Plano
05 de julho de 2011 Ano 9 · Edição 99 · R$ 5,30
BRASÍLIA BR w w w. p l a n o b r a s i l i a . c o m . b r
Violência contra o menor
MESA REDONDA Messias de Souza Ponto de vista Celina Leão 99
justiça Gilmar Mendes
Sumário IAL RRA
DA
A N A JO
A
32
FELIPE 2 km
CASAMENTO
CHURRASCO ANIVERSÁRIO FACULDADE CESAR
SQ
DIREIT A
46
FORRÓ D
O
CERRAD
O
60
A D R
E
U
11
IVONETE E JOÃO
MARISTELA
34
48
10 Cartas
38 Cotidiano
62 Agenda Cultural
11 Mesa Redonda
40 Planos e Negócios
64 Mundo Animal
16 Brasília e Coisa & Tal
42 Automóvel
66 Jornalista Aprendiz
18 Panorama político
44 Vida Moderna
68 Propaganda e Marketing
20 Política Brasília
46 Esporte
70 Vinho
22 Premiação
48 Personagem
72 Tá Lendo o Quê?
24 Capa
50 Saúde
74 Frases
28 Cidadania
52 Moda
75 Justiça
30 Gente
54 Comportamento
76 Diz aí, Mané
32 Cidade
56 Cultura
78 Cresça e Apareça
34 Mercado de Trabalho
58 Cinema
80 Ponto de Vista
36 Tecnologia
60 Gastronomia
82 Charge
Expediente
Carta ao leitor Prezados leitores,
DIRETOR EXECUTIVO Edson Crisóstomo crisostomo@planobrasilia.com.br DIRETORA DE PROJETOS ESPECIAIS Nubia Paula nubiapaula@planobrasilia.com.br DIRETOR ADMINISTRATIVO Alex Dias alex.dias@planobrasilia.com.br
Plano
BRASÍLIA CHEFIA DE REDAÇÃO Afrânio Pedreira EDITOR DE ARTE Werley Kröhling
DESIGN GRÁFICO Camila Penha, Eward Bonasser Jr e Joana Nobrega ESTAGIÁRIA DE CRIAÇÃO Paula Alvim Fotografia Fábio Pinheiro, Victor Hugo Bonfim EQUIPE DE REPORTAGEM Michel Aleixo, Tássia Navarro, Veronica Soarez e Yuri Achcar. ESTAGIÁRIAS Fernanda Azevedo e Railde Nascimento COLABORADORES Adriana Marques, Antônio Duarte, Bohumil Med, Bruno Franchini, Carlos Grillo, Celina Leão, Cerino, Gilmar Mendes, Messias de Souza, Regina Ivete Lopes, Romário Schettino, Tarcísio Holanda IMPRESSÃO PROL Gráfica TIRAGEM 60.000 exemplares REDAÇÃO Comentários sobre o conteúdo editorial, sugestões e críticas às matérias redacao@planobrasilia.com.br AVISO AO LEITOR Acesse o site da editora Plano Brasília para conferir na íntegra o conteúdo de todas as revistas da editora www.planobrasilia.com.br PLANO BRASÍLIA EDITORA LTDA. SCLN 413 Bl. D Sl. 201 CEP: 70876-540, Brasília-DF Comercial: 61 3041.3313 | 3034.0011 Redação: 61 3202.1257 Administração: 61 3039.4003 revista@planobrasilia.com.br Não é permitida a reprodução parcial ou total das matérias sem a prévia autorização dos editores. A Plano Brasília Editora não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados.
Mais uma edição da nossa Revista Plano Brasília chega às suas mãos. A cada número novo, para nós é uma alegria que se renova. É com dedicação e carinho que cuidamos e atentamos para todos os detalhes, afinal vocês são merecedores por nos prestigiar sempre. Nessa 99ª edição, a matéria de capa “Pequenas Vítimas”, retrata as várias formas de violências em que crianças do Distrito Federal e do país sofrem e que, em muitas das vezes, os agressores são pessoas próximas ou do próprio convívio das vítimas. Pesquisas apontam que o DF é o 4º em denúncias de violência contra crianças. Dentre as inúmeras definições do que é a violência, sob os olhos da lei e da moralidade, não existe na sociedade moderna agressão mais devastadora que a praticada contra incapazes que são crianças, adolescentes, indivíduos frágeis e com caráter ainda em formação. Infelizmente, crimes contra “incapazes”, continuam acontecendo e com regular freqüência. Engana-se quem acredita que a violência contra menores se resume somente ao abuso sexual por meio de estupros e o abuso físico com surras severas que costumam resultar em hematomas, ossos quebrados, partes do corpo com inchaços e manchas roxas, por exemplo. Além das violências física e sexual, existe também a agressão psicológica e a negligência. A primeira é quando um maior ou responsável pela criança denigre a sua imagem com ofensas morais, rebaixamentos ou punições verbais severas. Já a negligência, ocorre quando os responsáveis não preservam a saúde da criança perante acidentes previsíveis ou descuidam de sua alimentação, vestuário e tratamento médico adequado. Uma leitura imperdível. Na editoria cidades, a reportagem “Onde estou? Pra onde vou? fala da falta de placas de endereçamento no DF que complicam a vida dos brasilienses. Se no centro da capital federal todas as quadras e blocos têm indicação para orientar a localização das pessoas, o mesmo não acontece em condomínios e em outras cidades satélites. Para resolver o problema, as pessoas estão lançando mão do recurso de fazer faixas sinalizadoras para que seus visitantes e parentes não se percam pelo caminho. Enquanto muita gente amarga os gastos adicionais, comerciantes do segmento comemoram lucros adicionais. Vale a pena conferir. Outra reportagem que merece ser lida é a “Mais que dieta. É necessário emagrecer mesmo”, da editoria Comportamento. Em duas páginas, mostramos a face oculta de um dos lados da moeda quando o assunto é emagrecimento. A deliberação de perder uns quilinhos tem sempre o gostinho particular do “eu quero”. Mas a coisa costuma mudar de figura, tornando-se um martírio, quando emagrecer vira uma obrigação, muitas vezes por determinação médica. É isso, leitor. Esperamos que todos tenham uma excelente leitura. Até a próxima edição. Tchau!.
Cartas Prezados, Gostaria de agradecer pelo espaço cedido na revista Plano Brasília para divulgar meu trabalho. O retorno do público tem sido ótimo. Só tenho a agradecer pela excelente matéria. Grande abraço. Krigna Karisia, cantora Senhor editor, Parabéns pela Revista Plano Brasília. Acho que, a cada edição, ela fica muito melhor. Parabéns pela matéria sobre “Bullying”. Achei que foi bem a propósito. Tá todo mundo falando sobre o assunto e, pelo visto, é a tal história: “quem nunca sofreu bullying na vida que atire a primeira pedra” né? Parabéns a todos vocês ai da revista. Gilberto Soares - Asa Sul Prezados Senhores, Gostaria de lhes parabenizar por incluir em sua publicação os excelentes textos do professor Bohumil Med. Eles são esclarecedores, ricos, fáceis de compreender e muito agradáveis de serem lidos. Parabéns também ao estimado professor Bohumil! Luiz Carlos Costa - Casa Thomas Jefferson Senhor Chefe de Redação, Na edição número 96, de maio de 2011, dessa revista, em “Carta ao Leitor”, encontrei : “Estamos indo de encontro a todos,..”. A propósito, peço licença para lhe encaminhar o que está à página 26 do “Dicionário de Questões Vernáculas”, de Napoleão Mendes de Almeida, renomado filólogo. Namaste. João Maria Madeira Basto
Fale conosco Cartas e e-mails para a redação da Plano Brasília devem ser endereçadas para: SCLN 413 Bl. D Sl. 201, CEP 70876-540 Brasília-DF Fones: (61) 3202.1357 / 3202.1257 redacao@planobrasilia.com.br
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Mesa Redonda
Messias de Souza Equipe Plano Brasília: Yuri Achcar, Ana Paula Resende, Edson Crisóstomo, Liana Alagemovits e Romário Schettino | Fotos: Fábio Pinheiro
O
advogado Messias de Souza assumiu a Administração de Brasília no primeiro dia de governo de Agnelo Queiroz. Foi presidente regional do PCdoB e membro da executiva nacional do partido. Mora na capital desde 1985. Foi secretário de Desenvolvimento Social do governo Cristovam, entre 1995 e 1998, chefe de gabinete do Ministério da Coordenação Política de Lula, em 2004 e 2005, e assessor especial do ministro da Fazenda, Guido Mantega, entre 2008 e 2010. Nesta entrevista à Plano Brasília, Messias de Souza fala sobre os desafios da revitalização e administração do Plano Piloto da capital federal; a regularização de puxadinhos; a realização da Copa das Confederações em 2013, e da Copa do Mundo em 2014. Confira.
PB > Na Asa Sul e na Asa Norte, há ocupações
Lei 766, que é a da Asa Sul, pode trazer
de áreas públicas nos comércios locais. O que
elementos importantes para a constru-
está sendo feito para que restaurantes e outros
ção de um grande acordo e de uma lei
tipos de serviços possam regularizar essas
específica para os imóveis comerciais da
ocupações no Plano Piloto?
Asa Norte. Temos a esperança de que,
MS > No caso da Asa Sul, temos uma lei
com isso, possamos regularizar áreas que
que depois de muito tempo, de disputa
já se incorporaram aos usos e costumes
judicial, o Tribunal de Justiça do DF
da nossa cidade. Alguns puxadinhos
afirmou a constitucionalidade da lei. Nós
típicos da nossa cidade praticamente já
temos fluindo o prazo de um ano para
se incorporaram ao patrimônio material
que a lei seja implementada. Estamos tra-
da capital. Nós temos que pensar nisso. A
balhando junto às entidades empresariais
cidade vai sendo construída, com usos e
para que o processo de regularização dos
costumes de gerações, que demonstra que
projetos arquitetônicos, de acordo com o
há necessidade dessa flexibilização. E a lei
padrão urbanístico que foi estabelecido
traz isso de forma ordenada.
na lei, seja cumprido neste prazo. Na Asa Sul, o processo é muito avançado.
Por todo o Plano Piloto, é possível perceber
Já na Asa Norte, a tipologia dos prédios
espaços públicos abandonados. O governo
comerciais não permite a aplicação da
não cuida e a comunidade não freqüenta, por
lei. Mas a viabilidade da aplicação da
exemplo, áreas verdes, parques e quadras de
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esporte. Em muitos locais, não há calçadas
possa desmontar o empreendimento.
ou não é possível transitar por elas. O que
O que a Administração de Brasília pensa em
pode ser feito para reverter esse quadro, já
fazer com as passagens subterrâneas de
que em três anos Brasília vai receber jogos
pedestres, que são intransitáveis e expõe os
da Copa do Mundo?
brasilienses ao perigo?
Estamos trabalhando a ideia da revi-
De fato, elas são profundamente degra-
talização do centro da cidade. Esse é
dadas. É uma situação constrangedora.
o primeiro grande movimento. E nós
E o histórico que se tem é que são
temos uma referência temporal, que é
periodicamente reformadas, mas rapi-
a realização da Copa das Confederações
damente se degradam. Aquele modelo
e da Copa do Mundo, que são eventos
físico feito no passado é absolutamente
importantes, que arregimentam recursos
mas atividades previstas nem existem mais,
inadequado à luz dos problemas atuais,
e esforços administrativos de vários
como engraxateria. E muitas atividades
sobretudo de segurança. As passagens
órgãos. O centro de Brasília precisa ser
econômicas comuns não estão abrigadas
que receberam luminárias e novas
repensado para que tenha uma melhor
pastilhas, três meses depois já estão
utilização. Ao longo desses 50 anos,
pichadas, depredadas, amedrontando
houve um desgaste muito grande das
muita gente. A própria disposição
estruturas de concreto e o desenvolvimento do trânsito, um fenômeno de todas as cidades brasileiras, fez com que nós tivéssemos um centro pressionado pelos problemas de estacionamento e trânsito. Então, o primeiro passo para a revitalização do centro diz respeito às medidas de acessibilidade: permitir que as pessoas possam transitar a pé em todo o centro. São nesses projetos que estamos trabalhando. E quando veremos o resultado disso? Nós temos um momento propício, que é a discussão do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB). Esperamos que o debate flua até outubro e
A própria disposição física delas, com escadas e esquinas que surpreendem o caminhante sob o ponto de vista da segurança, é quase uma armadilha
física delas, com escadas e esquinas que surpreendem o caminhante, dizem os especialistas que, sob o ponto de vista da segurança, é quase uma armadilha. Tenho discutido isso muito com arquitetos, promovido o encontro desses profissionais, e um dos temas recorrentes é o problema das passagens subterrâneas. O que proponho é um projeto, em que arquitetos já estão trabalhando, para se estabelecer galerias de pequenos serviços à população, de tal forma que tenhamos presença humana, e aí revitalizasse, iluminasse, recuperasse, tivesse publicidade e as pessoas pudessem transitar sabendo que ali têm fixamente vários pequenos comerciantes.
que as sugestões possam ser incorporadas na lei para estabelecer quais são os limites
Que tipo de comércio poderia haver nas passa-
urbanísticos a ser redefinidos. O principal
nas normas. Então, mantemos vários em-
gens subterrâneas?
drama que enfrentamos hoje são as normas
preendimentos em situação de ilegalidade.
Serviços pequenos, mas muito úteis aos
de gabarito, que estão completamente
Para haver um processo de revitalização
moradores, que não tem guarida na es-
defasadas. Temos várias atividades que
física é preciso também resolver esses pro-
trutura do comércio local como chaveiro,
funcionam há anos por meio de leis que
blemas de natureza jurídico-administrativa.
sapateiro e conserto de roupas. É uma
permitiam alvarás provisórios. Essas leis
É razoável que um empreendedor não vá
possibilidade. Mas há o debate de com-
foram declaradas inconstitucionais pela
investir suas economias em um projeto
patibilizar esse processo com a questão
Justiça. E as normas são muito estreitas para
onde, a qualquer momento, a radicalização
urbanística e o tombamento. É um diálo-
a concessão de um alvará definitivo. Algu-
dos órgãos de fiscalização ou da Justiça
go com muitos órgãos, um desafio técnico
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para os arquitetos para que se preservem
de trânsito e tráfego no centro de Brasília
as escalas tombadas, mas que possamos
se nós tivermos um sistema moderno, com
dar utilidade a esses espaços. É um debate
vários modais de transporte público fun-
mais longo, que não depende apenas de
cionando na cidade. Para que possamos
uma ação administrativa. De forma mais
estimular que se ande de bicicleta, a pé,
imediata, vamos fazer um processo de
as pessoas precisam de metrô, veículo leve
pintura e de iluminação com o trabalho
sobre trilhos, veículo leve sobre pneus,
de artistas que vão fazer painéis nas passa-
uma rede de ônibus, vans, estacionamen-
gens. Isso vai ajudar na humanização e na
tos remotos. Tem que haver uma malha
criação de um ambiente de mais sensação
complexa de vários modais interagindo
de segurança para as pessoas. Isso aliado
de forma a desobstruir a cidade. E aí
a um esforço da área de segurança, com
fazer 10 andares de subsolo de estacio-
voltamos à questão do zoneamento. Não
maior presença de policiais na área, sobre-
namento. Mas, depois, os carros sairão
é um problema menor. Nós temos, por
tudo naquelas que têm maior movimento.
para onde? Se empilharmos os carros,
exemplo, os setores bancários sul e norte.
como eles vão transitar depois? Há um
Imaginem se a população, para ir a uma
A situação do trânsito já é insustentável. Den-
agência bancária, tivesse que se deslocar
tro das superquadras, os carros estacionam
a um dos dois setores? É o que dizem as
ao longo das ruas, fora das vagas e estão
velhas normas ainda em vigor. Felizmen-
sendo multados pelo Detran. No Plano Piloto, o deslocamento horizontal conta com diversas vias, mas os engarrafamentos são constantes no sentido vertical, para quem cruza os eixos e a W3, por exemplo. O que é possível fazer? Tenho
defendido
que
precisamos
construir estacionamentos subterrâneos na área central de Brasília. Tenho um modelo de edital pronto, que ainda precisa tramitar em várias áreas de governo, em que haveria a concessão de uso para exploração desse estacionamento subterrâneo. São investimentos grandes que precisam ser feitos. O governo poderia
O grande problema do centro de Brasília, além da falta de estacionamento, é não ter onde andar, como pedestre
te, já temos agências bancárias espalhadas pela cidade. Mas precisamos legalizá-las. E quanto mais descentralizados os serviços, mais evitaremos a pressão dos moradores tendo que se deslocar até o centro. A mobilidade urbana precisa ser feita de modo mais racional e ecológico, para que a qualidade de vida seja preservada. Além da infraestrutura, Brasília tem outro desafio, que é diminuir a criminalidade e a violência no centro da capital. O que a Administração pensa em fazer no combate a esse problema?
trabalhar a parte externa, com os esta-
A questão da violência e da marginali-
cionamentos públicos mas, sobretudo,
dade é um fenômeno social que ocorre
com as obras de acessibilidade. O grande
em todos os grandes centros do mundo,
problema do centro de Brasília, além da
debate hoje de engenharia de trânsito.
infelizmente. Nós temos, no Brasil e em
falta de estacionamento, é não ter onde
Para cada prédio novo autorizado na Ad-
Brasília, uma sociedade muito desigual.
andar, como pedestre. Hoje, a pessoa sai
ministração de Brasília estamos exigindo
Estas desigualdades impactam os grandes
do carro e se torna uma vítima em poten-
um relatório de impacto de trânsito. Por-
centros. Brasília, por ser a capital do País,
cial do próprio trânsito porque não há
que não basta ter a garagem, é preciso
atrai população de rua, tráfico de drogas
calçadões e espaços de convivência pra
saber que os carros sairão da garagem e
e todos os fenômenos que ocorrem nos
transitar no centro. É preciso repensar.
as vias são fisicamente limitadas.
grandes centros. Como enfrentar isso?
O problema está não só na construção
Temos as medidas de natureza de segu-
de estacionamentos, mas no modelo
É preciso, então, desestimular o uso do carro?
rança pública. Acho que nesse sentido
de transporte público do DF. Podemos
Só é possível pensar em uma boa gestão
a Polícia Militar tem agido muito bem e
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objetiva que faz os serviços serem execu-
moderna. E isso é muito diferente. Mo-
tados de forma mais racional. Creio que é
derno significa ela estar com uma agenda
este esforço que pode colocar Brasília de
atualizada, de eficiência energética, de
forma adequada nestes grandes eventos
lidar com a mobilidade, de garantir a pre-
que estão destinados à capital.
servação do meio ambiente, de permitir a convivência social saudável, a qualidade
Recentemente, prefeitos do mundo inteiro
de vida. E isso nós temos condições de
se reuniram em São Paulo para discutir os
fazer. É um desafio ao poder público, mas
problemas atuais das cidades. Brasília foi
também à sociedade de Brasília. As ações
identificada como uma cidade diferente e foi
de governo precisam ser apropriadas pela
muito elogiada. Mas o mundo inteiro estará de
cidade. Nós queremos instigar esse debate
olho na capital, em função da Copa do Mundo.
virtuoso. Acho que Brasília tem condições
a Secretaria de Segurança Pública tem
O senhor acha que a cidade está preparada
de se expor para o mundo de forma a nos
feito ações conjuntas com a Polícia Civil,
para receber os jogos?
orgulhar porque pode responder adequa-
Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, em
damente a essas demandas da atualidade.
colaboração com outros órgãos públicos. Mas há, também, uma demanda de natureza social. Na população de rua, temos pessoas que são vítimas da desigualdade social, mas temos pessoas que são dependentes de drogas, marginais. Para cada um, é preciso uma atenção especial. Para a ajuda assistencial, tem as políticas de bolsas, de albergue. Mas é preciso também ter o enfrentamento policial. A marginalidade se mistura aos excluídos para dificultar a identificação dos traficantes. Já os dependentes químicos precisam de tratamento de saúde. Ou seja, a tarefa não será nada fácil.
Defendo aqui que nós precisamos transformar a cidade modernista do ponto de vista urbanístico em uma cidade moderna
Vai ser possível construir novos prédios comerciais na área especial do lado norte da cidade? Será construído no que a legislação permitir. Nós temos a possibilidade na legislação. Se os lotes foram adquiridos por particulares, de acordo com a lei, enquanto a lei vigir, eles têm pleno direito. A administração concede o que a lei permite e proíbe o que a lei não permite. É a nossa obrigação. Agora, eu tenho uma opinião crítica sobre a lei, mas o debate tem que ser feito no âmbito legislativo. Aí, é uma mera contribuição que a experiência na administração pode fornecer.
Não há fórmula mágica. Há a necessidade absoluta de políticas interligadas de
A Plano Brasília agradece a participação do
governo e conectadas com a sociedade
Acho que sim. Tive a honra de represen-
senhor e abre espaço para as suas conside-
organizada, com as associações empre-
tar Brasília neste encontro em São Paulo e
rações finais.
sarias e de moradores. É esse processo
vi que a agenda que as grandes cidades do
Eu é que a agradeço a oportunidade e
de interação que permite mais agilidade
mundo desenvolvem hoje, de eficiência
aproveito para fazer um apelo à população de
no enfrentamento. Na Administração de
energética, questões ambientais, de mo-
Brasília. Estamos em pleno processo de dis-
Brasília, as ações mais exitosas têm sido
bilidade urbana, tudo o que discutimos
cussão do Plano de Preservação do Conjunto
aquelas demandadas pela sociedade.
aqui esteve em pauta. E Brasília instiga os
Urbanístico de Brasília. Conclamo todos a
Não temos condições de ter um exército
pensadores pela sua especificidade, pelo
participar desse processo. Porque é aqui que
de vigias para identificar a todo instante
seu projeto modernista. Mas eu defendi
poderemos fixar as balizas da preservação,
esses fenômenos. Mas a população
lá e defendo aqui que nós precisamos
mas compatibilizando todo o desenvolvimen-
denunciando, participando e cobrando
transformar a cidade modernista do
to econômico e social necessário à qualidade
da administração permite uma parceria
ponto de vista urbanístico em uma cidade
de vida e ao bem-estar dos seus habitantes.
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Brasília e Coisa & Tal
Romário Schettino
PPCUB - I O governo do DF promove, há dois anos, reuniões e plenárias para a elaboração do prognóstico do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB), a cargo da RS Projetos (que ganhou a licitação promovida pelo então governador Arruda). Esse plano só terá efeito para a população se afirmar que o principal problema da mobilidade urbana de Brasília é a péssima qualidade do transporte coletivo. Além de ruim, inadequado, ineficaz, não possui planejamento. A interligação Leste-Oeste no Plano Piloto, por exemplo, não existe, e isso obriga as pessoas que usam ônibus a circular por longuíssimas distâncias.
PPCUB - II Outro problema de Brasília: Ausência de ciclovias. O governo construiu poucos anos atrás a L4 Norte-Sul sem nenhuma área de circulação para as bicicletas. Note-se que nessa região estão localizados os clubes de lazer. Além disso, as passagens subterrâneas do Eixão são intransitáveis, sujas e abandonadas pelo poder público e pela população. Dar utilização a elas é urgente e absolutamente necessário. Se forem instalados nesses locais pequenos serviços para a vizinhança, tais como: costureiras, eletricistas, estofador, chaveiros, bombeiros hidráulicos etc, seria impulsionado o trânsito de pedestres nesses locais.
PPCUB - III
PPCUB - IV O engessamento do código de posturas de Brasília não permite que nas entrequadras e nas áreas comerciais das W3 Sul e Norte possam ser instalados pequenas salas de cinema. Tudo o que temos em Brasília está nos shoppings, que são caros, locais restritos e com exigência de pagamento de estacionamento. Além disso, não temos opção de local para programações cinematográficas culturais e educativas. Por que não pode haver cinemas e pode haver igrejas? É o que se pergunta no PPCUB.
PPCUB - V O Setor de Clubes Norte foi invadido por projetos habitacionais e, com isso, instalou-se o conflito entre área de lazer e de moradia. Os clubes não podem ter atividades próprias porque os “moradores” reclamam dos decibéis (barulho). Afinal, o Setor de Clubes está dividido entre o setor dos clubes ricos, onde tudo pode, e o setor dos pobres, onde nada é permitido. Tudo isso porque as “moradias” invadiram áreas impróprias ao seu uso e não há uma legislação adequada para o problema criado pela especulação imobiliária. Valter Campanato/ABr
Qual a avaliação dos técnicos relativa ao transporte sobre trilhos na Esplanada dos Ministérios? Tal modalidade sugerida pelo governo passado não prosperou porque o arquiteto Oscar Niemeyer vetou. Os funcionários públicos, que são obrigados
a ir para o trabalho de carro todos os dias, poderiam ter um transporte alternativo que levasse em conta o tombamento do Plano Piloto e a necessidade de baixa emissão de carbono de forma a evitar os transtornos diários a que são submetidos.
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Comunicando Marina sai do PV
Paulo Freire 90 anos
Embaixador Um ex-embaixador americano mandou para o seu governo, em Washington, uma nota pouco diplomática, mas certeira ao afirmar: “A Câmara Legislativa do DF é um refúgio de canalhas”. Ele se referia ao tempo em que o deputado distrital Adão Xavier, que depois virou Carlos Xavier, foi cassado por falta de decoro. Adão, ou Carlos, como queira, era acusado pelo assassinato de sua mulher. Não há quem discorde do embaixador. Salvo as exceções, que merecem respeito, a CLDF continua sendo uma Casa do Espanto!
Ataque à UnB Sob o falso argumento de que a UnB é um reduto do autoritarismo de esquerda, a revista Veja atacou o reitor José Geraldo. De tal forma descabida, desproporcional, que até o ministro do Supremo Tribunal Federal, o insuspeito Gilmar Mendes, saiu em defesa do reitor. A direita universitária, que não aceita a derrota que sofreu na eleição da reitoria, encontrou na Veja uma aliada à altura. Zé Geraldo deu uma resposta firme, e mobilizou a comunidade em defesa da universidade pública, gratuita e comprometida com as causas sociais. Não é por acaso que é na UnB que se organiza a Comissão da Verdade do Distrito Federal.
O educador, autor do método revolucionário de alfabetização, faria 90 anos se estivesse vivo. Para comemorar a data, o mundo inteiro está se mobilizando. A viúva de Paulo Freire, Ana Freire, vai à Grécia participar de homenagens. Em Brasília, a UnB prepara uma semana universitária, em outubro, dedicada a Paulo Freire. A Secretaria de Cultura do DF, junto com a Câmara Legislativa, realizará sessão solene no dia 19 de setembro, dia do aniversário do educador, e um encontro “para ler e reler o Brasil”. O professor Venício A. de Lima lançará, em setembro, o livro “Comunicação e cultura: as idéias de Paulo Freire”. Um edição UnB/Fundação Perseu Abramo, revista e corrigida, com introdução e prefacio de Ana Maria Freire.
Multas inglórias Fiscais do Detran descobriram uma maneira fácil de ganhar dinheiro. Estão multando os motoristas dentro das superquadras. A SQN 215, por exemplo, cujo estacionamento previsto no desenho original da quadra nunca foi construído, é vítima preferencial do Detran. Tem morador que já recebeu mais de dez multas. O poder público não toma providências, apesar de cobrado inúmeras vezes, mas as multas são aplicadas. E mais, até quando vamos continuar com o pior transporte público coletivo do país? Enquanto for assim, mais e mais automóveis continuarão a encher as ruas.
Artista de semáforo A cada dia aparecem novos artistas para animar os segundos enfadonhos do motorista que para nos sinais luminosos. Trapezistas, malabaristas, engolidores de fogo, equilibristas, estátuas, palhaços. Todo o tipo de apresentação em troca de algumas moedas. São geniais e merecem uma recompensa por nos distrair um pouco desse trânsito louco, enjoado e violento. São instantes de pura beleza. Valdir Dala Marta
Elza Fiúza/ABr
A ex-senadora e candidata derrotada nas últimas eleições presidenciais, Marina Silva, deixou o Partido Verde para fundar um novo partido. Marina procurou o deputado Regguffe. Desse encontro de campeões de voto no DF pode sair algo nacional? Depende da quantidade de adesões que surgirem, não é fácil criar mais um partido no Brasil que faça alguma diferença. É uma tarefa de fôlego.
Analfabetismo O governador Agnelo Queiroz lançou um programa para acabar com o analfabetismo no DF. Até 2014, o ano da Copa, a secretária de Educação, Regina Vinhaes, tem a missão de reduzir a zero o número de analfabetos. O Programa DF Alfabetizado começará em agosto na Estrutural e vai se espalhar por todas as regiões administrativas para ensinar a ler e escrever os cerca de 67 mil moradores analfabetos. Além da Estrutural, lugares como Itapoã, Ceilândia, condomínios Sol Nascente e Pôr do Sol também vão receber educadores treinados no método Paulo Freire.
E-mail: romario@abordo.com.br
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Panorama Político
tarcísio holanda
LULA SE QUEIXA DA IMPRENSA L
ula não perde qualquer oportunidade para se queixar da imprensa. “Eu tô ficando invocado. Faz seis meses que eu saí da Presidência, mas eles não saem do meu pé”. E enumerou as suas mágoas com dura ironia: “Primeiro, disseram que há diferenças entre mim e Dilma, que somos diferentes. Não precisa ser um especialista para saber que ela é diferente de mim”. Lula não tolera as comparações feitas: “Falaram que divergimos. Eu já disse que, se houver divergência, é ela quem estará certa. Não há divergências”, acrescentando: “Depois, quando fui a Brasília e tirei uma foto com senadores, disseram que ela era fraca. O babaca que escreveu a matéria nunca deve ter sentado com a Dilma para conversar. Ela pode ter todos os defeitos do mundo, menos ser fraca”. Lula falou de Dilma: “Ninguém que passa três anos na cadeia, sendo barbaramente torturada, e é eleita presidente, pode ser fraca”. Continuou os desabafos: “Inventaram também que ela é diferente nas coisas que faz, que eu falava muito. É que eu competia com o que eles falavam e o povo acreditava em mim”. E depois: “Chegaram a dizer que eu deixei uma herança maldita. A primeira herança maldita é o pré-sal. Tem o Prouni, o PAC 2. Quem sabe é o Minha Casa, Minha Vida 2...” E concluiu sobre a atuação da imprensa: “O dado concreto é que eles (jornalistas) não perceberam que as coisas mudaram no Brasil. Disse que o brasileiro agora se informa “de múltiplas formas”, e não apenas através dos “que achavam que formavam a opinião pública”.
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A Dilma é melhor “A Dilma vai fazer mais e melhor do que nós fizemos. Ela vai inaugurar, até o final do mandato, digo, deste primeiro mandato, obviamente, mais 200 escolas técnicas. Disse que Dilma sofreu mais discriminação na campanha eleitoral do que ele nos tempos em que usava o macacão. Sem citar o nome de José Serra, o adversário de Dilma, acusou o tucano de ter patrocinado “a mais preconceituosa campanha da história”. Fez troça para o auditório: “Inventaram até um meteorito de papel. Depois, falaram que era um objeto não identificado”. E adiante: “Falam em uma sociedade igualitária, desde que a mulher limpe a casa, lave a roupa suja”. Falou da sua ação social: “Aqueles que governavam para um terço da população estão incomodados ao ver pobre andar de avião”.
Lula debocha dos críticos Lula considera marca da evolução do governo que fez em dois mandatos o fato de ser hoje um conferencista aclamado. Quando falou na expressão factível, debochou dos que criticam seu linguajar: “Antes eu falava menos laranja, agora falo “en passant”, factível...” E continuou: “Tem gente que se incomoda de ver pobre de carro novo. Querem que pobre só ande de Brasília, de Chevette com pára-choque arrastando no paralelepípedo”. Encerrado o discurso do ex-presidente da República, a claque da UNE (União Nacional dos Estudantes) começou a entoar o refrão da preferência dos petistas: “olêêêê, olêêêê, olêêêê, Oláááá, Lulaaaa, Lulaaaaaaaaaa...” A presidente Dilma
recebeu convite para participar da manifestação da UNE para Lula, mas não compareceu.
Andando pelo Brasil “Faz meses que eu deixei a Presidência, e disse que ia entrar num processo de desencarnação, mas agora eu vou voltar a viajar pelo Brasil” – afirmou Lula, no discurso feito no Congresso da União Geral dos Trabalhadores, realizado em São Paulo, sábado (dia 16). Na oração de 25 minutos, Lula defendeu a sua política econômica e social adotada em dois mandatos (2003/2010). Disse que foi a combinação da política de abertura de crédito e dos programas sociais com medidas macroeconômicas que fizeram “com que 39 milhões de pessoas saíssem da pobreza”. E frisou: “Os ricos não sabem o que significa “100 real” nas mãos de uma mulher pobre”, e fez novas críticas às classes mais abastadas que ficaram descontentes com suas políticas, segundo sua opinião.
Pobre voando de avião “Tem gente incomodada porque tem pobre andando de avião. Fui agora para a Argentina e estava cheio de pobre no avião indo para Buenos Aires” – comentou, ácido. Lula acaba de criar um site na internet para dar publicidade às suas atividades políticas. O endereço eletrônico é o mesmo do instituto Cidadania, que ele criou em 2002 para debater suas propostas eleitorais para a Presidência da República. A página eletrônica vai abrigar a íntegra dos discursos de Lula, vídeos, fotos e notícias sobre a nova ONG do ex-presidente,
ainda em fase de criação, denominado provisoriamente de Instituto Lula. Seu objetivo com essa ONG é promover projetos sociais na África, inspirados em sua experiência dos dois mandatos que cumpriu na Presidência da República.
da reforma tributária, elevou os juros, ao invés de reduzi-los, e não enfrentou a sobrevalorização do real. Serra acha que o Brasil está sendo submetido a um intenso processo de desindustrialização, a que o governo não dá atenção.
A VEZ DE AÉCIO NO PSDB
Agressivo discurso de oposição
Candidato a presidente da República, de novo, nas eleições de 2014, o ex-governador José Serra está advertindo que o seu adversário será Lula, não a presidente Dilma Rousseff. Serra também não dá a menor importância à tese, tão difundida dentro do próprio PSDB, de que, no próximo pleito, o candidato da vez será o ex-governador e senador Aécio Neves. Nos bastidores, Serra espera, otimista, que Aécio não se disponha a enfrentar a candidatura de Lula para que ninguém dispute a vez com ele no PSDB. Serra diz que o que deseja é um novo confronto eleitoral com Lula para que tenha a oportunidade de dizer algumas coisas. Nos dois pleitos anteriores, 2002 e 2010, quando foi derrotado, primeiro, por Lula, depois pela candidata petista, Dilma Rousseff José Serra acha que o PSDB não poderá menosprezar os 43,7 milhões de votos que ele teve nas eleições de 2010. Sustenta que Dilma não será candidata, até porque crê que sua gestão será um fracasso e que Lula, embora venha negando, quer voltar ao poder. Esses seis primeiros meses de Dilma foram marcados, segundo Serra, pela perda de tempo. Serra acredita que Dilma, submetida a uma herança maldita, que não pode denunciar, e cercada por interesses partidários, não tratou do que é essencial, até o momento. Não tratou
O ex-governador de São Paulo acredita que as baixas taxas de investimento público deverão contribuir para agravar, sobremaneira, os notórios gargalos na infra-estrutura do país. Por isso mesmo, Serra sustenta a necessidade de a oposição assumir um discurso mais agressivo, formulando as críticas que o governo de Dilma está a merecer. Tudo indica, porém, que a realidade conspira contra as pretensões de José Serra em ser candidato a presidente nas próximas eleições. Dentro do PSDB, formou-se uma corrente majoritária a favor da candidatura de Aécio Neves. Nas eleições de 2010, além de ter colecionado mais uma derrota, o ex-governador José Serra, com o seu temperamento impulsivo, acabou provocando os adversários , que cresceram dentro do ninho tucano.
O colchão protetor do Senado Ao contrário de Serra, Aécio Neves obteve um mandato de senador por Minas Gerais durante oito anos. O mandato de senador funcionaria para o mineiro como um colchão protetor nas eleições de 2014. Mesmo que o adversário venha a ser o ex-presidente Lula, Aécio Neves nada terá a perder. Com a campanha eleitoral, terá uma oportunidade de ouro para utilizar os veículos de massa – rádio e televisão – para difundir as suas críticas a esses 12 anos de gover-
no petista e ainda retornar ao Senado, sem problemas. Para os tucanos, Serra precisa voltar as atenções para as eleições municipais de 2012, não para a sucessão presidencial de 2014. Isso significa que todos consideram oportuno que Serra reapresente a sua candidatura a prefeito da capital paulista no pleito do próximo ano. Isso acabará se transformando em um pleito a que Serra não poderá fugir.
Lula usa o avião de Mabel Na noite do último dia 14, uma quinta-feira, o ex-presidente Lula viajou de Goiânia para São Paulo em um avião modelo King Air cedido pelo deputado federal do PR de Goiás Sandro Mabel. O PR, como se sabe, foi o partido que assumiu a condição de principal protagonista do escândalo de corrupção do Ministério dos Transportes. Lula foi a Goiânia participar do Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes) e, em seguida, visitou a cidade de Aparecida de Goiânia para conhecer o Condomínio Águas Claras, um conjunto de casas populares que fazia parte do programa Minha Casa, Minha Vida, que vigorou durante seu governo. Foi recebido por políticos goianos, entre os quais o prefeito de Goiânia, Maguito Vilela e parlamentares do estado. Político rico, dono da fábrica de biscoitos Mabel, o deputado Sandro Mabel pôs o seu avião à disposição de Lula, que seguiu viagem rumo a São Paulo. O ex-presidente da República foi acompanhado por um séquito, que incluía um assessor de imprensa, diversos agentes de segurança e Luiz Dulci, o ex-ministro que hoje trabalha com o ex-presidente no Instituto Lula de Cidadania.
Política Brasília
Yuri Achcar
BRB ou BRCO?
Esqueletos por todos os lados
Diógenes Santos/Agência Câmara
Haja denúncias de mau uso de dinheiro público: superfaturamento em contratos de informática e de aluguel de veículos são apenas dois exemplos mais recentes e que estão sendo apurados com lupa pelo GDF. Fácil: as ações foram tomadas em governos anteriores. O problema é que os esqueletos não estão apenas nos armários, continuam assinando contratos na atual gestão. Basta lembrar o cachê de alguns artistas em shows recentes... Resta à Secretaria de Transparência usar o mesmo rigor e determinação em todas as investigações.
Bens bloqueados, salário em dia Alvo de uma ação de improbidade administrativa, o governador Agnelo Queiroz está com os bens bloqueados pela Justiça a pedido do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro. Para o MP, autor da ação, é uma forma de garantir o ressarcimento aos cofres públicos de supostos prejuízos causados pelo pagamento de aluguéis de apartamentos na Vila do Pan, durante os Jogos Pan-Americanos de 2007. Os valores estariam acima do valor de mercado. Na época da assinatura do contrato, Agnelo era o ministro do Esporte. O caso está no Superior Tribunal de Justiça, que determinou que o salário do governador não fosse atingido, mantendo o bloqueio do patrimônio de Agnelo. O advogado do governador, Luís Carlos Acolforado, tenta reverter a decisão. Ele argumenta que Agnelo teria assinado o contrato de aluguel da Vila do Pan apenas como representante da União e não era mais ministro quando os recursos foram liberados.
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ECA faz 21 anos Os 21 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente foram comemorados em audiência pública na Câmara dos Deputados. Foi lançado um novo serviço de denúncias de crimes pela internet. De forma anônima, é possível apontar sites sobre temas como pornografia infantil, racismo, intolerância religiosa e homofobia. Além disso, em 30 dias, a presidente Dilma Roussef deve lançar o Centro Nacional Policial de Proteção Online de Crianças e Adolescentes (Cenapol), que integrará denúncias e investigações sobre exploração sexual e desaparecimento de crianças. A deputada Erika Kokay (PT-DF), coordenadora da Frente Parlamentar Mista dos Direitos Humanos da Criança e do Adolescente, defendeu a construção de canais de comunicação entre crianças, jovens e o governo, como os conselhos municipais dos direitos da criança e do adolescente e os conselhos tutelares. “É de fundamental importância que crianças e adolescentes tornem-se protagonistas na construção de melhores políticas públicas, por exemplo. Essas crianças devem ter maior visibilidade longe das drogas, da violência”, defendeu a deputada. Brizza Cavalcante/Agência Câmara
O Banco de Brasília pode se tornar operador dos recursos do Fundo do Centro-Oeste (FCO) no DF e no Entorno. A ideia é do deputado Policarpo (PT-DF), que no último dia de sessão na Câmara antes do recesso defendeu, em discurso no Plenário, projeto de sua autoria sobre o tema. Não é pouco dinheiro: somente em 2011, estão previstos R$ 879,8 milhões para o Distrito Federal.
Distrito Federal contra o analfabetismo Taí um assunto que não é novidade. Nos últimos 15 anos, todos os governadores assumiram a meta de erradicar o analfabetismo no DF. Agora é a vez de Agnelo Queiroz, que lançou um programa com o objetivo de alcançar 100% de alfabetização até 2014. Em relação ao resto do País, a tarefa por aqui parece mais fácil. O número de pessoas que não sabem ler é, proporcionalmente, um dos menores do País. Pelos cálculos da Secretaria de Educação são 65 mil analfabetos no DF. Eles vão ser atendidos com a criação de 3.250 turmas nas escolas públicas. A prioridade são as três regiões com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no DF: Estrutural, Itapoã e os condomínios Sol Nascente e Pôr do Sol, em Ceilândia.
Jaqueline Roriz aposta no anonimato Depois de desistir do recurso apresentado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) vai enfrentar o Plenário da Casa, que deve decidir, por maioria simples, se cassa ou não o mandato da parlamentar. Caso insistisse no recurso, ele seria votado nominalmente pelos deputados, tanto na CCJ como no Plenário. Agora, a vantagem para Jaqueline é que a votação será secreta. Desse modo, os deputados poderão inocentá-la sem medo da opinião pública. Pega mal para a Câmara, como instituição, mas para ninguém em particular. E assim o assunto é encerrado sem criar o precedente de cassar o mandato de um parlamentar por um fato anterior ao mandato. Jaqueline foi flagrada com o marido, Manoel Neto, recebendo dinheiro de Durval Barbosa em 2006, na época em que disputava uma vaga na Câmara Legislativa. Na verdade, o recurso tinha apenas um propósito: levar a votação para depois do recesso e dar tempo a Jaqueline de convencer os deputados antes da decisão em Plenário.
Vaga paga A possível criação de estacionamentos subterrâneos na Esplanada dos Ministérios e em outras áreas da região central de Brasília vai reacender a polêmica sobre a privatização das vagas. A última tentativa de cobrança nos estacionamentos foi pelo Vaga Fácil, criado e sepultado no último governo Roriz. O programa foi atacado pelos motoristas, que não queriam pagar por vagas
Pedestre em segundo plano Para o carro ficar na garagem, o brasiliense precisa ter à disposição calçadas para caminhar. Parece óbvio, mas elas praticamente não existem no centro da capital. Brasília não foi construída para ser vivida a pé. Muitos semáforos não têm sinalização para os pedestres, que arriscam a travessia às escuras. É pelo centro que o GDF começou as obras de mobilidade, para facilitar a vida dos pedestres. O problema é que até mesmo obras recentes, inauguradas já no governo Agnelo, dão prioridade aos carros. A duplicação da via de acesso aos hotéis da orla do Lago, ao lado do Palácio da Alvorada, é um exemplo. Os moradores da Vila Planalto ficaram ilhados, sem calçadas, semáforos, passarelas ou faixas de pedestre. Anos atrás, sofreram o mesmo problema com a nova L4, que até hoje não oferece travessia segura para os moradores da vila.
Mudanças nas passagens subterrâneas O GDF trabalha em uma proposta de revitalização das passagens subterrâneas de pedestres, outro exemplo das agruras enfrentadas por quem anda a pé na capital. A ideia é movimentar os espaços, com a criação de galerias de pequenos serviços, como chaveiro e sapateiro. O desafio será conseguir a aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan). No governo Arruda, um projeto que eliminava as perigosas esquinas e ampliava as entradas e saídas das passagens foi vetado pelo órgão. José Cruz/ABr
Renato Araújo/ABr
públicas, e pela Justiça, que considerou ilegal a cobrança de multas e taxas por funcionários terceirizados da empresa privada que administrava o “negócio”, em vez de agentes do Detran ou policiais militares. Pois os brasilienses devem começar a se acostumar com a ideia de pagar pelo estacionamento. A criação das novas vagas está vinculada à exploração comercial delas. Afinal, nenhum cidadão tem o direito constitucional de estacionar o carro em uma vaga pública e gratuita. Estacionamento não é saúde ou educação. A luta deve ser por um transporte coletivo eficiente, que permita ao brasiliense ir ao trabalho e deixar o carro na garagem de casa.
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FINALISTAS
8° Prêmio Engenho de Comunicação
O Dia em que o Jornalista Vira Notícia. Noite de Premiação Dia: 17 de agosto Local: Embaixada de Portugal End.: Av. das Nações, Qd. 801 - Lote 2 - Setor de Embaixadas Sul Horário: 20h30
MELHOR PROGRAMA DE TV DF TV 1ª edição – TV Globo DF Record – TV Record SBT 1ª Edição – SBT INOVAÇÃO JORNALÍSTICA Parceiros DF – TV Globo Pacote Ipad – Correio Braziliense Coluna Boas Ideias - CBN INICIATIVA ACADÊMICA UnB Uniceub Universidade Católica de Brasília MELHOR APRESENTADOR(A)/ÂNCORA DE TV Antônio de Castro – TV Globo Henrique Chaves – TV Record Neila Medeiros – SBT SITES Correio Braziliense Finíssimo Mais Comunidade VEÍCULO IMPRESSO Caderno Cidades – Correio Braziliense Revista Brasília em Dia Revista Plano Brasília COBERTURA DE BRASÍLIA Jornal de Brasília Rádio CBN TV Record
COLUNA Alto da Torre (por Eduardo Brito) – Jornal de Brasília Brasília DF (por Luiz Carlos Azedo) – Correio Braziliense Nas Entrelinhas (por Alon Feuerwercker) - Correio Braziliense GESTÃO COMUNICAÇÃO Consuelo Badra - Revista Foco Luís Cláudio Costa e Ewerton Machado - Rede Record Brasília Ronaldo Junqueira - Jornal da Comunidade PROGRAMA DE RÁDIO Bandnews Fm 1ª Edição - BandNews CBN Brasília - CBN Tarde Nacional – Rádio Nacional AM Realização: Engenho Criatividade e Comunicação Responsável: Kátia Cubel Tel.: (61) 3242.1095/ 7811.0874 www.engenhocriatividade.com.br 22
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PERSONALIDADES DA COMUNICAÇÃO 2011 Homenagem Especial Ilimar Franco – Jornal O Globo Luis Orlando Carneiro – Jornal do Brasil Rui Nogueira – O Estado de S. Paulo
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Capa
Por: Michel Aleixo | Fotos: Fábio Pinheiro e Victor Hugo Bonfim
Pequenas vítimas
Distrito Federal é o 4º em denúncias de violência contra crianças. Muitas vezes o agressor está bem próximo
E
is a situação. Mãe e três filhas. Uma com sete anos, e as outras duas, gêmeas, de quatro anos de idade. A mãe começa a se relacionar com um novo companheiro. Passados alguns meses, a filha mais velha tenta alertá-la que algo estranho vem acontecendo. A menina julga que o padrasto tem agido de forma inadequada com uma das caçulas. A mãe não acredita. A situação prossegue. A mais velha não se cala. Tem pesadelos e noites mal dormidas. Quando a mãe, finalmente resolve abordar o companheiro, ele nega veementemente, mas não para. A partir daí, enquanto a caçula sofre violência sexual, a mais velha é vítima de violência física e psicológica. “Você não vai dizer nada”, é a ameaça. A tragédia só é descoberta quando a mãe encontra sangue nas roupas íntimas da caçula. O agressor é preso. A família é amparada por uma instituição social. Para chegar até aqui, foram sete meses de violência. E, se levar em conta os traumas físicos e psicológicos, mensurar é, no mínimo, cometer erros. Dentre as inúmeras definições do que é a violência, sob os olhos da lei e da moralidade, não existe na sociedade moderna agressão mais devastadora que a praticada contra incapazes. Crianças, adolescentes, indivíduos fragéis e com caráter ainda em formação. Em termos práticos, é direito fundamental de crianças e adolescentes, o acesso à saúde, liberdade, educação e lazer. A cessão de qualquer um desses direitos representa crime. Tais diretrizes são universais desde novembro de 1989, quando foi realizada pelas Nações Unidas a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança. No Brasil, no dia 13 de julho, completaram-se 21 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA). A lei que o criou, nº 8.069/90, garantiu em seu artigo 1º: proteção integral as crianças e adolescentes brasileiras, sem distinção de raça, cor ou classe social.
CICLO DA VIOLÊNCIA Infelizmente, esses crimes continuam acontecendo e com regular frequência. A situação relatada no início do texto, ocorreu no Distrito Federal. Violência contra criança é um assunto delicado e que requer muito tato no manuseio. Não só do ponto de vista físico, como também do legal. O Ministério Público é rigoroso ao fiscalizar a exposição pública de menores quando nessas circunstâncias. Tanto que nenhuma criança pode ser identifica nesta reportagem. Esse relato, contado pelo psicólogo Marco Antônio Baião, responsável pelo Projeto Violeta, desenvolvido no Hospital Regional da Asa Sul (HRAS), ilustra muito bem e serve de alerta. Felizmente, o serviço de saúde pública conta com programas e órgãos assistenciais que amparam famílias que sofrem tais tragédias. Sendo um programa de prevenção e assistência a crianças e mulheres vítimas de violência, o Projeto Violeta conta com uma equipe formada por psicólogos, assistentes sociais, médicos e enfermeiros. Só no ano passado foram realizados 918 atendimentos na unidade da Asa Sul. Conforme o especialista, em cerca de 90% dos casos de violência contra menores, o agressor é uma pessoa próxima ou do convívio familiar da vítima. “Um padrasto, madrasta, amigo, vizinho”, enumera. “Por isso é importante que os pais estejam atentos ao que ocorre dentro de suas casas ou quando estão fora, trabalhando. Muitas das pessoas que atendemos
Em muitos casos, crianças que sofrem abusos físicos são penalizadas por uma herança maldita de família. Como um ciclo, os pais sempre apanharam e acham natural bater nos filhos
aqui demoram para descobrir que os filhos são vítimas de violência, simplesmente porque são pais ausentes”, explica o psicólogo. Com base nisso, é que o Projeto Violeta estendeu o atendimento à família da vítima. “Em muitos casos, crianças que sofrem abusos físicos são penalizadas por uma herança maldita de família. Como um ciclo, os pais sempre apanharam e acham natural bater nos filhos”, aponta Baião. Engana-se quem acredita que a violência contra menores se resume somente ao abuso sexual por meio de estupros e o abuso físico com surras severas que costumam resultar em hematomas, ossos quebrados, partes do corpo com inchaços, manchas roxas e outros. Marco Antônio explica que situações de menores gravidades, na visão da maioria das pessoas, também podem deixar sequelas e são passíveis de punição criminal. O psicólogo enumera quatro tipos principais de violência: a física, a sexual, a psicológica e a negligência. A física costuma ser visível com queimaduras, hematomas, feridas e fraturas que não se adéquam à justificativa fornecida pelos responsáveis da criança. Ou seja, a ocultação de lesões antigas ou explicadas com alegações que não convencem. A violência sexual, agressão que não ocorre, necessariamente, com penetração. Tocar o corpo da criança de maneira maliciosa; apresentar um filme pornográfico ou tomar banho com ela e sentir excitação também são formas
de abuso sexual. Violência psicológica, quando o maior ou responsável denigre a imagem da criança com ofensas e rebaixamentos. É o caso do sermão do “por que você nasceu?” ou das punições verbais severas. E, por fim, a negligência, que ocorre quando os responsáveis não preservam a saúde da criança perante acidentes previsíveis ou descuidam da alimentação, vestuário e tratamento médico adequado. “Atendemos aqui uma criança que teve paralisia cerebral por se afogar em um balde com produtos de limpeza na cozinha de casa”, conta o psicólogo. Ele adverte que, qualquer uma dessas violências pode levar uma pessoa à morte. Inclusive por suicídio.
DISQUE 100 Com o ECA, o Brasil ganhou uma legislação de primeiro mundo no que se refere aos direitos da criança. Antes dele, era vigente o Código de Menores, que tratava das situações irregulares e não do individuo, propriamente. “Ele não defendia a criança, mas sim a situação que ela atravessava. Como um crime cometido”, afirma o Conselheiro Tutelar Rafael Madeira, da região administrativa de Brasília. Ele explica que, com o ECA, é dever do Estado garantir os direitos da criança desde o seu nascimento. “Na teoria é uma lei completa”, opina. Rafael que tem formação em direito, há cinco anos é um dos responsáveis pelo Conselho Tutelar. O órgão é a primeira instância pública de auxílio aos menores e às suas famílias quando vítimas de qualquer tipo de violência. É dever do conselho, após receber um chamado, encaminhá-lo às autoridades competentes, seja a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) ou uma instituição de auxílio como o Projeto Violeta. O Disque 100 funciona em todo
o país. É um serviço de ouvidoria da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), responsável por receber e encaminhar denúncias de violação de direitos humanos aos conselhos tutelares. O serviço funciona por 24 horas ininterruptas. Em oito anos de funcionamento, já foram quase três milhões de chamadas. Dados da SDH revelam que, no ranking das unidades da federação que mais receberam denúncias, por grupo de 100 mil habitantes, o DF aparece na quarta posição, com um percentual de 30,99 de chamados. Para Rafael Madeira, o alto índice não significa necessariamente que o DF tem mais casos de violência. “Em Brasília, um estado pequeno e com alto índice de desenvolvimento, as pessoas são mais informadas em relação aos seus direitos”, acredita. Segundo ele, o que ocorre na capital do país é um número maior de denúncias. “Em todos os orelhões daqui existe a tecla de discagem rápida para o disque denúncia”, ressalta.
CAUSAS Entre os especialistas não há unanimidade ao classificar os fatores que levam os adultos a praticarem violência contra menores. A psicóloga Thereza Marco Antônio Baião, responsável pelo programa de amparo Projeto Violeta
Para Rafael Madeira, conselheiro tutelar de Brasília, as denúncias são fundamentais
de Alcântara diz que não existem estudos conclusivos. “A violência não escolhe raça, classe social ou econômica. São divulgados mais casos em famílias pobres, simplesmente porque as famílias mais abastadas preferem escondê-los e procuram ajuda na rede particular”, justifica a profissional que é da equipe do Projeto Violeta. Já o conselheiro Rafael Madeira aponta o alcoolismo e a cultura de que “a palmada costuma educar” como pontos causais de incidência. Opiniões à parte, certo mesmo é que, conforme os profissionais entrevistados, é de suma importância a conscientização de todos para o fato de que denunciar é a melhor saída. “Basta presenciar um criança sendo mau tratada, procure as autoridades e denuncie mesmo”, proclama Thereza. Outro alerta apontado pelos especialistas é o de que professores devem ficar de sobreaviso a quaisquer sinais característicos de violência.
“Crianças com roupas de manga longa no verão, geralmente escondem marcas. Uma tristeza constante e a sexualidade aflorada também são sinais comuns”, completa a psicóloga. Através de brincadeiras lúdicas e afeto, os profissionais do Projeto Violeta e outras instituições de assistência, aos poucos, terminam por conseguir apagar a tristeza das crianças vitimadas. Resgatando nelas a confiança na figura
As vítimas culpam-se e costumam ter sentimentos confusos. Não conseguem entender porque a mesma mão que alimenta e acaricia também maltrata
A psicóloga Thereza de Alcântara atende crianças vítimas de violência
do adulto. “As vítimas culpam-se e costumam ter sentimentos confusos. Não conseguem entender porque a mesma mão que alimenta e acaricia também maltrata”, observa Thereza. Se em muito adultos os traumas do cotidiano criam um solipsismo amargurado, o que dizer da personalidade de uma criança sem conceitos definidos do que é certo ou errado? Que com os traumas perdem no olhar o preceito de que o mundo pode lhes oferecer um fu-
turo promissor. “Muitas crianças nunca receberam um abraço da mãe. Imagine como é crescer sem afeto?”, indaga Marco Antônio. Segundo ele, não é raro que crianças, vítimas de abuso, criem dificuldades de relacionamento afetivo ou costumem passar a agressividade recebida para outros. Síndrome do pânico, transtornos de ansiedade e de estresse pós traumático também são comuns nas pequenas vítimas. As marcas físicas desaparecem, mas os flagelos da alma não com tanta facilidade. Mas, o importante em todo esse quadro, caracterizado por muita gente como de “horror” é que nunca é tarde para procurar ajuda ou denunciar. SAIBA MAIS O site www.observatoriodainfancia.com.br do pediatra Lauro Monteiro reúne textos e relatos de vítimas de violência infantil. Entre os destaques, uma galeria de imagens onde o especialista desafiou fotógrafos de todo o país a registrar situações de violência e falta de afeto vividos por crianças.
Serviço Disque 100 O Disque 100 funciona 24 horas, inclusive nos finais de semana e feriados. As denúncias podem ser anônimas, o sigilo é garantido. As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem direta e gratuita ou acessar www.disque100.gov.br Conselhos Tutelares Presentes em todas as regiões administrativas. O da região de Brasília atende pelos telefones 3905-1349 ou 3905-1354. Projeto Violeta Funciona no Hospital Regional da Asa Sul (HRAS) pelo telefone 3445-7669.
Cidadania
Por: Tรกssia Navarro | Foto: Fรกbio Pinheiro
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ONG ajuda crianças e adolescentes soropositivos
N
o país que, segundo pesquisa das Nações Unidas para a Aids (Unaids), abriga cerca de um terço dos portadores de HIV da América Latina, uma Organização Não Governamental (ONG), a Vida Positiva, ensina crianças e adolescentes a vencerem o preconceito de serem soropositivas, conviverem bem e levarem uma vida normal. A entidade ensina, mais do que viver, ser positivo acima de tudo. Há quatro anos desempenhando um trabalho voluntário de solidariedade, amor ao próximo e dedicação, Vicky Tavares batalha para dar tudo do melhor às 17 crianças e adolescentes que hoje moram no lar da Vida Positiva, na Asa Sul. Frequentar a escola, tirar boas notas, praticar esportes e estudar uma língua estrangeira são requisitos básicos que as crianças da Vida Positiva desempenham muito bem. “Eles fazem tudo normalmente. É claro que ainda existe muito preconceito e que eles se privam de fazer algumas coisas por medo. Mas nada por causa do vírus. Todos estão com a carga viral zerada”, explica Vicky. Com sentimento de solidariedade no peito, o amor e batalha que a vovó Vicky, como é chamada pelas crianças do local, marca em cima a rotina das crianças e não relaxa nunca nos horários da medicação que é ministrada de quatro a sete vezes no dia, sob orientação médica. “Fora a doença, são crianças normais e que fazem artes iguais às outras”, ressalta Vicky. O trabalho da organização começou quando a simpática Vicky Tavares, com uma loja em um comércio começou a se envolver em trabalhos de associações comunitárias e a prestar trabalhos voluntários. Foi em um desses voluntariados que conheceu uma instituição que cuidava de crianças portadoras do vírus HIV. Sabendo que os pequenos não recebiam tratamento adequado, resolveu então montar a sua “Vida Positiva”. Como a afinidade dela com as crianças era muito grande, muitas famílias pediam para que os pequeninos ficassem aos seus cuidados. Hoje, a fundadora do Vida
Positiva considera todas as suas “crianças” como filhos. Com elas, Vicky encontra conforto e carinho. Muitas das crianças que hoje estão no Vida Positiva migraram da instituição que Vicky ajudou quando fazia trabalhos voluntários. “Eu os conheci doentes terminais e hoje está todo mundo bem. Zerados. Fazemos um trabalho sério e de muita dedicação com eles”, esclarece. Além de abrigar e dar assistência às crianças, a ONG fornece auxílios médico, odontológico, psicológico, social e educacional e, ainda, alimentação balanceada. Há cardápio específico para cada uma delas, o que possibilita a diminuição dos riscos de doenças metabólicas. Além das crianças que moram na instituição e chegam até lá por intermédio da Vara da Infância e Juventude do Distrito Federal, existem outras que passam apenas o dia. À noite elas retornam para seus lares. Para as famílias dessas crianças, a Vida Positiva presta auxílio social e fornece cesta básica e gás. Com apoio financeiro de voluntários, a ONG consegue custear todas as despesas das crianças, como roupas, alimentação, material escolar e atividades de lazer. “Não temos nenhuma ajuda do Governo. É tudo ajuda de voluntários. Mas isso é muito complicado. Aqui em Brasília o costume do voluntariado é pouco”, desabafa Vicky. Segundo ela, o resultado do trabalho realizado pela instituição é visto na saúde das crianças. O quadro clínico delas é melhorado a partir do momento em que entram na instituição. A receita infalível da melhora, conforme Vicky, é o amor que é dado no local a essas crianças que o destino quis marcar. Para Vicky, a sua maior recompensa, além de ver que todas as suas crianças estão bem, é o reconhecimento. “Ela é, abaixo de Deus, tudo na minha vida”, garante Dudu, irmão de um soropositivo da Instituição e que mora no mesmo local para não se separar do irmãozinho. Serviço ONG Vida Positiva www.vidapositiva.org.br
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Gente
Por: Edson Crisóstomo
Denise Zuba e Ivana Valença
Sheila Podestá, Moema Leão, Eliane Martins e Silvana Lorenzi
Marcela Passamani, Maura Garzon e Luciana Passamani
Ney Lima, Eser Seabra e Hugo Guimarães
Política Roriz será candidato Depois de ser barrado para concorrer ao governo do Distrito Federal nas eleições de 2010, o ex-governador Joaquim Roriz ver no Entorno a sua chance de voltar ao cenário político novamente. A cidade da vez é Luziânia, reduto do político. A previsão é que ele lance a sua pré-candidatura à prefeitura daquele município ainda em setembro. As eleições municipais vão ocorrer em 2012.
Para bom entendedor, meia palavra No espaço destinado à propaganda política do PMDB-DF, o presidente do partido e vice-governador Tadeu Filippelli deu o recado ao partido do governador Agnelo Queiroz. Na TV, ele se posicionou quanto a escolha do novo secretário de Obras. Pasta que era ocupada pelo deputado federal Luiz Pitiman. Filippelli defendeu que o seu partido cumpre compromissos e que vem fazendo a sua parte. Finaliza o discurso assegurando que o PMDB tem compromisso com Brasília e com o verdadeiro novo caminho.
José Filho José Filho
Erivelton Viana
Rodrigo Nogueira e Sérgio Graça
Rodrigo Nogueira, José Celo Gontijo e Gustavo Reis
Caixa Rápido Dolar freado. Brasileiros em festa Enquanto a equipe econômica brasileira se esforça para conter a valorização da moeda americana, o consumidor brasileiro faz a festa e se esbaldam em comprar produtos importados que tiveram considerável queda de preços. As viagens para fora do país, queijos suíços, vinhos de excelentes safras e aparelhos eletrônicos estão na lista dos produtos mais procurados. Com a desvalorização do dólar, quem agradece mesmo é o bolso do brasileiro.
Julio Cesar Peres e Elson Ribeiro Póvoa
Geleia Geral O 44º Festival de Cinema O longa-metragem Rock Brasília – Era de Ouro, que conclui a trilogia do documentarista Vladimir Carvalho sobre a capital brasileira, será exibido em hours concours na noite de abertura d0 44° Festival de Cinema de Brasília. A história dos jovens brasilienses que liderados por Renato Russo colocaram o rock da cidade no mapa será exibido na noite do dia 26 de setembro, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. O convite foi feito pelo Secretário de Cultura, Hamilton Pereira e pelo Coordenador do Festival, Nilson Rodrigues.
Cidade
Por: Veronica Soarez | Ilustração: Werley Kröhling
Onde estou?
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Pra onde vou? Falta de placas de endereçamento complicam a vida dos brasilienses A D ER U Q ES
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uando a dona de casa Maristela Nichilini foi casar, há aproximadamente dois anos, viveu uma experiência inesperada. A festa do seu casamento aconteceu em um condomínio na região de Sobradinho. Mas, ao convidar os amigos para a festa, descobriu que poucos sabiam a localização do salão onde iria ser realizado o evento. Não teve jeito, a única forma encontrada pela noiva para que os convidados chegassem foi fixar faixas pelo caminho para orientar as pessoas. Mesmo com a atitude da noiva, muitos dos convidados se perderam no caminho e não compartilharam com a noiva o seu grande momento. A atitude de Maristela não é única. Junto com ela, muitas pessoas recorrem às faixas para indicar o local exato aonde está acontecendo o evento. Se no centro da capital federal, todas as quadras e blocos têm uma placa para orientar a localização das pessoas, o mesmo não acontece nos condomínios e em outras regiões administrativas do Distrito Fe-
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deral. Quem passa pelas ruas dos condomínios do lago Sul nos fins de semana, por exemplo, repara na quantidade de faixas indicativas improvisadas. Para muitos, o sucesso da festa só é possível com o auxílio delas. “Apesar de muitos convidados terem se perdido no trajeto, as faixas ajudaram a muitos chegarem a tempo. É preciso mais placas de endereçamento na cidade”, aponta Maristela. A secretária Juscileia Santos, também não teve dúvidas quando fez a festa do aniversário de oito anos do pequeno Júlio Cesar, seu filho. Ela mora na região de condomínios do Jardim Botânico e, para auxiliar os amigos que ainda desconheciam o caminho de sua casa, teve que colocar faixas indicando todo o trajeto. Um custo a mais no orçamento. “Foi a alternativa que encontrei para que os convidados não se perdessem pelo caminho. A festa foi um sucesso. Valeu a pena sinalizar com as faixas”, conta. Parece que um simples ato virou moda: “Aniversário do Luan”. “Karla e Eduardo”. “Aniversário da Vitória”. A ação não é nada mais do que uma atitude das pessoas para não se perderem. Hoje, com o crescimento de condomínios ao
redor de Brasília, muitos deles sequer têm endereçamento ou nome do bairro estabelecido no Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT), o que dificulta até mesmo para o morador assegurar o seu estabelecimento domiciliar nas horas de solicitação de serviços como água, luz, telefone, crediários e referências bancárias. Mas se para uns faltam placas indicativas de endereços, para outros, esta é uma forma de lucro. James Henrique trabalha com confecção de faixas há mais de 15 anos. Segundo ele, apesar da procura ser pouca, sempre aparecem pessoas querendo fazer as famosas faixas indicando o endereço. “Grande parte das pessoas que recorrem a essas faixas moram em condomínios e regiões recém loteadas pouco conhecidas”, informa. Mas o problema não se restringe apenas a esses. Até mesmo James, que mora na área central de São Sebastião, diz sofrer com a falta de placas indicativas de endereço em sua cidade. “É difícil até mesmo para o pessoal dos Correios. Chegam muitas cartas de outras pessoas em minha casa. Se existissem mais placas indicativas não iria ter essa confusão”, observa.
FORRÓ D
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Mas apesar de parecer uma alternativa, a prática adotada é ilegal. Uma lei distrital proíbe qualquer tipo de faixas de propaganda em canteiros, passeios, passarelas e acostamentos do Distrito Federal. De acordo com a Agência de Fiscalização (Agefis), somente no ano passado foram recolhidas aproximadamente 46 mil faixas no DF.
O que diz a lei De acordo com a Lei Distrital nº 3.035/02, nenhuma propaganda pode ser posicionada de modo que prejudique a visibilidade da sinalização, obstrua o trânsito dos pedestres ou dos ciclistas. Com isso, é proibido afixar propaganda com altura superior a 12m, nos canteiros centrais, na forma de cavaletes, em área pública, em árvores ou arbustos, em interseções ou rótulas de vias urbanas e rodovias, em linhas de poste e transmissão, em dutos de abastecimento de água ou em hidrantes. Além disso, é vedada a colocação de anúncios em trevos, passagens de nível, viadutos, pontes, passarelas, túneis, muretas ou grades de proteção de rodovias, ferrovias e metrovias. Além de ser proibido por lei, o ato pode gerar multa.
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Mercado de Trabalho Por: Michel Aleixo | Fotos: Fábio Pinheiro
Fabricando
Carnaval
Oficina qualifica artistas locais para atuarem nas escolas de samba do DF
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o início nos barracões das comunidades às atuais mega produções, os desfiles de escolas de samba estão se tornando vitrines de celebridades, patrocinadores e dinheiro. Em cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo, técnicos de luzes e de efeitos especiais dividem espaço com os artesãos e sambistas. Não há dúvidas de que a maior festa popular do mundo é hoje um negócio lucrativo no Brasil. Aos poucos o carnaval de Brasília caminha nessa mesma direção. A cada ano, o crescente público que vai ao Ceilambódromo prestigiar as escolas de samba locais, atesta as palavras de gente que respira o carnaval candango há décadas, como o presidente da Associação Recreativa Unidos do Cruzeiro (Aruc), Moacyr Oliveira Filho. Ele é categórico ao afirmar “em pouco tempo, o Carnaval de Brasília também será uma festa referência para o resto do país”.
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Nos últimos três anos, uma parceria entre o Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e a Liga das Escolas de Samba de Brasília (Liesb) tem contribuído de forma significativa para a evolução do carnaval candango. Com o projeto “Fabricando Carnaval”, carnavalescos e profissionais renomados de faculdades e escolas de samba do Rio de Janeiro vem a Brasília ministrar aulas gratuitas de criação de alegorias, cursos gestores e oficinas. O objetivo é nobre. Aprimorar os conhecimentos dos carnavalescos locais para que as escolas de samba candangas possam ser auto-suficientes. “Até pouco tempo, todas as fantasias das escolas de samba de Brasília eram sobras dos desfiles do Rio de janeiro e São Paulo”, conta a coordenadora do curso, Vera Guilam. Ela explica que, com o Fabricando Carnaval, os artesãos da cidade estão se gabaritando para contribuir não só para o carnaval,
como também aprendendo técnicas que poderão ser aplicadas em suas profissões. “Como a maioria dos alunos também trabalha com arranjos para festas, artesanato e coisas do tipo, eles estão aprendendo técnicas para utilizar por toda a vida”, celebra. No último dia 17 de junho, uma cerimônia na quadra da Aruc diplomou as turmas de 2010. Oficina de desenhos de figurinos, construção e decoração de fantasias, adereços, esculturas, maquiagem artística e percussão foram alguns dos cursos oferecidos pelo Fabricando Carnaval. Para o instrutor José Antônio Rodrigues, a grande vantagem das oficinas é que elas se renovam a cada ano. Com isso os alunos podem se tornar verdadeiros especialistas no Carnaval. “Alguns alunos já fizeram três, quatro cursos. Eles saem daqui com conhecimento suficiente para trabalhar como decorador de vitrines em lojas ou na cenografia teatral”, pontua. “Estamos gerando empregos”, completa o profissional formado pela Faculdade Estácio de Sá do Rio de Janeiro. A aluna Glenia Duarte exibe sua criação
A artesã Glenia Duarte é uma das alunas prodígio das oficinas. Com os diplomas dos cursos de gestão de Carnaval, maquiagem artística e produção de fantasias no currículo, ela já foi convidada por um dos professores para uma temporada de aperfeiçoamento na cidade maravilhosa. Posando ao lado de uma fantasia produzida por ela mesma, a artesã lamenta que poucas escolas de samba do DF ainda buscam talentos no curso. “Quem perde são elas. Os trabalhos de muitos alunos desses cursos estão tendo um nível de qualidade compatível com os das grandes escolas”, garante. Para o membro da comissão carnavalesca da Gaviões da Fiel de Águas Claras, Vanderlei Magno, muitas escolas ainda não aproveitam os talentos do Fabricando Carnaval porque os cursos são ministrados apenas no espaço físico da Aruc. “Acho a iniciativa excelente, mas as oficinas deveriam ser ampliadas. Alguns artesãos não vêm para cá até mesmo por uma questão de rivalidade. Acho que esses cursos deveriam ser itinerantes”, afirma. A coordenadora do Fabricando Carnaval ressalta que apesar de funcionar na sede da escola de samba do Cruzeiro, não existe relação da escola com o projeto. As aulas acontecem no local apenas por uma questão de logística. “Qualquer pessoa é bem vinda. Esperamos é que no próximo carnaval, todas as fantasias sejam confeccionadas pelos talentos locais. O que estamos fazendo aqui é um trabalho de inclusão social”, garante Vera. A previsão da coordenação do Fabricando Carnaval é que as próximas matrículas comecem em novembro. Serviço Fabricando Carnaval - (61) 3361.1649
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Tecnologia
Por: Fernanda Azevedo | Fotos: Victor Hugo Bonfim
Quanta Plus Tecnologia de ponta em laser
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ue o povo brasileiro é vaidoso não há duvida. Prova disso é o crescimento do mercado de beleza no país. O brasiliense então, nem se fala. Adora clínica de estética e salão de beleza. E,quando o assunto é inovação, o mercado costuma estar super aquecido. Uma maquina a laser, a Quanta Plus, de fabricação italiana, promete revolucionar o mercado de beleza na cidade. O aparelho, um dos mais recentes do ramo, permite a remoção rápida e eficaz de lesões pigmentadas benignas, remoção de pêlos indesejáveis de forma eficiente e depilação a laser. O diferencial da máquina
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é sua capacidade de montar uma plataforma com vários lasers, sem afetar a performance de nenhum dos sistemas. A combinação do Quanta Plus é baseada em diferentes fontes de laser como o Nd: Yag 532nm que possui o melhor comprimento de onda para teleangectasias finas faciais; o Alexandrita 755nm em estado sólido; o Nd: YAg 1064nm para tratamento vascular em membros inferiores; o Nd: Yag 1320nm e Er: Glass 1540, um laser fracionado de coagulação, com alta penetração e que ocasiona recuperação rápida. A Quanta Plus abriga, também, vários tipos de comprimento
de luz pulsadas como 400nm, 550nm e 570nm, que permite diversas indicações clinicas como: fotorejuvenescimento, tratamento de acne, queloide, estrias, cicatrizes, manchas e a depilação definitiva, um dos tratamentos mais procurados. Há muitas pessoas querendo se livrar daqueles pelos que tanto incomodam. E, diferente das velhas lâminas de barbear e da cera, o laser veio para revolucionar o mercado, pois inibe o crescimento dos pelos por grandes períodos de tempo. Em alguns casos até para sempre. A Quanta Plus foi desenvolvida justamente para satisfazer as necessidades dos profissionais da área de estética, que desejavam combinar diferentes tipos de tratamento a lazer e em uma única maquina. O sistema da máquina é versátil e atende à maioria das necessidades dos pacientes que procuram ficar mais belos, reparar imperfeições ou retirar manchas na pele. Os lasers se adéquam ao tipo e fragilidade da pele, sem a inoportuna necessidade de constantes trocas de filtros. Serviço Instituto Emagrecer CLS 312, bloco B, loja 18 – Asa Sul ( 61) 3345.5312 www.institutoemagrecer.com.br
Cotidiano
Por: Veronica Soarez | Fotos: Divulgação
Inverno
quente
Brasilienses reclamam da alta temperatura
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ara muitos, o inverno é a estação mais charmosa do ano. A estação é perfeita para as pessoas que gostam de andar na moda. Além das tendências das cores e das texturas dos tecidos, que normalmente são mais grossos, também é a época para usar e abusar de acessórios como lenços, brincos e cachecóis. Com a chegada do frio, não tem jeito. Ou a pessoa investe dinheiro comprando várias peças ou tira do guarda roupas aqueles casacos poderosos, botas, sobreposições e tecidos diferentes guardados no fundo do baú desde o inverno passado. Mas este ano, o inverno não chegou de vez. Muitas brasilienses que gostam
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de andar na moda reclamam das altas temperaturas sentidas nessa estação. Caso da bacharel em direito, Raquel Sepúlveda, 23 anos. Filha de costureira, a moça se diz apaixonada por moda. Apesar de andar o ano todo de acordo com as tendências da estação, é no inverno que Raquel aproveita para esbaldar em seu jeito de se vestir. “Gosto dessa estação. Este ano não senti a necessidade de colocar botas e cachecóis. Fez um calor além do esperado”, reclama. “Esse inverno teve todo um diferencial de cores mais alegres, mas ainda não teve aquele frio que tivesse a necessidade de colocar os casacos de couro e de lã, como faço todos os anos. Ainda bem
que não comprei muitas roupas para esse inverno”, explica. A universitária Gisele Santos não teve muitos prejuízos, pois comprou poucas peças de frio. Mas se sentiu decepcionada com o clima, pois prefere o frio ao calor, embora já esteja acostuma com o clima de Brasília que considera estranho. “O clima da cidade é muito estranho mesmo. Faz calor no inverno e frio no verão”, acredita. Quanto às roupas que comprou, ela usa a noite, já que a temperatura cai quando escurece. O problema é que não teve muitas oportunidades para usá-las de dia. “Eu esperava que estivesse mais frio. Aqui em Brasília quase nunca tem clima para usarmos roupa de frio”, diz.
Apesar de muitas pessoas reclamarem da alta temperatura atípica deste inverno, de acordo com o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Manoel Rangel, no ponto de vista climatológico, não há nada de errado com o inverno de Brasília. Segundo ele, as temperaturas ficaram dentro do esperado para a estação. Ou seja, com temperaturas mais baixas durante a madrugada e mais altas no decorrer do dia. “O inverno tem três momentos. Nos primeiros meses, cai a temperatura, principalmente de madrugada. Mas, o mais crítico, acontece no mês de agosto, quando além do termômetro ficar baixo, a umidade relativa doa ar fica abaixo de “20%”, explica. De acordo com ele, as brasilienses não estão erradas ao reclamarem do clima quente. Mesmo a temperatura estando dentro do previsto, a sensação de calor sentida também é normal. O fenômeno acontece porque faltam ventos. “O vento é o fator determinante para a pessoa sentir frio ou calor. Se a mesma temperatura estiver acompanhada de ventos, a pessoa tende a sentir mais frio”, finalizou. De acordo com o Inmet, neste inverno, a temperatura mais baixa registrada na capital federal foi de 11º Celsius. A mais alta medida pelo instituto ficou na casa dos 28,6º.
Raquel adora roupas de inverno
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Planos e Negócios
alex dias
Sérgio’s Calçados Os empresários Luiz Poti e Julina Benn abriram as portas da nova loja Sérgio’s Calçados. Na nova unidade foram investidos R$ 500 mil em um espaço de 57 metros quadrados. A loja chama a atenção dos clientes pelo projeto arquitetônico de Márcio França Baptista. A nova operação de Brasília já tinha destino quase certo: “Sabíamos que seria em algum shopping da PaulOOctavio e decidimos pelo Terraço, em função da demanda de um público masculino seleto e muito exigente. Um verdadeiro nicho”, revela Benn que espera vender toda a coleção de inverno em três meses. Na Sérgio’s Calçados, os clientes encontram de sapatos sociais até os despojados sapatênis, com uma grade que vai do tamanho 37 ao 45, tudo em couro. A loja oferece também acessórios como cintos, pastas, carteiras, meias e produtos para conservação do couro como mousses e odorizadores. Na bela e farta grade de produtos, os clientes do Terraço já têm acesso aos lançamentos como o sapato social bezerro preto com cadarço, o mocassin pelica bezerro com solado de couro e o sapatênis mouro craquelado bovino da linha sense tecnologia e conforto.
Serviço Sérgio’s Calçados Terraço Shopping - 1º Piso (61) 3361.2494 www.sergios.com.br
Charm Tour A Charm Tour resolveu investir no mercado turístico de Brasília acreditando que a capital tornou-se “uma cidade planetária” por ser uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Para se diferenciar das demais, a agência prepara-se para chegar sempre na frente, renovando propostas que satisfaçam seus clientes. Assim nasceu as “aulas sobre turismo”. Numa parceria com o produtor cultural Nei Bastos, organizador do livro “Ir e Vir - Movidos pela Inquietude”, publicado pela editora SENAC/DF, as palestras com base no livro, conta a história do turismo no mundo. Nas palestras, Nei enfatiza a fascinante relação das viagens e do turismo com o dia a dia dos colaboradores das empresas parceiras da Charm Tour. Numa palestra para um grupo de 100 funcionários da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) de Águas Claras, realizado em junho último, o autor abordou o fundamental papel da “água” no movimento turístico de todo o mundo, entre outros temas.
Serviço Charm Tour SCS Q. 08 Bloco B50 sala 509 a 513 (61) 3967.3011
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TAK Eventos Fundada em 2008, a TAK Eventos tem conquistado destaque e satisfação plena de seus clientes. Seus projetos elaborados em conjunto com o freguês, sempre inovadores e criativos, são realizados de forma exclusiva e diferenciada. A qualidade dos produtos e serviços de primeira linha, empenho e dedicação dispensados a cada cliente e o atendimento personalizado de profissionais com profundo conhecimento no ramo de eventos e formaturas, fazem o diferencial da TAK Eventos. A empresa vem conquistando destaque nos mais variados setores por seu trabalho sempre criativo e inovador. Afinal, o sucesso profissional depende da seriedade nos serviços e da qualidade do atendimento. Além do trabalho com formaturas, casamentos, aniversários de 15 anos, eventos corporativos e empresariais, congressos, feiras, confraternizações e festas comemorativas, a TAK oferece serviço de foto e filmagem. Trabalha com álbuns personalizados e DVD’s, revelação na hora 10x15 / 15x21, estúdio divertido com acessórios como peruca, óculos, plumas, entre outros e telão onde são passadas as fotos tiradas durante os eventos.
Serviço SCLN 302, Bl. B, Sl. 112 – Asa Norte (61) 8427.7266 – 9965.8078 – 3273.0871
Fanes Boutique Sensual
Na Fanes é possível encontrar espartilhos, lingeries, produtos sensuais, moda praia e fitness. Tudo de alta qualidade e luxo. A loja ainda oferece cursos particulares ou em grupo de massagem e dança sensual, palestras sensuais, Workshops femininos, chá de lingerie, decoração romântica e muito mais. Irreverente, a Fanes tem a missão de mostrar que as mulheres que buscam um ‘up’ em seu relacionamento podem e conseguem ser marcantes e inesquecíveis.
Serviço CLSW 102 Bl. A Lj. 58 - Sudoeste (61) 3045.9929 / 8194.4493 www.fanesboutiquesensual.com.br
Atendimento exclusivo e de qualidade
Universa de espaço novo A Fundação Universa inaugurou no dia 29 de junho sua nova sede, na 609 norte. O edifício traz atrativos para produtores culturais, empresários e estudantes. A iniciativa dotou a instituição de uma sede moderna e funcional, além de oferecer a Brasília um espaço de convivência centrado na difusão do conhecimento e da cultura. A Fundação é uma entidade sem fins lucrativos que tem por objetivo firmar um compromisso com o desenvolvimento do Brasil. “A sede foi concebida como um templo para a cultura e o saber. Ficará marcada na sociedade como um exemplo de realização privada para o bem público”, diz Alberto Nascimento, diretor Presidente da Fundação. O novo espaço possui mais de 8 mil m² e conta com Espaço Cultural, teatro com capacidade para 400 pessoas e bliblioteca com 615 metros, que está aberta tanto para consulta aos livros quanto para estudos e pequenas reuniões. O projeto arquitetônico é composto de traços que inspiram os visitantes. “A estrutura é sinuosa, com formas semicirculares e linhas que se encontram”, explica Natan Rozenbaum, arquiteto responsável.
Serviço Fundação Universa SGAN 609, Módulo A L2 Norte. (61) 3307.7500 Sérgio Alberto
Com um novo ideal, a Fanes Boutique Sensual traz para seus clientes o que há de mais inovador em lingerie e produtos sensuais femininos em Brasília. Com um atendimento personalizado, total requinte nas instalações e produtos de qualidade, a loja ainda oferece descontos e bônus especiais para clientes cadastrados.
Com um conceito inovador, o L’Affaire é uma referência no ramo gastronômico da cidade. O restaurante tem um público fidelizado e recebe, diariamente, empresários e grandes executivos, que já elegeram a casa como o principal ponto de encontro para um almoço de negócios. O L’Affaire proporciona aos freqüentadores um atendimento exclusivo e de alta qualidade. O cardápio, desenvolvido pelo chef Marcello Piucco, segue a linha contemporânea, e oferece comidas de primeiríssima qualidade e que atendem a todos os gostos. Desde pratos executivos até os mais sofisticados e tradicionais, passando pelos pratos da estação e pela cozinha internacional, além das sobremesas. Em seu conceito também estão agregados privacidade como a sala vip e modernidade, como a adega climatizada composta por mais de 150 rótulos e uma belíssima decoração.
Serviço L’affaire Restaurant Hotel Mercure Apartaments Líder (Torre branca) SHN, Quadra 5 Bloco I Térreo – Asa Norte Reservas: (61) 3326.7130
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Automóvel
Da Redação | Fotos: Divulgação
Novo Citroën
C3 Picasso
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Segurança, conforto e praticidade
m junho, o novo Citroën C3 Picasso chegou à Brasília. Lançado na concessionária Citroën Saint Moritz, o carro, completamente remodelado, ganhou visual mais limpo e clean. Para o diretor da Saint Moritz, Ronnie Mendonça, o lançamento do veículo foi um sucesso. “O público aprovou e acreditamos que o brasiliense investirá no novo modelo, que oferece a tecnologia e as vantagens do Citroën
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AirCross, porém com a roupagem ideal para a cidade”, analisou. Fabricado no Brasil, o C3 Picasso já é, de fato, chamado de uma versão mais urbana do Citroën Aircross que foi lançado no ano passado. Rodas de liga leve, direção hidráulica, computador de bordo e ar-condicionado digital: essas são apenas algumas das inúmeras vantagens do novo modelo, que chega aos consumidores com o charme dos
bancos em couro e com malha 3D – que não retém calor em altas temperaturas. Com pára-brisas panorâmico acústico, o Citroën C-3 Picasso proporciona maior visibilidade e proteção contra altas temperaturas e ruídos. O sistema de navegação é MyWay com GPS integrado e tela de 7”, com indicação visual e sonora das rotas, e os modelos vêem com o rádio Pioneer for Citroën, com exclusiva função Hifi-like de especialização sono-
ra; Mp3 player e CD com comandos no volante; Bluetooth, entrada para USB e auxiliar (P2) para iPod. No painel, os instrumentos são modernos e fáceis de ler, uma opção tanto para os solteiros que gostam de potência para trafegar pela cidade, quanto para as famílias. Com amplo porta-malas (403 L e 1500 L com bancos rebatidos), o Citroën C3 Picasso é ideal para quem deseja mais espaço e conforto para passeios e viagens com acompanhantes. E os pais podem conduzir tranquilamente, uma vez que o carro possui espelho de vigilância de crianças, não sendo necessário virar a cabeça, e comandos elétricos para bloquear portas e os vidros traseiros. Para o motorista, o C3 Picasso oferece “ajuda ao estacionamento”, à frente e na traseira, o que facilita as manobras, além de regulador/limitador de veloci-
dade, limpa vidros automático e aviso de mudança de direção. O interior do Citroën C3 Picasso conjuga praticidade e design. As tintas, as cores, os revestimentos e os materiais – o volante, por exemplo, é revestido em couro com inserções cromadas – exprimem a atenção dada à estética do carro por completo e não apenas à sua parte externa. O volante é regulável, tanto em altura quanto em profundidade, o que possibilita uma adaptação completa ao motorista e à altura da marcha. E além do conforto de um carro, com ajustes para cada motorista, o Citroën C3 Picasso oferece segurança a quem o dirige e aos outros passageiros. A tecnologia criativa do Citroën C3 Picasso conta com freios ABS e EBD, que respondem de forma precisa às situações de urgência. O modelo conta,
ainda, com quatro airbags. São dois duplos frontais e dois laterais. Juntos, os airbags agem na proteção da zona do tórax e do abdômen para evitar traumas na cabeça dos passageiros que estão frente e atrás. Para reduzir impactos ambientais, a Citroën optou por produzir o C3 Picasso – assim como o Air Cross – com 85% de seus materiais com componentes recicláveis e 20 kg de materiais não nocivos ao ambiente. O novo C3 Picasso é segurança conforto, praticidade, design e tecnologia elevados ao cubo. Serviço Concessionária Saint Moritz SIA Trecho 1, lts. 290/320 (61) 3035.4300 Fax:(61) 3362.8242 De 2ª. a 6ª das 8h às 19h e sábado: Das 8h às 18h
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Vida Moderna
Por: Fernanda Azevedo | Fotos: Victor Hugo Bonfim
Não só papel.
Presente também Papelarias de Brasília investem na expansão
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embra daquela velha papelaria da esquina? Onde só se encontrava lápis, borracha, caderno, caneta, cartolina e agenda? Pois é. Felizmente isso é coisa do passado. Hoje, costuma-se encontrar de tudo nessas lojas. Até mesmo artigos de embelezamento como bijuterias. Sem contar os famosos docinhos e balinhas caseiras. Tudo para deixar as atividades do cotidiano mais doce e agilizada. Cada vez mais audaciosos, os micro empresários do ramo que-
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rem uma fatia maior do mercado. Eles não querem continuar vendendo apenas o papel de presente, mas também o presente. Por que não? São echarpes, bolsas, bonés, estátuas, bijuterias, canetas personalizadas, agenda e outros artigos até customizados. Para atender e satisfazer os consumidores, empresários do setor estão abrindo o leque de produtos para comercialização. “Estamos pensando no cliente que passa para comprar uma caneta ou uma simples folha de papel de presente.
Ele vai olhar ao seu redor e pode muito bem gostar de alguma peça exposta e comprar”, conta a empresária Maria Aparecida Galvão, proprietária da Papelaria Papel Pesente no Lago Norte. Segundo ela, no seu comércio opções para presente de ocasião e de última hora é o que não faltam. São estatuetas que são porta jóias ao mesmo tempo, chaveiros, peças de porcelana, abajures, echarpes e outros presentes que costumam fazer sucesso e que sempre caem no agrado de quem ganha.
A empresaria, que está no ramo de papelaria há mais de 19 anos, desde que começou o seu empreendimento, quis investir em artigos para presente. “Um lugar que não fosse apenas uma papelaria”, ressalta Aparecida. A idéia dela deu certo. Com o passar dos anos, ela incrementou os produtos e acrescentou várias novidades. “Eu sempre viajo a procura de coisas novas”, conta. Quem passa pela QI 2 do Lago Norte, onde a Papel Presente está instalada não pode deixar de prestar atenção nas bolsas, bijuterias e caixas de presente que decoram a loja. Para aqueles que não gostam de andar muito na hora das compras, juntar o material escolar com um presentinho de última hora, a novidade de casar papelaria com armarinho
e bazar é muito celebrada. “Eu acho ótimo. Mesmo porque, nesses locais, os presentes são sempre souvenires, coisas que servem mais como lembrança”, diz a funcionária pública Rosário Lima, 46 anos. Para ela, a separação de locais e tipos de comércios para a venda de mercadorias e produtos só beneficia a classe empresarial. “Para a gente que é consumidor, o bom mesmo é quando encontramos tudo junto e misturado em um só local. Economizamos tempo e combustível para ir a tantos lugares”, opina. Serviço Papelaria Papel Presente QI 2, Área Especial do Pão de Açúcar Lago Norte (61) 3468.2003 fax 3468.3219
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Esporte
Por: Railde Nascimento | Fotos: Fábio Pinheiro
Squash
Aos poucos a modalidade ganha mais adeptos na capital
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oda ação provoca uma reação de igual intensidade. Mesma direção e em sentido contrário”, concluiu o cientista Isaac Newton, na mais conhecida “Terceira Lei de Newton”. Mas o que tem a ver a ciência com o Squash? Pode até parecer estranho, mas quem não conhece o esporte, que é semelhante ao jogo de tênis, os jogadores arremessam contra a parede uma pequena bola, que são devolvidas na mesma intensidade em que foi lançada. Praticado em uma quadra ou campo fechado de quatro paredes, o Squash, cada
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vez mais ganha adeptos em Brasília. Apesar da semelhança, o esporte apresenta grandes diferenças do tênis. Principalmente nas regras e nos equipamentos utilizados, além da quadra que é bem menor. A proprietária da loja TN Materiais Esportivos, Juliana Harada, explica que o squash pode ser praticado por pessoas de qualquer idade. Mas, em muitas vezes, a prática esportiva fica restrita ao público de maior poder aquisitivo. “Por ser um esporte individual, ele requer equipamentos individuais e exige um local apropriado para ser praticado”,
Entenda algumas regras do squash •Assim como no tênis, os dois jogadores alternam jogadas na parede principal, a frontal. •A quadra possui três linhas de marcação. Uma possui 48 centímetros do chão, que corresponde à rede de tênis. Quem acertar a bola abaixo perde um ponto. A segunda chama-se linha de serviço que fica a 1,78m do chão e a última a 4,57
justifica. Segundo ela, os materiais utilizados são bola especial, a indispensável raquete específica para o esporte e uniforme adequado. Na capital federal, as quadras para a prática de squash se encontram em casas residenciais, academias e condomínios. A academia Headway do Lago Norte foi pioneira em aperfeiçoar na modalidade quando, em 1997, construiu a primeira quadra padronizada para o esporte em Brasília. É o que explica o coordenador da academia, Leonardo Augusto. “Aqui na academia a quadra possui o piso marfim, e é padronizada de acordo com padrões internacionais de competição”. Além de oferecer o espaço adequado para a prática esportiva, no local é possível promover competições de duplas. Segundo o educador físico, Bruno Nogueira Merlin Bonzano, 26 anos, na cidade está crescendo o número de adeptos ao esporte. O professor que pratica o esporte há 18 anos, já participou de competições nacionais e internacionais pela modalidade. Para ele, uma das vantagens do squash é que não precisa de muito tempo e nem de muitas pessoas para jogar,
metros do chão, correspondente quando a jogada é considerada fora. •Após bater na parede frontal, a bola pode tocar nas paredes laterais ou na traseira de vidro, porém só é permitido que a bola bata uma vez no chão quando rebatida pelo adversário. •Para o saque é necessário que a bola atinja a parede frontal entre a linha do
somente dois jogadores. “Além disso, ele pode trazer benefícios para saúde e para estética. É possível perder mil calorias em uma hora de treino”, afirma. Há apenas um mês, a fisioterapeuta Mariana Sqyago, 30 anos, resolveu trocar o cooper pelo squash. Para lhe fazer companhia nos jogos, a fisioterapeuta chamou uma amiga para praticarem o esporte juntas. “Gosto do squash porque é divertido. Além do mais, tenho minha amiga como parceira”, relata. O gerente de projetos Gabriel Bueno pratica o esporte há 17 anos e afirma que o squash é a sua paixão, tanto que resolveu se profissionalizar. “Resolvi jogar squash ainda muito jovem, pois é uma atividade física que desenvolve a saúde e diverte ao mesmo tempo”, conta. Mas, como em toda atividade esportiva, para praticar o squash é necessário antes fazer uma avaliação médica e procurar um profissional especializado. Bonzano faz dois alertas para quem pretende praticar o esporte pela primeira vez: “Procure um médico ou personal trainer para iniciar. Também é recomendável que a pessoa já esteja se exercitando antes”, aconselha.
meio, a linha superior e atingir o chão do quadrante traseiro oposto onde o adversário poderá rebatê-la antes que toque o chão. •É necessário rodar a raquete para sortear o primeiro sacador. Logo após, saca quem vence o ponto. Se este sacador ganha o ponto, seu próximo saque deverá ser feito do lado oposto.
Número de adeptos ao esporte está crescendo, diz Bruno.
Saiba Mais
Alguns relatos contam que o surgimento do esporte foi na Inglaterra no século XIX, em Fleet Prison. Os presidiários praticavam uma atividade parecida com o tênis onde rebatiam a bola contra os muros da prisão. Ao invés de raquetes, eles improvisavam utilizando bastões. O esporte chegou ao Brasil em 1920, trazido por engenheiros ingleses para a região de Nova Lima, em Minas Gerais. Nos anos 30, foi construída a primeira quadra em São Paulo, no Athletic Club (SPAC), começando a se popularizar no final da década de 70 em São Paulo e Rio de Janeiro, com a construção de academias. A partir daí, foi que o esporte começou a se expandir pelo país.
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Personagem
Por: Veronica Soarez | Fotos: Victor Fábio Pinheiro Hugo Bonfim
Monge Sato Um mestre acima de qualquer suspeita
Q
uem ver o mestre do Templo Budista de Brasília, Monge Shojo Sato, pode imaginar que ele nasceu dentro de uma tradicional família japonesa budista. O senhor tranquilo, de voz baixa e firme, e cabelos grisalhos pode até passar a imagem de que cresceu dentro dos ensinamentos do grande mestre Buda. Mas as aparências enganam. Apesar de ser a grande referência em Brasília na religião, o monge Sato, nasceu Ademar Kuotoshi, na cidade de São Paulo, em janeiro de 1942 e só conheceu o budismo em 1994, quando tinha 52 anos de idade. Se a prática budista é um processo de transformação através de purificação, o Monge Sato, desde que conheceu a religião, há quase 18 anos, soube colocar em prática todos esses ensinamentos. Mas não tem como entender o que a palavra transformação fez na vida desse grande homem sem voltar ao passado. Segundo ele, uma vez, durante um encontro com representantes do governo japonês, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse: “Esse é o homem que me trocou por Buda”. Lula estava certo, Sato nunca se arrependeu da troca que fez. Mas, o que um respeitado Monge teria a ver com Lula e com a po-
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lítica? A resposta está na fantástica história de vida do Monge. Segundo ele, apesar da sua descendência oriental, jamais teve ensinamentos budista dentro da família. Muito pelo contrário, o estudioso descendente de família japonesa sempre procurou manter distância das colônias orientais e foi um ferrenho adepto das causas sociais. Inclusive, ao lado de outros personagens da recente história brasileira, fez oposição ao militarismo na época em que o Brasil viveu sob o regime da ditadura militar, entre 1964 e 1985. Ele explica que a sua formação foi toda racional. Sato é formado em Direito, Ciências Econômicas, Administração e Sociologia. Aos 22 anos de idade já era professor na Universidade de São Paulo (USP). Além de revolucionário, dos 20 aos 30 anos, ele teve uma passagem importante pelo cristianismo dentro da igreja católica. Na época da ditadura, foi obrigado a se exilar no Chile por quatro anos, onde trabalhou na equipe de planejamento do então presidente Salvador Allende. Seguidor do presidente chileno, Sato se tornou marxista. “Acreditava que apenas a mobilização da força histórica social poderia trazer a libertação da humanidade para o bem estar igualitária”, recorda.
Segundo ele, quando o Allende foi deposto pelo golpe de Estado liderado pelo chefe das Forças Armadas, Augusto Pinochet, foi preso e, por ter aparência oriental, acabou sendo confundido com um chinês. Por esse motivo, foi levado para o fuzilamento. Mas, quando estava prestes a ser fuzilado, alguém, que ele desconhece, apareceu e o libertou. Logo após a sua libertação, em setembro de 1973, voltou para o Brasil com a esposa e os dois filhos. Já em solo brasileiro, começou a dar aula na PUC São Paulo e engajar nos movimentos sociais com mais força. Participou da luta pela redemocratização do Brasil. Conheceu o até então desconhecido Lula e, junto com o seu amigo, ajudou a fundar a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Partido dos Trabalhadores (PT). O religioso sempre pensou que a mudança social para o desenvolvimento da sociedade era a política. Quando da redemocratização do país, veio para Brasília como integrante do governo Sarney, em 1986. Depois de atuar no Governo Federal, trabalhou também no governo do DF, compondo a equipe do ex-governador Cristovam Buarque. Mas a transformação pela política que ele acreditava o decepcionou. Em 1994, quando perdeu uma disputa para ser Ministro do Planejamento, teve o primeiro contato com o budismo. A apresentação aconteceu quando ele, que morava na 316 Sul, perto do Templo, passou em frente e resolveu conhecer o espaço. Deparou-se com um velho Monge, que dava uma palestra para um grupo de pessoas. Aquele exato momento foi decisivo para a vida do revolucionário. Ele se recorda até hoje das palavras proferidas pelo sábio. “Me prendi ao que ele dizia. Uma palavra muito importante no budismo é a compaixão. Ele falava que a compaixão do budismo é uma coisa parecida com o amor de mãe”, esclarece. Segundo Sato, o velho Monge falava de coisas que remetia a acontecimentos entre ele e sua mãe. O fato fez com que Shojo Sato, na época, retornasse a São Paulo e fizesse as pazes com a mãe, com quem não falava há muito tempo. Foi no budismo que Sato aprendeu que o bem que devemos fazer aos outros é uma coisa natural. “Você faz bem a sim mesmo fazendo bem aos outros”, assegura. Como o velho monge não falava bem o português, Sato resolveu estudar o budismo para ajudá-lo nas suas palestras. “Foi estudando para ajudar, que percebi a extensão e a profundidade do budismo”, ressalta. Para ele, a transformação que sempre sonhou na juventude veio com o budismo. Em 1996 ele se tornou monge. Sete anos depois, em 2005, conseguiu autorização para ser monge pleno, que pode ser responsável por um templo. Sábio, ele defende os ensinamentos de Buda. “Não são ensinamentos de um homem. Ele apenas mostrou as leis que todos os seres estão sujeitos”, ressalta. Conforme ele, temos que viver sob essas leis que são: a impermanência, por nada ser permanente. Tudo está em constante transformação.
Templo Budista da 315/316 sul
A Lei da Interdependência, por nada acontecer de forma independente. Não adianta querer que a coisas aconteçam quando se quer. Vários outros fatores contribuem para esse acontecimento. E a última lei, que é da Insubstancialidade. Somos tudo em um momento e nada em outro. “Ser Buda é reconhecer essas três leis”, ensina. De uma sabedoria ímpar, Monge Sato acredita que se não tivesse assumido o compromisso com a corrente budista, talvez hoje tivesse perdido sua essência. Como chefe do templo budista, Sato tenta conciliar sua experiência de vida, de luta com as causas sociais, com a religião milenar originada na Índia. À frente do templo, ele tenta ligar a sua religião às atividades contemporâneas e não a uma religião atrasada e conservadora, como ele mesmo define. “Quero um budismo como uma interação cultural. Quero um budismo contemporâneo e universal. E não conservador e exótico. Quero trazer a comunidade para o templo, com a realização de exposições, aulas de yoga e quermesses, como já vem acontecendo há anos”, explica. Serviço Templo Budista de Brasília SQS 315/316 – Área Especial (61) 3245.2469
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Saúde
Por: Tássia Navarro | Fotos: Divulgação e Fábio Pinheiro
Queda de
cabelo
Problema pouco comum, mas é delas também
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O
ser humano possui cerca de 130 mil fios de cabelo no couro cabeludo e, destes, chega a perder de 50 a 100 fios diariamente. Apesar de parecer muito, o processo é natural já que, a cada oito anos todos os fios são renovados. Ha quem diga que a queda excessiva de cabelo é um problema exclusivo do sexo masculino, pois é mais comum se ver homens carecas do que mulheres. Porém, nos consultórios de dermatologia, é cada vez mais comum o público feminino se queixar do problema. As mulheres estão no grupo de risco e precisam cuidar da saúde dos seus cabelos. O alerta é dado pela dermatologista Mayanna Maia, 27 anos. Ela, que atua na área de saúde capilar há
Dra. Mayanna: vários motivos levam à perda de cabelo
pelo menos quatro anos, explica que, diferente do que acontece com os homens, nas mulheres a queda de cabelo aparece bem mais cedo. Se neles, o mal começa a ser percebido na faixa dos 30 anos, nelas os primeiros sinais de perda de cabelo começam aparecer aos 18 anos de idade. Conforme a dermatologista, existem vários motivos que levam a perda de cabelos nas mulheres. Dois são mais comuns: o eflúvio telógeno e a alopécia androgenética, mais conhecida como calvíce. De acordo com a especialista, é mais comum que o eflúvio telógeno ocorra em mulheres que acabaram de ter filhos (no pós-parto), quando há interrupção do uso de pílulas anticoncepcionais ou de reposição hormonal, infecções e doenças acompanhadas de febre alta e doenças da tireóide. Já a alopécia androgenética, ou calvíce, é uma doença genética e pode ocorrer em cerca de 30% das mulheres. Além de dar sinais nas mulheres mais cedo do que nos homens, a alopécia androgenética feminina é diferenciada da masculina em muitos aspectos. Nas mulheres, por exemplo, não ocorrem os sinais clássicos masculinos como as “entradas” ou a rarefação de fios no alto da cabeça. Os fios da parte anterior da cabeça permanecem intactos, já os das partes
laterais do couro cabeludo, direita e esquerda, apresentam rarefação. O alerta para os perigos ficam em decorrência da demora pela procura por tratamento da doença que é causada pela elevação do número de hormônios masculinos. “Aos primeiros sinais é bom procurar um dermatologista para indicar o tratamento adequado e retardar a queda pois, se não tratado, é possível a queda total dos fios”, afirma. Conforme a médica, o tratamento da alopécia androgenética é feito, na maioria das vezes, com anticoncepcionais que controlam o número de hormônios masculinos presentes na mulher. No caso do eflúvio telógeno, os tratamentos são bastante eficazes e são feitos com polivitamínicos. “Existe também a alternativa dos tratamentos cirúrgicos, como os implantes capilares”, lembra. Uma boa alimentação, segundo Mayanna, é fudamental para o tratamento da queda de cabelo feminina. Dentre outros, é importante incluir nas refeições diárias uma dieta rica em ferro e magnésio, pois eles auxiliam no fortalecimento dos folículos e dos fios de cabelo. Outro fator de auxílio no tratamento antiquedas é o uso dos xampus especializados. “Eles são complementos no tratamento. Melhoram a limpeza do couro cabeludo, afastando infecções causadas por fungos e bactérias. Mas por si só, os xampus não são eficientes”, ressalta. No caso do eflúvio telógeno (não genético), geralmente, a percepção da queda de cabelo começa a ser notada em mulheres entre 30 e 50 anos. Fora a alopécia androgenética, outros problemas de queda de cabelo, como o eflúvio telógeno causado pela transformação prematura dos pêlos em fase de crescimento para pêlos em fase de repouso, podem estar associados a uma grande variedade de fatores. “São dietas, cirurgias, uso de drogas, má alimentação e estresse que podem acarretar a queda do cabelo”, afirma Mayanna. Para diagnóstico das causas são realizados exames que vão indicar o tratamento ideal para cada caso. “Pelo exame de sangue é possível diagnosticar o que está ocasionando o problema da queda”, aponta a dermatologista. Dados recentes mostram que, em aproximadamente 30% dos casos de perda difusa crônica dos cabelos com uma duração de pelo menos seis meses, nenhuma causa é encontrada.
Serviço Mayanna Maya Dermatologia SEPS 910/710 Sala 525 Ed. Via Brasil (61) 3442.8125 / 8153.6695
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Moda Por: Camila Penha | Fotos: Divulgação
Dia da Vovó
Porta níquel Empório Bijux
N
o dia 26 de Julho é comemorado o carinho de uma das pessoas mais especiais em nossas vidas: a vovó! A Revista Plano Brasília selecionou algumas sugestões de presentes para todos os tipos de avós: antenada, româtica, culta, vaidosa.
Livro Liberdade de Jonathan Franzen na Livraria Cultura Anel Empório Bijux
Brincos Empório Bijux
Anti-manchas Clinique para Lord Perfumaria Brincos Empório Bijux
Colar Gisele Barbosa
Blush Dior para Lord Perfumaria Guia 101 Viagens de Sonho na Livraria Cultura
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Lixeira para carro Empório Bijux
Porta lenços Empório Bijux
Broche Gisele Barbosa Brincos Empório Bijux Lixeiras para carro Empório Bijux
Lenço Gisele Barbosa Livro de receitas Sopas na Livraria Cultura
Perfume Organza Givenchy para Lord Perfumaria
Hidratante Guerlain para Lord Perfumaria Necessaire Empório Bijux
Brincos Empório Bijux
Serviço Empório Bijux Boulevard Shopping (61) 3347.9431
Livraria Cultura Shopping Casa Park (61) 3410.4033
Lord Boulevard Shopping (61) 3556.6641
Gisele Barbosa Shopping Deck Brasil (61) 3468.5572
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Comportamento
Por: Fernanda Azevedo | Fotos: Vitor Hugo Bonfim e divulgação
Mais que
dieta O
É necessário emagrecer mesmo
susto aconteceu no dia em que a jornalista Flavia Trindade resolveu se pesar. Ela sabia que estava fora do peso, pois não levava uma vida exatamente saudável. Os 96 kg foram uma surpresa e tanto. Por sinal, desagradável. Após a morte do irmão, há 4 anos, Flavia perdeu o ânimo e a vontade de praticar algum esporte. Mergulhou na comida. Resultado: engordou 30 kg. Resolveu procurar tratamento. Sua vida mudou radicalmente. Teve que voltar a praticar exercícios físicos regularmente;
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controlar o quê e quando comer e, principalmente, evitar os adorados sanduiches, os famosos fast- foods. Segundo ela, para quem tinha uma vida completamente sedentária, foi um desafio e tanto. “A primeira vez que fui consultar, fiquei com medo de não conseguir cumprir as metas”, conta. A jornalista conseguiu, a duras penas, perder 10 kg em um ano. Ela sabe que o desafio é grande, pois como a nutricionista explicou, a perda de peso acontecerá gradativamente, com muita disciplina e
esforço. O que Flávia mais lamenta é não poder comer com a mesma freqüência as adoradas frituras. O caso de Flávia não é isolado. A situação se repete com muita gente por esse Brasil e mundo a fora. Mais do que uma questão de estética, emagrecer virou uma questão de saúde. A cada dia, mais pessoas procuram fazer dieta e tratamentos. O Instituto Emagrecer, especializado no assunto tenta suprir esse mercado. Na clínica, que em muito se assemelha a um SPA, pacientes fazem
Ronei Farias no desafio diario de ajudar os seus pacientes a perder peso
o tratamento médico combinado com exercícios físicos e outros métodos. Conforme Ronei Farias, diretor do Instituto e especialista em física médica, o objetivo é auxiliar e orientar o paciente a emagrecer com segurança e a manter o peso depois do tratamento. Há casos em que os pacientes fazem o tratamento e depois voltam a ganhar o mesmo peso, resultando em um nocivo efeito sanfona. “Nós trabalhamos a mudança nos hábitos da pessoa”, assegura Ronei. Conforme ele, muitos pacientes chegam com um histórico de vida sedentário. Além da dieta, a clinica tenta influenciar a pessoa a adquirir hábitos mais saudáveis. A média de atendimento no Instituto Emagrecer gira em torno de 60 pacientes por mês. A grande maioria, querendo mudar a marcacão da balança para menos.
Embora o cultivo do corpo magro esteja em alta, há casos graves de pessoas obesas que esperaram demais para procurar ajuda. Casos de obesidade mórbida. Conforme o especialista, pessoas em casos avançados de obesidade apresentam dificuldade até para executar as tarefas mais simples, como amarrar um cadarço ou ficar algum tempo em pé. Nesses casos, ainda conforme Ronei, o desafio foi o trabalho empreendido para devolver ao paciente o ânimo e a autoestima. “Além de tratar o excesso de peso, cuidamos também das seqüelas que ficam, como a flacidez e as marcas na pele”, aponta ele. Serviço Instituto Emagrecer SCLS 312, bl. B, lj. 18 - (61) 3345.5312 www.institutoemagrecer.com.br
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Cultura
Por: Afrânio Pedreira | Fotos: Fábio Pinheiro
Jubileu de prata
da lambada F
Márcia Ferreira é a rainha
oi da junção do forró nordestino, do carimbó da Amazônia, da cumbia e do merengue latino-americano que nasceu a lambada. Um ritmo cheio de sensualidade e muito gingado que atingiu o auge no final da década de 80, ganhou o país, cruzou fronteiras e atingiu o mundo. Se no início, a dança dos braços, cabeças, pernas e quadris nervosos teve endereço nas areias quentes das praias de Porto Seguro, na Bahia, e dividiu a atenção com o famoso “axé music” da região, em pouco tempo, ganhou lugar cativo e certo em danceterias, boates, festas particulares, programas de televisão e até em novelas. Uma verdadeira coqueluche do momento. E foi nessa época de começo do ritmo que embalou o país que a cantora, apresentadora de TV e radialista Márcia
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Ferreira, recém descoberta para a música e com composições que já eram sucesso em todo o norte do Brasil, foi contaminada pelo embalo provocante e insinuante da lambada. Um ritmo que, em pouco tempo de convivência a projetou para o país e boa parte do mundo e que a levou para apresentações em vários palcos e programas da televisão brasileira. Com um repertório que incluía baladas e músicas românticas, a mineira de nascimento, carioca de adolescência e brasiliense por livre escolha, Márcia Ferreira flertou com a lambada quando tinha gravado somente dois discos de vinil, pegando carona no sucesso que fazia como radialista na Rádio Nacional, junto com o amigo Edelson Moura em um programa que faziam para a Amazônia. “Escutei o ritmo pela
A lambada tem um ritmo delicioso, diz Márcia
primeira vez lá pelas bandas do Pará, Amazônia, Amapá, Roraima. Toda aquela região do norte brasileiro escutava essa delícia que é lambada”, lembra ela que, seguramente se encantou, resolveu paquerar, namorar e, por último, sem pedir permissão a ninguém, casar com a musicalidade caliente que a persegue desde lá. “Deixar a lambada? Deixo não. É um casamento que já dura 25 anos. É pra vida inteira”, garante. Como em toda história de amor que se preza, a de Márcia Ferreira com o ritmo quente andino teve um ponto alto e que a fez ganhar o título de “Rainha da Lambada”. “Foi durante uma viagem à cidade de Tabatinga (AM), divisa com Letícia, na Colômbia. Lá, ouvi a música mais significativa do gênero, Llorando su fue, de autoria dos irmãos bolivianos Ulisses e
Gonzallo Hermosa”, conta. Durante a estada da cantora no local, os acordes sonoros da música não saíram de sua cabeça. Tanto que, antes de voltar a Brasília, ela fez questão de parar em uma loja para comprar o disco do Quarteto Continental que gravou a música. “Ela me impressionou principalmente pela facilidade de assimilação que a melodia remete”, diz. No DF, enxergando longe, Márcia que estava escolhendo músicas para o próximo trabalho, decidiu incluir “Llorando se fue” no seu disco. “Fiz uma versão com o título Chorando se foi.Uma música bem dançante para que eu pudesse criar uma correografia”, lembra. Lançada em 1986, com pouco tempo de execução, a “Chorando se foi” de Márcia Ferreira passou a ser tocada em todas as emissoras de rádios do país. Caiu no gosto popular. Virou sucesso, fez todo mundo dançar e recheou a sua agenda para shows. “Todos queriam e até hoje pedem para ouvir Chorando se Foi. É uma música que tenho que cantar pelo menos umas três vezes”, relata. Em poucos meses de execução, o LP (long play) da música tinha vendido 250 mil cópias, rendendo à cantora o disco de platina. Hoje, tempo em que os famosos “remakes” (releituras) estão em moda em novelas, peças teatrais e composições musicais, Márcia Ferreira se recusa, terminantemente, em fazer qualquer alteração na sua imortalizada música que, desde a sua criação, passou a ser a sua marca registrada. “Chorando se Foi tinha que ser daquele jeito. Naquele tempo, com o mesmo arranjo e com aquela musicalidade. Estou regravando a música, mas cuidando para ser fiel à primeira versão”, conta. Para comemorar o jubileu de prata da lambada no país, Márcia Ferreira prepara, para a partir de agosto, show em que o ritmo dos braços, quadris, pernas e cabeças é que vai estar ditando o tom. “Só vai dar lambada por onde eu passar. Vai ser um convite aberto para que todos liberem o corpo e dancem. Dancem muito”, apela. Segundo a cantora, além de “Chorando se foi” e “Você ganhou de mim”, um segundo sucesso e no mesmo ritmo do primeiro, no repertório vão estar músicas de lambadas famosas como a “Adocica” de Beto Barbosa e outras de Fafá de Belém, por exemplo. “É um show muito alegre e bastante dançante. Vou mostrar o meu DNA de lambadeira” garante Márcia. O KAOMA – Não resta dúvidas de que o grupo Kaoma foi um dos grandes divulgadores do nome de Márcia Ferreira na Europa. Formado por músicos franceses e africanos, tendo como vocalista a brasileira, radicada em Paris, Loalwa Braz, em 1989 o grupo gravou “Chorando se foi” e foi sucesso estrondoso no verão europeu daquele ano. A música, conhecida do Oiapoque ao Chuí e quem sabe em todo o mundo, rende bons dividendos à cantora em direitos autorais. Há cinco anos, quem regravou o sucesso foi a musa do axé music Ivete Sangalo. Atualmente, a cantora, compositora e atriz americana Jennifer Lopez faz sucesso com “On the floor”, uma releitura da melodia.
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Cinema
Por: Ricardo Movits I Ilustração: Werley Kröhling
MADE
IN BRAZIL Filme “Brenda Starr” (Brenda Starr – 1989)
FEITO LÁ FORA
E
stamos voando em um teco-teco rumo ao Brasil. Vemos a Amazônia pegando fogo com araras e papagaios voando por todos os lados. Uma arara azul vai de encontro a uma das hélices que explode. Aparece o Cristo Redentor de fundo e o comandante tem que fazer um pouso forçado. Enquanto controla a “aeronave”, podemos observar o Pão de Açúcar com seus bondinhos cheios de traficantes. A praia de Copacabana repleta de mulheres nuas. Uma delas esquiando em cima de dois jacarés e, quando finalmente o piloto faz seu pouso forçado em uma favela, provavelmente a Roçinha, aterrissa em cima de um carro alegórico em pleno desfile de carnaval e tudo vira festa ao som da lambada, ritmo criado por uma tribo indígena. Claro que a mulher nua em cima dos jacarés caiu no mar e foi comida por piranhas assassinas. Não é bem assim a realidade, mas a imagem que o estrangeiro, principalmente o americano (que nunca saiu dos EUA), tem do Brasil é exatamente essa. Nos anos 60 e 70, estudiosos como Thomas Skidmore, Kenneth Maxwell e Alfred Stepan davam entrevistas em português capengo, e previam futuros maravilhosos para nossa nação. O austríaco Stefan Zweig apelidou o Brasil de “país do futuro”. Todos estes eram reconhecidos como autoridades sobre o Brasil numa época em que os nossos intelectuais estavam desaparecidos e/ou amordaçados pela censura. Vários filmes que revelam o Brasil para o mundo, não tem o compromisso com a verdade e mostram um Brasil bizarro e cheio de contradições. Pouca gente lembra, mas o Brasil é o destino de Leo
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Bloom (Matthew Broderick) e Ulla (Uma Thurman) depois que fogem da polícia em “Os Produtores” (The Producers – 2005). Eles vão para o Rio de Janeiro e quando estão sambando, aparece um tocador de rumba fazendo o som. Em “Bem-Vindo à Selva” (The Rundown – 2003) com Dwayne Johnson e Seann William Scott, toda a aventura se passa em uma floresta no Brasil. No entanto, os babuínos que atacam são nativos da Ásia e da África. Os brasileiros são escravos nas mãos de um milionário americano que explora uma mina. Alguns personagens não conseguiram falar português e tiveram de ser dublados na pós-produção. O filme era para ser rodado na própria Amazônia, porém o diretor e o produtor Kevin Misher desistiram dessa opção após serem assaltados no Brasil enquanto procuravam as locações. O filme foi realizado no Havaí. O filme “Anaconda” (Anaconda - 1997) é um desastre. Um dos filmes mais trash de todos os tempos. Fez sucesso pela presença de Jennifer Lopez que lidera uma equipe da National Geographic rodando um documentário na Amazônia. Lá, eles encontram Paulo Sarone (Jon Voight) e são forçados a caçar a tal cobra gigantesca. Foi todo feito no Brasil, mas todos os personagens eram americanos, inclusive a “cobra”. No filme “Bonequinha de Luxo” (Breakfast at Tiffany’s – 1961) aparece um personagem de origem brasileira, José da Silva Pereira. Trata-se de um dos pretendentes de Holly Golightly (Audrey Hepburn) que tenta aprender português, mas diz que é uma língua muito difícil, pois tem muitos verbos irregulares.
No seriado “Gilmore Girls” (Tal Mãe, Tal Filha – 2000-2007) o Brasil é citado em uma cena em que a Miss Patty diz para suas alunas de dança que elas não estão no Brasil para ficarem sem roupa. “Os Meninos do Brasil” (The Boys From Brazil – 1978) é sobre um grupo de médicos liderados por Joseph Mengele que planeja clonar Hitler através de células congeladas, enquanto um velho caçador de nazistas vai obtendo provas de seus atos. Em “Feitiço do Rio” (Blame it on Rio - 1984), dois amigos que trabalham em uma empresa paulista decidem tirar férias no Rio, a confusão começa quando Victor (Joseph Bologna) descobre que sua filha Jeniffer (Michelle Johnson) tem um caso com um homem mais velho, porém ele nem suspeita que esse homem seja seu próprio amigo Matthew (Michael Caine). Destaque para Demi Moore que interpreta a filha de Matthew com apenas 22 anos, antes da plástica. Segundo o filme todo mundo faz topless nas praias do Brasil. Em 2002, a série The Simpsons satirizou o Brasil no episódio 15 da 13ª Temporada no “Feitiço de Lisa” (Blame It on Lisa – 2002), baseado no “Feitiço do Rio”. O episódio mostra o Rio de Janeiro com macacos e ratos nas ruas e com uma população sexualmente agressiva. No episódio, Homer é seqüestrado por um taxista, Bart é atacado por pivetes, e os programas infantis têm apresentadoras provocantes. Em “Velozes & Furiosos 5 - Operação Rio” (Fast Five – 2011), mostra uma caracterização estereotipada e genérica do Rio de Janeiro, com perseguições bizarras e mentirosas. Em “Turistas” (Turistas – 2006) um grupo de turistas vem ao Brasil para visitar os centros históricos e conhecer a cultura local, vagabundas e usar drogas. Só que são vítimas de uma rede de tráfico que rouba órgãos de gringos para os hospitais do Rio de Janeiro. Em “Garota do Rio” (Chica Del Río/ Girl From Rio – 2001) Hugh Laurie é o gerente de um banco londrino que rouba alguns sacos de dinheiro e vai passar o natal no Rio, pois quer conhecer a famosa sambista Orlinda (Vanessa Nunes), a cultura e, claro, a fauna brasileira. Quando chega ao Brasil ele se mete em problemas com um bicheiro local e tem todo o dinheiro que ele roubou do banco, roubado novamente pela sambista. “Orquídea Selvagem” (Wild Orchid – 1990). Para comprar um resort, Claudia Dennis (Jacqueline Bisset) viaja para o Rio de Janeiro com Emily Reed (Carré Otis), uma jovem advogada recém-contratada e muito inocente. Ao chegar Emily se envolve com um milionário, James Wheeler (Mickey Rourke), que a envolve em um jogo de sedução. Em “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” (Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull – 2008), nosso herói vai para a Amazônia e é atacado por formigas siafu, típicas da África. Mas o mais bizarro de todos é ver Brooke Shields entrando em cena esquiando em dois jacarés no filme “Brenda Starr” (Brenda Starr – 1989).
Além do brasileiro receber os estereótipos de marginais, ladrões, drogados, prostitutas e viver em uma pobreza generalizada, a geografia do Brasil também altera radicalmente quando vemos a comédia romântica “Próxima Parada: Wonderland” (Next Stop Wonderland – 1998), quando a enfermeira Hope Davis é seduzida por um típico latino brasileiro que canta bossa nova com um sotaque irreconhecível e a convida para conhecer as belas praias de São Paulo. Faz referências a cultura e religião explicando que as oferendas para Iemanjá são comuns na Região Norte. Outro que remonta a geografia do Brasil é o “007 Contra o Foguete da Morte” (Moonraker – 1979), talvez o pior filme da série. O espião mais famoso do mundo vai para as cataratas da Foz do Iguaçu na região central do Brasil e encontra uma pirâmide Maia na floresta amazônica. Existem muitos outros filmes estrangeiros que fazem referência ao nosso País, mas nada melhor do que a visão dos nossos cineastas para falar do Brasil. Aqui está uma lista de 30 filmes imperdíveis que retratam o Brasil com a nossa chancela:
1. O Assalto ao Trem Pagador (1962) de Roberto Farias. 2. O bandido da luz vermelha (1968) de Rogério Sganzerla. 3. Dois Perdidos Numa Noite Suja (1970) de Braz Chediak 4. Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia (1977), de Hector Babenco 5. Barra Pesada (1977) de Reginaldo Faria. 6. A República dos assassinos (1979) de Miguel Faria Jr. 7. Pixote, a Lei do Mais Fraco (1981), de Hector Babenco. 8. Memórias do Cárcere (1984) de Nelson Pereira dos Santos. 9. Anjos do Arrabalde (1986) de Carlos Reichenbach. 10. Faca de dois gumes (1989) de Murilo Salles 11. O Homem da Capa Preta (1986) de Sérgio Rezende 12. Navalha na carne (1997) de Neville d’Almeida 13. Bicho de sete cabeças (2001) de Laís Bodanzky. 14. Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles 15. Ônibus 174 (2002) de José Padilha. 16. Carandiru (2002) de Hector Babenco. 17. Amarelo Manga (2003) de Cláudio Assis. 18. Justiça - O Filme. (2004) de Maria Augusta Ramos. 19. O Cárcere e a Rua (2004) de Liliana Sulzbach. 20. Cidade Baixa (2005) de Sérgio Machado. 21. Zuzu Angel (2006) de Sérgio Rezende. 22. Tropa de Elite (2007) de José Padilha 23. Querô (2007) de Carlos Cortez. 24. Meu Nome Não É Johnny (2008) de Mauro Lima. 25. Última Parada 174 (2008) de Bruno Barreto. 26. Entre e luz e a sombra (2009) de Luciana Burlamaqui 27. Salve Geral (2009) de Sérgio Rezende. 28. Leite e ferro (2010) de Claudia Priscilla 29. Tropa de Elite 2. Agora o inimigo é outro (2010) de José Padilha 30. Federal (2010) de Erik de Castro Na próxima edição vou falar do filme FEDERAL do cineasta brasiliense Erik de Castro. Até lá.
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Gastronomia Por: Veronica Soarez | Fotos: Divulgação e Victor Hugo Bonfim
Ômega 3 C
Gastronomia e saúde juntas
om a proposta de misturar gastronomia, saúde e bem estar, o Bistrô Ômega3 vem se destacando no quesito “culinária saudável” em Brasília. Para tal façanha, a formação profissional dos sócios e irmãos, a personal trainer Tatiana e o nutricionista Rafael dos Anjos foram fundamentais na elaboração do cardápio, composto exclusivamente de alimentos saudáveis. Sempre antenados à alimentação que proporciona saúde das pessoas, a dupla elaborou um cardápio especializado em alimentos balanceados, compostos com 70% de alimentos orgânicos. O menu também foi pensado de forma a atender pessoas que possuem restrições alimentares. A casa oferece sanduíches, saladas, massas artesanais, açaís especiais e sucos funcionais. Todos preparados com a simplicidade de receitas caseiras. Os sanduíches do Bistrô são servidos quentes. Quem quiser pode montar o seu próprio sanduíche, escolhendo o tipo de pão, a pasta, o queijo e o recheio. Entre outros preparos, é possível saborear o famoso triangulo de salmão. Uma verdadeira viagem gastronômica de saúde e bem estar. Outras sugestões são os sanduíches veganos. Para quem não conhece, o Veganismo é uma filosofia de vida com base nos direitos dos animais. No preparo dos pratos da culinária vegana é abolido qualquer tipo de ingrediente de procedência animal. Uma das sugestões da casa é o sanduíche composto de pão integral de chá verde, pasta de berinjela, pasta de grão de bico, cogumelo shimeji, tomates
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temperados e molho de castanha do Pará nas folhas. Os sucos também são preparados com a premissa do quesito saúde. Com mais de 40 sabores, o cliente tem opção de escolher sucos terapêuticos, vitaminas, sucos cremosos com grãos, leites de castanhas ou amêndoas. A recomendação do nutricionista Rafael são os sucos da vida que, segundo ele, possuem benefícios desintoxicantes e teor nutricional incomparável. Para quem gosta de um bom açaí, as mais de 15 variedades de sabores misturam inovação e criatividade dos irmãos Anjos. Entre os destaques estão o diet, o macacos (com paçoca de castanha do Pará) e o basicão (banana e xarope de guaraná). Para quem prefere o tradicional, o Ômega 3 oferece o puro açaí da Amazônia. Nas sobremesas podem ser destacadas a de frutas vermelhas com amêndoas, castanhas do Pará o e creme de soja. Além de toda essa alimentação puramente saudável, o ambiente do Ômega 3 oportuniza ao cliente uma aproximação direta com a mãe natureza. Está localizado a menos de 10 metros do Parque Olhos D´Água. O restaurante abre de segunda a domingo e agora também serve almoço.
Serviço Ômega 3 CLN 413, bloco D, loja 19 – Asa Norte 3273 1671
In The Garden B
A arte do crepe francês no DF
rasília ganhou no último mês de maio, mais uma inovação gastronômica. Inspirado na cozinha francesa, o In The Garden é o único bar-crêperie da cidade. A inovação foi trazida para a capital federal pelo francês Clément Wetzel que resolveu morar no planalto central e montar aqui a sua creperia. Para concretizar o sonho, Clément foi buscar sua formação culinária em Bretanha, região do nordeste da França, onde foi inventado o crepe, há mais de 500 anos. Agora, o chef e mestre crepeiro, Clément, faz do gosto pela elaboração do prato um ofício diário e, com simplicidade e criatividade, homenageia a culinária francesa, com comida de qualidade. “Não queremos que as pessoas comam e vão embora. O ambiente é feito para que as pessoas possam vir, comer e ter momentos para conversar e trocar ideias. O nosso ambiente propicia isso”, garante Clément. Entre os destaques da casa estão os tradicionais crepes sal-
gados conhecidos como galettes. Feitos com o trigo sarraceno (negro), não contém leite e glúten. A massa é feita apenas de água e trigo. O Saumon também é outra inovação. Este tipo de gallettes é elaborado com creme de leite, cebolinha e cebola roxa, com o tradicional salmão defumado. Prato muito popular na França. Para quem gosta de uma boa surpresa podem pedir um crepe ao gosto do chef. Com isso, fica com Clément a incumbência de preparar o recheio exclusivo sem que o cliente saiba. Os crepes doces têm destaques na casa. Merecem citação o Parfaite, o Manie Suzette e o Tulipe, elaborados com creme marron e chantily e que fazem o maior sucesso. A creperia oferece uma carta variada de drinques e vinhos, assinada pelo barman Julien Bourdier. Outra exclusividade da casa é que, caso queiram colocar em prática a língua francesa, podem solicitar que os garçons os atendam apenas em francês. Enfim, para aqueles que não conhecem o verdadeiro crepe francês, o In The Garden é uma excelente oportunidade. Para os que já conhecem, é a chance de matar saudades e se transportarem para a Cidade Luz pelo paladar.
Serviço In The Graden CLN 413, bloco E loja 57 Telefone: 3033 3093
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Agenda Cultural
Por: Afrânio Pedreira | Fotos: Fábio Pinheiro
Um olhar poético A
sobre Ouro Preto
exposição “Ouro Preto – Olhar Poético” do artista plástico mineiro Carlos Bracher vai poder ser apreciada pelos brasilienses até o dia 10 de setembro. Quinze telas a óleo, que retratam prédios, ruas, detalhes arquitetônicos de peças ou monumentos isolados da cidade mineira, uma das escolhidas como cenário perfeito para as obras de Aleijadinho, estão expostas no Espaço Cultural Banco BVA da Fundação Universa, na 609 Norte. As obras, que fazem parte da ilustração do livro com o mesmo nome, lançado pelo artista no início do ano, marcou também a inauguração do local no último 29 de junho. “As peças são lindíssimas. Eu não conhecia o artista”, declarou a empresária Elizabeth Vichon, 47 anos, depois de apreciar atentamente todas as telas. Para ela, amante declarada das artes, a capacidade que Bracher tem de “pinçar” minúsculos detalhes, principalmente arquitetônicos e projetá-los com precisão em macros tamanhos é de um impressionismo ímpar. “Ele se fixa num detalhezinho, num ponto e o retrata com precisão”, diz ela. “Tem disso sim”, confirma o autor. Para ele, as peças, num total de 40, foram sendo criadas, à proporção em que as páginas do seu livro iam ganhando letras, formando palavras e tomando sentido. Tudo isso no universo que paira sobre a cidade de Ouro Preto, carregado da poesia que transcende da visão do artista.
Ouro Preto - foi a primeira cidade brasileira a ser declarada patrimônio cultural da humanidade. Localizada a 96 km a sudeste de Belo Horizonte, no trecho meridional da serra do
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Espinhaço, em plena área auro ferrífera. A cidade tem relevo montanhoso e situa-se a 1.150m de altitude. Foi visitada pela primeira vez por bandeirantes de São Paulo, em 1694, que recolheram de um riacho estranhas pedrinhas negras. Uma vez analisadas, foi constatado tratar-se de ouro recoberto de ferro. Por isso o nome Outro Preto. Importante centro cultural e político do Brasil colonial, o lugar foi palco da primeira conspiração contra a corte portuguesa em 1720 e da conjuração mineira liderada por Tiradentes em 1789. Na cidade encontram-se as principais obras sacras do mestre Aleijadinho
O Artista - Carlos Bracher nasceu em 1940, na cidade de Juiz de Fora (MG). De uma família ligada às artes plásticas e à música, atualmente é considerado um dos grandes nomes da pintura brasileira. Com 70 anos de vida e 55 de pintura, é o artista nacional que mais expôs no exterior, com dezenas de mostras individuais em importantes museus do país e do mundo. Em 1967, devido ao Prêmio de Viagem ao Estrangeiro, mudou-se para a Europa e por lá permaneceu por dois anos. Desde 1957, quando da sua primeira experiência com a pintura, não parou mais. De lá pra cá, já foram mais de 10 mil trabalhos e várias exposições. Serviço Espaço Cultural Banco BVA - Edifício Fundação Universa SQN 609, Módulo A – Asa Norte (61) 3307.7515
Música
Bohumil Med*
Festival de Óperas de Brasília O
primeiro concerto do festival que se iniciou no dia 7 de junho foi inteiramente dedicado a Mozart. No programa, árias de óperas – solos, duos, trios e quartetos. A ópera, como já disséramos, é uma encenação, acompanhada de orquestra, de um drama ou comédia (daí os nomes ópera séria e ópera cômica ou buffa), que combina música cantada, poesia, ação, teatro, dança e artes visuais. Nos solos, em geral, lamuriam-se dores de amores. Nos duos, “discute-se a relação”. Mais alguém na discussão, tem-se um trio ou quarteto. E quando o assunto se torna público, entra o coro apoiando ou reprovado a ação dos heróis e vilões da trama. Aliás, na maioria dos textos (conhecidos como libretos) a história é das mais absurdas. É que na ópera, a música é mais importante do que o texto, cuja dicção nem sempre é compreensível. Comumente, usam-se legendas. Outra peça apresentada foi o Réquiem, missa para os mortos,
geralmente composta para solistas, coro e orquestra. Sendo o réquiem uma forma musical diferente da ópera, fica o questionamento sobre essa inclusão no festival.
MISTERIOSA ENCOMENDA A criação dessa obra está envolta em mistérios até hoje não desvendados. Em 1791, doente, cansado e financeiramente desestruturado, Mozart é encarregado por um mensageiro sombrio e incógnito de compor um réquiem e acredita tratar-se de uma encomenda para o próprio funeral. Obcecado e cada vez mais debilitado, acaba morrendo no dia 5 de dezembro de 1791, deixando a obra (belíssima) inacabada e posteriormente concluída por Franz Xaver Süssmayer, compositor austríaco, amigo e discípulo de Mozart, seguindo anotações deixadas pelo mestre. Assim, o mundo perdeu Wolfgang Amadeus Mozart, um dos
maiores compositores da história da música que, durante os 36 anos incompletos de vida, compôs mais obras e de maior valor do que a maioria dos compositores. Legou-nos inúmeros concertos, sonatas, 40 sinfonias, obras religiosas, vocais, instrumentais, obras para piano e conjuntos de câmara, totalizando 655 obras, entre elas, 22 óperas. A primeira, composta aos 10 anos de idade. As mais famosas e encenadas são As Bodas de Fígaro, Don Giovanni, Cosi Fan Tutte e A Flauta Mágica. Apesar da qualidade musical, de tamanha produção e do talento extraordinário e incontestável, Mozart morreu pobre e sozinho. Foi sepultado sem a presença de amigos e familiares numa cova sem identificação, jamais encontrada. *Bohumil Med Professor emérito da Universidade de Brasília. Com a colaboração de Regina Ivete Lopes
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Mundo Animal
Por: Tássia Navarro | Fotos: Divulgação
Dieta natural
para animais A
Vantagens e desvantagens
limentar os animais com frutas, verduras, legumes, ossos, alimentos crus, ricos em vitaminas e nutrientes e que não sofram intervenção de determinado condimento ou processo industrial. Essa é a chamada dieta natural, que tem por finalidade melhorar a saúde dos animais com alimentos frescos que também dão maior qualidade na saúde do ser humano. Apesar de muitos criadores de gatos e cachorros alimentarem seus animais com comida e não ração, a alimentação animal natural ainda é pouco conhecida no Brasil. Criada por veterinários australianos por volta de 1990, tendo como base a alimentação dos lobos, os especialistas chegaram à conclusão de que a dieta ideal, por refeição, seria composta de 50% a 60% de ossos carnudos crus, 20% a 25% de carnes desossadas com um pouco de vísceras e o restante de vegetais. A refeição pode proporcionar maior interação do dono com o animal, já que a comida é preparada pelo senhor do bicho, em casa. O que permite que o responsável fique atento ao desenvolvimento do animal, podendo assim, observar o que lhe faz bem ou não. O universitário Pedro Oliveira, 21 anos, que adota a dieta natural na alimentação de seus cachorros, costuma
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alimentá-los com muitas frutas, verduras e legumes e garante que eles gostam e se tornam animais mais fortes com esse tipo de alimentação. Segundo o veterinário Éder Rodrigo Neiva, há seis anos na área, esse tipo de alimentação é boa nos casos de animais com algum tipo de doença ou limitação estomacal, já que precisam de uma dieta restrita, balanceada e adequada. “Como os alimentos são selecionados, é possível adequar o que o animal vai comer de acordo com o que ele precisa para ajudar na recuperação da sua doença” explica. Outros benefícios da dieta são o hálito menos forte, controle de peso e aumento da resistência natural do animal a determinadas doenças. Além do estímulo à mastigação, por conter ossos crus, a alimentação natural ajuda de forma natural na remoção de placas bacterianas e a manter os dentes e gengivas saudáveis. Dr. Éder completa que mesmo a alimentação natural sendo saudável, a ração também tem suas vantagens e pode ser até mais balanceada do que a dieta a base de alimentos frescos, afinal não é qualquer animal que consegue se adaptar a esse tipo de cardápio. “Aqueles que já são acostumados com a ração podem comer e
A vira-lata de Pedro, Bibi, adora tomate
gostar, mas de alguma forma o alimento pode não fazer bem para o seu estômago”, ressalta. Conforme o médico, é importante sempre, antes de começar esse tipo de nutrição, procurar um especialista para se informar. E alerta que animais com problemas de gastrite, doença renal ou hepática, também não devem receber esse tipo de alimentação. Quanto à ração, Éder Rodrigo explica que, muitas vezes, ela acaba sendo uma melhor saída do que a alimentação natural para os animais. “Hoje em dia existem rações muito bem controladas, nutritivas e específicas, que atendem à necessidade de cada animal, tanto na questão dos nutrientes quanto da idade do animal”, assegura. Segundo ele, rações são a alimentação ideal, pois já trazem tudo o que o animal precisa e variam de acordo com a necessidade de cada um. “Algumas são mais molinhas. Contém leite para os animais
mais jovens e para os que estão em fase de crescimento dos dentes. Outras são mais durinhas, mas não tanto quanto os ossos, que são perigosos, pois podem machucar a boca do animal”, esclarece. Além disso, conforme o especialista, a ração ainda é mais prática, pois pode ser carregada para qualquer lugar e já vem pronta para o consumo. Assim como para alguns animais é difícil se adequar à alimentação natural, para outros o uso da ração é complicado. O estudante Pedro Oliveira, conta que adotou a alimentação natural para seus cachorros desde que eram pequenos. “Eles devoravam a comida”, conta. Já na hora de alimentá-los com ração eles tinham mais dificuldades para comer. Serviço Dona Cadela e seus filhotes (61) 3352.6600 QNE 01. Lote 8. Loja 01 Taguatinga Centro
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Jornalista Aprendiz
Por: Bruno Franchini | Ilustração: Joana Nobrega
Volta ao mundo sem sair do sofá A senha é um clic
Com a chegada da internet, coisas do cotidiano de muitas pessoas ganharam um novo significado. Até os hábitos mais comuns, como dormir no sofá receberam o toque da evolução e passaram a não ter o mesmo sentido. Pelo menos é o que o site www.couchsurfing.org ou “Surfistas de Sofá” na tradução livre para o português, oferece àqueles que gostariam de conhecer o mundo de uma forma inusitada. Se, com as redes sociais as pessoas tinham motivo para ficar em casa, sentadas na frente de um computador, com esta rede, a intenção é justamente o contrário. Tudo começou em maio de 2002, quando o americano Casey Fenton ganhou um bilhete de viagem para um fim de semana na Islândia. Sem dinheiro e sem saber o que fazer para não perder a oportunidade, tentou contatar alguém via internet para ver se, “por um acaso, conseguiria um lugar para dormir”. Reuniu 1500 e-mails de estudantes da Universidade da Islândia e enviou uma mensagem personalizada dizendo que chegaria em alguns dias ao país e que precisava de um lugar para ficar. Para sua surpresa, recebeu mais de 100 respostas de oferta de hospedagem. A partir daí, surgiu a idéia de criar um site que pudesse conectar e organizar o intercâmbio de pessoas e casas para hospedagem pelo mundo inteiro por meio de suas comunidades. Eis que, em 2003, nasce o CouchSurfing, uma rede
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internacional sem fins lucrativos que conecta viajantes em mais de 230 países e territórios ao redor do mundo. Com o lema “Temos uma visão de um mundo onde todos possam explorar e criar conexões significativas com as pessoas e lugares que eles encontram”, o site já abriga mais de um milhão de usuários em todas as partes do mundo. Recém-formado em relações internacionais, Claudiomar Rolin é um dos frequentadores da rede. Conheceu a página em 2007, quando ainda era estudante. Já recebeu cerca de 70 pessoas vindas dos Estados Unidos, Nepal, Argentina, França e Itália. Algumas quando ainda morava no alojamento da Universidade de Brasília (UnB). Mochileiro de carteirinha, ele também utiliza o site pra viajar. Até agora conheceu 32 países da Ásia, África, América Central, além de alguns estados brasileiros. Dono do blog “omundonumamochila.com”, Rolin afirma que todas as viagens contribuíram para sua formação e experiência de vida. Não gosta de dizer que uma foi melhor que a outra, mas fala de forma diferente quando lembra da viagem que fez à Índia. Mesmo com os problemas que teve ao chegar ao país, pela falta de comunicação com o anfitrião, ele fez questão de destacar os pontos positivos. “Comida, pessoas, lugares. Uma cultura realmente impressionante. Conviver com um costume tão diferente foi uma experiência inigualável”, conta Rolin.
O site funciona como qualquer outra rede social na internet. A pessoa entra, cria um perfil, adiciona fotos, se apresenta e diz a que veio. Tudo é gratuito. E a partir daí, está valendo. Tanto chegarão pedidos de hospedagem em sua casa, quanto será possível pedir para ser hospedado em qualquer lugar do planeta. O site tem como diferencial proporcionar para algumas pessoas o que, de outra forma, nunca seria possível: por meio da hospitalidade, trocar experiências culturais diversificadas e únicas. Mas além do aprendizado cultural, algo que é destaque na rede é a segurança de seus usuários. Após a hospedagem, tanto o anfitrião quanto o hospede postam na página a referência um do outro. Quem recebeu, comenta a respeito do hospede, comportamento, ordem e organização. Quem se hospedou posta como foi a experiência, se a casa era limpa, se foi bem tratado e se as pessoas foram receptivas. Essa referência fica gravada no perfil virtual de ambos. Assim, sempre que esses usuários solicitarem hospedagem ou estadia, os outros frequentadores do site poderão ver suas referências e conferir se são confiáveis ou não.
Divulgação
Gratuito
Serviço Bruno Franchini é estudante do 6° semestre de jornalismo no IESB
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Propaganda e Marketing
Carlos Grillo*
Lições de
Cannes 2011
A
publicidade tradicional, com a qual estávamos acostumados a conviver, respira por aparelhos. Os papas da comunicação, reunidos em junho na Riviera Francesa, inclusive já celebraram sua extrema unção. As sacadinhas, os anúncios com “fotão” e pack shot pequenininho no canto direito, os formatos convencionais e até as velhas mídias definham a olhos vistos. A categoria de Press ainda abriga alguns moribundos, que também podem ser encontrados nas categorias de Outdoor, de Radio e de Film, embora em menor volume. O encanto da antiga propaganda se esvai na velocidade das novas tecnologias. Os organizadores de Cannes, atentos a esse movimento, apressaram-se em mudar o nome do Festival. Na falta de uma definição mais precisa para o novo modelo de comunicação que atropelou agências e anunciantes, optaram apenas por retirar o termo “Publicidade” e substituí-lo por “Criatividade”. Às categorias tradicionais e badaladas acrescentaram várias outras. Todas elas destinadas a disciplinas, outrora marginais como marketing promocional, eventos, marketing direto e RP. Ganharam força, ainda, categorias especiais para reconhecer campanhas e ações capazes de unir tudo isso com brilho. Surgiu, assim, a Titanium and Integrated Lions, que oferece hoje o Leão mais disputado e desejado do novo Festival Internacional de Criatividade de Cannes. Em 2011, a principal contribuição do mais badalado encontro de criativos do mundo foi passar uma borracha definitiva e irrevogável nas malfadadas linhas, que fatiavam o mercado e definiam a atuação das agências. Nada é mais offline, online, bellow the line, above the line, across the line ou qualquer line que seja. Agora, é tudo no line. Hoje as linhas descansam em paz com a benção dos sacerdotes que ocupam as cadeiras de espaldar alto do Palais du Festival. Tudo se mistura. Tudo se soma. Tudo se integra. Tudo para oferecer ao cliente um serviço concreto e não só uma mensagem, uma experiência colaborativa, envolvente e não mais só passiva. Essa é a nova cara da comunicação pós-internet e redes sociais.
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Novas mudanças devem vir em breve, visto que, diante desse cenário, tornou-se tarefa árdua, quiçá impossível, enquadrar um trabalho. Cannes mostrou, neste ano, ações inspiradoras que colecionaram Leões nas mais diversas categorias. Foi assim com “Friendship Machine”, da Argentina, que levou dois Leões em Direct, um em Media e um em Outdoor. Foi assim com “Decode Jay-Z With Bing”, dos Estados Unidos, que faturou dois Leões em Titanium and Integrated, dois em Outdoor, dois em Direct, um em Cyber e outro em Promo & Ativaction. Foi também o que aconteceu com o corajoso “American Rom”, da Romênia, que abocanhou dois Leões em Promo & Activation, dois em Titanium and Integrated, dois em Direct e um em Media. Enfim, Cannes 2011 marcou o triunfo das grandes ideias sobre as grandes produções. Daquelas carregadas de propósito, com luz para brilhar da Côte D’Azur à Costa do Dendê. Ideias simples e inteligentes, capazes de fazer a diferença na vida das pessoas e engrandecer nossa profissão. Ideias mobilizadoras e participativas para serem apreciadas além dos sofás.
Conheça os cases citados no artigo Friendship Machine h t t p : / / w w w. c a n n e s l i o n s . c o m / w o r k / d i re c t / e n t r y. cfm?entryid=22626&award=2 Decode Jay-Z with Bing http://www.canneslions.com/work/titanium/ American Rom http://www.canneslions.com/work/direct/
*Carlos Grillo Vice-presidente de criação da Monumenta Comunicação e Estratégias Sociais Email: grillo@monumenta.com.br Twitter: @carlosgrillo
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Vinho
Antônio Duarte*
Ritual do vinho U
m vinho deve ser servido com a consideração que merece. Se for servido de qualquer maneira poderá haver desilusão e conclusões absolutamente erradas sobre a região e o produtor que elaboraram.
Os vinhos brancos, rosados e espumantes, bebidos fora das refeições ou servidos antes destas, são mais agradáveis bem frescos. Os vinhos tintos devem ser servidos à temperatura ambiente?, Depende da temperatura do ambiente. Se for demasiadamente baixa, deve ser “aquecido”, porém isso não é uma regra, visto que alguns tintos jovens se comportam muito bem ao serem resfriados. Se um vinho demasiado fresco não possui praticamente paladar ou aroma, um vinho tinto “aquecido” rapidamente perde qualidades e nunca poderemos apreciá-lo devidamente. Assim, os vinhos devem ser refrescados ou “aquecidos” gradualmente. Nunca devem sofrer grandes choques térmicos, não devendo ser gelado num congelador e nem levá-lo ao “fogo”, para aquecer. Quanto mais doces, mais frescos, nunca deverão ser bebidos a uma temperatura inferior a 6 °C. Os espumantes devem ser servidos a uma temperatura de 6 a 8 °C. Os brancos a 8 °C. Os roses a 12°C e os tintos de 16 a 20 °C. (14°C para os tintos leves, ex. Beaujolais Noveau)
mento correto das borbulhas (perlage) e a manutenção de seus delicados aromas. Vinhos brancos aromáticos (Riesling, Gewustraminer) precisam de copos de formas ovaladas, de modo a reter os aromas característicos. Vinhos brancos doces (Sauternes) e rosados são melhor apreciados em copos ovalados com as bordas para fora. Para os tintos são usados sempre copos maiores, variando de formatos e tamanhos de acordo com o tipo de vinho. Os vinhos do tipo Bordeaux (Cabernet, Merlot) precisam de um copo de boa capacidade, com forma ovalada e boca fechada, para reter a intensidade dos aromas. Já para os vinhos da Borgonha, usa-se copos do tipo balão, de grande capacidade, para permitir o desprendimento dos intensos aromas das uvas empregadas na Região, a Pinot Noir. Para degustações técnicas, existe um copo apropriado desenvolvido pelo INAO (Institut National dês Appellations d’Origine), que serve para todos os tipos de vinhos, inclusive os espumantes. De um modo geral, os copos devem ser de cristal, de boa qualidade , incolores, lisos, com hastes que permitam serem empunhados sem que se toque no corpo do copo, evitando assim alterações na temperatura e marcas de dedos, que prejudicariam o aspecto visual do vinho. Como toda regra tem exceção, temos um copo especial para os vinhos alemães da região do Mosel que é lapidado.
Refrescar
Ordem de serviço
Se tiver necessidade de refrescar um vinho tinto para servir de imediato, pode-se mergulhar a garrafa num balde com água e gelo, devendo a água estar ao mesmo nível para que todo ele adquira a mesma temperatura. Pode igualmente, num dia de calor, colocar as taças num freezer, mas nunca refresque o vinho com gelo. Não guarde vinhos por demasiado tempo na geladeira. Eles podem tomar um aroma e paladar estranho e desagradável, devido aos alimentos guardados na geladeira, que depois se conservam.
É errado mudar de vinho durante uma refeição? A ordem de serviço dos vinhos é a seguinte: o seco antes do doce, o novo antes do velho, o branco antes do tinto. É lógico que não poderemos apreciar um bom vinho seco, se antes tivermos bebido um vinho doce. Da mesma forma, deve-se servir um vinho novo antes do velho, porque o vinho que envelheceu está no seu auge e eclipsará um vinho novo, mesmo que seja muito bom, cuja maturação ainda não terminou. Isso leva-nos à regra fundamental da ordem dos vinhos: o último deve ser o melhor. O ideal é seguir uma progressão que vá do bom ao excelente. Do leve ao encorpado. Do simples ao sutil. Portanto, conclui-se que não é errado, mudar de vinho durante uma refeição desde que exista o bom senso da harmonização (casamento – vinho x prato).
A que temperatura servir
A importância dos copos Os copos têm uma importância fundamental no serviço dos vinhos. Não se tratando apenas do aspecto estético, mas de aproveitar e valorizar ao maximo as características organolépticas do vinho. Veja o exemplo do Champagne, o copo correto para este vinho é a chamada flutê, que, por sua forma alongada e boca estreita, permite o desprendi-
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*Antônio Duarte Presidente da filial brasiliense da Associação Brasileira de Sommeliers
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André Quintão
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Mara Saleti De Boni
Rodrigo Góes
Zoroastro Neto
Idealizador do projeto Websegura
Presidente do Conselho Regional de Nutricionistas
Sócio do restaurante Lótus Azul
Superintendente Shopping ID
Livro Bulling e Cyberbulling – o que fazemos com o que fazem conosco? Autor Maria Tereza Moldonado
Livro O Cérebro Desconhecido
Livro A Cabana
Autor Helion Póvoa
Autor William P. Young
Livro Mentes perigosas – O psicopata mora ao lado Autor Ana Beatriz Barbosa Silva
Editora Moderna
Editora Objetiva
Editora Sextante
Editora Objetiva
O livro apresenta as principais manifestações do bullying e do cyberbullying como problemas que acontecem nas redes sociais de relacionamentos e que podem ser prevenidos por meio de um programa anti-bullying eficiente. Para a autora, as escolas precisam motivar um ambiente sadio, criando uma cultura de paz em sala de aula, já que são nas instituições de ensino, em especial, que o problema ocorre com mais frequência. A leitura sobre o tema é interessante, pois esclarece que o trabalho conjunto entre famílias, escolas e comunidade é essencial para lidar com esse tipo de assédio.
Em “O Cérebro Desconhecido”, o Dr. Helion Póvoa revela as incríveis potencialidades terapêuticas do intestino, cuja importância vem sendo resgatada pelos médicos, nas últimas décadas. Se você está procurando uma fonte de felicidade e de saúde, experimente cuidar mais atentamente de seu sistema gastrintestinal. Pois é, o intestino - no qual prestamos a máxima atenção somente quando cuidamos de bebês - que produz nada menos que 90 % da substância responsável pela nossa sensação de bem-estar, a serotonina. E como não há felicidade sem saúde, o intestino concentra, também, 80% do potencial de imunidade do corpo humano, além de ser grande produtor de hormônio de crescimento.
Durante uma viagem em um fim de semana, a filha mais nova de Mack Allen Phillips é raptada. Há evidências de que ela foi brutalmente assassinada em uma cabana abandonada. Após quatro anos vivendo muito triste, causada pela culpa e pela saudade da menina, Mack recebe um bilhete estranho, que teria sido escrito por Deus, convidando-o para voltar à cabana onde aconteceu a tragédia. Apesar de desconfiado, ele vai ao local do crime em uma tarde de inverno e adentra passo a passo no cenário de seu mais terrível pesadelo. Mas o que ele encontra lá muda o seu destino para sempre.
Quando pensamos em psicopatia, logo nos vem à mente um sujeito com cara de mau, de aparência descuidada, pinta de assassino e desvios comportamentais tão óbvios que poderíamos reconhecê-lo sem pestanejar. Isso é um grande equívoco! Para os desavisados, reconhecê-los não é uma tarefa tão fácil. Os psicopatas enganam muitíssimo bem. “Mentes Perigosas” discorre sobre pessoas frias, transgressoras de regras sociais, sem consciência e desprovidas de sentimento de compaixão ou culpa.
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Frases
As injúrias são razões de quem não tem razão.
Copiar o bom é melhor que inventar o ruim.
Rui Barbosa
Armando Nogueira
Dê um peixe a um homem faminto e você o alimentará por um dia. Ensine-o a pescar, e você o estará alimentando pelo resto da vida.
As palavras verdadeiras não são agradáveis e as agradáveis não são verdadeiras. Lao Tsé
Provérbio chinês
Ao avarento falta tanto o que tem como o que não tem.
As pessoas que mordem a mão que as alimenta geralmente lambem as botas que lhes dão pontapés.
A. Rivarol
Eric Hoffer
As palavras são como as moedas: uma pode valer por muitas, e muitas não valer por uma.
De todos os remédios caseiros, uma boa esposa é o melhor.
Quevedo
Hubbard
Justiça
Gilmar Mendes *
Foto: Nelson Jr.
Escola de Direito:
Uma Proposta para o Século 21 N
o Brasil funcionam hoje cerca de 1200 faculdades de Direito. Na Alemanha são 50 faculdades e, nos Estados Unidos, 250 instituições. Os dados brasileiros destoam bastante, quando comparados com países onde o Direito é referência internacional. Grosso modo, em nosso país se formam 90 mil bacharéis em Direito por ano, cuja grande maioria não chega a ser aproveitada no mercado específico da área. Por quê? Uma das explicações é que de há muito se esgotou o modelo de aprendizado passivo, restrito às exposições teóricas, com avaliações tradicionais, como se, afinal, se tratasse de mera continuação do ensino médio. Nada mais equivocado: a globalização das empresas, o aumento da litigiosidade, quer pelo aumento da conscientização dos cidadãos quanto aos próprios direitos, quer pela maior cobertura jurídica de certos temas como proteção ambiental ou defesa do consumidor, e até pela elevação do grau de transparência nos contratos, tudo concorre para que se requeira, dos alunos de Direito, formação realmente superior, de base sólida. E isso inclui ambiente diferenciado, em que se incentive sempre a pesquisa, a capacidade argumentativa, o desenvolvimento intelectual, com ênfase na participação dos futuros graduandos em debates multidisciplinares e interculturais, ambos de fundamental importância para inserção profissional no mercado de trabalho contemporâneo. No âmbito do Direito, pelo que demonstra o baixíssimo aproveitamento nos exames da Ordem dos Advogados – apenas 12% dos candidatos que prestaram o Exame de Ordem foram aprovados no início do ano -, ou nos concursos para as carreiras da magistratura, o aumento na oferta de cursos se fez de modo inverso ao nível de excelência das graduações. A demanda por formação educacional, se atendeu à exigência de expansão. Deixou muito a desejar no quesito “qualidade”. Em vista desses aspectos, costumo destacar o papel da extensão universitária como diferencial
elementar: grupos de estudo, visita “in locu” aos tribunais e demais órgãos jurídicos, discussões sobre casos e temas polêmicos, produção acadêmica interdisciplinar de alto nível são, entre outros, caminhos alternativos e agora obrigatórios quando se almeja formação acadêmica esmerada, completa, que associa excelência teórica aplicada à realidade cotidiana – e lodo desde o primeiro semestre. Nas minhas aulas – sou professor universitário há mais de trinta anos –, costumo mencionar as denominadas Fallbesprechungen, de que participei quando estudante na Alemanha. Espécie de aula complementar concomitante às expositivas, na qual os alunos, em turmas com número restrito de participantes, debatem casos concretos em torno da matéria teórica correspondente. É um exemplo simples, mas que serve para ilustrar como os alunos podem ser ajudados no desenvolvimento do raciocínio lógico e na apreensão de técnicas argumentativas. Além, claro, de corpo docente de escola reunir nomes que ultrapassem meros títulos acadêmicos – a exemplo de juristas que efetiva e cotidianamente fazem a doutrina e a jurisprudência nacional – há de se priorizar também algum tipo de intercâmbio cultural com instituições de ensino superior de outros países porque, no mundo globalizado, já não cabe compartimentar, excluir, dissociar as múltiplas interfaces do conhecimento e da experiência humanas. A falência do modelo tradicional de ensino jurídico abre caminho a iniciativas mais arrojadas que, felizmente, não tardam – por exigência do próprio mercado e para a devida sintonia com a célere evolução dos tempos. Se há algum tempo atrás, quando se queria criticar o elitismo no país, era comum referir o Brasil como “o país dos bacharéis”, hoje sabemos que para alcançar um país desejado por todos será necessário investir com ênfase na educação. (*) GILMAR FERREIRA MENDES É ministro do Supremo Tribunal Federal, mestre pela UnB, doutor em Direito do Estado pela Universidade de Münster (Alemanha) e professor nos cursos de Direito da UnB e da EDB/IDP (Instituto Brasiliense de Direito Público).
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Diz Aí, Mané “Na América do Norte tem mais de 100.000 Km de estradas de ferro cimentadas”
“O clima de São Paulo é assim: quando faz frio é inverno; quando faz calor é verão; quando tem flores é primavera; quando tem frutas é outono e quando chove é inundação”
“Na América Central há países como a República do Minicana””
“O público mixto é composto por aquelas pessoas que entram e saem da empresa. Ou seja nunca estão totalmente dentro, nem totalmente fora”
“A comunicassão social e feita de mim para voçês”
“... Os planetas são 9: Mercúrio, Venus,Terra, Marte. Os outros 5 eu sabia mas como esqueci agora e está na hora de entregar a prova, o sr. não vai esperar eu lembrar, vai?”
“As principais cidades da América do Norte são Argentina e Estados Unidos”
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Cresça e Apareça
Adriana Marques*
Viver bem O
a vida
quanto nos custa vivermos pela metade? Não no sentido literal pois, afinal, vida pode ser apenas o espaço de tempo compreendido entre o nascimento e a morte de um indivíduo. Ou, ainda, viver pode significar funcionamento de órgãos, sistemas e metabolismo ativo, mesmo que doente, em um ser vivo. A questão aqui é: este significado é suficiente quando falamos de realmente obtermos o máximo de felicidade, plenitude e realização que somos capazes? O quanto nós nos damos conta que viver não é apenas o protocolo de reagir a rotina? Viver pode e deve ser o presente que nos damos todos os dias. Viver é dar significado a cada acontecimento. Viver é se dar conta da relevância dos fatos cotidianos e decidir permanentemente qual o desfecho ao qual somos merecedores. A vida pode não ser perfeita. Aliás, perfeição é um estado e, por isso, pode ser mudado a qualquer momento. Cientes disso, o quanto estamos dispostos a, perante dificuldades, exercermos o nosso direito a vida plena? Com todos os problemas, as caras feias e mal humor encontrados ao redor, o quanto vale a pena decidir ser feliz e superar tudo isso? É nosso direito e dever escolhermos nossos caminhos. É nossa obrigação assumirmos o preço por
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estas escolhas. E, se toda escolha, necessariamente, traz ganhos e também perdas, cabe a reflexão: o quanto estamos escolhendo não ganhar? Isso mesmo, o quanto não ganhamos com medo ou preguiça de nos arriscarmos? Ou de vivermos nosso ideal? Não é apenas ter consciência sobre o que se perde ou o que ganha em cada situação. É o quanto poderíamos ganhar a mais. O desafio é enxergar o que pode trazer mais sabor pra sua vida. O que pode, hoje, significar viver intensamente o seu direito de escolher? Quantas vezes gastamos horas com reuniões infrutíferas mas não nos damos o direito de assistir a um bom filme em plena segunda-feira? O quanto deixamos de aguçar a necessidade de estarmos com as pessoas mais importantes na nossa vida? Seja na hora de refeição, no supermercado ou numa mesa de restaurante? Tudo bem se seu casamento não é como você imaginou. Ou se você se der conta que não adora todos os seus pares de trabalho. Mas, perante o cenário que você decidiu viver, o que pode ser feito para que hoje a vida realmente valha a pena? Qual é a mensagem que este dia, ao final dele, vai ter deixado? Saiba que depende unicamente do que você vai sentir, pensar e fazer. Se entregue pra vida! Acredite nos seus projetos. O mínimo que
pode acontecer, se as coisa não saírem exatamente como planejadas, é o aprendizado pro futuro! Você não veio ao mundo com um estoque limitado de “Eu te amo” a serem pronunciados. Então por que economizar ou esperar a hora certa para dizer isso a alguém importante? Faça este momento ser a hora certa. Fale “eu te amo” agora. Pra um amigo, parente ou filho. Escreva, mande mensagem, mas não perca ESTA chance. A vida acontece quando nos damos conta dela. É sua responsabilidade sugar o quanto acha que merece. Em companhia dos amigos, relaxe e curta o momento. Ele não volta mais. Ao chegar em casa e encontrar seu filho, contemple o rostinho feliz por te ver. Orgulhe-se disso. Se as coisas com seu marido ou esposa não andam tão bem, fique feliz em saber que vocês dois são um time mesmo com toda a dificuldade. Cada dia é uma chance única. Na sua história, só haverá um dia de hoje. No final das contas você vai perceber o mais simples e belo: A vida gosta de quem gosta dela. Apaixone-se pela sua vida! *Adriana Marques é Business Coaching pela Sociedade Brasileira de Coaching master Coach pelo Behavioral Coaching Institute e presidente do CoachingClub.
Ponto de Vista
celina leão*
Ser político é, antes de tudo, ter coerência nas ações A
greve dos servidores da saúde, que terminou depois de quase duas semanas de transtornos sem tamanho para a população do DF, trouxe à tona uma reflexão relevante a todos os políticos brasilienses: acima de quaisquer ideologias ou posições partidárias, é preciso ter coerência nas ações de homens e mulheres que se enveredam pela vida pública. O Partido dos Trabalhadores, legenda que hoje encabeça o comando do GDF, tem conhecido histórico de movimentos grevistas importantes ao longo do cinquentenário da capital brasileira. Foram capitaneados por lideranças petistas de grande expressão na luta sindical paralisações de diversas categorias do funcionalismo público que mudaram o rumo de vários governos e que influenciaram diretamente na eleição de representantes tanto do Poder Legislativo quanto do Executivo. Exemplo de grande repercussão aconteceu no pleito que definiria a reeleição do então governador Cristovam Buarque, na primeira vez em que o DF foi governador pelo PT. Greve dos professores à época do segundo turno, em 1994, mudou completamente o jogo da corrida eleitoral e reverteu o favoritismo do partido sob o argumento de que o governo que deveria ser fiel às suas raízes estaria supostamente cometendo traição. O movimento liderado pelos servidores da saúde, a primeira grande greve que enfrentou o atual governo, é um exemplo claro da importância na coerência do discurso político. No período em que recém completa seu primeiro semestre no comando da máquina pública, o governador Agnelo Queiroz age de modo contraditório com seu discurso anterior em relação ao tema. Agora que está em lado oposto ao dos sindicalistas, sua primeira medida tomada foi fechar o diálogo nas negociações com a categoria, num exercício antidemocrático. Há pouco tempo filiado ao PT, vindo do PCdoB, o governador tem um agravante neste movimento e em
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seu discurso: é oriundo do setor para o qual está virando as costas e, inclusive, com servidor da área, participou de outros movimentos grevistas. Como gestor do Poder Executivo, a intransigência do atual governador causou prejuízos graves ao direito da população brasiliense, prejudicada pelo radicalismo do movimento grevista, e à imagem partidária de uma legenda que tradicionalmente sempre defendeu o direito às reivindicações por melhores condições de trabalho dos servidores públicos do GDF. Outro exemplo claro da falta de coerência política do atual governo é o impasse que se dá na distribuição, pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab), de casas populares na Estrutural. O assunto repercutiu na imprensa e nenhum representante do GDF apareceu para dar explicações. Parece que no Executivo virou moda o silêncio, a ausência em compromissos públicos e o descaso com a população. É preciso chamar a atenção para o fato de que já se passaram seis meses de governo, a herança maldita já passou e já deu tempo suficiente de arrumar a casa. O governo tem que andar e prestar serviços de qualidade à população. As pessoas querem respeito, querem respostas e um posicionamento concreto para as suas demandas. A grave falta de diálogo dos representantes do GDF já causa revolta nos mais diversos segmentos sociais. Os eleitores se sentem traídos pelas promessas não cumpridas e agora pelos compromissos não cumpridos. O diálogo e a coerência são fundamentais para o sucesso de qualquer governo. Já o silêncio, pautado por ações políticas contraditórias, são uma escolha com conseqüências que podem ser desastrosas para o processo de construção de uma Brasília melhor.
*Celina leão Deputada distrital pelo Partido de Mobilização Nacional (PMN)
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Charge
Eixo Monumental
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