Semanário O Thomarense- Tomar 1884

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SEM ANARIO LITTERARIO, POLITICO, AGRÍCOLA. COMMERCIAL E NOTICIOSO

NUMERO 2

Preço tln aKDlsiialuta Thomm— Armo IfftOÓ rs.~Semestre F.OI; rs -Tl liuexil f 2õ< >t NllKloro avulso 'J.tj is.-N outrii <|nal<jtier loira acit-sot> 1,1 |iui tf tln ooi j i-io.—í 'm^ímiiviUo udiuiilaiio.—Tuiln n cic.rwfBinkwm 'levo n-rdli ijíiila ,iu administrador Tliumiue Araujo; ale lIusltjH.

DOMINGO, 20 DE JÂNEIBO DE 1884

Preço daiinuurioM e piililíraçôcg An núncios:—por linha 20 r«.-So corpo do jorunl <4C r h.—I'uI.>lic8<in-Ri> somente Ofe ouniniliníondoti <|ii« venham iiKsisuatíos v reconhecidos—Aimunciaui-^.- lodnn as piihlicuçi>e« llUeroriaij, scicmtficaa ou ariiKtivau de quo se receberem dois exemplares.

Eslas corporações, pela grande Por largos annos muito se disiniciativa de que já hoje gozam, se cutiu e allegou sobre estes dois PrtlimoN soh ruvnlholrei « por um lado tèem de allender importantes ramos de serviço, que qxrm rm ii)rno« o nomnojarnal aos progressivos melhoramentos hoje se podem julgar quasi totala Hiioxa rf«* cínl-o rtcvolvcr«-m. materiaes e moraes do districto, mente resolvidos, sendo quasi gernni< não o Queiram Hpxlsnar. também por outro lado necessitam ral e uniforme a maneira, corco Aqnrllrii «jn "receberem ire» que seus membros sejam dotados de a tal respeito procedem as juntas iami'ro.1 erguidoo nem o* devolverem, Mcrão por iidn con- muita prudência e circumspecção; geraes. pois nem devem ser estacionarias, siderado* rowo OMNignnnten. Quanto á distribuição do continnão dando ouvidos á evolução cons- gente predial, é hoje. doutrina astante e permanente, que se dá e sente, que o rendimento collectaTHOMAR deve sempre haver em todos os ra- vel das matrizes é a base mais semos da actividade humana, nem tão gura, e menos arbitraria para repouco devem proceder de maneira, solver a divisão. JUNTAS GEBAES DO DISTRICTO que comprometiam a fazenda do Somos os primeiros a reconheI districto, forçando os contribuin- cer que as matrizes se acham peia Promelicmos no n«sso artigo tes a pagar mais de que pódem maior parle dos concelhos imperprogramma que (rataríamos das c devem. A justa proporção, pois, feitamente feitas, e que muito pregrandes questões de administração dos melhoramentos iniciados e a cisam ser reformadas e melhoradas; publica, sem jantais fazer politica iniciar, combinada com as forças mas na falta de eutra base melhor, da matéria collectavel.eis o impor- esta é a preferível ao arbítrio, que pessoal ou facciosa. Ura pois, vamos começar a dar tante problema, que as juntas ge- não raras vezes-degenera no despo cumprimento ao promeltido. c co- raes hoje tèem praticamente a re- tismo, ou injustiça notoria. Quanto á questão dos expostos meçaremos por chamar a altenção solver. dos rossos benévolos leitores sobre Por outro lado, ainda não poucas sobre quo tanto se escreveu e disa constituição ft organisaÇãó das veies os interesses d'um concelho es- cutiu, hoje é doutrina assente, que Juntas Geraes do Districto, sua im- tão em opposição os interesses o melhor systema adoptado foi a rorWs nrr\mr>?»n/z<í OííWfi\'.fj'V !/? ? V >j l/L - j r* , r.*t fvT que, a legislação actual seja aperfei- compõem a junta geral não houver nhada dos hospícios, e da faciliçoada, remedeando-se alguns lapsos, um espirito de justiça bem accen- dade, que hoje tem a mãe natural que [>or ventura escaparam ao il- tuado, não raras vezes os legítimos de obter do cofre do districto um lustre auctor do actual codigo ad- e sagrados direitos d'um concelho subsidio nos primeiros tempos da "íetóí Anifft' ■HWHH UB ministrativo. "jdos sabem "Q ramo ad- í |»ífr-o JUMOS? lie comu enxames, jtfatialiv . .,ue actualmente nos E' nesta corporação, talvez m;-.- tiz _, ^ sahia das rodas, e á qv.nl estava '"2?, temos unu hicrarchia admi- do que em nenhuma outra, que deA. « preparado um futuro lastimoso, eninslraUva, que vem a ser: a junta ve existir da parte de seus membros, de paroctiia, representando a fre- muitos conbeb mentos práticos, mui- contrasse na sociedade a maior gtiezia, a cantara municipal re- to espirito de rectidão, e sobre tu- parle das vezes uma morte lenta e cruciante. presentando o município, a jun- do muito patriotismo. Graças, pois, á evolução e prota geral, representando o disD'esta sorte já vêem aqnelles, a gresso, que se deu n'esle Ião imtraio; que não é mais do que quem compelir o direito de eleger portante ramo de serviço publico. agrupamento de vários concelhos; os voga es de taes corporações quanMas, estabelecida a nova orgae o concelho dVstado administrati- to devem ser circumspecíos na esnisação das juntas geraes do disvo, corporação única em todo o colha de seus representantes. reino, que decide em ultima insJá pelo codigo administrativo tricto pelo codigo administrativo de tancia tiulas as questões contenciõ- de 18 de março del8i2, existiam 1878, de que foi auctor o emmijuntas geraes de districto entre nós; nente jornalista, e sábio publicista SO-aduiiristrativas. Sem togarmos a imporlancia do no entanto, cmquanto esse codigo de gloriosa memoria, o sr. consesupremo conselho d'eslado adminis- vigorou, as funeções das jtmias ge- lheiro Antonio Rodrigues Sampaio, tr.it iw. ó cerl-o(e ninguém kojeo ou- raes de districto, que aliás eram acas> a sna excellente obra n esta sará contestar), que as juntas ge- corporações menos numerosas, fl- parte subiria de lodo perfeita? Quer-nos parecer que não. nes do 'istrielo. representando um ui i ta vam-se cpiitói a approvar de E em um dos proximos númeagrupamento dos concelhos que chancella o orçamento apresentado ros do nosso jornal apresentarecompõe c districto, são corporações, pelo chefe do districto, com mais mos sob censura as alterações que, em que se ventilam elevados inte- ou menos modificações de pequena resses. e tendo como hoje lêem a entidade, e era a este magistrado nos parece, ainda ha a fazer. Si?S2ISSITS

faculdade de votar um tributo addicional ás contribuições geraes du estado, as suas i tlribuiÇões são d*um elevado alcance, d'uma importância transcendente.

a quem competia dar-lhe execução. Yamos hftje cnmpfar a dar conlteeiApenas n esse tempo haviam duas questões magnas a resolver: jnento aos nossos heitevoios leitores bem elaborado relatório, (toe, a distiibuição de contingente prea preptísib* da peiíUenciaria dc Sandial e a questão dos expostos.

l.# ANNO

tarém, apresentou tm sessão da inala geral do districto em Bovembre ultimo, • dislincUssimo engenheiro, e muito digno procurador á mesma junta por Santarém o sr. Frederico Augusto Pimentel. F, de esperar que seja lido com o máximo interesse, por ser nm tratalbo litterario, que muito se recommends, já pelo esljlo aprimorado, eoa ttne esiã eseripto, e já pela elevação das idéas que encerra. É elle d» lheor segniote: SENHORES:—Na sessão de maio de 1882 foi presente á vossa consideração o orçamento rectificado da construcção da cadeia districlal, havendo n'essa occasião esta Junta Geral votaflo a cpiantia de doze contos de réis para o proseguimento dos trabalhlhos d'aquelle edifício ; verba esta que brevemente se achará cxhausta e por tanto reclamando novos ci éditos para em harmonia com aqoelle documento se prover aos trabalhos. Amo p/tilienc"ií •■ ' vel. A paralisação ou retardamento nas obras do edilicio de que tratámos seria mais que um erro eco• »#»• .^ _ ^.,.r.^MuClibihd.'ide i! um nota-ci capital que a Junta Girai tem pedido e imposto aos contribuintes, significaria o abandono dc um dos mais importantes problemas das sociedades modernas. Seria um crime de lesa-sociedade e prova de uiri inaudito egoísmo tolerar-se por mais tempo esses antros onde jazem os que a sociedade na sua justiça condcmna a ali expiarem as suas culpas. O systema penitenciário está adoptado nas sociedades modernas. Criminalistas, philosophos, legisladores e estadistas o tèem estudado sob os seus diversos aspectos; podendo com afouleza asseverar-se que é este um problema resolvido na accepção que o progresso das sciencias moraes consente que se de a esta palavra. E um assumpto estudado, e os diversos systemas penitenciários que lêem sido seguidos e modificados são tão conhecidos dos homens que se dedicam ao estudo das questões sociaes que nos julgaríamos dispensados dc entrar em mais Ion-


O TSSOMABEXSB gas considerações para justificarmos a nossa proposta, se não fosse não lermos como prolixo deixarmos perfeitamente accentuadas as nossas idéas acerca de Ião momentoso; como importante assumpto. Foi larga e porfiada a controvérsia entre os diversos systemas que a humanidade tem seguido para a repressão do crime.

Secção lilleraria e seienlilica

que sabe para si; mas não prova que saiba transmitlir aos outros a sua sciencia.

A ESCOLA (considerações pedagógicas) I

A escola é o mundo em miniatura. Nos primeiros annos da exis_>ncia, quando apparecem os lineamentos iniciaes da nossa vida suRevendo os codigos penaes de perior, entramos para a escola codiversas nações e em diflerenles mo para um templo, de cuja divinépocas encontram-se os progressos dade não conhecemos ainda os beque fizeram as sciencias politico- netícos influxos. Somos uns pequesociaes, e como de época para épo- ninos animaes que vamos para ali ca a humanidade avançara no ca- pela simples razão de sermos obriminho do progresso. Aidéadeviu gados por nossos paes. Como não gança jurídica, que dominou por formamos idéa alguma das vantalargos séculos, foi substituída pe- gens que a sciencia nos pode forlos bumauilarios princípios de reha- necer para gerir a nossa personabililação, de educação e de tra- lidade no mundo, abrimos o abe com a iudiffereni.a coro que ouvibalho. mos uma prelecção. A nossa alSão hoje apenas terríveis recortenção é, então, nulla ou quasi nuldações da historia as fogueiras da la. O instincto da curiosidade desInquisição, as torturas da idadeperla-se incidentalmente por um ou media, os fornos de Mouza na Itáoutro objecto, as mais «las vezes lia, os «damnusi» de Mont-reale, alheio ao objecto do estudo. que Fernando Bourbon mandou Um insecto que vôa, um raio construir para os presos políticos, de sol que fura pelas janellas, são os «vade-in-pace» dos conventos, o alvo dos nossos olhares, o objeos subterrâneos de Sant Angelo, os ctivo das nossas altenções. «piorobi» de ^eoeza, as solidões Para que a nossa orgauisação de Spietbdfg, de que nos falia Silversátil se prenda ao estudo, ó previo-Pelico, e tantos outros sinistros castigos, cuja descri pção nos enche ciso que o professor empregue uns certos artificias pedagogicos, no de pasmo e horror ! sentido de despertar em nós o senO memorável anno de 1780 e timento eslhetico. É esta habilidasem duvida alguma o grande marde que aeni sempre possue, infelizco colloeado no progresso da hu meeSí, o professor; e por iss<*» muimanidade, paru além do qual só tas vezo*, o alnniP" jfc este- ■ " ' ....... i < »:,• r »*«.).*• ia - p.ii a a MicSàiauti, Srm o íKíruaO aonde cômeçá o Slvóffíccruu uova dos conhecimentos primordiac3 dc era de liberdade e de luz. conducta, que lhe deve amparar os As estatísticas da criminalidade, primeiros passos. O aniljiliubtitis-

— ■ ° rMft proticuidade da peaa. Vários são os pensadores que tôem encarado esta questão d esta face, enire os quaes o mais notável sem duvida foi WironboíT, que, apesar da sua clara e profunda intelligcncia, quando procedia á critica dos números que as estatísticas lhe forneciam, confundia a natureza do crime cora os meios de o impedir, e chegara á paradoxal conclusão—que os crimes, quer na sua quantidade, quer na sua qualidade, se manifestavam e repetiam com uma terrível regularidade, mais como tributo geral e uniforme do que como factos resultantes de um de v .11 estado anomalo e morbido; negando por esta forma o dever que a sociedade tem de punir pela ineficacia da pena. Aquelle e outros pensadores estudando esta grave e notável questão pozeram de parte e não consideraram o meio em que se repetiam os crimes que as estatísticas, a cc usavam tão periodicamente. (Continúa.)

uanuuu OIÍV.. ra-lhe abysmos 's&ifconla, e a vida começa a doer-lhe como uma ferida aberta. Yictima da ignorancia, a creauça precipila-se nas correrias do mal, cahindo, as mais das vezes, para não mais se levantar. E o professor é o immedlatamente responsável pela perda d'esta creança. Importa, por isso, que o professor se_^a, antes de tudo, um bom educador. Para isso, é necessário, é .instante, é urgente, que elle se complete primeiro n'uin curso profissional. Entre nós, estes cursos estão estatuídos na lei de 2 de .maio de 1878, nos art." 45.° e 47.°; mas ainda não passaram no todo para o campo do facto. A graude massa do professorado official tem sabido, até hoje, da habilitação conferida pelas commissões creadas pelo decreto de 30 de outubro de 1869; mas a pratica mostra que esta habilitação é deficiente. Porque o candidato pôde evidenciar, em exames d'esta ordem,

Regressou de Li«bt»n, para onde linho ido a semana passada, o sr. dr. Carlos da Cosia Pereira .Mendes.

A arte de ensinar pôde ser, na Partiu quinta feira para o p dj uno minoria dos* casos, um producto deogeulierin, em Tanro<, um deslaespontâneo da nossa orgauisação caniento d inf.inleria n.° II. sol> o moral; mas nem ainda assim disrommjindo dfts srs. capitão Gregorio iciisq as regras d uma pratica bem Jardim e tenente Gerardo Lvrreira dirigida. Se o professor, por muito Menino. decidida vocação que lenha para ensinar, não fizer a sua educação Tem passado muito enrommodado profissional n'um curso normal, o sr. José dos Santos Vasçoncellos, onde vá apprender, a par da theo- cavallu-iro d'esta cidade. ria, os melhodos, modos e procesDesejamos-lhe promplas melhosos de ensino, encontra sempre es- ras. colhos no exercício das suas funcções, que lhe põem no espirito a Partiu quinta feira para Lisltoa o tortura, e, não raro, o desespero. sr. dr. José de Mello, digno admuMSA escola torna-se-lhe um labyriu- trador d'este concrlho. tho, por pouco frequentada que se♦— ja. Se tem a sua consciência lavaNa segunda feira ultima houveram da, á altura de comprehender a na pnrochial egrejn de S. João Baobrigação que se impoz para com plista, nada menus de eiueo cona sociedade, gasta a exislencia sorcias ! toda n'um labor fatigante e Ímprobo, sem quo obtenha, senão por Na noute de 13 do corrente arromparcellas diminutas, o resultado baram uma janellu da ca^a de habique deseja. Vc as creanfas deft- tarão de Leonardo,da >-il\n, do risal nharem-se n'aquelle meio (Jesorga- da Segurança, suburbios d esta ( idanisado e cahotico, e na profunda de, e peneirando por ella, logram desolação do seu espirito, senle-se diversos objectos no valor de G0i>000 impotente para lhes restabelecer a réis, aproximadamente. NDo é conheci io. por em quanto, alegria encantadora. o auclor ou auclores deste roubo. Ensaia tudo que a especulação lhe fornece para aliviar o mal que No domingo ultimo baptisou-«e nj lavra na ciasse, c as suas tentativas cabem, uma após outra, no lar- egreja parochial d# S. João Baptisl# go mar dos expedientes improfí- um innocente lil inho do sr. ' !ieocuos. N este infeliz estado desespe- dosio dos Santo* Oliveira ; e in «ígunda feira, uni oulro do sr. José rador, porque a nossa natureza Maihias d*Armijo. egoísta se lisongea em attribuiraos Dá primeira crcanra, foram r>;t— outros os defeitos que são nossos, driubos os srs. Vital 4 1 u.>«iíC >.« ' i» «.f irei .• ««♦ •.* if. f»ffT** ta esua cspo>a, dt: Lisboa; e tio sedade intellectnal das ereauras. São gunde a sr." D. Virgínia ia Fia»» ellas que não npprendem, edlasque dade Araujo e o sr Manoel Antosão incapazes do obter qualquer o; nio Dias, commercbnte da pi ;«;a * nheèimcttto. K a natureza bruta Lisboa. a jcComeçam os castigos, estuam as palmaloadas. inicia-se uma epopeia de choros. A escola converte-se n'um inferno, a ordem n um pandemoninm feroz. Mas as creanças perdem o primeiro medo, e o habito do castigo lorna-se n'ellas a segunda natureza de Aristóteles. Fazem-se más, bíliosas, atrabiliarias e rixosas. A educação escolar perde a sua orientação civilisadora. E o professor cahe n'esse estado de marasmo patliologico (pie lhe produ*a indilíerença absoluta por tudo que não seja.. . assignar as folhas dc vencimento. (Continúa.)

Assaeiptos locaes Do nosso amigo o ex."10 sr. padre Luciano Auguslo d'Azevedo recebemos a correspondência que vae no logar competente. Agradecemos a maneira benevola, como elle se exprime a nosso respeito.

Saiu mos que vi vai prer reedifiineSo da real fabric.". de tidestruída pelo ultimo incen-lit». V.. esse eíTeilo jã se rcba entre nó o-José Maria d'Almeida, dislincl^ eon structor civil, encarregado de dirig os trabalhos d'essa reedificavào. A ofiicina de alfaiai» do sr. JOÃO JOSE D OLIVE1RA, e h<-je uma das mais bem montadas n'esta cidade, e a que mais de promplo e melhor satisfaz ás condições da modicidade e perfeição. Vai annuncio na secção competem.'. Noticias diversas 'fraiinfuxãu «lo *an;u« Sob esta epigraphe, conta o Fígaro o coso de uma cura cm Lau*sanne (Suissa\ operada em dois a^phyxiados, da seguinte maneira. Ein fins de dezembro ultimo, dois engenheiros suissos, mr. Meyer e Bechtlê, foram encontrados aspbyxiados, por efTeito d'um fogSo que ardia no seu quarto. ,Só depois do meio dia é que lhes foram ministrados os pri-


• TnOHÀBIWK meiros serviços clínicos, e apena* Meyer voltou a si. depois das seta horas da noite. Bechtlé, porém, sòinentc dera alguns siguaes de vida; mas não recobrava os sentidos. Permanecendo tres dias no leito, o seu estado chegava a ser dese>perado, quando o dr. Stoker sentiu "urgente necessidade de praticar a operado da transfusão do sangue. Com esta operação o doente melhorou consideravelmente, e lioje reputa-se salvo daquelle perigoso «cadente. O me-mo jornal francez apresenta outro facto idêntico, que não foi coroado de successo, por não haver quem se preítasse a dar uma pequena contribuição do seu sangue, e coaclue que a pratica d'esla opernção pôde ser muito conveniente em difíerente» casos palhologicos, taes como as apophi-xias, as anemias, ele.

♦ Acha-se felizmente melhor e com fundadas esperanças de completo restabelecimento o sr. conselheiro II. de Barros Gomes, da >yncope de que fará accometlido. O que deveras estimamos; e com verdadeira satisfação felecitamos o illustre estadista e sua ex.m* familia. Xem rò as grumleii desgosto» uiainin Ha uns 12 annos, uma logisla parisiense, tendo juntado algumas economias, resolveu passar o estabelrcimenlo e-retirar-se do negocio. Assim o fez, e apurando uns 9:000^000 réis, pál-os u'uma gaveta, com idea, de, no dia seguinte, comprar com clles papeis de credito. Não se sabe como, o pobre mulher foi roubada e em logar de viver dos seus rendimentos, teve de ir ser criada de servir. Ha poueps dias recebeu ella uma carta de Bruxellas em que o ladrão declarava ter-se estabelecido ali com o producto do roubo e lendo sido feliz no negocio, que lhe ia restituir o que era d'el!a, mandando-lhe já uma ordem para receber 4:500£000 rs. A roubada leve tal olegria, que cahiu sem sentidos, e sendo chamado um medico, este declarou que a infeliz estava morla! A alegria occasionou-lhe uma congestão cerebral!

Falleccu em Lisboa o sr. Manoel dos Santos,commercianledaquella praça com um grande estabelecimento de louça e vidros na rua da Prata, á esquina da travessa de Santa Justa. Também era proprietário abastado no concelho de Torres Novas, togar dos Carrascos, onde foi sempre muilo bemquislo, e querido d'aquelles povos pelo seu génio generoso e altamente beuefico. Era homem dotado duma vigoSantarém rosa iniciativa, e commercianle de um nome honrado e respeitável. Segundo nos consta foi nomeada A sua numerosa familia os nossos uma commissão, que é presidida pelo sr. marquez de Bella* para auximais sentidos pezames. liar a commissão construclora doThe»— ♦—' tro Santareno. A commissão per tenA Associação Camraercial do Por- de dar algumas refilas em benelicio to, em altenção aos relevantes íerti- do lheatro eoni o obsequioso cur.curroc :je o sr. iíintz Ribeiro, ex-mi- Si» d.u actrizes Virein *. Falco e A»~ mstro (íaf obras pnbíícas, e acluA! na Pereira e dos actores R»»sa mmístro da fazenda, lhe prestoa, re- e Taborda. As vistas serão pinUrdis solveu mandar coIlo> a" um buslo de pelos srs. visconde d'Alhouguia e 1 imerraore d'aquelle di to cavalhei- gueiredo. O sr. marquez de Bellas ro, na sala da Associação. representará. ♦ SicateV i-dr.f.-.Jíí'* pl»? lloirra rui Mt'la Sobre este a-sumplo diz o ComA Italia, paicialmenle flagelada já mereio do Porto de 12 do corrente p«ío phyWoxera acaba de deciilir-se a que, convidado pelo snr. ministro das ipór ã invasãv do flagello uma le- obras publicas, foi a Lisboa o distiligislação muito rigorosa, pautada pelas cto industrial portuense e proprietário insdrdas que a tal respeito foram d'uma importante fabrica de tecidos adoptadas er.i França, Os syndicos e de seda o sr, Joaquim Baplisla da os subprefeitos são obrigados a uma Silva Guerra. stricta vigilância, e devtm provocar, Este cavalheiro foi recebido pelo em caso du invasão, a investigação de sr. conselheiro Antonio Augusto de delegados >specines. Aguiar, para conferenciarem, segundo Uma indemiitsação no máximo de parece, acerca das escolas industriaes 100 fr. por hectare é concedida aos que vão fundar-s« no Porlo; assumproprietários cuias propriedades fo- pto sobre o qual a opinião do sr. twn mlt «(I- 5, com as indicações d es- Guerra é aproveitável por isso que ses deleg h especiaes. As despezas desde ha muilo o distincto industrial e inspeçcô. * pesqtiizas c de visitas tem na sua fabrica uma escola de são a corgo u >tado, e para tal Cm aprendizagem para tecelagem de sefoi ioscriplo no 'ça mento de 1883 da, na qual tem preparado mui lisonum credito em fr, 1.800:000. geiramenle buslaules indivíduos de Nenhuma indemnização é concemenor edade. dida ao proprietário rect^hocido como Oxalá d'esles trabalhos preliminaculpado de ter contribuiu1') para a inres saiam solidamente fundada* aqueltroducção do phyloxcra t. seu terlas instituições que 13o risonhos Iruritório. clos podem produzir. Alem d isso uma multa que varia de 50 a 1:000 fr. e uma pena ' * -is Boiei!ai humorístico mexes de prisão são estabelecida pai todos os horticultores, que intencionalD.. . habitava em Clichy e recolhia mente, ou não lenham contribuído sei ire muito tarde. para a diíTusiSo do flageJIo.

Uma noite entrou em um estabe- j redneç-ão, que, de certo, hade acatar lecimeulo de vinhos, pediu um copo a imprensa, es^a radiosa filha de de cognac, bebeu-o, deu o clássico Gutembuerg, ecomprehender que naestalo do« provadores com a língua da mais ruinoso e fatal (como disse no palatino, e sahiu cheio de satisfa- um orsdor dos nossos dias) do qne a imprensa dirigida por cerlos homens, ção. Mas o dono do estabelecimento, que fazem d elia um verdadeiro ilaa peno - D... sahiu, reparou que lhe ha- gello da humanidade, tornando-a em via dado vitríolo em lugar de cognac. relação a doutrina — descrcnhi em K licou logo a recear uma denuncia, relação a Egreja —obscurantista o uma q ;eixa ao com:ni>siirio da poK- racionaria; e em relação à sociedade cia, uiru questão judicial, as mais —anarchica e anlt-liberal. Dosempenliae, pois, amigos redagraves perseguições. Dias depois, D. voltou ao estabe- ctores, o vosso nobre píogramma, e assim honrareis o imprensa e a solecimento. P ra lhe ser agradavel, com medo ciedade, engrandecereis cada vez mais dc que elle ainda estivesse com idéa a vossa patrin, dando ao mesmo temde se queixar á auctoridade, serviu- po longa vida ao Tkomarcnse, que Ihe do melhor chainpafíne, a mais fi- lhe deseja. Areias, 17 de janeiro de 18-S4. na que linha no armazém, a mais reina, a dos pipos mais reservados. Lvcuno AcGfsro de Azevedo. D... bebe, faz uma caranlonha horrível, atira com os dois «ous para cima do balcão, e diz ao sahir: TYP. TlluMAItlíNSE —Todos o mesmo! Quando se vem RUA DA COmtEDOCTA, 47. duas veze» a uma casa d estas, é sabido que nos servem a peior droga do estabelecimento. ÁS PESSOAS QIEBIÍAD.4S • COM o uso d'alguns dios do milaJacques audava a brincar, e ema groso emplastro anthephetico se cuoulra creanca, deu-Ihe com uma pedra n um olho. Chamado o cirurgião, ram radicalmente as roturas, ainda Jacques prrgunlou-lhe meio a cho- que sejain muito antigas. E->te empla^lro tem sido applicado rar:—Perderei o olho, sr. doutor? O doutor respondeu friamente; não em 30:oií> pessoas e ainda não falhou. perde, leriho-o aqui nu mão. Preço 1^500 róis • lTm faccitiora ia caminho da forca. Balsan^ sedalivo de íia.spail A multidão corria adennte dVIle, n um REMfíDK) para a cara completa desejo de chegar depressa ao logar de rheumolismo hcr\o-o, golloso, arda c-ecução. ticulit-T e muscular, dòres de cabeça, Mos o faccinnra deteve-se. dizendo • i tiladas, Escusam ti ■ uiPí-ir. sem mm»conlusôes e ainollecimento úii espinha durçal FrouxidSo de nernão se faz lá nau,». >'>s, fraqueza de niusculos, gnlpo e ioda a qual;dade de dtV ou de iull.i— Cttfr açío ; usu-se exleriormunte em ; i -ções. Sr. redactor. — O ia pnfir a;Preço do frasco 1<J200 réis deia, e do recon ÍH»> 4'* noí^o oSsruHuleslias ilc pcllt? ro e humildo pr.-sInlsOO. .^audjmocora toia a cílu-' > t- ■ tióSri .v;r.. POí! \l)\ Shrucina, : ira j>romos lirieifWS filhos dá icrra queria» w e rivliril «'e I }«•. tn<4e«tiiui <t« Gu<tldim c •' (.as|e, as impigeus, nodoas, borb-a»^», redacção do recrinih^id') i Uumu- comichão, darhos, herpes, lepra, panre/»se, curvando-uos respeitosos pe- no, sardas, etc. rante o nobre progrnmma que oslenla Preço da caixa COO réis o seu primeiro e festejado numero. lajccçãí) Ga?pia A feliz lembrança da creaçào do 'íhomaretm foi. sem duvida,maraviE' esta a única injecção que sem lhosa e de máximo alcance! damno cura em 3 dias as purgações O 7/iomar«iwevem dar horas ao penainda as mais rebeldes. samento de seus inteligentes redactoPreço do frasco 1^000 réis res, prestando relevantes serviços, não Cisaira «s caiios só ateria que o viu nascer, mas lambem á causa vital da humanidade, porque ÚNICO remédio que os faz cahir a gitsela, no dizer d um sábio da em 12 horas. actualidade, tem a propriedade dos Preço da csixa 400 réis raios solares e do trovejar das nuCreiuc das damas vens para irradiar-se o para reperTORNA rapidamente a pelle clara culir-se nos mais reconúitos logares. e macia, dissipa as sardas, tez cresHum periodíco, desempenhando o tada, nódoas, borbulhas, roslo ?uraprogramma do / /»uJítai ense, é o defenbulhento, rugas, encobre os signa es sor dos bons princípios, o advogado das bexigas. do coaomercio, o protector d agriculPreço do frasco ljiâOO réis tura, o amigo do povo, o derramador da inslrucção, e liualinente o Remette-se qualquer destes rerespeitador e ao mesmo tempo o esmagador dos abrolhos semeados pela médios pelo correio, a quem enviar impiedade n este abençoado solo, a sua importancia em vale do coroutrora jardim das crenças de nossos reio, ou mesmo em estampilhas (mas paes. em carta registndu) a Manoel MonEis porque, jubilosos, sondamos a teiro—Travessa do Noronha, 24, terra nabantina, o seu novo semináLISBOA rio e a sua iuteligeute e illuslrada


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«DIDO PELO Juízo de Direilo d'esta Comarca de Thomar, e carlorio do Escrivão Dias, se aununcia que no dia 3 do nn z de fevereiro proximo, pelas 11 horas da manhã, em hasta publica, jnncto da sala do Tribunal Judicial desta cidade, se hão de vender, a quem maior lanço olíorecer, acima do preço da sua avaliação, os Itens abaixo designados, penhorados em execução de José Antonio Pereira, desta cidade, contra Manuel da Silva Coelho, e sua mulher .Maria Clementina, que residiram n'esta mesma cidade, e actualmente residem cm Lisboa; cujos bens são: O dominio util d'um praso imposto em uma morada de casas, na rua dos Moinhos, dYsta cidade, que consta de lojas, dois andares e solão, com seu quintal e poço, e tem o numero de policia 61, de que actualmente é senhorio directo, Antonio Leite Pereira de Mattos, também dJesla cidade, a qnem se paga o fòro annual de 2^400 réis caplivos de decima, e laudemio de desena, avaliado além do capital do foro em 120$000ire. Uma propriedade ruslica, no sitio do Piolhinho, limite da Fonte de S. Lourenço, suburbios d esta cidade, que consta de terra de semeadura, viuha, oliveiras e mais arvores, avaliado em ('0^000 rs. fVf í.-íí mrinrií-i/i cão citados para assistirem á mencionada arrematação, quaesquer credores incertos, que se julguem coííí direito aos çeferii!»s bens. Tfiemar, 9 d«; janeiro de 1884. H Durrivão Antonio Liõeruio d Araujo Ditu. Yerifejirei a exactidão O Juiz il<' Ulrelio Veiga.

íeis r.íi riirau COM EKiabPlPriiafoSo «ritlfalnlc Nesta casa ha sempre nm magnifico sortimento de casimiras, próprias para todas as estações. Toma eucommendas de fatos completos, e bem assim, encarregu-se de qualquer obra, cuja fazenda seja apresentada pelo freguez. Uaranic-se a perfeição do trabalho PBEV«« HEtS SSHISO* Rr\DA Curhkooira, 101,1 (32,103 THOMAR ACCINDEDORES EC0N0MIC0S. A lei a-se lume 50 vezes por 30 rs. BIA DA CtalHOl, 107

DA

SILVA CAMBISTA

229 — RI A DO OIRO —23 i

38, m ro mim, nc «HK* m:

MMEROS

wjê, m

m^ceÃo vâ is u mm: n ISSÍ

1:371

bilhete

11>7 1:203

caulellas »

2:324

»

3:435

Fiiiaes no Porte» Rra*a PBKillOS

1:000^000 2001,000 100Í.000 100^000

• A «I do rorrMilp. IIKHPA-MIA

u

100^000

53:053 ?SSSTAS A <1, rORTlllI KIt

promiofi mniorcM vendido* n>»lr< ra»n. na extracção rit» 15 de inneiro t NTMEROS 400 cauldlas 906 » 1:492 » ... 1:767 bilhete 2:062 cantdlas 539 » .. .,

PBRMIOS lOO^OOft 100*000 13l>á0fifl 100^000 100*00« 74^440

A seguinte loteria porlogueza é no dia 24 do corrente, sendo e premio maior

ET, 6.000:000!

MAGMAS

Na próxima segunda feira, 21, verifica-se a presente LOTERIA L)E MADRID, cujo premio grande é de

DE COSER

TARA íliautes e saiateisbs

\

A preilaçie* de 600 r*la «cmnniicí, «■ a prnmpls pnxnmcnio) com fcrmndn dmrunto Abstemo-nos de rcconmendar a perfeição do trabalho destas machinas, por isso que ellas já são bem conhecidas. Limilamo- •, [ nos a lembrar ao publico que an'cf. ''c comprar n outra parle, não \ deve deixar dever as desle es"1'11'Hecimento. f

Também ha agulhas e carríoâos, e lodos os demais acccssorios concernentes ás mesmas ISÈ ■■■■■■■ _ I > 1, 105, 106 E 107—RUA DA Cokredouiu—105, 106 E 107 -(\v.

í

CAMAS DE FERRO Com eiixei-Kõea e rolrltõoa Vendem-se por preços muito resumidos. Rua da Corredera. I0U, <06 e 107 THOMAR JOÃO CANDIDO DA SILVA

Til OMAR

229—Roa do flnro—234

«-Sas* CIRURGIA VETERINÁRIA Posta ao alcance de toda a geide, «ti diceioaaria pratico dss doenças e curativo des gados POR •I. «8. Vlnnnn Hczciule

CAMPEÃO 3i C.A 118 — RIA DO AMPARO —118 Nnmcros mais premiados que sahiram nesla casa, no loleria porluf|®eza, ruja eilrarrâo se verificou no dia lo do corrente.

Precedido de um formulário geral dos medicamentos necessários para tratamento das doença? dos.animaes Prentics domeslicos, de um breve tratado da Vtfiteros maneira dc pralicar hs operações a 1:1-42... caittlijis.. . 5001000 •pie mais vulgarmente se recorre na (3:083... , ... 100^000 cimrjãa dos mc<mus. , ... 100^000 Obra extremamente util a lodosos | 3:233... lavradores, curiosos de cava lios, posA 21 do corrente :erá h-gar a suidores de.gados, ferradores, picaextracção da loteria de Madrid, doies, caçadores e pharmaceuticos. sendo o premio maior. PR£Ç0 6Q0 BEIS 1 l-AMM Remette-se pelo correio a quem A 24 do corrente terá logar a enviar a sua imporlsn ia em v.ile de correio a Manuel Mout-iro, Travessa seguinte loleria porlu^ueza, send'o premio maior. S A do Noronha, 24. LISBOA

C:SCC|CC3

Extracção cm 15 de janeiro Ii8»I OB3 liilh. I.O«4tíOOO A 21 de janeiro. Iicspanhola i i.K O iKio rW« BI H l ET KS fií0nn tíÉÍS A 24 de anti

portugueza

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A 30 ffà março, portuense -<t.«00:00e r^U ».LH KTE 10Í000 RÉIS oRAZILFJRA—5$fl:0wO$8GÔ REIS RILHETE 5^000 RÉIS Para esta extracção ainda não eslá designado o dia.


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