ANO 1, REVISTA Nº 2, JULHO/2015.
APRESENTAÇÃO Trabalhadores do Bem! É com imensa satisfação que neste segundo volume de nossa revista virtual, trazemos a vocês leitores uma entrevista de nosso caro voluntário Professor e coordenador de sábado à tarde na casa NEUTRA, Nivaldo Cândido de Oliveira Júnior. Nós escolhemos o Nivaldo para ser um dos entrevistados deste mês, não no sentido de glorificar este médium ou outro qualquer em seus trabalhos de assistência, mas no sentido de mostrarmos a vocês leitores e doadores frequentes que muitas vezes não dispões de tempo para acompanhar mais de perto o que esta acontecendo junto ao trabalho social. Queremos agradecer ao Nivaldo por disponibilizar um tempo em preparar uma palestra e vir de coração aberto apresentar estes conhecimentos com muito amor, carinho, atenção às mães do PROJETO SOCIAL NEUTRA, onde podemos dizer que foi uma belíssima palestra, no qual as mães puderam interagir de uma maneira muito harmoniosa, legal! Visando ajudar a identificação dos novos voluntários que assumiram este projeto com muito amor, dedicação e carinho, você leitor poderá ler também outra pequena entrevista com um dos novos coordenadores Sociais, Rogério. Venham conhecer nosso trabalho, esperamos por vocês! 1
ENTREVISTA
Nivaldo Cândido de Oliveira Júnior. Revista: Quando foi que você iniciouse no espiritismo? Prof. Nivaldo: “Meu caro, foi no século passado, no final dos anos 60. Importante lembrar que venho de uma família espírita, onde as reuniões semanais (Evangelho no Lar) e as questões espirituais eram abertamente discutidas”. Fiz (Seara Bendita) o tradicional Curso de Médiuns em 1971 e de lá para cá não mais saí. Revista: Além de ser voluntário nesta casa você é voluntário em outras casas? Prof. Nivaldo: “Sim, hoje tenho a oportunidade em colaborar com o CEAP – Centro Espírita Amor e Paz, no tratamento das 5ª feiras e um domingo por mês uma palestra no ARCAS – Associação Ramatis Caridade Amor e Sabedoria”.
Revista: Quando e como foi que você começou suas atividades de voluntário na casa NEUTRA? Prof. Nivaldo: “Vale recordar que, primeiramente, fui atendido no Neutra, depois criamos um grupo filiado na Rua Gaivota (Moema), onde o prof. Francisco teve a oportunidade de formar vários voluntários (eu e minha mulher inclusive) durante 5 anos de atividades. Na sede atual do Neutra já estou a seis anos, tendo começado com as aulas de 3ª feira a noite com a Elaine Piccine, e hoje, dividindo essa tarefa com o jovem Roberto”. Revista: Além de ser expositor voluntário na casa NEUTRA você exerce outra função como voluntário na casa? Prof. Nivaldo: “Sim, estou com a responsabilidade de dirigir os trabalhos de apometria nas tardes de sábado. Temos um grupo altamente participativo e dedicado,
no que chamo carinhosamente dos “Embalos de Sábados à tarde”.
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Revista: O que significa para você trabalhar como voluntário usando Apometria no tratamento dos assistidos? Prof. Nivaldo: “Fundamental eu reconhecer a importância que o prof. Francisco (Francisco Alberto da Eira, presidente honorário do Neutra) teve (e ainda hoje exerce) na minha formação como apometra. Além do conhecimento formal da técnica apométrica, a convivência com ele, suas inúmeras “dicas”, conselhos, visão ampla sobre a vida e nossa breve passagem em cada encarnação, foram fundamentais. Exemplo: a insistência para que eu fosse “trabalhar”, isto é, não precisar ser especialista sobre a ferramenta, que é a apometria, mas sim “por a mão na massa”, colaborar na parte prática, que é onde os conceitos de assentam e a confiança individual aflora”. Revista: Na sua opinião, qual a importância do trabalho social para esta casa? Prof. Nivaldo: “Ainda que eu falasse a língua dos homens, e falasse a língua dos anjos, sem amor, eu nada seria.” (Santo Agostinho).
Com isso quero (re)lembrar que é na ação social a razão de ser de um Centro Espírita. Como diz o Dr. Inácio Ferreira (médico psiquiatra, autor que eu adoro e recomendo quaisquer de seus muitos livros) , a melhor terapia é a “vassoura”, isto é, o trabalho em prol do próximo é o que nos fortalece como indivíduos”. Revista: Qual o tema escolhido por você para apresentar na palestra realizada dia 28/06/2015 para as mães do Projeto Neutra Social. Prof. Nivaldo: “Tive o prazer em ser convidado para bater papo, trocar ideias com as Famílias no encerramento do semestre. Pensei no tema: Qual a Religião que leva a Deus? A ideia foi desenvolver com eles o conceito de que a melhor religião é a que praticamos com o coração, o fazer bem ao nosso semelhante. Afinal (outra das observações do Dr.Inácio Ferreira)
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No mundo espiritual ninguém vai se importar com sua religião, seus títulos, suas “medalhas”, mas sim, com as obras que fizemos com os talentos que todos temos. A vida é uma escola onde, em raros dias, ensinamos e, em todos os outros aprendemos”. Revista: O que você achou do trabalho social que vem sendo realizado nesta casa? Prof. Nivaldo: “É com muita alegria que vejo, hoje, ações altamente pró-ativas estão sendo desenvolvidas, com as Famílias compartilhando conhecimento (palestras, discussões sobre filmes, etc.) e dando Passe ao final dos Encontros. É exatamente o exemplo real do que coloquei na frase acima: a vida é uma escola ... E tenho certeza de que os responsáveis pela área social são os que mais estão
aprendendo e recebendo em satisfação, alegria e (muito) amor”. Revista: Sabemos que você vem recentemente psicografando um livro, você poderia nos contar alguns detalhes deste livro que em breve será lançado? Prof. Nivaldo: “Meu caro, são coisas que acontecem na vida, não planejadas (pelo menos nesse plano material; talvez esse compromisso faça parte de meu plano reencarnatório, vai saber). De fato, por sugestão de um amigo (terapeuta Antonio Jayme), alertando de que eu deveria começar a escrever um livro, passei a acordar às 04h30 e escrever entre 05h00 e 6h30, praticamente em todos os dias. Devo dizer que o processo, puramente intuitivo, aborda de forma simples temas importantes sobre a espiritualidade. Foram quase 100 pequenos textos (03 deles estão no site do Neutra), e sem saber quem era o espírito que me assessorava. Ao levar vários textos ao prof. Francisco para que opinasse, ele insistiu que eu deveria perguntar quem era o espírito que desenvolvia os textos. Mas como, sendo o processo intuitivo, poderia saber? O prof. Francisco foi taxativo: ao final de um dos textos que estiver escrevendo, pergunte que lhe será dado a conhecer.
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Mas como, se eu não enxergo e nem ouço? Mas quando você vai de “peito aberto”, quando sua intenção é a melhor possível, a resposta vem. Nesse caso, ao terminar um dos textos, perguntei mentalmente quem era o espírito? Pensei no Inácio Ferreira, autor que admiro, e depois me veio o nome de Wilson Ferreira de Mello, também médico e psiquiatra, e uma intensa e agradável sensação de bem estar e invadiu, como se estivesse sendo abraçado muito carinhosamente. E, como nada acontece por acaso, ele foi compadre de meu avô paterno, onde as famílias conviveram por muitos anos. Meu desejo é que esses textos possam se transformar em, pelo menos, três livretos, de modo a poder doar os direitos autorais às três casas que hoje tenho oportunidade em colaborar e (muito) aprender”. Revista: Deixamos este espaço final para que você escreva suas ultimas considerações.
manter os tratamentos, o trabalho social e, mais do que nunca, que sejamos suficientemente humildes para nos atualizarmos com as novas técnicas que o Laboratório tão abundantemente tem fornecido.
Afinal “Deus coloca solavancos na estrada para que não adormecermos ao volante”. E a você, Roberto, e a todos os demais jovens da nova geração que orbitam nesse circulo luminoso, que irá ajudar a fazer crescer esse trabalho tão importante do Neutra. Muita paz a todos nós”
Foto da Palestra
Prof. Nivaldo: “Deixo meu abraço fraterno a todos os voluntários desta grande Família Neutra, e que continuemos a manter nossa perseverança, confiança e fé. Muitas são, e outros tantos virão, os empecilhos e dificuldades, afinal ainda estamos nos estágios iniciais no caminho de ascensão em busca da luz. Fundamental que continuemos a 5
ENTREVISTA
realização de um bom trabalho e sempre gostei de desafios, pois sempre fui comprometido em fazer e executar meus compromissos espirituais com muita dedicação e responsabilidade. Revista: Quais as atividades que o projeto Social NEUTRA desenvolve atualmente?
Rogério de Oliveira. Revista: Quando e como foi o convite do Neutra (Núcleo de Estudo Universalista da Terapia Apométrica), para você assumir esta tarefa junto ao Social? Coord. Rogério: “ Após dois meses de participação no trabalho apométrico realizados aos sábados de manhã,fui convidado pelo espiritual da casa para participar e aceitei
me comprometendo em doar o melhor de mim. Revista: Ao ser convidado a assumir este projeto você não teve receio das mudanças que foram implantadas não darem certo?
Coord. Rogério: “ Cursos de apometria,palestras,doações de cestas básicas a famílias carentes,evangelização,cura apométrica,energização.o trabalho da casa é totalmente focado a cura apométrica através de energia quântica. Revista: Quais são os cursos que o projeto Social quer oferecer num futuro próximo? Coord. Rogério: “ Curso de apometria para as mães,curso de crochê e outros que estamos estudando e que serão divulgados futuramente em outras edições da revista. Revista: Como o projeto Social NEUTRA mantém as contas? Coord. Rogério: “ Doações voluntárias,eventos (bingos,bazar,rifas) e cada trabalhador da casa colabora mensalmente com uma contribuição voluntária.
Coord. Rogério: “ Não, porque mudanças se fazem necessárias para a 6
Revista: Qual a importância do trabalho Social de Evangelização realizado aos domingos com as Mães, para a casa NEUTRA? Coord. Rogério: “ Procuramos passar a palavra do evangelho segundo o espiritismo da forma orientada pelos mentores espirituais da casa, arrebanhando cada família, pois todas
são muito carentes e necessitam de atenção, amor e carinho. Revista: Qual a importância do Laboratório, realizado todo 1º domingo de cada mês, para do desenvolvimento deste Projeto?
Revista: Qual a expectativa que o projeto Social NEUTRA espera obter neste ano de 2015, com a evangelização realizada no trabalho Social? Coord. Rogério: “ Que cada família que passar em nossa casa possa retornar a seus lares a cada domingo, com a certeza que estão recebendo o amor do pai e se sentindo sempre acolhidas e confortadas com amor e carinho, pois procuramos fazer o melhor para cada família, esse é o propósito de nosso projeto, assim com muita sabedoria que estamos cumprindo nossa missão e satisfação se dedicando com o espiritual.
Coord. Rogério: “ É fundamental e necessário, pois todas as atividades da casa são realizadas através de autorização dos mentores e do espiritual que rege e protege a casa NEUTRA, são eles que orientam e enviam as mudanças e novas técnicas para manter o bom andamento dos trabalhos.
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CANTINHO DO ESPIRITISMO Como curiosidade ao leitor este mês trazemos uma simples explicação da vida do Dr. Bezerra de Menezes.
Ele seguiu como religião a doutrina espírita, no esforço de esclarecer as massas, fazendo reviver o Espiritismo como sendo o Cristianismo puro. Foi presidente da FEB (Federação Espírita Brasileira), escrevendo também diversas obras da espiritualidade. Dr. Bezerra de Menezes é considerado um modelo para muitos adeptos da doutrina, onde se destaca sua índole caridosa, a perseverança, e a disposição amorosa para superar os desafios.
Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti, nasceu na cidade de Riacho do Sangue, estado do Ceará, na data de 29 de agosto de 1831 e desencarnou no Rio de Janeiro, em 11 de abril de 1900. Em sua ultima encarnação foi um médico, militar, escritor, jornalista, político, filantropo e expoente da Doutrina Espírita. Conhecido também como O Kardec Brasileiro e O Médico dos Pobres. Dr. Bezerra de Menezes enquanto encarnado foi um grande médico “dos pobres”, trabalhando também na área militar como Cirurgião Tenente, além disso, atuou também na política Brasileira.
Essas características, somadas à sua militância na divulgação e na reestruturação do movimento espírita no país, fizeram com que fosse considerado o “Kardec Brasileiro”. A falange de Bezerra de Menezes se apresenta também em outras linhas espíritas como, por exemplo: A Umbanda, onde se apresentam com uma nova roupagem, diferente, podendo ser vistos pelos clarividentes como caboclos, pretos velhos, falanges do oriente, já que muitos deles possuem um vasto conhecimento na cura, que dependendo da casa ou da necessidade do assistido podem realizar o tratamento através de passes magnéticos, água fluidificada, podendo também usar ervas, fumaça, pedras, luzes e outras tantas técnicas que ainda não conhecemos.
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CANTINHO DA UMBANDA Como curiosidade ao leitor este mês trazemos uma simples explicação de quem são os Pretos e Pretas Velhas que nós ajudam tanto nos trabalhos Apometricos realizados na casa NEUTRA.
grande sabedoria e pureza em suas palavras. A linha dos Pretos- Velhos para alguns é considerada a Linha das Almas, das Almas Santas ou Africana, traduz em muito a Umbanda: Um estrangeiro trazido a uma terra desconhecida servindo de escravo e que tinha a sua liberdade tolhida em todos os aspectos, sendo rebatizado com nomes católicos e carregando profunda humildade. Apesar da Umbanda ser formada inicialmente pelo triângulo de forças: Caboclo, Preto-Velho e Crianças, acredito que essa linha dos sábios Vovôs e Vovós é a que mais representa os valores umbandistas.
Os Pretos- Velhos e as Pretas- Velhas fazem parte da origem da Umbanda e representam a ancestralidade e sabedoria. O segundo espírito a se manifestar em uma sessão umbandista – conduzida pelo Caboclo das 7 (Sete) Encruzilhadas – foi Pai Antônio, espírito este que se manifestava de forma diferente, trazendo certa humildade e subserviência, possivelmente representando o personagem que era quando encarnado como escravo em terras brasileiras. Mas, ao mesmo tempo que essa figura se mostrava humilde, pacata e até certo pontofrágil, também era possível antever
Carregado na mironga e no sotaque, sempre fazendo seus benzimentos típicos, vemos a confluência entre a cultura ancestral e tradicional com a temática católica, trazendo um universalismo primitivo incrível e eficaz. São os benzedores por excelência e é quase impossível não gostar de falar com um Preto-Velho. A cor mais utilizada nas velas e fitas dessa linha é o Branco, porém também podemos ver o uso de violeta, roxo e lilás. Algumas vertentes utilizam velas nessas cores e também velas bi- color (preta-e-branca). Na nossa tradição não se utilizam velas pretas, logo podemos usar a toda branca no lugar.
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Seus pratos ritualísticos são: Caruru, Mungunzá, Vatapá, Cuscuz, Bolo de Fubá, Pipoca, Bolo de Milho, Cural, Pamonha, Tutu de Feijão, Feijão Fradinho, Doce de Abóbora, Cocada, Rapadura e Batata Doce. Ainda podem receber coco seco, uvas verdes grandes, melão, pinha e pinhão.
SUGESTÃO DE LEITURA:
Suas flores geralmente são as brancas com muitas pétalas abertas, como crisântemo branco, margaridas, Azaléia branca, palmas brancas, dálias brancas. Usam como ferramentas o terço, a cruz, a pemba, a bengala, o chapéu de palha, o cachimbo, etc.
JORNAL AMPARO ESPIRITUAL
A saudação a essa linha é “Adorei as Almas” ou “Iaô Vovô, Iaô Vovó”.
Editores:
Então, nessa data em que é comemorada a promulgação da Lei Áurea, vamos render homenagens a aqueles que nos libertam da escravidão da vaidade e do orgulho todos os dias, com seus conselhos e broncas bem colocadas, sempre “comendo o mingau pelas beiradas”.
Roberto Bazzon – Coordenador Social da casa NEUTRA. Aparecida (Cida) – Coordenadora Social da casa NEUTRA.
Saravá a todos Pretos- Velhos e a todas Pretas- Velhas! Iaô Vovô e Iaô Vovó! “Agradecemos o autor do texto do cantinho da Umbanda deste mês: Patrick Seiler”.
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