 1990;
Foi também Professor Visitante na École d’Architecture de Clermont-Ferrand – ENSACF (1989), École d’Architecture de Nancy - ENSAN (1991) e Facultad de Arquitectura de Universidad de Palermo - UP / Buenos Aires (1999).
Prémio Secretaria de Estado da Energia, 1988;
1.º Lugar no Concurso para o Instituto de Comunicações de Portugal / Porto, 1992;
Prémio Architécti / Centro Cultural de Belém, 1994;
1.º Lugar no Concurso para o Conjunto de Habitações Sociais das Eirinhas / Porto, 1995;
Prémio Instituto Nacional de Habitação, 1997;
2.º Lugar no Concurso para a Escola de Arqueologia do Freixo / Marco de Canavezes, 2001;
Prémio Nacional de Arquitectura AAP/SEC, 1987;
Iniciou a sua actividade docente em 1981, tendo leccionado na Escola Superior de Belas Artes do Porto - ESBAP (1981-84), Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto – FAUP (1984-1998), Departamento de Arquitectura da
Prémio Municipal de Arquitectura Januário Godinho, 1998;
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra - DARQ-FCTUC (1992-2010) e Escola Superior de Artes e Design – ESAD (2012-2013).
(American Institute of Architects - Europe International Design Award) / Madrid, 2001
Actualmente é Professor Convidado na Fa-
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Prémios
2º Prémio RECRIA, 2000; 1.º Prémio Europeu de Arquitectura AIA-Europe
3.º Lugar no Concurso para a Reabilitação do Mosteiro de S. Salvador de Grijó, 2001; 2.º Lugar no Concurso para a Plaza de la UAM / Madrid, 2007; 2.º Lugar no Concurso para o Novo Edifício Central da Câmara Municipal de Loures, 2007
Distinções
Exposições, conferências e publicações
Finalista do Prémio Internazionale di Architettura Andrea Palladio / Vicenza, 1991;
Finalista do Prémio Europeu de Arquitectura Mies Van der Rohe / Barcelona, 1999;
Menção Honrosa no Prémio Nacional de Arquitectura AAP/SEC, 1993;
Finalista do Prémio “A Pedra na Arquitectura”, 1999;
Menção Honrosa no Prémio Nacional de Arquitectura AAP/AECOPS, 1993;
Finalista do Prémio FAD de Arquitectura / Barcelona, 2000;
Menção Honrosa no Prémio Architécti, 1993;
Menção Honrosa no Prémio “A Pedra na Arquitectura”, 2005;
Finalista do Premio Iberfad/Alejandro de la Sota / Barcelona, 1996; Finalista do Prémio Secil de Arquitectura, 1996 e 1998; Nomeado para o Prémio Europeu de Arquitectura Mies Van der Rohe / Barcelona, 1997; Finalista da I Bienal Ibero-americana de Arquitectura e Engenharia Civil / Madrid, 1998;
Projectos e obras expostos e publicados em: Alemanha, Argentina, Brasil, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Holanda, Itália, Inglaterra, Portugal e Suíça.
Finalista do I Prémio ENOR de Arquitectura / Vigo, 2005; Menção Especial no Prémio de Arquitectura em Tijolo de Face à Vista, 2005; Finalista do IV Prémio ENOR de Arquitectura / Vigo, 2009.
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José Gigante Arquitecto Lda. Rua D. António Barroso, 289 · 4050–060 Porto, Portugal Tel. 22 606 35 66 / 96 290 58 89 / 96 901 90 67 E-mail geral@josegigante.pt Contribuinte 504 019 007
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