Mandato em Movimento (vereador Toninho Vespoli)

Page 1

PSOL Mandato em VEREADOR

TONINHO VESPOLI

PSOL

Movimento

BOLETIM DO MANDATO DO VEREADOR TONINHO VESPOLI PSOL/SP • ABRIL DE 2013 | ANO 1 | NÚMERO 1

Direitos humanos pautam ações do mandato No primeiro trimestre, marcamos presença e posição em temas como internação compulsória, violência na periferia, cotas nas universidades estaduais, exclusão de moradores de rua, entre outros. Pag. 4

Em debate realizado na Câmara Municipal, lideranças discutiram as críticas ao PIMESP e a importância da implementação das cotas raciais nas universidades públicas estaduais.

Prefeitura ataca a educação pública Governo vetou Projeto de Lei que melhorava o plano de carreira do funcionalismo. Também propôs terceirizar parte do atendimento de creche. Somos contra e estamos atentos! Pag. 3

Câmara adia investigação de Aurélio Miguel Fomos o único partido a pedir a averiguação das denúncias de corrupção feitas pelo Ministério Público contra o vereador do PR. A Corregedoria da Câmara não quis assumir posição sobre o caso. Pag. 8

Plano Diretor discutirá a ocupação da sua cidade

Mudanças na Inspeção Veicular deixam a desejar

Trabalharemos para garantir que São Paulo atenda aos interesses do povo. Mas a sociedade deve participar, pois será um difícil jogo de forças, que envolve grandes interesses empresariais. Pag. 6

O Projeto de Lei da Prefeitura foi aprovado às pressas e sem debate. Nós votamos contra porque identificamos falhas graves, e propusemos emendas em defesa de uma inspeção pública e gratuita. Pag. 7

Atividade Legislativa

Conheça e acompanhe nossos Projetos de Lei

Pag. 2

Editorial Somos um mandato independente, a serviço da população Pag. 2


Editorial

Um mandato independente, a serviço da população

Toninho Vespoli e Ivan Valente levam seus mandatos à rua.

Graças à confiança de nossos eleitores, pela primeira vez o PSOL conquistou uma cadeira na Câmara Municipal de São Paulo, representado pelo vereador Toninho Vespoli. Neste primeiro jornal do mandato trazemos um balanço dos meses iniciais de trabalho. Com isso, esperamos prestar contas e estabelecer um contato mais transparente com toda a população.

Em janeiro, lançamos a candidatura de Toninho à presidência da Casa*, que fez oposição à candidatura única do vereador José Américo (PT), do mesmo partido do prefeito Fernando Haddad. Nosso objetivo foi garantir que a Câmara tivesse autonomia em relação ao Executivo. Não ganhamos, mas marcamos o tom da nossa atuação nessa legislatura. Somos um mandato independente, pois fomos eleitos sem o financiamento de empresas e sem coligação com “legendas de aluguel”. Não temos “rabo preso” com os poderosos e não fazemos alianças baseadas em troca de cargos e favores. Nossas atividades, descritas nas próximas páginas, mostram que estamos do lado do povo, principalmente dos mais pobres; agindo em defesa da educação pública de qualidade; dos direitos

humanos; de uma cidade democrática e socialmente justa. Também zelamos pela ética e transparência na Câmara Municipal. A cada três meses, publicaremos um informativo impresso, permitindo que a população, além de acompanhar nosso trabalho, utilize o material para debater em suas comunidades os assuntos relacionados à capital paulista. Lembramos que sozinhos não conseguiremos nada, por isso o envolvimento da população em nossas lutas será bem-vindo e fundamental. Contamos com vocês. *

Casa, Parlamento ou Legislativo são todas maneiras de se referir, em nível municipal, à Câmara de São Paulo, instituição onde os vereadores se reúnem para formular e debater Projetos de Lei e questões relativas à cidade.

Atividade Legislativa

Demandas sociais viram Projetos de Lei Diversas demandas trazidas pelos movimentos sociais estão servindo de base para formularmos Projetos de Lei. Abaixo você confere quais já foram propostos e o que vem por aí. Projeto

*

Descida fora do ponto para deficientes

Número

Descrição

Situação

PL 73/2013

Assegura às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida que utilizam o transporte coletivo municipal o direito de desembarcar entre os pontos de ônibus

Já foi aprovado em 1ª votação e passará pela 2ª.

Criação de residências inclusivas

PL 72/2013

Busca criar um programa de residências inclusivas, desvinculadas de instituições privadas, com o objetivo de abrigar pessoas com mobilidade reduzida, como idosos ou deficientes.

Já foi aprovado em 1ª votação e passará pela 2ª.

Limite para aumento do salário dos vereadores

PLO*** 4/2013

O projeto visa a estipular um limite para o aumento do salário dos vereadores de São Paulo, tendo como teto a inflação acumulada no período.

Já foi protocolado e ainda deve ser aprovado pelas comissões antes de ser votado

Limite de alunos em sala de aula

PL 270/2013

Determina que as salas de aula das escolas municipais tenham no máximo 20 alunos.

Já foi protocolado** e ainda deve ser aprovado pelas comissões antes de ser votado.

**Protocolar um Projeto de Lei significa formalizar, por meio de um documento, sua entrega ao departamento responsável na própria Câmara, garantindo que esse procedimento foi de fato realizado. *** PLO ou Projeto de emenda à Lei Orgânica do Município

Presença em comissões As comissões de Direitos Humanos e de Educação, Cultura e Esporte contam com a nossa participação. A presença de Toninho Vespoli em ambas será de grande 2

Jornal do mandato Toninho VEspoli PSOL/SP

importância para que consigamos levar à votação projetos que realmente atendam às necessidades da população e dos movimentos sociais.


Educação e funcionalismo

Prefeitura ameaça educação pública e seus funcionários Governo vetou Projeto de Lei que melhorava o plano de carreira do funcionalismo. Também propôs terceirizar parte do atendimento de creche. Somos contra e estamos atentos. Desde o início do ano, o prefeito Fernando Haddad tomou iniciativas que são verdadeiros ataques à educação pública. Primeiro, anunciou a ideia de destinar dinheiro público a empresas privadas para criarem creches e atenderem os filhos de seus funcionários. Depois, vetou diversos artigos do Projeto de Lei* (PL) 310/12, que alterava o plano de carreira dos professores da rede municipal, criando mais duas referências salariais, e expressava acordos feitos entre os professores e a Prefeitura depois da greve de 2012. Em seguida, o Executivo** enviou à Câmara o PL 48/13 que reapresentou alguns dos artigos vetados sobre as duas referências salariais, mas alterou os critérios para atingi-los, de modo que os profissionais só poderiam conquistar o topo da carreira após 28 anos de trabalho. Com isso, as professoras, que podem se aposentar após 25 anos de serviço, enquanto os homens precisam de 30 anos, seriam obrigadas a trabalhar por mais três anos para se aposentarem com o valor máximo. É um absurdo que se obrigue as professoras a abrirem mão de um direito, para que consigam conquistar outro. Vamos continuar na luta pela derrubada dos vetos ao PL 310/12 para garantir que as conquistas dos trabalhadores sejam respeitadas.

Terceirização de creches O projeto que prevê a “terceirização” das creches é outro ataque sério à educação pública. A medida transfere a responsabilidade do poder público de criar

Em plenária, vereadores se reuniram para discutir projetos relacionados à educação. No centro da foto, Toninho Vespoli.

É um absurdo que se obrigue as professoras a abrirem mão de um direito, para que consigam conquistar outro

que depende de creches mora na periferia. Isso obrigaria pais e mães a atravessarem a cidade levando suas crianças no transporte público lotado. Será que é isso que elas reivindicam?

*

e ampliar as suas unidades diretas. Isso pode resultar em uma precarização imensa do serviço e, por outro lado, pagar às empresas pelo que elas já deveriam cumprir, conforme previsto nas leis trabalhistas. Além disso, a maioria das empresas fica na região central, enquanto que boa parte das famílias

Servidores municipais estão com salários defasados Nos últimos anos o funcionalismo municipal vem recebendo reajuste salarial de apenas 0,01%. Em pronunciamentos no plenário, Toninho Vespoli denunciou a situação e manifestou nosso apoio à categoria. Boas condições de trabalho e valorização dos profissionais são fundamentais para que o poder público ofereça serviços de qualidade à população. Esperamos que o governo estabeleça uma negociação efetiva com o funcionalismo.

*PL ou Projeto de Lei é um texto que contém uma proposta de lei, podendo ser elaborado pelos vereadores, pelo prefeito ou até mesmo pela iniciativa popular. Depois de formulado, ele é submetido a votação pelos vereadores na Câmara Municipal. ** O poder Executivo municipal, centralizado na figura do prefeito, é o responsável por viabilizar e implementar as leis aprovadas, além de cuidar da administração do município.

O que é Executivo, Legislativo e Judiciário? Organizados para evitar a centralização do poder nas mãos de uma única instituição, os três poderes que compõe o Estado democrático são: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. No município, eles são representados respectivamente pela Prefeitura e pela Câmara Municipal. Não existe poder Judiciário na esfera municipal, ele é estadual ou federal. Enquanto o Legislativo propõe e aprova as leis, o Executivo é responsável por viabilizá-las e administrar o espaço público, e ao Judiciário cabe garantir que essas leis sejam cumpridas.

abril DE 2013

3


Direitos Humanos

Firmes e presentes na de No primeiro trimestre de 2013 o mandato do vereador Toninho Vespoli atuou intensamente em pautas posição em situações que trataram de internação compulsória, violência na periferia, cotas em

Em debate realizado na Câmara Municipal, lideranças discutiram as críticas ao PIMESP e a importância da implementação das cotas raciais nas universidades públicas estaduais.

Internação compulsória não salva Já no mês de janeiro entramos com uma representação no Ministério Público Estadual contra as medidas do governo do Estado de São Paulo para acelerar a internação compulsória dos usuários de drogas, notadamente na região da Luz, conhecida como “cracolândia”. Acreditamos que essa é uma medida que busca fazer uma limpeza social na cidade, desconsiderando aspectos clínicos e humanitários. Profissionais da área da saúde mental, com uma visão mais moderna sobre a questão, garantem que a exclusão do usuário do convívio social não é eficaz, pois após o período de internação há altos índices de reincidência do uso da droga. O mais importante é que haja um trabalho de reinserção social e o acompanhamento psicológico constante do doente e sua família. Endurecer as políticas de segurança não é a saída. É preciso uma atenção integral ao usuário, baseada no respeito aos seus direitos e liberdade individual.

Homenagem à ROTA, não! No mês de março repudiamos o projeto do vereador Coronel Telhada (PSDB) para a Câmara Municipal homenagear a ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) com uma “Salva de Prata”. É inadmissível que uma instituição que tem sua história atrelada à repressão e à ditadura militar possa receber uma horaria da casa do povo. No pronunciamento feito por Toninho Vespoli no plenário, denunciamos o envolvimento da ROTA em assassinatos de opositores da ditadura, como Carlos Lamarca e Marighella. Também citamos o massacre de civis que ocorre atualmente na periferia, vitimando principalmente os jovens, pobres e negros. O discurso gerou um intenso debate entre os vereadores e resultou no recuo

4

Jornal do mandato Toninho VEspoli PSOL/SP

de Telhada, que decidiu rever a justificativa da homenagem. Seja ela qual for, somos contra. Nossa luta é para que se busque a verdade sobre as atrocidades e mortes cometidas pela Polícia Militar em São Paulo.

Cotas raciais já! Nosso mandato abriu as portas da Câmara, em fevereiro, para a realização da plenária que rejeitou o PIMESP (Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista) apresentado pelo Governo do Estado como alternativa para a implementação das cotas raciais nas universidades públicas. A principal crítica foi em relação ao “college”, uma espécie de curso de nivelamento à distância que os estudantes cotistas teriam de cursar por dois anos antes de ingressar na USP, Unicamp ou Unesp. O sistema é claramente discriminatório e visa a dificultar o acesso dos jovens negros às universidades públicas. Não aceitaremos!

O povo veste bermuda e chinelo Após barrar a entrada de pessoas de chinelo e bermuda, a Câmara de São Paulo liberou, em fevereiro, a entrada com esses trajes no prédio, desde que a pessoa se identifique e seja recebida por um vereador ou funcionário. A decisão foi tomada após reunião da presidência da casa com representantes de movimentos dos sem-teto, que contaram com o apoio de Toninho Vespoli. “Essa é a Casa do povo, e o povo veste bermuda e chinelo. O pobre não oferece perigo nem desrespeita ninguém pela roupa que veste. O papel do vereador é receber e dialogar com a população, independentemente da roupa que esteja usando”, afirmou o parlamentar do PSOL.


fesa dos direitos humanos que envolvem os direitos humanos em diversas áreas. Participamos de debates e marcamos universidades estaduais, exclusão de moradores de rua, entre outras. Aqui você confere os destaques. ACONTECEU... Apoio aos Xavante e D. Pedro Casaldáliga Mais de 300 pessoas participaram, no dia 7 de fevereiro, do Ato em solidariedade a D. Pedro Casaldáliga e ao povo Xavante de Mato Grosso, realizado na Câmara Municipal de São Paulo com o apoio do nosso mandato. Lideranças compareceram ao ato realizado em Estiveram presentes homenagem a D.Pedro Casaldáliga representantes de pastorais, personalidades políticas, entidades do movimento sindical e popular, entre outros. Na ocasião, o bispo e lideranças indígenas estavam sendo ameaçados de morte por latifundiários da região, que se negavam a acatar a decisão da Justiça para desocupar as terras dos Xavante, usurpadas desde 1966.

Debate sobre violência urbana O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ), o jornalista Leonardo Sakamoto e o membro do Círculo Palmarino e jornalista Estiveram no debate (esq. p/dir.) Toninho Vespoli, Zezinho, Ivan Valente, Freixo, Juninho e Sakamoto.

Juninho participaram, no dia 17 de março, de um debate sobre violência urbana na Câmara Municipal de São Paulo. A atividade abriu a programação do Acampa JSOL e contou com o apoio do nosso mandato. Os integrantes da mesa falaram sobre as diferentes formas de violência física e psicológica, e denunciaram que as principais vítimas nas grandes cidades são a população da periferia, jovens, negros, mulheres, homossexuais e imigrantes.

Resistência ao fechamento do SAID Ainda na área do atendimento a usuários de drogas, estivemos envolvidos, em fevereiro, no ato contra as demissões de funcionários e fechamento do Serviço de Atenção Integral ao Dependente – SAID, promovidos pelo Hospital Samaritano, então responsável pela gestão do equipamento da Secretaria de Saúde. A Comissão da unidade agradeceu o apoio de Toninho Vespoli.

Dia Internacional da Mulher O PSOL marcou presença no ato do Dia Internacional da Mulher, realizado em 8 de março, que contou com a participação de movimentos sociais, sindicais, partidos políticos e da população. A atividade teve início na Praça da Sé e seguiu em caminhada até a Praça da República.

Samba na Santa Cecília O grupo de samba Filhos da Toninho Vespoli cumprimenta ativista Santa está reivindicando o uso de uma área pertencente à prefeitura para promover atividades culturais gratuitas no bairro Santa Cecília. Nosso mandato está intermediando o diálogo em favor do grupo junto à Subprefeitura da Sé.

abril DE 2013

5


Políticas urbanas

Revisão do Plano Diretor essa luta também é sua

O documento traz regras para a ocupação dos espaços da cidade, como construção de moradias populares, mobilidade, indústrias, espaços de lazer, etc. Trabalharemos para garantir que São Paulo atenda aos interesses do povo. Mas a sociedade deve participar do processo, pois se dá em um difícil jogo de forças, que envolve grandes interesses empresariais.

Ao longo deste ano, os vereadores, a Prefeitura e a sociedade civil organizada têm como uma de suas prioridades debater a revisão do Plano Diretor. O documento, que vale por dez anos, traz regras para a ocupação dos espaços da cidade, como construção de moradias populares, indústrias, comércios, espaços de lazer, entre outros. O atual Plano Diretor de São Paulo foi regulamentado em 2004 e vence em 2014. Por isso, as discussões para a elaboração de um novo plano ocorrerão ao longo deste ano.

Nosso mandato trabalhará para garantir que o espaço da capital paulista atenda aos interesses do povo e não do setor imobiliário e das montadoras de veículos, que financiaram a candidatura de diversos vereadores. A campanha do PSOL não recebeu dinheiro de empresas privadas e por isso só tem um lado a defender, o da população. Mas não conseguiremos nada sozinhos. A sociedade deve ficar atenta às Audiências Públicas, procurar entender e participar do debate. Esse processo se dá em um difícil jogo de forças, que envolve muito dinheiro e grandes interesses empresariais.

Disputa pelo espaço de São Paulo Os fatos abaixo apresentam conflitos atuais entre a população, o governo e o setor privado para ocupar as áreas da cidade. Esses são apenas alguns exemplos de como o Plano Diretor impacta nosso cotidiano. Justiça censura movimento social Em março, Toninho Vespoli denunciou no plenário a censura da Justiça ao movimento “O outro Lado do Muro-Intervenção Coletiva”, que se opõe à construção de um condomínio de luxo na Vila Mariana pela empresa Mofarrej Empreendimentos. O líder do movimento, Ricardo Fraga Oliveira, foi proibido de postar na internet qualquer manifestação contrária à obra e de realizar atos defronte ao imóvel, sob pena de multa de R$ 10 mil.

6

Jornal do mandato Toninho VEspoli PSOL/SP

Apoio ao Movimento Passe Livre Para enviar à Câmara o Projeto de Lei da Tarifa Zero no transporte público municipal, o Movimento Passe Livre (MPL) precisa coletar 500 mil assinaturas. O mandato do Vereador Toninho Vespoli apoia a gratuidade do transporte público, e por isso também se incorporou à campanha do MPL, auxiliando a coleta de assinaturas para que esse PL seja discutido na Câmara.


A inspeção veicular ainda precisa ser debatida com atenção O Projeto de Lei da Prefeitura foi aprovado. Nós votamos contra porque identificamos falhas graves, e apresentamos duas emendas em defesa da inspeção pública e gratuita.

Reintegração de posse no Jd. Iguatemi No dia 26 de março, a Polícia Militar atuou de forma truculenta para retirar famílias de uma área no Jardim Iguatemi, na Zona Leste. A Prefeitura intercedeu e solicitou à Justiça a suspensão da reintegração de posse, anunciando o início do processo de desapropriação do terreno. Em pronunciamento, manifestamos nossa solidariedade às famílias do Jardim Iguatemi e disponibilizamos o apoio do mandato.

Zona Leste reivindica criação de parque Diversos movimentos sociais encamparam um abaixo-assinado para dar origem a um Projeto de Lei de Iniciativa Popular que crie o Parque Municipal Morro do Cruzeiro. Se efetivada, a iniciativa, que também conta com o nosso apoio, beneficiará principalmente a população mais pobre dos bairros do Iguatemi e São Rafael, na Zona Leste, onde faltam infraestrutura e opções de lazer e cultura. Atualmente existem pressões de diversos setores para que a área dê lugar a depósitos de lixo, cemitérios e outras atividades degradantes.

Em março, votamos contra o Projeto de Lei substitutivo do governo sobre a Inspeção Veicular, aprovado pela maioria dos vereadores. Apesar de haver concordância em relação ao fim da cobrança da taxa, identificamos diversas falhas que o projeto apresentava, e ainda apresenta. A maioria dos paulistanos já paga muitos tributos, e nesse sentido o descontentamento em relação à taxa é muito justo. No entanto, não se pode reduzir o debate a esse ponto. Um problema que destacamos foi em relação às empresas encarregadas de realizar a inspeção. Não acreditamos que solução esteja em substituir a Controlar por diversas empresas autorizadas, como foi aprovado. Isso porque se criará um desafio ainda maior em termos de fiscalização. Apresentamos então uma emenda ao Projeto do Executivo, que foi rejeitada, propondo que o serviço fosse realizado em centros públicos, e sem a cobrança de taxa. O custo da inspeção poderia ser pago por meio da gestão do dinheiro que já é arrecadado pelo município, como, por exemplo, com multas, sem necessariamente onerar quem não tem carro. O segundo problema diz respeito aos critérios utilizados para se determinar a periodicidade e a frota-alvo a ser inspecionada, sem nenhum embasamento científico. Apresentamos uma outra emenda para que o Plano de Controle de Poluição Veicular de São Paulo, que deverá ter como base um estudo científico prévio, voltasse à Câmara para votação. Mais uma vez, não foi aprovada. Vale ressaltar que a Prefeitura apresentou o projeto substitutivo na última hora, dificultando o conhecimento do conteúdo e o debate. Ou seja, já deu mostras de como lidará com a Câmara e de sua falta de democracia.

Operação Urbana Água Branca A Câmara Municipal aprovou em abril, em primeira votação, o PL 505/12, que revê a Operação Urbana Água Branca. Dos 39 vereadores presentes, apenas Toninho Vespoli votou contra. O texto aprovado aumenta em 650 mil m² o potencial adicional de construção a ser vendido pela Prefeitura. Mais uma vez a ampliação dos lucros do setor imobiliário foi colocada à frente dos interesses da população. O projeto ainda precisa ser aprovado em segunda votação para entrar em vigor.

abril DE 2013

7


Ética e transparência

Câmara adia investigação de Aurélio Miguel O pedido de investigação que fizemos não foi enviado para votação, e a Câmara deixou de dar uma resposta à sociedade Em fevereiro, protocolamos na Câmara Municipal um pedido de investigação de quebra de decoro parlamentar pelo vereador Aurélio Miguel (PR), após ser denunciado, no mesmo mês, pelo Ministério Público* (MP). As acusações foram amplamente divulgadas pela imprensa e, se comprovadas, caracterizariam corrupção e improbidade administrativa. Segundo a Promotoria, Aurélio Miguel recebeu propina para não denunciar na CPI** do IPTU, que presidia na Câmara, irregularidades relativas a shoppings do grupo Brookfield. Inicialmente, a Corregedoria da Câmara não aceitou nosso pedido alegando que não anexamos ao pedido provas contra o acusado. Justificou ainda que as notícias veiculadas pela imprensa não eram suficientes para que a Casa averiguasse se houve quebra de decoro parlamentar. Por fim, argumentou que o correto seria aguardar a decisão da Justiça sobre as denúncias feitas pelo MP. A investigação ficou então “em suspenso” A decisão da Corregedoria contrariou as suas próprias normas, pois deveria acolher nosso pedido e encaminhá-lo para o plenário para votação. Além disso, nossa solicitação referia-se a quebra de decoro em nada confundindo-se com o processo que corre na Justiça.

Toninho Vespoli protocolou pedido de investigação sobre quebra de decoro parlamentar do vereador Aurélio Miguel

“Alguns dos casos de corrupção mais notórios no último período terminaram com a cassação de mandatos parlamentares, sem que houvesse uma decisão final da Justiça, já que ficou comprovada a quebra de decoro”, afirma Toninho Vespoli. Decoro parlamentar é a preservação da respeitabilidade do parlamento, e somente o parlamento pode decidir se um membro atinge negativamente a imagem e a honra da Casa. Além disso, a opinião pública não necessita de provas irrefutáveis acerca de determinado episódio para que forme um juízo de valor sobre a confiabilidade do parlamento. “Alguns dos casos de corrupção mais notórios no último período terminaram com a cassação de mandatos parlamentares, sem que houvesse uma decisão final da Justiça, já que ficou comprovada a quebra de decoro”, afirma Toninho Vespoli. No fim de março, o Ministério Público enviou à Câmara as provas que tinha contra Aurélio Miguel. Desde então estamos aguardando a Corregedoria reavaliar se enviará para votação nosso pedido de

investigação. Isso porque a documentação retira o argumento do órgão de que faltavam provas contra o acusado. Caso neguem novamente, avaliaremos quais são as medidas cabíveis para que se dê continuidade ao processo. Continuaremos atuando para que o Legislativo municipal tenha a ética e o compromisso público como princípio e diretriz. *

*Ministério Público é o órgão responsável por fiscalizar a lei com foco na defesa dos interesses sociais e individuais. Uma das suas atribuições é denunciar casos de corrupção ao poder Judiciário. ** CPI ou Comissão Parlamentar de Inquérito é uma comissão que conduz investigações dentro do Poder Legislativo, em geral, sobre assuntos relacionados ao próprio parlamento.

O que faz um vereador? O vereador deve trabalhar para melhorar a qualidade de vida da população, recebendo o povo e atendendo às suas reivindicações. Entre suas atividades estão: R eceber denúncias sobre o não cumprimento de um serviço público e cobrar a autoridade responsável;

VEREADOR

TONINHO VESPOLI

PSOL

8

 Ser um mediador entre a população e o prefeito;  Ajudar o cidadão a obter serviços públicos orientando e prestando

informações;  Elaborar leis;  Fiscalizar e cobrar ações da prefeitura.

Saiba mais em:

www.toninhovespoli.net.br  toninhovespoli@gmail.com  facebook.com/toninho.vespoli  twitter.com/ToninhoVespoli Gabinete: Viaduto Jacareí, 100, 3º andar, sala 304  Tel. 3396-4879 Escritório Político: R. Nova Timboteua, 40, V. Industrial (Prox. ao Supermercado D’Avó)  tel. 2269-6170

Jornal do mandato Toninho VEspoli PSOL/SP


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.