revista-toca-de-assis-dezembro-2012 by Toca de Assis Campinas

Publicação da Fraternidade de Aliança- Toca de Assis- Dezembro de 2012

ACONTECEU CONHEÇA O BRASÃO DOS FILHOS DA POBREZA DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO

FORMAÇÃO SAIBA COMO O NATAL PODE CAUSAR UMA REVOLUÇÃO EM NOSSA VIDA

ADVENTO “A Igreja espera o Senhor que vem!”

ÍNDICE

az e Bem! A Revista Toca de Assis deste mês ganha um ar de “expectativa”, afinal estamos em dezembro e esperamos ansiosos a chegada do Senhor! Em Toca para a Igreja, Dom Henrique Soares, Bispo Titular de Acúfica e Auxiliar de Aracaju- SE, nos fala sobre a importância de termos Jesus como exemplo de vida. Irmão Belém destaca os mistérios existentes na noite de Natal na editoria Formação. Toca em Palavras traz um belo testemunho de um dos nossos casais de leigos: Antônio e Alcione. Eles mostram como a fé e a postura pró-vida são atitudes que agradam e comovem o coração de Deus! A editoria Coração da Toca deste mês conta com a história da Irmã Stephania Maria. Ela vive na Missão de Sorocaba-SP, apresentada na Toca em Ação. Vera Lúcia é uma de nossas ex-acolhidas. Conheça sua história na Toca em Retalhos. O nosso Artigo Especial de dezembro traz uma reflexão sobre o tempo do Advento, e frisa a necessidade da conversão a partir deste período. Qualidade de vida nos recorda da importância de cuidarmos bem da nossa saúde. Em Aconteceu, veja o brasão dos Filhos da Pobreza do Santíssimo Sacramento. Thisco conta uma história curiosa sobre Santa Clara na Toca Kids! Tenha uma ótima leitura!

FORMAÇÃO

TOCA EM PALAVRAS

ARTIGO ESPECIAL

TOCA E QUALIDADE DE VIDA

Nós, aqui do escritório Central São José, desejamos um santo mês, um Natal cheio de amor e um Ano Novo Redação Central São José repleto de alegria e esperança! Fiquem com Deus e com Maria Santíssima. Até 2013!

ACONTECEU

EXPEDIENTE

TOCARTE

14 TOCA KIDS

Fraternidade de Aliança Toca de Assis CNPJ: 02019254/0001-87 www.tocadeassis.org.br

Departamento de Captação de recursos: Cláudia Moraes, Gabriela Saldanha, Leonardo Souza e Maria do Carmo Pereira.

Central São José Rua Amador Bueno, 45, Vila Industrial Campinas/SP. CEP: 13035-030 benfeitoria@tocadeassis.org.br Fone: (19) 3886-7086

Editor chefe: Ir. Tarcísio de Jesus Jornalista: Gabriela Saldanha Projeto gráfico: Gabriela Saldanha Diagramação: Gabriela Saldanha Impressão e tiragem: 10.000 exemplares

SAV- Serviço de Animação Vocavional vocacionalmasc@tocadeassis.org.br vocacionalfem@tocadeassis.org.br

Colaboradores nesta edição: Dom Henrique Soares; Irmão Dileto; Irmão Belém; casal de leigos Antônio e Alcione; Leonardo Souza; Irmã Stephania Maria e Irmã Piedade (Missão de Sorocaba-SP) Felipe Aquino; Irmão Tarcísio; Jânio Garcia.

Revista Toca de Assis Publicação mensal e interna da Fraternidade Presidente: Ir. Paulo Vice: Ir. Maria dos Anjos do Mistério da Cruz

TOCA LOJA

EDITORIAL

Dezembro/ 2012

Fazendo-se humano revelou o humano

Apresento aqui um trecho da palavra do Santo Padre para a Bênção Urbi et Orbi do Natal: "'Desperta, ó homem! Por ti, Deus Se fez homem' (Santo Agostinho, Sermões, 185). Desperta, ó homem do terceiro milênio! No Natal, o Onipotente faz-Se menino e pede ajuda e proteção; o seu modo de ser Deus põe em crise o nosso modo de ser homens; o seu bater às nossas portas interpela-nos, interpela a nossa liberdade e pede-nos para rever a nossa relação com a vida e o nosso modo de a conceber. Muitas vezes, a Idade Moderna é apresentada como um despertar do sono da razão, como se a humanidade, saindo dum período escuro, chegasse à luz. Mas, sem Cristo, a luz da razão não basta para iluminar o homem e o mundo. Por isso, a palavra evangélica do dia de Natal – 'O Verbo era a luz verdadeira que, vindo ao mundo, a todo o homem ilumina' (Jo 1, 9) – ressoa, hoje mais do que nunca, como anúncio de salvação para todos. 'O mistério do homem só no mistério do Verbo encarnado se esclarece verdadeiramente' (Const. Gaudium et spes, 22). Ó homem moderno, adulto e todavia às vezes débil de pensamento e de vontade, deixa o Menino de Belém conduzir-te pela mão; não temas, confia n’Ele! A força vivificante da sua luz dá-te coragem para te empenhares na edificação duma nova ordem mundial, fundada sobre relações éticas e econômicas justas. O seu amor guie os povos e ilumine a sua consciência comum de que são uma «família» chamada a construir relações de confiança e de mútuo apoio. Unida, a humanidade poderá enfrentar os numerosos e preocupantes problemas da atualidade: desde a ameaça terrorista às condições de humilhante pobreza em que vivem milhões de seres humanos, desde a proliferação das armas às pandemias e à degradação ambiental que ameaça o futuro do planeta". Impressiona a afirmação do Papa: "No Natal, o Onipotente faz-Se menino e pede ajuda e proteção; o seu modo de ser Deus põe em crise o nosso modo de ser homens..." É uma intuição teológica profundíssima. Em Jesus, Deus coloca em crise o nosso modo de imaginar Deus! Ele não se apresenta como um Deus grande, potente, que resolve nossos problemas e se impõe à nossa liberdade. O Deus de Belém nada tem a ver com nossas imagens e expectativas sobre Deus. Tantos filósofos ateus afirmaram que Deus é invenção do

TOCA PARA A IGREJA homem para satisfazer suas carências, necessidades e expectativas. Pois bem, o Deus revelado em Belém desmoraliza tal filosofia! Acolhê-lo exige que nos convertamos ao Deus verdadeiro, que mudemos nosso modo de imaginar Deus. Deus não é o que esperamos dele; mas ele é surpreendentemente, aquilo que se revelou a nós na pobreza e na fragilidade da pessoa e da vida, da paixão e da morte de Jesus Cristo! (Aqui, pensem em quantas seitas que inventam um Deus e um Cristo self-service, totalmente falsificados... Não Deus, mas um ídolo, com Bíblia e tudo!) Mas, o Papa vai mais longe: em Belém Deus aparece como verdadeiro homem e revela o que é realmente o homem, colocando em crise profunda nossos modelos e modos de imaginar e definir o que é ser humano. Humano de verdade não é o homem dos modelos sociológicos, psicológicos, antropológicos, históricos, filosóficos... Certamente, tais modelos têm algo de verdadeiro e de útil, mas são também defeituosos e muito parciais. E isto, por um motivo simples: eles partem do homem tal qual o observam: o homem quebrado, desfigurado, deformado pelo pecado; o homem desumanizado! Humano de verdade é o Filho de Deus feito homem: ele é o homem perfeito, o homem como Deus sonhou! Quem dele se aproxima, quem assimila seus sentimentos e modo de ser, torna-se mais homem de verdade! É o sentido profundo da belíssima frase do Vaticano II: "O mistério do homem só se esclarece verdadeiramente no mistério do Verbo encarnado ". Olhemos para Jesus e aprenderemos o que somos; tenhamos em nós os sentimentos e atitudes do Senhor Jesus Cristo e seremos nós mesmos: passaremos de nós deformados e alienados para nós transfigurados e reecontrados com o mais profundo de nós! Então, seremos felizes Dom Henrique Soares; e faremos um mundo feliz! Bispo Titular de Acúfica

Nossa Senhora do Bom Parto!

Ó Maria Santíssima, vós, por um privilégio especial de Deus, fostes isenta da mancha do pecado original, e devido a este privilégio não sofrestes os incómodos da maternidade, nem ao tempo da gravidez e nem no parto; mas compreendeis perfeitamente as angústias e aflições das pobres mães que esperam um filho, especialmente nas incertezas do sucesso ou insucesso do parto. Olhai para mim, vossa serva, que na aproximação do parto, sofro angústias e incertezas. Dai-me a graça de ter um parto feliz. Fazei que meu bebé nasça com saúde, forte e perfeito. Eu vos prometo orientar meu filho sempre pelo caminho certo, o caminho que o vosso Filho, Jesus, traçou para todos os homens, o caminho do bem. Virgem, Mãe do Menino Jesus, agora me sinto mais calma e mais tranquila porque já sinto a vossa maternal protecção. Nossa Senhora do Bom Parto, rogai por mim! Em 18 de dezembro a Igreja celebra o dia de Nossa Senhora do Bom Parto!

e Auxiliar de Aracaju- SE

MÃE DA IGREJA

Dezembro/ 2012

FORMAÇÃO

aclamação angélica: “Glória a Deus no alto dos céus e paz na terra aos homens que ele ama” (Lc 2, 13-14), que nos alcança hoje dentro da liturgia eucarística, alcançou primeiramente o pobre campo dos pastores, gente simples e humilde, a quem primordialmente foi anunciada a Boa Nova do Nascimento de Cristo. Deus mostra assim sua predileção aos pobres, ocultando-Se aos que se presumem sábios e prudentes e revelando-Se aos pequenos. É o verdadeiro sentido do cântico dos anjos aos pastores: a reviravolta entre ricos e pobres, fundamento focal para a compreensão da Encarnação: Deus decidiu revelar-se aos pobres... Escondendo-se na pobreza. Para nós, essa misteriosa escolha torna-se muitas vezes corriqueira, por sermos hoje educados em uma sociedade “noticiosa”, em que rapidamente nos acostumamos com as notícias e anúncios e logo ficamos ansiosamente à espera de outra novidade. Entretanto, quando cantamos junto com a Igreja: “Glória a Deus e paz aos homens”, importa compreender em que consiste essa exclamação, para não entendermos mal o mistério do Natal. Observando esse cântico, poderíamos nos perguntar: o que aconteceu, de fato, que trouxe paz aos homens na Terra? Cadê a revolução social pela qual os injustos foram vencidos e quando aconteceu o empobrecimento dos ricos e os famintos foram saciados por alimentos? Onde no decorrer da história houve essa paz sendo que os homens só viveram em meio a guerras e conflitos? O Menino-Rei, esperado das nações, nasceu e Herodes continuou a ser chamado “o grande rei”, houve então um desmentido total da parte da história? Onde aconteceu a mudança repentina? Aconteceu na fé! Sim. O Reino dos Céus foi manifestado na Natividade de Jesus e isso provocou uma silenciosa, mas radical revolução. Assim como aconteceria em uma queda na bolsa de valores, em que um rico acumulasse um grande montante de dinheiro, mas na noite houvesse uma desvalorização cem por cento e na manhã quando se levantasse fosse apenas um miserável. Os pobres, ao contrário, foram beneficiados e por não terem nada foram mais rápidos em acolher a escondida novidade e não temeram a mudança: São agora os verdadeiros ricos por que ricos pela fé e ricos do Reino. Aqui se encontra a resposta para todas as nossas perguntas, eis o que faz a diferença. Por isso, podemos compreender o cântico: “Glória a Deus no alto dos Céus e paz na terra aos homens” a partir do Coração do Pai, tomando como medida os pensamentos de Deus e não os questionamentos dos homens. Neste ano da fé, devemos junto com toda santa Igreja, anunciar que a revolução do mistério do Natal acontece silenciosamente para aquele que não busca ostentação e riquezas mundanas. 4

Dezembro/ 2012

A silenciosa revolução do Natal

Lembremos o exemplo da Família Sagrada que teve de refugiar-se na estrebaria enquanto os notáveis e poderosos se hospedavam nos albergues com toda a sua riqueza. E, podemos reformular nossas perguntas: Onde estão os ricos e influentes que naquela noite foram tão reverenciados e acolhidos? Quem se lembra deles? O que sobrou daquela noite vivida no aconchego e calor daquelas quentes paredes? Foram mandados embora de mãos vazias na história... Ao contrário, quem não se recorda com carinho, ou ao menos nunca ouviu falar da jovem Virgem Maria e seu esposo José e do doce menino Jesus que foram tão pouco acolhidos? Natal é uma noite de oração e de silêncio, portanto, somente com um coração adorante e humilde poderemos entender o sentido dessa revolução tão completa e profunda na simplicidade do acontecido em Belém. O anjo, ao dizer-lhes que o Menino havia nascido na cidade de Davi tributa esta adoração: “Glória a Deus nas alturas...” sendo assim, que a maior forma de darmos glórias a Deus hoje, esteja em vivermos junto aos homens por Ele amados, amando da mesma forma, ou seja, convivendo com os outros sem hostilidade e sem condenar ninguém, afinal, todos são do “Seu agrado”. Que nesse ano possamos celebrar esse mistério abandonando todo pensamento de vingança e justiça com nossas próprias mãos, esquecendo toda maldade recebida, retirando do coração todo ressentimento, mesmo que justo... Que não admitamos, por nossa vontade, nenhum pensamento opositor contra ninguém, nem mesmo contra nossos inimigos. Vivendo assim, nós estaremos repetindo essas palavras que Deus mesmo nos deu por meio dos anjos: “Paz na terra aos homens que ele ama!” Irmão Belém, FPSS da missão Casa Mãe em Campinas-SP

“A família nasceu no coração de Deus”

TOCA EM PALAVRAS

eu nome é Antônio e o da minha esposa Alcione. Somos casados há 13 anos. Moramos na cidade de Cotia. Conhecemos a Toca de Assis no mês de maio do ano de 1999 e não temos dúvida de que, quem nos trouxe para cá foi a Virgem Maria. Quando visitamos a casa de Aliança que ficava na cidade de Carapicuíba (SP), Nosso Senhor nos inflamou com o seu imenso Amor, ao depararmos com tantos sofredores que ali eram amados gratuitamente por tantos jovens leigos, recebemos o convite para fazermos uma pastoral de rua, foi ali que Ele nos fez o convite através de um irmão de rua, que disse: “Eu preciso que vocês voltem para me visitar!”. Chegando à casa pela madrugada, entramos em oração, e Jesus através de sua Palavra nos disse: “Tive fome e me deste de comer...” (Mateus 25, 35) Então decidimos entregar os trabalhos em que estávamos envolvidos na paróquia para servir Jesus nos pobres juntos com a Fraternidade de Aliança Toca de Assis. Neste tempo, tínhamos três meses de casado e aprendemos muito, foram tempos de dores e alegrias, desde que nos casamos queríamos muito ter filhos, durante muitos anos fizermos exames médicos, trocamos várias vezes de médicos e nisso descobrimos que a Alcione tinha problemas biológicos, chamados de “trompas obstruídas”, e foi diagnosticado que não poderia ter filhos, sabendo desta realidade, tentamos adotar três crianças na cidade de Divinópolis (MG), o quê não deu certo. Somente Deus sabia o que se passava dentro do nosso coração, pois a Alcione já tinha perdido toda a esperança. Quando completamos dez anos de casados, eu marquei uma última consulta para a Alcione, ela passou pela consulta através de Drª. Andrea Mendonça, que foi colocada por Deus em nosso caminho, ela nos devolveu toda a esperança que os outros médicos haviam tirado, propôs-nos a refazer todos os exames e nós concordamos. Com os exames já marcados, a irmã Ana Catharina, no dia do aniversário da Alcione, ofertou para Jesus a sua fertilidade para que ele desse de presente para a Alcione. Depois de uma semana, era o dia do exame principal: uma histerosalpingografia, a qual ela já havia realizado por duas vezes; a médica que realizou o exame não entendeu o porquê a Drª. Andrea solicitou o exame, já que o útero e as trompas eram perfeitos; Passado um mês, recebemos a notícia de que estávamos grávidos, durante o pré-natal, a Drª. Andrea deu a data prevista para o parto 25 de março de 2009, a data que o irmão Angelo havia pedido como sinal a Nosso Senhor, nasceu para a glória de Deus o Samuel (o filho da promessa), e para dizer que nada é impossível a Deus, e depois do nascimento do Samuel já com dois anos e seis meses, nasceu para a glória de Deus a Ana Catharina. Atualmente, ele tem três anos e seis meses, enquanto ela um ano. O Senhor se lembra sempre da sua aliança. Nossa gratidão a Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, pela vida consagrada dos Filhos e Filhas da pobreza do Santíssimo Sacramento. Testemunho do casal de leigos, Antônio e Alcione

LITURGIA “Minha alma se desfaz de tristeza; põe-me de pé, conforme tua Palavra.” Sl 119,28. A Liturgia da Palavra é muito especial na celebração da Santa Missa desde os tempos Apostólicos (Cf. At 2,42). Nos Domingos, Solenidades e Festas ocorrem três leituras, geralmente a primeira leitura é do Antigo Testamento seguido do Cântico dos Salmos, depois a segunda leitura tirada do Novo Testamento. Essas leituras servem para nos preparar para acolher a palavra do “Verbo de Deus que se fez carne e habitou entre nós.” (Jo 1,14).

A proclamação do Evangelho não é um “bate-papo” de Deus conosco, mais que tudo “é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.” (He 4,12).

Ela tem seu próprio Altar que chamamos de Ambão, que em grego significa umbigo, pois, segundo a tradição, é daí que provém a Palavra de Deus que nutre os fiéis. Durante a proclamação se faz a persignação (sinal da Cruz), pedindo ao Espírito Santo que o Evangelho seja compreendido pela nossa mente, para que os nossos lábios proclamem o louvor e o seu anuncio e que, acima de tudo, pelo nosso coração, pela nossa vida deve ser vivido e testemunhado, pois acreditamos que Cristo ressuscitou. Como já dizia o Salmista, “tua Palavra é lâmpada para os meus pés, e luz para o meu caminho” (Sl 119,105) peçamos a graça de Deus de sermos mais atento ao Santo Evangelho em nossa caminhada aqui na terra, peregrinos rumo a Terra Prometida: o Céu! Dezembro/ 2012

ORAÇÃO Oração das Horas – I Vésperas – Natal do Senhor

Ó Redentor do mundo, do eterno Pai gerado já antes do universo, qual Filho bem-amado. Ó Redentor do mundo, do eterno Pai gerado já antes do universo, qual Filho bem-amado. Lembrai autor da vida, nascido de Maria, que nossa forma humana tomastes, neste dia. A glória deste dia atesta um fato novo, que vós, do Pai descendo, salvastes vosso povo. Saúdam vossa vinda o céu, a terra, o mar, e todo ser que vive entoa o seu cantar. E nós, por vosso sangue remidos como povo, vos celebramos hoje, cantando um canto novo. A glória a vós, Jesus, nascido de Maria com vosso Pai e o Espírito louvores cada dia. 6

Dezembro/ 2012

CORAÇÃO DA TOCA “Para amar-te neste mundo, não tenho nada mais que hoje!”

az e Bem, eu sou a Irmã Stephania Maria da Pobreza do Menino Deus, tenho 26 anos e atualmente faço parte da missão de Sorocaba-SP. Vou contar para vocês um pouco da minha vida e vocação. Venho de uma família simples, mais conservadora dos princípios e valores, uma família tradicionalmente católica e piedosa. Tenho um irmão mais novo, (somos uma família pequena, característica de São Paulo). Nasci na Mooca – Zona Leste de São Paulo, mas aos três anos minha família se mudou para Poá – também na mesma Zona (região de Mogi das Cruzes), onde os meus familiares moram até os dias de hoje. A vida ensinou-me a valorizar muito Costumo dizer que foi amor ao primeiro o tempo presente e a conservar o agora contato, pois quando tive minha primeira como único. Aos 13 anos, meu pai faleceu experiência com o carisma, tive a certeza e toda a minha vida tomou outro ritmo. do meu chamado e a concretização da Todos os meus princípios foram esqueci- vontade de Deus em minha vida. O que dos por anos, comecei a sair para as bala- mais me chamou a atenção na Toca foi das, “curtir a vida”, passei a beber muito a radicalidade e o amor verdadeiro pelos e levar uma vida completamente diferente pobres que de uma forma concreta busca da que meus pais me haviam ensinado. aliviar o sofrimento do próximo, nisto vi Nesta mesma época, também comecei a minha própria vocação: ser consolo e esfazer teatro para ser uma maneira de per- perança para aqueles que perderam o sender a timidez, mas, depois, isso tornou-se tido de viver, ser a manifestação do amor algo com o que eu me identificava. Então, de Deus para eles de forma particular na descobri que gostava do teatro, da dança vida de cada um. Neste tempo, percebi a e do canto.Ainda nesta fase, eu considera- minha liberdade em poder responder ao va a figura de Deus em minha vida como sonho de Deus em mim e por mim. uma “lenda”. E com o passar dos anos, Fiz uma experiência no Butantã – SP de nem isso Ele era mais... Aos 17 anos, fui 15 dias e fiz o Retiro Nacional de 2005, para a faculdade de Artes Cênicas, pois ti- em que fui acolhida para uma experiência nha verdadeiramente me encontrado com maior que me sustenta até hoje. Quando o teatro. Neste mesmo período, eu fiz o entrei para a Fraternidade tinha feito meu crisma e pela graça de Deus foi a ma- dois anos de faculdade (tranquei minha neira que o Senhor me ensinou a olhar os matrícula) e saí consciente da vontade verdadeiros valores. de Deus em minha história. Passei pela Com o meu crisma, eu fui descobrindo missão de Montes Claros – MG, Brasília o que Deus sonhava para mim, e que dian- – DF, Fortaleza – CE, Limeira – SP e atute de seu sonho, eu tinha a minha liberda- almente Sorocaba- SP com muita alegria de de responder. Com o passar dos meses, e na certeza cada vez maior de que a mão fui parando de beber, de sair para as bala- de Deus me sustenta e me sustentará por das, fui mudando as minhas amizades e ao toda a minha vida. Pois a vida é um bremesmo tempo fui voltando para a Igreja víssimo segundo... com um olhar diferente, com um desejo de doar-me mais pelo Reino de Deus. Então, conheci a Renovação Carismática e as Testemunho da Irmã Stephania Maria da Pobreza do Menino Deus, Comunidades de vida religiosa e institutos, da Missão Sorocaba/SP em que um deles foi a Toca de Assis.

Deus é misericórdia!

TOCA EM RETALHOS

lá, meu nome é Vera Lucia, tenho 52 anos, fui acolhida na Toca de Assis. No momento em que eu não tinha mais esperança, em que todos me viraram as costas, eu passei a morar nas ruas. Então, ao andar muito e conhecer várias cidades, descobri a Toca de Assis em Itapetininga que era uma casa masculina, em que todas as quartas-feiras os religiosos faziam pastoral de rua e começaram a me falar do amor, do perdão, eles me davam atenção, isso para mim era até mais importante do que o alimento, porque o dia todo ninguém olhava para mim, ou, às vezes tinham nojo. Então, eles me falaram: “Vá pra Sorocaba, lá tem uma casa feminina” e eu vim no dia 17 de janeiro de 2006. Cheguei aqui em Sorocaba, porque vim a pé e fiquei perto da rodoviária. Finalmente, havia chegado o dia que a minha história mudaria... Foi numa sexta-feira, dia 19 de janeiro de 2006, as irmãs me encontraram toda debilitada, machucada, coração ferido, acabada. Porém, hoje eu posso dizer que eu sou um diamante bruto que Jesus lapidou e dará seu próprio brilho. Atualmente, eu trabalho na Toca, tenho minha “casinha”, carteira assinada e o mais lindo de tudo: agora eu comungo o corpo de Cristo! Foi preciso encontrar as irmãs da Toca, que me acolheram com tanto carinho (e que me ajudam até hoje), para que eu conseguisse minha liberdade do alcoolismo e independência. Sou muito grata a Deus e a estas irmãs abençoadas que depositaram confiança em mim. Já faz um ano que eu moro na minha própria casa, graças a elas. Sou feliz e espero que outras pessoas assim, como eu, tenham fé porque Deus é Testemunho do ex-acolhida Vera Lucia Antônio, misericordioso! da Missão Sorocaba/SP

Missão de Sorocaba/SP

missão de Sorocaba existe há 10 anos, sendo que já vivenciou varias realidades de acolhimento. Atualmente, estamos com o perfil de casa Nossa Senhora das Dores, ou seja, um quadro de dez mulheres acolhidas acamadas, completamente debilitadas e dependentes e que se alimentam por sonda, com um histórico marcado pela dor, pelos vícios e com experiência de rua, e outras abandonadas pelas famílias em hospitais. Vivemos e experimentamos a cada dia o sofrimento da Paixão de Cristo presente na vida dos pobres; na certeza que o Senhor reserva para elas a ressurreição com Ele na vida eterna. A nossa missão possui oito Irmãs Consagradas e quatro funcionárias (cuidadoras e auxiliares de enfermagem), que nos auxilia no dia a dia, tendo em vista a realidade exigente e prestativa. O terreno foi doado e construído pela bondade de leigos e amigos. Enfrentamos hoje grandes desafios de adaptação de nossa casa e pagamento dos funcionários a fim de dar mais

TOCA EM AÇÃO

dignidade a nossas irmãs acolhidas nesta fase terminal. Não podemos mudar o quadro de saúde em que elas se encontram, mas podemos com muito amor amenizar suas dores e entregá-las a cada dia ao Altar de Deus em cada Adoração ao Santíssimo Sacramento. Estamos capitalizando recursos para a manutenção desta casa, onde encontramos muitas dificuldades financeiras para manter as exigências da Prefeitura, Vigilância Sanitária e os salários de profissionais da área da saúde. Ajude-nos a preparar a manjedoura do Menino Jesus que se revela nestas pequeninas irmãs que tanto necessitam de cuidados, Ele se revela como ser humano, vem ao mundo de forma humilde. A maneira como nasce já nos ensina que devemos imitá-lo na humildade, na pobreza, lembrando que por seu nascimento, passamos a ser também filhos de Deus. Precisamos de sua ajuda. Com carinho e orações das Filhas da Pobreza do Santíssimo Sacramento Missão Sorocaba.

Se você deseja contribuir diretamente com esta missão, entre em contato: (15) 3417-1035 ou sorocaba@irmas.tocadeassis.org.br

Dezembro/ 2012

ARTIGO ESPECIAL

A Igreja vive o

ADVENTO

dentramos em dezembro! Em qualquer canto do mundo, por mais distintas que sejam as realidades vividas pela humanidade, este mês parece ter algo que nos envolve, nos move, nos encanta. Não, não estou falando das luzes, dos presentes, ou até mesmo de um “espírito fraternal” e caridoso generalizado... É mais que isso! Aliás, é algo infinitamente maior, e isso acontece, pois, como diz Santo Agostinho: “Fizeste-nos, Senhor, para Ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em Ti”. Isso mesmo! Por mais que muitos duvidem ou se quer reconheçam este fato, Deus, em toda sua sabedoria incompreensível e insondável, de alguma forma, desperta em nosso coração essa ânsia de querer encontra-Lo! E este tempo de expectação é, para nós, cristãos, o tempo do Advento! A palavra “Advento” (do latim Adventus) quer dizer “que está para vir”. Ele marca o primeiro ano litúrgico da Igreja. Inicia-se às vésperas do Domingo mais próximo do dia 30 de novembro e vai até as primeiras vésperas do Natal de Jesus, contando quatro domingos. Sabiamente, o Concílio Vaticano II fez uma síntese de duas características deste período para que nós possamos bem vivenciá-lo: uma é baseada no fim dos tempos, ou seja, a segunda vinda, definitiva e gloriosa, de Jesus. Com este caráter escatológico (parte da teologia e filosofia que trata dos últimos eventos na história do mundo), vivemos a Parúsia (do grego Παρουσία, “presença”) do dia 1º ao dia 16 de dezembro. A outra característica deste período, vivida nos dias seguintes (de 17 a 24 de dezembro), baseia-se na preparação para a celebração do Natal, a primeira vinda de Jesus entre nós. Assim, podemos afirmar que entrar em um tempo litúrgico, é entrar num tempo de santificação, e este em questão, deve ser vivido com piedosa e alegre expectativa.

A Liturgia (no caso, a do Advento), faz com que a Igreja (Católica Apostólica Romana) seja detentora de uma riqueza escondida! Uma riqueza mística, inspirada pelo próprio Criador, que faz com que tenhamos nosso olhar voltado para as “coisas do alto”. Segundo a tradição, as Antífonas do Ó, como são conhecidas as sete antífonas especiais deste tempo (veneráveis pela antiguidade), são atribuídas por muitos a São Gregório Magno, Papa do século VI. No entanto, há ainda alguns historiadores que relatam referencias anteriores a essa, ou seja, estamos falando de cerca de 1500 anos de história. São 1500 anos em que a Igreja canta essas antífonas, que são orações curtas, dirigidas a Cristo (tradicionalmente proclamadas em canto gregoriano), sempre tratadas com uma enorme solenidade. Este “Ó” existente nestas antífonas possui significância tanto de admiração sobre algo extraordinário, como também é um vocativo, um pedido. Ambos os significados expressam a espera da vinda do Senhor! Outra curiosidade que enriquece estes pequenos versos é que, se lidas em sentido inverso, isto é, da última para a primeira, as iniciais latinas da primeira palavra depois da interjeição “Ó”, resultam no acróstico ERO CRAS, que significa “Serei amanhã; virei amanhã”. Vejam como isso é belo! Nós clamamos a vinda de Jesus com as antífonas até o dia 23 de dezembro, e ele responde que “Virá amanhã!” (dia 24, véspera do Natal, com liturgia especial e solene). É impressionante como tantos detalhes preciosos passam desapercebidos durante a nossa vida cristã. Estamos acostumados a participar da Santa Missa (e de outros mistérios da Igreja) de forma indiferente ou até mesmo sem o mínimo de reverencia ou respeito.

Não estou querendo aqui vangloriar o sentimentalismo do tipo “Hoje ‘estou sentindo’ que minha fé está ‘forte’! Vou participar da Missa, vou rezar, fazer o bem...” e no dia seguinte, toda essa força e convicção já se foi. Essa oscilação é comum em nós, pois somos limitados, porém ela nos torna medíocres. O sentimento é passageiro, e a fé em nada tem a ver com isso. A fé é conhecimento e confiança. (Youcat, 21) É preciso que, a cada dia, busquemos uma fé madura, que não dependa das nossas vontades para existir. Se faz necessário que redescubramos a beleza de ser um membro da Igreja (seja você chamado ao sacerdócio, a vida consagrada, ou a vida matrimonial leiga), para que saibamos que a Doutrina Católica é nosso tesouro! No entanto, lembremo-nos do que o nosso Sumo Pontífice, o Papa Bento XVI diz: “É importante aquilo em que cremos, mas mais importante ainda é Aquele em que cremos.” Em um de seus vídeos, padre Paulo Ricardo (Vigário Judicial na Arquidiocese de Cuiabá-MT) nos adverte: “Jesus é a estrutura de tudo! Enquanto muitos o rejeitam, nós cristãos acreditamos que a ‘razão de ser’ do universo, das estrelas mais distantes, das galáxias (...) é aquele menino que vai nascer em Belém! Aquele menino é a razão de tudo! É para Ele que tudo existe! Existe para Ele, mas não somente isso, pois Nele tudo foi criado! Ele é a textura de tudo, é a estrutura que tudo sustenta!”. No Natal, comemoramos o dia em que nosso Deus, onipotente e eterno, se fez menino por amor a nós. Ele que, depois, esteve na Cruz, co-

nheceu a morte, mas ressuscitou! E ressuscitado, nos presenteou com sua casa, a Igreja, Una, Santa, Católica e Apostólica, lugar seguro para nossa salvação! “Quando o Filho do homem vier na Sua glória com todos os Seus anjos, sentar-Se-á no Seu trono glorioso. Todas as nações se reunirão na Sua presença e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos [...] Estes irão para o suplício eterno e os justos para a Vida eterna.” (Mt 25,31 ss.) Que neste tempo do Advento nosso coração se recorde das promessas de Cristo, e que com isso, nossa emenda e amor sejam maiores e frutuosos. Que também, não nos cansemos de pedir a intercessão da Santíssima Virgem Maria, ela, que de forma ímpar, soube confiar em Deus e esperar nosso Salvador! É chegado o tempo de conversão! Vamos simplesmente amar! Pois, como está escrito, “o que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram e o coração do homem não percebeu, isso Deus preparou para aqueles que o amam!” (I Cor 2,9). Desejo um santo Advento à todos!

“entrar em um tempo litúrgico, é entrar num tempo de santificação, e este em questão, deve ser vivido com piedosa e alegre expectativa!”

Gabriela Saldanha, Jornalista; Depto. de Captação de Recursos Central São José- Campinas/SP Fontes de pesquisa: http://www.vatican.va/; http://www.comshalom.org; http://padrepauloricardo.org/; Youcat Brasil- Catecismo Jovem

TOCA E QUALIDADE DE VIDA

Cuidar da saúde é um dever cristão

s anjos só tem espírito e os animais apenas têm corpos. Já o ser humano é uma síntese perfeita e maravilhosa de ambos. A pessoa humana, criada à imagem de Deus, é um ser ao mesmo tempo corporal e espiritual. O relato bíblico exprime esta realidade com uma linguagem simbólica, ao afirmar que “o Senhor Deus modelou o homem com a argila do solo, insuflou em suas narinas um hálito de vida e o homem se tornou um ser vivente” (Gn 2,7). Portanto, o homem em sua totalidade é querido por Deus! O corpo do homem também participa da dignidade da “imagem de Deus”: é a pessoa humana inteira que está destinada a tornar-se, no Corpo de Cristo, o Templo do Espírito Santo. O Concílio Vaticano II explicou que: “Unidade de corpo e de alma, o homem, por sua própria condição corporal, sintetiza em si os elementos do mundo material, que nele assim atinge sua plenitude e apresenta livremente ao Criador uma voz de louvor. (GS 14,1). Portanto, não se pode desprezar a vida corporal; ao contrário, devemos estimar e honrar o corpo, porque ele foi criado por Deus e destinado à ressurreição no último dia. Desta forma, devemos evitar todo tipo de vícios e maus hábitos que possam fazer mal à saúde e prejudicar o corpo. Todas as formas de vícios acabam lesando a saúde; o vicio do cigarro, a bebida alcoólica, e as drogas, de modo especial, fazem mal à saúde. É preciso cultivar a virtude da temperança pois ela nos ajuda a evitar toda espécie de excesso, o abuso da comida, do álcool, do fumo e dos medicamentos usados de maneira errada. Tudo o que possa fazer mal ao corpo é considerado pela Igreja como algo mal e indevido. Por exemplo, aqueles que, em 10

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estado de embriaguez ou por gosto imoderado pela velocidade, colocam em perigo a segurança alheia e a própria nas estradas, no mar ou no ar, tornam-se gravemente culpáveis. Quantas pessoas perderam a vida por causa de acidentes causados nas estradas por motoristas embriagados ou até mesmo drogados. Não é licito também colocar a vida e a saúde em risco sem necessidade, apenas pelo desejo imoderado de aventura. A Igreja lembra-nos que “a vida e a saúde física são bens preciosos confiados por Deus. Devemos cuidar delas racionalmente, levando em conta as necessidades alheias e o bem comum. O cuidado com a saúde dos cidadãos requer a ajuda da sociedade para obter as condições de vida que permitam crescer e atingir a maturidade: alimento, roupa, moradia, cuidado da saúde, ensino básico, emprego, assistência social.” (Catecismo §2288) Especialmente em relação aos jovens os pais precisam estar alertas sobre os vícios, pois sabemos que é na juventude que eles se iniciam e podem se tornar um grande mal. Quantos jovens perderam as suas vidas por causas das drogas! Juntamente com a saúde física é preciso cuidar da saúde mental. Se a pessoa não tem uma vida equilibrada, ela pode buscar nos vícios uma forma de compensar as frustrações e carências afetivas, etc. Podemos e devemos buscar ajuda profissional e espiritual para tratar dos males de nosso espírito. Hoje a depressão é causa de muito sofrimento, e mesmo de morte. É preciso tratar dela com médicos, psicólogos, psiquiatras e ajuda espiritual. Também as condições de trabalho inadequadas podem fazer mal à saúde. Felizmente os governos estão hoje mais alertas a isto, mas assim mesmo ainda há casos de desrespeito neste campo.

Em relação ao trabalho é preciso lembrar também que não podemos ser escravos dele. Muitos “se matam de trabalhar”, sem o necessário repouso e férias. Isto prejudica a saúde física e mental, sem falar no mal que pode fazer para a família. Quantos pais e mães abandonam seus filhos para se dedicar exageradamente ao trabalho. O dinheiro ganho deste jeito pode depois ter que ser usado com médicos e psicólogos para compensar os males produzidos pela ausência dos pais junto aos filhos. Se por um lado, é preciso cuidar do corpo, é importante também não dispensar a ele um cuidado exagerado. A alma é mais importante que o corpo; este um dia morrerá, mas alma é imortal. Infelizmente a nossa sociedade dispensa ao corpo um cuidado exagerado no sentido e cultuar a beleza a todo custo. Há hoje uma verdadeira “ditadura da beleza” que escraviza especialmente as moças. A mídia muitas vezes lhes impõe um padrão de beleza; e faz sofrer aquelas que não atingem este padrão. A Igreja ensina que “se a moral apela para o respeito à vida corporal, não faz desta um valor absoluto, insurgindo-se contra uma concepção neo-pagã que tende a promover o “culto do corpo”, a tudo sacrificar-lhe, a idolatrar a perfeição física.” (Cat. §2289) Cuidar do corpo e da saúde é algo importante e necessário, mas cair no erro do culto exagerado do corpo, como se ele fosse mais importante que o espírito, é um erro que coloca o homem de cabeça para baixo. Prof. Felipe Aquino, doutor em Física pela UNESP felipeaquino@cancaonova.com Site do autor: www.cleofas.com.br

ACONTECEU

m outubro passado, os Filhos da Pobreza do Santíssimo Sacramento fizeram a apresentação de seu brasão institucional, na renovação dos votos dos junioristas, celebrada em São Paulo. O brasão traz em si símbolos que representam o carisma e a espiritualidade próprios do instituto. Ele é a identificação do instituto! É um símbolo exclusivo, registrado, que não pode ser copiado e utilizado por outros, por se tratar de um desenho que tem grande significado especificamente para o instituto. Conheça o sentido do desenho no texto abaixo:

Instituto masculino apresenta seu brasão!

O círculo central representa o ostensório com o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo, como principal motivo da existência do Instituto. A inscrição JHS como identificação de Nosso Senhor Jesus Cristo como Deus que é adorado perpetuamente no Instituto. O Amor aos pobres é representado pela cruz maior que simboliza as ruas. No meio desta cruz é representado o síngulo, sinal de nossa consagração religiosa. Este também representa o serviço ao pobre abandonado, manifestação de que o Amor a Deus nos impulsiona ao amor aos pobres. As cruzes colocadas nos quatro pontos principais representam a doutrina e a fé católica que são pregadas nos 4 cantos da terra, como expressão de que nossa consagração religiosa nos torna missionários, representando também nosso apostolado de missão peregrina. A sua cor vermelha representa o sangue de Jesus derramado por todos, como reconhecimento da entrega pessoal de cada um pelo Reino dos Céus. Os trigos e as uvas, símbolos das ofertas para o sacrifício eucarístico,nos representam o Zelo pela Sagrada Liturgia e por tudo que circunda o mistério eucarístico e intercessão pelos sacerdotes.

A vivência da radicalidade do Evangelho, a manifestação da santidade e a vida fraterna são alguns dos elementos que devem ser contemplados pessoalmente na vida de cada consagrado do Instituto. Isso acontece a partir da entrega de cada um, a cada dia, pela experiência das propostas do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Estas características são simbolizadas pelas espadas que representam a luta pessoal, ou seja, a cada dia o consagrado permite que a vida de Cristo resplandeça em suas atitudes. A defesa da fé da Igreja Católica que cada consagrado do Instituto deve ter como projeto pessoal de vida! Dezembro/ 2012

TOCARTE

ste ano já está chegando ao fim, e acreditem, não será o fim do mundo, pois, se o mundo acabar esse mês, a gente vai perder um monte de coisas boas que 2013 reservou para nós. A começar pela Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro, que acontecerá em julho do ano que vem. Toda essa conversa de “fim de mundo” sempre me fez refletir. Lembro-me das sábias palavras de uma velha amiga: “O mundo acaba todo dia pra quem morre e começa todo dia pra quem nasce!”. E é só ligar a TV pra ver que o mundo de muita gente já acabou. Quantas pessoas já perderam o sentido da vida e a motivação para buscar a felicidade? Temos instaurada uma cultura de morte, em que o aborto já não é crime e a euta-

“A missa da minha vida” násia é um direito da família de não mais gastar tempo cuidando de seu pai ou mãe. Nas ruas, há guerra civil, não a do Líbano, mas a nossa. Polícia mata civil, filho mata mãe, política mata de fome, hospital mata de graça. É a cultura que deixamos todos os dias escorrer pela tela da nossa TV. Diante disso, sempre nos perguntamos: “Esse mundo tem solução?”. Inspirado por esses questionamentos, no ano de 2005, escrevi um roteiro que aposta da idéia do fim. “A missa da minha vida”, o primeiro musical que escrevi e dirigi, chama a atenção para o fim da vida. O personagem que se vê no pós-morte, fazendo um balanço do que viveu. Mas acalme-se! Não estou fazendo alusão a outras doutrinas.

Esse musical não se prende a um contexto histórico e nem de longe quer ser um ensinamento a respeito da doutrina da eternidade. Ele simplesmente convida o espectador a refletir sobre sua própria vida, comparando-a com a Santa Missa. Explico-me melhor: com base nas partes fixas da Missa, mais sem se prender também a uma explicação doutrinal e litúrgica, o personagem que representa todo espectador, vai percebendo o quanto o natural de sua vida pode ser iluminado com o sobrenatural. Neste ano, resolvi reescrever o musical “A missa da minha vida”, dando a ele mais corpo e efeitos. Dessa vez, os personagens têm muito mais movimento e os efeitos deixam o musical com um aspecto todo novo. Quem assistiu ao primeiro, surpreender-se-á com este. “A missa da minha vida”, o novo musical, está sendo preparado como projeto de artes dos Filhos da Pobreza para a Jornada Mundial da Juventude. Provavelmente, será apresentado no Rio de Janeiro e em São Paulo. Quando a data estiver mais próxima, divulgaremos os lugares, dias e horários. Conto com as orações de vocês para esse nosso projeto.

Minha indicação para sua sessão cinema de natal é o filme “Jesus, a história do nascimento”. Essa superprodução é uma boa opção para que sua familia substitua os habituais contos de “Papai Noel” que vão invadir sua televisão.

Irmão Tarcísio, FPSS ministrosp@fpss.org.br

Missão Sorocaba/SP reinalguração da capela

Mural da

Atividade na Casa Mãe

Irmãs da Missão Sacramento de Amor de Maricá/RJ

Pandora Escola de Artes

o natal de santa clara

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Agenda Toca de Assis

2013 *Liturgia Diária; *Santo do Dia; *Endereços das casas da Toca; *Divisórias mensais coloridas com uma casa da Toca por mês; *Histórico da Toca de Assis; *Planejamento mensal 2013 e 2014;

Valor: R$ 29,90

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(19) 3886-7086

Dezembro/ 2012

Santo Natal!

A todos os nossos amigos benfeitores, que durante este ano foram a Providência de Deus em nossa Obra, desejamos um Natal cheio de bênçãos e alegrias, e que 2013 seja um novo ano repleto de realizações! Paz e Bem!

Faça sua contribuição!

Ela será destinada a casa da Toca mais próxima de você!

“É maior alegria dar que receber.” Atos 20,35