Mobilidade 34

Março / Abril 2015

Nº 34 Mar / Abr 2015 Bimestral Gratuita

TRANSPORTES RODOVIÁRIOS EM ANGOLA:

OS DESAFIOS DO FUTURO

Moçambique acolhe VIII Congresso dos Portos de Língua Portuguesa Organização Maritima Internacional realiza Fórum Regional em Luanda Ministério dos Transportes de Angola promove debate sobre a Gestão das Empresas Públicas num Quadro Macroeconómico e Orçamental Restritivo Frete Marítimo e Seguro de Importação de Mercadorias em Análise no Conselho Nacional de Carregadores de Angola Panorama da Indústria Ferroviária Europeia Selvagens: Espanha desbloqueia expansão do Mar Português

índice

Editorial ANGOLA: Novos Caminhos para o Investimento

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Em Análise Análise da Conjuntura Económica Internacional Grande Reportagem Transportes Rodoviários em Angola: Os Desafios do Futuro

8 16

Actualidade Nacional Organização Marítima Internacional realiza Fórum Regional em Luanda Ministério dos Transportes promove debate sobre a Gestão das Empresas Públicas num quadro Macroeconómico e Orçamental Restritivo Frete Marítimo e Seguro de Importação em análise no Conselho Nacional de Carregadores de Angola José Eduardo dos Santos inaugura Terminal Marítimo de Passageiros do Museu da Escravatura Criação de Gabinete para a Coordenação e Acompanhamento dos Projectos de Infraestruturas de Acesso ao Novo Aeroporto Internacional de Luanda Breves Nacionais Actualidade Internacional VIII Congresso dos Portos de Língua Portuguesa Panorama da Indústria Ferroviária Europeia Porto de Sines: Um potencial de crescimento extraordinário África: Um Continente em Busca do Turismo Moçambique entre as 3 Economias Africanas com Maior Expansão até 2019 Selvagens: Espanha desbloqueia expansão do Mar Português Porto de Setúbal, um porto exportador Breves Internacionais

26 30 34 38 40 42 52 56 68 76 80 82 84 90

1 REVISTA MOBILIDADE MARÇO ABRIL 2015

editorial

ANGOLA: NOVOS CAMINHOS PARA O DESENVOLVIMENTO REVISTA MOBILIDADE MARÇO ABRIL 2015 Propriedade Transportes e Logística, Publicações e Eventos, Lda Rua Comandante Dack Doy, Nº 100, Bairro Azul, Luanda – Angola geral@tlpe-ao.com

Conselho de Gerência Manuel Ferreira Caetano, Presidente; Ladislau Silva, Manuel Rodrigues, Vogais Conselho Editorial Personalidades nacionais e internacionais ligadas à logística, aos transportes, ao ordenamento do território, ao planeamento urbano e ao desenvolvimento regional Director Manuel Ferreira Caetano Colaboradores João Farinha, Manuela Graça, Maria Luísa Caetano, Paulo Pereira, Salim Martins, CargoNews Marketing e Imagem Alexandra Caetano Fausto Reis de Oliveira Paginação e Design Gráfico Ana Zilhão Fotografia Tânia Belo Comunicação e Tecnologias de Informação João Nunes Impressão MJ Publicidade Publicidade e Assinaturas Mauro Henriques maurohenriques@tlpe-ao.com Maria Emília Barbosa emiliabarbosa@tlpe-ao.com

2 REVISTA MOBILIDADE MARÇO ABRIL 2015

Revista bimestral, tirada em 3.000 exemplares Depósito legal: MCS-445/B/2006

«AS DIFICULDADES AGUÇAM O ENGENHO». É notável o progresso e o desenvolvimento económico e social, ocorrido em Angola, nos últimos anos, sob a liderança inspiradora do seu Presidente da República, Engº José Eduardo dos Santos. A recente queda da cotação do preço do petróleo tem vindo a criar, no País, uma onda de pessimismo, particularmente por parte dos investidores e do empresariado nacional e estrangeiro.

Os atrasos, conjunturais, que se têm vindo a verificar nos pagamentos e a não abundancia de divisas, têm vindo a dificultar as transacções nacionais e internacionais. O país estava muito dependente do petróleo e do preço do mesmo.

Este novo quadro que Angola está a viver, constitui um grande desafio ao executivo Angolano e aos agentes económicos para aproveitarem as grandes potencialidades e as grandes oportunidades de investimentos existentes nos diferentes sectores da economia nacional.

editorial

O momento não é para pessimismos, mas para Angola dispõe de um Presidente e de um olhar o futuro com ambição e determinação.

Executivo competentes e experientes. Já conseguiram a Paz no País. Implementaram É o momento para converter os desafios uma correcta política de reconciliação em oportunidades, é o momento como diz o nacional. Estou certo de que irão criar as Presidente, José Eduardo dos Santos, de se condições ambientais, financeiras, legislativas intensificar a diversificação das fontes de e regulamentares, favoráveis para que a luta rendimento da economia angolana. pela diversificação das fontes de rendimento da economia angolana tenha o sucesso A agricultura, a agro-indústria, a esperado. industrialização, as pescas, o turismo, a energia, as comunicações, a logística, as Não é o momento de baixar os braços. Pelo infraestruturas de transportes e logística contrário, é a hora de visionar o futuro com são, entre outras áreas, fontes de grandes esperança. oportunidades para os investidores e para o empresariado nacional e estrangeiro.

Neste contexto, os esforços que tem vindo a ser feitos na Saúde, na Educação, na Como costuma dizer-se «Há males que Formação Profissional, nos Transportes, na vêm por bem» os preços do petróleo, Logística, nas Comunicações, no Saneamento conjunturalmente baixos, que estou certo que, Económico e na Energia não podem abrandar. no ano de 2016, poderá rondar os 70 dólares/ Têm que ser, igualmente, intensificados. barril, darão origem, seguramente, à luta pela diversificação da economia angolana.

Manuel Ferreira Caetano Director da Mobilidade

3 REVISTA MOBILIDADE MARÇO ABRIL 2015

ATRIBUIÇÕES DO CNC a) Apoiar tecnicamente o Ministério na concepção, elaboração, adopção implementação e controlo de políticas e metodologias de execução das operações de comércio e transporte marítimo internacionais, através de acompanhamento, estudos, análises e propostas pertinentes; b) Contribuir, participar e investir na promoção e desenvolvimento da Marinha Mercante, Portos, Hidrografia e do sector dos transportes em geral; c) Acompanhar, velar e assegurar a execução correcta das políticas de comércio e transportes marítimos internacionais traçadas pelo Governo, em coordenação com os órgãos e instituições competentes; d) Promover a defesa e harmonização dos interesses fundamentais do Estado com os dos vários intervenientes nas operações de comércio e transporte marítimo internacionais, tendo como objectivo principal a racionalização e optimização dessas operações; e) Estudar, analisar, apresentar e controlar as medidas que contribuam para a estabilidade dos fretes e taxas das mercadorias em defesa da economia nacional e do consumidor final; f) Acompanhar e analisar o processo de importação e exportação de mercadorias, centralizando a recolha, tratamento, interpretação e

difusão da informação e estatística relativas às operações de comércio e transportes marítimos internacionais; g) Recolher, analisar e dar tratamento adequado às informações e dados sobre a situação do mercado interno e internacional relativo ao comércio e transporte com vista ao acompanhamento permanente da sua evolução e dos efeitos sobre a economia nacional; h) Promover o aproveitamento racional dos recursos materiais e humanos disponíveis na cadeia do comércio e transporte marítimo internacionais; i) Cobrar e receber as comissões legalmente devidas pelos armadores e carregadores que participam na transportação de mercadorias de e para Angola, para investimento directo no sector marítimo em particular e no sector dos transportes em geral; j) Participar nas reuniões com os organismos internacionais congéneres e armadores, visando a regularização de questões inseridas no âmbito da sua competência, designadamente, as convenções internacionais e bilaterais, e as taxas de frete máxima a praticar no transporte marítimo internacional; k) Exercer outras tarefas que por lei ou decisão superior lhe sejam incumbidas.

AGENTES CNC // CNC AGENTS Company: Contact person: Address: Telephone: Fax: E‐mail: Controlled Countries:

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ASA GmbH Mrs. Ilse Fliege Martinistrasse 29 +49 421339365 +49 4213393699 bremen@asa‐services.net Germany, Poland, Lithuania, Latvia, Estonia, Russia, Ukraine, England, Ireland and Scotland Frabemar Mr. Franco Bernardini Rua de Moscavide, Lote 4.28.02, Loja A ‐ Parque das Nações ‐ 1990‐198 Lisboa, Portugal +351 218947140 +351 218945145 lisboa@scc.com.pt; m.camelier@scc.com.pt Portugal ANGOMAR AGENCIA MARÍTIMA AS Mrs. Marisa Sidorak Lima 29, Piso 3 Of. I; Buenos Aires ‐ Argentina +54 1148780668; +54 1148780669 +54 1143811713 marisa@angomar.com.ar Argentina, Bolivia, Chile, Colombia, Ecuador, Paraguay, Peru, Uruguay and Venezuela OIC – Services Mrs. Veronique Durnerin 12337 Jones Road, Suite 301, Houston, Texas 77070 ‐ U.S.A. +1 8329126820 +1 8329126864 info@oicservices.com USA and Mexico TransGlobal Mr. Sylvain Lepage 1695 Boul. Laval, Suite 330 ‐ Laval, QC ‐ H7S 2M2 +1 (450) 975‐2058 +1 (450) 975‐2125 s.lepage@transgloballogistics.ca; m.decotret@transgloballogistics.ca Canada ATM Heisel Shipping Agency Mr. A. Ambroise Shiba Nishi Bldg, 6F 9‐1 Shiba 4‐ Chome, Minato KU Tokyo +81354765771 81354765711 cnc_atm@yahoo.com Japan Beacon Lda Mr. José Vela D. Silva Rua do Comércio 55 ‐ SI. 61/62 / CEP: 11010‐141 ‐ Santos ‐ S.Paulo / Brasil + 55 1330234255 + 55 1330234270 marilinda@beaconsouth.com.br Brazil

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Mitchell Cotts Mr. Nigel Sargent 8th Floor, Grindrod House 108 Victoria Embankment, P.O Box 1021 Durban 4000, South Africa +27 313027189 +27 313041752 KathleenB@mitchellcotts.co.za; nigels@mitchellcotts.co.za Republic of South Africa, Namibia, Swaziland, Zimbabwe and Mozambique Seaway Express Co, Ltd Mr. Chol Simavanichkul 718/6 Soi Suanplu, South Sathorn Road, Sathorn, Bangkok 10120, Thailand +662 6794797‐9; +662 6793345‐6; +662 6794019 +662 6794018; +662 2131125 seawayex@ksc.th.com Thailand, Vietnam, Myanmar, Cambodja and Laos Technimar Mr. Schreurs Philippe

Square de Meeus 38/40 – 1000 Bruxelles, Belgique +32 24016139 +32 24016140 office@technimar.net Belgium, Netherlands and Luxemburg Wilmardel Ltd Mr. Willy Deku P.O. BOX CT 2878 CANTONMENTS ACCRA +233 22210509; +233 243715976; +233 208116762 +233 22210509 wilmardel@ighmail.com; willdeku@yahoo.com Benin, Cameroon, Ivory Coast, Gabon, Ghana, Equatorial Guinea, Nigeria, Senegal and Togo Wilhelmsen Hyopwoon Ships Service Ltd Mr. K. S. Lee 11th Floor, Doryeom Bldg, 60 Doryeom‐Dong Jongro‐Gu, Seoul, Korea C.P.O Box 952 Seoul 110‐716, Korea +82 237030801 +82 27388130 K‐S.Lee@wilhelmsen.com South Korea SAGA SHIPPING Mr. Leo Mikkelsen Auktionsvej 10 9990 Skage Dinamarca +4598443311 +4598450029 saga@saga‐shipping.dk Denmark, Finland, Norway and Sweden Dolphin Chartering Services PVT Ltd. Mr. Subodh Jolerkar 405, GokulArcade ‘A’ Wing, Swami Nityanand Marg, Vile Parle (East), Mumbai ‐ 400 057 ‐ India +91 222836 8825; +91 222836 8827 +91 222836 1849 dolphin@dolphinchart.com India, Bangladesh, Pakistan and Sri Lanka Sin Chiao Shipping Ltd Mr. Thio S. T. 12 Prince Edward Road #04‐11 Podium B Bestway Building Singapore 079212 +6562241011 +6562242775 sinchiao@pacific.net.sg Australia, Indonesia, Malaysia, New Zealand, Philippines and Singapore

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San Lian Shipping Mr. Lu Suen Yu 11/F, Ngan House, ‐ 206/210 Des Voeux Road Central ‐ HONG KONG +85 225450885 +85 225420731 slshphkg@netvigator.com China TIME OCEAN SHIPPING LIMITED Ms. Wang Yue I 19/F, International Ocean Shipping & Finance Center, No. 720 Pudong Avenue, Pudong New District, Shanghai ‐ China +86 2150366097; +86 2150366098 +86 2150366095; +86 2150366100 operationsh@timeocean.net China ALADIN SERVICES CONGO Mrs. Diane Carole Makiza B.P 5208 Pointe Noire ‐ Republique du Congo +242 6481016

aladin.services.congo@yattoo.com Congo DSF Mrs. Yasemin Uyar ISTOC 18 ADA NO: 120 BAGCILAR ISTANBULTURKEY +90 2124823743 + 90 2124827757 info@dsf‐cnca.com; yasemin.uyar@dsf‐cnca.com Turkey WAB CORP MARINE TRANSPORT SERVICES (L.L.C.) Ms. Vivian Fernandez Mr. Hussein El Zein Platinum Business Center Offices No. 606/607, 6th Floor Bagdad Road, Al Nahda 2nd P.O Box 172203, Dubai – United Arab Emirates +971 42583529 +971 42581520 cnca1@wabcorporation.com; cnca2@wabcorporation.com United Arab Emirates, Bahrain, Oman, Kuwait and Yemen Worms Services Maritimes Mr. Jean Claude Denier 48/50, rue Notre Dame dês Victoires 75002 Paris, France +33(0) 153401239 +33(0) 153401246 jc.denier@paris.worms‐sm.fr France Wab Corporation Mr. Hassan Yahfoufi Ms. Abeer Achour 2931, Airport Business Center, 4th Floor Beirut, 2814‐4105 Lebanon +9611458825 +9611456688 wab@wabcorporation.com; abeer@wabcorporation.com Lebanon, Iraq, Iran, Saudi Arabia, Egypt, Jordan, Qatar and Syria

em análise: conjuntura económica nacional

AAA GGG

ANÁLISE N DA CONJUNTURA ECONÓMICA N INTERNACIONAL

Paula Gonçalves Carvalho Economista Chefe do Departamento de Estudos Económicos e Financeiros do BPI Luísa Teixeira Felino Departamento de Estudos Económicos e Financeiros do Banco BPI

BRASIL - CRESCIMENTO ECONÓMICO PRATICAMENTE ESTAGNOU EM 2014

8 REVISTA MOBILIDADE MARÇO ABRIL 2015

A economia brasileira praticamente estagnou em 2014. No último trimestre de 2014, o PIB cresceu ligeiramente em relação ao trimestre imediatamente anterior (+0.30% q/q), registando uma melhoria face aos dois trimestres anteriores (-1.4% q/q no 2T e +0.2% q/q% no 3T). Contudo, este ténue crescimento resultou essencialmente de um aumento do consumo privado (+1.1% q/q), a única componente a registar uma variação positiva, e de uma redução das importações (-5.5% q/q).

Nas restantes componentes, registaram-se contracções no consumo público (-0.6% q/q), no investimento (-0.4% q/q) e nas exportações (-12.3% q/q). Em termos homólogos, o PIB registou uma contracção de 0.25%, enquanto no ano de 2014 como um todo, o PIB registou uma variação positiva de 0.1%. Os resultados

continuam a evidenciar as fragilidades da economia brasileira, que se mantem excessivamente dependente do crescimento do consumo, enquanto o investimento continua a contrair. As perspectivas para 2015 também são pouco optimistas, com os inquéritos do Banco Central do Brasil a apontarem para uma contracção de 0.8%.

Entretanto, o ajustamento nos preços regulados continua a pressionar fortemente a taxa de inflação que em Fevereiro aumentou para 7.7% y/y. Esta variação resultou de um aumento de 9.7% y/y nos preços regulados, destacando-se o crescimento dos preços dos transportes de 8.1% y/y (índice que entre 2012-2013 registou uma taxa de crescimento anual média de 2.2%) e de 11.3% nos gastos

em análise

com habitação (que reflectem os aumentos dos custos energéticos). Perante a intensificação deste ajustamento (necessário) dos preços dos bens regulados, o Comité de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu elevar novamente a taxa Selic, desta vez em 50 pontos base para 12.75%. A autoridade prevê que esta pressão sobre os preços se mantenha em 2015, com as projecções do último relatório de inflação a apontarem para uma subida da taxa de inflação para 7.9% em 2015, devendo convergir para o objectivo do banco central só a partir de 2016.

A performance do sector externo também se deteriorou, com as exportações em Fevereiro a caírem em relação ao mês anterior (-12%) e também em relação ao período homólogo (-24%). Por seu turno as importações também diminuíram 12% m/m e 17% y/y. O saldo da balança comercial manteve-se negativo, em cerca de USD 2.8 mil milhões, e o saldo acumulado dos últimos 12 meses caiu para USD -3.8 mil milhões, um patamar não observado desde 1999.

Ainda assim o défice da conta corrente diminuiu em resultado de uma diminuição dos défices das balanças de serviços e de rendimentos.

9 REVISTA MOBILIDADE MARÇO ABRIL 2015

em análise ANGOLA - PRODUÇÃO PETROLÍFERA N RECUPERA NO INÍCIO DO ANO A quantidade de petróleo produzida em Angola aumentou no início do ano, tendo-se mantido em 1.8 milhões de barris/dia (mbd) entre Janeiro e Março (de acordo com os dados da Energy Intelegence Group), uma recuperação importante face ao nível médio da produção de 2014 (de 1.65 mbd), que deverá ajudar a compensar o efeito negativo do factor preço. No último mês registou-se uma maior volatilidade nos preços do petróleo, com os preços do barril de petróleo a oscilarem entre os USD 50 e os USD 60 /barril. A determinar as variações de preços nos mercados estiveram a divulgação de dados optimistas relativamente às reservas norte-americanas, e notícias da IEA (Ag. Int. de Energia), de que existem poucos sinais de desaceleração na produção petrolífera

10 REVISTA MOBILIDADE MARÇO ABRIL 2015

nos EUA, para além de uma escalada do conflito no Iémen.

De acordo com as estatísticas preliminares do INE, o PIB da economia angolana cresceu 4.2% em 2013, desacelerando face a um crescimento estimado em 7.6% em 2012.

Estes dados voltam a divergir das estimativas publicadas pelo Ministério das Finanças, que apontam para um crescimento de 5.2% em 2012 e 6.8% em 2013. Recorde-se que também em termos históricos, os dados do INE apresentam um crescimento médio de 3.9% nos últimos 5 anos até 2013, enquanto as estimativas do governo mostram um crescimento de 4.3% no mesmo período. Relativamente à composição do PIB em 2013, salienta-se o facto de o peso

em análise

da actividade do sector petrolífero ter caído de 45% em 2012 para 38.5% em 2013. Destaca-se também o crescimento robusto das actividades primárias de 7.8% em 2013, ao passo que o sector secundário ficou prejudicado por uma contracção de 0.6% no sector da extracção petrolífera. Sob a óptica da procura agregada, o peso do consumo aumentou, enquanto o do investimento diminuiu e o das exportações líquidas se manteve estável.

A taxa de inflação em Fevereiro voltou a acelerar, para 7.73% y/y, face a 7.44% em Janeiro, subindo assim para um patamar não observado desde Janeiro de 2014.

Em termos mensais o índice de preços do consumidor aumentou 0.76%, acelerando também relativamente ao crescimento mensal

12 REVISTA MOBILIDADE MARÇO ABRIL 2015

apresentado no mês anterior de 0.72%. Ainda assim, esta ligeira aceleração do crescimento dos preços não surpreende, dado que tanto a desvalorização de 7% do kwanza nos últimos 4 meses, como o segundo aumento dos preços dos combustíveis no final do ano, não se tinham ainda traduzido de forma significativa na taxa de inflação (entre Outubro de 2014 e Janeiro de 2015 a taxa de inflação anual manteve-se estável em torno dos 7.5% y/y). O Comité de Política Monetária, no início de Março, decidiu manter inalteradas as principais taxas de referência (taxa de juro de referência em 9% ao ano, taxa de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez em 9.75% ao ano e taxa de juro de facilidade permanente de absorção de liquidez em 0.0%).

em análise

MOÇAMBIQUE - CRESCIMENTO ACIMA DOS 7% PELO QUARTO ANO CONSECUTIVO O crescimento anual do PIB manteve-se acima dos 7% pelo quarto ano consecutivo. No último trimestre de 2014, o PIB continuou a crescer a um bom ritmo, cerca de 7.0% em termos homólogos, ainda que registando um ligeiro abrandamento em relação ao crescimento de 7.6% y/y no trimestre anterior. Os sectores das indústrias extractivas e da construção foram os principais impulsionadores da actividade económica, com taxas de crescimento de 14.9% y/y e 12.9% y/y, respectivamente. O sector dos serviços, com um peso de 56% no PIB, continua a apresentar a maior contribuição para o crescimento do PIB, onde se destaca a performance do sector financeiro, que contribuiu com 2 pontos percentuais para o crescimento do PIB.

O défice de conta corrente caiu para USD 5.8 mil milhões (equivalente a 34.6% do PIB) em 2014, face a um défice de USD 6.3 mil milhões (40% do PIB) em 2013. Este desagravamento do défice resultou essencialmente de uma redução do défice da balança de bens e serviços (para USD 6.97 mil milhões em 2014, vs. USD 7.6 mil milhões em 2013), ao passo que o contributo dos saldos da balança de rendimentos e de transferências correntes (de USD -0.2 mil milhões e USD 1.4 mil milhões, respectivamente) foi menos positivo para o saldo da conta corrente.

As exportações de bens registaram uma quebra de 5% em 2014, que porém, foi compensada por uma contracção de 6.2% das importações de bens. Destaca-se ainda o facto de as exportações de bens dos mega projectos terem aumentado

13 REVISTA MOBILIDADE MARÇO ABRIL 2015

em análise

10%, enquanto as importações relativas a estes projectos diminuíram em 36%. Se por um lado o crescimento das exportações acabou por ficar aquém do esperado (o que resultou em grande parte da queda dos preços de algumas commodities, nomeadamente o carvão), a redução das importações traduz uma quebra do investimento directo estrangeiro. Em termos trimestrais, salienta-se que a redução do IDE foi mais acentuada no segundo e terceiro trimestre (eleições presidenciais), tendo-se depois registado uma recuperação no último trimestre.

Segundo o INE, o crescimento do índice de preços do consumidor de Moçambique voltou a acelerar em Fev., com a taxa de inflação homóloga a subir para 3.99% (que compara com 2.79% em Janeiro e 1.93% em

14 REVISTA MOBILIDADE MARÇO ABRIL 2015

Dezembro do ano anterior). O crescimento dos preços abrangeu a grande parte das classes dos bens (devido à desvalorização do Metical face ao dólar), destacando-se o crescimento dos bens alimentares que cresceram 7.44% em termos homólogos, reflexo do efeito das cheias e inundações que ocorreram no início do ano. Ainda assim, na reunião de Março, o Comité de Política Monetária do Banco de Moçambique decidiu manter as principais taxas de política monetária inalteradas (a taxa de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez em 7.5% e a taxa de juro de facilidade permanente de depósito em 1.5%), dado que apesar das recentes pressões inflacionistas, a taxa de inflação ainda se encontra num patamar relativamente contido face ao objectivo de inflação do Banco Central.

em anรกlise

N

15 REVISTA MOBILIDADE MARร O ABRIL 2015

grande reportagem

MMM PPP

TRANSPORTES RODOVIÁRIOS NNN EM ANGOLA:

OS DESAFIOS DO FUTURO

NNN

No

16 REVISTA MOBILIDADE MARÇO JANEIRO ABRIL FEVEREIRO 2015

grande reportagem

O SECTOR DOS TRANSPORTES EM ANGOLA TEM VINDO A SER OBJECTO DE UM VASTO E AMBICIOSO PROGRAMA DE REABILITAÇÃO E MODERNIZAÇÃO, O QUE TEM REQUERIDO ELEVADOS INVESTIMENTOS, EM TODOS OS MODOS DE TRANSPORTE, COM ÊNFASE NA INTERMODALIDADE E NA PROMOÇÃO DO TRANSPORTE PÚBLICO. Os transportes rodoviários, como componente fundamental do sistema de transportes, designadamente, pela sua grande flexibilidade e versatilidade, pela capacidade de articulação e interligação com as demais componentes e pela sua disponibilidade para situações urgentes, desempenham um papel decisivo nas condições de mobilidade de pessoas e bens, bem como, no desenvolvimento económico e social, a nível nacional, regional e urbano.

Angola está a fazer uma aposta no desenvolvimento dos seus transportes rodoviários, com ênfase numa visão sistémica e integrada do sector e tendo por base as estratégias requeridas para um desenvolvimento sustentável.

Por todo o mundo existem inúmeras experiências e múltiplas situações que reflectem a preocupação crescente com a adopção de políticas e de medidas que Para além da importância que têm nas constituam um papel activo e decisivo no condições de mobilidade, os transportes progresso da mobilidade sustentável. rodoviários são, também, fortemente impulsionadores da criação de emprego, Esta preocupação resulta, fortemente, da ajudam a combater as assimetrias regionais necessidade de, cada vez mais, se ir ao e promovem uma vantagem competitiva, para encontro dos grandes desafios que se colocam um país, em praticamente todos os sectores à sociedade actual, nomeadamente, ao nível da sociedade, nomeadamente, Economia, da promoção da qualidade de vida, do aumento Saúde, Educação, Turismo e Cultura. da segurança, da eficiência energética e da competitividade, a par da redução dos No quadro de uma política de desenvolvimento impactos ambientais dos transportes. sustentável, há, contudo, que ter em conta algumas das condicionantes e Neste quadro de referência, o Ministério dos externalidades dos transportes rodoviários, Transportes promoveu, no passado dia 17 de sendo de destacar: os elevados índices de Abril, uma Conferência Internacional sobre sinistralidade, os congestionamentos viários, “Os Transportes Rodoviários, a Mobilidade a poluição atmosférica e sonora. de Pessoas e Bens e o Desenvolvimento

17 REVISTA MOBILIDADE MARÇO ABRIL 2015

grande reportagem

Sessão de Abertura

das Economias”, com vista a criar uma oportunidade para conhecer, debater e acompanhar os desenvolvimentos técnicos e científicos que se registam em diferentes partes do mundo, para avaliar soluções e experiências concretas internacionais e, particularmente, para debater as principais questões do futuro e as perspectivas de desenvolvimento dos transportes, designadamente, os rodoviários.

A Conferência teve como objectivo central o intercâmbio e a partilha de conhecimentos, na área da mobilidade, em geral e dos transportes rodoviários, em particular, bem como a análise e o debate de experiências concretas, realizadas a nível internacional, por forma a extrair ensinamentos que apoiem a adopção de medidas e soluções, adaptáveis aos contextos concretos do País, no seu todo, ao nível regional e em meio urbano.

18 REVISTA MOBILIDADE MARÇO ABRIL 2015

A Conferência realizou-se no auditório do ISGEST – Instituto Superior de Gestão, Logística e Transportes, no Camama, em Luanda e foi

Augusto da Silva Tomás, Ministro dos Transportes, profere o discurso de Abertura da Conferência

altamente participada, tendo reunido cerca de 600 conferencistas.

A organização do evento esteve a cargo do INTR – Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários, sob a coordenação da sua Directora Geral, Noélia Assuilo Costa. O INTR criado no início de 2015, sucede à ex-Direcção Nacional dos Transportes Rodoviários, através da evolução da respectiva figura institucional para Instituto Público, reforçando, assim, o papel do regulador rodoviário.

O Ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, presidiu às sessões de abertura e de encerramento da Conferência.

Como salientou o Ministro no seu discurso inicial, “a realização desta Conferência Internacional não é um acto isolado, mas constitui uma prática já habitual, no sector dos transportes, de criar espaços de debate e de diálogo sobre as grandes questões estratégicas e operacionais que têm a ver com a reabilitação e com a modernização das infraestruturas logísticas e

grande reportagem

de transportes e dos operadores logísticos e de transportes. Pretendemos, no âmbito do sector dos transportes, criar uma cultura que facilite a actuação de todos os intervenientes no sector dos transportes, facilitadora das acções de reabilitação e modernização em curso”.

em várias apresentações específicas, protagonizadas por 18 especialistas, nacionais e estrangeiros, dirigentes e quadros técnicos do Sector.

No seu conjunto, estas apresentações e os debates suscitados pelas mesmas E acrescentou que “ao longo de 2014, proporcionaram uma análise abrangente do realizaram-se vários destes encontros, onde foi contexto actual e das perspectivas futuras, possível e muito proveitoso debater problemas das questões mais relevantes do sector dos e soluções essenciais, que estão a ser objecto transportes rodoviários e da mobilidade em de políticas e de medidas determinadas, geral, em Angola e em diversos países. com vista ao avanço decisivo do processo de reabilitação e modernização do sector. Nesses As diferentes intervenções debruçaram-se encontros, foram tratados, em particular, sobre a explicitação e a clarificação dos o sector ferroviário, o sector marítimo e princípios, dos conceitos e das metodologias portuário, o sector da aviação civil e, ainda, mais actuais e internacionalmente em uso, a rede nacional de plataformas logísticas. tendo-se verificado, igualmente, uma forte Estamos hoje, aqui e agora, a debruçarmo-nos incidência na apresentação de experiências sobre o tão importante sector rodoviário e do práticas e casos concretos, em diferentes seu contributo para a melhoria da mobilidade geografias do globo. das pessoas e dos bens”.

A primeira sessão, dedicada à Mobilidade Os trabalhos da Conferência desenvolveram-se Urbana Sustentável, contribuiu para o em torno de 5 sessões temáticas, subdivididas aprofundamento dos conceitos de mobilidade

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grande reportagem

e de sustentabilidade, questões da maior importância e actualidade que, hoje, fazem parte das estratégias, das políticas e das melhores práticas internacionais, associadas à busca de soluções, em toda a parte do mundo.

Foi salientado, que, para o controlo e, até mesmo, para a inversão de muitas das situações actuais, em diversos contextos territoriais, mas, sobretudo, para assegurar que as opções são tomadas no quadro de um desenvolvimento sustentável, é fundamental:

E

Mesa da Sessão 1

Mesa da Sessão 2

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Mesa da Sessão 3

• Diagnosticar correctamente a realidade existente; • Planear com visão de futuro; • Assegurar a articulação entre os transportes, o território e urbanismo; • Ter presente a visão sistémica dos transportes, garantindo uma eficiente integração entre as suas diferentes componentes modais; • Recuperar as áreas degradadas existentes; • Preservar e enriquecer os ambientes urbanos de carácter paisagístico e histórico; • Incentivar a consolidação e a pluralidade dos usos de áreas específicas de cada aglomerado urbano; • Analisar, de forma isenta, as alternativas de intervenção; • Definir fontes estáveis de recursos para os investimentos; • Aumentar a produtividade dos serviços oferecidos.

• Favorecer o transporte colectivo, bem como, as alternativas não motorizadas de deslocação; • Implementar as inovações tecnológicas adequadas a cada caso.

grande reportagem

Foi, ainda, salientado que: • A segurança dos utilizadores deve merecer a maior das prioridades; • O sistema de transportes deve eliminar as suas externalidades negativas; • A prioridade ao transporte público é factor crítico de sucesso; • As tarifas cobradas devem ser aceitáveis; • Os custos devem atender à manutenção, expansão e modernização dos serviços; • A operação dos serviços deve obedecer a elevados padrões de eficiência e eficácia.

Mesa da Sessão 4

Foram referidos, como contributos para uma evolução futura, com metas de qualidade: • O estabelecimento de um Modelo de Mobilidade; • A clarificação e a articulação das competências técnicas das diferentes Autoridades; • A contratualização e o financiamento dos serviços; • O envolvimento dos operadores em todo o processo, numa lógica de visão partilhada; • A integração entre os diferentes modos de transporte e a intermodalidade; • O aproveitamento das oportunidades proporcionadas pelas novas tecnologias.

Na segunda sessão da Conferência, relativa à aplicação dos Sistemas Inteligentes na Gestão do Transporte Urbano, a questão da informação ao público foi amplamente desenvolvida, sendo importante reter que são factores relevantes para a adesão ao transporte público:

Mesa da Sessão 5

Mesa da Sessão de Encerramento

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grande reportagem • A qualidade da informação sobre um determinado sistema de transportes públicos; • A facilidade de acesso à informação, proporcionadaporumaadequadacomunicação entre os operadores de transportes e os cidadãos, sendo que um sistema de informação de qualidade é útil, não só para o cidadão, mas também para o operador de transportes, permitindo: consolidar a relação com os clientes; proporcionar o acesso a novos clientes e facilitar o ajustamento entre a oferta e a procura.

Na mesma sessão foi apresentada a experiência da Bilhética de Lisboa (Portugal), que se destaca por corresponder a um sistema bastante avançado ao nível mundial, designadamente,

por ser um dos poucos sistemas abertos existentes em operação e por apostar em soluções modulares, interoperáveis e abertas, sem impedir a entrada de novos fornecedores, equipamentos e tecnologias.

Na apresentação sobre a Gestão do Tráfego e do Estacionamento Urbano salientou-se a importância do uso das tecnologias de informação na perspectiva da segurança e da fluidez do tráfego, bem como, da optimização dos espaços para estacionamento, através de diversas funcionalidades, nomeadamente a detecção automática de lugares de estacionamento disponíveis, o controlo do tráfego e a gestão da prioridade de circulação a certo tipo de veículos.

A Conferência Internacional contou com a presença de cerca de 600 participantes

grande reportagem Na terceira sessão, sobre o Transporte Urbano de Passageiros e Distribuição Urbana de Mercadorias realizaram-se 3 apresentações, respectivamente sobre Modelo de Governação, Transporte Urbano em Veículo de Pequeno Porte e Sistemas de Informação de Apoio à Distribuição Urbana de Mercadorias.

Da experiência do consórcio Público da Região metropolitana do Recife evidenciaram-se as principais vantagens obtidas, tanto na perspectiva dos operadores, como dos utilizadores, sendo que, ao nível destes, é de referir:

• A padronização da prestação dos serviços; As duas primeiras debruçaram-se sobre • A confiabilidade dos serviços e da casos práticos, respeitantes ao Recife (Brasil), informação; sendo que um destes casos incidiu sobre a • O aumento da mobilidade em toda a região; problemática dos “candongueiros” no Brasil, • Os benefícios tarifários; transmitido as formas como o processo foi • A melhoria global da qualidade dos serviços. resolvido.

A sessão final, sobre Transportes: Economia, Na terceira apresentação foi descrito um Segurança e Ambiente, deu origem a 3 processo de optimização total das actividades apresentações, com forte correlação e de logística, realizadas em áreas urbanas, por articulação. entidades públicas e privadas, considerando factores como tráfego, congestionamento e Assim, foi feita uma abordagem macro dos consumo de energia. transportes, na perspectiva económica, salientando-se as principais externalidades, Na quarta sessão, dedicada ao Sistema BRT particularmente, no transporte rodoviário.

(Bus Rapid Transit) na Mobilidade Urbana, Assinalaram-se, com principais vertentes, os contribuiu para aprofundar conceitos, custos de acidentes, congestionamento, poluição princípios e principais características deste atmosférica e ruído. modo de transporte e debruçou-se sobre diversas experiências internacionais, já Foi, também, apresentada uma ferramenta de em exploração, tendo-se desenvolvido, em gestão que permite a redução dos desperdícios. particular, o caso do Região Metropolitana do Recife.

Na apresentação sobre as melhores práticas internacionais de segurança rodoviária, foi Foi salientada a importância da utilização do feita a comparação, ao nível mundial, de vários BRT como elemento da mobilidade urbana, que indicadores, bem como salientada a importância tem demonstrado ser um catalisador efectivo da existência de Planos Integrados de Segurança na transformação das cidades em ambientes Rodoviária. mais habitáveis e amigáveis.

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grande reportagem

A apresentação sobre medidas de redução dos impactos ambientais dos transportes rodoviários sobre o meio ambiente colocou o foco na necessidade de novas formas de mobilidade, novas frotas, novas fontes energéticas e novos veículos, constatando-se que todas estas vertentes estão em permanente mudança.

Na sua intervenção final, o Ministro dos Transportes congratulou-se com a realização da Conferência afirmando que “nunca é demais discutir estas temáticas. O caminho não pode ser outro! Estes encontros são essenciais para a partilha de conhecimentos, de experiências, de boas práticas para o desenvolvimento e para a inovação neste sector tão importante para a economia

nacional e para a melhoria da mobilidade das pessoas e dos bens, no nosso País”.

E acrescentou “os caminhos do desenvolvimento e da inovação fazem parte da agenda política do executivo do País e continuaremos a trilhá-los, com determinação e entusiasmo”.

Os desafios do futuro e as grandes directivas para o desenvolvimento sustentável dos transportes rodoviários, em Angola, a partir de 17 de Abril último, passaram a dispor de um contributo importante para um referencial de enquadramento mais robusto.

Aproveitar, rentabilizar e adaptar esse contributo, a cada caso concreto, pode ser chave para o sucesso de muitas das medidas a tomar.

Augusto da Silva Tomás, Ministro dos Transportes, na Sessão de Encerramento da Conferência Internacional

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ORGANIZAÇÃO MARÍTIMA INTERNACIONAL REALIZA FÓRUM REGIONAL EM LUANDA

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Em Junho de 2013, teve lugar em Yaoundé, nos Camarões, uma reunião entre os Chefes de Estado dos países do Centro e Oeste africano, na qual se estabeleceu e assinou o Código de Conduta concernente à repressão da pirataria, assaltos armados contra navios e actividades marítimas ilícitas na África do Oeste e Central o Código de Conduta de Yaoundé.

Em Junho de 2014, a ECCAS - Economic Community of Central African States (Comunidade Económica dos Estados da África Central), a ECOWAS - Economic Community of West African States (Comunidade Económica dos Estados Africanos do Oeste) e o GGC - Gulf of Guinea Commission (Comunidade do Golfo da Guiné) assinaram um Protocolo Adicional para o estabelecimento do Centro Inter-Regional de Coordenação (ICC), Entidade a criar para a coordenação das actividades decorrentes do Código de Conduta.

Com o objectivo de promover o debate de matérias respeitantes à formação e

estruturação deste Centro, a IMO - International Maritime Organization (Orgnanização Marítima Internacional) e o Governo de Angola organizaram um Fórum Regional, em Luanda, nos dias 24 a 27 de Março de 2015, para discutir a implementação do Código de Conduta através do ICC. O Fórum Regional sobre o Código de Conduta de Yaoundé juntou Altos Responsáveis que tratam de questões marítimas, oriundos de 19 países da Região, nomeadamente: Angola, Benim, Cabo Verde, Camarões, Costa do Marfim, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Libéria, Nigéria, República Democrática do Congo, República do Congo, São Tomé e Príncipe, Senegal, Serra Leoa e Togo.

O Fórum Regional teve como objectivos os seguintes: 1. Promover o entendimento comum, entre os Estados signatários, da estratégia para a implementação do Código de Conduta e do ICC;

actualidade nacional

Mesa da Sessão de Abertura do Fórum Regional sobre o Código de Conduta de Yaoundé

2. Com base no Código de Conduta, promover a implementação, por parte dos Estados signatários, de uma gama variada de actividades, incluindo o aprimoramento da segurança marítima, protecção ambiental, aplicação da lei e o desenvolvimento económico; 3. Passar em revista e/ou desenvolver estratégias a curto, médio e longo prazo para a implementação das bases nacionais e regionais; 4. Facilitar a cooperação e a coordenação entre os Estados participantes, através do ICC e outros mecanismos regionais, que passam pelo desenvolvimento de metodologias e procedimentos do seu uso; 5. Facilitar a cooperação e a coordenação entre os Estados participantes e potenciais fontes de assistência e cooperação e organismos internacionais, ONG’s, InterGovernamentais, Governos e entidades privadas participantes na reunião.

A Cerimónia de Abertura deste Fórum foi presidida pelo Secretário de Estado para os Transportes Terrestres da República de Angola, José João Kuvíngua, que, após proferir o seu discurso, declarou a abertura do Fórum Regional sobre o Código de Conduta de Yaoundé.

Do acto de Abertura do Fórum fez ainda parte a Secretária de Estado para a Justiça, Maria Isabel Fernandes Tormenta dos Santos, o Director Geral do IMPA - Instituto Marítimo e Portuário de Angola, Victor Alexandre de Carvalho, o representante da IMO - International Maritime Organization, Chris Trelawny, o Director Executivo do ICC - Inter-regional Coordination Centre e, simultaneamente, representante da ECOWAS - Economic Community Of West African States, Abdourahmane Dieng e, ainda, a representante da GGC - Gulf of Guinea Commission, Florentina Adenike Ukonga.

Antes de se dar início aos trabalhos, foi eleito, como Presidente do Fórum, Manuel Francisco Arsénio, representante da República de

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actualidade nacional

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Angola no Fórum e Director Geral Adjunto do IMPA - Instituto Marítimo e Portuário. Como Vice-Presidente, foi eleito Wally Sanyang, representante da Gâmbia neste acto.

Ao longo das Sessões de Trabalho foram apresentados, pelos representantes da IMO, do ICC e do GGC, o actual estado destes organismos e o seu ponto de vista em relação a estas matérias.

Por seu turno, os representantes dos 19 países presentes neste Fórum apresentaram a estrutura, pontos fortes e pontos fracos do sistema marítimo e portuário de cada Estado, quais as necessidades imediatas e de que forma cada Estado pode contribuir para a defesa das águas territoriais contra a pirataria, assaltos armados contra navios e actividades marítimas ilícitas na África do Oeste e Central.

As apresentações foram seguidas por discussões activas por todos os participantes, os quais destacaram algumas questões chave para os debates posteriores, tais como: • O próprio Código de Conduta, organização nacional, incluindo Comissões nacionais de segurança marítima e os pontos focais nacionais; • As relações entre o ICC e outros “centros” regionais já implementados; • A Segurança Marítima; • A aplicação da lei; • A necessidade da cooperação civil/militar entre os Estados; • A pirataria marítima e assaltos à mão armada contra navios, incluindo a diferença entre a pirataria e assalto a mão armada, quando se estabelece a jurisdição e as complexidade de questões legais a eles associados;

José João Kuvíngua, Secretário de Estado para os Transportes Terrestres

Chris Trelawny, Representante da IMO

Manuel Francisco Arsénio, Presidente do Fórum Regional

Abdourahmane Dieng, Director Executivo do ICC

actualidade nacional

• A necessidade do desenvolvimento da legislação nacional, da partilha de informações, das necessidades de assistência e cooperação técnica e, por último, como angariar fundos para o ICC.

representou uma etapa importante no avanço do processo. Foi claramente reconhecido que os executores do Código de Conduta deveriam ser os próprios Estados Membros e que o ICC deverá ter o papel de coordenação e não de operacionalização das actividades.

Posteriormente, formaram-se grupos de Os membros deste Fórum concluíram, ainda, trabalho para debater 3 questões principais: sobre a necessidade da realização de consultas • O papel do ICC e a sua relação com os ,a alto nível, entre os Estados Membros, Estados Membros e outros organismos no nomeadamente, a nível ministerial e os altos campo da segurança marítima; funcionários da ECCAS, da ECOWAS e do GGC, • O Modus Operandi do ICC (questões que facilitariam a aceitação, ao mais alto nível operacionais e administrativas); político, do papel do ICC, do seu desenvolvimento • Mecanismos de Financiamento. e sustentabilidade.

A cerimónia de encerramento foi conduzida O Fórum concluiu que é necessária a por Victor Alexandre de Carvalho, Director contribuição dos Estados Membros no papel Geral do IMPA - Instituto Marítimo e Portuário e organização do ICC e que este Workshop de Angola.

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actualidade nacional

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES PROMOVE DEBATE SOBRE A GESTÃO DAS EMPRESAS PÚBLICAS NUM QUADRO MACROECONÓMICO E ORÇAMENTAL RESTRITIVO

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No dia 24 de Março de 2015, teve lugar no auditório principal do ISGEST, na Camama, o Conselho Consultivo alargado do Ministério dos Transportes, realizado sob o lema “A gestão das empresas públicas num quadro macroeconómico e orçamental restritivo”.

O objectivo principal do evento foi o de promover uma reflexão aprofundada a todos os participantes, quer do Ministério quer das Empresas tuteladas, sobre a forma de estes manterem a continuidade dos processos de melhoria da qualidade, de incrementarem a fiabilidade e a eficácia do serviço público prestado, sem comprometer o reforço da situação económica e financeira das Empresas, tudo isto num quadro macroeconómico e orçamental restritivo.

O discurso de abertura do Ministro dos

Transportes, Augusto da Silva Tomás, incidiu sobre o enquadramento dos objectivos do Conselho Consultivo alargado, bem como sobre o que é esperado e exigido em matéria de boas práticas de gestão das Empresas e Organismos tutelados pelo Ministério dos Transportes.

Neste discurso, Augusto Tomás disse querer maior empenho das Empresas do Sector para acelerar a concretização dos grandes objectivos do Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017, no âmbito da diversificação da Economia Angolana. “Os gestores públicos devem tomar medidas efectivas com empenho, profissionalismo e rigor, para melhorar a rentabilidade das empresas públicas”, apelou.

Para o Ministro dos Transportes, o actual contexto macroeconómico implica uma reprogramação estratégica dos investimentos,

actualidade nacional

Augusto da Silva Tomás, Ministro dos Transportes, lidera os trabalhos do Conselho Consultivo Alargado do Ministério dos Transportes

no sentido de reorientar e concentrar as preocupações da acção governativa nas soluções para os problemas.

“Há necessidade de termos uma atitude proactiva e determinante para continuar a trabalhar pela melhoria da qualidade, pela fiabilidade e eficácia do serviço público e pelo reforço da situação económica e financeira das empresas e da rentabilidade dos capitais investidos”, sublinhou o Ministro.

Este anunciou, ainda, a criação de indicadores de controlo de gestão, que vão imprimir maior eficiência na capacidade produtiva e no aumento do ciclo de vida das frotas e de outros meios de produção. “É importante que os indicadores de controlo de gestão sejam iguais para todas as empresas do sector dos Transportes”, alertou o Ministro.

Augusto Tomás explicou que o Ministério dos Transportes quer garantir a sustentabilidade financeira, a longo prazo, e promover a modernização tecnológica e a inovação a todos os níveis, desde a produção dos serviços até à gestão. Nesta nova conjuntura, as empresas públicas devem racionalizar os meios e introduzir medidas de produtividade com base nos recursos disponíveis.

Para o efeito, pediu mais responsabilidade aos directores, chefes de departamento e outras chefias, acrescentando que a criatividade, a inovação e a competência são factores críticos de sucesso nos momentos de maior restrição orçamental. “Devemos dar o nosso melhor esforço ao serviço da economia nacional e das populações”, concluiu, assim, o seu discurso de abertura o Ministro dos Transportes.

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De seguida, deu-se início à sessão de apresentações técnicas, presidida pelo Secretário de Estado para a Aviação Civil, Mário Domingues.

Esta sessão, constituída por painéis temáticos, ficaram a cargo de consultores especialistas, convidados expressamente para o efeito. Os temas das apresentações foram cuidadosamente escolhidos com o intuito de fornecer, a todos os participantes, contributos e ferramentas para a implementação de boas práticas de gestão nos Organismos e Empresas tuteladas pelo Ministério.

O primeiro painel temático, subordinado ao tema “Sustentabilidade financeira das Empresas Públicas de Transporte” teve como objectivo dar um conjunto de pistas para que os gestores, vinculados a apresentar um EBITDA positivo nas suas Empresas, possam intervir na redução de

subsídios operacionais e impedir o crescimento descontrolado da dívida pública, directa e indirecta, pesem, embora, os constrangimentos impostos pelas políticas de serviço público a que estas Empresas estão sujeitas.

Seguidamente, passou-se para a apresentação do segundo painel temático, sob o tema “Planeamento e Controlo de Gestão”. Este painel incidiu sobre a necessidade de alertar os participantes para a capacidade do Controlo de Gestão, como processo de gestão, em influenciar o comportamento dos membros da organização, de forma a serem concretizadas as expectativas de desempenho formuladas para o conjunto da Empresa.

O terceiro painel, subordinado ao tema “Logística e Operações: áreas críticas para a Eficiência, Qualidade e Serviço” abordou a centralidade crescente da logística, no âmbito dos processos

Augusto da Silva Tomás, Ministro dos Transportes e Mário Domingues, Secretário de Estado para a Aviação Civil

contemporâneos de reestruturação e reorganização da actividade económica, a qual é fundamentalmente explicada, pela busca de níveis acrescidos de eficácia e eficiência nas esferas da produção e distribuição de bens, num contexto de globalização.

Findo o painel sobre a Logística, passou-se para o quarto painel, dedicado ao tema “Gestão e Motivação de Pessoas num contexto de maior exigência: tendências e abordagens nos Recursos Humanos”. A apresentação centrou-se na importância das Políticas de Gestão de Recursos Humanos no crescimento da produtividade e da sustentabilidade económica das Empresas. Salientou-se, ainda, o papel da comunicação interna no seio das organizações em prol da mobilização das pessoas. Neste âmbito, apresentou-se um estudo de caso, relativamente ao novo modelo de carreiras da

ENANA – Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos e Navegação Aérea E.P. O último tema a ser apresentado, foi “ O contributo dos Sistemas e Tecnologias de Informação para a melhoria da rentabilidade das Organizações”.

Este painel teve por objectivo indicar o papel dos Sistemas e das Tecnologias de Informação na melhoria da eficiência, no aumento do nível de serviço prestado e no incremento do controlo das actividades empresariais nas empresas de transporte.

Finalizadas as apresentações dos painéis temáticos, procedeu-se à apresentação dos dados do SMIGESPT, por sector, relativos a 2014.

O Conselho Consultivo alargado terminou com a leitura das conclusões, da moção de agradecimentos e com o discurso de encerramento do Ministro dos Transportes, Augusto das Silva Tomás.

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actualidade nacional

FRETE MARÍTIMO E SEGURO DE IMPORTAÇÃO EM ANÁLISE NO CONSELHO NACIONAL DE CARREGADORES DE ANGOLA NO DIA 30 DE MARÇO DE 2015, NA ENAD – ESCOLA NACIONAL DE ADMINISTRAÇÃO, EM LUANDA, REALIZOU-SE UM SEMINÁRIO SOBRE “O FRETE MARÍTIMO E SEGURO DE IMPORTAÇÃO DE MERCADORIAS”.

Lista de Siglas

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O evento foi organizado conjuntamente pelo CNC - Conselho Nacional de Carregadores e pela ARSEG - Agência Reguladora do Seguro.

A Sessão de Abertura foi presidida pelo Secretário de Estado para os Transportes Terrestres, José João Kuvíngua, em representação do Ministro das Finanças.

O encerramento do evento foi feito por Aguinaldo Jaime, Presidente do Conselho de Administração da ARSEG. A abordagem do tema geral do Seminário estruturou-se em cinco sessões, respectivamente: • O contrato de transporte marítimo e a obrigação das Partes; • Vantagens da importação na modalidade FOB;

INCOTERMS - International Commercial Terms CIF - Cost, Insurance and Freight FOB - Free on Board

• O papel da Autoridade Marítima Portuária, na garantia da segurança da carga, nos navios e espaço portuário; • Impacto sobre a economia e o sistema financeiro nacional, do seguro de importação de mercadorias, na modalidade FOB; • O estado actual do seguro de importação de mercadorias.

Subjacente à realização da iniciativa deste Seminário e à escolha dos temas do mesmo, esteve a constatação de que os acidentes registados em navios, no mar alto, nas zonas costeiras ou nos arredores dos espaços portuários são objecto de tratamento diferenciado.

actualidade nacional

Contudo, em cada um dos casos, os riscos associados requerem uma salvaguarda comum: a existência de um contrato de seguro; em caso de inexistência deste contrato de seguro, o dono da carga pode incorrer em elevados prejuízos, quer devidos a danos na carga, parciais ou totais, quer devidos à necessidade de comparticipação nas operações de salvamento e resgate do navio.

Daí que o objectivo principal do Seminário tenha sido proporcionar, aos importadores e exportadores nacionais e demais agentes interessados, um maior esclarecimento e aprofundamento da importância decisiva do seguro e do frete, através do modelo FOB, no transporte marítimo internacional, por

forma a criar-se uma base de orientação geral e um melhor conhecimento dos seus direitos e deveres, bem como, das vantagens e riscos associados à contratação de serviços de transporte marítimo.

Ao longo do Seminário foram debatidos os principais domínios de incidência do contrato, no qual, importador e exportador acordam as condições, com base nos INCOTERMS, incidindo, fundamentalmente, nas seguintes vertentes: • Repartição de custos; • Local de entrega da mercadoria; • Responsável pelo risco do transporte; • Responsabilidade dos direitos aduaneiros.

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actualidade nacional

Constatou-se que, na prática, as modalidades mais utilizadas são a FOB e a CIF, as quais divergem quanto à respectiva natureza e responsabilidade.

O debate incidiu no aprofundamento da análise das vantagens e desvantagens de cada uma destas modalidades (CIF versus FOB), tendo em conta o caso particular de Angola, considerando por um lado, as características da economia nacional e por outro lado, os interesses das empresas angolanas do sector (agentes de navegação, transitários, seguradores e outros).

Considerou-se que a criação de condições para Secil Marítima vir a operar, a curto prazo, como Armador, numa linha internacional de transporte marítimo e para as Seguradoras Nacionais intervirem no seguro marítimo, aponta no sentido de se privilegiar a modalidade FOB versus a modalidade CIF, com vista a uma actuação mais concertada na protecção da

carga nacional e dos recursos financeiros do País Esta foi uma das conclusões do Seminário, esperando-se, agora, a adequada divulgação e consolidação, junto dos agentes económicos do sector.

Conclui-se, também, que o transporte marítimo, pela sua elevada capacidade de carga e pela sua eficiência económica e energética, apresenta enormes vantagens face aos restantes modos de transporte, assinalando-se que mais de 70% da carga mundial é transportada por mar.

Conclui-se, ainda, que a segurança marítima inclui a “segurança do transporte marítimo” e a “segurança portuária”, sendo que a primeira tem o seu foco no navio e na movimentação da carga e a segunda diz respeito às áreas de jurisdição portuária, abrangendo terminais, área terrestre adjacente e área molhada.

Cerimónia de Abertura do Seminário, presidida pelo Secretário de Estado para os Transportes Terrestres, José João Kuvíngua

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JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS INAUGURA TERMINAL MARÍTIMO DE PASSAGEIROS DO MUSEU DA ESCRAVATURA Terminal Marítimo de Passageiros do Museu da Escravatura

O Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, inaugurou, no dia 4 de Abril, Dia da Paz e da Reconciliação Nacional, o Terminal Marítimo de Passageiros do Museu da Escravatura, localizado na Comuna do Benfica, no Município de Belas, em Luanda.

O Terminal ora inaugurado possui uma ponte flutuante e conta com duas embarcações do tipo Catamaran, denominadas “Panguila” e “Mucoco”, com capacidade para transportar 136 pessoas cada, no percurso Museu da Escravatura/Porto de Luanda.

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actualidade nacional

José Eduardo dos Santos, Presidente da República, corta a fita da cerimónia inaugural do Terminal Marítimo de Passageiros do Museu da Escravatura

O novo terminal pode acolher mais de duas centenas de passageiros e facilitará a mobilidade dos moradores da comuna do Benfica, município de Belas, na perspectiva de evitarem o trânsito automóvel desta região para o centro da cidade de Luanda.

O transporte marítimo de passageiros arrancou, faseadamente, para sul de Lunda, em Abril de 2014. Envolvia até à data outras ligações entre o centro de Luanda, no Porto de Luanda, e os Terminais do Kapossoca e, deste, para o Mussulo e para o Macôco, na Península do Mussulo.

Com esta nova ligação ao Museu da Escravatura, fica praticamente concluída a primeira fase do projecto público de transporte marítimo na capital angolana, que conta com tarifa subsidiada pelo Estado.

Numa segunda fase, estão previstos terminais na Corimba, sul de Luanda, e de Cacuaco e Panguila, a norte da capital.

Ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, apresenta o Terminal Marítimo de Passgeiros do Museu da Escravatura

O Governo angolano justifica a aposta neste meio de transporte por permitir melhorar a qualidade de vida da população, ao reduzir o tempo de viagem da periferia para o centro de Luanda.

O forte congestionamento de trânsito automóvel, em Luanda, faz com que a maioria dos habitantes das zonas periféricas da cidade tenham de sair de casa, dependendo da sua localização, entre as quatro e cinco horas da manhã, para chegarem a tempo aos seus locais de trabalho.

PORTO DE LUANDA

PORTO DE LUANDA

MUSSULO

MUSSULO

KAPOSSOCA KAPOSSOCA

LUANDA

MACÔCO

LEGENDA: TERMINAIS MARÍTIMOS JÁ INAUGURADOS

LEGENDA:

LINHA KAPOSSOCA > PORTO DE LUANDA TERMINAIS MARÍTIMOS JÁ INAUGURADOS LINHA KAPOSSOCA > MUSSULO > MACÔCO LINHA KAPOSSOCA > PORTO DE LINHA MUSEU DA ESCRAVATURA > LUANDA PORTO DE LUANDA LINHA KAPOSSOCA > MUSSULO > MACÔCO LINHA MUSEU DA ESCRAVATURA > PORTO DE LUANDA

LUANDA

MACÔCO

MUSEU DA ESCRAVATURA MUSEU DA ESCRAVATURA

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actualidade nacional

CRIAÇÃO DE GABINETE PARA A COORDENAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DOS PROJECTOS DE INFRAESTRUTURAS DE ACESSO AO NOVO AEROPORTO INTERNACIONAL DE LUANDA Prevê-se que o Novo Aeroporto Internacional de Luanda venha a ser inaugurado no Primeiro Semestre de 2017.

Tendo em conta que o Projecto de Construção do Novo Aeroporto Internacional de Luanda constitui uma obra de grande dimensão para Angola e para a Região, com fortes impactos económicos e sociais na e para a Província

Acessos ao Novo Aeroporto Internacional de Luanda

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de Luanda e tendo, também, em conta que os clientes e colaboradores do Novo Aeroporto, os habitantes da Nova Centralidade que vai surgir na zona do Novo Aeroporto, bem como o complexo industrial e logístico que emergirá à volta da nova infraestrutura aeroportuária, a construção de adequados acessos rodoviários e ferroviários para o escoamento de pessoas

actualidade nacional de e para o Novo Aeroporto é de grande dos Projectos de Infraestruturas de prioridade e importância.

Acesso ao Novo Aeroporto Internacional Para dar resposta a esta problemática, o de Luanda; Presidente da República de Angola, José • Articular com os organismos da Eduardo dos Santos, determinou a criação Administração Pública e Institutos, de um Gabinete para a Coordenação e sempre que se achar necessário. para o Acompanhamento dos Projectos de Infraestruturas de Acesso ao Novo Aeroporto O Gabinete integra as seguintes Entidades: Internacional de Luanda, tendo nomeado a) Dr. José João Kuvingua – Secretário de Estado para os Transportes Terrestres; para coordenação do mesmo a pessoa certa, possuidora de uma grande visão estratégica, b) Eng. Luís Filipe da Silva – Secretário de Estado das Águas e Coordenador de uma capacidade de trabalho excepcional, do Gabinete Técnico de Coordenação e de uma lealdade e sintonia com o Presidente Acompanhamento dos Projectos da Cidade da República, sem mácula, o Ministro dos de Luanda – GATEC; Transportes, Augusto da Silva Tomás. c) Eng. Agostinho da Rocha Fernandes – Vice-Governador da Província de Luanda Os Gabinete, ora criado, tem as seguintes para os Serviços Técnicos e Infraestruturas; atribuições: • Estudar e propor todas as medidas, d) Eng. Manuel José Cardoso do Amaral Van-Dúnem – Directos da Unidade Técnica projectos e soluções que se mostrem de Gestão de Saneamento de Luanda; necessárias e viabilizem a circulação rodoviária de acesso ao Novo Aeroporto e) Arq. Bento dos Santos Fragoso Soito – Director do Gabinete Técnico de Reconversão Internacional de Luanda; Urbana do Cazenga e Sambizanga – GTRU. • Orientar e supervisionar a coordenação

Augusto da Silva Tomás, Ministro dos Transportes e Coordenador do Gabinete

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actualidade nacional SEGURANÇA DA AVIAÇÃO CIVIL NO MUNDO É PREOCUPANTE

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O Ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, afirmou, recentemente, à imprensa, que a segurança da aviação civil no mundo é preocupante, tendo em conta os últimos acontecimentos a nível da aviação civil internacional. O titular dos Transportes fez esta declaração no âmbito da apreciação e aprovação, recente, pelo Conselho de Ministros, da proposta de Lei dos Crimes contra a Aviação Civil, na sua III Sessão, decorrida em Luanda, sob orientação do Chefe de Estado Angolano, José Eduardo dos Santos.

O Ministro defendeu a importância de se continuar a trabalhar na reforma sobre a aviação angolana, adequando as normas e regras definidas pela Organização Internacional de Aviação Civil. Para além das recomendações contidas na Convenção de Chicago de 1954, considera que devem ser consideradas as convenções de Tóquio, Haia e Montreal.

Para o efeito, Augusto Tomás considera que é um imperativo reflectir sobre a imposição do ordenamento jurídico angolano, no que respeita aos aspectos que visam a criminalização dos actos contra a interferência ilícita ao nível da aviação civil, bem como, a sua tipificação e o estabelecimento das molduras penais.

“Pensamos nós que, desta forma, estamos

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a cobrir um vazio que existia neste domínio e a contribuir para o aumento da prevenção, protecção e a segurança da aviação em Angola, dando uma contribuição positiva ao nosso país em relação àquilo que são as disposições internacionais de repressão ao nível da aviação civil”, sublinhou o titular dos Transportes.

Augusto da Silva Tomás, Ministro dos Transportes de Angola

AEROPORTO DE LUANDA TERÁ LIGAÇÃO FERROVIÁRIA À CAPITAL O Novo Aeroporto Internacional de Luanda que, conforme previsto, começará a funcionar no primeiro semestre de 2017, contemplará uma ligação ferroviária ao centro da capital.

No âmbito da visita ao local, realizada pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, o Ministro dos Transportes, Augusto

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da Silva Tomás, informou que, para além de um novo acesso rodoviário, o aeroporto contará com uma ligação ferroviária directa a Luanda, a qual terá seis estações, a última das quais localizada no terminal aéreo.

Adiantou, ainda, que, para conferir maior fluidez à circulação de comboios para o aeroporto, está projectada a duplicação da via ferroviária, no percurso entre as estações do Bungo e Baia.

O projecto desta ligação ferroviária contempla, também, a aquisição de locomotivas, a construção de oficinas de manutenção e a edificação de passagens desniveladas.

O Novo Aeroporto Internacional de Luanda vem posicionar-se como o maior aeroporto da África central e ocidental, projectado para suportar 15 milhões de passageiros por ano.

Esta infraestrutura, a 40 quilómetros de Luanda, encontra-se implantada numa área de 1.324 hectares e terá duas pistas duplas com capacidade de aterragem do maior avião comercial do mundo, o Airbus A380.

actualidade nacional PORTO DE LUANDA MOVIMENTOU MAIS DE 13 MILHÕES DE TONELADAS EM 2014 No passado ano de 2014, o porto de Luanda, processou mais de 13 milhões de toneladas de carga diversa, registando um acréscimo anual de 15,9%, segundo o relatório das actividades desenvolvidas pela sociedade gestora do porto.

O documento informa que o movimento de cargas não contentorizadas nos diferentes terminais do porto ascendeu a mais de 3,8 milhões de toneladas, correspondendo a um crescimento homólogo de 34%.

Quanto à movimentação de cargas contentorizadas, o relatório dá conta que houve um crescimento anual de cerca de 10%, tendo sido desembarcados 529,5 mil contentores e embarcados 525,7 mil contentores, tendo, ainda, recebido 8.154 navios, dos quais, 1.135 navios de longo curso e 7.019 de cabotagem.

43 Projecto do novo Aeroporto Internacional de Luanda

Porto de Luanda

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NOVO TERMINAL MARÍTIMO DA SONANGOL PRONTO EM 2015 O novo terminal marítimo da barra do Dande, fica concluído este ano, segundo anunciou, o presidente da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol), Francisco de Lemos José Maria. O terminal terá capacidade para armazenar 640 mil metros cúbicos de combustíveis, gás e lubrificantes e terá início, este ano, a construção de áreas para armazenamento de combustíveis, nas localidades do Soyo, Lubango e Namibe. A Empresa tem, ainda, como objectivo, para este ano, dar início à construção dos edifícios das delegações da Sonangol em Cabinda, Soyo, Malange, Lobito, Huambo e Lubango, entre outros investimentos, como é o caso da Refinaria do Lobito, que deverá ficar

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concluída até 2017. Segundo o calendário de investimentos da Empresa, apresentado recentemente, está prevista, também, em 2015, a construção do novo terminal oceânico no Soyo, na província do Zaire, obra avaliada pela Sonangol Logística em 220 milhões de dólares. No capítulo dos transportes marítimos, o Grupo Sonangol encomendou a um estaleiro da Coreia do Sul a construção de dois navios para transporte de combustíveis, com entrega prevista a partir de 2016. Com este Programa de investimentos, segundo Francisco de Lemos, a Sonangol procurará gerar poupanças, através da redução de despesas, bem como, através da melhoria de sistemas e processos.

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actualidade nacional ANGOLA ANUNCIA SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA MARÍTIMA Angola vai montar um sistema nacional de vigilância marítima, que prevê um reforço técnico e humano da Marinha, segundo anunciou o Governo, em comunicado divulgado à imprensa. Denominado SINAVIM - Sistema Nacional de Vigilância Marítima e Segurança da Zona Económica Exclusiva de Angola, o Plano inscreve-se no âmbito do Projecto Proatlântico, que visa elevar as capacidades técnicas e humanas da Marinha.

No último trimestre do ano transacto, o Governo de Angola encomendou ao Brasil a construção de sete navios-patrulha, no âmbito de um Memorando de Entendimento Técnico, rubricado entre os dois governos. Em causa está a execução do Programa de Desenvolvimento do Poder Naval Angolano (Pronaval), que contará com o apoio da Empresa de Gestão de Projectos Navais (Emgepron) da marinha brasileira. De acordo com o entendimento entre os dois governos, quatro dos navios serão construídos no Brasil (Rio de Janeiro) e os três restantes num estaleiro angolano, a instalar na província do Cuanza Sul, 200 quilómetros a sul de Luanda.

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breves INFRAESTRUTURAS MARÍTIMAS CONFIRMAM PAÍS COMO UMA PLATAFORMA LOGÍSTICA CONTINENTAL O Ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, referiu, recentemente, que as infraestruturas marítimas podem confirmar o País como uma plataforma logística continental, de grande potencial produtivo e significado económico relevante, na região austral do continente africano. Considera que se deve aproveitar a posição geoestratégica e económica que Angola tem, bem como a sua especial relação com o mar, através dos vastos recursos marinhos e dos excelentes portos marítimos que possui para o efeito.

Salientou, ainda, que, através dos portos nacionais pode, no futuro, passar uma parte significativa de cargas, com origem e destino nos países limítrofes bem como, noutros países do interior do continente, que não têm saída directa para o mar.

O Ministro dos Transportes anunciou, ainda, que a estratégia de desenvolvimento, assente num empreendimento como a rede integrada de infra-estruturas de logística e transportes, trará como benefícios o aumento do PIB e do nível do rendimento, a diminuição da subordinação e exposição ao sector petrolífero, o favorecimento da internacionalização da economia nacional no mercado mundial, no equilíbrio das contas externas e na redução da dívida pública. Para o efeito, foram indicados, pela tutela, como orientações estruturantes para o sector dos

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transportes e da logística, a construção da rede integrada de transportes e logística no país, a institucionalização de um sistema logístico nacional, assente nos princípios da integração, da complementaridade e da intermodalidade, com mais-valias reais para a economia nacional, bem como para os objectivos de coesão territorial, no respeitante ao plano interno, no contexto da SADC e da região dos grandes lagos.

A criação de legislação dos subsectores dos transportes e da logística, a criação de modelos de gestão para as plataformas logísticas que atendam ao esquema de prioridades estabelecidas, à tipologia, natureza e funções, objectivos e localização das diversas infraestruturas espalhadas por todo o território nacional foram, dentre outras, orientações estruturantes indicados pela tutela, tendo sublinhado que o desenvolvimento do País assentará nos valores e no progresso já alcançados, onde o sector da logística e dos transportes e a integração entre ambos, assume um papel determinante para se continuar na senda do crescimento e desenvolvimento sustentado.

actualidade nacional ANGOLA VAI ACOLHER CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE SEGURANÇA MARÍTIMA E ENERGÉTICA Angola vai acolher, no segundo semestre deste ano, uma Conferência Internacional subordinada ao tema “ Segurança Marítima e Energética”, segundo anunciou o Ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Rebelo Chikoti. De acordo com declarações do Ministro, Angola considera que a sua segurança marítima se encontra intrinsecamente ligada ao desenvolvimento económico. A Conferência, que decorrerá em Luanda, contará com a participação de vários parceiros, incluindo países membros da zona de paz e cooperação do Atlântico sul. A referida Conferência pretende assumir-se como um contributo efectivo para o estabelecimento de bases de cooperação regional e internacional, mais estreitas e consentâneas com os desafios contemporâneos.

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actualidade nacional ANGOLA GASTOU MAIS DE 3 MIL MILHÕES PARA REABILITAR REDE FERROVIÁRIA

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Para a reabilitação da rede ferroviária angolana, entre 2005 e 2015, foi necessário investir mais de três mil milhões de euros, anunciou, recentemente, o ministro dos Transportes de Angola, Augusto da Silva Tomás, no Luau, aquando da inauguração do troço final do Caminho de Ferro de Benguela (CFB), na Província do Moxico. A reabilitação das três linhas nacionais edificadas durante o período colonial - além do CFB, também o Caminho de Ferro de Luanda e o Caminho de Ferro de Moçâmedes -, envolveu um investimento público de 3,5 mil milhões de dólares (três mil milhões de euros), relativos a 2.612 quilómetros de rede e à construção de raiz de 151 estações ferroviárias. Toda a reabilitação da rede ferroviária nacional, foi utilizada para a passagem de uma linha própria de fibra óptica, tendo sido, ainda, adquiridas 42 locomotivas, 248 carruagens de várias tipologias e 263 vagões.

De acordo com Augusto da Silva Tomás, a nova infraestrutura ferroviária angolana tem agora condições para “alavancar o desenvolvimento económico e humano” do País, e para “promover a coesão nacional”, após um “trabalho colossal”.

“Já houve em Angola um tempo de guerra, hoje vivemos em paz. Já houve em Angola um tempo de destruição, hoje vivemos um tempo de construção”, sublinhou. O ministro falava no Luau, onde foi inaugurado o troço final do Caminho de Ferro de Benguela (CFB) na província do Moxico, representando o regresso,

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32 anos depois, da ligação de comboio entre o Atlântico (Lobito) e o interior de Angola, num percurso de 1.344 quilómetros. Na cerimónia no Luau, além do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, estiveram presentes os chefes de Estado da República Democrática do Congo (RDCongo), Joseph Kabila e da Zâmbia, Edgar Chagwa Lungu. Os dois países, que fazem fronteira com Angola, nesta região, encontram, nesta ligação, uma forma de exportar por via marítima - através do CFB e do porto do Lobito - os minérios extraídos nas regiões de Katanga (RDCongo) e Copperbelt (Zâmbia), com a interligação futura das três redes ferroviárias.

FUNDO AFRICANO FINANCIA A REDE ANGOLA-ZÂMBIA O Fundo Africano de Desenvolvimento vai disponibilizar 4,9 milhões de dólares (524,3 milhões de kwanzas) ao Executivo angolano, com vista à elaboração de um Projecto de actualização do Plano de Transportes de Angola, nomeadamente, a ligação da rede ferroviária nacional com a Zâmbia. Um diploma legislativo aprova o acordo, entre as duas partes, para o financiamento do Estudo para a actualização deste Plano. O Plano visa a formulação de uma estratégia e de uma política para a rede nacional de transportes, bem como a realização de um estudo preliminar de viabilidade da ligação ferroviária entre a linha de caminho-de-ferro de Benguela e da Zâmbia.

Entidades Organizadoras

MBA INTERNACIONAL EM GESTÃO MARÍTIMA, PORTUÁRIA E LOGÍSTICA

LOBITO, ANGOLA PROGRAMA DO MBA INTERNACIONAL: O Plano de Estudos é integrado por 10 Módulos e por 2 Seminários.

MÓDULOS: • CADEIA GLOBAL DE ABASTECIMENTO • CONTEXTO DA ACTIVIDADE MARÍTIMA, EQUIPAMENTOS, TECNOLOGIAS MARÍTIMAS E GESTÃO DA ACTIVIDADE • DIREITO MARÍTIMO E PORTUÁRIO • SEGURANÇA MARÍTIMA E PORTUÁRIA • GESTÃO COMERCIAL E OPERACIONAL DO TRANSPORTE MARÍTIMO • ESTRATÉGIAS PORTUÁRIAS, MODELOS DE GESTÃO, CONCESSÕES E REGULAÇÃO • PLANEAMENTO E INFRAESTRUTURAS PORTUÁRIAS • MARKETING PORTUÁRIO • GESTÃO DE OPERAÇÕES PORTUÁRIAS • GESTÃO AMBIENTAL NO SECTOR MARÍTIMO E PORTUÁRIO SEMINÁRIOS: • VISÃO PROSPECTIVA DA MARINHA MERCANTE E DOS PORTOS, A NÍVEL NACIONAL E MUNDIAL E O DESENVOLVIMENTO DAS ECONOMIAS • GESTÃO DAS RELAÇÕES PORTO-CIDADE | ESTUDO DO CASO: PORTO E CIDADE DO LOBITO

DATA DE INÍCIO E HORÁRIO DO MBA INTERNACIONAL: O MBA Internacional em Gestão Marítima, Portuária e Logística terá o seu início em 29 de Junho de 2015.

As aulas decorrerão de segunda a sexta-feira, das 08:00 às 14:00.

CONTACTOS E LOCALIZAÇÃO ACADEMIA DE FORMAÇÃO DA LOGISTUR

Av. Marechal Craveiro Lopes, Estação Ferroviária Central do Lobito, 1ºAndar - Dto Lobito, Província de Benguela | ANGOLA JOÃO NEVES |

Tlm.: (+244) 926 670 803 | joaoneves@logistur.net

actualidade nacional

breves

CHEFE DE ESTADO DO CONGO ENALTECE DESEMPENHO DO EXECUTIVO ANGOLANO NO CORREDOR DO LOBITO O Chefe de Estado da República do Congo, Denis Sassou Nguesso, enalteceu recentemente, o empenho do Executivo angolano, em prol do desenvolvimento do Corredor do Lobito.

O estadista congolês enalteceu estes feitos, aquando da assinatura do livro de visitas, na estação nº 0, que marca o início dos 1.344, 088 quilómetros do Caminho-de-Ferro de Benguela. Segundo o governante, os governos de Angola e do Congo têm todas as condições para cooperar. Durante a sua estada no Lobito, o chefe de Estado congolês visitou o Porto Seco, Mineiro e Terminal de Contentores, no município do Lobito, unidades dependentes do Porto do Lobito, que integram as diferentes infraestruturas do Corredor

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de Desenvolvimento do Lobito. Denis Sassou Nguesso visitou, igualmente, o Caminhode-Ferro de Benguela, onde se inteirou das potencialidades económicas dessa infraestrutura para as regiões da África Austral e Central, esta última onde se situa a República do Congo. Estas infra-estruturas, associadas ao Aeroporto Internacional da Catumbela, são as principais unidades económicas integradas no Corredor de Desenvolvimento do Lobito, recentemente modernizado com um investimento de mais de 3.140 milhões de dólares, incluindo a linha férrea transfronteiriça de mais de 1.340 quilómetros de extensão, já inaugurada na vila do Luau, fronteira com a Zâmbia.

José Eduardo dos Santos, Presidente da República de Angola, descerra a placa inaugural da ponte transfronteiriça sobre o Rio Luau, no Corredor do Lobito, ladeado por Joseph Kabila, Presidente da República Democrática do Congo e por Edgar Lungu, Presidente da República da Zâmbia

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VIII CONGRESSO DOS PORTOS DE LÍNGUA PORTUGUESA “ESTREITANDO RELAÇÕES COMERCIAIS E DE COOPERAÇÃO NO ESPAÇO DA LUSOFONIA“

Porto do Maputo, Moçambique

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O evento foi organizado conjuntamente pela APLOP (Associação dos Portos de Língua Portuguesa) e pelo CFM (Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique). Na cerimónia oficial de abertura, participaram vários Ministros da tutela dos transportes, dos vários países de língua portuguesa, designadamente de Moçambique, de Angola, do Brasil, de Cabo verde, da Guiné Bissau, de São Tomé e Príncipe, o Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicação de Portugal e o Presidente da APLOP. O Congresso desenvolveu-se em torno de 6 sessões plenárias que abrangeram temáticas do maior interesse e pertinência: • Projectos Portuários e Logísticos no Espaço CPLP • Estudo do Mercado dos Países de Língua Portuguesa • Desenvolvimento do Transporte Marítimo

no Espaço Lusófono • O Papel das Alfândegas na Facilitação Aduaneira nos Portos da CPLP • A Gestão Económica do domínio Portuário – das Concessões de Movimentação de Carga às Utilizações Privativas • Cooperação no Espaço APLOP em Projectos de Formação Por sua vez, no âmbito de cada sessão plenária, realizaram-se várias apresentações sobre temas específicos, que permitiram uma ampla cobertura dos respectivas temas centrais e nas quais intervieram 18 oradores de diferentes nacionalidades, nomeadamente, de Moçambique, Brasil e Portugal.

No Final do Congresso realizou-se uma visita ao Porto de Maputo.

De salientar, no quadro da primeira sessão

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plenária, para além de duas abordagens globais, respectivamente, sobre o desenvolvimento e expansão dos Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique e sobre a perspectiva de desenvolvimento do sistema portuário de Moçambique, a apresentação de três projectos emblemáticos de expansão de portos moçambicanos, respectivamente, Porto de Maputo, Porto da Beira e Porto de Nacala.

A segunda sessão temática dedicou-se, exclusivamente, à apresentação da última actualização do “Estudo de Mercado dos Países de Língua Portuguesa”.

As cinco apresentações feitas no contexto da terceira sessão plenária, contribuíram para o aprofundamento das questões mais prementes no desenvolvimento do transporte marítimo no espaço lusófono, correspondendo aos seguintes subtemas: • A importância da União Africana de Carregadores no desenvolvimento do transporte marítimo em África • A Cabotagem Marítima e a Cooperação Audiência do VIII Congresso dos Portos de Língua Portuguesa

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no armamento de navios, como factor de promoção do desenvolvimento económico, no espaço lusófono • Criação de uma bolsa de fretes marítimos no Espaço APLOP • Cooperação na actividade de agenciamento e cargas de navios, no seio da APLOP • O contributo das exportações do Brasil para o incremento das trocas comerciais nos países da CPLP. Nas duas sessões seguintes foram abordadas as questões relacionadas com o papel das alfândegas na facilitação aduaneira dos portos da CPLP, com o papel das tecnologias associadas à competitividade, no sector portuário (portos inteligentes) e, ainda, com a gestão económica do domínio portuário.

Finalmente, na sexta e última sessão, foi tratada a importante questão da cooperação no espaço APLOP em projectos de formação, quer na modalidade de formação prática e intensiva, quer na modalidade de formação “on-job” em logística portuária.

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PANORAMA DA INDÚSTRIA FERROVIÁRIA EUROPEIA RACE2050 Artigo cedido por: Transportes em Revista por: Miguel Sena e Silva, Manager na VTM Consultores (artigo escrito de acordo com o Novo Acordo Ortográfico)

A INDÚSTRIA FERROVIÁRIA EUROPEIA TEM REGISTADO UMA FORTE EVOLUÇÃO, DITANDO TENDÊNCIAS E PARÂMETROS A NÍVEL MUNDIAL. NO ENTANTO, PERANTE UM NOVO CONTEXTO GEOECONÓMICO E A ENTRADA DE NOVOS INTERVENIENTES NO MERCADO, ENFRENTA AGORA NOVOS E GRANDES DESAFIOS.

actualidade internacional NO ÂMBITO DO PROJETO EUROPEU RACE2050 - Responsible innovation Agenda for Competitive European Transport Industries up to 2050, a VTM coordenou a edição de um conjunto de documentos sobre as grandes tendências de desenvolvimento da procura global de sistemas de transportes, desenvolvendo um conjunto de análises sobre a competitividade da sua indústria de transportes.

O presente texto sintetiza os resultados das análises ao setor ferroviário, em termos da operação (serviços) e da produção de material circulante, salientando um conjunto de aspetos chave que caraterizam o papel da ferrovia nos sistemas de transportes atuais, e que sustentam uma avaliação competitiva à Indústria Europeia de equipamentos ferroviários.

O TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE MERCADORIAS A infraestrutura ferroviária mundial ativa estende-se por cerca de 1.030.000 km, na qual foram transportadas, em 2013, cerca de 9,8 milhões de milhões de toneladas·quilómetro (ton·km).

Os Estados Unidos da América (EUA) e a China dominam o ranking internacional de transporte de mercadorias por ferrovia, cada um com cerca de 26 por cento do mercado global, seguidos pela Federação Russa e, já a uma distância considerável, pela Índia. Estas quatro redes são responsáveis por cerca de 81 por cento do total ton.km produzidas mundialmente. O Top Dez abarca cerca de 97 por cento de toda a produção de ton·km na ferrovia, no qual sobressai ainda o peso de outras antigas repúblicas soviéticas, com larga tradição no sector ferroviário.

A Europa, com 298 mil milhões de ton·km, é responsável por apenas três por cento dos

fluxos mundiais de mercadorias pela ferrovia.

Portugal, de acordo com as estatísticas dos transportes do Instituto Nacional de Estatística (INE), produziu cerca de 2.42 mil milhões de ton·km em 2012, dos quais 357 milhões em tráfegos internacionais (estes fluxos têm sido bastante constantes ao longo dos últimos anos).

Os combustíveis fósseis (petróleo e carvão) constituem, de acordo com dados de 2007, a principal família de produtos transportados pela ferrovia, sendo responsáveis por mais de 40 por cento dos fluxos, embora no caso particular do continente Europeu essa quota não vá além dos 14 por cento. Já em Portugal, este valor chegava, em 2012, quase aos 25 por cento.

De acordo com Thompson, no seu estudo para o International Transport Forum (ITF): “Se de

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repente a economia mundial se tornasse mais “Verde”, deixando de depender dos combustíveis fósseis como acontece hoje, o modo ferroviário seria, paradoxalmente, fortemente afetado na sua capacidade de angariar fluxos”.

O transporte de unidades multimodais na ferrovia (e nos restantes modos em geral) vem ganhando crescente relevo. Na Europa, a carga contentorizada e o transporte combinado são mesmo as categorias com maior preponderância nos fluxos de mercadorias por ferrovia, à medida que este modo vem cimentando o seu papel nas cadeias logísticas, representando hoje mais de 20 por cento dos fluxos.

Em Portugal, o tráfego de contentores representa já 25 por cento das ton·km produzidas, sendo de realçar o impacte da deslocalização

da operação da MSC de Lisboa para Sines, em 2004. Em 2013, a quota modal da ferrovia no tráfego contentorizado de Sines com o seu hinterland foi superior a 41 por cento, subindo este valor para quase 77 por cento se considerarmos apenas os modos terrestres (sem o Short Sea Shipping ibérico). O Terminal XXI, da PSA, assume-se como o principal terminal portuário ferroviário da Península Ibérica, em termos de cargas contentorizadas. É interessante verificar também o peso que a ferrovia detém no transporte de mercadorias em termos regionais (dados de 2008/2009): • 43 por cento nos EUA (que se prevê que possa perder 25 por cento das cargas com a conclusão do alargamento do Canal do Panamá);

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• 42 por cento na Federação Russa; • 23 por cento na China; • Apenas 11 por cento na Europa dos 28.

A continuada promoção do modo ferroviário no transporte de mercadorias, a nível Europeu, não tem alcançado os resultados pretendidos.

A ferrovia praticamente estagnou entre 1995 e 2012, enquanto, no mesmo período, o transporte de mercadorias por rodovia evoluiu a uma taxa média anual (tmca) de 1,6 por cento.

De acordo com o Eurostat, o transporte de mercadorias na Europa cresceu cerca de 23 por cento entre 1995 e 2012 (ostentando uma tmca de 1,2 por cento neste período), enquanto a ferrovia cresceu apenas 5 por cento em todo o período, resultando numa degradação da sua quota modal de 13 por

cento em 1995 para 11 por cento em 2012.

No mesmo período, a rodovia demonstrou ser capaz de captar o grosso dos novos fretes e ainda “roubar” mercado aos outros modos, aumentando de forma significativa o seu peso no mercado.

O quadro competitivo dos operadores ferroviários de mercadorias é, assim, enquadrado por uma forte concorrência do modo rodoviário, que importa contrariar a pretenderem-se alcançar os objetivos definidos nos documentos de referência para o setor a nível Europeu, nomeadamente no Livro Branco dos Transportes – “Roteiro do Espaço Único Europeu dos Transportes – Rumo a um sistema de transportes competitivo e económico em recursos”.

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AS POLÍTICAS EUROPEIAS DE PROMOÇÃO DA FERROVIA DE MERCADORIAS A partir de meados das décadas de 80/90 do século passado, a Europa lançou um conjunto de medidas de Política Comum visando impulsionar a transferência modal de mercadorias da rodovia para modos alternativos e, em particular, para a ferrovia, procurando contrariar a tendência de crescimento galopante do transporte de mercadorias por rodovia, com os resultantes impactes negativos para a economia Europeia em termos de custos energéticos, ambientais, de sinistralidade e de congestionamento. Assim, destacam-se: • O forte incentivo à liberalização do mercado ferroviário: neste período, assistimos a extensas alterações estruturais da Indústria com o objetivo de abrir o mercado ferroviário a práticas de maior concorrência,

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impulsionando a crescente liberalização do setor e o acesso à infraestrutura em condições de igualdade a todos os interessados; • O estabelecimento de objetivos ambiciosos de transferência modal no Livro Branco dos Transportes: “transferir da rodovia para outros modos, como o ferroviário ou o marítimo/fluvial, até 2030, 30 por cento do tráfego de mercadorias em distâncias superiores a 300 km, e, mais de 50 por cento até 2050, com a ajuda de corredores eficientes, integrados e ecológicos”; • As medidas fiscais de internalização dos custos externos provocados pelo transporte rodoviário de mercadorias, como as ecotaxas em França ou no Reino Unido; • O estímulo à criação de uma rede de corredores para o transporte competitivo de mercadorias por ferrovia.

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Em 2007, a Comissão Europeia encetou os primeiros passos conducentes a dotar a comunidade de uma rede dedicada para o transporte internacional de mercadorias por ferrovia. Já em 2010, o Regulamento Europeu 913 lançou as diretrizes para o estabelecimento de Corredores Internacionais para o transporte competitivo de mercadorias por ferrovia, promovendo a circulação e as trocas fronteiriças em condições mais favoráveis, a crescente interoperabilidade entre as diferentes redes nacionais e o estabelecimento de pontos de articulação adequados com os restantes modos, garantindo condições adequadas de prioridade dos comboios de mercadorias face às composições de passageiros.

TENDÊNCIAS E DESAFIOS DA FERROVIA DE MERCADORIAS NA EUROPA Em termos empresariais, a evolução do transporte de mercadorias por ferrovia na Europa tem sido marcada por três grandes linhas de força: • Fracos resultados económico-financeiros dos operadores – resultando na es-

cassa capacidade do setor para captar e reter capitais, no posicionamento historicamente mais centrado na componente técnica e menos no serviço ao mercado, ou nas crónicas perdas de prioridade face aos tráfegos de passageiros; • Estabelecimento de parcerias com operadores locais, ou instalação de sucursais nos mercados operados, como é o caso da EuroCargo Rail (da DB), em França, ou da Captrain Deutschland (da SNCF); • A integração vertical dos serviços de transporte ferroviário com atividades de natureza logística, geralmente liderada pelos operadores ferroviários, que complementam assim o transporte ferroviário com outras atividades de suporte – veja-se o caso da SNCF com a Geodis.

Ao longo dos anos, diversos operadores logísticos fora da esfera ferroviária foram sendo incorporados na estrutura de operadores ferroviários, fomentando economias de escala e de gama. Este novo posicionamento dos operadores permitiu-lhes alargar o seu portefólio de soluções e desenvolver novas estratégias de abordagem ao mercado.

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actualidade internacional

No entanto, apenas os maiores intervenientes da indústria, devido à sua alavancagem financeira, têm optado por concretizar este tipo de abordagens ao mercado, as quais, nas suas próprias palavras, “são vitais quer para diferenciar o seu portfólio de serviços como também para garantir a sua capacidade para encarar os novos desafios de um mercado crescentemente liberalizado”.

Verifica-se, assim, um efeito inesperado da crescente liberalização do mercado ferroviário de transportes de mercadorias, que, em vez de enfraquecer a posição dos operadores incumbentes e libertar espaço para o surgimento de novos concorrentes, antes melhorou a sua posição concorrencial face aos novos operadores ferroviários entretanto estabelecidos.

O crescimento de um conjunto restrito de operadores europeus de transporte ferroviário de mercadorias é bastante recente para permitir análises de médio-prazo, podendo ainda originar desenvolvimentos de mercado bastante díspares do status quo atual. No entanto, é já mais ou menos evidente que os futuros modelos de negócio deverão assentar na figura do Rail Integrator, entidade que promove as complementaridades com os restantes modos de transporte, dá resposta aos requisitos de uma procura cada vez mais exigente e promove a consolidação de cargas em pontos estratégicos de rede, assegurando a operação balanceada e com altas taxas de ocupação do sistema ferroviário internacional.

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sendo de destacar as seguintes caraterísticas na indústria europeia atual: • Forte concentração do número de empresas; • Principais intervenientes com escala global, por consolidação de processos de fusões/aquisições e do estabelecimento de subsidiárias nos mercados onde atuam; • Fortalecimento da inovação técnica e comercial; • Redução significativa dos custos de produção - 10 a 30 por cento nos novos produtos (segundo a Fédération des Industries Ferroviaires, FIF francesa); • Ganhos de produtividade anuais em torno dos 5 a 8 por cento (de acordo com a mesma fonte); • Desenvolvimento de novas competências, anteriormente exclusivas dos operadores de serviços ferroviários;

A INDÚSTRIA EUROPEIA DE EQUIPAMENTO FERROVIÁRIO

Os processos de consolidação na indústria europeia de equipamento ferroviário resultaram na criação de alguns intervenientes “Europeus” de dimensão global e na afirmação da indústria europeia como líder de mercado em termos globais, merecendo uma referência particular: • A “canadiana” Bombardier Transportation (com 80 por cento do valor acrescentado gerado em solo europeu); • A germânica Siemens; • A francesa Alstom; ou • A italiana Ansaldo Breda (da Finmeccanica).

A indústria de fornecimento de equipamentos e sistemas ferroviários sofreu um longo processo de restruturação nas duas últimas décadas,

Em 2001, as empresas europeias detinham uma parcela superior a 60 por cento do mercado mundial de fornecimento de material

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circulante. Esta posição privilegiada resultou da conjugação positiva de um conjunto de fatores: • Mercados domésticos: os construtores europeus foram responsáveis por cobrir 80 por cento das necessidades europeias de equipamento; • Do sucesso na abordagem aos mercados externos, nomeadamente a China, embora pagando o preço da transferência tecnológica imposta pelos polémicos contratos chineses; • Do sucesso enquanto impulsionadores intensivos de inovação e desenvolvimento de novos produtos/tecnologias, como o ERTMS (European Rail Traffic Management System); Impulsionadas pelo forte investimento em infraestruturas de AVF na Europa e em economias emergentes, e pelas necessidades de serviço e manutenção dos mercados domésticos, estas empresas passaram de forma praticamente incólume pela crise financeira mundial de 2009.

As especificações e normas ERTMS (ETCS [European Train Control System] e GSM-R [Global System for Mobile Communications – Railway]) são hoje a referência internacional para o desenvolvimento de novas linhas em muitos países emergentes e até mesmo nas economias mais desenvolvidas. Os números demonstram que praticamente metade dos investimentos globais na tecnologia ERTMS é realizada fora da Europa. Três países não pertencentes à UE - China, Arábia Saudita e Turquia - estão entre os cinco maiores investidores do equipamento ERTMS, o que demonstra a liderança técnica atual dos intervenientes europeus e das suas normas no setor.

TENDÊNCIAS E DESAFIOS DOS FORNECEDORES DE MATERIAL FERROVIÁRIO O futuro da Indústria Ferroviária está diretamente relacionado com a sua capacidade para oferecer uma mobilidade de massas, mais amiga do ambiente e mais frugal em termos

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energéticos e de utilização de espaço, aspetos cada vez mais relevantes dado o ritmo de urbanização da população mundial. Este facto sustenta o constante apoio dado pelas instâncias oficiais ao desenvolvimento da infraestrutura e dos serviços ferroviários em todo o mundo e, em consequência, das expectativas positivas para o crescimento do sector em termos globais.

A UNIFE (Associação Europeia de fornecedores de Material Ferroviário) realiza anualmente um estudo sobre as expectativas de evolução do mercado nos próximos anos. Na edição de 2010, a UNIFE referenciou um conjunto de megatendências com maior potencial de influenciar o desempenho futuro da indústria, que estão muito em linha com as indicações de outros organismos de referência do sector, como a UIC (União Internacional dos Caminhos de Ferro) ou a CER (Comunidade Europeia de Empresas e Gestores de Infraestruturas Ferroviárias):

• A crescente urbanização da população a nível mundial; • As crescentes necessidades de mobilidade, cada vez mais sofisticada e a apelar à integração entre os diferentes modos de transporte; • A necessidade de contrariar a crescente popularidade do transporte individual nas economias emergentes; • A escassez de recursos energéticos e o previsível aumento da fatura da mobilidade; • Uma crescente consciencialização ambiental - o aquecimento global ou as ameaças à biodiversidade; • O continuado suporte institucional ao desenvolvimento da ferrovia; • O crescimento do mercado nos países emergentes para além da China, nomeadamente nos Next Eleven (N-11).

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Para além destas megatendências, outros aspetos são também fundamentais para compreender o futuro enquadramento do mercado, por exemplo: • Alterações demográficas e sociais na Europa; • Impacto das políticas ambientais; • A inovação tecnológica e dos modelos de negócio, incluindo novos conceitos alternativos de tração, a utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), uma integração entre modos de transporte mais forte e sofisticada, a nanotecnologia, etc.

AS AMEAÇAS À INDÚSTRIA EUROPEIA DE EQUIPAMENTO FERROVIÁRIO Enquanto as tendências referenciadas parecem indiciar um futuro otimista para a Indústria, isso não significa que não existam desafios para o setor ferroviário em geral, ou que as perspetivas para o futuro das empresas europeias sejam assim tão brilhantes. De facto, nem tudo são boas notícias para os intervenientes europeus, que enfrentam atualmente uma série de constrangimentos à sua evolução, nomeadamente: • Os cortes relevantes na despesa pública dos mercados domésticos, decorrentes da austeridade imposta pela insistente crise europeia e da necessidade de redução dos défices orçamentais e dos níveis de endividamento nacionais; • As dificuldades no acesso a alguns mercados, que impõem barreiras técnicas (não-alfandegárias) que, na prática, fecham os mercados: Japão ou CIS2 (Commonwealth of Independent States), enquanto os mercados europeus são consideravelmente mais abertos;

• Novos concorrentes chineses de dimensão global, como os conglomerados industriais Chinese South Locomotive and Rolling Stock (CSR) e a Chinese Northern Locomotive and Rolling Stock (CNR). Estes concorrentes acumularam enormes vantagens do desenvolvimento recente do setor ferroviário na China, beneficiando da assimilação de tecnologia Europeia e Japonesa, e apresentam-se bastante agressivos em termos de preço, na oferta de projetos completamente integrados, no processo de investigação e desenvolvimento de tecnologia própria e nas competências política e financeira para entrar em novos mercados.

Segundo os dados mais recentes (2013), estas duas entidades dominam já os mercados mundiais de fornecimento de material circulante detendo, em conjunto, uma quota superior a 40 por cento do mercado mundial, embora 90 por cento das suas vendas sejam ainda concretizadas no mercado doméstico chinês.

Fruto dos continuados investimentos no seu sistema ferroviário e das cláusulas contratuais que impunham a transferência de conhecimento técnico nos concursos internacionais para o Sistema AVF chinês, estas duas empresas tornaram-se rapidamente independentes no seu mercado doméstico e ganham protagonismo noutros mercados emergentes, oferecendo projetos integrados que incluem o financiamento, a alimentação, o material circulante, a infraestrutura de via e de sinalização, entre outros.

No entanto, a abordagem aos mercados desenvolvidos está já em marcha. De acordo com a

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agência noticiosa chinesa Xinhua, a CSR fechou um acordo para fornecer seis composições de AVF à República da Macedónia, em junho de 2014. No passado mês de outubro, um consórcio chinês liderado pela CNR venceu um concurso para o fornecimento de 284 unidades para o sistema de metro de Boston, a entregar entre 2018 e 2021, num contrato avaliado em 567 milhões de dólares, que constitui o primeiro contrato de uma empresa chinesa deste setor nos EUA. Ainda em setembro de 2014, o conglomerado italiano Finmeccanica anunciava publicamente

ter recebido quatro propostas não vinculativas para a compra das suas unidades de negócio ferroviárias (a Ansaldo Breda e Ansaldo STS), entre as quais se incluía uma proposta liderada pela CNR que seria mesmo selecionada, junto com a proposta da Hitachi (Japão), para a short list de propostas a negociar.

Já no passado mês de novembro, o Governo chinês ordenou a fusão dos conglomerados CSR e CNR numa única empresa. Esta consolidação visa facilitar os esforços para ganhar contratos no exterior e irá criar um “colossal fabricante de trens”, a ser renomeado China Railway Vehicle

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Corp, com uma faturação anual combinada de 33,6 mil milhões de dólares e um lucro líquido de 1,44 mil milhões. Esta iniciativa irá apertar ainda mais o cerco às ofertas europeias como os TGV e ICE, da Alstom e Siemens, respetivamente.

A Ameaça Chinesa está agora em franco desenvolvimento e, à medida que a sua economia ganha preponderância no tabuleiro geoestratégico mundial, a Europa terá de encontrar as respostas corretas para ultrapassar mais este obstáculo se quiser manter uma Indústria Europeia de Transportes dinâmica, competitiva, sustentável e geradora de riqueza.

OUTROS DESAFIOS/OPORTUNIDADES QUE SE COLOCAM À INDÚSTRIA Todos os estudos e projeções analisados apontam para um crescimento sustentado da Indústria, dado que o transporte ferroviário aparenta estar melhor apetrechado do que outros modos para responder aos desafios de mobilidade que se projetam para o futuro.

A ferrovia requer elevados investimentos em infraestruturas (até superiores aos requeridos pela mobilidade centrada na viatura particular) que, conjugados com a persistente contração económica e orçamental nos países desenvolvidos, levaram mesmo à suspensão ou abandono de alguns projetos, como foi o caso do projeto da Alta Velocidade em Portugal.

O sucesso do modo ferroviário será particularmente potenciado por uma maior normalização das tecnologias, pela menor pegada energética e ambiental deste modo face aos modos concorrentes. As infraestruturas ferroviárias, quando corretamente projetadas e concretizadas, são definitivamente mais eficientes, menos poluentes

e requerem menos espaço para a sua implantação, embora os benefícios anunciados apenas sejam alcançáveis com taxas de ocupação razoáveis. Sistemas subutilizados podem redundar em rácios por passageiro/tonelada bem menos atrativos do que os praticados pelos modos concorrentes.

A indústria tem de apostar de forma mais decisiva na modularidade e na normalização como forma para reduzir os seus custos. Releva-se que a normalização técnica e regulamentar está hoje bem mais desenvolvida nos extremos do espectro da gama de produtos, nomeadamente na Alta Velocidade Ferroviária, como o ERTMS, ou nos metros ligeiros de superfície, onde observamos também uma grande normalização, como por exemplo com os sistemas de alimentação a 750 V de DC (por questões de segurança relacionadas com a circulação em ambiente urbano).

A Europa tem tido até aqui um papel preponderante nestas matérias, dominando na definição e estabelecimento das normas a nível mundial.

No entanto, este tipo de normalização e modularidade está ainda por implementar no grosso da oferta de equipamentos ferroviários, nomeadamente nos serviços convencionais. A aposta no incremento da normalização e da interoperabilidade ferroviária a nível Europeu apresenta-se, assim, como um aspeto fundamental para o incremento da utilização da ferrovia e para o desenvolvimento tecnológico e competitivo da Indústria Europeia.

Dada a recente evolução competitiva dos fabricantes chineses, em termos comerciais e tecnológicos, será previsível antever uma crescente consolidação da Indústria Europeia por forma a desenvolver uma resposta mais musculada a essas ameaças.

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PORTO DE SINES

UM POTENCIAL DE CRESCIMENTO EXTRAORDINÁRIO Artigo cedido por: Jornal da Economia do Mar

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O maior porto natural de águas profundas da Península Ibérica, representa já, para o Estado, proveitos anuais superiores a 12 milhões de euros e continua a crescer, esperando-se mesmo que, em 2016, atinja já um movimento de contentores na ordem dos dois milhões de TEU, começando a bater-se, verdadeiramente, com Valência e Algeciras.

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Sines atingiu, em 2014, um movimento de 1 milhão e 228 mil TEU e 37,8 milhões de toneladas, devendo valer para o estado valores bem acima dos 12 milhões de euros de 2013.

João Franco, Presidente do Conselho de Administração do Porto de Sines, ainda não se quer comprometer com números definitivos, tanto mais que ainda não estão aprovados em Assembleia Geral, mas não deixa de ir afirmando que, 2014 será, com certeza, mesmo em termos de dividendos para o Estado, o melhor de sempre. E a tendência é para que o crescimento continue.

Até ao final de 2015, deverão estar concluídas as obras da face noroeste do terminal de contentores, aumentando assim a capacidade em cerca de 500 mil TEU. Um investimento um pouco superior a 40 milhões de euros a realizar pela PSA e que dotará Sines com uma capacidade total de movimentação anual de contentores superior a 2 milhões de TEU e que João Franco espera, também, ver esgotada no final de 2016.

Neste momento, a capacidade anual de Sines de movimentação anual de contentores situa-se na ordem do milhão e meio, valor que deverá ser atingido já no final de 2015, momento em que a conclusão das obras anteriormente referidas de ampliação da face noroeste do terminal de contentores, permitirão prosseguir o esperado crescimento sustentado e duradouro para os anos seguintes, a começar, evidentemente, por 2016.

Como salienta João Franco, as perspectivas de crescimento são, de facto, auspiciosas, existindo mesmo um estudo que aponta para um potencial de movimentação de mercadorias, exactamente na área de ligação Mediterrâneo-Atlântico,

onde, além de Sines, se inclui igualmente Algeciras, Valência e Tanger Med, até cerca de 40 milhões de TEU anuais nos próximos dez anos. Ora, considerando que, neste momento, Algeciras e Valência têm uma capacidade conjunta de cerca de 10 milhões de TEU, igualmente repartida por ambos os portos, e Tanger Med uma capacidade instalada na ordem dos 12 milhões de TEU, mesmo somando os cerca de dois milhões de capacidade de Sines no final de 2015, o que isso significa é um potencial de crescimento global, para os próximos dez anos, na ordem dos 16 milhões de TEU, assim haja infra-estruturas e condições para os agentes económicos operarem.

O Porto de Sines não estará, evidentemente, sozinho na captação desse potencial mas, para João Franco, dispõe de vantagens competitivas que deve saber valorizar. Desde logo, a localização, as condições naturais e, não menos importante, a equipa,. Com uma média de idades relativamente baixa, inferior a 35 anos, elevado nível de formação e uma consciência das circunstâncias de extrema concorrência do mundo de hoje, impõem um empenho adicional que permite ao porto de Sines atingir uma produtividade acima da média, alcançando valores de movimentação de contentores por hora e pórtico, na casa dos 36 contentores quando, em termos internacionais, esses mesmos valores rondam, em média, os 29/30 contentores. Ou seja, em termos gerais, Sines consegue taxas de produtividade cerca de 20% superiores à média internacional. Não será um valor constante e permanente mas o facto é que são possíveis tais acréscimos de produtividade e esses acréscimos marcam, não raras vezes, uma diferença decisiva.

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A par disso, serão, com certeza, necessários significativos investimentos adicionais mas esses investimentos, na lógica e quadro dos portos portugueses, como também dos estrangeiros, tende a cingir-se, em termos públicos, por parte do Estado, à infra-estrutura marítima, ou seja, molhes e segurança da navegação, incluindo reboques e pilotos, directamente ou através de prestadores de serviços. Tudo o mais tende a ser realizado como investimento privado, ou seja, pelos concessionários.

No caso de Sines, além dos molhes e segurança da navegação, haverá investimento directo no caso dos pilotos mas, no caso dos reboques, Sines conta com os respectivos prestadores de serviços e tudo o que seja investimentos nas infra-estruturas, cais e terraplanagens para armazenamento dos contentores, por exemplo, serão sempre investimentos a serem realizados pelos concessionários dos respectivos terminais.

Os avultados investimentos que nesta fase são necessários realizar pelos concessionários, têm vindo a levantar a questão dos prazos das próprias concessões. Quem investe espera, naturalmente, um determinado retorno e, muitas vezes, não será possível senão aumentando esses mesmos prazos. Essa a razão porque Espanha, por exemplo, já permitiu o seu alargamento, tipicamente para os 50 anos, podendo mesmo chegar aos 75 anos em determinadas condições.

No caso de Sines, há, como se sabe, o contrato com a PSA, válido por mais 15 anos, tendo sido estabelecido já, inclusive, um memorando entre a APS e a PSA, homologado pelo Governo numa cerimónia com o Primeiro-Ministro, na qual as partes assumem o interesse mútuo

no crescimento do terminal noroeste, como anteriormente referido, aumentando a sua capacidade operacional, mas abrindo também novas negociações em relação a outros investimentos futuros porque, nestes domínios, como sublinha João Franco, é sempre indispensável uma permanente perspectiva de crescimento adicional sob pena de perda, talvez irreversível, de competitividade.

Como destaca ainda o Presidente do Porto de Sines, uma circunstância que todos defrontam na área do transporte marítimo em geral e dos contentores em particular, é a circunstância de, com o aumento do crescimento do transporte e trocas comerciais por via marítima e o aumento da dimensão dos navios por razões de economia de escala, ter como consequência a necessidade de novas condições portuárias, exigindo mais espaço de acostagem, ou seja, mais cais, mais e maiores equipamentos para abarcarem a maior largura do navio e movimentarem um maior número de contentores, bem como mais espaço para o parqueamento dos respectivos contentores.

Ora, para que isso seja possível, nalguns casos, será eventualmente necessário o prolongamento de molhes ou a construção até de outro tipo de defesas, responsabilidade da Autoridade Portuária. Em simultâneo, outros investimentos por parte do concessionário serão necessários, o que também está a ser devidamente estudado e enquadrado. A questão dos prazos é, naturalmente, uma questão a ter em conta mas que não preocupa particularmente João Franco porquanto, sendo uma questão negocial, o importante é, trabalhando sem pressas, encontrar um ponto de equilíbrio, devidamente ponderados todos os factores. E

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nessa circunstância, surgindo a solução como corolário de um processo bem sustentado em todas as fases, não vê razões para que não seja uma boa solução para todas as partes, avalizada, de resto, em última instância, pelo próprio Tribunal de Contas. O que verdadeiramente o preocupa é o facto do crescimento dos navios e do mercado ser sempre mais rápido do que o crescimento das infra-estruturas e ganharem, consequentemente, os portos que mais rapidamente se ajustarem à nova realidade e às novas exigências do mercado. E a única pressa e efectiva preocupação é exactamente essa, a capacidade de rápida adaptação às novas realidades e novas exigências do mercado.

Nesse enquadramento, pela capacidade e área de expansão disponível, a par das vantagens competitivas anteriormente referidas, desde que haja rapidez de decisão, João Franco entende que o Porto de Sines dispõe de todas as condições para continuar a crescer sustentadamente, ao longo dos próximos anos, tal como tem vindo a suceder ao longo da última década.

Nesse sentido, entende igualmente importante o investimento numa ligação competitiva à via-férrea, embora, para Sines, o valor de serviço do hinterland se situe na casa dos 10%, muito longe, consequentemente, dos 90% correspondentes à baldeação. Todavia, com uma ligação competitiva à via-férrea, há

Até ao final de 2015, as obras do terminal dos contentores deverão estar concluídas, o que irá aumentar a capacidade em cerca de 500 mil TEU. João Franco, Presidente da APS - Administração dos Portos de Sines e do Algarve

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potencial para crescer, também, no serviço ao hinterland, podendo chegar, mesmo, à casa dos 15%. Nesse sentido, importa igualmente não esquecer que Sines continua a ser o porto mais próximo de Madrid e da Estremadura Espanhola e também o mais competitivo, correspondendo a um mercado potencial que não é nunca de menosprezar, tanto mais quanto, ainda por cima, Sines concorre, directamente, com Algeciras e Valência que servem hoje, também, Madrid e a Estremadura Espanhola.

Sines, porém, tem vantagens competitivas assinaláveis, para além das já referidas anteriormente, estando aberto sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia, com taxas fixas estabilizadas, sem olhar a Sábados, Domingos, Feriados, ou seja que outro tipo de situações for, libertando assim o armador de ter de adiantar ou atrasar a entrada do navio para beneficiar deste ou daquele horário de operação portuária e obter melhores taxas, sem limitações de expansão física por razões de ordem natural, ambiental ou de enquadramento urbano, podendo receber qualquer tipo de navio de carga em qualquer um dos respectivos segmentos. No caso dos navios de contentores, sendo o calado máximo mais comum de 16 metros e, mesmo com o previsível aumento de alguns navios para 20 mil TEU, não ultrapassando nunca os 17 metros, Sines estará sempre em condições de os receber, bem como, na caso dos petroleiros, graneis líquidos em geral e petroquímicos, onde os calados tendem a ser de maior volume mas, dispondo Sines de um terminal de graneis líquidos com capacidade para chegar até aos 28 metros, também não se vislumbra igualmente limitação alguma. É, também, por todos estes factores conjugados,

aos quais haverá ainda a somar o facto de a viagem até Valência demorar mais um dia, ou seja, um custo adicional de transporte na ordem dos 20 a 30 mil euros, que Sines tem vindo a conquistar movimento a Valência e também, embora menos significativamente, a Algeciras.

Neste enquadramento, interrogado sobre a possibilidade de um dia Sines poder vir um dia a ultrapassar Algeciras no movimento de contentores, João Franco sorri. Não nega que seja possível mas, olhando para os 5 milhões de TEU movimentados por Algeciras e para 1 milhão e 227 mil realizados em 2014 por Sines, reconhece que levará o seu tempo, pelo menos.

Por outras palavras, é necessário ter a noção de que, não obstante todo o movimento de crescimento em que Sines tem estado envolvido, com manifesto êxito, ainda representar uma dimensão relativamente pequena. Estará entre os 20 maiores da Europa, na 15ª ou 16ª posição, mas não mais do que isso.

Em relação aos portos do Norte da Europa, João Franco não vê uma concorrência tão directa mas não deixa de alertar para alguns factores de competitividade que lhes são favoráveis, como seja, desde logo, o facto da figura da concessão, típica dos países do Sul da Europa, por imposição das correspondentes Directivas Europeias sobre a matéria, restrições e constrangimentos que a figura de arrendamento ou de direitos de superfície, figura típica dos portos da Norte da Europa, não têm. O que decorre também do facto de ser o Estado, na generalidade dos países do Norte da Europa, a construir as infra-estruturas, entregando-as posteriormente para exploração, tal como anteriormente acontecia entre nós. Todavia, tal prática não deixa de ter

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O LNG apresenta-se como uma oportunidade de futuro com grande potencial, podendo Sines ser um posto de abastecimento internacional dos navios claras implicações em termos de concorrência, ou seja, para os mesmos preços, descontado o poder de compra, as margens de rendibilidade no Sul são sempre muito inferiores ao Norte, uma vez os custos dos investimentos poderem ser amortizados pelo próprio Estado, sem

os passar para a exploração operacional dos respectivos portos, bem como poderem usar a mais flexível figura de arrendamento ou de direitos de superfície em detrimento da figura mais restritiva da Concessão.

Quanto ao futuro, João Franco vê com particular interesse o LNG, uma vez Sines dispor já de instalações de gás natural e ser de toda a vantagem que o operador instalasse aí uma espécie de posto de abastecimento internacional dos navios, tanto mais quanto existem fundos comunitários disponíveis para tal e constituir uma tendência internacional particularmente acarinhada pela União Europeia.

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E segundo parece, Sines está a prestar atenção a essa possibilidade e tudo se afigura bem encaminhado.

Por outro lado, o Presidente do porto de Sines vê igualmente como particularmente importante e significativa a possibilidade de atracção de empresas para se instalarem na área de Sines, beneficiando de todas as facilidades de ligações ao mundo para importação e exportação de materiais e produtos. Uma possibilidade que está a ser devidamente estudada e equacionada mas que exige também, neste momento, ainda alguma discrição.

Quanto a investimentos, 2015 vai ser um ano «pesado», na sua própria expressão, onde se inclui igualmente Faro e Portimão de que a Administração do Porto de Sines tomou conta recentemente.

Admitindo que o Plano de Investimentos venha a ser aprovado pelo accionista em próxima Assembleia Geral, como se espera, em 2015 haverá novos investimentos em infra-estruturas, edifícios, indispensáveis à operação, rede eléctrica, postos de transformação, cablagens, muito significativo investimento em tecnologias de informação, investimentos pouco visíveis para quem está de fora mas indispensáveis à produtividade do porto, além de investimento em vários projectos comunitários na área da Investigação e Desenvolvimento. Para além disso, haverá ainda um investimento, modesto mas significativo, na definição de um Plano de Desenvolvimento Estratégico, representando tudo, no seu todo, um volume global na ordem dos 21 milhões de euros.

Nesse enquadramento, em Portimão, fundamentalmente um porto de cruzeiros, importante para a região e para o país dada a entrada de capitais que proporciona, estão a decorrer trabalhos de

preparação de grandes empreitadas de aumento da capacidade do cais e de acesso de navios de maior calado, ou seja, a realização de estudos de impacte ambiental, avaliações técnicas de engenharia da especialidade e de dragagens. Um outro investimento, embora menor mas também importante, respeita ao melhoramento das condições de movimentação de passageiros no terminal, esperando-se que os primeiros resultados de todo esse esforço comecem a tornar-se visíveis a partir de 2016.

Quanto a Faro, trata-se de um porto unicamente de carga que é estrategicamente importante porque há empresas regionais que dependem inteiramente do mesmo para exportarem os seus produtos e mercadorias, há questões de reordenamento do espaço, inclusive da sua vedação, reforço do cais e reabilitação dos equipamentos instalados, dragagem para acessibilidade a navios independentemente das marés, estando hoje muito limitado aos mais baixos calados.

Faro tem um movimento diminuto, na ordem das 400 mil toneladas ano, mas é importante pelas razões apontadas.

A terminar, João Franco reforça que Sines não está em competição com outros portos nacionais mas com portos internacionais, sobretudo, como já referido, Valência, Algeciras e Tanger Med e trata-se de uma concorrência muito dura e muito difícil, com resultados e êxito, apesar de tudo, não apenas por mérito da Administração Portuária, embora um pouco também, mas, acima de tudo, por mérito dos agentes económicos que operam no porto, os concessionários, os armadores e gestores de terminais, tendo a Administração Portuária, acima de tudo, apenas a obrigação de os ajudar a que tenham o êxito que, de facto, justificam e merecem.

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ÁFRICA: UM CONTINENTE EM BUSCA DO TURISMO A oferta turística em África há muito que se baseia na exploração das belezas naturais e na sua inigualável vida selvagem, apesar da ameaça da caça, de alguns conflitos armados e das alterações climáticas que podem pôr em causa a sua sustentabilidade a médio/longo prazo.

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Parque Nacional do Serengeti, norte da Tanzânia e sudoeste do Quénia - África Oriental

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Embora seja o continente que menos turistas recebe, os últimos anos têm sido encorajadores, dado que apresentam um aumento sustentado de visitantes, devido, em parte, a uma significativa melhoria das infraestruturas e da diversificação das opções turísticas. A marca dos 50 milhões de turistas anuais já foi ultrapassada, em 2014 e segundo os analistas, 2015 promete seguir a mesma tendência de subida.

A pluralidade da oferta turística é explorada por diversos países, principalmente pelos que têm tido condições e estabilidade política nas últimas décadas e que a aposta neste sector tem sido uma constante. Marrocos, África do Sul ou Tunísia são alguns desses exemplos.

Mas há países que começam a surgir com mais presença nos catálogos das agências internacionais tais como Moçambique, Cabo Verde, Uganda, Gana, Gâmbia, além de outros que há muito potenciam as suas mais-valias, principalmente naturais, como são os casos do Quénia e Tanzânia, com o seu Serengueti, palco de dezenas de documentários sobre a vida selvagem.

Fruto do aumento sustentado da procura turística em África, actualmente, cerca de 2,2 milhões de pessoas trabalham na área do turismo, o que representa 5,3% da força de trabalho no norte do continente e 2,4% na África Subsariana, segundo dados referentes a 2014 do African Tourism Monitor (OTM).

Segundo o mesmo Organismo e no tocante

à caracterização dos visitantes, apenas 6% dos turistas são do continente. Quanto aos restantes, cerca de 52% são europeus, 22,9% da América do Norte, 10% das Caraíbas e América do Sul e 3,6% do Médio Oriente, utilizando o avião como meio de transporte. Tal facto é ainda um condicionador do desenvolvimento do turismo africano, pois há menos companhias a voar para África do que para outros continentes, menos ligações e, consequentemente, tarifas mais elevadas.

No entanto, tem-se assistido a forte evolução neste campo, com a melhoria da qualidade de muitas companhias de aviação africanas e o aumento da oferta de grandes transportadoras aéreas, nomeadamente as europeias.

Mas se as estatísticas registam um crescimento assinalável, a verdade é que este continente ainda é o que menos turistas recebe, com apenas 3% do total mundial, ou seja, um número inferior aos visitantes na China (55 milhões) ou de Espanha (60 milhões).

Em termos regionais, as alterações políticas vividas nos últimos anos no Norte de África e toda a agitação social e económica que provocaram, acabaram por afectar o mercado turístico. Reflexo disso mesmo foi a quebra do número de quartos. Enquanto na África Subsariana estes aumentaram quase 30%, no Norte houve uma redução de 10%.

Uma das imagens que África necessita vencer aos olhos do mundo é a de ser encarada como um todo, com estereótipos que impedem ver

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a diversidade étnica e cultural do continente.

Visão que, em parte, ficou da época colonial e que acaba por afectar a afirmação da diferença, essencial em turismo. Mas há estratégias para a afirmação do sector que são gerais, segundo o Africa Tourism Monitor, e que vão ao encontro de um turismo mais inclusivo e por isso diferenciador, dadas as raízes étnicas e culturais.

A melhoria da cadeia de fornecimento alimentar, investindo-se no acesso directo a fornecedores locais, como agricultores e pescadores; o investimento nas populações com baixos rendimentos, através de formações e estágios no sentido de as preparar para

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Cabanas na praia Muizenbergo, África do Sul

trabalhar na área; o apoio a artistas através de infraestruturas dedicadas, mercados, formação, marketing e comunicação, tudo isto são estratégias que visam integrar esta oferta como parte do produto turístico. Se os safaris nos diversos parques naturais e a atracção da vida selvagem, seja nas savanas, seja nas altas montanhas, ainda se apresentam como um dos principais polos de atracção, há novas áreas a emergir, tais como o turismo cultural.

Neste âmbito, as potencialidades do continente estão bem patentes nos 129 locais considerados Património Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), espalhados por 37

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países. África do Sul, Marrocos, Etiópia, Egipto, Quénia, Senegal, Tanzânia e Tunísia são os países com mais locais classificados, todos eles com mais de cinco. Já doze Estados, incluindo Cabo Verde (Cidade Velha) e Moçambique (Ilha de Moçambique) apenas têm um.

Costuma dizer-se que um turista tem locais que pode ou não optar por visitar. Há lembranças que pode ou não levar. Mas se há algo a que não pode fugir são as refeições. A gastronomia é encarada como um importante factor em termos turísticos. Além do retorno financeiro, a restauração pode contribuir para a inclusão social e para o desenvolvimento de regiões mais afastadas dos grandes centros. O facto de

Abu Simbel, Egipto

poder ser explorada, em muitos casos, com pequenos investimentos, facilita a sua exploração por núcleos familiares, nomeadamente em locais rurais.

De facto, a expansão da indústria turística tem trazido com ela novas estratégias para captar visitantes e o turismo de nichos começa a ter expressão. O turismo gastronómico, mas também o turismo aventura, o turismo rural, o turismo para a diáspora ou o crescente turismo de saúde são opções cada vez mais fortes em diversos países. Reflexo disso, são os aumentos dos investimentos nestas áreas verificados na última década, de acordo com o Banco Africano de Desenvolvimento.

Muíla, Lubango - Angola

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MOÇAMBIQUE ENTRE AS 3 ECONOMIAS AFRICANAS COM MAIOR EXPANSÃO ATÉ 2019 UUU

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O PIB de África, afirma um relatório do Standard Bank Group, agora divulgado, sobre as perspectivas económicas para o continente, deverá expandir-se 50% até 2019, para 3,7 biliões de dólares, impulsionado pelo crescimento da classe média e por um aumento do consumo privado. “Um crescimento anual de cerca de 8% deverá adicionar 1,1 biliões de dólares ao PIB africano até 2019, com Etiópia, Uganda e Moçambique entre os mercados com mais rápida expansão”, refere o documento.

As projecções do relatório apontam para um forte alargamento da classe média africana nos próximos anos – 40 milhões de lares até 2030,

distribuídos por 11 economias da região, com particular destaque para a Nigéria. A confirmar-se estes dados, será uma mudança de paradigma de crescimento económico africano verificado nas últimas décadas, sustentado até à data na extracção de matérias-primas como o petróleo, diamantes, gás natural e, mais recentemente, na construção de infra-estruturas, como barragens, caminhos-de-ferro e auto-estradas.

Um exemplo desta mudança de paradigma é o caso dos Caminhos-de-Ferro de Benguela, cujo investimento neste tipo de infra-estruturas está a permitir retirar do isolamento vastas regiões

actualidade internacional MOÇAMBIQUE, ETIÓPIA E UGANDA DESTACAM-SE PELO SEU CRESCIMENTO EM ÁFRICA, CONTINENTE QUE VAI ASSUMIR UM IMPORTANTE PAPEL EM TERMOS ECONÓMICOS MUNDIAIS NOS PRÓXIMOS ANOS, DE ACORDO COM A EMPRESA DE CONSULTORIA DELOITTE

Maputo, Moçambique

do continente, ligando zonas de produção a mercados de destino, através de infra-estruturas de escoamento, tais como portos e aeroportos, criando assim riqueza e postos de trabalho.

A Deloitte afirma que as empresas precisam de “estratégias de longo prazo” para África, um continente onde o mundo dos negócios ainda apresenta barreiras legais e burocráticas, a par de oportunidades crescentes nos bens transaccionáveis, desde os telemóveis aos produtos de luxo. “Onde há desafios, também há oportunidades para inovar. Dado o potencial de crescimento que o continente oferece, as oportunidades de negócio em África podem

superar os riscos”, adianta a consultora.

O sector dos serviços em Moçambique regista actualmente um forte aumento, beneficiando da vaga de crescimento que o país está a evidenciar, sobretudo fruto do investimento em infra-estruturas de produção e de exportação de matérias-primas energéticas, tais como o carvão e o gás natural. A Economist Intelligence Unit prevê que o crescimento económico de Moçambique acelere para 7,8% em 2015, impulsionado pela indústria de carvão e do investimento em infra-estruturas, mas também pelo “forte crescimento” das telecomunicações, indústria e serviços financeiros.

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SELVAGENS: ESPANHA DESBLOQUEIA EXPANSÃO DO MAR PORTUGUÊS

Ilhas Selvagens, Madeira - Portugal

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actualidade internacional LEGENDA:

PLATAFORMA CONTINENTAL ALARGADA (PROPOSTA DE PORTUGAL ENTREGUE NA ONU) ZONA ECONÓMICA EXCLUSIVA PORTUGUESA (ZEE ATÉ ÀS 200 MILHAS) MAR TERRITORIAL PORTUGUÊS ATÉ ÀS 12 MILHAS PROLONGAMENTO DA ZEE ESPANHOLA A PARTIR DAS CANÁRIAS SE AS SELVAGENS FOSSEM ROCHEDOS (LINHA ILUSTRATIVA) EVENTUAL SOBREPOSIÇÃO DA PLATAFORMA CONTINENTAL ALARGADA PORTUGUESA E ESPANHOLA (PROPOSTA PRELIMINAR DE ESPANHA NA ONU)

PORTUGAL

AÇORES

ESPANHA

LISBOA

MADEIRA

MARROCOS

SELVAGENS 0

N

200

400

AL

800 Km CANÁRIAS

NUMA REVIRAVOLTA DIPLOMÁTICA, O GOVERNO ESPANHOL RETIROU AS OBJECÇÕES À EXTENSÃO DA PLATAFORMA CONTINENTAL NA REGIÃO DA MADEIRA, COMUNICANDO A SUA DECISÃO À ONU.

Estão, assim, afastadas quaisquer dúvidas que pudessem inviabilizar a análise e a validação, pelas Nações Unidas, do projecto português de extensão da plataforma continental das 200 para as 350 milhas. Isto permitirá alargar a soberania de Lisboa

sobre o leito e o subsolo marinhos a quatro milhões de quilómetros quadrados, área 40 vezes maior do que Portugal continental, onde os estudos indicam haver recursos vivos, minerais e energéticos potencialmente valiosos.

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PORTO DE SETÚBAL, UM PORTO EXPORTADOR

Porto de Setúbal, Portugal

O Porto de Setúbal é cada vez mais um porto de referência no panorama português e ibérico, tendo sido alcançadas, em 2014, as oito milhões de toneladas de carga total e os 100 mil TEU. Nos últimos quatro anos, a movimentação de cargas neste porto teve um acréscimo aproximado de 15% na carga total e um muito significativo crescimento de 103% na carga contentorizada (TEU).

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Perante esta muito positiva evolução, a que acrescem os investimentos previstos para o porto, é de esperar que, segundo Vitor Caldeirinha, Presidente da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS), nos próximos três anos, possam ser atingidas as dez milhões de toneladas e 250 mil TEU. Actualmente, passam pelo Porto de Setúbal cerca de 10% do total das cargas e descargas ocorridas nos portos nacionais e, é na carga Ro-Ro que este porto mais se destaca em que é líder nacional, com uma quota de aproximadamente 40%, mas também regista boas dinâmicas nas demais tipologias de cargas.

A proximidade do Porto de Setúbal à Península de Setúbal, onde estão instaladas importantes empresas industriais como a Autoeuropa, Faurecia ou a Portucel, a que se juntam outras instaladas na Região de Lisboa, tem permitido captar parte relevante das exportações que os tecidos industriais aí fixados produzem e direccionam para Exterior. O Porto de Setúbal é um porto com uma forte vocação exportadora, cuja movimentação de cargas é fortemente dominada pelas cargas carregadas, que correspondem a cerca de 65% do total dos movimentos de carga e descarga ocorridas neste porto durante o ano de 2014.

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actualidade internacional Os investimentos previstos permitem criar a expectativa real de que as cifras anteriormente referidas são alcançáveis e permitirão expandir o hinterland do porto para todo o Sul de Portugal e para a Extremadura espanhola. São quatro os principais investimentos previstos para os próximos anos; a expansão em quase seis hectares do terrapleno do terminal rol-on rol-off que já se encontra na fase de arranque de obras, a melhoria do acesso marítimo para dotar o porto de fundos para navios com calados de 13 metros, a melhoria dos acessos no lado terra à zona central do porto e a ligação ferroviária ao terminal da Termitrena.

Ainda, segundo este responsável, as dinâmicas positivas registadas no Porto de Setúbal ficam a dever-se muito à actuação extremamente profissional das empresas que constituem a comunidade portuária, que tem relevado sempre uma boa capacidade de melhoria

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gradual da qualidade dos serviços prestados aos clientes, através do correcto aproveitamento das infra-estruturas que a APSS coloca à sua disposição. Segundo Vitor Caldeirinha, o posicionamento da APSS será, como até agora, de um parceiro inserido na Comunidade Portuária com quem pretende colaborar activamente no interesse do desenvolvimento do porto e da estrutura produtiva a quem presta serviços. É propósito da APSS disponibilizar as melhores condições possíveis para que as empresas que fazem a gestão dos terminais portuários, os reboques e a amarração, que são actividades que estão a cargo de empresas privadas em livre concorrência, possam exercer as suas actividades de modo rentável e de modo a manter o porto competitivo capaz de captar, cada vez mais, uma maior movimentação de cargas e contribuir para o incremento da competitividade nacional.

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PORTUGAL TAP É A TERCEIRA COMPANHIA AÉREA MAIS SEGURA DA EUROPA A TAP é considerada a terceira companhia aérea mais segura da Europa. Os dados pertencem ao centro de avaliação de dados de acidentes aéreos (JACDEC, na sigla original). A transportadora portuguesa possui um rácio de 0,017 vezes entre incidentes e dimensão do tráfego aéreo nos últimos 30 anos. A TAP posiciona-se no 13.º lugar a nível mundial. O ranking mundial é liderado pela Cathay Pacific Airways, com sede em Hong Kong, seguida pela companhia Emirates, dos Emirados Árabes Unidos e pela Eva Air, de Taiwan. Na Europa, a holandesa KLM apresenta os melhores índices de segurança e a Lufthansa ocupa o segundo lugar.

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PORTUGAL LISBOA TEVE EM JANEIRO A 7ª MAIOR SUBIDA DE TRÁFEGO ENTRE 201 AEROPORTOS EUROPEUS O Aeroporto Internacional de Lisboa registou, em Janeiro, mais 169 mil passageiros que no mês homólogo de 2014, assinalando o 7º maior aumento do mês, entre 201 aeroportos europeus, segundo os dados recentes do ACI Europe – Airports Council International. Em relação aos aeroportos de idêntica dimensão, com 10 a 25 milhões de passageiros por ano, Lisboa registou o 5º maior aumento, embora tendo registado a 4ª variação percentual mais forte (+15,1%). Istambul/Ataturk, o maior aeroporto da Turquia e principal hub da Turkish Airlines, foi o aeroporto europeu com maior aumento de passageiros, com mais de 349 mil (+8,5%), o que lhe permitiu voltar a posicionar-se como o terceiro maior aeroporto da Europa, com 4,45 milhões de passageiros, à frente de Frankfurt que tradicionalmente ocupa essa posição, mas que em Janeiro baixou para 4º lugar.A AirlineRatings.com apresenta ainda, por ordem alfabética, as restantes nove Companhias que, em conjunto com a Qantas, formam o Top 10 das transportadoras mais seguras do mundo: Air New Zealand, British Airways, Cathay Pacific Airways, Emirates, Etihad Airways, EVA Air, Finnair, Lufthansa e a Singapore Airlines.

O sistema utilizado para medir a segurança das Companhias contou com auditorias levadas a cabo por Autoridades da aviação e Governos,

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bem como com as taxas de fatalidade. Das 449 companhias analisadas, 149 receberam o reconhecimento máximo, de “sete estrelas”.

PORTUGAL AEROPORTOS PORTUGUESES COM BONS RESULTADOS Todos os aeroportos portugueses com dados publicados pelo ACI - Airports Council International registaram aumentos no que respeita ao número de passageiros, em Janeiro.

Depois do Aeroporto Internacional de Lisboa, que teve o 7º maior aumento do mês, cotou-se o do Porto, em 22º lugar, com um aumento em cerca de 67 mil passageiros (+15,7%, para 491,9 mil), o da Madeira, na 84ª posição, com mais nove mil (+5,7%, para 166,6 mil), o de Ponta Delgada (Açores) na 85ª, também com nove mil (+19,1%, para 55,5 mil), e Faro/Algarve na 110ª, com mais 2,5 mil (+1,7%, para 152,5 mil).

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PORTUGAL EASYJET INAUGURA BASE OPERACIONAL NO PORTO A EasyJet inaugurou, recentemente, a sua nova base no Aeroporto Francisco Sá Carneiro.

A abertura desta nova base, a segunda da EasyJet em Portugal, proporcionará a criação de 80 novos postos de trabalhos directos e a duplicação do número de rotas operadas a partir deste aeroporto. A EasyJet anunciou novas rotas para Estugarda, Londres (Luton), Luxemburgo, Manchester, Nantes e Bristol.

A nova base operacional vem permitir à EasyJet aumentar a escolha dos passageiros para um total de 12 rotas, bem como melhorar os horários de todas as rotas já existentes, a partir do Porto. No total, a companhia low cost vai ligar directamente os passageiros do Porto a 11 cidades europeias.

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actualidade internacional IATA ESTABELECE TRÊS PRIORIDADES PARA ALAVANCAR CARGA AÉREA

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A IATA - Associação Internacional de Transporte Aéreo estabeleceu, recentemente, três linhas prioritárias para alavancar o transporte aéreo de mercadorias e, consequentemente, aumentar as receitas: a transição para processos sem papel; o foco em padrões globais estandardizados para manuseamento de produtos fármacos e medidas apertadas para garantir continuidade da segurança no transporte de baterias de lítio.

A IATA anunciou que a movimentação de cargas, por via aérea, cresceu em 2014, com um incremento de 4,5%, quando comparado com 2013; no entanto, as receitas, registaram uma queda pelo quarto ano consecutivo, pelo que, para inverter o cenário, a IATA considera que tem de se verificar uma melhoria no valor da carga. Conforme a IATA, reduzir o uso de papel e utilizar sistemas informatizados nos procedimentos burocráticos de transporte aéreo de cargas vem reduzir custos, tempo, atrasos na movimentação de carga e agilizar a detecção e solução de erros. Dados da entidade apontam que 24% das empresas que prestam esse tipo de serviço no mundo já aderiram ao e-AWB, modelo para execução de contractos electrónicos entre embarcador e transportador, possível por meio do intercâmbio de dados pela internet, elaborado pela IATA. A meta, para 2015, é elevar a adesão para 45%.

Além disso, a ideia é planear a digitalização de outros documentos de carga aérea.

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Quanto à definição de normas de manuseio globais para produtos farmacêuticos, a Associação alerta para a oportunidade de aproveitar um mercado que movimenta 60 mil milhões de dólares/ano. Segundo a IATA, é necessário garantir a integridade dos bens transportados e estar de acordo com a regulação das autoridades globais sobre esse tipo de produto.

Já o transporte contínuo e seguro de baterias de lítio é tido como uma grande preocupação para a indústria. Apesar de existirem regulamentos, já que são produtos considerados perigosos, eles não têm sido cumpridos por todos os carregadores. Como estas baterias são projectadas para fornecer altos níveis de potência, a energia eléctrica é expressiva, o que significa que podem, às vezes, gerar uma grande quantidade de calor se estiverem em curto-circuito. Além disso, o conteúdo químico desses equipamentos pode incendiar-se caso seja danificado, projectado ou montado de forma inadequada.

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CABO VERDE CIDADE DE PRAIA ACOLHE REUNIÃO DAS AUTORIDADES DE AVIAÇÃO CIVIL LUSÓFONAS A quinta reunião da Comunidade das Autoridades da Aviação Civil Lusófonas (CAACL), teve lugar, recentemente, na Cidade da Praia, depois de três anos de interrupção.

A Agência de Aviação Civil Cabo-verdiana (AAC) de Cabo Verde, que detém a presidência rotativa da organização, informou que o Encontro visou, sobretudo, restabelecer os laços de amizade e reforçar a cooperação institucional entre as autoridades aeronáuticas dos países de língua oficial portuguesa.

A adopção da língua portuguesa como idioma de trabalho da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) é um dos pontos da agência deste fórum, que agrupou responsáveis ligados à aviação civil de Angola, do Brasil, de Cabo Verde, da Guiné-Bissau, de

Cidade da Praia, Cabo Verde

Moçambique, de Portugal, de São Tomé e Príncipe e de Timor-Leste.

Estiveram, ainda, presentes no evento responsáveis do sector da Guiné-Equatorial, País admitido como membro de pleno direito da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), mas que participou neste Encontro na qualidade de convidado.

Em discussão estiveram projectos de biblioteca de normas e regulamentos, de formação comum, bem como a cooperação internacional em diversas áreas. A CAACL foi criada em 2007, com o propósito de garantir a harmonização e a conjugação de esforços para fazer face ao contexto da globalização que impõe alterações substanciais ao transporte aéreo e imprimir uma nova dinâmica de crescimento da aviação civil internacional.

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N N VAI VOAR MAIOR AERONAVE DO MUNDO ATÉ AO FIM DO ANO Mais comprido do que um campo de futebol N (94,1 m) e cheio com hélio até ao limite, o Airlander 10, será a maior aeronave do mundo.

Um dirigível gigante, em parte avião, em parte helicóptero, foi originalmente concebido pela companhia de design britânica Hybrid Air Vehicles (HAV), com vista à vigilância militar do Exército dos Estados Unidos. Mas os cortes orçamentais puseram um fim ao projecto e a HAV comprou de volta a aeronave com um subsídio de 3,4 milhões de libras (4,7 milhões de euros) do Governo inglês. Graças a esta recente injecção financeira, os engenheiros e designers estão a ultimar o aparelho para os seus primeiros voos de teste, no final do ano. É uma aeronave que aparenta pertencer ao passado, mas a HAV acredita que o design do século 21 que imprimiu ao dirigível vai fazê-lo N voltar aos céus do Reino Unido em 2016. “O problema com as antigas aeronaves prendia-se com o excesso de tripulação, capacidade

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limitada de transporte e dependência das N condições climatéricas. Resolvemos todos estes problemas com um novo conceito: um aparelho híbrido, um misto de asa e aeronave”, explicou Chris Daniels, responsável de comunicação e parcerias na HAV. O Airlander 10 – assim baptizado por ter capacidade para transportar 10 toneladas – é feito de uma combinação de fibra de carbono, kevlar e mylar, contando com a pressão do hélio no seu interior para lhe dar forma. Os seus motores V8, de 325 hp de potência, são alimentados a diesel e o espaçoso cockpit está configurado para acomodar um piloto e um observador, mas pode ser facilmente reconfigurado para as especificações do utilizador final. A versão actual consome 20% de um avião e o dirigível pode ser dotado com painéis solares, permaN necendo no ar durante cinco dias, mesmo em condições extremas (+54 graus a -56 graus Celcius).

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CABO VERDE GOVERNO ESTÁ ABERTO AOS VOOS ‘LOW COST’ O Governo de Cabo Verde está “completamente aberto” aos voos ‘low cost’, pretendendo para o efeito, intensificar um acordo com a União Europeia (UE), segundo anunciou à imprensa, recentemente, a Ministra das Infra-estruturas e Economia Marítima cabo-verdiana, Sara Lopes. Segundo adiantou a Ministra, não existe uma data para que tal aconteça, no entanto, defendeu que a concorrência e as liberdades aéreas, para um País insular e pequeno como Cabo Verde, só trarão vantagens. “Cabo Verde está completamente aberto. Estamos a propor à União Europeia um acordo vertical, há algum tempo. Começámos com alguma timidez, mas queremos intensificar esse diálogo, porque pensamos que um país pequeno como Cabo Verde, com uma escala tão reduzida, só tem a ganhar com as liberdades aéreas”, afirmou. Para Sara Lopes, o sector dos transportes aéreos não pode contar com políticas de proteccionismo, pois, caso contrário, não servirá os interesses do arquipélago. Além

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Cabo Verde

dos Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), actualmente, apenas quatro companhias aéreas (TAP, TAAG, Air Senegal e Royal Air Maroc), têm voos regulares, na maioria, semanais ou bissemanais, para o arquipélago. Actualmente, Cabo Verde só tem ligações directas diárias para uma capital no mundo, que é Lisboa. Esse indicador preocupa Sara Lopes, por representar um nível de acessibilidade muito baixo e que se tem de resolver nos próximos anos. A Ministra acredita que o ‘low cost’ é a alavanca para aumentar o turismo e o mercado de consumo.

Esta política beneficiará todos os países e o sistema de aviação em geral. O acordo de Yamoussoukro, que definiu a estratégia de «céus abertos», é um objectivo a alcançar por Cabo Verde, garante a Ministra. Há já bom entendimento entre os Estados e a própria Comissão da Aviação Civil da União Africana (ACAFAC) deu já passos importantes nesse sentido, fazendo cumprir esse acordo com os países que se mostrarem interessados.

breves BRASIL TAM LANÇA VOO PARA BARCELONA E AMPLIA OPERAÇÕES PARA MADRID A companhia aérea brasileira TAM - Linhas Aéreas anunciou, recentemente, a nova rota para Barcelona, em Espanha. Essa será a sexta porta de entrada da Empresa na Europa, junto com Madrid, Paris, Milão, Frankfurt e Londres.

A partir de 1 de Outubro deste ano, a Empresa passa a incluir na sua oferta o voo directo entre São Paulo e Barcelona. A rota será assumida por aeronaves Airbus A330-200, configuradas com 183 lugares, na Classe Económica e outros 32, na Premium Business. Além disso, a TAM reforçará a sua operação, entre São Paulo e Madrid, durante a temporada alta, designadamente, de 26 de Junho a 30 de Setembro, atendendo à procura gerada pelas férias escolares brasileiras e pela temporada alta europeia.

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Guarulhos, dispõe de uma nova estrutura e de serviços que representam um significativo avanço em relação aos do antigo terminal.

Entre muitas das mais-valias deste terminal, é possível manusear, de forma simultânea, tanto cargas transportadas por cargueiros, quanto por aviões de passageiros. A área dispõe de 14 docas de entrada de mercadorias com balanças individuais e 12 de saída, todas com plataformas elevatórias que se ajustam à altura dos camiões. No interior, estão instaladas 14 plataformas metálicas para armazenagem e 9 bases, que chegam a comportar até 37,8 mil quilos, por unidade, nas suas estruturas. O investimento na infraestrutura da TAM Cargo contempla, ao todo, 22 terminais distribuídos pelo Brasil. O projecto teve início em 2013 e estará finalizado até 2016, incluindo a construção de novas estruturas, além de reformas e ampliação de outros terminais.

BRASIL TAM CARGO INAUGURA O MAIOR TERMINAL DO GRUPO LATAM NO BRASIL A TAM Cargo anunciou, recentemente, a inauguração do seu mais novo terminal de manuseio, destinado, exclusivamente, às cargas domésticas, com uma área total de 15 mil m². Situado na região do Aeroporto de

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PORTUGAL SINES QUER ULTRAPASSAR 40 MILHÕES DE TONELADAS JÁ ESTE ANO No Porto de Sines, o ano transacto fechou com um total de 37,5 milhões de toneladas movimentadas (+2,9%) e, pela primeira vez, mais de um milhão e duzentos mil TEU’s. O Presidente da APS, João Franco, adiantou à imprensa, que se mostra satisfeito com 2014 e optimista para 2015. “Foi mais um ano de crescimento, embora inferior ao que desejaríamos”, admitiu João Franco, ressalvando que “já se sabia que o crescimento não iria muito além do registado”. E explica porquê: “Houve uma grande intervenção da empresa concessionária do terminal de granéis líquidos e, por isso, já seria de esperar uma menor

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movimentação neste terminal do que o habitual, até porque a intervenção durou cerca de dois meses e como é um terminal que vale, para nós, cerca de 55% da tonelagem total, o efeito fez-se sentir no resultado global”.

Foi, por isso, uma situação “conjuntural e programada”, a qual acabou, segundo João Franco, “compensada pelo aumento significativo no terminal de contentores, na casa dos 35 ou 36%”. Para 2015, João Franco mostra-se, optimista, adiantando que espera que o terminal de contentores continue a crescer acentuadamente, até porque é o segmento que mais cresce a nível mundial, e que espera que o terminal de granéis líquidos cresça, também, muito. Aliás, sobre o segmento de contentores foi mais longe, referindo que a APS espera chegar, já em 2015, ao milhão e meio de TEU’s.

Para atingir esse objectivo, contribuirão, em muito, os nove pórticos que já estão a funcionar no Terminal XXI, dotando-o de uma capacidade de manuseamento bem acima da que até aqui tinha disponível. Sobre os restantes terminais, o presidente da APS adiantou que “o terminal de granéis sólidos deverá registar resultados semelhantes aos anos anteriores, tal como os terminais de gás natural e petroquímico, ambos com pouca expressividade no global movimentado em Sines embora com importância estratégica”. No que respeita ao objectivo da APS a nível de tonelagem movimentada em 2015, João Franco foi implacável, quando referiu que querem ultrapassar os 40 milhões de toneladas.

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MSC CRUZEIROS ESCOLHIDA COMO COMPANHIA DE CRUZEIROS OFICIAL DA EXPO 2015 A MSC Cruzeiros foi escolhida como a companhia de cruzeiros oficial da Expo 2015, a Exposição Mundial que, desde 1851, tem vindo a celebrar as conquistas humanas e a debater as grandes questões enfrentadas pela humanidade. No âmbito desta parceria, a MSC Cruzeiros, líder de mercado no Mediterrâneo, África do Sul e Brasil, exibirá orgulhosamente o logotipo da Expo 2015, em Milão, no casco do MSC Fantasia, que estará a navegar pelo Mediterrâneo ao longo de 2015.

A MSC Cruzeiros será também um “official vendor”, para que os viajantes possam comprar bilhetes a bordo para a Expo, bem como participar no Evento através de excursões especiais que estarão disponíveis nas escalas de Génova e La Spezia. Entre Maio e Outubro, a MSC Cruzeiros trará cerca de 600.000 passageiros a estes dois portos. A parceria entre a MSC Cruzeiros e a Expo 2015 terá, formalmente, início na Borsa Italiana del Turismo 2015 (BIT), feira de turismo onde a MSC Cruzeiros marcará presença no stand da Expo Milano 2015. A Expo deste ano, que decorre em Milão, de 1 de Maio a 31 de Outubro, vai desenvolver as questões da nutrição e sustentabilidade, sob o tema “Feeding the Planet, Energy for Life”.

Gianni Onorato, CEO da MSC Cruises, afirma: “O tema da Expo Milano 2015 é uma reflexão diária no modo como nós actuamos e operamos enquanto 100 Companhia. A gastronomia é fundamental em REVISTA MOBILIDADE MARÇO ABRIL 2015

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cada cruzeiro e nós oferecemos aos nossos passageiros uma grande variedade de qualidade e experiências culinárias que reflectem a importância social e cultural da mesma. Trabalhámos bastante para atingir estes objectivos, de uma forma responsável e sustentável.”

“Desde 2009 que a MSC Cruzeiros e a UNICEF se uniram no projecto ‘Get on Board for Children’ que presta assistência às crianças desnutridas, nos países em desenvolvimento e em situações de emergência. Desde o início desta parceria ,os nossos passageiros doaram já mais de três milhões de euros à UNICEF”, conclui.

PORTUGAL E ESPANHA QUEREM SOLUÇÕES IBÉRICAS NA ÁREA PORTUÁRIA Os representantes da Associação de Portos de Portugal e da Puertos dei Estado de Espanha assinaram, recentemente, um protocolo de colaboração, no âmbito da candidatura da janela logística única ibérica, aos fundos comunitários CEF. Trata-se de garantir o apoio mútuo a candidaturas, de ambas as partes, a fundos comunitários. Em causa, o desenvolvimento de soluções informáticas de suporte ao transporte transfronteiriço de mercadorias, com destaque para a intermodalidade e a logística. “O projecto visa reduzir os tempos e os custos das vertentes administrativas da cadeia logística ibérica, integrar informação das mercadorias e modos de transporte, facilitar o comércio internacional

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com a Europa e o mundo por via marítima e terrestre, integrar os portos secos como portarias avançadas dos portos e contribuir para tornar a Península Ibérica num centro de excelência do tráfego marítimo mundial”, referem as duas Entidades em comunicado.

As candidaturas estão em preparação para serem apresentadas ao CEF (Connecting Europe Facility), no âmbito da rede transeuropeia de transportes, contando o projecto, do lado português com 16 beneficiários, incluindo todos os portos, a Refer e a CP Carga.

BRUXELAS PODERÁ FINANCIAR PORTOS E FERROVIA PORTUGUESA A 75% Portugal tem a possibilidade de garantir um financiamento, até cerca de 75%, nos projectos que forem submetidos a apoios comunitários.

Os portos e a ferrovia são considerados investimentos prioritários, por parte da Comissão Europeia. Para que os investimentos possam ser aprovados, é importante que os respectivos projectos garantam critérios de qualidade. Só assim será possível garantir a participação máxima. Aquela percentagem também só é viável porque Portugal é um dos países de coesão, os quais beneficiam de financiamentos mais elevados, o que significa que se abrem oportunidades interessantes, mesmo em termos de projectos que integrem as duas áreas.

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Os profissionais do sector dos transportes admitem que os investimentos em infraestruturas são essenciais e terão um forte impacto na Economia e por essa razão, todo este tipo de oportunidades não pode ser desaproveitado. Portugal ainda é deficitário no que toca às ligações europeias ferroviárias e há bastante a fazer para tornar os portos mais competitivos, como admitem as próprias administrações portuárias.

PORTUGAL CONTENTORES CRESCEM 16% NO PORTO DE LISBOA O número de TEU’s movimentados no Porto de Lisboa, no mês de Fevereiro, registou um crescimento de 16%, face a período homólogo de 2014, com mais 4.926 TEU. O número de contentores aumentou 15%, tendo-se registado mais 3.212 unidades movimentadas.

O contributo mais significativo para este aumento derivou do Terminal de Contentores de Alcântara. Relativamente às toneladas de carga contentorizada movimentada em Fevereiro, registou-se um aumento de 25%, quando comparado com o período homólogo do ano anterior, traduzindo-se em mais 75 855 toneladas. Por sua vez, nos valores acumulados, desde o início de 2015, verificou-se um crescimento de 19% em relação ao mesmo período do ano passado, o que representa mais 121 558 toneladas movimentadas.

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actualidade internacional FORD TRANSFORMA CARRO EM BICICLETA A Ford encontra-se focada em construir um carro que se possa transformar numa bicicleta. A construtora de automóveis, que ficou para história por ser a primeira a produzir um carro em série, o Ford T, divulgou um pedido de patente, no qual apresenta a ideia de construir um carro desmontável que pode ser transformado num veículo de duas rodas.

Para concretizar esta ideia, a Ford pensa criar um automóvel com partes que possam ser removíveis para, com elas, montar-se uma bicicleta. Esta ideia, segundo a FORD, vem na sequência da mobilidade nas áreas urbanas se ter tornado mais difícil, devido ao crescimento da população.Com esta solução, de se converter um carro numa bicicleta, conseguem-se benefícios, designadamente, contornar o trânsito e diminuir os níveis de poluição nas cidades. Falta contudo a aprovação da Agência de Patentes e Marcas dos EUA para que o pedido seja confirmado e se torne uma realidade.

RESÍDUOS DE PLÁSTICO SÃO OS MAIS COMUNS NO MEDITERRÂNEO E MAR NEGRO Um grupo de investigadores percorreu, recentemente a área costeira do Mediterrâneo Oriental e do Mar Negro à procura de resíduos e encontrou 5.398 itens. Os sacos de plástico e as garrafas foram os resíduos mais 102 encontrados.

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Os resultados apresentados no estudo “A comparative study of marine litter on the seafloor of coastal areas in the Eastern Mediterranean and Black Seas”, segundo os investigadores, apoiam a implementação da Diretiva-Quadro para a Estratégia Marítima, bem como os esforços para desencorajar o uso de sacos de plástico.

Os resíduos depositados no mar têm uma variedade de impactos, todos eles de carácter negativo: os animais marinhos podem ingerir estes resíduos ou ficar presos em redes, os resíduos flutuantes podem transportar espécies para habitats que não são os seus e os pequenos pedaços de plástico são agentes poluidores que resistem no ambiente, durante um tempo indeterminado. Para este estudo, percorreu-se o fundo marinho de cinco áreas, num total de 94 estações de amostragem, concentrando-se em áreas de pesca com solos arenosos ou lamacentos, excluindo as áreas rochosas. A maioria dos resíduos – 3.269 – provem do golfo de Saronikos, perto de Atenas, onde foram recolhidos 1.211 itens por km2. Em todas as áreas, à excepção da baía de Constanta, na Roménia, a maioria dos itens era de plástico.

95% dos itens recolhidos do golfo de Saronikos era de plástico, o que excede a média global de 75%. Metade dos itens de plástico encontrados eram sacos, um resultado que, de acordo com o estudo, secunda a decisão da União Europeia de reduzir o uso de sacos de plástico. As garrafas representavam 17,5% dos resíduos de plástico, e os resíduos relacionados com a pesca, como linhas e redes, contribuíam com 6,7%.

Ao plástico seguia-se o metal, com 8,7 a 22%, dependendo da área. Em todas as áreas, 50,8 a 71, 8 dos itens tinha entre 5x5 cm e 20x20 cm. Os mais pequenos, de dimensões abaixo de 5x5 cm, constituíam 7 a 23% do total.

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EM 2050, A MOVIMENTAÇÃO GLOBAL SERÁ QUATRO VEZES MAIOR QUE A ACTUAL O International Transport Forum publicou, recentemente, um estudo sobre o futuro do comércio internacional, que aponta para duas realidades desafiantes até ao ano 2050: a movimentação de mercadorias mais que quadruplicará e as emissões de gases poluentes irão aumentar 290%. O mesmo estudo aponta para a inversão de uma tendência que até aqui era intocável.

O transporte de passageiros deixará de ser a principal fonte de emissões de gases contaminantes, substituído nesse ‘desagradável’ primeiro posto pelo transporte de mercadorias, que terá que responder a uma presumível necessidade pujante e crescente de movimentação de bens na economia a nível global. “O presumível aumento de mercadorias à escala global representa um desafio sem precedentes para o sistema de transporte internacional”. Foi assim que o português José Viegas, secretário-geral do International Transport Forum, antecipou a realidade do sector para os próximos 35 anos.

Na apresentação do estudo, o responsável da organização foi mais longe, referindo que o sector tem mesmo que estar preparado para esta realidade, sob pena de “actuar como travão para o crescimento económico”. Segundo o Estudo, em 2050 o transporte por meio marítimo deverá representar 85% do total das mercadorias movimentadas a nível global. Em segundo lugar, a larga distância, surgirá o transporte rodoviário com cerca de 10% da quota (bem acima dos 6% atuais). A quota ganha pelo transporte rodoviário 104 virá, em grande parte, da presumivelmente perda REVISTA MOBILIDADE MARÇO ABRIL 2015

da ferrovia, que enfrentará entraves importantes dado o fraco desenvolvimento da ferrovia em muitos dos países emergentes.

Todavia, será o transporte de mercadorias por meio aéreo aquele que mais deverá crescer neste período (+500%), beneficiando da evolução tecnológica e da crescente necessidade de movimentações urgentes e de alto valor. Já no que respeita às emissões, o transporte rodoviário de mercadorias terá a maior fatia, devendo ser então responsável por 56% do total de emissões de CO2, provenientes da movimentação de bens, em 2050. Ou seja, mais 6% do que os atuais 50% dos quais tem responsabilidade.

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PORTUGAL O SERVIÇO ÁFRICA OCIDENTAL/EUROPA (HAPAG-LLOYD/MOL) PASSA A ESCALAR SEMANALMENTE O PORTO DE LISBOA A reestruturação do serviço que liga África Ocidental /Norte da Europa, operado conjuntamente pela Hapag-Lloyd e pela Mitsui OSK Line (MOL), denominado “West Africa Service” (WAX), passa a incluir Lisboa no seu itinerário, semanalmente, no sentido Northbound. O serviço compreende seis navios porta contentores de 2.500 TEU, três da Hapag-Lloyd e três da MOL, cujos portos de escala são os seguintes: Antuérpia – Hamburgo – Londres Gateway – Algeciras – Tânger – Lagos /Tincan – Tema – Abidjan (sazonal) – Lisboa – Antuérpia.

CABO VERDE: PORTO DA PRAIA MOVIMENTOU 639 MIL TONELADAS O porto da Praia registou em 2014 cerca de 639 mil toneladas de carga diversa, assinalando um acréscimo de 0,8% comparativamente a 2013, de acordo com o relatório e contas da ENAPOR - Empresa Nacional de Portos.

O relatório transmite que o tráfego de longo curso foi responsável por 435,1 mil toneladas, um aumento real de 30,56 mil toneladas ou 7,6%, representando 68,1% do total de carga processada. A descarga aumentou 9,8%

actualidade internacional movimentando 35,7 mil toneladas mais do que em 2013 e a carga, por seu turno, decresceu 12,4%, movimentando 5,1 mil toneladas abaixo do montante registado no ano anterior.

Contrariamente ao longo curso, a cabotagem, com 204 mil toneladas, assinalou um decréscimo de 25,37 mil tons (-11,1%), mantendo a tendência decrescente registada no ano anterior e uma quota de 31,9% do total do tráfego do porto. A distribuição das cargas pelos portos de origem e destino registou uma descida em relação à maioria dos portos do país, com excepção do porto de Tarrafal de São Nicolau e Sal Rei, que registaram um crescimento de 34,3% e de 2,9%, respectivamente.

PORTUGAL: PSA LANÇA EXPANSÃO DA FASE 2+ DO TERMINAL XXI DO PORTO DE SINES A PSA Sines lançou, recentemente, a fase da expansão da fase 2+ do Terminal XXI do porto de Sines. Com esta nova fase, a PSA Sines aumenta a capacidade do terminal de 1,7 milhões de TEUS para 2,5 milhões. O investimento é de 40 milhões de euros e contempla, a construção de um cais para navios feeder ponta Noroeste, a aquisição de um pórtico de cais, de duas gruas móveis de cais, de quatro gruas de parque e o aumento em 2ha do parque de armazenagem. A obra está prevista estar concluída até ao final deste ano. Com a sua conclusão, o porto de Sines posicionar-se-á em destaque a nível europeu, passando a ocupar a 8ª posição entre os maiores portos 105 de contentores da Europa.

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N BRASIL PORTO VELHO PREVÊ MOVIMENTAR CINCO MILHÕES DE TONELADAS ATÉ 2018

O Porto Velho estima que, até 2018, o movimento portuário oficial registe cinco milhões de toneladas. Estudos feitos pelo PDZ - Plano de Desenvolvimento e Zoneamento, do Porto de Porto Velho apontam o aumento de um milhão de toneladas de granéis sólidos e outras 600 mil toneladas de carga geral.

Diariamente, circulam pelo terminal portuário da capital cerca de 400 camiões, transportando variadas cargas, designadamente, soja, milho, cimento, carnes, combustíveis, alimentos perecíveis e não perecíveis, contentores, automóveis, cargas gerais e especiais, N entre elas, peças de grande porte, a exemplo das que são utilizadas nas hidreléctricas do Rio Madeira.

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breves REINO UNIDO GOVERNO BRITÂNICO VENDE PARTICIPAÇÃO NA EUROSTAR O Governo britânico acordou vender o total da sua posição accionista nos serviços ferroviários Eurostar, anunciou o departamento do Tesouro.

A participação neste serviço de comboios, que liga Londres a Paris e Bruxelas, será vendida por um total de 757, 1 milhões de libras (cerca de mil milhões de euros). Esta venda faz parte de um Plano do Executivo Britânico, no sentido de arrecadar 20 mil milhões de libras (cerca de 27 mil milhões de euros) em privatizações, com o intuito de reduzir a dívida pública do País.

A gestora de fundos institucionais canadiana Caisse de Depot et Placement du Quebec e o fundo Hermes lnfrastructure concordaram em adquirir a participação de 40% do Governo britânico por 585, 1 milhões de libras (804 milhões euros).

Comboios Eurostar de alta velocidade na estação ferroviária de St Pancras International, Londres - Reino Unido

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PORTUGAL PASSAGENS DE NÍVEL COM MANUTENÇÃO DA EFACEC A EFACEC assinou, recentemente, um contrato para a manutenção de 84 passagens de nível automáticas, nas regiões norte e centro da rede ferroviária portuguesa. O Contrato tem um período de 19 meses e prevê que a EFACEC assegure, não só, a manutenção de rotina, definida pela REFER, mas também execute intervenções correctivas no local. A EFACEC comunicou que irá “fornecer um serviço de manutenção completo, garantindo o funcionamento destes sistemas, de acordo com os mais altos níveis de desempenho, prestando assim uma contribuição importante para a segurança dos utentes rodoviários e ferroviários”.

FRANÇA ALSTOM FORNECERÁ 217 METROS À REGIÃO DE PARIS A Alstom Transport garantiu uma encomenda recorde de dois mil milhões de euros para fornecer composições de metro, aos transportes de Paris, nos próximos 15 anos. A Encomenda de 217 metros sobre pneus foi realizada pela RATP (Régie Autonome des Transports Parisiens), Stif (Syndicat des Transports d’Île de France) e Société du Grand Paris. O modelo escolhido é o MP14 e vai, de acordo com o comunicado conjunto das três 108 entidades de transportes públicos de Paris, REVISTA MOBILIDADE MARÇO ABRIL 2015

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“equipar as linhas 1, 4, 6, 11 e 14 da RATP e da Nouveau Grand Paris”. A primeira parte da encomenda incluirá 35 composições de oito carruagens, num total de 518 milhões de euros, financiados a 100% pela Stif. Destinadas a operar, a partir de 2021, na extensão da linha 14, aqueles metros podem circular a 80 km/h e substituirão o parque actual, composto por composições de seis carruagens. Os novos metros vêm permitir reduzir o consumo energético, em 20% face aos antecessores e em 50%, face ao material sobre pneus mais antigo ainda, em circulação. A encomenda, agora anunciada, deverá permitir a criação de até 2 000 postos de trabalho, num horizonte de dez anos, nas sete fábricas da Alstom envolvidas e em toda a fileira ferroviária.

CHINA FUSÃO DA CNR E CSR CHINA CRIA ‘GIGANTE’ DO SETOR FERROVIÁRIO As autoridades chinesas aprovaram a fusão dos dois maiores fabricantes de material ferroviário do País, criando um ‘gigante’ apto a competir no mercado mundial de comboios de alta velocidade. A fusão da CNR e CSR foi anunciada pelas duas companhias, recentemente, tendo sido aprovada pela entidade oficial que supervisiona as empresas estatais. Apesar da aprovação, as duas empresas têm de enveredar esforços para ajustar questões relativas a prazos e às condições da operação.

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MOÇAMBIQUE: CFM COM CRESCIMENTO MÉDIO DE 25% NO SECTOR FERROVIÁRIO A estatal moçambicana, Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), obteve, nos últimos seis meses, uma taxa média de crescimento ferroviário de 25% e portuário de 22%, segundo o seu Presidente, Vítor Gomes. Este adiantou que o resultado operacional foi, em 2014, de 2625 milhões de meticais (75 milhões de dólares), o que representa um crescimento de 41% comparativamente a 2013. O presidente da CFM salientou que o processamento de carga nos terminais sob gestão da empresa – de combustíveis, cereais e alumínio – atingiu, no ano passado, 5,8 milhões de toneladas, um crescimento homólogo de 3%. O secretário permanente do Ministério dos Transportes e Comunicações, Pedro Inglês, enumerou algumas das expectativas que o governo moçambicano gostaria que merecessem

a atenção do Conselho de Directores. No norte, segundo Pedro Inglês, o governo espera ver, a breve trecho, o início das operações da linha férrea que liga Moatize a Nacala-a-Velha, passando pelo Malaui e a conclusão da reparação do troço Cuamba/Lichinga. Na zona centro, o governo aguarda a conclusão das obras de reparação e o aumento da capacidade das linhas de Sena e de Machipanda, que, na sua óptica, vão dinamizar a economia naquela parcela do País, bem como aumentar as trocas comerciais entre Moçambique e o Zimbabué. No sistema ferroviário e portuário da zona sul, o governo aguarda a execução do Projecto de Reabilitação, Modernização e Expansão da Linha de Ressano Garcia, Portos de Maputo e Matola, ainda de acordo com Pedro Inglês.

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actualidade internacional LINHA SINES-ELVASMADRID CHEGARÁ A LISBOA EM 2021 A parte portuguesa da linha ferroviária Sines – Madrid, em bitola europeia, deverá estar concluída em 2019, assim que seja aprovada pela Comissão Europeia, afirmou o Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, de Portugal, Sérgio Monteiro. “A candidatura está feita, estamos a contar que seja aprovada e que a resposta de Bruxelas chegue em Julho para que a obra se inicie ainda em 2015”, assegurou Sérgio Monteiro. “A ligação de Sines até à fronteira, com Espanha e deverá estar concluída até 2019. Depois queremos que a linha de caminho-de-ferro siga até Lisboa, para servir também o porto de Lisboa.

Essa ligação estará terminada em 2021”, acrescentou o secretário de Estado, que acompanhou a visita do Primeiro-Ministro ao porto de Sines, lembrou que a futura linha ferroviária se insere num plano global que pretende electrificar toda a rede ferroviária e ter “ligações a Madrid em bitola europeia, com vista a baixar a factura do transporte em cerca de 40%”.

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MARROCOS: INVESTE NA ALTA VELOCIDADE Marrocos vai investir 693 milhões de euros na ferrovia este ano. A maior fatia destinar-se-á à linha de Alta Velocidade entre Tânger e Kenitra. O plano de investimentos aprovado pelo conselho de administração da empresa pública de caminho-de-ferro marroquina (ONCF), em Rabat, reserva 370 milhões de euros para a continuação da construção da ligação Tânger-Kenitra, com uma extensão de 200 quilómetros. Os restantes 323 milhões de euros serão aplicados na rede convencional, incluindo-se, aí, a construção de uma terceira via, na linha Kenitra-Casablanca, o desdobramento de vias na linha SettatMarraquexe, a modernização de estações e o reforço da segurança. Previstas estão, igualmente, a renovação do material circulante e a aquisição de novos comboios. Entre 2012 e 2013, a ONCF transportou uma média anual de 38 milhões de passageiros e 38 milhões de toneladas de mercadoria.

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COMBOIO BATE RECORDE MUNDIAL AO SUPERAR 600 KM/H O comboio “Maglev” de levitação magnética, ainda em fase de testes, operado pela empresa ferroviária japonesa Central Japan Railway.

Bateu, no dia 21 de Abril do corrente ano, o seu próprio recorde mundial de velocidade ao atingir a marca de 603 quilómetros por hora.

O título de velocidade foi alcançado na linha de testes com 42 quilómetros, localizada na prefeitura de Yamanashi, a cerca de 35 quilómetros a oeste de Tóquio.

Este tipo de comboios “Maglev” funciona através de um sistema de levitação magnética que usa motores lineares, instalados pertos dos carris. Este sistema gera um campo magnético capaz de elevar todo o material circulante até dez centímetros acima dos carris, eliminando o contacto e deixando o ar como único elemento de atrito, favorecendo assim a velocidade graças à diminuição da resistência ao avanço.

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Este título da velocidade é, no fundo, uma revalidação, dado que, o mesmo comboio tinha batido o recorde mundial de velocidade, na passada quinta-feira, dia 16, quando alcançou os 590 quilómetros por hora.

A Central Japan Railway espera proporcionar a primeira viagem comercial do “Maglev” entre as cidades de Tóquio e Nagoya em 2027, um trajecto de 286 quilómetros que o novo modelo terá capacidade para completar em aproximadamente 40 minutos, em vez dos 88 actuais que demora o serviço de alta velocidade Shinkansen (‘comboio bala’).

Espera-se que o comboio circule a uma velocidade máxima de 500 quilómetros por hora no arranque das suas operações.

A Central Japan Railway pretende, numa fase posterior, estender o serviço de Nagoya a Osaka, no oeste do país, em 2045.

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SUÉCIA: FUSÃO DA GESTÃO DAS INFRA-ESTRUTURAS RODOVIÁRIA E FERROVIÁRIA NA SUÉCIA PERMITIU POUPAR 370 MILHÕES Está sobre rodas (e sobre carris) a fusão em Portugal das gestoras de infraestruturas ferroviária (REFER) e rodoviária (EP), criando uma empresa única: a Infra-estruturas de Portugal. O modelo já foi testado na Suécia e o resultado foi muito satisfatório, estimando-se que a poupança terá gerado 370 milhões de euros. Quem o afirmou foi Gunnar Malm, líder da gestora de infraestruturas da Suécia, que esteve em Portugal a falar do exemplo sueco, testado em 2010, gerando poupanças de 25%, nos custos administrativos e de cerca de 376 milhões de euros, nos contractos adjudicados às construtoras. No caso sueco, foram fundidas três empresas públicas com competências de coordenação no sector dos transportes, criando

a empresa única Trafikverket, com o intuito de aumentar a eficiência e a rentabilidade dos vários modos de transporte. Em Junho de 2009, o governo decidiu criar uma nova agência e em poucos meses foi criada, gerando poupanças de 25% nos custos, com a área administrativa e de redução de factura, com as adjudicações às construtoras, num montante de cerca de 376 milhões de euros. Foram capazes de introduzir uma nova forma de planeamento das infraestruturas de transportes, baseada na identificação de problemas. O desafio foi descobrir como avaliar todo o sistema de transportes para encontrar as melhores soluções para os problemas em vez de priorizar um modo de transporte em relação a outro.

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GENERIX GROUP FECHA PARCERIA COM OREY E ENTRA NO MERCADO ANGOLANO A Orey Angola escolheu a Generix Group para implementar a ferramenta GCS WMS no seu centro logístico de Luanda. Com esta aposta, a Orey pretende assegurar a gestão optimizada dos processos logísticos, bem como garantir o controlo permanente de todos os processos de logística dos produtos dos seus clientes.

Com a implementação do GCS WMS, a Orey Angola deseja aumentar significativamente o desempenho dos seus armazéns e responder, de forma mais eficiente e eficaz, às necessidades dos seus clientes e à crescente competitividade do mercado angolano. Para a directora de sistemas de negócio do grupo Orey Angola, Inês Martins, “a experiência da Generix Group no sector da grande distribuição tem permitido à Orey Angola aprender novos processos que agilizam o dia-a-dia num armazém multicliente”. A Orey procurava uma ferramenta flexível, para se adaptar rapidamente a novos processos da supply chain e às especificidades de novos clientes de diversos sectores de actividade.

O WMS (Warehouse System Management) da Generix Group “enquadrou-se nestes requisitos, ao apresentar-se como uma plataforma multissectorial, capaz de agregar diferentes clientes com as suas características específicas ao nível de produto e armazém, permitindo à Orey prestar serviços 114 de logística e armazenagem a clientes de REVISTA MOBILIDADE MARÇO ABRIL 2015

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diferentes sectores”, assegurou Inês Martins.

Outros aspectos que também foram cruciais para a escolha desta ferramenta estiveram relacionados com o sistema de utilização e parametrização simples e o interface de gestão utilizada. “A subscrição do módulo KPI cockpit foi também importante pois permite, através da análise de tarefas com baixo índice de produtividade, reorganizar ou estabelecer novos processos de trabalho para reverter essa situação”, concluiu.

PORTUGAL JERÓNIMO MARTINS ANUNCIA CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO NO NORTE DO PAÍS O grupo Jerónimo Martins vai investir 100 milhões de euros este ano, em Portugal, sendo que metade do investimento é relativo ao novo centro de distribuição projectado para o Norte do País. Pedro Soares dos Santos, presidente do Conselho de Administração da Jerónimo Martins, avançou, recentemente, que o grupo vai investir entre 500 a 550 milhões de euros durante este ano, dos quais 100 milhões serão gastos nos investimentos em Portugal. “50% do investimento é feito no novo armazém, no Norte e os outros 50% nas lojas”, avançou o Presidente.

No último ano, o grupo inaugurou também um novo centro de distribuição no Algarve. As obras previstas para arrancar brevemente, estarão concluídas em Julho do próximo ano.

actualidade internacional HOLANDA GOVERNO DESENVOLVE BICICLETA PARA IDOSOS O Governo holandês está a desenvolver uma bicicleta inteligente que reduza o número de acidentes entre ciclistas. O modelo criado pela Organização Holandesa para a Investigação Científica Aplicada (TNO, na sigla em inglês), tem como principal objectivo assegurar a segurança dos ciclistas idosos. A segurança é conseguida através de câmaras e sensores instalados na bicicleta que alertam para obstáculos no percurso e para veículos que se aproximam pela retaguarda. Sempre que necessário, o ciclista é alertado para eventuais perigos através da vibração no guiador da bicicleta e no selim, que estão ligados a sensores. O equipamento pode ainda ser conectado a um tablet, para que outras informações do percurso sejam armazenadas e disponibilizadas. O ecrã do dispositivo também pode ser usado como alerta extra, apresentando um sinal luminoso quando detecta o obstáculo.

O preço desta bicicleta, que só deverá chegar ao mercado dentro de dois anos, poderá variar entre 1. 700 a 3.200 euros. No ano passado, 184 ciclistas morreram no país, dos quais 124, ou seja, 67%, tinham mais de 65 anos. Em 2012, foram 200 os ciclistas que morreram, sendo a esmagadora maioria das vítimas idosos. Melanie Schultz van Haegen, Ministra Holandesa do Ambiente e Infraestruturas explica que “cada vez mais pessoas idosas estão a usar a bicicleta, não apenas para pequenas distâncias, mas 116 também para distâncias mais longas “.

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breves PORTUGAL APDL FICA COM A GESTÃO DA VIA NAVEGÁVEL DO RIO DOURO O Conselho de Ministros aprovou, recentemente, um diploma que transfere para a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) a gestão da via navegável do rio Douro. Neste âmbito, é transferida para a APDL, Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, S.A., a jurisdição portuária directa nas zonas marítimas, fluviais, marítimas e terrestres necessárias à exploração da via navegável do rio Douro, cuja gestão foi transitoriamente cometida ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes. A Administração dos Portos do Douro e Leixões passou a denominar-se, no início do ano, Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), na sequência da fusão por incorporação dos Portos de Viana.

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MOÇAMBIQUE REABILITACÃO DO PORTO DE NACALA Arrancaram em Março último, as obras de reabilitação do Porto de Nacala, uma infraestrutura de indiscutível importância para a economia do Norte de Moçambique e dos países do Hinterland. Com efeito, o Ministro dos Transportes e Comunicações, Gabriel Serafim Muthisse lançou, recentemente, a primeira pedra para a reabilitação daquela infraestrutura portuária. Avaliadas em cerca de US 24.8 milhões, as obras de reabilitação do Porto de Nacala, primeira fase, consistem no revestimento do pátio do actual terminal da carga geral, na reparação da estrutura de betão do cais norte, no reforço dos pilares e estrutura da laje do cais norte e na colocação de defensas de borracha, incluindo a modernização do actual terminal de combustíveis líquidos e da respectiva instalação de combate a incêndios. A empreitada inclui ainda a aquisição de equipamento de manuseamento portuário, designadamente, empilhadores industriais de grande porte e pórticos de contentores. Falando, no lançamento da primeira pedra, o Ministro dos Transportes e Comunicações exortou todos os envolvidos na obra, nomeadamente, a Unidade de Coordenação do Projectos, Empreiteiro, Operador Portuário e o Fiscal da Obra, no sentido de implementarem o programa estabelecido, respeitando os prazos e a qualidade da obra.

Enquanto decorrem as obras, Muthisse instou o Operador a adoptar medidas especiais para assegurar o manuseamento portuário regular dada a importância estratégica do Porto de Nacala. Em Janeiro de 2014, o Ministério dos

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Transportes e Comunicações assinou, em Tokyo, capital do Japão, com a Penta- Ocean Constrution CoLtd , um Contrato de Empreitada de Obras Civis para a reabilitação do Porto de Nacala. A Penta- Ocean Constrution Co Ltd é uma das maiores empresas de construção em obras marítimas no Japão, seleccionada para executar as obras de reabilitação do Porto de Nacala, primeira fase, na sequência do concurso lançado no Japão no âmbito da cooperação entre os Governos de Moçambique e do Japão e no quadro de implementação do acordo de cooperação, assinado entre os dois Governos, em Dezembro de 2012.

MOÇAMBIQUE CONCESSIONADOS PORTOS DE PEMBA PALMA O Ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Gabriel Serafim Muthisse assinou, recentemente, com a Sociedade Portos de Cabo Delgado, SA - PCD, o Contrato de Concessão dos Terminais Portuários e Logísticos de Pemba Palma.

A Sociedade Portos de Cabo Delgado, SA - PCO é constituída pela Empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, CFM E.P. e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, ENH – E.P. Refira-se que, a 10 de Dezembro de 2013, o Conselho de Ministros aprovou os Termos de Concessão dos Terminais Portuários e Logísticos de Pemba e Palma, autorizando o Ministro dos Transportes e Comunicações a assinar o respectivo contrato de concessão, em nome e em representação do 117 Governo da República de Moçambique.

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PORTUGAL INVESTIMENTO PORTUGUÊS EM MOÇAMBIQUE QUASE DUPLICOU O investimento directo português em Moçambique atingiu 336 milhões de dólares (300,35 milhões de euros) em 2014, quase o dobro dos 171 milhões registados em 2013 e continua a ser o que cria mais emprego no País.

Apesar de ter descido da terceira para a quarta posição no “ranking” dos principais investidores em Moçambique e de ter diminuído de 168 para 98 o número de projectos aprovados, Portugal teve em 2014 o seu ano mais representativo desde 2009, segundo dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo, de Portugal (AICEP) e da Embaixada de Portugal, em Maputo.

A lista é liderada pelos Emirados Árabes Unidos, com 891 milhões de dólares (796,48 milhões de euros), Maurícias, com 527 milhões de dólares (471,09 milhões de euros) e África do Sul, com 386 milhões de dólares (345,05 milhões de euros).

O investimento directo português em parceria com capital moçambicano aumenta os valores para 420 milhões de dólares (375,44 milhões de

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Maputo, Moçambique

euros) e dispara para um total de 854 milhões de dólares (763,40 milhões de euros), somando-se os empréstimos e suprimentos.

Os indicadores de 2014 foram estimulados pelo sector da energia, que recebeu 37,5% do investimento directo português e 49,3% do total em parceria com investidores moçambicanos, graças ao projecto da central termoelétrica de Buzi e que coloca também a província de Sofala, centro de Moçambique, na liderança ao nível da distribuição dos dados por região.

Os serviços (26%), a construção e obras públicas (24,9%) e a indústria (6,2%) foram os outros sectores que mais receberam investimento directo português, em Moçambique, no ano passado e que, além de Sofala, se concentrou na cidade de Maputo.

O investimento português gerou 9.834 postos de trabalho em 2014, mais de metade no sector das obras públicas e construção, mantendo-se como o principal empregador externo em Moçambique.

breves MOÇAMBIQUE DRAGAGEM E CONSTRUCÃO DE TERMINAIS REVITALIZA PORTO DA BEIRA Estão em curso um conjunto de trabalhos desenvolvidos para imprimir nova dinâmica no Porto da Beira, infraestrutura central e dinamizadora do Corredor de Desenvolvimento da Beira. Referimo-nos aos investimentos de cerca de 300 milhões de dólares, na dragagem, na sinalização do canal de acesso e da respectiva bacia de manobras e à aquisição de uma draga oceânica e à construção do terminal de carvão, entre outros. Este investimento vem dar capacidade de resposta ao Porto, face às perspectivas de crescimento exponencial, devido ao aumento de capacidade da Linha férrea de Sena, que se perspectiva venha a transportar 20 milhões de toneladas/ano, nos próximos dois anos, contra os cerca de 6,5 milhões que correspondem à actual capacidade.

Neste quadro, foi concebido e implementado um ambicioso Programa de intervenção, para dotar o Porto da Beira de capacidade para responder aos novos desafios. Como resultado deste gigantesco trabalho, o Porto da Beira passa a receber navios de grande porte (até 60 mil toneladas), para além de contar com um novo terminal de carvão em operações, desde 2012.

actualidade internacional MOÇAMBIQUE PORTO DE MAPUTO PROJECTA MOVIMENTAR 40 MILHOES TONELADAS/ANO O Porto de Maputo perspectiva aumentar a carga movimentada, das 17 milhões de toneladas, em 2013, para 40 milhões de toneladas até ao ano de 2020. Estes resultados deverão traduzir os investimentos que têm vindo a ser realizados nos últimos anos, no quadro da implementação do Plano Director, com um orçamento previsto de US 1.8 mil milhões.

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MOÇAMBIQUE GOVERNO REVITALIZA TRANSPORTE FLUVIAL EM TETE O Governo Moçambicano está a programar um conjunto de medidas com vista à revitalização do transporte fluvial, incrementando, assim, a segurança do transporte de pessoas e bens, no troço Cohoro Bossa - Zumbo/ no Rio loflbeze. Com efeito, decorrem trabalhos de estudo da navegabilidade daquele troço, a construção de infraestruturas de acostagem, bem como, a construção da embarcação que servirá para o transporte da população naquela região.

MOÇAMBIQUE GOVERNO REVITALIZA TRANSPORTE NO LAGO NIASSA

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O Ministério dos Transportes e Comunicações de Moçambique acaba de alocar uma nova embarcação para a melhoria das condições do transporte de pessoas e bens, no Lago Niassa, Província setentrional do Niasso. É uma embarcação mista, com 14 metros de comprimento e 1,30 metros de calado máximo, construída em 8 meses nos Estaleiros Navais de Peniche, em Portugal.

Transporta 100 passageiros, 37 toneladas de carga bruta para mercadoria diversa e 2 viaturas ligeiras.

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MOÇAMBIQUE GOVERNO CONCESSIONA PROJECTO MACUSE O Ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Gabriel Serafim Muthisse, assinou, recentemente, com a Thai Moçambique Logística SA, os Contratos de Concessão das Infraestruturas do Terminal Portuário de Macuse e da linha ferroviária de Moatize a Macuse, cujos termos da referida concessão foram aprovados recentemente pelo Conselho de Ministros daquele País.