Semanário O Thomarense - Tomar 1884

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SEMANÁRIO utterario, politico, agriqola. commercial e noticioso Pr^ço i!n nnKisnniurn Tlioimir: — Armo liOOO rB.—So(oe?tro TO' • i» — Trinj' —uv ,->0rt*.—NumerouvulNTTflfifTjn 1 «* —O ri».—N'oMti-n unalqiícr terra Dooroí:o iiui lo do con oiu.—Patfoim uto nilion, lao').—To'ln a Qorrt-Sf-oÉKjeirOla tjttve sertli i ia .io i>Uuiiuit>U°uvk)i' Tliomuz Arruxijo j fl>* IWStoM. i

immm redimo* h*« rnvalhrlraa «* qtirm rnvtnnao« o nn^M) Jm n«l n flnr*n de nol-o-drvolverrm, rw» nno • quWmm nuNlsanr^. Aqnrliea qu^rcrpheremlrr» numero* «nfuidoi firam por iiéí roniildcradnH rumo rmíçnnnlo. CALE.MUKLO HJS^SAL JHnplr«(3l dinn) Terça feira

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PIJASKS DA LUA Quarto crescente a 5. — Lua rbeia a 12. — Quarto miugoanlc o 20.— Lua nova a 2S. THOMAR' fl Tlinmarfflsf. oncolando a soa publicação no mez de ijneivo de 188i, começa por feliciiar os seus bondosos assignanjçs e leiloas pelo arnio novo,,a que chegaram incólumes. sem serem feridos pela parca inexorável, que fez baixarão In maio, no anno lindo, mnilos dos seus conterrâneos e amigos. FOLHETIM a m rs:ir Valsava-se. Pares muito ent Hum,limados redomoinhavam na febre < <s firunrles delírios, produMndo no s;ia_ilio arrastamentos de sa patos. J)o 11 -to desciam ondas de luz, verdadeiro* risadas de cry«tal, qiw» se ?ef;;mgútm nos pingentes dos lustres e sodMiibuiatn por todo o salAo. Toda uma populdçito de floriís, desile a fiequenirw violeta até a odorante rosre-cliA, adoecia n aqurlli» anthienle r«llklo, clirio de prazer p harmonia^ saturado de pai\fio e árido «'artíoriico. Nas gnrviturts das toilrttes passeara a jm*? sympatliica do bom gosto, e batijiias

Pr« >m e pnbiimrtrK Aimimoios — por linha 20 rs.-iNo oor>1 po nojorn.il -iO i-n.—PnJilicnro-be baiticalè s ooriiiiiuníP-idos i|Uw venlium ueíii^iinilois 1 0 ANVf) Bu DOMÍKGO, 13 SE JASEUO DE 1884 • r«fton Iterados — Annum:i»rn-se latlufe as? '•#. | r i> Ucuçt-es litleriu iun, BCitíHOflcciK ou íii ■ §Ê^ j) veticais do qne se receberem dois eXoui °7> piares. ir

Que o novo.anno, pois, lhes seja propicio, c quq elle venha marcar uma nova epocha de prosperidade para esta terra e concelho. O TkoBareBse, tomando o nome da terra» que o vio nascer, ha-dc idenlificar-se eom ella, promovendo, quanto ser.possa, o seu progresso moral e material, o seu verdadeiro engrandecimento. TJiQrnar, jfio nobre de tradições históricas, tão rico.de. padrões dç gloria, que atleslam a antiguidade dos seus pergaminhos, a nobreza da sua genealogia, á digna d© ser feliz, deve aspirar a ler um nome honroso enjre as.terras deste disIriclo e d este reino, correspondente ás suas tradicções nobres e elevadas, correspondente ainda á ÍK>a iadule dc setís habilantes. A. imprensa 6r sem duvida, um dos ma is 'for tes clementns-do progresso moral e material dos povos. | Pois que, se o dom da palavra é um dos allrihulos mais nobres e caractcir. '"vv 4»' homem, a im prensa hoje não é.rnaift dn que o dom da palavra, fazendo-se ouvir ao mesmo Tempo em todqs os angtilos d'um concelho, d'tim paiz, do universo inteiro. Hoje, que 03 caminhos de ferro fizeram desapparecer as distancias. Iseje, que o vapor, atravessando os more», estabelece, por assim dizijr, a continuidade nas diíTerontes pcirtes *lo gloln>,. o jornal,- aponas impresso, atravessa as distancias com ufna rapidez pasmosa, a voz do escriplor publico faz-se ouvir ao mesmo tempo, e num mofinas epidermes das val.shlas a coloração Ninguinea do" grandesextenuammlos. Todo nquelle aspecto do baile escandi cia: era uma especie de »inlio forte que se bebia pelos olhos e produzia no ccrebro a ebriedade dos gozos extraordinários. I u tarnhem eslava. Mas a epidemia do prazer ufio lia»ia ainda podido romper o cordão snnilario da minha ab-i>luta nostalgia. Hia [jor urpa convençflo. tliniu nos meus lábios a ále(.ria das caveiras. O meu espirito passeava por alli qoo spleen d um irrçdei enfermo. a u.dnba observação, aguda como um bisturi, cortante como uma espada de Toleío, cruzaia aqiirlle ar complexo, viajo»a n .líjiiella «tlimospbera convulsa. J '.'do o rcstb do meu ser permanecia

mento dado cm localidades, as mais dislanles, quebra»,lo, por, assim diser, as barreiras, que neutro tempo separavamos povos, di•vidiam as nações. Afas, se a imprensa é um dos elementos mais fortes da civilisação dos povos, lambem delia mais de uma vez se tem abusado, lornando-a elemento dc desmoralisação, de discórdia e de desgraça; será» pois, d "esse escolho, tqjpçbrogo que O líiusuarense procurará aflastat-se com tc*l 0,0. es foiço e empen!»o; e d'esla sorte, desenvolvendo o seu jirogramma, vae explicar as palavras que se-encontram na sua epigraphe: O Tttnmarensc será uro jornal litlevariO; politico, agria>la, çomií>ercinf e noticioso. Como jornal lilterario, forcejará sempre por, ospargjr em loc«o de si a inslrucção e a moralidade, porque são estas duas irmã?, que devem sempre andar unidas e inseparáveis; registará nas suas eoImunas conhecimentos nteis, colhiíIqíx na Iqilura dos bons livros, dos auftores mais disliijclos e.respeitáveis. (]omo jornal politico, tratará das grandes (piesItVs de administração publica, respeitando os homçns e as inslUniçDes, sem recorrer jamais a uma politica facciosa e pessoal. Demonstrará mais de nina vez que politica e religião são eiitidadçs mui drsçrsas, e que tendem a diversos fins. O principio proclamado pelo Divino Mestre: « Dae n Cezar o (jue « i de Cesar, e a Deus o qiie é

senlado, iminovel, estático como as mavrs brutas, insfnsivei às tempestades d.o entbusiosmo. De repente, porém, lampeipti uma fai^ca, e tudo isto que se chama a minha in íividualidade tremeu, como se a abalarem nos fundamentos. Foi um roble que cedeu às rehi>lcnc.iiis de um furacSo. Caiu também. Eu, o forte, o eternamente estoiro, o ayclope dn philosopbia pessimista, sciHi-nyj ferido pela ba<lp duma (lór, Nj». .^larneça do meu seio, onde, jô ha rnuitpj annos, 11^0 abrolhava a mais insignificante planta, senti repentinamente nnscerme uma floresta de lilaz.es. K sobre os lilazes, saltitando, biinçando,beijocando-se, n'um i continua eflerveserncio d amores uma pppul.iç,1o de pis-

«cU Deus k é a resposta mais ca" thégorica, a demonstração mais calai de que se pótjc ser politico sem ser anli-religioso; que a religião do estado se adapta perfeitamente a .qualquer fórma de governo, porque um povo se per lenda governar, e que desta sorte andam erradamente aqueilçs que pensam que se não pode ser bom politico sem proclamar o_ alheismo, a jriloleraucia e a imrnoralidade. \ Cpmo jornal agrícola, tratará deA fazer conhecidos muitos principies elementares d'agncullura, pois é cllai a primçjra industria d'eslepaiz, nae> optado d'um clima privilegiado,.lftm a fac^idadc de poder cultivar uma immerisa variedade de plantas que germinam c.se desenvolvem pm^paizçs mui.diversos. U>trá ainda conhecimento das machinas mais apcrfeiçqjidas, dos,,/ prpcessos.mais. pi.oliciios, que esb'. ríirno da humana actividade tem inventado e obtido. Gomo jornal comnjercial, advogará os. interesses do commereio, tánto d'estq localidade em,especial, como dp lodo a, paiz* so)|iij.lando dos poderes jiublicos providencias tendentes a proteger uma classe, que se encarrega de, dar pr.ompta sabida aos prodnclos da agricultura, tomando eilectiva a permutação dos vários produclos creados. em localidades diiferenles, Além d'isso,existindo n'es(a 1«cplidade cinco fabricas;sendo uma. <"le fiaçfiç^e tecidos d'algodão, Ires dp papel, unja.dejaniiicios e. mn modernb cslal>elecimento de moagens, O Tlinmarcnsc forcejará semsarinbos dava a nota fresca dos renascimentos getiezicos. L'tn mundo novo. muito novo, alegre, extraordinariamente luminoso, surgiu (Testa treva infinitamente profunda dy meu ser, o '.odh a harmonia mosaica me vciu ferir o.tympano da v}da', conio uma sympboni,a de ftjozart, Todas as paredes vrlhas da dr>crrnça se mo esboroaram com um barulho ensurdecedor. E do fundo truculento deste ahysmo. sob a radiaça», brilhante das piimeiras auroras, <oz miraculosa dp Christo pronunciou esta pala\ra suprema : — Surge, /. * * * E surgi, ♦ + ♦ O Christo, no m^u ca o, foran)


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