Antigo Egito
Egito: três mil anos de grandiosidade A civilização egípcia antiga se desenvolveu no nordeste africano, às margens do rio Nilo, entre 3200 a.C a 32 a.C. Os progressos foram notáveis entre os egípcios, tanto nas artes, nos ofícios e até em algumas ciências. Instrumentos, armas e ornamentos eram habilmente confeccionados em pedra,cobre e ouro.
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Os egípcios criaram, entre outras coisas, um eficiente sistema de irrigação, de saneamento de terras pantanosas e confecção de tecidos de linho de superior qualidade. Desenvolveram ,também, um sistema de leis baseadas nos costumes, assim como o sistema de escrita e o primeiro calendário solar da história da humanidade.
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A sociedade egípcia era dividida em várias camadas, sendo o faraó a autoridade máxima, considerado um deus na Terra.
Povo politeísta e crente na vida após a morte Os egípcios acreditavam na existência de vários deuses (eram politeístas), os quais tinham as mesmas virtudes e vícios humanos, mas ,também, certas características animais que interferiam na vida das pessoas.
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Acreditavam na vida após a morte e, por isso, mumificavam os cadáveres dos faraós colocando-os em mástabas, posteriormente, nas pirâmides, com todos os seus pertences e servos com o objetivo de preservar o corpo para quando este ressuscitasse. A vida após a morte seria definida, segundo as crenças egípcias, pelo deus Osíris, em seu tribunal de julgamento: o coração do defunto era pesado pelo deus da morte, Anúbis, que mandava para uma vida na escuridão, aqueles cujo órgão estava “pesado”, e, para uma outra vida boa, aqueles de coração “leve”.
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Muitos animais ,também, eram considerados sagrados nessa época, de acordo com suas características: gatos, crocodilos, cobras, águia, touro, vaca, leões, chacal, falcão...
Arte egípcia: simbólica por excelência A arquitetura, a pintura e as outras artes, no Egito Antigo, não foram apenas inspiradas pela religião – eram inseparáveis dela. A arte egípcia era, por isso, profundamente simbólica. Todas as representações eram repletas de significados que ajudavam a caracterizar as figuras, a estabelecer níveis hierárquicos e a descrever melhor as situações.
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A hierarquia social e religiosa traduziu-se, na representação artística, ao serem atribuídos variados tamanhos às diferentes personagens, conforme sua importância na escala social: o faraó, portanto, era sempre aquele representado com a figura maior, dentro de uma cena. Na arte egípcia não havia representação de perspectiva, como concebemos hoje: as figuras eram representadas em duas dimensões e as imagens apareciam em camadas enfileiradas ou então rebatidas para os lados.
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Leis rigorosas usadas na representação do corpo humano O corpo humano, especialmente o de figuras importantes, era representado utilizando dois pontos de vista simultâneos, de modo a oferecer maior informação e mostrar a dignidade da personagem: os olhos, ombros e tórax eram colocados vistos de frente; a cabeça e as pernas, vistos de perfil.
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Na arte egípcia, a representação por inteiro da figura humana organizava-se segundo a chamada “regra de proporção”, um rígido quadriculado com dezoito unidades, sendo cada quadro com a medida do seu lado igual à do dedo anular, o que garantia uma repetição rigorosa da forma ideal egípcia, em quaisquer escalas e posições. O artista egípcio apreciava muito as cores. As estátuas, os afrescos, o interior do templos e dos túmulos eram extremamente coloridos. As cores não cumpriam apenas a sua função primária de decoração, mas encontravam-se carregadas de simbolismo.
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Arquitetura era monumental Os egípcios foram grandes construtores. Construíram palácios monumentais, templos e túmulos. Para eles o túmulo era o seu castelo para a eternidade e deveria durar para sempre. Por isso usavam, nessas construções, materiais de extrema duração, como a pedra. http://www.bepeli.com.br/artes/arte_egipcia /monumentos_escultura/Gize-piramides.jpg
Já o mesmo não acontecia com suas casas, pois eram feitas de tijolos e precisariam durar apenas uma vida. Até hoje a arquitetura do Egito Antigo – com suas pirâmides e templos – é admirada, pelas dimensões, engenhosidade, criatividade e beleza.
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A mulher em situação de igualdade com o homem
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A civilização egípcia, ao contrário de muitas outras civilizações, não via suas mulheres como cidadãs de segunda classe, seres inferiores, ou meros objetos de propriedade dos pais e maridos.
Na sociedade egípcia a mulher possuía um status que só foi recuperado muito recentemente na História, sendo tratadas com respeito e igualdade em relação aos homens.
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O artista – s-ankh: o que dá vida Os criadores da Arte egípcia chegam aos dias atuais, em sua maioria, anônimos. O artista egípcio não impunha um sentido de individualidade em sua obra, pois efetuava o trabalho de acordo com a encomenda, raramente assinava o trabalho final e sempre cumpria com as limitações de criatividade impostas pelas regras estéticas.
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Entretanto, o artista era visto como um indivíduo com uma tarefa divina importante a executar. Para tanto necessitava de contato com o mundo divino para poder receber sua força criadora. Sem isso não seria possível tornar visível, através de sua arte, o conteúdo espiritual, o invisível. O próprio termo para designar este executor, s-ankh, significava, para os egípcios, “aquele que dá vida”!
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Música e dança acompanhavam as cerimônias
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No Antigo Egito, a música e os músicos gozavam de grande prestígio dentro da comunidade. Tanto na música religiosa, quanto na de guerra , assim como na recreativa, os egípcios davam preferência às expressões elevadas e serenas, dando-lhes destaque no culto aos deuses, nos banquetes e cerimônias. A música era praticada em coletividade, inclusive, com a participação feminina. No Egito, a religião exerceu grande influencia na dança, na música como em todas as demais artes.
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Vinte séculos antes da era cristã, já se realizavam, danças em homenagem ao deus Osíris, deus da agricultura e da fertilidade.
Prática de leitura, escrita e atividade física entre os jovens No Egito Antigo, a escrita (hieroglífica) tinha grande importância no desenvolvimento de atividades de cunho sagrado e no registro do cotidiano. A figura do escriba ocupava uma posição respeitável ao lado de altos funcionários, sacerdotes e generais. http://resistir.info/financas/i magens/cuneiform.jpg http://www.brasilescola.com/upload/e/Escrit a%20Egipcia%20-%20BRESCOLA.jpg
Os jovens egípcios, bem cedo, eram introduzidos no conhecimento da escrita e da leitura. Embora se acredite que o povo grego tenha sido o primeiro a praticar e organizar competições físicas, no entanto, as representações de cenas esportivas que aparecem nas paredes das tumbas, templos, obeliscos e vasos, provam que foram os antigos egípcios os precursores de muitos dos esportes praticados atualmente.
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Higiene e cuidado com o corpo Tanto os homens quanto as mulheres do Antigo Egito davam grande valor à aparência física. Hábitos de higiene e cuidados com a aparência ocupavam boa parte do tempo de homens e mulheres. As pinturas nos túmulos mostram o seu cuidado com a moda: perucas, maquilagem e vestuário. Os cosméticos não eram considerados supérfluos, mas uma necessidade do dia a dia e até mesmo profiláticos. http://www.fatimamarchi.com.br/templates/midia/egit o07.jpg
O barbear e o depilar eram cuidados frequentes. As mulheres mantinham os cabelos curtos, muitas vezes raspados como os dos homens. Havia também o hábito do banho, e, apesar de os antigos egípcios não conhecerem o sabão, o substituíam por uma solução sódica. A hena era utilizada para escurecer o cabelo, tingir as unhas e pintar o corpo. Damas abastadas possuíam servas que auxiliavam nesses cuidados diários.
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A nudez não era considerada um tabu, por isso tanto homens quanto mulheres poderiam ser retratados nus, sendo que a nudez parcial revelava nas pinturas, o status social as pessoa.