MASCOTE
PALANQUINHA: UMA ATRACÇÃO ESPECIAL! A MASCOTE DO CAN 2010, BAPTIZADA COM O NOME DE “PALANQUINHA”, SERÁ UMA DAS MAIORES ATRACÇÕES DA ESTRATÉGIA DE MARKETING E PUBLICIDADE DO CAN 2010
A
palanquinha vai ocupar um lugar de destaque na comunicação. A expecta-
tiva é que ela ajude a mobilizar, principalmente as crianças a participarem da festa do CAN. Lançada em Conferência de Imprensa no auditório da Federação Angolana de Futebol, a 18 de Julho de 2008, tal como a marca do COCAN 2010 e a sua respectiva página Web, a Palanquinha completa o quadro de peças que corporizam a estratégia de comunicação do COCAN. Desde então, o CAN 2010 passou, de facto a ter as suas marcas de referência. A cerimónia, testemunhada por jornalistas nacionais e estrangeiros, foi organizada pelo COCAN, com Justino Fernandes, director-geral à testa, acompanhado por António Mangueira, direc-
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tor executivo, e Manuel Mariano, director de
A mascote (Palanquinha) foi inspirada na
Informação, Publicidade e Marketing. A repre-
Palanca Negra Gigante, que é um símbolo na-
sentar o Governo de Angola esteve o vice-mi-
cional de Angola, ex-libris da fauna nacional,
nistro da Juventude e Desportos, Albino da
pois trata-se de uma espécie que não se en-
Conceição.
contra em mais nenhuma parte do mundo.
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≥≥ O director de Informação, Marketing e Publicidade do COCAN, Manuel Mariano, apresenta a marca e mascote do CAN Angola 2010
Coube ao diretor Justino Fernandes abrir os
vermelho, amarelo e preto — o contorno de um
painéis com a logomarca do COCAN. Ela repre-
estádio, ladeado por uma bola de futebol. Na
senta o território do futebol — a cor verde do
mesma cerimónia foi lançada a página do CO-
relvado — e as cores da bandeira angolana —
CAN na rede mundial de computadores.
≥≥ O endereço na Internet é www.can-angola2010.com e apresenta informações e notícias sobre o que Angola está a fazer para organizar uma edição exemplar do Campeonato Africano das Nações.
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POSTAL DA PALANCA NEGRA GIGANTE
A DESCOBERTA DA PALANCA PEDRO VAZ PINTO
A
mais notável característica da palanca são, sem dúvida, os seus cornos fabulo-
sos e sem paralelo entre os antílopes, e que podem chegar a ultrapassar os 1,65m. Apesar do seu nome devemos sublinhar que a palanca não é necessariamente negra, mas apenas os machos adultos apresentam esta tonalidade dominante e tão característica. As fêmeas, crias e machos jovens apresentamse com uma pelagem castanho-avermelhada, com tendência a escurecer com a idade. Curiosamente, a distribuição deste animal encontra-se restrita ao território compreendi-
A Palanca Negra Gigante (Hippotragus niger variani) é símbolo de orgulho do povo Angolano
do entre os rios Kwanza e o seu afluente Luan-
grandes antílopes africanos a ser descoberto e
do, nas Províncias de Malanje e Bié. A única
catalogado pela ciência. A sua “descoberta”
excepção consiste numa pequena população
pelo mundo ocidental deu-se quase por acaso
isolada no município da Cangandala, 30 km a
em 1916 por um engenheiro britânico ao servi-
sul da cidade de Malanje. A sua ocorrência
ço dos Caminhos-de-Ferro de Benguela, de
nestas duas zonas levou à criação de duas áre-
nome Frank Varian. Contudo, há já muitos sé-
as de conservação, respectivamente a Reserva
culos que os povos Songo e Lwimbi, residen-
Integral do Luando e Parque Nacional da Can-
tes na área, eram profundos conhecedores da
gandala, e até hoje nunca foi encontrada uma
existência daquele magnífico animal de cornos
palanca negra gigante fora destes locais.
extraordinários a quem chamavam de “koló” ou “sumbakaloko”. Para além de considerarem a palanca como o seu animal sagrado, as
≥≥ DESCOBERTA Apesar das suas características excepcionais, a palanca negra gigante foi o último dos
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comunidades locais protegiam-na activamente, evitando inclusive durante séculos que a sua existência fosse conhecida por forasteiros.
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gem e as áreas de conservação pagaram uma elevada factura, não tendo a palanca constituído uma excepção. Desta forma, datavam de 1982 as últimas fotografias publicadas de palancas negras gigantes. E quando o conflito armado chegou finalmente ao fim no ano de 2002, subsistiam dúvidas acerca do estatuto deste nosso símbolo. Teria conseguido sobreviver à guerra ou, pelo contrário e à semelhança das manadas de gungas, pacassas e palancas vermelhas que outrora povoavam o Parque Nacional da Kissama, teriam sido extintas? Contra os prognósticos dos mais pessimistas, desde 2002 foi possível desenvolver acções no Parque Nacional da Cangandala numa parceria frutuosa entre a Universidade Católica de Angola, Ministério do Urbanismo e Ambiente, Governo Provincial de Malanje e comunidades residentes na área, e que conduziram ao avistamento de vários animais, e à obtenção e publicação em 2005 de fotografias obtidas a partir de câmaras automáticas. Mais recentemente foram também obtidas filmagens das manadas, e foi possível obter
≥≥ PASSADO E PRESENTE O facto de a palanca estar confinada numa
estimativas fiáveis acerca das densidades populacionais deste magnífico antílope.
área geográfica muito reduzida e presente em
Actualmente a população total de palancas ci-
densidades bastante baixas, fez com que fosse
fra-se em pouco mais de 100 animais, com o seu
classificada como um animal em risco de extinção
principal núcleo na Reserva do Luando. A palanca
logo em 1933. Desde os anos vinte que foram to-
encontra-se, assim, em risco crítico de extinção e a
madas medidas legais de protecção deste animal
sua sobrevivência está longe de estar assegurada,
com multas pesadíssimas para quem ousasse ma-
sendo esta actualmente a principal prioridade dos
tar uma palanca negra gigante, a que se seguiu a
diversos parceiros envolvidos na sua conservação.
criação das já referidas áreas de conservação. Nos anos sessenta, a palanca foi estudada exaustivamente pelo conhecido cientista americano Dr. Richard Estes, que então estimou a população total de palancas em cerca de 2.000 animais. Infelizmente, com o intensificar dos conflitos armados que assolaram o nosso país, a fauna selva-
13 WWW.CAN-ANGOLA 2010.COM ANGOLA 2010 ≥≥ A palanca não é necessariamente negra, mas apenas os machos adultos apresentam esta tonalidade dominante e tão característica
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, , INSPECÇÃO
≥≥ Mohamed Raouraoua recebe explicações sobre o andamento das obras do estádio do Lubango.
INSPECTORES DA CAF REGRESSAM EM JANEIRO NA ÚLTIMA VISITA, ELOGIARAM AS ACÇÕES EMPREENDIDAS PELO COCAN epois de terem efectuado duas visitas de
D
de Agosto, às obras de construção do Estádio
inspecção, membros da Confederação Afri-
de Luanda, no bairro do Camama, deslocando-
cana de Futebol (CAF) voltam a Angola em Janei-
se depois às instalações do Catetão, campo de
ro de 2009 para avaliarem o desenvolvimento das
treinos do Petro de Luanda.
obras de infra-estrutura no país, particularmente o que envolve a construção dos quatro novos estádios em Luanda, Benguela, Huíla e Cabinda. A equipa de inspecção, chefiada pelo argelino Mohamed Raouraoua, apreciou o nível dos trabalhos que estão a ser desenvolvidos. Acompanhada pela Direcção do COCAN 2010, a missão de inspecção da CAF começou a sua maratona de trabalho com a visita, no dia 5
≥≥ Comissão de Inspecção da CAF foi ver de perto as obras de construção dos novos estádios
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Nos dias subsequentes, os inspectores passaram pelas províncias da Huíla, Benguela e Cabinda, onde avaliaram o ritmo de obras nos como hotéis e salas de imprensa, para além dos
≥≥ José Cardoso, supervisor do COCAN, entrega pasta de relatórios a Suketu Patel, da Inspecção da CAF
campos de apoio para treinos das equipas en-
“Recebemos a garantia do Comité Organizador
estádios e das infra-estruturas complementares,
volvidas na competição (CAN).
de que o cronograma de execução está a ser cumprido e, tal como estabelecido, irá ser concluído no
≥≥
CRONOGRAMA
prazo”, disse o Chefe de Inspectores da CAF. Já o
Mohamed Raouraoua mostrou-se satisfeito
Director Geral do COCAN 2010, Justino Fernandes,
por ter assistido aos actos de consignação de
assegurou aos inspectores que o atraso registado no
reabilitação dos recintos que vão apoiar as
Estádio de Cabinda vai ser recuperado, de modo a
equipas participantes ao CAN 2010. Quanto
se cumprir com o calendário previsto.
aos hotéis e similares para os convidados,
“Cumprida esta fase – a do lançamento da cons-
adeptos das equipas participantes ao evento e
trução dos estádios – estamos em condições de pas-
turistas, constataram que estão a ser bem rees-
sar para outra etapa, que se prende com aspectos
truturadas, recuperadas e modernizadas para
da realização do evento, como a formação da segu-
aumentar a capacidade e melhorar a qualida-
rança, a questão dos bilhetes, a cerimónia de aber-
de de serviços.
tura”, assegurou o Director Geral do COCAN.
COCAN 2010 NA REUNIÃO DA CAF, NO EGIPTO Comissão Executiva da CAF
A
Organizador do CAN 2010. Os
Angola, em Agosto último, feito
reuniu-se no último 17 de
membros dirigentes da Confederação
pelo chefe da missão, Mohamed
Setembro, na sede da confederação,
Africana de Futebol ouviram um
Raouraoua.
em Cairo, e apreciou o trabalho
relatório pormenorizado da última
até agora realizado pelo Comité
visita de inspecção da CAF realizada a
O estado e ritmo de construção dos estádios e a identificação das condições hoteleiras já existentes, assim como daquelas projectadas para a construção de mais unidades até ao evento, em Janeiro de 2010, está dentro dos prazos previstos. O COCAN esteve representado nessa reunião por uma Delegação chefiada pelo seu Director Geral – Justino Fernandes, que se fazia acompanhar do Director Executivo
≥≥ A direcção do COCAN – Justino Fernandes, António Mangueira e Rui Costa – conversa com Mohamed Raouraoua, em Cairo.
– António Mangueira e do Director Técnico Desportivo – Rui Costa.
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ECOS DA RECONSTRUÇÃO NACIONAL KUMUÊNHO DA ROSA
A HISTÓRIA DO PROCESSO DE RECONSTRUÇÃO NACIONAL TEM UMA GÉNESE QUE A NINGUÉM DEIXA INDIFERENTE. QUANDO SE ALCANÇOU A PAZ, EM 4 DE ABRIL DE 2002, MUITOS PENSARAM QUE ESTAVAM ENTÃO CRIADAS AS CONDIÇÕES PARA QUE SE INICIASSE O PROCESSO DE ESTABILIZAÇÃO ORÇAMENTAL E DE NORMALIZAÇÃO DAS
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INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS SAÍDAS DO PLEITO DE 1992. DEBALDE. COM AS INFRA-ESTRUTURAS DILACERADAS PELA GUERRA, A ECONOMIA PRATICAMENTE PARALISADA, MILHARES DE FAMÍLIAS NA CONDIÇÃO DE DESLOCADAS, LONGE DAS SUAS ZONAS DE ORIGEM, O GOVERNO ANGOLANO ESTAVA INCAPAZ DE RECOMEÇAR PELOS SEUS PRÓPRIOS PÉS, TENDO, POR ISSO, TENTADO NEGOCIAR UM ACORDO COM O FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL (FMI).
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≥≥ O povo angolano empreende um grande esforço para a reconstrução total do país
A
s negociações com aquela instituição financeira multilateral para um acordo de financiamento monitorado não surtiram o efeito desejado. O Governo lançou-se ainda na tentativa de realização de uma conferência internacional de doadores para Angola, mas todas as tentativas esbarraram nos inúmeros condicionalismos impostos pelas economias do primeiro mundo como a Holanda, Grã-Bretanha, Estados Unidos, que foram implacáveis ao exigir que, antes, os angolanos tinham que chegar a acordo com o FMI, para que elas analisassem a possibilidade de participar da operação. Entretanto, foi grande a convicção dos angolanos de que o modelo de reequilíbrio macro-económico ditado pelo FMI não servia para os interesses do país. Em declarações recentes ao Jornal de Angola, o economista Alves da Rocha considerou que “as necessidades que a economia angolana tinha (e continua a ter) nada tinham a ver com as exigências do FMI em termos de controlo orçamental”. Docente universitário e consultor do Ministério do Planeamento, órgão do Governo encarregue de negociar com o FMI, Alves da Rocha disse ainda que, em presença de parâmetros ortodoxos de controlo orçamental defendidos pelo FMI, “entendeu-se na altura que talvez não fosse conveniente para que o país desse passos em frente no sentido da reconstrução”.
Foi mais ou menos nessa altura que Angola, bafejada pelos bons ventos da alta do preço do petróleo no mercado internacional, partiu para a negociação bilateral com a República da China, um acordo para abertura de linhas de crédito, tendo como moeda de troca concessões na exploração do crude. Na verdade foram três acordos de crédito assinados com o Eximbank da China para financiamento de projectos constantes do Programa de Investimentos Públicos (PIP). O primeiro acordo, assinado a 2 de Março de 2004, num montante de USD 2 biliões, repartidos por igual em duas fases, serviu para financiar projectos no sector de Transportes, da Agricultura, da Educação e da Saúde. Os projectos no sector da Energia e Águas fazem parte da segunda fase. O segundo acordo foi assinado em 19 de Julho de 2007 e envolve o montante de USD 500 milhões. Segundo o Ministério das Finanças, o valor deste acordo de crédito está a ser utilizado para financiar acções complementares aos projectos enquadrados na I fase, minimizando assim os efeitos relacionados com a deficiente preparação dos mesmos (elaboração de Estudos, Projectos Executivos e Cadernos de Encargo) e insuficiente identificação das diversas componentes tais como acessos, água e energia. O Ministério das Finanças dá conta ainda que estão engajados na facilidade de crédito dos USD
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500 milhões, 18 contratos, sendo três do sector da Saúde, sete da Educação, cinco da Energia e Águas, um das Pescas, um dos Correios e Telecomunicações e um das Obras Públicas, que totalizam USD 546.717.590,98, sendo que dos 18 contratos engajados já tiveram início os desembolsos de três do sector da Saúde um dos Correios e Telecomunicações, 13 com condições precedentes por completar (carecem do Visto do Tribunal de Contas, emissão das garantias bancárias de bom desempenho, licenciamento de capitais) e aguarda pela aprovação do Eximbank da China 1 contrato do sector das Pescas. Foram enquadrados na II fase do financiamento do acordo de crédito em referência 18 contratos (57 projectos), sendo um do sector da Saúde (sete projectos), três da Educação (33 projectos), quatro da Energia e Águas (quatro projectos), três das Pescas (três projectos), quatro dos Correios e Telecomunicações (quatro projectos), dois das Obras Públicas (dois projectos) e um da Agricultura (quatro projectos), que totalizam USD 1.104.931.344,19. Destes 18 contratos 14 estão já em execução, nomeadamente dos sectores da educação, Saúde, Obras Públicas, Pescas, Correios e Telecomunicações e Agricultura, três do sector de Energia e Águas têm condições precedentes por completar (Visto do Tribunal de Contas e emissão de garantias bancárias de bom desempenho), e um contrato do sector de Energia e Águas aguardam a aprovação do banco financiador. O terceiro acordo de crédito cujo montante é de USD 2 bilhões foi assinado a 28 de Setembro de
≥≥ Obras levadas a cabo permitem viajar pelo país em condições de segurança 2007 e estão enquadrados, entre outros, os projectos de reabilitação e expansão das redes eléctricas de Luanda, Benguela, Huambo, Bié, Lubango e Namibe, o reforço do sistema de abastecimento e melhoria de água à cidade de Luanda, construção de infra-estruturas integradas em Cabinda, Zaire e Malanje, e a segunda fase da construção e apetrechamento do Centro de Produção da TPA. Mas, para uma melhor percepção do curso das grandes obras financiadas pelo Estado, convém referir que estão em curso obras suportadas por linhas de crédito direccionadas para financiar o Programa de Investimentos Públicos (PIP), mas também existem obras sob a alçada dos governos provinciais, no âmbito do Programa de Melhoria e Aumento da Oferta de Serviços Básicos às Populações, a partida, com orçamentos mais modestos.
≥≥
ESTRADAS No que diz respeito a estradas nacionais, a velocidade das obras levadas a cabo permitem viajar pelo país em condições de segurança no tapete asfáltico que liga a capital, Luanda, ao Sumbe e dali a Benguela. Perto da fase de conclusão está a via que liga as províncias de Benguela, Huíla e Cunene. Mas não é tudo, em termos de estradas. As intervenções no sector permitiram que hoje fosse possível ligar, por terra, Kifangondo e Caxito (Bengo) ao Uíje e Negage (Uíje), e ainda o Kuito (Bié), Menongue e Katuitui (Kuando Kubango). De Luanda já se sai, sem qualquer problema, para Malanje, passando pelo Dondo, Ndalatando, Lucala e Cacuso.
≥≥
≥≥ Novas estradas são construídas em todo o país 18
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EDUCAÇÃO Entre os vários projectos no sector da Educação, desde as escolas primárias e do ensino secundário que comandam a progressão do sistema de ensino nas zonas mais recônditas do país,
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institutos politécnicos e centros profissionais, o Campus Universitário na zona da Camama (Kilamba Kiaxi) aparece como o de maior peso em termos de orçamento. Embora não conste da lista de projectos do sector da Educação (integra a lista das Obras Públicas), o Campus Universitário, cuja obra está a cargo da Jiangsu Internacional, com a fiscalização da empresa Dar Al-Handasah, teve início a 18 de Julho de 2007 (o acordo foi rubricado em Outubro de 2005), com orçamento de USD 48.420.000,00. Constam do pacote de projectos do sector da Educação, sob a empreitada da Sinohydro e fiscalização da Profiscon, no valor de USD 69.96.735,60, a construção e apetrechamento de duas escolas secundárias no Huambo (Casseque e Caála), igual número na Huíla (Arimba e Nambambé), três institutos politécnicos no Huambo (Catchiungo), Huíla e Bié (Camacupa), quatro institutos de Administração Pública e Gestão no Huambo (Dango), Bié (Kuito), Kuando Kubango (Baieeo Saúde, Menongue) e Cunene (Ondjiva). Ainda no sector da Educação decorrem as obras de construção e apetrechamento de quatro institutos politécnicos em Luanda (Nova Vida), Bengo, Cabinda e Namibe; de cinco Institutos de Administração e Gestão em Luanda (um no bairro Nova Vida e outro no Zango), Benguela (Catumbela), Zaire (um em Mbanza Congo) e Namibe (um mesmo na cidade do Namibe) e de seis escolas secundárias em Luanda (uma no bairro Panguila I e outra no Panguila II); Benguela (a do bairro dos Navegantes e a do liceu) e duas no Namibe (uma das quais no bairro 25 de Abril), correspondendo a um esforço financeiro avaliado em USD 93.232.440,78. A empreiteira é a Sinomach e tem a fiscalização da Tilca. Mas não é tudo no que diz respeito aos institutos politécnicos. Segundo o relatório do Ministério das Finanças, no capítulo que reporta o sector da Educação, estão em curso obras de construção e apetrechamento de três institutos politécnicos na Lunda Sul, Lunda Norte e Uíje, de um Instituto Médio Agrário no Uíje, de dois Insti-
tutos de Administração e Gestão no Uíje e no Moxico, e uma escola secundária também no Uíje. O valor da obra a cargo da empreiteira Sinohydro, com a fiscalização da Africase, é de USD 67.313.137,80.
≥≥
SAÚDE O alargamento da rede sanitária constitui uma das prioridades do Governo angolano. Aliás, não foi a descaso que o sector da Saúde, a par do da Educação, foi o que mais projectos têm financiados por via do PIP. Os maiores projectos do sector aproveitam estruturas já existentes (na maior parte dos casos apenas é retomada alguma infra-estrutura básica e o nome), como é o caso do Hospital Central de Malanje, cuja empreitada a cargo da Shinohydro, com a fiscalização da Interserviços, promete resultar numa unidade de referência nacional. Segundo relatório do Ministério das Finanças, as obras, cujo valor é de USD 29.185.499,00 milhões de dólares, registaram um atraso devido à realização de alguns trabalhos, não previstos no projecto inicial, nomeadamente no Banco de Medicina, na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), ortopedia e cirurgia, bem como a evacuação tardia dos doentes do actual Banco de Ortopedia e Cirurgia, que será transformado em Banco de Medicina e Cirurgia, além da demora na transferência da cozinha e da lavandaria (em funcionamento) para outras instalações, permitindo que ficassem as áreas livres para serem reabilitadas.
≥≥ Hospital público do Lobito WWW.CAN-ANGOLA2010.COM
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≥≥ O Governo Central investe em novo parque tecnológico No sector da saúde, destaque ainda para o Hospital Provincial de Benguela, cuja obra esteve a cargo da Sinohydro, com a fiscalização da Tecno 4. Refira-se a mesma estrutura, cuja obra ficou orçada em USD 40.521.731,00 acolhe hoje o Centro Oftamológico equipado com tecnologia de ponta e dotado de especialistas estrangeiros, nomeadamente provenientes de Cuba.
≥≥
CORREIOS E TELECOMUNICAÇÕES Neste sector existem alguns projectos que fazem parte da segunda fase do financiamento da linha de crédito do Eximbank da China, visam sobretudo a instalação de uma rede de 3.569 Km em fibra óptica com a utilização de tecnologias de nova geração abrangendo 141 localidades, em 14 províncias, nomeadamente Bengo, Bie, Kwanza Norte, Kwanza Sul, Luanda, Malanje, Moxico, Huambo, Huíla, Cunene, Uíje, Zaire, Benguela e Cabinda. A instalação da rede compreende quatro projectos, que funcionam como que por fases ou componentes: o primeiro corresponde à construção da Rede de Nova Geração (NGN) para as províncias do Bengo, Bié, Kwanza Norte, Kwanza Sul, Luanda, Malanje e Moxico. O projecto, que deve ser entregue em Abril de 2009, tem como empreiteiro a CMEC, com a fiscalização da empresa japonesa JTEC e ficou orçado em USD. 74.331.285,00. O segundo projecto abarca as províncias de Benguela, Kwanza Norte, Cunene, Huambo, Uíje e
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Zaire. A obra está a cargo da Cnec e igualmente com a fiscalização da japonesa Jtec. O orçamento está fixado em USD 67.954.756,00. O terceiro projecto compreende a construção da Rede de Nova Geração (NGN) para as províncias do Bié, Huambo, Huíla e Luanda, e inclui rede de transmissão óptica, IP, VSAT, rede inteligente, com um custo de USD 75.275.357,00. Finalmente o quarto projecto, que abarca as províncias do Bié, Huambo, Huíla e Luanda, igualmente pela Cnec, com a fiscalização da Jtec, numa empreitada orçada em USD 58.745.791,00. Refira-se que este projecto prevê a execução de acções complementares, dentro das quais se inclui a construção de 418.750 linhas novas de telecomunicações.
≥≥
COMUNICAÇÃO SOCIAL O sector da Comunicação Social também teve um projecto financiado através do acordo de crédito com o Eximbank da China. Trata-se do projecto da construção e apetrechamento do Centro de Produção da TPA, em Camama, cujo valor do contrato está orçado em USD 66.905.200,00. A assinatura do contrato aconteceu em Novembro de 2005, sedo que a primeira fase do projecto já foi inaugurada em Setembro de 2008 pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos. Empreitada da responsabilidade da Ceiec, com a fiscalização da DAR Angola, inclui trabalhos no Centro Emissor, em Viana, e no Centro de Produção de Televisão, em Camama, cuja primeira fase compreende quatro blocos principais, nomeadamente um destinado a serviços administrativos, outro que albergará estúdios (400 m2), um energético e o último onde se encontra o restaurante e serviços similares. O centro vai permitir à TPA lançar um projecto de ficção que produzirá filmes novelas, seriados e documentários. O CPT ocupa uma área de aproximadamente 200 mil m2, sendo 14,1 mil correspondentes à área de construção dos blocos, arruamentos e jardinagem. Para a segunda fase, está projectada a construção de dois estúdios de 600 m2 e um condomínio habitacional para os trabalhadores da TPA.
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