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Publicação da Fraternidade de Aliança Toca de Assis - Março de 2013

FORMAÇÃO

“PÁSCOA, A FONTE DA JUVENTUDE!”

ATUALIDADE FEMINILIDADE x FEMINISMO

Crer em Deus é mais que confiar. É assumir o dom que Ele nos dá!


ÍNDICE

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FORMAÇÃO

TOCA EM AÇÃO

QUALIDADE DE VIDA

TOCARTE

P

EDITORIAL

az e Bem! Este mês, aproveitamos a festividade da Páscoa para dar ‘uma cara nova’ à nossa revista. Com pequenas alterações no layout, a edição de março traz ótimos artigos para toda a família. Na editoria Toca para a Igreja,veja a importância de bem viver a Semana Santa. Com a colaboração especial de Dom Redovino Rizzardo, Bispo de Dourados/MS, veja como é possível permanecer sempre jovem, em Formação. Em Voluntariado, o casal Cleonir e Anselmo contam um pouco de sua história com a Fraternidade. Irmã Lazara também conta-nos o seu testemunho na coluna Coração da Toca. Toca em Retalhos traz a breve história de vida de um dos acolhidos da Toca de Dourados e o seu desejo de retornar para a casa. Conheça mais sobre esta missão onde ele vive na Toca em Ação. Estamos no Ano da Fé e nosso Artigo Especial não poderia deixar de falar sobre este assunto tão essencial para a nossa vida cristã. A editoria Qualidade de vida aborda um assunto pouco comentado: a doação de medula óssea! Você sabe como proceder? Falar sobre feminilidade X feminismo nos dias de hoje não é tarefa fácil. Mas, a blogueira Aline Rocha defende o olhar da Igreja e ‘dá conta do recado’ em Atualidade. Em Tocarte, veja quais foram as referências utilizadas na construção do Musical “A Missa da Minha Vida”. E por fim, a criançada pode se divertir e aprender com Thisco em Toca Kids. Feliz Páscoa a todos! Que Deus os abençõe sempre! Equipe: Central São José Fraternidade de Aliança Toca de Assis CNPJ: 02019254/0001-87 www.tocadeassis.org.br

SAV- Serviço de Animação Vocavional vocacionalmasc@tocadeassis.org.br vocacionalfem@tocadeassis.org.br

Departamento Captação de ecursos: Cláudia Moraes, Gabriela Saldanha, Leonardo Souza e Maria do Carmo Pereira Cano.

Central São José Rua Amador Bueno, 45, Vila Industrial Campinas/SP. CEP: 13035-030 benfeitoria@tocadeassis.org.br Fone: (19) 3886-7086

Revista Toca de Assis Publicação mensal e interna da Fraternidade Presidente: Ir. Paulo Vice: Ir. Maria dos Anjos do Mistério da Cruz

Editor chefe: Ir. Tarcísio de Jesus Projeto gráfico: Gabriela Saldanha Diagramação: Gabriela Saldanha Revisão ortográfica: Luciana Marcolino Impressão e tiragem: 10.000 exemplares

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Março/2013

Colaboradores nesta edição: Felipe Aquino; Dom Redovino Rizzardo; Irmã Laurence Maria e Irmã Lazara (Missão de Dourados/MS); Irani (Assessora do Centro Infantil Boldrini); Dra. Kátia Eid; Aline Rocha; Irmão Tarcísio; Jânio Garcia e Anna Carolina Silva.


Celebrações da Semana Santa

A

Semana Santa é a síntese de nossa Salvação! O maior acontecimento da História da Humanidade é a Encarnação, Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem. Nada neste mundo supera a grandiosidade deste acontecimento. Assim, entenda um pouco mais sobre o chamado “Tríduo Pascal”, para vivê-lo de maneira piedosa e com o coração grato a Deus! Instituição da Eucaristia e Cerimônia do Lava-pés Com a Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde de quinta-feira, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e comemora a Última Ceia, na qual Jesus Cristo, na noite em que vai ser entregue, ofereceu a Deus-Pai o seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou para os Apóstolos para que os tomassem, mandando-lhes também oferecer aos seus sucessores. Nesta missa, faz-se, portanto, a memória da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. Durante a missa, ocorre a Cerimônia do Lava-Pés, que lembra o gesto de Jesus na Última Ceia, quando lavou os pés dos seus apóstolos. O sermão desta Missa é conhecido como Sermão do Mandato ou do Novo Mandamento e fala sobre a caridade ensinada e recomendada por Jesus Cristo. Ao final da Missa, faz-se a chamada Procissão do Translado do Santíssimo Sacramento ao altar-mor da igreja para uma capela, na qual se tem o costume de fazer a adoração do Santíssimo durante toda a noite. Sexta-feira Santa Celebra-se a Paixão e Morte de Jesus Cristo. O silêncio, o jejum e a oração devem marcar este dia que, ao contrário do que muitos pensam, não deve ser vivido em clima de luto, mas de profundo respeito diante da Morte do Senhor que, morrendo, foi vitorioso e trouxe a Salvação para todos, ressurgindo para a Vida eterna. Às 15 horas, horário em que Jesus foi morto, é celebrada a principal cerimônia do dia: a Paixão do Senhor. Ela consta de três partes: Liturgia da Palavra, Adoração da Cruz e Comunhão Eucarística. Após este momento, não há mais Comunhão Eucarística até que seja realizada a celebração da Páscoa, no Sábado Santo. Sábado Santo No Sábado Santo ou Sábado de Aleluia, a principal celebração é a “Vigília Pascal”. Vigília Pascal Inicia-se na noite do Sábado Santo em memória da noite santa da ressurreição gloriosa de Nosso Senhor Jesus Cristo. É a chamada “A mãe de todas as santas vigílias”, porque a Igreja mantém-se de vigília à espera da vitória do Senhor sobre a Morte. Cinco elementos compõem a Liturgia da Vigília Pascal: a Benção do Fogo Novo e do Círio Pascal; a Proclamação da Páscoa, que é um canto de júbilo anunciando a Ressurreição do Senhor; a Liturgia da Palavra, que é uma série de leituras sobre a história da Salvação; a Renovação das Promessas do Batismo e, por fim, a Liturgia Eucarística.

Nossa Senhora da Anunciação “Todas as gerações vos proclamem bem-aventurada, ó Maria! Crestes na mensagem divina e em vós se cumpriram grandes coisas, como vos fora anunciado. Maria, eu vos louvo! Crestes na encarnação o Filho de Deus no vosso seio virginal e vos tornastes Mãe de Deus. Raiou, então, o dia mais feliz da história da humanidade e Jesus veio habitar entre nós. A fé é dom de Deus e fonte de todo bem, por isso, ó mãe, alcançai-nos a graça de uma fé viva, forte e atuante que nos santifica cada dia mais. Que possamos comunicar com a vossa vida a mensagem de Jesus que é o Caminho, a Verdade e a Vida da humanidade. Amém!”

TOCA PARA A IGREJA Domingo de Páscoa A palavra Páscoa vem do hebreu Peseach e significa “passagem”. Era vivamente comemorada pelos judeus do Antigo Testamento. A Páscoa que eles comemoram é a passagem do mar Vermelho, que ocorreu muitos anos antes de Cristo, quando Moisés conduziu o povo hebreu para fora do Egito, onde era escravo. Chegando às margens do Mar Vermelho, os judeus, perseguidos pelos exércitos do Faraó teriam de atravessá-lo às pressas. Guiado por Deus, Moisés levantou seu bastão e as ondas se abriram, formando duas paredes de água, que ladeavam um corredor enxuto, por onde o povo passou. Jesus também festejava a Páscoa. Foi o que Ele fez ao cear com seus discípulos. Condenado à morte na cruz e sepultado, ressuscitou três dias após, num domingo, logo depois da Páscoa judaica. A Ressurreição de Jesus Cristo é o ponto central e mais importante da Fé Cristã. Através da sua Ressurreição, Jesus prova que a Morte não é o fim e que Ele é, verdadeiramente, o Filho de Deus. O temor dos discípulos em razão da morte de Jesus na Sexta-Feira transforma-se em esperança e júbilo. É a partir deste momento que eles adquirem força para continuar anunciando a mensagem do Senhor. São celebradas missas festivas durante todo o domingo. Prof. Felipe Aquino, doutor em Física pela UNESP felipeaquino@cancaonova.com Site do autor: www.cleofas.com.br

MÃE DA IGREJA

Comemoração: dia 25 de março.3 Março/2013


FORMAÇÃO

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Páscoa, a Fonte da Juventude!

o dia 8 de dezembro de 1965, no final do Concílio Vaticano II, entre as mensagens dirigidas a vários segmentos da sociedade, o Papa Paulo VI pensou também na juventude: “É a vocês, rapazes e moças de todo o mundo, que o Concílio quer dirigir a sua última mensagem. São vocês que tomarão o facho das mãos de seus antepassados e viverão no mundo nas transformações mais gigantescas da sua história. São vocês que, recolhendo o melhor do exemplo e do ensinamento de seus pais e mestres, constituirão a sociedade de amanhã: vocês se salvarão ou perecerão com ela. Em nome de Deus e de seu Filho Jesus, os exortamos a alargar seus corações a todo o mundo, a escutar o apelo de seus irmãos e a pôr, corajosamente, as suas energias juvenis ao serviço deles. Lutem contra o egoísmo. Recusem-se a fomentar os instintos da violência e do ódio, que geram as guerras e o seu cortejo de misérias. Sejam generosos, puros, respeitadores, sinceros. Construam com entusiasmo um mundo melhor que o dos seus antepassados!”. Não sei se felizmente ou infelizmente, mas entre os jovens daquela época estava também eu. A minha dúvida nasce do exame de consciência que as palavras de Paulo VI me obrigam a fazer. Ante a situação que descortino em minha frente, posso afirmar que trabalhei para “construir um mundo melhor que o de meus antepassados”? Três anos depois, em 1968, inúmeros países assistiram a um levante geral da juventude. No afã de exigir mudanças – que eram e continuam sendo necessárias – muitos jovens questionaram princípios e valores, imprimindo um novo rumo à humanidade. Parece- me difícil avaliar imparcial e corretamente esse “novo rumo”, ao meu ver, uma verdadeira mudança de época cultural na história da humanidade. Mas, já que perguntar não ofende, pode-se dizer, em sã consciência, que hoje há mais respeito, mais tolerância, mais justiça, mais paz, mais fraternidade do que em 1968? Para mim, uma coisa é certa: sem conversão pessoal, o “mundo que queremos” não passa de palavras bonitas... Muito oportuna, portanto, a decisão da Conferência Nacional dos Bispos

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do Brasil em dar à Campanha da Fraternidade de 2013 como tema a Juventude e como lema a disponibilidade de Isaías: “Eis-me aqui! Envia-me!” (Is 6,8). Por ser amor, Deus é sempre jovem. Por isso, quanto mais perto Dele alguém se mantiver pelo Amor, mais bela, profunda e duradoura será a sua juventude. Mais do que uma fase da vida, ela é um estado de espírito. Há jovens que são velhos. Deixando-se arrastar pelo materialismo, tentam preencher seu vazio espiritual e psíquico com “ouropéis” que lhes tiram a esperança, as forças e o rumo. Não será por isso que um grande número deles vive fugindo? Não acredita na força do bem? Anda à cata de compensações baratas? Para os jovens que acreditam que Deus tem sobre eles e sobre a humanidade um projeto de Amor, o caminho a seguir foi magistralmente traçado há dois mil anos pelo apóstolo João, o discípulo que mais entendeu o coração de Jesus: “Eu lhes escrevo, jovens, porque vocês são fortes, porque a Palavra de Deus permanece em vocês e porque vocês venceram o Maligno. Não amem o mundo nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo – os apetites baixos, os olhos insaciáveis e a arrogância da riqueza – são coisas que não vêm do Pai, mas do mundo. O mundo passa com seus desejos insaciáveis. Mas quem faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1Jo 2,14-17). É desde a mais remota antiguidade que se procura a fonte da juventude, da alegria, da beleza, do amor, da vida. Graças a Deus, ela existe: foi aberta no domingo da Páscoa. “Fazendo-se pecado” (2Cor 5,21), Jesus tirou a força do pecado. “Fazendo- se maldição”(Gl 3,13), transformou a maldição em bênção. Se só se salva o que se assume, é preciso morrer para viver. Quanto mais morte, mais vida: “Quem pretende salvar a vida, vai perdê-la. Mas quem a perde por causa de mim, vai encontrá-la” (Mt 16,25). Se “uma só coisa é necessária”, o que importa é “escolher a melhor parte” (Lc 10,42). Por mais absurda que pareça, ela pertence a quem repete com a vida: “Eis-me aqui! Envia-me!” (Is 6,8). Somente assim poder-se-á “construir um mundo melhor que o dos antepassados!”. Inútil tentar outro caminho!

Dom Redovino Rizzardo Bispo de Dourados/MS


VOLUNTARIADO

LITURGIA “E tudo o que pedirdes com fé na oração o recebereis.”

Mt 21,22

“...Não saberíamos viver sem a Toca!”

M

eu nome é Cleonir do e o meu esposo é Anselmo. Nós moramos em Dourados, MS, e conhecemos a Toca de Assis em Janeiro de 2007. Desde então, não conseguimos nos afastar. A Toca apareceu em nossas vidas como um presente de Deus. É um privilégio poder ajudar uma obra linda como essa. Nós ajudamos sempre nos eventos, tais como: pasteladas, festa junina, jantares e Natal dos Pobres. No dia a dia, o Anselmo faz um pouco de cada coisa: motorista, eletricista e serviços gerais. Eu auxilio, sempre que necessário, no bazar que as irmãs realizam. Tudo é feito com muito amor. Nas horas de lazer das irmãs, nós ficamos na casa com os irmãos acolhidos. Eles são bênçãos em nossas vidas! O que nos estimula a prosseguir é ver cada sorriso no rosto dos irmãos. Conseguimos ver neles o verdadeiro Deus. Hoje, não saberíamos viver sem a Toca de Assis, pois ela é a nossa segunda casa. Agradeço a Deus todos os dias por isso! Também temos um grupo chamado Povo de Deus, que serve na casa todo quarto domingo do mês. Nesse dia chegamos logo pela manhã para prepararmos o café e o almoço. Quando é preciso, auxiliamos as irmãs na limpeza da casa (no domingo elas não possuem funcionários). Após a limpeza do almoço é hora de Adoração ao Santíssimo. Tudo isso é uma grande alegria para nós e fazemos com o maior prazer e safisfação. Paz e Bem! Cleonir Cheres da Cunha

A “Oração dos Fiéis” vem logo após a Profissão de Fé, que é o momento de reunir toda a comunidade e elevar a Deus nossas orações, pedidos e agradecimentos. Mesmo que nossas orações não sejam feitas em voz alta, acreditamos que Nosso Senhor Jesus Cristo, pela Fé, escuta e dará aquilo que de melhor nos foi reservado: “Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celestial dará o Espírito Santo aos que lho pedirem.” (Lc 11,13). No momento da Oração, colocamos nossas famílias, amigos, trabalho, dificuldades, estudos, e tudo aquilo que nosso coração necessita. Lembrando que todas as orações feitas na Santa Missa são direcionadas ao Pai, por mediação de Nosso Senhor Jesus Cristo na unidade do Espírito Santo. Porque Ele mesmo nos ensinou “E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho.” (João 14,13).

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ORAÇÃO Ó Deus, quisestes que vosso Verbo se fizesse homem no seio da Virgem Maria; dai-nos participar da divindade do nosso Redentor, que proclamamos verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. Oração das Vésperas (Liturgia das Horas) – Anunciação do Senhor Bento XVI 6

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CORAÇÃO DA TOCA

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eu nome é Irmã Lazara da Misericórdia de Deus e nasci na cidade de Sete Lagoas, MG. Sou filha única e minha mãe teve complicações no parto e o médico disse ao meu pai que ele poderia preparar o velório, pois eu estava morta. E, para piorar a situação, minha mãe estava em coma.Meu pai, desesperado dentro do hospital, ficou andando, de um lado para outro, por quatro horas. O médico o procurava, pois havia acontecido um milagre: a criança voltou a viver. A mãe, entretanto, ainda ficaria no hospital, por três meses, em coma. Depois disso, minha mãe nunca mais teve uma boa saúde, ficando debilitada até o fim de sua vida. Passei a viver em função dos meus pais. Aos doze anos, tive que ser responsável pela casa (minha mãe, na maior parte do tempo estava internada). Sentia um vazio enorme, muitas carências, solidão... Mas, em meio aos afazeres de dona de casa, aos quatorze anos, eu conheci a R.C. C e a Legião de Maria. Foi na Legião de Maria que comecei a rezar o Ofício de Nossa Senhora nas casas das pessoas da comunidade. Quando completei dezesseis anos, visitei o Carmelo. Lá, senti o desejo de ser freira. Mas, quem cuidaria da minha mãe? Tive que abandonaressa minha vontade.Conheci, também, a Comunidade Palavra Viva na qual fui Membro de Aliança por três anos. Mas, minha alma desejava algo mais forte. Em 2002, conheci a Toca De Assis. Na Toca, comecei como leiga: ajudava os irmãos, já que a casa deles era em meu bairro. Realmente encontrei meu lugar, porém precisava deixar o meu tudo: minha mãe. Quando fiz a experiência na Toca, senti o desejo de deixar tudo. Pela vontade de Deus, faltavam três meses para meu pai se aposentar. Com isso, ele poderia cuidar de minha mãe. Fui muito criticada e quiseram até me bater na rua por eu ter que deixar minha mãe e ir cuidar de mendigos. Neste período, antes de ser acolhida, fiz um curso de Enfermagem com o intuito de cuidar melhor de minha mãe e ganhar dinheiro trabalhando à noite para ajudar em casa. O custo mensal dos remédios era elevado. Minha formatura aconteceu no dia 16/07/05 e, na madrugada do dia 17/07, cheguei à minha primeira missão em Montes Claros, MG. Passaram os três meses e meu pai não aposentou. Assim, recebi uma licença para cuidar de minha mãe porque ela estava muito mal. Em janeiro de 2006, fui enviada para Limeira, SP. Nessa época, uma tia cuidava de minha mãe. Após cinco meses, recebi minha primeira veste: o aspirantado. Recebi uma nova autorização, concedida pela Irmã Mª Dos Anjos, nossa Mi-

O Amor de Deus é maior que

tudo!

nistra Geral, para retornar à casa de meus pais e permanecer o quanto minha mãe precisasse, pois ela começou a fazer hemodiálise. Neste tempo, eu vivia o carisma dentro das minhas possibilidades. Ia adorar o Santíssimo na casa dos irmãos e, uma vez por mês, ia a Belo Horizonte realizar o acompanhamento com a Ministra Regional. Foi um tempo difícil... Vendia doces e salgados para ajudar nos tratamentos de minha mãe. Depois de dez meses, recebi minha segunda veste: o postulantado. Buscava conciliar os afazeres de casa e a vida religiosa. Entretanto, já estava muito cansada e pensei em abandonar tudo e devolver minhas vestes. Disse isso diante de Jesus Sacramentado. Tinha esperança que, com a minha entrega, minha mãe fosse curada. Jesus não curou o corpo, mas a alma. Tinha até data marcada para devolver as vestes. Mas, antes da chegada deste dia, Jesus levou minha mãe. Seu falecimento ocorreu em 09/12/2007. Sou eternamente grata a Jesus e ao Instituto por ter tido misericórdia comigo. Graças ao Instituto, mesmo como membro das Filhas da Pobreza do Santíssimo Sacramento, pude ficar na casa de meus pais, por um ano e onze meses, cuidando de minha mãe. Jamais esquecerei esse bem fizeram. Jesus levou minha mãe... Hoje, entendo que Jesus usou das enfermidades dela para atrair-me a Ele. O que me conforta é saber que ela não sofre mais e que vive na eternidade, intercedendo por mim. Sou muito feliz neste Carisma no qual pude me encontrar. Gratidão a Jesus por tantos milagres em minha historia. Depois da morte da minha mãe, fui enviada para Governador Valadares. Ainda passei por mais duas missões... Consagrei-me em maio de 2012 e fui enviada para Dourados, MS, onde tenho tentado retribuir ao Senhor e ao Instituto todo o bem que me fizeram. Testemunho da Irmã Lazara da Misericórdia de Deus, da Missão de Dourados /MS


“... Quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes.” (Mt 25,45)

TOCA EM RETALHOS

I

nocente Arevalo ou Inocêncio Emiliano é natural da Bolívia, talvez de Santa Cruz de La Sierra, perto do Rio Negro. Segundo ele, ganhava a vida vendendo pepino na feira com a mãe e gostava de pegar carona em caminhões. Em uma dessas, saiu de seu país e veio parar aqui no Brasil. Em 2003, foi encontrado na rua, aqui em Dourados, pelo Sr. Estanislau, da Rádio Coração (rádio da Diocese de Dourados). O Sr. Estanislau acionou a guarda municipal e Inocente Arevalo foi encaminhado para nossa Casa. Os dados que temos do Inocente são incertos... Estamos nos mobilizando para levá-lo para sua terra natal, pois todos os dias ele nos pergunta: “Quando vou para a minha casa?”, “Quero ver minha mamãe!”.Sabemos, também, que sua história é delicada. Se, o levarmos para a Bolívia e não encontrarmos os seus familiares, ele não poderá retornar ao Brasil (de acordo com informações que recebemos da Polícia Federal). No ano passado, realizamos a nossa Festa Junina com o objetivo de angariar fundos para ajudarmos o Inocente. Obtivemos um bom resultado, mas ainda não foi o suficiente possível a realização desse ideal. Ainda estamos à procura de alguma instituição que tenha condições de acolhê-lo caso não encontremos a sua família, já que ele não tem condições de se manter sozinho.Atualmente, ele está bem mais comunicativo e, às vezes, nos ajuda nos afazeres da casa. Seu sonho é voltar para casa. Gostaríamos de fazer um apelo, caso alguém esteja disposto a nos ajudar. Talvez alguém que conheça a Bolívia ou tenha contato com alguém que more por lá. Quem sabe, alguma Instituição... Qualquer ajuda será bem vinda. Para nós, tem sido difícil em virtude de uma série de fatores: a distância, a língua, as dúvidas e falta de informações concretas. Não conseguimos os documentos do Inocente e ele também não sabe qual sua data de nascimento. Qualquer dúvida, entre em contato conosco pelo e-mail: dourados@irmas.tocadeassis.org.br ou através dos telefones: (67)3424-6424 fixo (67)8484-2789 OI (67)8130-7141 Tim (67)9978-4709 Vivo

A

Conheça a Missão de Dourados/MS

missão da Toca De Assis chegou a Dourados, MS, a pedido de nosso amado bispo Dom Redovino Rizzardo, que conheceu nossa Fraternidade no Centro Mariapólis em Vargem Grande Paulista, SP. No dia 29/12/2003, vieram para Dourados os primeiros religiosos e, residindo assim em uma chácara doada pela família Baldasso. Aproximadamente um ano depois, veio, também, a missão feminina “Casa Nossa Senhora Mãe dos Pobres”. Havia o projeto de se construir, no mesmo terreno, as duas casas, feminina e masculina, e mais o Templo de Adoração. Assim, foi dada a largada para a construção da casa atual cuja responsável era uma irmã do nosso Instituto da época. Em 2009, tivemos que fechar a casa feminina remanejando as poucas irmãs acolhidas visto que a realidade maior é de homens nas ruas. Assim, as religiosas assumiram a casa dos religiosos (na época com 24 acolhidos) e, permaneceram nesta missão o Ir. Tarcisio, Tobias e, depois, o Abdias. Foram eles que deram continuidade à construção do Templo de Adoração. Vivemos tempos muito difíceis e quase tivemos que fechar essa missão pela dificuldade de se manter um apostolado e uma construção ao mesmo tempo. E não tínhamos estrutura para as duas atividades simultaneamente. No ano de 2010, por necessidades do Instituto, nós, Irmãs, assumimos definitivamente a missão (com todo o apostolado e também a construção), pois os religiosos foram enviados para outras missões. Nessa época, passamos por muitos desafios. Foi um trabalho desgastante, mas também permeado por muitas alegrias. A providência do Senhor, como sempre, não nos desamparou. Neste período, surgiram novas ajudas, novos leigos e colaboradores que abraçaram junto conosco essa causa e se dedicaram ao máximo para o andamento desta missão. E, no dia 24/03/2012, com muita alegria alcançamos uma grande graça: a inauguração do Templo do Coração Eucarístico de Jesus. Nossa Missão, atualmente, é chamada de Casa São Francisco. Nela, há duas realida-

TOCA EM AÇÃO

des bem vivas do nosso Carisma: o Apostolado e a Adoração. O Apostolado é uma casa de acolhimento de 17 irmãos que sofrem deficiências física e mental. Temos um Apostolado bem intenso e, por isso, contamos com algumas funcionárias, fisioterapeuta, psicóloga e, mais recentemente, uma assistente social. Ainda temos o auxílio de alguns voluntários, tais como um psiquiatra, um barbeiro, médicos e dentistas. Alguns dos nossos acolhidos estudam na APAE. Entretanto, estamos no aguardo de novas vagas para outros acolhidos. Temos, hoje, uma grande necessidade de fonoaudiólogos e dentistas para o fornecimento de atendimento aos nossos acolhidos. Pedimos a ajuda dos que puderem, de alguma forma, colaborar conosco. O Templo funciona diariamente com adoração ao Santíssimo Sacramento e será aberto a todos que queiram participar das celebrações da Eucaristia. Contamos com a colaboração de leigos que assumiram o compromisso de uma hora de adoração, dentro de suas possibilidades. Aproveitamos para estender o convite a todos para se colocarem na presença do Senhor neste Templo de Adoração! Nossa comunidade, atualmente, é composta por 11 Irmãs consagradas. Para nós, é uma imensa alegria e satisfação poder morar com os nossos acolhidos. Como nos diz o Beato João Paulo II sobre o “gênio feminino”, ou seja, a capacidade que as mulheres (sobretudo as consagradas) têm de se fazerem “irmãs e mães” dos necessitados e carentes. Então, somos mães e irmãs deles. Agradecemos muito a colaboração da Diocese de Dourados, na pessoa de nosso Pastor, Dom Redovino, e de cada leigo, amigo e benfeitor que conosco assumiram esta obra. Em dezembro deste ano, a nossa obra completará 10 anos de missão nesta cidade. Que Deus abençõe a todos! Uma Santa e Feliz Páscoa! Paz e Bem!

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ARTIGO ESPECIAL Fé- o que é isso? Fé é conhecimento e confiança. Tem sete características:

• A fé é uma pura dádiva de Deus, que nós obtemos se intensamente a pedirmos. • A fé é a força sobrenatural de que necessariamente precisamos para alcançar a salvação. • A fé requer a vontade livre e a lucidez do ser humano quando ele se abandona ao convite divino. • A fé é absolutamente segura porque Jesus o garante. • A fé é incompleta enquanto não se tornar operante no amor. • A fé cresce na medida em que escutamos cada vez melhor a Palavra de Deus e permanecemos com Ele, na oração, em vivo intercâmbio. • A fé permite-nos já a experiência do alegre antegozo do Céu. [153-165, 179-180, 183-184]

E

m 11 de outubro do ano passado, dia do cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II, o Papa Bento XVI proclamou o início do Ano da Fé. Nesta data, comemoravam-se também os vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica. Na Carta Apostólica, o Sumo Pontífice apresentou as intenções para este tempo e também evidenciou certa preocupação com relação aos caminhos da Fé na atualidade. Assim, o Papa vê o Ano da Fé como um convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo. “Por conseguinte, somente acreditando é que a Fé cresce e se revigora; não há outra possibilidade de adquirir certeza sobre a própria vida, senão abandonar-se progressivamente nas mãos de um amor que se experimenta cada vez maior porque tem a sua origem em Deus”, disse o Santo Padre. O Papa finaliza a Carta citando Nossa Senhora. “À Mãe de Deus, proclamada ‘feliz porque acreditou’ (cf. Lc 1, 45), confiamos este tempo de graça”. A Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo (que cairá no dia 24 de novembro de 2013) será a data de encerramento deste período. Inseridos, então, neste momento em que toda a Igreja vive, devemos nos questionar: Eu tenho Fé? Em entrevista, o historiador da Igreja e consultor de vários dicastérios (nome para os departamentos do governo da Igreja Católica que compõem a Cúria Romana), Dom Wilhelm Imkamp, afirmou que o Catecismo é a pedra angular que nos mantém enraizados à Fé. “Sem a assimilação do catecismo, a Fé se evapora, se desvanece”, alerta-nos ele. Para ter Fé é preciso conhecer aquilo que se ama, no caso, a própria Igreja. E como o Bento XVI é sábio e dócil ao nos pedir: “Estudai o catecismo! Esse é o desejo do meu coração. Estudai o catecismo com paixão e perseverança! Para isso, sacrificai tempo! Estudai-o no silêncio do vosso quarto, leia-o enquanto casal se estiverdes namorando, formai grupos de estudo e redes sociais, partilhai-o entre vós na internet! Tendes de saber em que credes. Tendes de estar enraizados na Fé ainda mais profundamente que a geração dos vossos pais, para enfrentar os desafios e as tentações deste tempo com força e determinação.”

Questão 21 do YOUCAT.

Se tiverdes uma fé comparável a um

grão de mostarda,

direis a este monte: “Muda-te daqui para acolá”, e ele há de mudar-se. E nada vos será impossível. Mt 17,20


Atendendo ao pedido e ao anseio do coração do nosso amado Bispo de Roma, não só neste Ano da Fé, mas em toda nossa vida cristã, procuremos estudar verdadeiramente a nossa Igreja. Além do próprio Catecismo, seus compêndios e livros eclesiais, uma boa dica de leitura é o Youcat. Escrito de forma simples e dinâmica, é possível encontrar as respostas para os mais diversos questionamentos. Só sobre o tema Fé, vejam alguns tópicos do que este livro oferece:

Muitos afirmam que “crer” é demasiado pouco; eles querem é “saber”. A palavra “crer” tem, no entanto, dois sentidos completamente distintos. Se um pára-quedista, no aeroporto, pergunta ao empregado: “O pára-quedas está correctamente acondicionado?”, e este casualmente responder: “Hum, creio que sim...”, isso então não lhe bastará; ele quer mesmo saber. Se, todavia, ele tiver pedido a um amigo para acondicionar o pára-quedas, e este lhe responder à mesma pergunta: “Sim, eu pessoalmente encarreguei-me de o fazer. Podes confiar em mim!”, o pára-quedista responder-lhe-á então: “Está bem, acredito em ti!” Esta fé é muito mais que “conhecimento”, ela significa “certeza”. E esta é a fé que fez Abraão mudar-se para a Terra Prometida, esta é a fé que fez os -> MÁRTIRES perseverarem até à morte, esta é a fé que ainda hoje mantém de pé os cristãos perseguidos. Uma fé que compreende todo o ser humano... Questão 21 do YOUCAT.

Como se crê?

Quem crê procura uma ligação pessoal com Deus e está pronto a crer em tudo o que Ele revelou acerca de Si mesmo. [150-152] Quando a fé nasce, ocorre com frequência uma perturbação ou um desassossego. O ser humano apercebe-se de que o mundo visível e o decurso normal das coisas não correspondem a tudo o que existe. Sente-se tocado por um mistério. Persegue as pistas que o remetem para a existência de Deus e encontra-se cada vez mais confiante em abordar Deus e, por fim, ligar-se a Ele livremente. Diz-se no Evangelho segundo São João: “A Deus, nunca ninguém O viu. O Filho Unigénito, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer.”(Jo 1,18) Portanto, temos de crer em Jesus, o Filho de Deus, se queremos saber o que Deus nos quer comunicar. Assim, crer significa aderir a Jesus e entregar a nossa vida inteira nas Suas mãos. Questão 22 do YOUCAT.

“Dialoga com Jesus na oração, escuta Jesus que te fala no Evangelho, encontra Jesus que está presente nas pessoas que passam necessidade” Respondeu o Papa, via Twitter, à questão ‘Como podemos viver melhor o Ano da Fé no nosso dia a dia?’.

O que tem a minha fé a ver com a Igreja?

Ninguém pode crer só para si mesmo, como também ninguém consegue viver só para si mesmo. Recebemos a fé da Igreja e vivemo-la em comunhão com todas as pessoas com quem partilhamos a nossa fé. [166 - 169, 181] A fé é aquilo que a pessoa tem de mais pessoal, mas não é um assunto privado. Quem deseja crer tem de poder dizer tanto “eu” como “nós”, pois uma fé que não possa ser partilhada e comunicada seria irracional. Cada crente dá o seu consentimento ao credo da Igreja. Dela recebeu a fé. Foi ela que, ao longo dos séculos, lhe transmitiu a fé, a guardou de adulterações e a clarificou constantemente. Crer é, portanto, tomar parte numa convicção comum. A fé dos outros transporta-me, como também o fogo da minha fé incendeia os outros e os fortalece. O “eu” e o “nós” da fé remetem-nos para os dois símbolos da fé da Igreja, pronunciados na Liturgia: o Símbolo dos Apóstolos, que começa com “eu creio”, Credo, e o grande Símbolo Niceno-Constantinopolitano, que, na sua forma original, começava com credimus (“nós cremos”). Questão 24 do YOUCAT.

A Fé é um Dom, um presente gratuito de Deus a todo ser humano. O Batismo é, de maneira especial, “o Sacramento da Fé”, uma vez que é a entrada sacramental na vida de Fé. Mas a Fé tem necessidade da comunidade. Cada um dos fiéis só pode crer dentro da Fé da Igreja. A Fé que se requer para o Batismo não é uma Fé perfeita e madura, mas um começo, que deve desenvolver-se. Ao catecúmeno, ou ao padrinho, é feita a pergunta: “Que pedis à Igreja de Deus?”. E ele responde: “A Fé!”. Em todos os batizados, crianças ou adultos, a Fé deve crescer após o Batismo. Ela nos é dada como uma pequena semente, que pode crescer ou pode morrer se não for alimentada. É por isso que a Igreja celebra, a cada ano, na noite pascal, a renovação das promessas batismais. Peçamos confiantes, ao Espírito Santo e a Virgem Maria, que sempre renove em nós este dom maravilho. Que rezemos a Deus através da jaculatória: “Senhor eu creio, mas aumentai a minha Fé!”.


QUALIDADE DE VIDA

Osso cortical Osso esponjoso Medula

Seja um doador! Além de pessoas cadastradas nos bancos de sangue, os hospotais tem grande necessidade de doadores de medula óssea

O

transplante de medula óssea é um tipo de tratamento utilizado em inúmeros tipos de câncer e doenças do sangue malignas ou benignas, como linfomas, leucemias e aplasia de medula óssea por exemplo. O fundamento para o esse tipo de tratamento está no fato de que todas as células maduras que circulam no sangue, glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas, são provenientes de uma única célula, que está na medula óssea, fábrica do sangue, que chamamos de células-troncos. As células-troncos podem ser obtidas através de doador de medula, o que chamamos de transplante medula óssea do tipo alogênico ou através do próprio paciente, transplante de medula óssea do tipo autólogo. Para ser doador de medula óssea é necessário que o HLA seja compatível com o receptor (paciente). HLA são marcadores que estão presentes nos glóbulos brancos. Esses marcadores vieram dos nossos pais, metade de cada um. Então, a maior chance de o receptor ter um doador HLA compatível é o irmão consanguíneo. Esses marcadores também estão presentes na população em geral, que podem fazer uma combinação positiva com um receptor que não é consanguíneo. É uma chance pequena, mas muitas vezes é a única opção do receptor; então, com isso em mente criou-se o banco de medula óssea com doadores de medula óssea voluntários. O banco de medula óssea é um sistema de cadastro de receptores (REREME) e doadores de medula óssea (REDOME). O sistema REREME/REDOME fica no INCA no Rio de Janeiro. Atualmente, nos bancos de sangue, funciona também o cadastro dos doadores de medula óssea para o REDOME e a realização do HLA. Após realização do HLA, este é enviado para o sistema REREME/REDOME. O sistema cruza o resultado com os receptores cadastrados e busca um possível doador de medula óssea. O cadastro do receptor no REREME é de responsabilidade do médico responsável por ele.

Em Campinas temos dois locais de cadastro de doadores de medula óossea: HEMOCENTRO/UNICAMP e Hospital Boldrini. 10

Março/2013

Dra.Kátia Eid, responsável pela Unidade de Transplante de Medula Óssea do Centro Infantil Boldrini.


ATUALIDADE Vivemos em mundo de mulheres-maravilha, onde todas nós podemos tudo e o mundo está aos nossos pés. Somos mulheres que trabalhamos, estudamos, cuidamos da casa e dos filhos e ainda temos que ficar lindas como eternas jovens de vinte anos. Somos liberais, donas de nosso corpo, temos o homem que queremos, como e quando quisermos. Será?

O MACHISMO SUTIL

Tudo isso é uma casca que somos obrigadas a vestir, mostrando caras felizes e argumentos vazios para agradar a sociedade. Por dentro, estamos esgotadas, destruídas, humilhadas, solitárias e infelizes. O problema não foram os direitos adquiridos pela mulher, mas foi o que fizemos com esses direitos e, mais ainda, que tipo de direito reivindicamos. O direito de ter que ser jovem a vida inteira? O direito de ser igual a um homem? O direito à libertinagem? Ou, pior, o direito de matar quem está dentro de nós, só porque “mandamos” em nosso corpo? Sem contar os outros “direitos” por aí. Na sociedade Renascentista, as mulheres passaram a agir como na sociedade romano-helênica e foram daí a pior. A loucura do culto ao corpo é apenas o exemplo mais evidente que qualquer um nota. Entretanto, por trás desse mal, aparecem outros bem piores. "Agradeçamos", então, ao feminismo que nos colocou na mesma condição de um homem. Daí as mulheres-maravilha! Se antes do advento do Cristianismo, a tentativa era de subjugar e escravizar as mulheres, como seres inferiores ao homem, nos dias hodiernos quem está buscando isso são as próprias mulheres! O Feminismo, ao pretender que as mulheres sejam dignas e respeitadas porque iguais ao homem em tudo, nada mais faz do que ignorar as diferenças entre os dois sexos. Se a mulher é digna quando é igual ao homem, então o homem é o parâmetro. E isso é machismo! Se a mulher só é livre e respeitada porque faz tudo o que faz o homem, então o homem é o ideal a ser alcançado, o exemplo a ser imitado. E isso é machismo! O feminismo, pois, é uma forma sutil de machismo. Aparecem nos meios de comunicação, garotas (ou nem tanto) seminuas, quando não totalmente, falando apenas besteiras e propagando uma felicidade que não existe. Como se o corpinho delas fosse, e é, uma arma muito poderosa, sem se dar conta que nenhuma plástica do mundo vai lhe dar um transplante de cérebro. Quando tiverem sessenta e poucos anos, ao invés de estarem rodeadas da família pela qual pelejaram a vida inteira para manter feliz e unida, e com memórias de um passado de ações positivas por uma sociedade

melhor e dedicação aos outros, terão apenas recortes de jornais em um apartamento solitário (talvez com alguns gatos para lhes fazer companhia). Uma vida fútil, vazia, sem Deus e sem os valores cristãos que elas tanto combateram. Tais valores cristãos, para o arrepio das feministas, possibilitaram que, na Idade Média, por exemplo – época aquela, em que o espírito do Evangelho governou os povos, no dizer de Leão XIII –, garantias jurídicas passassem a existir para a companheira do homem, que lhe é igual em dignidade. A defesa da mulher, o reconhecimento de sua condição ontológica e seus direitos legais são frutos dos valores que as feministas tanto odeiam. Colocaram as mulheres como mulheres, femininas, fortes, rainhas do lar, sim! Mas, nem por isso, menos que o homem! Só quem tem uma família sabe o quão difícil e o quanto exige de inteligência e jogo de cintura para organizar, administrar, acalmar, saciar, etc. Ser mulher é, acima de tudo, ser mãe (ainda que não tenha filhos nem seja casada). É fazer como Nossa Senhora a melhor mulher que já existiu no mundo, é cuidar do próximo, é estar sempre atenta às necessidades de outro, é ser digna, é se doar, é ser coração, mas deixando que ele seja comandado pelo intelecto e pela sensibilidade que é peculiar à alma feminina. Somos diferentes, homens e mulheres, nem piores e nem melhores por causa disso. Cada com seu fundamental papel a desempenhar. Temos que deixar nossos homens serem homens e ensinar assim nossos filhos, por mais que saibamos trocar uma lâmpada, um pneu, abrir uma tampa de vidro apertada ou brigarmos com a companhia telefônica. Deixemos que os mesmos o façam e os incentivemos para tanto. Mostremos nossas habilidades apenas para nós mesmas, se, e quando necessário. Sigamos o exemplo de Maria, pois se alcançarmos um pedacinho do que ela foi, já seremos mais que meras mulheres-maravilha. Aline Rocha Taddei Brodbeck Advogada e blogueira: http://www.feminaonline.blogspot.com/ facebook.com/femina.moda.elegancia

TOCA NA Hino “Esperança do Amanhecer!” Sou marcado desde sempre com o sinal do Redentor, que sobre o monte, o Corcovado,abraça o mundo com Seu amor. Cristo nos convida: “Venham, meus amigos!” Cristo nos envia: “Sejam missionários!” Juventude, primavera: esperança do amanhecer; quem escuta este chamado acolhe o dom de crer! Quem nos dera fosse a terra, fosse o mundo todo assim! Não à guerra, fora o ódio, Só o bem e paz a não ter fim. Do nascente ao poente, nossa casa não tem porta, nossa terra não tem cerca, nem limites o nosso amor! Espalhados pelo mundo, conservamos o mesmo ardor. É Tua graça que nos sustenta nos mantém fiéis a Ti, Senhor! Atendendo ao Teu chamado: “Vão e façam, entre as nações, um povo novo, em unidade, para mim seus corações!” Anunciar Teu Evangelho a toda gente é transformar o velho homem em novo homem em mundo novo que vai chegar. (Hino Oficial da JMJ Rio 2013)

Março/2013

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TOCARTE

Influência de Dante

Como disse na edição de Janeiro, nestes meses que antecedem a Jornada Mundial da Juventude, estarei partilhando nesta editoria, elementos que ajudarão a compreender a construção do musical “A Missa da Minha Vida”, preparado para a ocasião da Jornada. Na edição de Janeiro, falei a respeito da utilização do latim nos textos e músicas. Desta vez, quero falar da influência de Dante na construção desse novo musical. Mas, quem é Dante? Dante Alighieri que nasceu em Florença no dia 1º de junho de 1265, e morreu em Ravena em 13 ou 14 de setembro de 1321, foi um escritor, poeta e político italiano. É considerado o primeiro e maior poeta da língua italiana, definido como “O Sumo Poeta”. Numa época onde apenas os escritos em latim eram valorizados, redigiu um poema, de viés épico e teológico, La Divina Commedia (A Divina Comédia), que se tornou a base da língua italiana moderna e culmina a afirmação do modo medieval de entender o mundo. Já falei aqui outras vezes sobre essa obra de Dante, “A Divina Comedia”. Sou particularmente fã desse livro, que já virou musical, filme e até jogo. A visão de Dante das realidades sobrenaturais, sua construção de personágens e cenários, a grande influência da doutrina católica nos textos e versos, tudo isso me facina bastante. Desde a primeira vez que montei esse musical, utilizei vários elementos, com influência de Dante. É claro que, naquela época, como era o primeiro musical que escrevi e dirigi, o resultado foi bem amador. Neste musical, dando essa nova cara ao roteiro, acredito que, tanto na construção dos personagens, quanto no desenho das cenas, exista grande influência de Dante. Você pode estar aí se perguntando: “Então é uma cópia da Diviva Comédia?”. Nada disso! O musical “A Missa da minha vida” é um convite a fazermos uma reflexão sobre nossa vida e o quanto valorizamos os mistérios sagrados. Essa influência, trabalhada de forma especial na linguagem visual, enriquece o roteiro, dando ao musical um aspecto medieval e contemporâneo ao mesmo tempo. Outra característica interessante, é carregar de sentido cada detalhe: como, por exemplo, os nomes dos personagens. Henoque, nome do personagem que é a representação do homem que faz o caminho, significa “consagrado de Deus”. Acaiah, nome do seu anjo da guarda, significa “guardião”, ou anjo da guarda. Esses detalhes, que muitas vezes passam despercebidos, são um brilho a mais no espetáculo. Para finalizar, quero deixar aqui outro trecho do musical: Henoque – “… Quando tinha nove anos, sonhava em conhecer o mundo inteiro, pois minha concepção de mundo o tornava pequeno, e, assim, poderia facilmente percorrê-lo em poucos dias. Somaram-se vários anos aos nove que tinha, e hoje percebo um mundo imenso. Encapas de conhecê-lo, me esforço por conhecer apenas um mundo: Eu mesmo…Mundo complexo…Mundo estranho.Neste mundo de poucos dias e muitas noites, saltam-me aos olhos as marcas de minhas falhas. Quantos terrenos deformados? Poucos vales, raros montes. Neste mundo que construí sem entender, descobri sem querer, sou a todo instante chamado a transcender…”

Irmão Tarcísio, FPSS ministrosp@fpss.org.br

Minha dica, para o mês de março, é um desenho animado: “O Inferno de Dante”. é uma animação feita a partir do primeiro livro da Divina comédia. Apesar de ser uma animação, ajuda muito a refletir e tirar uma boa lição para a nossa vida. Uma dica é convidar os adolescentes para assisti-lo ou indicá-lo para seus filhos ou netos.


Miss達o de Dourados/MS

Mural da


Pandora Escola de Artes

Kids

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Marรงo/2013

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Marรงo/2013

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“É maior alegria dar que receber.” Atos 20,35


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