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Paperskool! Cultura Musica Cinema Artes Fotografia LGBT

ED 01 Ano I 2016

Vinil Is the New Black Caffeminina

Magazine

Creepypastas Sexo, Arte e Liberdade

Drags Nunca Estiveram TĂŁo Na Moda


90’s R Michel Moura

Quando alguém me pergunta quem sou eu, nunca sei responder e hoje eu sei responder o “Porquê”. Porque sou uma pessoa em constante mudança, buscando sempre algo novo, sou inconstante e curioso o que tenho nunca é suficiente e o bastante. Uma simples conversa pode mudar meu mundo completamente, assim como uma ideia que vem do nada pode mudar meu dia completamente. Sou inquieto e o tranquilo me incomoda. Sou um ser transmutado e mutável. Vivo o agora, mas também, no futuro. O ontem fascina e o hoje me chama.

T h a l it a Ferrei r a Um dia me perguntaram o motivo do codinome Lua, respondi: Sou uma garota de fases, de momentos, de movimento constante sempre em mudança. Depois desta resposta automaticamente pensei se isto seria motivo de orgulho ou um defeito incomodo. Será que sou realmente alguém de lua? Ora, mas quem não tem suas mudanças cotidianas, os pensamentos volúveis e as opiniões maleáveis? É eu tenho. Passando pela transição da adolescência para a fase adulta é obvia as variações de personalidade, de crenças e de estilos até encontrarmos a verdadeira identificação. Ilusão essa achar que ela vem quando nos tornamos adultos. No fim, somos todos lua, querendo despir-se de seus lados iluminados ou esconder cada vez mais seu lado negro. Além de ter um lado oculto que ninguém pode ver.


Rules


Vinil

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The

New Black



Vinil

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New Black

Não é de hoje que ouvimos que o vinil voltou à moda, ressurgiu ou até que está em alta no momento. Mas não é bem assim, ele sempre esteve entre nós. Não tão aparente, reduzido, mas lá. Poucos artistas optavam em lançar seus álbuns também em vinil ou LP porque a demanda era baixa e cara demais para serem feitos. Muitos amantes de vinil iam atrás de discos em sebos e lojas especializadas para ver se achavam um disco em bom estado e essa procura permanece, ainda mais porque muitos discos clássicos estão sendo programados para um relançamento em vinil. O Brasil está desde 2010 observando um forte crescimento na venda dos discos de vinil. Muitos artistas como Pitty, Criolo e Fernanda Takai lançaram seus trabalhos em discos e todos adoraram. Hoje você vai a uma Saraiva da vida ou uma livraria Cultura e vê um setor todo dedicado apenas ao vinil. No Brasil há apenas uma empresa voltada a produção de vinil a Polysom que foi fechada em 2007 e comprada em 2010 pela Deckdisc, que estava de olho no crescimento do consumo de vinis nos EUA e UK, visando impulsionar aqui uma também crescente demanda. Relançando discos clássicos novamente em vinil, e impulsionando artistas novos a lançarem também seus trabalhos nesse formato.



Vinil

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The

New Black

“Os discos de vinil podem ter sido considerados subprodutos de uma época superada, mas, na verdade, representam um formato em expansão, que faz um verdadeiro retorno em plena era digital” diz o porta-voz da British Phonographic Industry Lynne McDowell.

Mas que há de tão interessante nos vinis em plena era de Streaming de música digital grátis? Muitos acreditam que hoje a música digital se tornou “fria”, impessoal muito cibernética. Com o vinil se pode namorar a capa do disco, ler o encarte e a contracapa o que torna ouvir música um momento mais íntimo e pessoal onde você namora o trabalho que se adquiriu, onde você ouve o disco todo, tudo se torna uma experiência única, tátil, visual além de auditiva. Onde se perde aquele ouvir por ouvir. Ouvir um disco se torna um tipo de rito, que você fará cultuando uma obra. Nesses tempos de indústria digital perdemos um pouco do amor pela arte, de se ouvir uma boa música, de se comprar um CD, nessa era onde se pode comprar singles separadamente, com o vinil trazemos isso tudo de volta.


“Hoje é tão simples ouvir música seja no YouTube ou no spotify, eu acho que estamos com uma espécie de saudades dos tempos em que nossos pais tinham que sair para comprar um disco”, disse um estudante Inglês.

É fácil encontrar sebos vendendo discos antigos, mas que se pede e música nova nesse formato. O mercado de discos gerou em 2015 o equivalente a 1,5 bilhão enquanto serviços de streaming geraram juntos 1,3 bilhão. Para 2016 a British Phonographic Industry divulgou que o número de discos vendidos pode atingir o maior índice em 20 anos um recorde de cerca de 3,5 até o final do ano.


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O Conto de fad de Jim M


das Distorcido McKenzie


Jim McKenzie e seu Conto de fadas Destorcido

Jim è um artista plástico e diretor comercial, desenhista e animador na Aardman Nathan Love assim como também è professor na School of Visual Arts em NY. Com um estilo que mexe com a imaginação Jim esculpe peças que vão desde o fofo até um leve pesadelo, com desenhos surrealistas ele te leva a um País das maravilhas totalmente retorcido e reimaginado. Uma vez disse que seu sonho é reconstruir a fábrica de chocolate de Willy Wonka. Passou dois anos montando personagens que habitam um mundo cheio de doces e cores do “Lost Magic”, mas não se engane com seus traços doces e cores brilhantes dando ‘boas-vindas’, neste mundo mágico há profundezas ocultas para cada personagem. Jim Mckenzie tem orgulho em apresentar um mundo de beleza e tristezas entrelaçadas com harmonia. Cada peça é moldada delicadamente a mão esculpida e pintada com paciência, cada ser vai ganhando vida, eles são grandes e muitas vezes engraçados mas se olhar mais atento, cada uma delas conta uma história de um ser desajustado, diferente e triste.


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Jim McKenzie e seu Conto de fadas Destorcido


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Jim McKenzie e seu Conto de fadas Destorcido

“Eu queria mostrar a interseção onde a beleza e a tristeza se entrelaçam, escolhi criar híbridos contrastantes e se eles têm essas cores brilhantes e aparente qualidades majestosas, mas todos são os excluídos”. Com uma ideologia que remete aos contos infantis como “Alice no País das Maravilhas”, “Mágico de Oz” e até mesmo o mencionado “Fantástica Fábrica de Chocolate” todos levemente sombrios, tudo isso me fez lembra inevitavelmente de Tim Burton e seus brinquedos de modelar, mas com uma esquematização diferenciada não tão gótica, uma mistura de Burton com Dr. Seuss.


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Jim McKenzie e seu Conto de fadas Destorcido


Jim criou trabalhos comerciais para clientes como National Geographic, Capital One e, mais recentemente ajudou na criação de um mascote para a farmacêutica Xifaxan, Gut Guy. Além disso, Jim está trabalhando com Retro Toys 3D para criar e distribuir uma nova linha de figuras de design de vinil baseados em sua maior musa o puggle Gordo. Show solo de estréia de Jim Lost Magic teve início no dia 04/06 no Copro Gallery em Santa Monica, California até dia 02/07 com entrada gratuita. Michel Moura


Jim McKenzie e seu Conto de fadas Destorcido


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Creepypa Creepypasta são contos de terror baseadas em algo da cultura popular que são espalhadas pela internet como uma versão verdadeira de algo ou simplesmente são contos viralizados na web. Essa sessão será destinada a esses contos e cada edição será um novo conto. Recomendamos que leiam com muita calma e atenção, pois muitos contos têm pequenas pegadinhas ou partes surpreendentes que se não for lido com atenção pode ser perdido. Muitos dos contos podem ser curtos e de uma leitura rápida mas não se engane eles tem o mesmo efeito que deveria, que é assustar.


astas

o ovo i

Você estava a caminho de casa quando morreu. Foi um acidente de carro. Não foi nada particularmente memorável, mas ainda assim fatal. Você deixou uma mulher e duas crianças para trás. Foi uma morte indolor. Os paramédicos tentaram o melhor para salvá-lo, mas não havia jeito. Seu corpo estava tão estraçalhado que você estava melhor morto, confie em mim. Foi então que me conheceu. “O q...o quê aconteceu,” você perguntou “e onde estou?” “Você morreu” respondi, dando os fatos. Não havia sentido em amenizar as coisas. “Tinha um... caminhão e ele estava rabeando...” “Sim”, eu disse. “E-eu...morri?” “Sim. Mas não se sinta mal com isso, afinal todo mundo morre.” Você olhou em volta, e não havia nada além de nós dois. “O que é esse lugar,” você perguntou. “isso é a vida após a morte?” “Mais ou menos”. “Você é Deus?” “Sim”, respondi, “Eu sou Deus”. “Meus filhos...minha mulher...” “O que tem eles?” “Eles ficarão bem?” “É isso que eu gosto de ver, você acabou de morrer e sua maior preocupação é a sua família. Isso é importante!”


Você me olhava fascinado.Para você, eu não parecia Deus, e sim algum homem... Ou talvez uma mulher. Eu parecia uma figura vagamente autoritária, talvez um professor de gramática, nada como O Todo Poderoso. “Não se preocupe, eles ficarão bem. Seus filhos se lembrarão de você como alguém perfeito em todos os sentidos. Eles não tiveram tempo de se decepcionar com você. Sua mulher chorará por fora, mas estará secretamente aliviada. Sendo justo, seu casamento estava desmoronando.E se serve de consolo, ela se sentirá culpada de tanto alívio.” “Bom, e o quê acontece agora? Eu vou para o Céu ou para o Inferno? “Nenhum dos dois, você vai reencarnar.” “Ah, então os hindus tinham razão?” “ Todas as religiões estão certas da própria maneira” respondi. “Vamos caminhar” Você me acompanhou enquanto seguíamos pelo vazio. “Onde estamos indo?” “ Nenhum lugar em particular, é que eu acho bom caminhar enquanto conversamos. “ “ Então, qual é o sentido nisso, se quando eu renascer serei apenas um bebê, com tudo em branco. Todas as minhas experiências e conhecimento não valerão de nada. “ “ Não é bem assim. Você tem dentro de si todo o conhecimento e experiências de todas as suas vidas anteriores. Só não lembra delas agora.” Eu parei de andar e o tomei entre os ombros. “Sua alma é mais magnífica, bela e gigantesca do que você poderia sequer imaginar. Uma mente humana só pode conter uma fração ínfima de quem você é. É como colocar seu dedo num copo de água para saber se está quente ou fria. Você coloca uma pequena parte de você no mundo, e adquire a experiência que ela passa. “ “Você esteve nessa vida humana pelos últimos 48 anos, então você ainda não se situou a ponto de sentir o resto de sua imensa consciência. Se nós ficássemos por aqui tempo o bastante, você lembraria-se de tudo. Mas não teria sentido fazer isso entre cada reencarnação. “


“Quantas vezes eu já reencarnei?” “Ah, muitas, muitas vezes! E muitos tipos diferentes de vidas. Na próxima, você será uma garota camponesa da China, no ano de 540 DC.” “Ei, espera aí, você vai me mandar de volta no tempo?” “Bom, tecnicamente sim, eu acho. Tempo, como você o conhece, existe apenas no seu Universo. As coisas são diferentes de onde eu venho.” “De onde você vem...” “Ah, sim, eu venho de um lugar. Um outro lugar. E há outros como eu. Eu sei que gostaria que eu lhe contasse como é lá, mas honestamente, você não entenderia.” “Oh...Mas espera, se eu reincarnar em outros períodos de tempo, quer dizer que posso ter interagido comigo mesmo em algum momento!” “Claro, isso acontece o tempo todo. Com ambas as vidas conscientes apenas de seu próprio período, você sequer imagina que isso está acontecendo.” “Então, qual é a razão de tudo isso?!” “Sério, você está realmente me perguntando qual é o sentido da vida? Isso não é meio típico demais?” “Bem, é uma pergunta razoável.” Você tentou insistir. Eu o olhei nos olhos. “O sentido da vida, a razão pela qual eu criei esse Universo, é para seu amadurecimento.” “Você quer dizer a humanidade? Você nos quer mais maduros?” “Não, apenas você. Eu fiz todo o Universo para você. Com cada vida, você cresce, amadurece e se torna um maior e mais completo intelecto.” “Só eu? E quanto a todos os outros?” “Não há mais ninguém, nesse universo estamos só você e eu.” Você me olhava totalmente estupefato. “Mas e todas as pessoas da Terra...” “Você. Todos eles são diferentes encarnações suas.”


“Espera, eu sou todo mundo?” “Agora estamos chegando lá.” Eu disse com um tapinha congratulatório nas suas costas. “Eu sou todos os humanos que já viveram?” “E todos os que viverão, sim.” “Eu fui Abraham Lincoln?”

“E John Wilkes Booth também.” “Hitler?” “E os milhões que ele matou.” “Eu sou...Jesus?” “E todos os que o seguiram.” Nesse momento, você ficou em silêncio. “Toda vez que você matou alguém, estava matando a si mesmo. Cada ato de bondade que cometeu, era também no seu próprio benefício. Cada momento de alegria ou tristeza que qualquer ser humano já teve ou terá, era seu.” Você pensou por um longo tempo. “Por quê fazer tudo isso?” “Pois um dia, você será como eu. Porquê é o que você é. Você é da minha espécie. Você é meu filho.” “Opa, opa! Quer dizer que eu sou um deus?” “Não, ainda não. Você é um feto. Ainda está crescendo. Assim que viver todas as vidas humanas através do tempo, terá crescido o bastante para nascer.” “Então, todo o Universo, e tudo que há nele...” “Um ovo. E agora, é hora de você seguir em frente para sua próxima vida.” E o coloquei a caminho.


AMargUíSSima Lohren Beauty

O dilema de frequentar um cinema

V

ou dizer uma coisa para vocês, eu amo ir ao cinema em uma boa companhia para assistir um filme fora das paredes confortáveis do meu lar. Mas hoje em dia isso está ficando cada vez mas difícil. Você sabe o porquê? Até deve saber - e não tem nada a ver com crise, falta de dinheiro ou até mesmo o valor que os cinemas andam cobrando. Gente, o maior de todos os problemas hoje em dia pode ser você ou até mesmo seu coleguinha. É algo que, pra mim, não o passa de puro egocentrismo e falta de educação. As pessoas se esquecendo que, quando saímos de casa, devemos levar junto o bom senso. Diga: POR QUE tem gente que vai ao cinema e parece sentir prazer em ligar o celular pra ficar em redes sociais , fazer selfie, falar o tempo todo durante o filme,

passear pela sala de cinema, balançar a perna chutando a cadeira da frente? Isso sem contar quando levam suas crias em um filme que os mesmos nem vão entender e ainda choram e gritam o tempo todo. Pessoas, por favor, não tenham atitudes como esta, pois da mesma forma que você pagou pra estar no cinema as outras pessoas também pagaram. Vou colocar alguns pontos chave que incomodam a mim e com certeza você também. Primeiro, sobre o uso de celular: Pessoinhas, não é só atender ou o toque do aparelho que atrapalha. A luz dele incomoda bastante, fazer snap, acessar redes sociais e até mesmo ver se alguém ligou ou que horas são é inconveniente. Que merda é essa que você não consegue ficar 2 horas sem esta porra de aparelho na mão?? Se você não consegue mesmo ficar o celular


assista a porra do filme em casa. Assim você não vira um incômodo na vida das outras cem pessoas que pagaram o mesmo que você. Quando você vai com os amiguinhos, namoradas ou namorados ou mesmo um parente, você também deve se comportar. As pessoas pagaram para assistir um filme e não ficar ouvindo seus comentários ou piadinhas indesejadas. Baixe a bolinha e deixe pra fazer isso com as pessoas que gostam de você e não para uma platéia que não é sua. As crianças, ai, ai as crianças! Todos sabemos que faixa indicativa de idade nos filmes nunca são levadas em consideração nos cinemas. Filme para criança é animação e desenhos, não leve seu filho no cinema para assistir coisas que ele não vai entender ou se interessar - principalmente se você não o educou para viver em sociedade. Nem eu e nem ninguém é obrigado a ouvir choros, conversas, e encheção de saco de crianças mimadas e sem educação. Cinema é para relaxar. Crianças fora do seu ambiente não relaxam a gente.

E, para finalizar, quero dizer para vocês que comprem suas bebidas, comidas e façam o seu xixi antes de entrar na sala. E tenham pelo menos o bom senso de se lembrar que da mesma forma que você pagou os outros também pagaram. Se você não sabe conviver em sociedade fique na sua casa recolhido na sua insignificância e egoísmo.

Lohren Beauty 34 Anos de São Paulo.

S


SExo Arte e liberdade PopPorn festival

http://popporn.com.br/

Michel Moura


Se vc tem algum problema ou questão interna relacionada ao sexo, está preso ao basicão “papai e mamãe”, esse pode ser um lugar iluminador para quebrar esses tabus. Aqui o tema central do festival è o sexo e/ ou relacionado, então, não tenha medo. O PopPorn è um evento multidisciplinar que traz como carro-chefe uma mostra de filmes que usam o sexo como recurso cinematográfico e/ou linguagem ou tem a sexualidade como tema principal. Nessa edição o tema trabalhado dentro do sexo è “Pornoterrorismo: A (R)evolução Será Sexualizada”, onde usa como ideologia a sexualidade como arma e positivando o uso do corpo contra a censura, pudor e o preconceito. Fazem parte do evento uma programação com apresentações musicais, performances, debates, workshops, arte e festas.


http://popporn.com.br/


Tendo como objetivo transitar entre as fronteiras da indústria do sexo, cultura pop, performance e arte; construir, propor e investigar discursos alternativos aos conceitos tradicionalistas e preconceituosos da pornografia; e finalmente oferecer ao público um ambiente seguro para a exploração de suas fantasias mais íntimas. O festival aconteceu do dia 10 ao dia 12 de junho em sua sexta edição na cidade de São Paulo, onde exibiu mais de 100 filmes e vários países. Mas ainda acontece durante esse ano mais festas da PopPorn ,nessa festa que pode acontecer de tudo, onde o traje requerido è apenas os sapatos. Você tem a liberdade de fazer tudo que quiser e sexo explicito no meio da pista de dança a coisa mais comum a se ver rolar, enquanto se bebe sua Catuaba e dança sob a luz estroboscópica


http://popporn.com.br/


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DragsNuncaEstiv S

eja em um programa de TV que discute sexo, em um reality show americano ou em plena noite paulistana, atualmente o que mais se encontra são elas, as Drag Queens. Amadoras, profissionais ou apenas por uma noite, elas estão em todas. Um exemplo disso é a quantidade de festas com temática drag, como Cover Girl, Podero$a e Priscilla, que fazem a alegria dos fãs do estilo e até incentiva a galera a ir “montado”, isto é, vestido de drag. Ano passado, em São Paulo, foi oferecido no SESC Consolação uma oficina de montagem Drag - parte do projeto “Damas da Noite”, que oferecia atividades voltadas à cultura LGBT. Este projeto foi muito inspirado nas oficinas da Escola Jovem LGBT, de Campinas, que realizava desde 2010 atividades como estas.

Catarina Klein


veram tão naModa Molly Crocker

Diamond Albuquerque

“A cultura Drag e muito mais que isso tudo que as pessoas estão vendo atualmente. Hoje um pouco de modismo devido aos programas de TV. O que falta são as Drags mais novas estudarem um pouco sobre que é ser Dragqueen, que é muito mais que apenas colocar uma peruca na cabeça e mascar chiclete encima dos palcos de boate. Ser Drag e muito mais que um conceito, e ser e ter uma vida paralela à sua, e dar vida a um alter ego cheio de luxo e glamour” Diz Lohren Beauty, São Paulo, 12 anos de Drag e militância. Já Diamond Albuquerque do Rio de Janeiro diz que “Esse boom da cultura Drag veio muito mais que só uma onda, veio como uma luta e resistência. Drag e política, e quebra de padrões, de tabu e de paradigmas.” E ainda completa “a gente tá aqui trucando, escondendo sobrancelha, mostrando que somos homens de peruca, mulheres que mudam o rosto ou simplesmente não temos um gênero. Que não vamos mostrar um gênero específico, indo contra a massa que nos dá dois caminhos quando a gente quer voar e não seguir esses caminhos”.


Lohren Beauty Para ser Drag primeiro você precisa se identificar como uma e se descobrir tanto em estilo como Personalidade e essa foi a palavra mais usada quando perguntadas quais eram as três palavras que define seu estilo. Seguida de Autenticidade, duas coisas que sabemos que não são fáceis de se construir quanto a Drag, todas começam se inspirando em alguém ou algo para montar sua persona. Molly Crocker,Patos de Minas, disse ter se inspirado nas Drags Rebecca Foxx e Adore no seu início de “montacão”. Já Melissa Atrack de São Paulo diz “Já me inspirei nas garotas de Beverlly Hills e meninas ousadas de Miami”. Enquanto Catarina Klein, Rio Claro, “ Nunca me inspirei em alguém específico, mas a cada “montacao”eu me inspiro em alguém,como a minha ultima que eu me inspirei na modelo Twiggy Les- Melissa Atrack ley Lawson.”


Aqui no Brasil veneramos muito as Drags de fora principalmente depois da grande audiência que tem RuPaul’s DragRace influenciando muito as Drags mais novas no seu estilo, fazendo com que esqueçamos de Drags brasileiras com seus estilos próprios e performances diferenciais, estamos comprando mais as Drags de fora e copiando elas aqui às drags brasileiras . “Olha eu acho que ainda não podemos nos comparar com elas em quesito de cultura, precisamos nos unir mais, há muito preconceito no próprio meio gay e entre nós queens, então sim, tem muito que aprender com elas.” Disse Catarina Klein. Enquanto Lohren diz “Não devemos nos comparar, até porque “Cultura Drag”é diferente em cada país. Temos que para de ser cópias de outros países e construir nossa própria identidade cultural. “Elas têm nos mostrado diferentes estilos, o que tem sido ótimo para quem se diz fã de Drag mas só é fã de DragRace. Não acho que temos muito a aprender ou estamos caminhando para parecer com elas lá de fora. A cultura Drag no Brasil e rica sim. Hoje em dia temos muitos estilos maravilhosos, nomes incríveis e histórias ótimas. Hoje em dias eu corro atrás muito mais para ver uma Drag brasileira que uma Drag do DragRace.” Acrescenta Diamond Albuquerque. Molly Crocker acredita que podemos aprender umas com as outras e que a cultura Drag no Brasil e bem mais versátil que a americana muito mais estilos diversos.

Catarina

Lohren


Diamond O mais importante, porém é ser bem recebida pelo público, ser humilde e acessível. Como disseram nossas entrevistadas. “Acho que uma Dragqueen não pode deixar de ser simpática e carismática nunca. Porque senão todo trabalho e em vão. São horas para se montar, meses para aprender, muito dinheiro gasto. Se tu sai para uma festa e acaba sento desnecessariamente rude, vai todo mundo te odiar e desvalorizar seu trabalho.” Diz Diamond Albuquerque que ainda completa “Eu gosto das queens do povo, que mesmo que estejam com uma carreira ótima, ainda pare para ficar com o povão, conversar com as Drags mais novas, e não se fechem no seu mundinho de fãs que as elogiam.”

Molly

Melissa


Nessa mesma linha Lohren Beauty também diz que uma boa Drag para ter sucesso deve saber reconhecer seus próprios erros e ser carismática e tratar com respeito o seu público e amigas de palco. E ainda para completar Catarina Klein diz “Além das roupas e perucas, eu admiro muito o carisma com o público e a humildade. Você pode até estar com as melhores ou piores roupas e maquiagem, mas se você não tiver um carisma bom é uma humildade seu look fica simplesmente horrível”. Michel Moura

Agradeço a todas as dragas que foram entrevistadas.

Catarina Klein, já me monto há 3 anos e sou da cidade de Rio Claro, interior de São Paulo. facebook.com/QueenKlein

Lohren Beauty, me monto há 12 anos, sou de São Paulo capital . facebook.com/lohrenbeauty Diamond Albuquerque, eu me monto há 1 ano e meio e sou do Rio de Janeiro. facebook.com/diamond.albuquerque

Molly Crocker me monto ha 1 ano e 4 meses e sou de Patos de Minas. Snap: mollycrockers Melissa Atrack me monto há uns 8 anos sou de São Paulo. Facebook Melissa Atrack


Caffeminina Thalita Ferreira

De Miolo de Pão

A

pós acordar li um artigo no site Catraca Livre do qual fazia menção a realidade das cadeias femininas, lembrei-me de um livro chamado "Presos que menstruam", a palavra presos no masculino tem origem irônica, pois mesmo usando mais itens de higiene pessoal, necessitando de mais recursos médicos e farmacêuticos, as mulheres não os têm assim sendo tratadas iguais os homens no período carcerário. Entre algumas denuncias feitas pelas presidiarias, estão as queixas da ausência de saneamento e higiene básica. Entre elas a que mais chocou a sociedade –ao ter conhecimento– foi a improvisação de absorventes internos com miolo de pão, além da ausência de papeis higiênicos já que não se usa a mesma quantidade quanto um homem. Outro assunto pouco conhecido sobre essa realidade são as visitas íntimas que as presidiarias recebem, pouco falado na mídia, elas acontecem quase da mesma forma que a dos homens sendo a única diferença a quantidade de visitantes. Em uma pesquisa feita na penitenciária de São Paulo por uma aluna da UNG (Universidade de Guarulhos) em 2013, 90% das presas não recebem visitas íntimas e 45,7% não recebem visita social. Esse fato acontece decorrente ao abandono dos seus maridos ou cônjuges, as visitas de filhos e outros familiares também são bem raras, pela exposição e incomodo nas revistas íntimas.


Imagem do livro “Presos que menstruam” Por causa da sensação de abandono social é comum presas terem depressão, principalmente ao achar que não se encaixam mais na sociedade e cultivam o medo de não conseguirem empregos. A FUNAP, fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel” tem o objetivo de contribuir para inclusão social dos presos, desenvolve programas sociais como cursos de capacitação profissional ajudando-os na reintegração social. Conta com assistência jurídica aos presos carentes, com 271 advogados para atender uma população prisional de cerca de 165.000 presos recolhidos em 148 unidades prisionais. Infelizmente a situação carcerária é muito preocupante principalmente pela lotação excessiva tornando mais complicada a convivência das presas, é necessário redobrar a atenção para elas, oferecer-lhes apoio psicológico e profissional caso ao contrario, ao invés de ser uma medida corretiva seria um escola para novos crimes.


Quer queira, O jumento é O jumento sempre foi O maior desenvolvimentista Do sertão... Ajudou o homem na vida diária Ajudou o homem... Ajudou o Brasil a se desenvolver.

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Luiz Gonzaga : Apologia ao Jumento 1976 Imagens do livro Era Uma Vez do Marcelo Buainain


ou quer não nosso irmão

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M

uito mais barato que um cavalo e também muito mais forte os jumentos, jegues ou asnos desde o início das civilizações, vem sendo usado como animal de carga, sela e tração, sendo muito útil para trabalhos pesados no campo. No nordeste ele sempre foi usado no dia-a-dia e foi símbolo do desenvolvimento da região. Os jegues perderam seu espaço e estão cada vez mais sendo excluídos e substituídos pelas motocicletas. Hoje tornou difícil ver muitos jumentos circulando como animal de carga, muito mais, soltos, perambulando pelas ruas e estradas das cidades, mas ainda, se comparados com a quantidade que tinha meio século atrás as discrepâncias em questão de quantidade è muito grande. De 1,5 milhão existentes na década de 1970 para apenas 900 mil, segundo o IBGE. Por não ter mais utilidade, os jegues estão sendo substituídos por motos, que torna muito mais barato o uso quanto ao do jegue. Se você fica um ano sem usar a moto, não tem gasto nenhum, basta não colocar gasolina, já o jegue deve ser alimentado é isso gera um gasto muito grande.


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Nessa quantidade de jegues nas estradas o número de acidentes causados pelo animal ou supostamente por eles aumentou significativamente. Muitos órgãos que administram as rodovias assim como prefeituras, recolhem esses animais pensando em amenizar o problema do trânsito e acidentes, não tendo, porém, destino certo para os mesmos. Em 2014, no primeiro semestre, um promotor propôs o abate do animal; nessa mesma época surgiu o interesse da China em importar cerca de 300 mil jumentos por ano. não para uso comercial, como animal de carga, nem nada do género, mas sim, para consumo. Em 2015 foram vendidos 1,2 toneladas o que em dólares seria US$ 15,4 mil. A demanda muito grande prejudicaria número existente de animais no país, onde pouco, mas, ainda usados em parte da cultura e arte turística de muitos lugares. Pensando nisso foram criados “santuários”para proteger os mesmos. Em RN, no município de Apodi, um fazendeiro propôs ceder uma parte de sua fazenda, parte improdutiva, para o acolhimento de cerca de 500 animais. No Ceará existe um outro onde são levados todos os jumentos do estado o chamados “Santuário dos Jumentos” com cerca de 5 mil animais.


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