22-revista-abril-2013

Page 1

Publicação da Fraternidade de Aliança Toca de Assis - Abril de 2013

Justiça e Misericórdia É possível viver essa “aparente” dualidade? Cristo é a resposta!


ÍNDICE

4 8 11 12

FORMAÇÃO

ARTIGO ESPECIAL

ATUALIDADE

TOCARTE

P

EDITORIAL

az e Bem! Preparados para uma boa leitura? Esta edição pretende suscitar muitas reflexões sobre o nosso dia a dia como cristãos católicos. Na editoria Toca para a Igreja, Dom Eurico fala sobre a Festa da Divina Misericórdia. Em Formação, conheça um pouco mais sobre a existência e a importância dos Anjos da Guarda. A coluna Voluntariado conta com a participação de mãe e filha. Geruza e Kébia compartilham conosco o trabalho feito na Missão de Belo Horizonte. Coração da Toca traz a história do Irmão Lázaro. Ele vive na Missão de Belo Horizonte/MG, apresentada na Toca em Ação. Clésio Wilson é um dos acolhidos de lá. Leia mais na Toca em Retalhos. É possível agir com justiça sem deixar de lado a misericórdia? Descubra lendo o nosso Artigo Especial. O verão chegou ao fim e entramos no outono. Essa transição de estações, muitas vezes, é responsável por nos deixar gripados ou, pelo menos, propensos a isso. Qualidade de vida aborda o que é a gripe e como evitá-la. Atualidade faz uma retrospectiva dos atentados envolvendo atiradores terroristas. E como é gostoso ouvir música! A coluna Tocarte deste mês fala sobre este hobbie e como ele foi importante para o Irmão Tarcísio construir o musical a “Missa da Minha Vida”! Na Toca Kids, Thisco está se preparando para a JMJ, e você? Fiquem com Deus e com a Virgem Maria! Equipe: Central São José Até a próxima! Fraternidade de Aliança Toca de Assis CNPJ: 02019254/0001-87 www.tocadeassis.org.br

SAV- Serviço de Animação Vocavional vocacionalmasc@tocadeassis.org.br vocacionalfem@tocadeassis.org.br

Departamento Captação de ecursos: Cláudia Moraes, Gabriela Saldanha, Leonardo Souza e Maria do Carmo Pereira Cano.

Central São José Rua Amador Bueno, 45, Vila Industrial Campinas/SP. CEP: 13035-030 benfeitoria@tocadeassis.org.br Fone: (19) 3886-7086

Revista Toca de Assis Publicação mensal e interna da Fraternidade Presidente: Ir. Paulo Vice: Ir. Maria dos Anjos do Mistério da Cruz

Editor chefe: Ir. Tarcísio de Jesus Projeto gráfico: Gabriela Saldanha Diagramação: Gabriela Saldanha Revisão ortográfica: Luciana Marcolino Impressão e tiragem: 10.000 exemplares

2

Abril/2013

Colaboradores nesta edição: Dom Eurico dos Santos Veloso; Geruza e Kébia de Jesus; Irmão Dileto e Irmão Lázaro (Missâo de BH); Clésio Wilson; Gabriela Saldanha; Roberta Bombonato Bueno; Irmão Tarcísio; Jânio Garcia; Leonardo de Souza e Anna Carolina da Silva.


A Divina Misericórdia T

TOCA PARA A IGREJA

oda a história da Salvação é uma história de Amor e Misericórdia. Por isso, no tempo pascal, quando rememoramos o momento culminante, o ápice deste Amor, quando, como nos ensina Bento XVI, Deus se volta contra si mesmo, torna-se escravo, na pessoa de seu Filho e morre na Cruz, a Igreja quer que agradeçamos de modo particular o Amor Divino, instituindo, neste Segundo Domingo da Páscoa, a festa da Divina Misericórdia. “Quando Deus nos criou, criou-nos à sua imagem e semelhança. É essa, diz-nos São Leão Papa, a nossa grande dignidade, de refletir - como um espelho- a forma da divina bondade.” Colocou tudo à disposição do homem e deu-nos a Vida. No entanto, recusamos este Amor e encontramos a Morte, nos conduzindo à inveja do demônio, conforme ensina Santo Agostinho. Mas, despojou-se Cristo de Sua glória e entregou-se à Morte e, desta forma, livrou-nos da Morte. “Morto pela Morte, aniquilou a Morte”, dando-nos a Vida, restabelecendo para todos os que creem a Vida Eterna. Deus nos ama desde toda a eternidade. Ele é a voz dos profetas de todos os tempos, chamando-nos à conversão e mostrando a Misericórdia Divina. “Eu sou o vosso consolador... Eu te escondi na sombra de minha mão” (Cf. Is. 51, 12 e 16). Se refletirmos um pouco sobre a nossa vida pessoal, podemos ver, em cada um dos nossos passos, a presença deste Deus misericordioso. A questão é que não paramos para pensar um pouco sequer sobre nossos dias e nos esquecemos de tudo quanto Deus fez - e faz - por nós (apesar dos nossos pecados). Com efeito, tal como a humanidade, nos desviamos do caminho da retidão. Tal como o povo que Deus escolhera - que

correu atrás dos falsos deuses, os ídolos de terra e barro, de bronze e ouro como se essas entidades pudessem socorrê-los -, também nós nos entregamos à idolatria dos deuses modernos e nos esquecemos de louvar Àquele que fez o céu e a terra e todos os seus ornatos, como relata o Livro do Gênesis. Deus, porém, jamais nos abandonou, nem fechou o céu nem as fontes. Da pedra duríssima, fez jorrar a água e, como o maná no deserto, nos dá o pão de cada dia através da riqueza dos campos e da doçura dos frutos da terra, segundo reza-se no Salmo: “Ele abre sua mão e enche todo o animal de bênçãos”. Jesus nos diz: “Deus faz chover sobre bons e maus”. São João Crisóstomo, na liturgia eucarística por ele composta e ainda usada na Igreja grega, tem um louvor belíssimo ao Deus de Amor. Cantando a Sua Misericórdia, louva e agradece por tudo que Ele nos fez - inclusive por aquilo que não nos lembramos ou desconhecemos -, pois toda a terra está cheia de Sua Bondade e de Sua Glória. A festa da Divina Misericórdia, nos lembra que nós, também, devemos ser misericordiosos. O mesmo São Leão, Papa, em seguimento ao texto já citado, nos exorta a refletirmos a Bondade Divina, que é a Sua essência, amando tudo aquilo que Deus ama: “porque de outro modo não refletiremos a divina majestade, senão pela imitação da sua vontade”. Sabemos, por outro lado, que Deus não despreza nada daquilo que Ele criou. Cristo nos manda que amemos o irmão - não só como nos amamos a nós mesmos -, mas na medida em que Ele amou a ponto de dar a vida por todos. “Louvemos, pois, o Senhor, pela sua misericórdia e pelas maravilhas que fez para salvar os homens” (Ps 106,20-21). A nossa vida deve ser um eterno hino de amor à Misericórdia Divina. Sempre em Dom Eurico dos Santos Veloso, nossa boca há de se Arcebispo Emérito de encontrar o louvor a Juiz de Fora/ MG Cristo Senhor Nosso.

MÃE DA IGREJA

Nossa Senhora do Bom Conselho “Gloriosíssima Virgem Maria, escolhida pelo eterno Conselho

para Mãe do Verbo Humanado, tesoureira das divinas graças e advogada dos pecadores, eu, o mais indigno dos vossos servos, a vós recorro para que me sejais guia e conselheira neste vale de lágrimas. Alcançai-me, pelo preciosíssimo sangue do vosso divino Filho, o perdão dos meus pecados, a salvação da minha alma e os meios necessários para obtê-la. Alcançai também para a Santa Igreja o triunfo sobre os seus inimigos e a propagação do reino de Jesus Cristo em todo o mundo. Amém!”

Comemoração: Abril/2013dia 26 de abril. 3


FORMAÇÃO

Quem nos protege:

Jesus ou os anjos? O

s anjos existem! Essa é uma realidade inegável. O próprio Jesus assim o atestou nos Evangelhos. Trata-se de uma Verdade de Fé. Diz o Catecismo da Igreja Católica, em seu número 328 que: “a existência dos seres espirituais, não corporais, que a Sagrada Escritura chama habitualmente de anjos, é uma Verdade de Fé. O testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto a unanimidade da Tradição.” Além da Sagrada Escritura, é possível citar o Concílio de Latrão, na definição contra os cátaros e os albigenses (DH 800) que fala claramente sobre a existência dos anjos, do mundo espiritual e do mundo material, do angelical e do mundano, e que o ser humano está no meio dessas duas realidades. Porém, para o católico, não é necessário citar textos e mais textos para provar a existência dos anjos, a Revelação é o bastante. Os anjos são seres pessoais, ou seja, não são forças cósmicas ou uma realidade alegórica, metafórica. A Encíclica Humanis Generis, do Papa Pio XII, refuta a heresia modernista, simbolizada pela dificuldade que os teólogos liberais têm de aceitar a existência dos anjos: “alguns também põe em discussão se os anjos são criaturas pessoais e se a matéria difere essencialmente do espírito.” (DH 3891). Os anjos são realmente criaturas pessoais. Assim, a pergunta que resta é: eles ajudam o homem ou não, o protegem ou não? A Tradição da Igreja e o dado da Sagrada Escritura são claros ao afirmar que cada homem possui o seu anjo da guarda. O anjo não está somente com o homem, mas também com Deus: “Guardai-vos de menosprezar um só destes pequenos, porque eu vos digo que seus anjos no céu contemplam sem cessar a face de meu Pai que está nos céus.” (Mt 18,10). Os anjos cuidam dos pequeninos, mas também dos grandes: 4

Abril/2013

“Os anjos são tremendos, fascinantes, sábios, inteligentes e presentes.”

“De repente, apresentou-se um anjo do Senhor, e uma luz brilhou no recinto. Tocando no lado de Pedro, o anjo despertou-o: ‘Levanta-te depressa’, disse ele. Caíram-lhe as cadeias das mãos. O anjo ordenou: ‘Cinge-te e calça as tuas sandálias’. Ele assim o fez. O anjo acrescentou: ‘Cobre-te com a tua capa e segue-me’. Pedro saiu e seguiu-o, sem saber se era real o que se fazia por meio do anjo. Julgava estar sonhando. Passaram o primeiro e o segundo postos da guarda. Chegaram ao portão de ferro, que dá para a cidade, o qual se lhes abriu por si mesmo. Saíram e tomaram juntos uma rua. Em seguida, de súbito, o anjo desapareceu. Então Pedro tornou a si e disse: ‘Agora vejo que o Senhor mandou verdadeiramente o seu anjo e me livrou da mão de Herodes e de tudo o que esperava o povo dos judeus’.” (At 12, 7-11)

Diante dessa Verdade de Fé, porquê algumas pessoas ainda têm dificuldades em aceitar a existência e a proteção dos anjos? Porque não conhecem a si mesmas. Existe uma grande barreira que impede o homem moderno de distinguir a imaginação da compreensão racional. Para elas, o que não se pode imaginar não existe e não pode ser compreendido, mas são duas realidades bem diferentes. Os anjos são espíritos puros, assim eles nunca foram experimentados pelo homem, o que não quer dizer que eles não possam ser conhecidos, compreendidos e cridos. Para se entender a realidade angélica é preciso um conhecimento pessoal antes. Eles são também guardiões dos homens. O que não desmerece nem diminui a proteção do Senhor Jesus. Ele aumenta a sua glória quando coloca ao lado dos homens criaturas que os guardam. Os anjos guardiões não são uma realidade reconfortante nem criaturas fofas com asas e auréola. Não! São criaturas grandiosas, segundo as Sagradas Escrituras, tanto é que a primeira coisa que eles dizem ao se aproximar do homem é “não tenhas medo” porque, embora eles sejam um auxílio de Deus, fazem parte da realidade divina, muito maior que o homem. Os anjos são maiores que qualquer realidade visível experimentada pelo homem, eles são tremendos, fascinantes, sábios, inteligentes e presentes. Eles são uma presença divina ao lado de cada homem, inspirando-o a conhecê-lo, a temê-lo por ser uma presença sagrada, a confiar nele por sua proteção. São Pio de Pietralcina diz que os anjos da guarda são imensamente humildes e só ajudarão o homem após receber o consentimento para tal, no que diferem completamente dos demônios que entram sem serem convidados. É por isso que todos os dias é preciso rezar e pedir que eles venham desempenhar sua proteção. Deus, na sua glória, manifesta, também, seu cuidado para com os homens através dos anjos. Fonte: http://padrepauloricardo.org/episodios/quem-nos-protege-jesus-ou-os-anjos


!

Amor de família partilhado entre os pequenos

VOLUNTARIADO

LITURGIA

Conheça as atividades que mãe e filha exercem na Toca de BH

“Que minha boca proclame o louvor do Senhor, e que todo ser vivo bendiga eternamente o seu santo nome”

oi através da minha querida e amada mãe que pude conhecer o lindo trabalho da Toca de Assis. Em uma sexta-feira, cheguei muito cansada da faculdade e recebi o convite para participar da Pastoral de Rua. No primeiro momento, pensei: “Passei o dia todo na área hospitalar e agora voltar à noite, será muito cansativo”. Mas, hoje, entendo que não foi um simples pedido de mãe, e sim, um chamado de DEUS em minha vida. Cada irmão de rua que pude ouvir e abraçar naquela noite, era, realmente, um encontro com JESUS. Um daqueles jovens me disse: “ O mais importante para ele não

Nosso Senhor Jesus Cristo é o celebrante da Santa Missa! É Ele quem recebe os dons da comunidade e entrega ao Pai, por meio das mãos ungidas do Sacerdote. No Ofertório, oferecemos pão e vinho - espécies essenciais para que haja a transubstanciação. Ou seja, a mudança da substância em Corpo e Sangue de Cristo. Neste momento, ofertamos não só pão material, mas, também o nosso trabalho, as lágrimas e o suor de nossas lutas no dia a dia. Ofertamos os nossos sofrimentos e alegrias, para que possamos santificá-los, conforme nos ensina o Catecismo da Igreja no §1368: “A Eucaristia é também o sacrifício da Igreja. A Igreja, que é o corpo de Cristo, participa da oferta de sua Cabeça. Com Cristo, ela mesma é oferecida inteira. Ela se une à sua intercessão junto ao Pai por todos os homens. Na Eucaristia, o sacrifício de Cristo se torna também o sacrifício dos membros de seu Corpo. A vida dos fiéis, seu louvor, seu sofrimento, sua oração, seu trabalho são unidos aos de Cristo e à Sua oferenda total, e adquirem assim um valor novo. O sacrifício de Cristo, presente sobre o Altar, dá a todas as gerações de cristãos a possibilidade de estarem unidos à Sua oferta. Nas catacumbas, a Igreja é muitas vezes representada como uma mulher em oração, com os braços largamente abertos em atitude orante. Como Cristo, que estendeu os braços na Cruz, ela se oferece e intercede por todos os homens, por meio dele, com ele e nele.” No ato do Ofertório, o sacerdote oferece o pão como dom do nosso trabalho e fatigas do dia a dia. No cálice, coloca um pouco de vinho (divindade de Cristo) que assume a nossa humanidade (gota de água) e que se tornará verdadeiramente o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor e Deus Jesus Cristo! Esse é um momento muito importante da Santa Missa, que vai culminar no sacrifício perfeito, a verdadeira adoração a Deus.Que aprendamos com o Apóstolo Paulo: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso verdadeiro culto.” (Rm 12,1) Abril/2013 5

F

*Minha primeira Pastoral de rua...

era nem o lanche nem o agasalho, mas sim o que fazia diferença na vida dele era poder sentir -se amado. E que aquele amor recebido dava forças para superar todos os obstáculos que enfrentava nas ruas”. Disse ainda: “Comida, muitos levam, mas a maior tristeza é ver nos olhos das pessoas o medo... Elas nos tratam como se fôssemos bichos. Mas, vocês são diferentes porque nos olham com amor”. A partir daquela noite, minha vida

mudou completamente. Percebi que com esse trabalho voluntário o que ofereço, é infinitamente menor do que recebo de cada pessoa que encontro nas ruas.

U

*Enfermaria

ma das coisas que aprendi com minha mãe foi me doar por inteiro, mesmo nas mínimas coisas! Como voluntária na enfermaria, percebi que, através do curativo das mais diversas feridas, aquelas que mais machucam são as feridas internas. Em cada história, vejo o cuidado de DEUS por cada um de nós. Na palavra de DEUS, há inúmeras citações deste Amor. Em Romanos 8,38: “Pois estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura nos poderá apartar do amor de Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor”. A primeira ferida que vi, pensei que não

seria capaz de fazer um curativo. Não havia visto nada parecido durante todo o meu curso na faculdade. Nesse momento, fechei os meus olhos e senti intensamente a presença de Jesus me capacitando. Uma das minhas maiores alegrias é sair do trabalho e ir para a Toca fazer curativo. Peço todos os dias ao Senhor que me dê a graça de enxergar todas as pessoas, como Ele próprio as vê. Kébia Carine de Jesus Borges, 32 anos, Acadêmica de Medicina na UFMG

Falar sobre o meu trabalho na Toca não é uma tarefa fácil, pois o que eu recebo é infinitamente maior daquilo que ofereço .

E

Kébia

*Rouparia

m cada pequeno trabalho, DEUS nos usa poderosamente. Às vezes, os irmãos sentem certo estranhamento com as perguntas que faço quando chegam para pegar uma roupa: “Que cor você mais gos-

ta? Qual o modelo de roupa? Você prefere calça ou bermuda?” Eles dizem que nunca foram tão

bem tratados e me perguntam qual o segredo? Eu respondo que em cada irmão que acolho, sinto JESUS fortemente em meu coração. Que não estou diante de um maltrapilho/irmão de rua, mas diante de JESUS.“Porque tive fome e me

destes de comer, tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes, estava nu e me destes de vestir; adoeci e me visitastes; estive na prisão e fostes me visitar” (Mt 25, 35-36)

Desde o início do atendimento dos moradores de rua na casa, meu DOMINGO nunca mais foi o mesmo. Sinto que a cada dia que passa, sou preenchida por um Grande Amor. Nunca havia sentido esse Amor em nenhum outro lugar. Tive a experiência de encaminhar dois irmãos de rua para a fazenda de recuperação. Foi um momento inesquecível perceber que aqueles homens estavam sendo restaurados pelo infinito amor de JESUS. Geruza Nailde de Jesus, 48 anos,Comerciante

(Sl 144,21)


ORAÇÃO Toda santa, digna de toda a honra, és a melhor oferta que a humanidade possa apresentar a Deus, Virgem mãe, Mãe sempre virgem, súplice materna ao teu Filho! Conduz até ao porto a barca da Igreja, removendo os obstáculos e vencendo as vagas. Protege esta cidade, conforta quem aqui chega, sem teto nem defesa, e estende a todos o teu apoio. Com fé te professamos, Mãe de Deus, com amor te honramos, com esperança te pedimos, Bem-Aventurada te proclamamos! Tu, minha Senhora, meu conforto junto de Deus, auxílio para a minha inexperiência, acolhe a oração que te dirijo. Tu, fonte de alegria para todos, torna-me digno de exultar contigo. Olha para a assembleia dos crentes, Mãe do Salvador, afasta deles desventuras e aflições, liberta-os do mal e do maligno, protege-os com a abundância da tua benevolência. No retorno glorioso do teu Filho, nosso Deus, defende com a tua materna intercessão a nossa fragilidade humana e acompanha-nos até a vida eterna com a tua mão gentil, tu que és Poderosa porque és Mãe!

Oração de Bento XVI diante do ícone de Santa Maria “Salus Populi Bento XVI Romani” 6

Abril/2013

CORAÇÃO DA TOCA

E

u, Irmão Lázaro de Jesus Crucificado, tenho 29 anos e sou natural de Curitiba/PR, mas sempre morei em Colombo/PR, região metropolitana de Curitiba/PR, em um bairro chamado Jardim Belo Rincão. Nasci em uma família católica, bem simples, de um pai mineiro e uma mãe baiana. Desde criança aprendi a frequentar a Igreja. Entretanto, dos meus 14 aos 20 anos minha vida foi bastante desregrada. Fazia tudo o que o mundo prega hoje como bom e normal para um jovem. Mas, graças a Deus e à minha mãe, eu continuava indo às missas dominicais, embora ia mais para cumprir preceito, sem saber que ali se encontrava o Deus verdadeiro. Também participava das novenas do Perpétuo Socorro no Alto da Glória, todas as quartas feiras, pois desde criança eu ia com minha mãe e meus avós. Embora meio disperso, eu sempre tinha Jesus como o meu grande e melhor Amigo. Nesse período, eu gostava de fazer manobras radicais com o carro e me livrei de muitos acidentes. Talvez porque antes de sair de casa fazia esta oração: “Sua benção meu Paizinho do Céu, sua benção minha Mãezinha do Céu.” E pedia para Jesus se sentar no banco de trás do carro. Em agosto de 2003, passei por um momento difícil e um amigo me convidou para ir num grupo de jovens em Quatro Barras/ PR, a uns 5 km de minha casa. Logo recusei, pois eu estava em um bar embriagado e achava grupo de jovem coisa cafona de quem não tinha o que fazer no sábado a noite. Mas, ele me disse que tinha ido no sábado anterior e que tinha muitas meninas. Aí, logo me animei! Chegando lá, logo me enturmei, pois era muito bagunceiro. Era dia de Adoração e então falei ao meu amigo que na Igreja eu não entraria, pois ainda estava um pouco tonto. No entanto, algumas meninas me convidaram e eu acabei entrando. Ao chegar diante do Sacrário, sentei e comecei a falar com Jesus, pois minha vida estava muito difícil: meu pai tinha saído de casa, eu havia terminado o namoro, batido o carro e estava infeliz com meu emprego. Foi então que senti como se Jesus estivesse me abraçando e me acolhendo.

“... vem e segue-Me!”

Aquele parecia o momento mais feliz da minha vida, apesar de tudo o que estava acontecendo. Depois deste dia, não parei mais de ir ao grupo de jovens. Além disso, comecei a participar de todos os encontros e retiros da RCC. Em meados de 2003, juntamente com um amigo, fundamos um grupo de jovens em nosso bairro: “JOMAC – Jovens Marianos Adoradores de Cristo”. Em um dos passeios de grupo de jovens em 2005, no Hallel de Maringá/PR, participei da primeira missa com a Toca de Assis. Já no início de 2006, ouvi uma pregação do Pe. Léo (Comunidade Bethânia) e me apaixonei ao ouvi-lo pregar. Comecei a procurar o local aonde poderia escutar mais de suas pregações, mas logo ele adoeceu e não podia mais pregar. No Hosana deste mesmo ano, fiquei sabendo que o Pe. Léo estaria lá, então já procurei a Canção Nova e me escrevi na caravana. E lá, na ultima pregação do Pe. Léo, o Senhor me falou: “Sua vida tem que ser gasta! Você já não se pertence mais, você pertence à Igreja.” Foi então que percebi que o Senhor pedia minha vida! E diante dos meus questionamentos, me veio ao coração a passagem do jovem rico: “Mas, Senhor? Eu já tenho observado todos os teus mandamentos!” e o Senhor então disse: “Só te resta uma coisa, vai vende o que tens, depois vem e segue-me.” Procurei naquele mesmo dia a equipe vocacional da Canção Nova e marquei um acompanhamento que iniciava em julho de 2007, mas o meu chamado não era para lá.No dia de Corpus Christi, uma amiga muito especial estava entrando para a Toca de Assis e me levou para conhecer a casa dos Filhos da Pobreza em Curitiba/PR. Quando eu entrei na casa e vi aquela capela linda e Jesus exposto no ostensório, me apaixonei! Fiquei quase duas horas adorando Jesus! Até esqueci que tinha ido ali me despedir de minha amiga! Depois disso, sempre que possível, passava na Toca para adorar o Santíssimo. Em uma dessas visitas, conversei com o guardião sobre o chamado que havia sentido. Ele me aconselhou a fazer o retiro vocacional. Fiz o retiro em julho de 2007. Foi um retiro difícil, pois não conhecia ninguém. Mas, o Senhor falou comigo que ali era o meu lugar. E, graças ao Senhor, fui acolhido. Quando cheguei em casa, meus familiares não acreditavam quando eu disse que iria entrar para a Toca. Quando pedi demissão do meu emprego, minha mãe viu que eu não estava brincando. Então, no dia 28 de julho de 2007, viajei para a missa de envio.


Fui enviado para Jaú/SP, minha primeira missão, e, quando cheguei lá, descobri que além de morar com Jesus também moraria com os pobres. Então, falei: “Jesus, eu não consigo cuidar dos pobres!”. Eu não conseguia dar banho, muito menos fazer curativos. Então, falei para Jesus: “Eu vou aguentar uma semana e se for da Sua vontade que eu fique aqui, me dê a graça de amar os pobres”. Graças a Deus, esta dádiva está sendo derramada sobre mim até o dia de hoje. Amo demais os pobres e não consigo mais pensar em minha vida sem eles. Testemunho do Irmão Lázaro, da Missão de Belo Horizonte/MG

Missão de Belo Horizonte/MG

A

Toca de Assis iniciou suas atividades na Arquidiocese de Belo Horizonte em agosto do ano de 1997, com as pastorais de rua que eram realizadas somente pelos leigos da Fraternidade. Em 14 de julho de 2000, ocorreu a abertura da primeira casa religiosa, dos Filhos da Pobreza do Santíssimo Sacramento na Arquidiocese. Essa casa era utilizada para acolhida aos moradores de rua. Durante todos esses anos, sempre trabalhamos sempre com o acolhimento dos irmãos e com a pastoral de rua. Com o passar dos anos, em setembro de 2012, nossos superiores, avaliando melhor a missão de Belo Horizonte, nos orientaram que diante do grande número de moradores de rua na cidade, era preciso intensificar a nossa presença junto deles. A partir de então, em outubro/2012, nossa casa São José, teve os irmãos acolhidos remanejados, assumindo assim a missão de “Bom Samaritano”, com o apostolado específico da pastoral de rua e do atendimento aos moradores de rua na casa. Como nos ensinava o Beato Joao Paulo II: “É hora duma nova « fantasia da caridade », que se manifesta não só, nem sobretudo, na eficácia dos socorros prestados, mas na capacidade de pensar e ser solidário com quem sofre, de tal modo que o gesto de ajuda seja sentido, não como esmola humilhante, mas como partilha fraterna.” (Novo Millennium Ineunte, 50). Temos nos empenhado muito para atender às necessidades dos irmãos de rua de Belo Horizonte. Ofertamos a eles um pouco do Amor que recebemos do próprio Cristo no Santíssimo Sacramento. Atendemos, num primeiro momento, as necessidades básicas dos irmãos e buscamos ser, para eles, sinais da esperança de uma vida melhor. Muitos deles se encontram desacreditados de si mesmos, escravos da indigência, dos vícios, sem perspectiva nenhuma de vida, necessitando de uma palavra amiga, de conforto e esperança. Já conseguimos com a ajuda dos leigos e voluntários, encaminhar vários irmãos para família, para o trabalho, e aqueles que manifestam interesse, são acompanhados por nós e encaminhados para clínicas de recuperação. O que tem contribuindo muito para esse despertar deles para uma recuperação é a evangelização e a partilha que temos feito com eles. Diante da

TOCA EM RETALHOS

Deus faz novas todas as coisas

M

eu nome é Clésio Wilson Fonseca Santos, tenho 41 anos, nasci na cidade de Montes Claros/MG. Vivi muito pouco tempo nesta cidade, mas tenho boas recordações. Em 1982, fui para Belo Horizonte/ MG. Em ‘BH’, vivi muitos altos e baixos. Com isso, cheguei ao ponto de viver em situação de rua. Na rua, já estava desistindo de viver. Fui acolhido pelos freis, da Toca de Assis, em novembro de 2012. Na Toca, encontrei pessoas que me estenderam as mãos, pessoas que me ajudaram em minhas dificuldades. Elas são guiadas por Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Depois da minha Primeira Comunhão, nunca mais havia me confessado. Depois de quase trinta anos, pude novamente me confessar e voltar a comungar Jesus. Atualmente, trabalho como pedreiro e tenho, novamente, muitos sonhos a serem realizados, com a ajuda de Deus Pai, Filho e Espírito Santo. E, no mais, só vendo para crer! Testemunho do acolhido Clésio Santos, da Missão de Belo Horizonte/MG

reorganização da missão, nossa comunidade, desde outubro, é composta por cinco religiosos. O apostolado tem acontecido às quartas e sextas com a pastoral noturna, e, aos sábados, com a pastoral diurna. Para as pastorais, sempre que possível, trabalhamos em comunhão com os Filhos da Pobreza (missão Sete Lagoas/MG) e com as Filhas da Pobreza (BH/MG). Aos domingos, fazemos o atendimento dos moradores de rua em nossa casa. . Contamos com uma grande colaboração por parte dos leigos e voluntários. Eles se identificam com nosso carisma e espiritualidade e dispõem do seu tempo para servir aos mais necessitados. Os leigos também estão presentes e nos auxiliam nas pastorais noturnas e diurnas. Temos realizado os cenáculos nas famílias, buscando levar aos lares o amor de Jesus, expresso em sua Mãe Santíssima. Em nossa casa, também temos a celebração da Santa Missa, e a Adoração ao Santíssimo Sacramento. Na Adoração, contamos com a participação dos leigos que desejam estar mais próximos de Jesus Eucarístico. Muitos sãos os planos e projetos para a nossa missão em Belo Horizonte, mas, para isso, esperamos que a Providência de Deus nos envie mais operários para a messe. Em vista do trabalho a ser feito, é necessário avançarmos para águas mais profundas, e, para isso, necessitamos de pessoas generosas e dispostas. Louvamos e agradecemos a Deus por tudo o que já podemos realizar nesses anos de história em terras mineiras, principalmente nessa nova etapa de nossa missão, que tem renovado o coração de quem dela participa.

TOCA EM AÇÃO

“Há na pessoa dos pobres uma especial presença de Cristo, obrigando a Igreja a uma opção preferencial por eles”. (Novo Millennium Ineunte, 49)

Abril/2013

7


ARTIGO ESPECIAL

Ícone Pantocrator

Justiça e Misericórdia C

omo é difícil falarmos de justiça hoje em dia. Vivemos inseridos numa sociedade cada vez mais corrupta e que carrega seus “culpados” sempre impunes. O que dizer então sobre a misericórdia? Diante de tanta desigualdade e individualismo, muitos nem sabem o que ela significa. E assim, um grande desânimo pode insistir em abater a nossa vida cristã com o questionamento: É possível adquirir tais virtudes? E, sem medo, devemos crer que sim! É possível! Pois quem é, em primazia, O justo e O misericordioso? Jesus Cristo, nosso Senhor! “A perfeição da misericórdia e da justiça divina nos são atestados, sobretudo, na Encarnação, Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, em que Ele assumiu sobre si os nossos pecados, para satisfazer a justiça divina ofendida e por esse ato de misericórdia nos mereceu a salvação eterna.” Próximo da Festa da Divina Misericórdia (ler a editoria “Toca para a Igreja” na página 3) devemos estar cientes de que Deus, de fato, ama incondicionalmente a humanidade, contudo, esse amor muitas vezes é deturpado quando se exclui dele as atitudes, lícitas, de justiça. Sábio é Santo Tomás de Aquino ao dizer: “Justiça sem misericórdia é crueldade, e misericórdia sem justiça conduz à ruína”. Uma atitude não recusa a outra. Sendo justo, pratica-se a misericórdia e vice versa. Parece complicado entender essa mescla de valores divinos, mas isso se dá porque temos uma visão errônea da misericórdia humana. Misericórdia é um sentimento de compaixão para com o sofrimento e as necessidades de um outro, acompanhado do desejo ou da disposição de ajudá-lo na medida das próprias possibilidades. Ela é, pois, mais do que um simples sentimento emotivo, que não conduz a uma ação, nem uma mera filantropia que faz da ajuda aos necessitados quase uma ação burocrática.

Pantocrator é uma palavra de origem grega que significa “todo-poderoso” ou “onipotente”. Encontra-se várias vezes no Novo Testamento em grego. Provém de pan (tudo ou todo) e krátos (alto, em cima e, daí, governo, poder). O ícone bizantino “pantocrator”, representa Cristo, tendo sua mão direita inclinada, em posição de bênção. Esta posição da mão direita indica sua dupla natureza - a divina e a humana – indicada nos dois dedos erguidos e sua participação na Trindade como segunda Pessoa indicada pelos três dedos unidos nas pontas. Na mão esquerda, as Sagradas Escrituras.


A misericórdia deve proceder de uma verdadeira caridade para com o próximo e estar inteiramente sujeita à guia da razão, ao julgamento da inteligência, e também respeitar os ditames da justiça. À primeira vista, é comum “rotularmos” alguém que age com misericórdia como tolo, ou aquele que “abaixa a cabeça para tudo”. E por sua vez, aquele que age com justiça, como o inflexível ou até mesmo desumano. Entretanto, como foi dito, uma ação não anula a outra, pois é assim que o próprio Deus age. Se achássemos que Ele fosse somente misericórdia, estaríamos negando ao Criador algo essencial a todo ser racional, que é agir com equidade, tendo então, uma visão deturpada do Pai. Assim, quando se rompe o equilíbrio entre a misericórdia e a justiça, os maus ficam sem punição ou, ao contrário, são punidos com brutalidade. Tanto uma coisa como outra conduz ao caos social e também leva à confusão nas mentes, pois a ausência do castigo devido ao que infringe a lei divina e a humana enfraquece nas consciências a noção do bem e do mal, conduzindo ao relativismo moral. Por sua vez, a crueldade no punir torna a justiça odiosa. O pecador ou o criminoso deve ser punido em sua falta de modo adequado para que a justiça seja reparada e assim permaneça vivo na sociedade o senso da justiça. Sem ele, a vida entre os homens degenera na lei do mais forte. A antiga má-

xima “Deus castiga”, em essência é verdadeira. Mas compreenda o “castigo” como justiça. Ele é justo não apesar de ser um Deus de amor, mas exatamente por que é o Deus de amor.

Obras de Misericórdia espirituais e corporais

*As sete obras de Misericórdia espirituais: 1. Dar bom conselho aos que pecam; 2. Ensinar os ignorantes; 3. Aconselhar os que duvidam; 4. Consolar os tristes; 5. Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo; 6. Perdoar as injúrias por amor de Deus; 7. Rogar a Deus pelos vivos e pelos defuntos.

*As sete obras de Misericórdia corporais:

Lembre-se que a nossa Santa Fé Católica nos ensina que: “Assim como o corpo sem o espírito está morto, também a fé sem obras está morta.” (Tiago 2: 26).

1. Dar de comer a quem tem fome; 2. Dar de beber a quem tem sede; 3. Vestir os nus; 4. Visitar e resgatar os cativos; 5. Dar pousada aos peregrinos; 6. Visitar os doentes; 7. Enterrar os mortos.

Ou você não se lembra de que quando se recorre ao Sacramento da reconciliação (confissão), o sacerdote (In persona Christi) lhe dá uma penitência para que você cumpra a pena do ato (errado) confessado?!

Assim, é lícito castigar com limite, com moderação, com sabedoria, mas nunca por ímpetos irracionais. É necessário também enxergar nas desventuras da própria vida o cuidado e o amor de Deus, nesse mesmo sentido. A misericórdia de Deus muitas vezes se manifesta em forma de castigo, de correção, de limite e de disciplina. Isso ocorre por motivos simples, mas contundentes: Ele ama seus filhos e quer o bem e a salvação de todos. Que sejamos justos e misericordiosos como Jesus Cristo o é! É n’Ele em quem devemos nos espelhar. Cristo, que presenteou-nos com a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, que por sua vez nos indica o caminho certo e a receita de felicidade para bem vivermos. Busquemos praticar as obras de misericórdia (e porque não, de justiça) para podermos alcançar essas virtudes das quais o mundo anda carente. Gabriela Saldanha, Jornalista; Depto. de Captação de Recursos Central São José- Campinas/SP Fontes de pesquisa: http://ipco.org.br/home/; http://padrepauloricardo.org/


QUALIDADE DE VIDA Tá com aquela ‘dorzinha’ no corpo, nariz ‘escorrendo’, febre e muitos espirros? Cuide-se! Você está gripado!

C

Sai pra lá,

gripe!

om a transição das estações, as condições climáticas mudam e é geralmente nesta época que fica mais intensa a circulação do vírus influenza, o causador da gripe. Sua transmissão ocorre pela inalação de partículas de secreções infectadas que ficam suspensas pelo ar. A gripe é uma infecção das vias respiratórias e acompanha sintomas como: febre (acima de 38°), dores de cabeça e no corpo, fraqueza, mal estar, tosse (inicialmente seca) e coriza, que duram em média de 3 a 4 dias.

Por isso, é importante que nos cuidemos, utilizando medidas simples de prevenção, tais como:

• Vacinação anual (oferecida para gestantes, pessoas com 60 anos ou mais e crianças de 6 meses a 2 anos);

• Lavar as mãos com água e sabão e/ou higienizar com álcool em gel várias vezes ao dia; • Proteger a tosse e o espirro com lenço descartável; Promover um ambiente arejado com circulação do ar. Fonte: Ministério da Saúde

Roberta Bombonato Bueno, Graduanda da Faculdade de Enfermagem da PUC-Campinas

10

Abril/2013


Convivendo com o

TERROR

ATUALIDADE

Essa é nossa triste realidade! Fizemos uma pequena retrospectiva dos mais recentes, e verdadeiros, atentados terroristas que “chocaram” o Brasil e o mundo. Rezemos para que Deus tenha misericórdia de todos os envolvidos e que nos livre de todo o mal!

TOCA NA Dúvidas? A gente esclarece tudo pra você!

07/04/2011

07/03/2012

20/07/2012

14/12/2012

Atirador mata 20 crianças e 8 adultos em escola primária nos EUA

Um homem fortemente armado abriu fogo contra alunos e funcionários de uma escola primária de Connecticut, nos Estados Unidos, matando pelo menos 28 pessoas, dentre elas, 20 crianças. O autor do massacre, Adam Lanza, de 20 anos, morreu dentro da Escola Primária Sandy Hook, em Newtown, no Estado de Connecticut, na Costa Leste dos EUA. Massacre na estreia de “Batman” nos EUA

Usando uma máscara de gás, James Holmes, de 24 anos, deixou ao menos 12 mortos e 59 feridos ao disparar e lançar um gás não identificado dentro de um cinema lotado na cidade americana de Aurora, no Estado do Colorado, durante a estreia do filme “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge”.

Atirador que matou 77 é acusado de terrorismo na Noruega

Vestido como um policial, Anders Behring Breivik, de 33 anos, abriu fogo indiscriminadamente durante quase uma hora contra uma reunião de jovens do partido trabalhista numa ilha de Utoeya, próxima de Oslo, pouco depois de ter explodido uma poderosa bomba diante da sede do governo norueguês. Tragédia em Realengo

Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, entrou na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo (Zona Oeste do Rio de Janeiro) e atirou contra alunos em salas de aula lotadas matando 12 crianças e ferindo outras 13. Ele foi atingido por um policial e se suicidou.

* QUEM PODE PARTICIPAR? A JMJ está aberta a participação de todos.

* O QUE ACONTECE DURANTE A JMJ?

São muitas as atividades às quais os jovens são convidados a participar, como as catequeses, eventos culturais, momentos de partilha e vida comum. Mas existem aquelas que estão previstas para a Jornada, como os atos centrais (cerimônia de abertura, acolhida do Papa, a Via-Sacra, a Vigília dos jovens com o Papa e a missa de encerramento) e os atos extraordinários.

* COMO FAÇO PARA ME INSCREVER? Acesse o site: http://www.rio2013.com/pt e siga os passos necessários para a inscrição.

Após dois anos do atentado de Realengo, devemos nos perguntar (como diz o verso de uma música): “O mundo está ao contrário e ninguém reparou?”. Essa indignação entrou em minha cabeça como um tiro no dia 07/04/2011! É, mas esse tiro não foi de uma arma calibre 38, nem tão pouco foi capaz de tirar minha jovem vida (diferentemente dos projéteis certeiros que tiveram como alvo a cabeça de 12 adolescentes cariocas na manhã daquela quinta-feira). Agora pergunto eu: “O que está acontecendo?!”. O almoço não “desceu”, o trabalho não rendeu e o sono nem fez questão de aparecer naquela noite. Estou chocada até hoje. E, diante de outros tantos ataques, parece que é isso o que nos falta: um choque, que nos mostre que estamos vivendo ao lado do absurdo! A violência foi banalizada! Basta olhar para o lado, e olhar para si mesmo, porque muitas vezes somos nós os autores dessa violência impregnada na sociedade. Seja através de um olhar, uma fofoca ou discriminação. Nós também propagamos a violência e convivemos com ela de forma pacata, como quem simplesmente escova os dentes. Como chegamos a esse ponto? É certo que nada justifica a ação do assassino, porém, ele não matou aquelas crianças sozinho! Essa “insanidade social” é fruto de uma safra pobre que relativizou a moralidade, onde o respeito ao próximo se transformou em peça antiquada e fora de moda! Finalizo com uma oração que acredito ser a receita para aqueles que querem transformar tal realidade: “Tirai dos nossos olhos as vendas que nos impedem de ver as necessidades do nosso próximo e a miséria do nosso ambiente, porque nos fechamos numa mórbida complacência de nós mesmos!”. Gabriela Saldanha

* POSSO SER VOLUNTÁRIO?

Os voluntários são essenciais para a realização da Jornada e você é convidado a fazer parte da JMJ Rio2013. Para ser voluntário preencha o cadastro. Veja todas as informações sobre voluntariado no FAQ. Saiba mais sobre a JMJ em: http://www.rio2013.com/pt A Toca estará presente! Vamos jovens! Que Deus nos abençoe nesta Jornada rumo ao Céu!

Abril/2013

11


TOCARTE

Experiência de Uma Canção

V

ocê, com certeza, tem uma música preferida. Músicas marcam nossas vidas e se tornam a trilha sonora de momentos especiais ou difíceis que vivemos. Sempre que ouvimos nossa música preferida, é como se fôssemos transportados para aquele momento e somos capazes de recriar os ambientes, sentimentos e tudo mais. Darei alguns exemplos de como as músicas marcam nossas vidas: Você sabe qual música estava no topo das paradas de sussesso quando você nasceu? Eu nasci em 1982 e, naquele ano, uma música foi lançada e marca o mundo até hoje: Thriller, de Michael Jackson. Você se lembra da música que tocou em sua Primeira Comunhão e que mais te marcou? A minha foi “Mãe do Céu Morena”. Era dia 12 de dezembro de 1992 (Dia de Nossa Senhora de Guadalupe). Qual música marcou o seu primeiro amor? Qual marcou o seu casamento ou a sua vocação? Qual música marcou uma grande dor ou uma grande alegria? Todos nós temos trilhas sonoras que marcam nossas vidas. Queria partilhar aqui uma experiência de uma música. Dentre as músicas da Toca de Assis, uma sempre me marcou mais: “Tudo é bom perto de Tí”, composição do Paulo Eduardo. Aliás, quero aproveitar para agradecer a grandeza das inspirações do Paulo Eduardo. Essa música, inspirada numa oração do Beato Tito Brandsma, possui uma letra profundamente tocante, uma oração de intimidade singular. Quando escrevi a primeira versão do musical “A Missa da Minha Vida”, fiz questão de colocá-la no roteiro como a música que expressava a comunhão da alma com Jesus. Nesta nova versão do musical - que estamos preparando para a Jornada Mundial da Juventude*, a música não só vai expressar a comunhão da alma com Jesus, mas será a alma do musical. Colocarei abaixo um trecho de “Tudo é Bom Perto de Ti”: “Ainda que a descoberta exija coragem, faz-me bem a dor Contigo, que por ela me assemelho a Ti, que ela é o caminho redentor. Na minha dor me rejubi-lo, já não a julgo sofrimento e, sim, predestinada escolha que me une a Ti. Deixai-me, pois, nesta quietude, malgrado o frio que me alcança, presença humana não permitas, que a solidão já não me cansa, pois de mim, sinto-te tão próximo, como jamais antes senti... Doce Jesus, fica comigo, que tudo é bom perto de Ti.”. Se você não tem essa música, é só procurar lá na Internet. Tenho certeza que vai gostar! *A Jornada Mundial da Juventude – JMJ – acontecerá no Rio de Janeiro, em julho.

Minha dica: Esse mês vou indicar um filme de 1995. “A Cura” nos levará aos verdadeiros valores da amizade, e, com certeza, nos emocionará. Erik (Brad Renfro) é um garoto solitário que atravessa todas as barreiras que o preconceito ergueu e se torna amigo do seu vizinho, Dexter (Joseph Mazzello), um garoto de 11 anos que tem AIDS. Erik se torna muito ligado a Linda (Annabella Sciorra), a mãe de Dexter, e na verdade fica mais próximo dela que da sua própria mãe, Gail (Diana Scarwid), que é negligente com ele e quase nunca lhe dá atenção. Quando os dois garotos lêem que um médico de Nova Orleans descobriu a cura da AIDS, os meninos tentam chegar a este médico para conseguir a cura.

Irmão Tarcísio, FPSS ministrosp@fpss.org.br


Miss達o de Santos/SP

Mural da

Pastoral de Miss達o rua Cosme Velh o/RJ

ite: s o s s o n Visite o .br g r o . s i s s ea d a c o t / / http:


Pandora Escola de Artes

Kids

14

Até o Thisco está se preparando para a JMJ, e você?! Abril/2013


Adquira nossos produtos em nossa Loja virtual:

www.tocaloja.org.br

Abril/2013

15


“É maior alegria dar que receber.”

Atos 20,35

Foto: Leonardo de Souza Arte: Anna Carolina Silva


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.