Cacicão nº0

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cacicao jornal

NºZERO

publicação mensal

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Director: David Sousa Pinheiro // Rua do Arneiro, nº 3, 2070-352 Lapa Cartaxo // Telem. 912 334 728 // geral.cacicao@gmail.com // www.cacicao@com // 2 €

Álvaro Amaro e o papel das Federações

Monográfica do Perdigueiro Português

Presidente da CNCP quer facilitar o sistema de acesso às cartas de caçador. p04-05

Provas de morfologia e de trabalho dominaram a Monográfica do Perdigueiro Português, na Companhia das Lezírias. p20

Podengo português, um cão nascido para caçar O Podengos Português com origem na antiguidade e trazido para a Península Ibérica pelos fenícios, gregos e romanos, é a raça canina portuguesa mais implantada em território nacional. Nascido para caçar é um companheiro fiel em jornadas de caça ao coelho, maticando sempre no seu enlace e que começa a ser muito utilizado na caça maior. Fique a conhecer esta raça tradicionalmente portuguesa que possui três tamanhos e duas variedades de pêlo. p12-15

as últimas montarias do ano em destaque p6-08 Santarém recebe mais uma edição da expoCaça p10 consultório médico p22 espaço do leitor p24-26 outros prazeres p28-29 classificados p30

As exposições caninas em fotografia

p16-17

Campeonatos de Galgos cada vez mais populares As Associações Galgueiras do Norte, Centro e Sul disputam corridas de Galgos à Pele, uma modalidade que ganha cada vez mais aficionados um pouco por todo o país. p18-19

O coelho bravo, gestão para o futuro

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12-20

cães 22

saúde 24-26

leitor 28-29

outros prazeres 30

classificados

ficha técnica Propriedade Cacicão Produções Unipessoal, Lda Rua do Arneiro, nº3, 2070-352 Lapa Tel: 243 709 148 NIF: 510 512 763 Nº1 Maio 2013 Diretor: David Pinheiro Colaboradores: Ana Catarina Alves, Catarina Ferreira, Gil Coelho, J. Pinto Ângelo, Sérgio Carriço, Tiago Honrado, Vitor Veiga Publicidade: Vânia Clemente Assinaturas: 243 709 148 Paginação: Cacicão Projecto gráfico: António Vieira Impressão: Grafedisport, SA Tiragem deste número: 10000 ex. Periodicidade: Mensal Preço (iva inc.): 2,50€ Cont. ERC 126349 Depósito Legal: 358981/13

editorial

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caça

sumário

04-11

Chegou o Jornal Cacicão

É

com agrado que vejo nascer o Jornal Cacicão. Um jornal pensado há vários meses e que desde então nos tem levado parte do tempo em teorias sobre o que os caçadores/leitores gostariam de ver/ler. Sei que ainda temos muito a melhorar, ainda assim arriscámos e demos o nosso melhor para esta primeira edição, ao conceber este jornal que pretende abordar temas como a caça, os cães e os acessórios. Queremos dar notícias sobre caça maior e caça menor, na canicultura arriscar especiais sobre raças portuguesas, acompanhar monográficas e provas de parar, esclarecer questões de saúde animal, trazer as mais recentes novidades sobre armas e munições e dar a conhecer as histórias dos nossos leitores. Assim será o Cacicão. Não queremos ser mais um jornal, queremos ser “o” jornal de eleição dos amantes da caça e do tiro. Sei que esta não é tarefa

fácil, mas nada se consegue sem esforço, trabalho e dedicação, é por isso que contamos com a ajuda de todos vós para tornar este jornal diferente, com temas actuais e adaptados ao contexto da caça em Portugal. Tudo isto numa altura em que a caça parece ser um sector esquecido pelas autoridades competentes no nosso país, mesmo quando é um sector fonte de riqueza. Há que garantir o peso social deste sector, aproximá-lo das camadas jovens, dos associados e das associações, há que revitaliza-lo e encará-lo como fonte de desenvolvimento económico e social, principalmente junto das zonas rurais. Temas que gostaríamos de vir a abordar em edições seguintes, sinal de que haveria mudanças no sector e que o Jornal Cacicão continuaria de pé! Desejo para que assim seja! David Sousa Pinheiro director

Estatuto editorial • O Jornal Cacicão é um projecto profissional de informação especializada mensal, nas áreas da caça, cães e acessórios e da generalidade de acontecimentos que directamente influenciem estas áreas. Existe para servir os leitores e para lhes ser útil na tomada de decisões profissionais e pessoais e é exclusivamente com eles que estabelece esse compromisso.

prevalece sobre os interesses de grupos organizados, o comércio sobre qualquer forma de proteccionismo. Defende que o Estado deve ter a mínima interferência nos assuntos de mercado e na esfera empresarial, devendo garantir os direitos dos mais desprotegidos, através da regulação, fiscalização e punição dos faltosos.

• É um jornal independente dos poderes político, económico, religioso ou de qualquer outro grupo de pressão.

• O Jornal Cacicão faz do rigor, da seriedade e da honestidade intelectual o seu activo principal. Rejeita o sensacionalismo e o facilitismo na procura e tratamento da informação.

• O Jornal Cacicão tem como princípio geral a defesa da liberdade. Considera que a liberdade

• O Jornal Cacicão não abdica de ter opinião,

tomar posição e promover o debate. Estes serão, no entanto, sempre claramente identificados como tal e não se podem confundir com a matéria informativa. • O Jornal Cacicão define as suas prioridades informativas exclusivamente por critérios de interesse público, de relevância e de utilidade da informação e rejeita qualquer tipo de censura ou limitação à liberdade de informar. • O Jornal Cacicão compromete-se a estar na vanguarda das últimas tendências editoriais e tecnológicas, para melhor servir os seus leitores.

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cacicao JULHO 2013

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caça

entrevista

Álvaro Amaro diz que é preciso valorizar a caça enquanto recurso, e tentar uma desburocratização do sistema de acesso à prática da caça.

Valorizar as Federações Álvaro Amaro quer reafirmar o papel da Confederação VÂNIA CLEMENTE

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uais as razões que o levaram a candidatarse a Presidente da C.N.C.P? A primeira das razões foi sem dúvida o convite de todas as Federações Regionais e o natural estímulo que constitui o inequívoco apoio que recebi dos dirigentes, incluindo naturalmente a do Presidente da Confederação, Vitor Palmilha que é hoje o Presidente da Assembleia Geral. A segunda razão foi o meu imperativo de consciência no sentido de dar o meu contributo para este sector nem sempre reconhecido pela sua dimensão económica, cultural e social. Quais os seus objectivos enquanto presidente da C.N.C.P? Desejo sinceramente reafirmar o papel da Confederação como parceiro social, valorizando cada

vez mais o trabalho das federações em cada uma das regiões. Desejo igualmente que seja possível uma maior convergência entre todos os agentes que defendem a actividade cinegética. Desde 1986 que se fez uma grande reforma na caça e na sua organização, mas a verdade é que o número de praticantes diminui para cerca de metade. Isto é preocupante. O que vai mudar? Temos de procurar um relacionamento mais eficaz entre todos e também com o Governo de modo a que possamos valorizar a caça enquanto recurso, para além de tentarmos uma desburocratização do sistema de acesso à prática da caça. Tem havido uma diminuição drástica do número de caçadores. O que há a fazer? Importa de facto que nos mobilizemos para em conjunto trabalhar-

mos juntos dos mais jovens. Nestes últimos 20 anos muito se fez, é certo, mas a verdade é que houve uma diminuição drástica do número de caçadores praticantes e temos que inverter essa trajectória. A caça gera “riqueza” para o governo, e o que é que o sector da caça ganha? Tem de ser a nossa principal preocupação de modo a garantirmos

de que “caçar é só matar”. Nada disso. Não deveria haver contra partidas para o sector? Essa é mesmo uma questão actual. Constatei que nos últimos anos o sistema de aproximação entre as organizações de caçadores e os seus associados caiu bastante na medida em que o sistema de financiamento foi alterado sem que as organiza-

“Desejo reafirmar o papel da Confederação como parceiro social, valorizando cada vez mais o trabalho das federações em cada uma das regiões.” o peso social da caça. Chegar aos mais jovens para que a caça seja reconhecida como actividade lúdica, de prazer, da natureza. Hoje já está ultrapassada a triste ideia

ções tivessem qualquer benefício. A questão do financiamento das organizações da caça é um tema em debate e do qual já demos conta à senhora ministra e ao senhor

secretário de estado. Estamos disponíveis para receber funções que ainda estão a cargo do Estado. Tenho a profunda convicção que as executaremos tão bem ou melhor e a mais baixo custo. Também aqui se deve aplicar o bom princípio da política de proximidade. Que propostas de alteração da lei estão “em cima da mesa” e que vão ajudar o sector? O que está “em cima da mesa” é o reconhecimento e a validação das organizações do sector. A lei já estabelece a possibilidade das entidades, devidamente certificadas, poderem, por exemplo, ministrar a formação adequada para a obtenção da carta de caçador e do uso e porte de arma de caça. Neste capitulo temos de facilitar o acesso ao caçador que o deseja ser, sem no entanto pretendermos, longe disso, enveredar pelo facilitismo. Em tempos de crise econó-


caça

Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses

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undada a 25 de Setembro de 1993, em Bragança, a Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses (CNCP) integra actualmente 10 federações de Norte a Sul do país, são elas, a Federação de Caçadores de Entre Douro e Minho, a Federação das Associações de Caçadores da 1.ª Região Cinegética, a Federação dos Clubes de Caça e Pesca do Distrito de Viseu, aFederação de Caça e Pesca da Beira Litoral, a Federação de Caça e Pesca da Beira Interior, a FEDERCAÇA – Federação de Caçadores do Centro, a OESTECAÇA – Federação das Zonas de Caça do Oeste, a FAC – Federação Alentejana de Caçadores, a Federação de caçadores do Algarve e a Federação de caçadores dos Açores. Tem actualmente como presidente de direcção Álvaro dos

Santos Amáro e desde a sua fundação, que a CNCP tem procurado dinamizar o movimento associativo defendendo a progressiva participação dos caçadores no ordenamento cinegético do território nacional e na utilização sustentável dos recursos, apelando igualmente para uma postura cívica e ética perante a caça, e perante a sociedade. Esta instituição para além de ser parceira de vários órgãos de soberania, colabora com diversas Instituições científicas, designadamente a Faculdade de Ciências do Porto, a Universidade de Aveiro e a Faculdade de Ciências de Lisboa. É ainda membro da FACE – Federação das Associações de Caça e Conservação da Fauna Silvestre da União Europeia, com sede em Bruxelas.

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Como surgiu o osto pela caça? Nasci e cresci numa família de caçadores, com tudo quanto isso nos envolve e nos estimula a maior parte das vezes. Entretanto essa paixão “adormeceu” junto das circunstâncias da vida e “reacendeuse” como um ato natural da minha vida e em particular, quando, por ironia do destino e com muita honra para mim contribui para essa caminhada desde 1987 com o que posso designar pela Reforma da Caça. Era então Secretário de Estado da Agricultura e julgo poder afirmar, sem qualquer presunção, ter ajudado na definição das grandes linhas que puseram fim ao que então se designava por deserto cinegético. Era a situação que vivíamos nessa altura. Hoje, para além de empresas, temos um forte movimento associativo.

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Qual a sua opinião sobre a conservação e reintegração do Lince Ibérico? Tudo quanto puder ser feito no sentido da reintegração e conservação de espécies extintas ou em via disso, tem de ser uma preocupação de todos nós e que naturalmente

deve merecer o nosso estímulo sempre em colaboração com as organizações.

cacicao JULHO 2013

mica, não deveria a caça ser olhada como sector impulsionador nos meios rurais? Sem qualquer dúvida. É essa a demonstração que nos cabe fazer junto dos mais variados sectores da nossa sociedade. A caça é geradora de emprego e por isso de fixação das populações nos meios rurais. Essa tem de ser uma razão forte para que a caça seja encarada como uma importante opção Mundo Rural. É nossa intenção desenvolver análises e estudos que comprovem inequivocamente o papel da caça no desenvolvimento económico e social do nossa mundo rural.

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caça

montarias

Após um farto pequeno almoço com os produtos típicos da Região partiu-se para o terreno.

Por terras do Folgosinho Gouveia recebeu XI Montaria da Serra da Estrela TIAGO HONRADO

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Uma jornada que começou no dia 2 de Fevereiro, com a viagem até Gouveia, com uma das primeiras reportagens como colaborador do Jornal Cacicão. Cheguei à Feira do Queijo da Serra em Gouveia e a temperatura nada tinha a ver com o nosso Ribatejo. Uma troca de palavras com o Presidente da Câmara de Gouveia, Álvaro dos Santos Amaro também Presidente da Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses (CNCP), após o jantar e segui para a “Villa de Mello” local onde fiquei alojado assim como outros monteiros que também vieram para participar na “Montaria da Serra da Estrela 2013”. O dia amanheceu bem fresquinho, estava na Serra da Estrela, em pleno dia de inverno, a neve não nos brindou como em anos passados mas não deixámos de ver paisagens de grande beleza, mostrando a beleza da serra. Após um farto pequeno-almoço

com muitos produtos típicos da região no Restaurante “ O Albertino” em Folgosinho, e após a concentração dos monteiros, Álvaro dos Santos Amaro lembrou montarias passadas, explicou como se iria realizar a montaria, e nomeou como diretora de montaria Susana

Silva, bem conhecida de todos nestes eventos cinegéticos , e também ela vice-presidente da CNCP. Partimos para a mancha na hora estipulada, aqui prima o cumprimento dos horários estipulados, neste caso era precisamente 10h45. A colocação das armadas

Data: 3 de Fevereiro 2013 Local: Serra da Estrela / Folgosinho Preço : 50 € / Matilhas: 8 / Nº Portas: 98 Hec. Matilhados: +/- 400 Nº Tiros: +/- 50 / Nº Reses: 10 Javalis

foi precisa e as 11h30 já estavam os matilheiros e seus companheiros no terreno. Ainda não tinha passado uma hora e já se ouviam tiros, tive conhecimento que tinham sido certeiros e que o lema e tradição das montarias da Serra da Estrela estava garantido, pois quando se trata de uma “Montaria ao Javali”, quando se mata mais que um animal não é bom, é óptimo. O tempo ia passando e as ladras e o rebombar dos tiros por encostas e vales faziam-se ecoar, o quadro de caça prometia. Na porta onde eu estava na companhia do Simão tivemos a sorte de nos aparecer um belo exemplar que acabou por ser abatido, ao mesmo tempo também os nossos companheiros de armada tiveram a sorte de fazer o gostinho ao dedo, mas esses não tiveram a sorte de os tiros saírem certeiros … Rebentava o foguete morteiro, precisamente as 15h00 e a recolha das reses começou a ser efectuada tanto pelos próprios monteiros como pela Organização. Algumas das reses estavam em locais com muita dificuldade de acesso, ou

não estivéssemos nós em plena Serra da Estrela, mas com muito trabalho e esforço foram trazidas todas as reses para o quadro de caça. Já de volta para o almoço, os sorrisos e as histórias dos lances da manha dominavam as conversas. É de salientar mais uma vez que, a caça não passa só por dar tiros, mas há muitas amizades que se ganham e histórias de vida, respeito pela fauna e flora. Isto sim é o que chamamos de caçador e de arte de caçar. Chegada a hora do almoço, esperava-nos um real banquete - caldo verde, coelho de cabidela, cabrito assado no forno, feijoada de javali e vitela estufada, todos os pratos acompanhados que um belíssimo vinho da região. Depois do almoço e já tarde houve o leilão das reses e mais algum tempo de grande camaradagem. Fiquei também contente por ver muitas caras jovens, alguns amigos e outros que o passaram a ser. Parabéns a toda a organização por esta grande dia de caça com grandes pessoas e excelentes caçadores.


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Susana Silva Cacicambra, SA

Um convite inesperado

caça

opinião

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oi com alguma apreensão que aceitei o inesperado convite feito pelo Dr. Álvaro Amaro para ser Directora da Montaria da XI Montaria da Serra da Estrela. Se em qualquer montaria esse cargo atribui uma responsabilidade adicional ao monteiro escolhido, nesta em particular é uma distinção especial que reconheço e agradeço. A montaria de Gouveia - exageradamente conhecida pela “montaria ao javali” - é já uma tradição no panorama nacional da caça e recebe todos os anos ilustres monteiros que fazem questão de marcar presença. É um evento maior do que a caça, que proporciona uma experiência única da natureza da Serra da Estrela, para além de um convívio caloroso e bem-disposto, numa organização impecável. Dito isto, é evidente que abunda a experiência de montarias dos caçadores habitualmente presentes, facto que facilita a Direcção da montaria, mas que também a torna mais exigente. Na minha opinião, o ponto fundamental em que todos os directores de montarias devem insistir é sem dúvida nos alertas para a segurança. A caça é uma actividade que deve proporcionar emoções fortes, podem ser de satisfação pelo sucesso de um bom lance, ou de insatisfação pela falha, mas nunca a infelicidade de causar uma tragédia. É sempre importante lembrar que a caça se pratica com armas e a caça maior com carabinas de longo alcance efectivo, pelo que todos os tiros devem ser ponderados. Para além da resistência ao tiro impulsivo, os monteiros devem também saber evitar a tentação de se deslocarem do seu posto, seja para melhorar a posição do tiro, procurar caça ferida ou simplesmente cumprimentar o companheiro do lado. A segurança é uma responsabilidade de todos. Afortunadamente, a montaria da Serra da Estrela provou ser mais uma vez um exemplo desta atitude de correcção dos monteiros experientes e terminou sem incidentes. Houve tiros certeiros e outros mais felizes para os javalis que também fazem parte da experiência. Fica a boa recordação de um óptimo dia, solarengo em pleno inverno a compensar outros de neve e frio e a recompensa da participação num verdadeiro trabalho de equipa, entre amigos e a fantástica paisagem natural da nossa Serra.

A opinião dos participantes Duarte Figueiredo Vice Presidente da Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses “Eu penso que só falhei até à data uma montaria da Serra da Estrela. De modo geral é uma montaria com um convívio óptimo, um sítio lindíssimo e em termos de caça, não é uma montaria com grande pulpo mas tem evoluído todos os anos. Acho que correu relativa-

mente bem face à expectativa. Era uma mancha muito grande e que poderia ter sido melhor batida, mas mesmo assim o resultado foi muito bom e acima de tudo, esta montaria é uma tradição que já começa a ter muitos anos de vivência e que na minha opinião

se deve manter. É mais uma forma de fomentar toda a actividade, émesmo económica nas regiões do interior. “

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Álvaro Moreira Presidente do Clube de Monteiros do Norte “Já é a terceira vez que venho cá, é uma montaria muito interessante. Sabemos que não é das que dão muitos javalis mas é um ponto de encontro de pessoas, de monteiros de alguma nomeada, de gente que sabe estar e portanto é um convívio muito agradável, até porque a caça não é propriamente

matar, é sobretudo a reunião das pessoas num acto extremamente cultural, de as pessoas se encontrarem e um marco no panorama das montarias. Esta montaria correu bem, foi razoavelmente animada, sobretudo na parte inicial, na zona onde fiquei, uma zona muito suja com grande pinhal e bosque, ainda

vi lá passar um javali, ouve uns tiros, ouve umas ladras, depois ficou um pouco morto mas o óptimo é inimigo do bom.”

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caça

Época termina em beleza Montaria de encerramento, no Ciborro, com saldo positivo

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VANIA CLEMENTE

Zona de Caça Associativa da Casa Branca, no Ciborro realizou no dia 23 de Fevereiro, a sua montaria de encerramento de época com um balanço bastante positivo, ao todo 37 javalis e 6 gamos, num total de 45 portas. Uma montaria de lances excelentes, que permitiu aos caçadores se despedirem da época venatória, deixando saudades enquanto a próxima época não

chega. Jacinto Amaro, presidente da Federação Portuguesa de Caça (Fencaça) e responsavél pela montaria afirmou que “o resultado foi maravilhoso, depois de uma noite de chuva, não estava optimista o vento estava no sentido contrário ao que tínhamos colocado a mancha. Ainda assim, os porcos e os veados são muitos e foram satisfazendo as 45 portas que estavam colocadas e com cerca de 200 tiros o resultado está à vista.” Apesar de

esta ser uma zona de caça menor, tradicionalmente de coelho, lebre e perdiz mas com uma área bastante extensa “os javalis estão aqui descansados e tranquilos. Nos meses transactos e em pequenos ganchos que aqui fizemos já matamos aqui 37 javalis, contando com hoje, já matamos mais de 70 javalis, o que nos preocupa porque isto é uma zona de caça menor que queremos preservar”, adianta o presidente da Fencaça. Mas se esta é uma boa zona de caça, deve-se à gestão que

começa a ser preparada com antecedência. Uma medida que Jacinto Amaro considera essencial para que se consiga obter bons resultados. “Nós em Outubro, Novembros, à primeiras águas já temos as sementeiras organizadas para a próxima época e é assim que tem que ser. Tentamos também controlar os javalis e esperamos uma próxima época venatória, ao nível dos coelhos com grande optimismo.”

Jacinto Amaro faz balanço positivo da época de caça S

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e percorrermos toda a época venatória há altos e baixos como tudo. Se calhar não foi o melhor ano de perdizes, foi um bom ano de coelhos, um ano razoável de lebres, as migratórias foi muito bom em tordos, os pombos foram demasiado escassos face a

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população de pombos que passou os Pirineus. Havia uma previsão enorme, o que acabou por não corresponder à realidade, porque também não tínhamos muita alimentação disponível. Mas a caça maior, é o que se vê, os javalis a aumentar nomeadamente onde

há muita alimentação e que esta a faltar nas zonas tradicionais de muito mato, então os porcos começam a vir para as zonas onde há muito montado de azinho e onde predomina também, para lhe dar alimento durante o verão, os pivots de milho!

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O cão Aníbal

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sta montaria ficou marcada por um tiro certeiro que provocou a morte ao cão Anibal, de Duarte Veloso proprietário da Matilha Lezíria do Ribatejo. Uma morte triste e que leva os caçadores a repensar as medidas de segurança a ter, não só nas montarias mas em todo e qualquer ambiente de caça. Há que atirar com precaução e ao que estamos a ver, em vez de atirar a tudo o que mexe. Segundo Duarte Veloso na sua página de facebook, o seu cão foi morto a cerca de 30 metros de uma porta, sem que posteriormente o autor do disparo se tenha acusado.


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caça

Troféu Joaquim Rosa na Raposa

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erá lugar dia 26 de Maio, na Raposa, a 5ª edição do tradicional Troféu Joaquim Rosa. As inscrições para esta prova de Santo Humberto têm um custo

de 25 euros e podem ser feitas até dia 18. A Alimentação a cargo dos participantes, fornecendo a organização a tradicional Sopa da Pedra e o pão.

III prova de Trabalho de Cão Coelheiro

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terceira edição da Feira de Caça da Nave, em Alvite, Moimenta da Beira que se realiza dias 3 e 4 de Agosto voltará a ter como grande atracção as provas de trabalho de Cão Coelheiro,

uma iniciativa que a organização espera ser o momento alto da feira, superando o número de participantes da edição passada (40). Mais informações em: http:// cacadoresalvite.jimdo.com

Queres ser caçador?

Santarém recebe mais uma edição da ExpoCaça

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período de inscrição para realizar exame na época especial decorre entre 1 de Abril e 31 de Maio, e podem inscreverse todos os interessados que não se tenham inscrito para a época normal e ainda aqueles que, tendo-se inscrito para a época normal, não obtiveram aprovei-

tamento na prova teórica da 1.ª chamada da referida época. Os documentos necessários para a candidatura a exame podem ser apresentados diretamente no ICNF (serviços centrais e desconcentrados) ou na Câmara Municipal da área da sua residência.

cidade de Santarém volta a ser palco de mais uma edição da Feira de Caça e de Campo, que este ano comemora 25 anos de existência. De 10 a 12 de Maio os visitantes vão poder conhecer as mais recentes novidades no mundo da caça, armas, munições, equipamentos e escolas de tiro,

arte em caca , Criação de Perdizes, Patos, Faisões e Coelhos

organizações de caçadas e safaris, entre outras novidades. Do programa fazem ainda parte diversas actividades como o 21º encontro nacional e caçadores organizado pela FENCAÇA, um workshop sobre a “correção de densidades de caça maior” (CL.P.MONTEIROS); um encon-

tro de matilhas de caça maior, demonstrações de cães de parar e ainda um colóquio sobre “a caça em África”. O s visitantes para além de conhecerem as mais recentes novidades e promoções, têm ainda a oportunidade de se habilitar a ganhar uma espingarda Hunter.

Castelhana Canil

da

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40 anos a criar o Podengo Português de Pelo Liso Beleza e Trabalho / Lop e Afixo

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coelho-bravo é uma espécie-chave dos ecossistemas mediterrâneos que sofreu uma forte diminuição nas últimas décadas um pouco por toda a Península Ibérica. Entre as várias causas responsáveis por este declínio, apontam-se como principais: a fragmentação e perda do habitat favorável à espécie, a introdução e incidência de duas doenças virais (mixomatose e doença hemorrágica), a pressão cinegética pouco sustentável, a predação e, inclusive, as alterações climáticas (sugerido recentemente por alguns autores). A correcta gestão desta espécie é, assim, fundamental, para melhorar a sua situação. Seja com fins conservacionistas e/ou cinegéticos, uma gestão bem-sucedida das populações de coelho-bravo, numa determinada zona, tem de assentar numa sequência lógica de etapas. Ignorar qualquer uma destas etapas na gestão desta espécie (especialmente as etapas 1 a 4) só atrasará o colapso que se dará, mais cedo ou mais tarde, nas suas populações. 1. Monitorização: É impossível gerir um capital que não se

conhece. A recolha de dados sistemáticos sobre a abundância e distribuição do coelho numa zona é fundamental para uma boa planificação da gestão a realizar; sem ela, a aplicação das restantes medidas pode ver-se comprometida pelo desconhecimento de todos os factores em acção e pela impossibilidade de uma intervenção atempada. Dentro de um terreno cinegético, a monitorização dos coelhos abatidos também permite obter dados que são importantíssimos para uma boa gestão, nomeadamente parâmetros reprodutivos, a relação de sexos e idades. 2. Pressão cinegética: Este passo é o mais intuitivo e imediato que se pode dar a seguir à monitorização. Dentro de um terreno cinegético, é possível gerir a pressão cinegética (número de dias de caça, número de caçadores, imposição de moratórias) e as quotas de abate (número de coelhos caçados por jornada de caça) de modo a ajustar o esforço de caça sobre o coelho. 3. Gestão do habitat: A gestão do habitat é crucial para proporcionar aos coelhos as condições adequadas de refúgio dos predadores e contra as intempéries. Independentemente de se tratar

A reprodução U

4. Controlo da pressão da predação: A predação é um factor considerado importante de regulação das populações de coelho-bravo. A pressão exercida pelos predadores pode ser gerida de duas formas: directamente (através da correcção de densida-

5. Criação em semi-cativeiro: as experiências desta natureza realizadas até ao momento têm produzido resultados bastante promissores, constituindo alternativas sustentáveis aos meros repovoamentos e promovendo, assim, o estabelecimento a longoprazo de populações de coelho viáveis. Existe algum conhecimento científico sobre as especificidades destas infra-estruturas, estando previsto, na maior parte dos casos,

ano. A ovulação das fêmeas é induzida pela cópula com o macho e este processo é quase sempre seguido de gestação. Os láparos nascem em pequenas câmaras escavadas a pouca profundidade pela fêmea uns dias antes do parto, sendo revestidas por vegetação e pelo que as coelhas arrancam da sua própria barriga. Durante aproximadamente as primeiras três semanas após o parto, a fêmea acede à câmara onde estão as crias apenas uma vez ao dia, onde permanece apenas uns breves minutos para as amamentar; quando abandona a câmara, a fêmea tapa a entrada com terra. Quando nascem, as crias não possuem pelo e são cegas. Os láparos saem das câmaras de cria ao final de 3 semanas de vida. O período reprodutivo do coelho-bravo em

Portugal estende-se normalmente de Novembro a Junho, com um pico anual de abundância no fim de Maio. Desta forma, gerir adequadamente para garantir a reprodução consiste em proporcionar as condições para que esta aconteça. Por exemplo, em locais de solos duros (como os xistosos), é fundamental criar refúgios que as fêmeas possam utilizar para fazerem as tocas de reprodução antes do parto. Uma solução é a criação de tocas artificiais construídas utilizando materiais naturais, que facilitem o abrigo das fêmeas e sejam “impermeáveis” aos predadores. Um outro aspecto importante é que, durante a época de reprodução, os coelhos, mas principalmente as fêmeas, precisam de alimento muito nutritivo, rico em proteínas e água. Normal-

que o investimento aplicado nesta medida pode ser amortizado em poucos anos. 6. Repovoamentos: a aplicação desta técnica é redundante se nenhuma das medidas referidas anteriormente tiver sido aplicada. Sem eliminar (ou pelo menos minimizar) os factores que limitam as populações de coelho-bravo na zona (normalmente identificados após monitorização), nomeadamente aqueles que estão relacionados com actividades humanas (como a caça), o reforço da população com novos indivíduos será ineficaz e representará, apenas, um sumidouro de recursos. Ainda assim, um repovoamento bem planeado baseado em protocolos de “solta branda”, combinado com uma boa gestão do habitat e monitorização pode ser a chave para recuperar as populações de coelho em algumas zonas e talvez até constituir a única forma de garantir a presença desta espécie a uma grande escala a longo-prazo.

mente, os animais obtêm estes nutrientes da vegetação, mas se a zona for pobre em vegetação verde, é necessário proporcioná-la. Uma forma é criando pastagens no Outono com culturas e variedades autóctones (como centeio, cevada, tremocilha, etc.) que estejam adaptadas às condições climatéricas da zona e que até à Primavera possam fornecer rebentos e folhas jovens, ricas nos nutrientes de que os coelhos precisam nesta fase. A abertura de clareiras, sem semear, também promove o crescimento de gramíneas espontâneas, muito apreciadas pelos coelhos. Estas medidas garantem a existência de condições adequadas para a reprodução do coelho. * Departamento de Biologia da Universidade de Trent, Canadá

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juvenis poderá indicar que há uma elevada taxa de recrutamento e, portanto, estar estável ou em crescimento; por outro lado, quando se caçam praticamente apenas indivíduos adultos, indicará que a produtividade da população é baixa e a substituição dos animais caçados será reduzida. As fêmeas são capazes de se reproduzir no seu primeiro ano de vida e o tamanho médio de ninhada é de cerca de 4 crias. O coelho é uma espécie que está permanentemente em cio, pelo que, uma vez que a gestação dura 31 dias, as fêmeas podem produzir potencialmente até 12 ninhadas por

des) e/ou indirectamente (através da gestão do habitat; ver ponto anterior). Quando bem realizada, a gestão do habitat, por si só, pode diminuir grandemente a pressão de predação, permitindo ao coelho exibir todo o leque de comportamentos que a espécie apresenta naturalmente para escapar da predação (por exemplo, a formação de colónias extensas que partilham a tarefa da vigilância, permitindo aos coelhos distanciarem-se mais da vegetação densa em direcção às clareiras com melhor alimento).

cacicao JULHO 2013

m dos resultados mais importantes de uma gestão eficaz é uma população em que os coelhos se reproduzem. Sem reprodução, a população não se renova e rapidamente se extinguirá. A presença de juvenis e de fêmeas prenhes no conjunto dos animais abatidos são sinais inequívocos da ocorrência de reprodução. A inspecção dos animais abatidos nas caçadas é, por isso, muito importante, como já referido, pois pode dar informações essenciais para fundamentar decisões para a temporada seguinte. Por exemplo, uma população em que se caçam sempre muitos

ou não de um terreno cinegético, dever-se-á realizar sempre uma análise da viabilidade/adequabilidade do habitat para o coelho, para perceber até que ponto factores como a disponibilidade de refúgio, água e alimento, podem estar a limitar as populações de coelho-bravo no local e agir em conformidade. A conservação dos habitats tipo mosaico, que incluem manchas de mato mediterrâneo pouco denso e áreas cultivadas, com grandes perímetros de orla (margem entre zona fechada e zona aberta) dão a possibilidade ao coelho de não ter que se afastar muito do coberto vegetal que lhe confere protecção quando se tem que alimentar.

caça

CATARINA FERREIRA *

Paulo Talhadas dos Santos / Casa das Ciências

Gestão das populações de coelho bravo

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destaque

O Podengo Português

Aptidões e funcionalidades VÍTOR VEIGA *

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om este artigo não se pretendeu abordar questões morfológicas, partindo-se do princípio que o “Tipo” é sobejamente conhecido dos caçadores portugueses e que sendo a raça canina portuguesa mais comum, não careceria de longas explicações de natureza cinotécnica. No Podengo Português, nas suas três variedades, o aspecto funcional é de relevância marcante, sendo em todos eles inata a aptidão para caçar. O podengo Português apresentase em três variedades de tamanho e com duas variedades de Pêlo, definidos como Liso e Cerdoso. Assim, o Estalão da Raça define as alturas ao garrote dos PODENGOS MÉDIOS E GRANDES, como segue: - Podengo Médio - 40 cm (mínima), 54 cm (máxima) - Podengo Grande - 55 cm (mínima), 70 cm (máxima) O estalão do podengo português nos três tipos de tamanhos, estabelece alturas mínimas e máximas, não existindo entre a altura máxima dos médios e a inferior dos grandes qualquer hiato. Assim, qualquer variação de altura que seja superior ao máximo de um podengo médio, fá-lo-á passar para o tamanho grande, salvaguardando-se em termos de apreciação, o bom senso e o equilíbrio esperado no tocante ao

podengo médio e ao grande. A ultrapassagem do limite máximo nos grandes não só é rara como não representa qualquer risco, sendo até de aproveitar o exemplar, desde que típico, para reprodução e melhoria da altura média dos exemplares grandes, que em termos gerais carecem de estrutura. Quanto ao Podengo Pequeno, o Estalão define a altura ao garrote como segue: - Podengo Pequeno 20 cm (mínima), 30 cm (máxima) São estas diferenças morfológicas entre as três variedades que determinam a sua utilização venatória e em termos gerais as suas capacidades funcionais. A acrescer aos tamanhos, a questão dos pêlos ainda que marginal, revela-se de especial interesse na adaptação ao clima e terrenos, deixando-se aqui uma nota de esclarecimento aos caçadores, sobre as razões de existirem tradicionalmente mais efectivos de podengos de pelo liso no Norte de Portugal, sendo os podengos de pêlo cerdoso muito mais comuns no Sul. Esta realidade prende-se com o facto de a norte o clima ser mais húmido e frio e a pluviosidade ser mais intensa, possuindo o podengo de pelo liso maior densidade de pelo o que lhe permite maior protecção das baixas temperaturas, secando também mais facilmente. Já o Pêlo cerdoso porque é pouco denso adapta-se melhor a climas

secos e quentes, pois protege do Sol permitindo o arejamento da pele com maior facilidade. Os Podengos Portugueses como raça nacional com estalão oficialmente reconhecido pelo CPC e internacionalmente pela FCI, gozou sempre de grande popularidade, atendendo á sua grande utilização venatória e é disso exemplo a sua participação em todos os certames de canicultura desde a primeira Exposição até ao presente. Se a participação nos eventos caninos sempre foram uma constante, nos últimos anos tem-se verificado um onda de sucesso explicada pelo cada vez maior apreço dos canicultores por esta raça. A própria procura e êxito que o podengo tem obtido no estrangeiro, tem permitido vitórias em campeonatos nacionais e internacionais e onde a variedade pequena em especial, tem vindo a impor-se ao mais alto nível e a par das melhores raças estrangeiras. Os indicativos de sucesso do podengo nas exposições caninas, revelam a forte potencialidade da raça e condições de grande êxito em países de canicultura muito desenvolvida.

O desempenho Venatório Especialmente seleccionado para caçar, o Podengo Grande mostrase de grande interesse na caça ao

javali integrando matilhas, desempenhando no levante e na pista de sangue papel preponderante. O seu aspecto rústico aliado à sua resistência e dureza de andamentos fazem dele um excelente cão de corso, levante e pista nos cerros e barrocais do interior Beirão, Alentejo e Algarve. Adaptando-se ao clima seco e quente do sul do país, bate de forma metódica e corajosa as manchas fechadas de azinhal e estevas onde abundam os javalis. É hoje quase obrigatória a sua presença na constituição de matilhas de caça grossa desempenhando assim papel meritório naquele género venatório, onde não desdenha o agarre muitas vezes com o custo da própria vida. Esta variedade de podengo é contudo a que menor número de efectivos possui, mercê da sua pouca divulgação fora dos meios venatórios, sendo pelo seu tamanho também aquele que necessita de mais espaço e por isso menos procurado para meios urbanos. Os Médios e os Pequenos são vocacionados para a caça ao coelho, tanto caçando isoladamente como em matilha, sendo os primeiros de mais utilidade para matos cerrados de estevas e tojos e os segundos para silvados fechados ou tocas em rochas. No acto venatório são atentos, esforçados e aguerridos, perseguindo insistentemente a presa, trabalhando em conjunto ora

isolados, onde alternam a excelência do seu finíssimo faro com o ouvido de excepção, tomando por vezes poses e movimentos que lembram belos bailados, chegando a colocar por vezes o caçador como mero espectador. Caçadores infatigáveis, de temperamento activo por vezes agressivo, caçam com método, mais por instinto do que pelo treino e possuem grande independência e carácter. Os Podengos Médios são os que funcionalmente melhor servem o caçador comum generalista, adaptando-se praticamente a todas as situações ou modalidades de caça, sendo duros de andamentos, suportando temperaturas agrestes e terrenos difíceis sem qualquer ressentimento, podendo-se afirmar sem exagero, que nesta variedade, o podengo é a melhor raça do mundo para a caça ao coelho. O podengo pode caçar isoladamente ou em matilha, devendo neste caso, constituir-se por um conjunto de cadelas e por um só macho, em virtude de estes serem brigões e muito ásperos para outros cães. As cadelas por natureza mais dóceis, entreajudam-se mais, sendo normalmente mais precoces na aprendizagem da caça. Na matilha estabelece-se uma hierarquia, podendo caber a liderança tanto a um macho como a uma fêmea, que naturalmente lidera e orienta a caçada, especializando-se alguns no cobro, o que


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fazem com naturalidade. Devem assinalar a localização da peça de caça com latidos, produzindo na sua perseguição o som característico a que se chama “cantar” ou “maticar”. O Podengo Pequeno, pela sua pequenez é utilizado em áreas de caça limitadas, caçando em matos e silvados muito fechados e em terreno rochoso em que o mesmo se introduz pelas fendas e buracos. É a variedade mais adequada aos caçadores de idade mais avançada pois permite um acompanhamento e um estilo de caça consentâneo com as capacidades físicas do caçador. Caça isoladamente ou em matilha, com o mesmo estilo e características do Médio, sendo contudo mais obediente e afectivo. Não necessita de espaço e é de manutenção pouco dispendiosa, mostra-se de grande futuro como cão de caça. Se a sua aptidão natural é a caça ao coelho e a sua origem remota, o terá moldado para combater os roedores nos celeiros e nos porões das caravelas, outras modalidades tem praticado

com êxito, pois tem excepcional desempenho na caça aos bichos bravos nomeadamente na caça no subsolo, modalidade muito prati-

cada no principio do século XX. Embora o Podengo tenha sido usado através dos tempos como um cão de caça generalista,

demonstrando uma grande eficácia e capacidade de adaptação, assiste-se hoje a uma utilização muito especializada onde tem mostrado notórias capacidades. Assim, o Podengo Médio de pelo cerdoso vem sendo utilizado como cão de rasto e de pista de sangue, sendo utilizado na Suiça no cobro de corços e em França para cobro de veados feridos na modalidade de caça de aproximação, o que também já acontece em Portugal com grande sucesso. Todas estas facetas, fazem dos Podengos um dos mais polivalentes cães de caça que se conhecem, preenchendo praticamente todas as necessidades dos caçadores, qualquer que seja a modalidade que pratiquem. O facto de ser uma raça que não necessita de um treino especial, pois é muito independente e a sua aptidão para caçar é natural e inata, fazendo dele um cão fácil e pouco dispendioso, não impede que se recomende que em questões básicas como a introdução no campo, com contacto inicial com a caça e o tiro, se obedeça ao

bom senso e a regras básicas de maneio que podem ser facilitados com literatura especializada. Serão certamente evitadas situações desagradáveis na caça, tanto no transporte, como a perca de cães ou comportamentos ou vícios indesejados destes, que muitas vezes ocorrem aos caçadores iniciados. Também a possibilidade de se vir a implementar provas de trabalho, nas várias modalidades, poderá fomentar esta raça nos meios venatórios europeus, onde o nosso podengo ainda é pouco conhecido e certamente contribuiria para uma valorização desta nossa raça no nosso próprio país. Tal desafio é um dos objectivos do Clube do Podengo Português, ainda que nada fácil, atendendo à especificidade da raça e à sua forma de trabalhar, carecendo dos testes e ensaios de campo por forma a garantir uma correcta aplicação do Regulamento de Trabalho. *Presidente do Clube do Podengo Português, Juiz Internacional do CPC e FCI)

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Praceta da Rua do Progresso, Lote 7, R/C, Loja esq., 2070-Cartaxo tiagotelesctx@gmail.com

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Comida para Cães, Gatos, Roedores, Peixes, Aves tropicais e Domésticas, Mistura e granulados para aves de campo, Iscos e engodos para pesca

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Criador de Veiros

Há anos a criar podengos com rigor e saber

Foto: Criador de Veiros

VÂNIA CLEMENTE

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omo surgiu a sua paixão pela canicultura? Desde miúdo que me habituei ao convívio e ao gosto pelos cães, pois na minha casa sempre os houve com a finalidade de caçarem, com o meu pai, que foi um belíssimo caçador tanto de perdizes como de coelhos. Muitas vezes o acompanhei e ainda hoje é com grande gosto que percorro os mesmos terrenos que em criança me moldaram para este gosto. Esses cães foram sobretudo podengos, recordo o Tiro, a Carocha a Vaidosa, a Ligeira ( que eu toureava com um trapo velho ) todos amarelos, orelhas direitas o resto não me lembro e já passaram mais de 50 anos). Em 1972 tive uma relação profissional com o Clube Português de Canicultura e dai despertou outra realidade de criar cães de forma organizada, em boa hora. E pelos Podengos Médios Cerdosos? Era a raça que me estava mais próxima e que queria partilhar mais com o meu pai, e de termos podengos registados. Curiosamente comecei com médios lisos depois também cerdosos, e fui deixando cair os lisos e ficaram só os cerdosos. Os lisos por mim criados

ainda estão muito presentes nos cães atuais, pois o Lord de Veiros deu muitos o bons filhos.

criação, sendo que após criar mais de 40 anos ininterruptamente, ainda não encontrei o ideal.

ta ao perfil do criador, torna-se apaixonante a busca incessante pela perfeição.

Quando criou o afixo de Veiros? E qual a importância de criar um afixo? Na canicultura organizada em que me inseri apercebi-me que os criadores tinham o seu afixo, e solicitei o meu dando-lhe o nome da terra que me viu nascer Veiros.

Quais as características dos podengos médios cerdosos que mais se destacam? O que eu acho que se destaca no podengo? Comecemos pela silhueta, com o seu aspeto rustico mas elegante. O seu companheirismo por sair e acompanhar o dono. A sua grande aptidão predatória e funcional. Sendo um cão primitivo resistiu até aos dias de hoje, quase inalterável, só pode ser completo.

Em contexto de caça, como classifica os diferentes estalões de podengos? Os estalões da raça nas suas 3 variedades julgo estarem muito bem feitos. No contexto da caça cada uma das variedades tem o seu desempenho mais definido e os estalões julgo estarem ajustados . Por vezes nas inúmeras conversas que tenho com variadíssimas pessoas é que por vezes leva-me a pensar que cada um gostaria que o estalão da raça fosse à semelhança do cão que tem em casa, no entanto terá forçosamente que ser o contrário.

Como definiria a raça do “Podengo”? A definição desta e de todas as outras raças está escrita no estalão, que é o compendio porque todos os criadores se devem orientar. No meu conceito pessoal o podengo corresponde ao modelo morfológico e funcional que eu gosto. De modo geral como é o temperamento do Podengo Médio? O temperamento do podengo deve ser equilibrado sem contudo ser tão amistoso como outras raças. Enquanto criador procuro a manifestação deste equilíbrio, na sua inteligência, capacidade de aprender, disponibilidade para trabalhar,e que no exercício da função quando se está atento vamos percebendo as potencialidades e as fragilidades. Deste reconhecimento sairá a orientação na

É uma raça que necessita de cuidados especiais? Mantendo-se tão parecido com os seus ancestrais, e nem sempre bem tratado, só com grande valor e rusticidade pôde chegar até aqui. Portanto digo não o tratem mal, e teremos podengos por muitos mais anos. Como raça portuguesa, acha que o podengo é valorizado? Se a valorização a que se refere é monetária dir-lhe ei que não é valorizado. Nestes muitos anos de criação já vi muitos começarem e desistirem julgo que precisamente pelo que acabei de dizer. Contudo quando se entende que os valores são os de uma raça que se ajus-

Qual a sua relação com os Podengos Médios Cerdosos na caça? Como só sou caçador de coelhos, são os meus companheiros. Digo no entanto nesta minha paixão desmedida pela raça, que a caça é a ferramenta que me orienta na criação. Mas o podengo não é só um cão de caça ao coelho, ainda há pouco tempo saiu o livro “Veadas na Raia” do autor Manuel Vassalo, em que refere vários episódios simplesmente fantásticos do Mosquito de Veiros no desempenho de cobrar caça grossa por vezes atirada muitas horas antes, em

que os clientes estrangeiros ficam fascinados com a absoluta eficácia demonstrada por este podengo médio. Há muito que se fala de provas de trabalho com Podengos. Qual a sua opinião? Diz-me que há muito que se fala em provas de trabalho, eu não tenho ouvido muito. Tenho é certo, meditado muito, acompanhado de perto o que se faz noutras paragens e julgo que será uma tarefa muito difícil de realizar. Mas desde que sejam muito bem regulamentadas, poderão dar um contributo positivo para a raça. Se bem que quase todos os criadores de médios sejam caçadores, e logo terão os seus exemplares em constante e permanente avaliação. Quais os cães que mais o marcaram e porquê? Ao longo destes anos todos já criei muitos cães que têm dado um valioso contributo na homogeneização da raça, e que têm sido perpetuados em vários escritos de autores que a eles se têm referido. Por mim, e para que nenhum dos desaparecidos fique zangado comigo não vou referir nenhum. Não deixo no entanto de falar dos que estão vivos e a Lindoia é um exemplar que julgo completo, ou seja “um corpo perfeito numa mente sã”.


o “pai” do famoso Capote da Castelhana

cães

António Godinho A

ntónio Godinho, 73 anos, nascido no concelho de Aljustrel e a viver perto do Cartaxo, é criador da raça Podengo Português de Pêlo Liso há mais de 40 anos, sua raça de eleição, pela qual afirma ter trabalhado todos estes anos tanto pela beleza como pelo trabalho. Foi o gosto pela caça que o levou a ser criador apesar de ter começado com os Bretons, “uma vez que estava no Alentejo e havia muita perdiz, este cão era o ideal, mas com o declínio das lebres e perdizes e a saída do Alentejo, comecei a dedicarme ao coelho, foi ai que diz que encontrei o melhor cão do mundo, o Podengo Português”. Fez a sua selecção enquanto criador e caçador. Começou nos cerdosos e depois passou para os lisos, linha da qual afirma ter tirado excelentes resultados, e a comprová-lo está o prestígio que o nome Canil da Castelhana tem a nível nacional e internacional. António Godinho adianta que, na sua opinião e dada a sua experiência, o Podengo Médio é o ideal, “é pau para todos os ofícios, caça ao coelho, raposa e javali e em Espanha a maioria dos caçadores opta pelo Podengo Médio”. Quanto à linha que tem traçado em prole da raça, este criador revela que procura o 2 em 1, ou seja, no trabalho um cão bom caçador e na beleza um cão ganhador.

“O meu Capote é um cão que tem ganho muitas provas, de 20 provas de raça ganhou 16. Agora apenas é superado para os filhos, o que me deixa bastante satisfeito.” Quanto à sua escolha, “tento escolher sempre um cão com boa cabeça, bons aprumos, bom dorso, boa posição de cauda, bom nariz e inteligente. Para mim não há melhor. ”Para este criador, o Podengo tem futuro, todavia, começa a ter dificuldade em refrescar sangue, “com orgulho, 95% dos criadores e caçadores tem cães com sangue do Capote

(óptimo reprodutor), de Norte a Sul do país e com muita incidência na zona centro. Com tudo isto, acabo por ter muita dificuldade em encontrar outras consanguinidades e começo a ter que ir a netos do Capote”. Com mais de 40 anos de experiência na canicultura, António Godinho diz que o podengo deve continuar a ser trabalhado e aconselha aos jovens caçadores, que se iniciem no vício da canicultura, pois “é nos jovens que está o futuro e puxem por esta raça que não se vão arrepender”.

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opinião LUÍS DE CARVALHO Canil Rio da Fonte

Um cão com uma forma única de caçar

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ou em matilha onde cada um tem o seu lugar na mesma e é orientado pelo líder ou quitador, ideal por isso para um grupo de três ou quatro caçadores e onde se batem grandes áreas. Refiro-me também ao seu maticar aflito mas “curtinho”, sempre em cima. São de uma agilidade e de uma habilidade extraordinária, conseguindo entrar em lugares extremamente pequenos, sempre com uma rapidez impressionante. Executam por vezes um bailado e logo depois aparecem com um coelho na boca. São estes lances que motivam a minha paixão e que sempre perdurarão enquanto caçador e podengueiro.

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empre me lembro de haver podengos cá em casa. É aliás a imagem mais precoce que tenho a de ver uns cães amarelados de um lado para o outro! É por isso natural a minha preferência por esta raça. Caçar com Podengos Médios Lisos é para mim uma forma única de caçar. Tendo já caçado com diversas raças, estes não se esgotam em funcionalidades desde o coelho, perdiz, lebre, javali… uma legião de modalidades que já pratiquei com esta raça e que continua a apaixonar. É contudo muito diferente caçar com um único exemplar que deve caçar perto, em matos fracos, por vezes até parando a caça

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Port fólio fotos:tó vieira

Exposição Internacional de Caldas da Rainha

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A Expoeste recebeu durante os dias 16 e 17 de Março, a 10ª Exposição Canina Nacional das Caldas da Rainha e a 3ª Exposição Internacional. Um fim-de-semana dedicado ao concurso de beleza, organizado pelo Clube Português de Canicultura.

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fotos: dogsontop

Exposição Canina Nacional do Fundão

O Multiusos do Fundão recebeu, no passado dia 27 e 28 de Abril, a Exposição Canina Especializada do Cão Serra da Estrela e a 4ª Exposição Canina Nacional do Fundão. Ao todo estiveram neste concurso 401 cães divididos por 6 ringues. Entre as raças mais populares, esteve o Cão Serra da Estrela Pelo Comprido, com 44 exemplares.

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cães “Campino de Bente”do galgueiro Fernando Lopes foi apurado o grande vencedor da prova.

Corridas de Galgos Ota voltou a receber o II Open de Portugal VÂNIA CLEMENTE

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segunda prova organizada pela Federação Portuguesa de Galgueiros começa por volta das 11h00 da manhã, do dia 18 de Fevereiro, em Ota, depois da chamada para uma cuidada vistoria veterinária. Os bilhetes custam cinco euros e permitem aos muitos espectadores, apesar do mau tempo que se faz sentir, ver as muitas corridas previstas. Na última corrida “Campino de Bente”, foi apurado o grande vencedor da prova, do galgueiro Fernando Lopes, de Vila Nova de Famalicão e experiente nestas andanças, ou não fosse ele o vencedor do I Open de Portugal, realizado no ano anterior. Correu lado a lado com “Flow and Rosie”, a galga proveniente da Irlanda de Graeme Thompson, que conquistou o segundo lugar. Em terceiro classificado “Mayoral”, do galgueiro Joaquim Gato, de Aveiras de Cima e em quarto lugar “Done and Dusted” de João Moura Caetano, de Monforte.

No total, 32 galgos nacionais e importados a correram lado a lado, provando a sua velocidade e destreza, tendo como missão perseguir a lebre que corre com 100 metros de avanço. Com fintas curtas, muitas são as lebres que tentam fugir à boca dos cães velozes e conquistarem a sua liberdade ao tentarem fugir do recinto. Algumas fogem mas

outras não têm a mesma sorte e segundos depois, o júri da prova, montado a cavalo agita a bandeira da cor da coleira do vencedor. O processo repete-se e as regras são simples, os galgos competem aos pares e têm por missão perseguir a lebre, que parte com 100 metros de avanço. No final, ganha o cão que mais vezes tocar na lebre antes de esta sair do recinto ou até a

lebre acabar morta na boca dos cães, o que acontece na maioria dos casos.

Balanço Final Luís Lourenço, vice-presidente da Federação Nacional Galgueira diz que “o balanço desta prova foi muito positivo e voltou a ultrapassar as expectativas apesar do dia

Largada de lebres vivas perseguidas por cães galgos, que correm em pares, inicialmente presos à mesma trela, assim é o II Open de Portugal, uma iniciativa da Federação Portuguesa de Galgueiros que este ano voltou a repetir esta prova, perante o olhar atento de centenas de amantes desta modalidade.

pouco famoso, ainda assim houve cães de qualidade superior e inclusivamente contamos com a presença de cães irlandeses”. Ao todo 32 cães inscritos pelo valor de 150 euros cada, valor que este membro da organização diz ser para as despesas das lebres. “O interesse não é angariar dinheiro, desde que não dê prejuízo para nós já é bom. A nossa intenção é desenvolver esta prática e há muita gente que gosta, mesmo sem galgos e que não participe, gostam de ver.” Quanto aos prémios, Luís Lourenço adianta que há sempre um troféu para os quatro classificados, a juntar ao valor monetário, sendo que o primeiro classificado recebe 400 euros, o segundo recebe 300 euros, o terceiro 200 euros e o quarto classificados recebe 100 euros. Este Open é o único que decorre no ano, no entanto a organização promete que para 2014 a prova volta a repetir-se, por agora resta as provas à pele organizadas de Norte a Sul do país pelas associações Galgueiras do Norte, Centro e Sul.


Associação Galgueira do Centro

Associação Galgueira do Sul

A prova realizada no dia 28 Abril, em Mosteiró, pela Associação Galgueira e Lebreira do Norte contou com a participação de 71 galgos, dos quais 31 eram nacionais, 27 cachorros e 13 importados.

No passado dia 28 de Abril, decorreu em Torres Vedras, por ocasião da Feira de Caça, Pesca e Natureza do Oeste, mais uma corrida de galgos com o apoio da Associação Galgueira do Centro, uma corrida que contou com 61 cães divididos entre 28 nacionais, 19 importados e 14 cachorros).

No passado dia 14 de Abril, decorreu a 3ª Corrida da Associação Galgueira do Sul em Cuba. Até ao momento a corrida com maior adesão por parte dos galgueiros, com a participação de alguns galgueiros do centro do país, o que totalizou a participação de 47 galgos - 23 adultos, 13 cachorros e 11 cães de lebres.

Classificação Repescagem Cachorros 1º Rasga - Humberto Ramos Repescagem Nacionais 1º Screeps - Abilio Swilva 2º Miss Blue - Roberto Ribeiro 3º Kardec - Paulo Almeida 4º Dreams - Pedro Oliveira Repescagem Importados 1º Major - José Bouça Nova 2º Dally - Rodrigues Pereira e Filho 3º Vitória Azarenka- Furtado e Bouça Nova 4º Gaga - Simão Neves Honra Cachorros 1º Dólar - Ims Fontes Neves 2º Cliff - José Santos 3º Poeta - Mário Cruz 4º Fany - Pedro Oliveira Honra Nacionais 1º Hero - Avelino Coelho e Filhos 2º Azoto - António Rodrigues 3º Marmaduke - Rodrigues Pereira e Silva 4º Inglês - Ims Azevedo (Fradelos) Honra Importados 1º Thor - Ricardo Moreira 2º Nazaré - Rodrigues Pereira e Silva 3º Laleham Ferrari - António Rodrigues 4º Lady Portuguesa - Bruno Alves

Classificação Repescagem de Cachorros 1º Ioga - Ricardo Venâncio 2º Lova Deus 3º Liberal 4º Sozinho Repescagem de Nacionais 1º Viturinus - Ermelindo Carvalho 2º Messi 3º Gazela - Gil Coelho 4º Pimenta -Jorge P. Rodrigues Repescagem de Importados 1º Quilas - Ases do Algarve 2º Rio - Manuel Franco 3º Bolt - Canil Teixeira 4º King - Francisco Oliveira Honra de Cachorros 1º Plaza - João P. Correia 2º Zippy - João P. Correia 3º Totilas - Ricardo Venâncio 4º Importante Honra de Nacionais 1º Carochina Out - Ricardo Bernes 2º Dartacão - José Ferreira/Sandra Santos 3º Saccor Na Costa - C. Na Costa 4º Jackpot - Hélder Filipe Honra Importados 1º Mar - Manuel Franco 2º Chance - Tony Penteado/Gi Abreu 3º Mia - Tony Penteado/Gi Abreu 4º Clone - Joaquim Coelho

Classificação Galgos e Lebres 1º Flecha 1 - Hermínio 2º Rambo - Vasco Dotes 3º Speedy - José Alexandre 4º Bandarilha - Duarte Martins Repescagem Cachorros 1º Rena - Sérgio Guerreiro 2º Braza - José António 3º Speedy - Sociedade Galgueira de São Pedro 4º Jaguar - José Silva Repescagem de Adultos 1º Fogo - Ases do Algarve 2º Boy - Ases do Algarve 3º Taca - José António 4º Maluca - Luís André Honra de Cachorros 1º Zippy - João Paulo Correia 2º Plaza - João Paulo Correia 3º Dilar - Sérgio Guerreiro 4º Natal - Sérgio Guerreiro

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Associação Galgueira do Norte

Luís Lourenço Vice presidente da Federação Nacional de Galgueiros

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Assim vai o campeonato

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Galgos e Lebres!

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s largadas de lebres tem uma longa tradição na vida rural, existem pequenas organizações desta modalidade há mais de um século em Portugal. O Galgo Inglês foi seleccionado durante o reinado Henrique Vlll para a caça à lebre ou para as corridas. O duque de Norfolk, sob pedido de Isabel I, estabeleceu um código para a avaliação dos galgos na perseguição a lebre, ou seja ela coloca as habilidades de dois galgos uns contra os outros de uma forma muito regulamentada e controlada. É uma mentira afirmar que o objectivo do percurso e de matar a lebre, a corrida tem como finalidade testar o mérito dos cães, apenas dois galgos são largados de cada vez. Á lebre é dada uma vantagem de pelo menos cem metros, O juiz segue as corridas a cavalo atribuindo pontos à velocidade e agilidade, sob o código de tempo-honrado, a decisão não depende da morte da lebre, é falso! O galgo evoluiu ao longo de séculos, de cruzamentos cuidadosos, podendo matar a Lebre instantaneamente sem a agonia dela. Alias, o número de mortes em largadas são insignificantes quando comparados com os tiros, atropelamentos ou mortes causadas por predadores naturais. É portanto importante contrariar a ideia de que as largadas de lebres são um desporto vergonhoso que ocorre nas sombras, as largadas de lebres são um desporto público com nada a esconder, estatuariamente aprovadas pela administração nacional. Esta modalidade está em franca ascensão, pessoas de ambas as origens rurais e urbanas cada vez mais a apreciam, não podemos sofrer os reveses que os moradores rurais sofrem, nomeadamente a redução dos rendimentos na agricultura e actividades conexas. É hora de traçar uma Iinha clara, para promover cada vez mais o nosso modo tradicional de vida rural, somos pessoas que valorizamos a nossa maneira distinta de caracter rural. Desejamos conservar e desenvolver um modo de vida “melhor para nos, nossos filhos e gerações futuras!” Longa vida para as lebres, longa vida prós galgos, longa vida para as largadas!

Honra de Adultos 1º Mar - Manuel Franco 2º Kilara - Ases do Algarve 3º Rio - Manuel Franco 4º Toes - Ases do Algarve

Gil Coelho (textos e classificações)

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Monográfica do Perdigueiro na Companhia das Lezírias VÂNIA CLEMENTE

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ecorreu no fim-de-semana de 6 e 7 de Abril, nas instalações da Companhia das Lezírias em Braço de Prata – Porto Alto, a 29ª Exposição Monográfica do Perdigueiro Português. A sua organização esteve a cargo da Associação do Perdigueiro Português, que mais uma vez está de parabéns pelas excelentes condições que proporcionou aos inúmeros expositores, e ao público em geral que esteve presente. Ao contrário das últimas edições, este ano os julgamentos estiveram a cargo apenas de um único Juiz, Zeferino Silva. Nas provas de morfologias os resultados foram: Melhor cão da Raça (BIS) – Becas do Zambujeiro Melhor Macho – G’elvis do Casal de Palmeiro Melhor Fêmea – Becas do Zambujeiro Melhor Cachorro –Ginja do Vale das Tágides Melhor Bébé – Hi-fi da Porta do Olival Melhor par – Xicó de Torres e Xave de Torres

Provas da trabalho

~ JULHO 2013 cacicao

Em simultâneo neste fim-desemana, decorreram as Provas Práticas de Trabalho, assim como

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os Testes de aptidão natural. Estas Provas Especiais da Raça são fundamentais para iniciar, tranquilamente, tanto os cães como os condutores, para além de permitirem o melhoramento da raça e o prolongamento da época de utilização do companheiro de caça. O Teste de Aptidões Naturais (TAN) tem como objectivo confirmar se os exemplares, desde que com mais de seis meses de idade, reúnem as qualidades mínimas, de caçador, que um Perdigueiro Português deve possuir, no âmbito do “cão de parar”, tendo em atenção critérios como o instinto da busca, o instinto da paragem (servindo-se do vento e não da vista) e o equilíbrio, ou seja o seu comportamento principalmente a reacção aos tiros. A participação neste teste é o primeiro passo para qualquer condutor, que tem sempre algo a aprender com os juízes e colegas de teste. Nesta Monográfica o melhor do TAN foi a fêmea Hélia do Solar do Jamor, com o condutor Mário Rocha. No que diz respeito às provas de trabalho, o objectivo principal é sempre a melhoria dos cães de raça pura, em provas onde podem participar todos os cães do 7º Grupo (cães de parar sujeitos às provas de trabalho), organizadas pelo Clube Português de Canicultura ou pelos Clubes de Raça. São provas com regulamento próprio e onde só podem participar cães inscritos no LOP ou RI. Estas provas de trabalho divi-

dem-se em duas tipologias, a Clássica sobre perdizes (Fevereiro e Março) e a prova de caça sobre espécies silvestres (Outubro a Dezembro). Quanto às provas de trabalho durante a monográfica, no dia 6 de Abril a Prova de Santo Humberto teve como juízes da série A, Paulo Machado e Paulo Vale e como vencedor o condutor Mário Rocha e a perdigueira Incka. A série B teve como juízes João Lisa e Carlos Lopes, sendo o vencedor Pedro Pereira com a fêmea Goa. No

concurso, a série D, teve a juízar a prova Marques Pereira, sendo o vencedor Mário Rocha com o macho Rambo do Côa. O Derby, na série é teve como juízes Alfonso Marin e Vladimir de Castro e como vencedor Rui Mota com a fêmea Ginja da Chã da Serra d’Arga. Na classe aberta, série A, Luís Fon-

seca fez 1º excelente com o Vadio do Choupal; série B, venceu Vítor Maurício com Eloy do Solar do Jamor; e série C, Correia da Silva com o macho Vero do Choupal. O Melhor Exemplar da Classe Aberta e vencedor do Troféu Padre Domingos Barroso coube a Eloy do Solar do Jamor.

Fotos: ACAlves

Foto 1- Becas do Zambujeiro venceu o prémio de Raça Foto 2 - Barrage de desempate entre os vencedores da classe aberta com CACT Foto 3 - Hélia do Solar do Jamor, a melhor do TAN


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saúde

consultório Susana Silva Cacicambra, SA

A Dirofilariose

A Chocolate, o doce inimigo dos seus cães P

or mais inofensivo que pareça, o chocolate é tóxico para o seu cão pois contém teobromina, um alcalóide que os cães não conseguem eliminar rapidamente do sangue, e que por isso pode atingir um nível de concentração tal que

se torna extremamente tóxico. Os sintomas de envenenamento por chocolate incluem vómitos, diarreia, urinar excessivamente, batimentos cardíacos muito rápidos e respiração ofegante. Se a quantidade ingerida for muito grande o

seu cão pode mesmo morrer por paragem cardíaca. O chocolate preto apresenta quantidade maior de teobromina que o chocolate de leite, já o chocolate branco não tem teobromina sendo por isso relativamente inofensivo.

O cão na terceira idade

~ JULHO 2013 cacicao

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al como os cachorros, os cães idosos necessitam de cuidados e atenções diferentes de um cão adulto, a nível da higiene e conforto, alimentação e redobrados cuidados de saúde. Os cães não atingem todos a “terceira idade” com o mesmo número de anos de vida. Enquanto que para cães de raça pequena os sinais de envelhecimento tornam-se mais evidentes a partir dos 12 anos, para os de raça média por volta dos 10 e os de raça grande por volta dos 8, sendo estes os que têm uma menor esperança de vida. A esperança de vida dos animais de estimação aumentou muito nos últimos anos, devido a uma melhor alimentação, cuidados de saúde e higiene, o que no entanto permite que os cães desenvolvam mais doenças, típicas de cães mais idosos, devido à longevidade que atingem. Alguns dos problemas mais frequentes no cão idoso são : problemas comportamentais, doenças cardíacas, insuficiência renal crónica, doenças digestivas, ósseas, dermatológicas e desenvolvimento de vários tipos de cancro. para além de um sistema imunológico mais fraco.

Diabetes nos cães com tratamento de sucesso em Barcelona

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nvestigadores espanhóis podem estar perto de um tratamento eficaz da diabetes tipo I nos cães, depois de um trabalho de quatro anos. Os resultados dizem que após o tratamento desta doença em animais que, não voltando a apresentar sintomas da doença, estão aparentemente curados. O tratamento consiste num processo de terapia genética simples e que não deixa os animais stressados. Com excelentes resultados obtidos e sucesso na totalidade dos animais envolvidos no estudo, sem qualquer registo de recaída, é de esperar que dentro em breve o método possa, ainda que com

pequenas adaptações, passar a ser usado como terapia usual no tratamento da doença em cães. O tratamento é feito apenas numa sessão diária, com recurso a algumas injecções nas patas traseiras dos animais, e especialistas dizem que este pode igualmente ser o caminho para um tratamento eficaz nos humanos. Este tratamento não pode ser visto só como tratamento da diabetes tipo I, já que associado a esta doença está um conjunto de outras patologias que podem também ser menos frequentes nos cães, melhorando a sua qualidade de vida.

Dirofilariose é uma doença parasitária causada por nemátodes parasitas (Dirofilaria immitis e Dirofilaria repens) transmitidos pela picada de um mosquito infectado, podendo causar a morte. Esta doença é bastante usual no nosso país, principalmente entre os meses de Março a Novembro, afectando tanto canídeos como felídeos, sendo no entanto, mais frequente em cães. Trata-se de uma doença de evolução crónica, que leva à morte do animal, se não correctamente acompanhada por um Médico Veterinário. Embora também existam casos de Dirofilariose humana na Europa, este parasita é incapaz de completar seu ciclo de vida no homem, alojando-se frequentemente nos pulmões, onde fica encapsulado (D. immitis) ou na pele (D. repens). Ciclo de vida do Parasita: O mosquito infectado, ao picar o animal, injecta na sua corrente sanguínea, larvas microscópicas, denominadas de microfilárias, que vão migrar até ao lado direito do coração (D. immitis), alojando-se aí, onde evoluem até à fase de adultos. Estes parasitas adultos podem atingir 30cm de comprimento. A presença de vários destes parasitas adultos no lado direito do coração, conduz a uma insuficiência cardíaca/pulmonar grave pois o coração não consegue exercer convenientemente a sua função. Ciclo de vida do mosquito vector: Os mosquitos fêmea, depois de uma refeição sanguínea, fazem uma postura de ovos num criadouro (coleção de água). Uns dias depois, os ovos eclodem, nascendo pequenas larvas aquáticas, que passam por várias fases larvares (L1, L2, L3 e L4) até se transformarem em pupas. Destas, eclodem os adultos voadores, cujas fêmeas necessitam de se alimentar de sangue para o amadurecimento dos seus ovos, colocando-os em coleções de água. Desta forma, quando um mosquito fêmea se alimenta do sangue de um animal infectado, torna-se infectante para os outros que se deslocam/ habitam nas imediações. Assim, podemos encontrar ciclos silváticos, em que os mosquitos se alimentam em animais silváticos, como as raposas por exemplo, e ciclos “domésticos”, onde os parasitas circulam de cão para cão através da picada de um mosquito. No caso dos cães de caça, estes dois ciclos, poderão estar interligados, uma vez que os cães acabam por frequentar os mesmos locais que os animais silváticos, podendo assim, serem infectados pelos mesmos parasitas. Sinais/ Sintomas da doença: Os principais sinais de um animal com Dirofilariose são: tosse seca crónica, intolerância ao exercício, dificuldade respiratória, perda de peso, perda de apetite, fraqueza, espirros com sangue e hemorragias espontâneas. Diagnóstico: Usualmente é feito de duas maneiras: ou através de um exame sanguíneo para visualização das microfilárias com um microscópio, ou através de um exame serológico para pesquisa da presença de adultos. Tratamento: Existe tratamento para a Dirofilariose canina, sendo este diferente conforme exista ou não a presença de adultos no coração, tendo o animal que ficar observação durante algum tempo e devendo apenas ser feito depois de estabilização do estado geral do animal. Prevenção: Os animais deverão ser frequentemente desparasitados, com pipetas ou coleiras anti-parasitárias recomendadas pelo Médico Veterinário que segue o animal, bem como ter o cuidado de não o expor a zonas propícias ao desenvolvimento do mosquito vector (perto de lagos, ribeiras, rios, tanques de rega, etc). Embora actualmente existam produtos no mercado bastante eficazes na prevenção desta doença deve-se tomar atenção, pois nem todos são eficazes no combate contra este parasita, sendo por isso, de extrema importância, o aconselhamento com o Médico Veterinário assistente do animal.


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Afinal a persistência compensa N o mesmo cevadouro onde matei um navalheiro aquele arrocho XL , ainda descobri um aspirante a navalheiro. Três esperas e depois de ver porcos , e esperar e esperar e usar a máxima de “caçar não é matar tudo”. Consegui pescar um porco muito razoável . Na espera anterior apenas passou perto do cevadouro um porco com 30/40kg que descartei. Nesta espera coisa rara, tinha dois porcos no cevadouro, ainda de dia depois de abastecer o cevadouro com milho (burrice) fiz uma espera das 20h00 até as 22h45 sempre com dois ou três porcos a entrar e sair.... De

Cansado mas satisfeito

~ JULHO 2013 cacicao

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e não fosse o problema da recolha das rezes, eu diria que a “coisa” tinha sido perfeita, na Montaria da Herdade do Postoro, em Reguengos de Monsaraz. Mas a demorada, tardia e incompleta recolha dos javalis cobrados, ultrapassando tudo o admissível, “borrou a pintura”. Basta dizer que eu saí do Postoro às 20 horas e até essa hora estavam recolhidos 34 javalis!... Os restantes terão sido recolhidos no dia seguinte. Deste modo não deu para fazer o quadro de caça, nem sequer parcialmente. Foi pena…De resto, tivemos um dia de sol espectacular, sem frio; e havia realmente muitos porcos. Eu contei cerca de 160 disparos, mas creio que se terão disparado perto dos 200. No meio de tudo isto, eu considero-me cheio de sorte; primeiro porque o posto me havia sido oferecido (muito obrigado amigo Nelson C.), depois tocou-me um posto lindíssimo, em cima de um penhasco, com tiradeiros fantásticos e por fim disfrutei de 4 lances e cobrei 3 javalis, um dos quais navalheiro e um “cruzado” com perto de 100 kg. Há dias de sorte! Apesar dos boatos que corriam, relativamente à existência de porcos cruzados, posso dizer que estes eram uma minoria insignificante. Os horários de início foram cumpridos; concentração e pequeno-almoço seguido do sorteio às 9h00s; às 10h30 estávamos colocados e a solta das matilhas aconteceu por volta das 11h15 horas. Foi um belo dia de caça. Só foi pena ter chegado a casa às 22h00. Cansado, mas satisfeito. João Almeida Faria

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meu nome é Cláudia Sousa, tenho vinte anos e moro em Serpa. Comecei a ir à caça com três anos, hoje em dia não me vejo sem a caçada de Domingo, sem o convívio e todo aquele espirito cinegético. Daí aos vinte anos ter tirado a carta de caçador, ainda estou a aprender, mas acho que me esta a correr muito bem. Ainda consegui caçar a três caçadas à perdiz, lebre e coelho e a sete caçadas aos tordos, que foram espetaculares. Vamos ver como corre a próxima época.

VASCO PEREIRA

Claudia sousa

as foto do mês 1

A minha primeira época

tal modo que já me doía os olhos de tanto ver pelos binóculos .... Quem porfia mata caça.... Perto das 22h30 entrou um porco com outro e depois de ver bem achei que era merecedor de entrar no meu tarranco.... Fiquei feliz pelo “troféu” conseguido, mas sobretudo por sentir que cacei bem, sem precipitações e sem gulodice! Como eu gosto.... Sentir que fui digno da presa e não um abatedor de carne para talho. Há dois meses que estou de barriga cheia de caça! Duas peças e muita satisfação!

envie as suas fotos para: geral.cacicao@gmail.com

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opinião

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1 Licínio Monteiro e amigos acompanhados de 98 tordos, em Celorico da Beira 2 Grupo de amigos final de época, na Ereira 3 Duas gerações de caçadores, Henrique Passadinhas com o seu pai 4 Ernestino e Ana Lavadelas com os seus podengos 5 João Silva e Manuel Pessoa, numa manhã de caça, em Mangualde 6 Pedro e Rui Diogo, pai e filho no final de mais uma manhã bem passada 7 Armindo Germano, à espera que o javali chegue, na Ereira.


as minhas deambulações pelos campos da minha aldeia, observei duas vezes um facto que me deixou pensativo e para o qual não consegui arranjar resposta, mesmo depois de perguntar a caçadores velhos. Na primeira delas encontrei de uma um pintassilgo empalado num espinho de um carapeteiro e não consegui perceber como ele lá tinha ido parar. Acidente não podia ter sido, porque estava trespassado no sentido costas-peito. Na segunda vez e numa zona diferente mas numa árvore igual, estava um juvenil de rato do campo, também empalado num espinho. Se dúvidas tivesse da origem acidental da primeira observação, teriam ficado definitivamente dissipadas. Anos mais tarde em plena Primavera presenciei uma, para mim, inusitada luta, e a cerca de 50 metros: uma codorniz elevava-se da erva que de mim a escondia e perseguia um picanço real esvoaçante sobre o local, afugentava-o e regressava ao mesmo sítio! Por mero acaso olhava naquela direcção e despertou-me a atenção, mas nada mais. Quando a codorniz regressou ao mesmo local e pouco depois o picanço, tudo recomeçou e se repetiu inúmeras vezes até que o picanço “deslargou”!

Em corrida aproximei-me do local, sem que a codorniz tivesse levantado, parei e comecei a esquadrinhar muito bem o solo entre a erva. Nada!!! Nem vi nem se mexeu nada. Quando desisti, mexi-me e uma codorniz “ferida” saltoume aos pés. Não me mexi mais e procurei os pintos e finalmente lá os vi, 1,2,4,5,6, mesmo debaixo do meu nariz e muito bem camuflados. Fez-se luz na minha cabecinha: então os “velhacos”dos picanços também pegam nisto? «Queres lá ver que eram picanços os empaladores do pintassilgo e do ratinho!!??» Contei depois o episódio a tipos meus amigos, riram-se e claro de parvo e mentiroso me chamaram, até me gozavam perguntando se tinha sido mordido pela feroz codorniz. Uns tempos mais tarde ao ver uma das cassetes em VHF “El Hombre y la Tierra”, qual não é a minha surpresa quando vi um picanço a agarrar em vôo um pintassilgo e o empalou num espinho de carapeteiro e seguiu viagem. Era a sua dispensa e lá voltava para se banquetear com ele. A minha alegria foi enorme!

opinião

Facto sem resposta N

Fernando Mota

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Santarém

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Fo nte

da Tal ha ~

David Sousa Pinheiro - Cartaxo - 916 516 004

cacicao JULHO 2013

Criador de Podengos Médios Lisos com LOP

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opinião

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Fim de Semana cinegético, em final de época fronteira 17 Fevereiro

Quase no cair do pano da época de 2012-2013 há que queimar os últimos cartuchos por forma a querermos perpetuar aqueles lances, aquelas estórias que alimentam o nosso imaginário na esperança de poder continuar e que na próxima época a vida e a saúde nos permitam desfrutar desta actividade tanta vez referida por José Ortega y Gasset, como algo tão nobre onde “a paixão pela caça é inerente à condição mesma do homem e radica nas zonas mais profundas do seu ser”. SÉRGIO CARRIÇO (Figueira da Foz)

~ JULHO 2013 cacicao

Alandroal 16 Fevereiro

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Não desfraldando um compromisso assumido com um amigo em voltar ao Tejo Internacional onde estive pela última vez sensivelmente há 4 anos atrás tinha então cativado o dia 16 de Fevereiro para o regresso aquelas paragens. As estimativas eram animadoras e previam-se um bom efectivo de javalis a juntar mais uns tantos veados que de certo modo iriam animar as 24 portas que circundavam aquela mancha encostada à área de protecção de 500 metros das margens do Tejo. Há hora combinada lá estávamos, já com o sangue todo ele a fervelhar nas veias, os olhos varriam todo o horizonte na espectativa de ver os veados. Já no monte e depois dos habituais cumprimentos, algumas caras conhecidas e a oportunidade para partilhar experiencia com outros confrades que se deslocaram aquelas paragens com as mesmas expectativas. Normais formalismos das inscrições e sorteio da jornada de caça e respectivas e sempre úteis informações sobre o que provavelmente iriamos encontrar e para o qual deveríamos estar atentos. A mim tinha-me calhado a porta 13, duas portas depois onde estive na ultima vez que ali monteei e cobrei uma bonita “marrã”, desta vez tinha ficado precisamente no entroncamento de dois ribeiros que se precipitavam por um desfiladeiro bem escarpado, local que me deixou bastante animado e dado as previsões de muitos javalis que me puseram de sobreaviso. Ainda mal tinha acabado de me colocar e logo os tiros ecoaram vindos ora de um extremo ora

do outro estremo da linha e por onde entraram as matilhas. Os tiros continuavam ora de um lado ora do outro lado do local onde eu estava, começaram a “passear” a meia encosta, na minha frente a tiro apenas possível de uma cabina bem certeira algumas cervas que iam sendo poupadas, todavia os javalis, os que eu procurava, esses tardavam em aparecer. Fui no encalce de um veado que parecia aventurar-se em contornar o monte que estava nas minhas costas e voltar ao local de partida de onde fora levantado pelos cães que lá do outo lado também não se calavam: quando regressava ao meu posto vejo um Veado mediano a mergulhar em direcção ao entroncamento dos ribeiros, uma decisão teria que rapidamente ser tomada por mim, por qual dos ribeiros o iria esperar? Decisão errada, o bicho não aparecia e passado alguns momento lá mais a frente, PUM e fez-se silencio… comprovei que o monteiro da porta 14 quase ia sendo abalroado pelo animal que caiu seco a cerca de 5metros da sua porta. Sinal de polegar no ar e a espera continuou. Os lances ora de um lado ora do outro iam repetindo-se, tempo para com os binóculos la longe bem na meia encosta ver os veados que se furtavam tanto aos cães como aos caçadores. Javaliz esses é que nada… Pela direita de novo PUM e PUM e vejo de novo um veado errado… estava a ficar mais nervoso pois já tinha “falhado” um veado, mas aceitei calmamente a Benelli Confortec na vara e esperei que o animal “parasse” e PUM… caiu depois de um salto! Alguns segundos depois surpreendentemente o bicho arranca como se nada lhe tivesse tocado! Escudando-se atrás

de uma oliveira, longe dos nossos olhares. O confrade ao lado fez-me indicação que ia descer até junto do veado e assim que lá chegou o bicho deu novo salto numa nova fuga sem que de imediato levasse novo tiro que mais tarde se veio a confirmalhe ter atingido uma das pernas, sem contudo o ter travado … cá de cima e a mais de 150 pensava para comigo, este bicho é duro: Benelli bem apontada, Pum… e o bicho caiu finalmente ferido de morte, ficando ainda assim agoniando até que a minha faca ficou manchada e molhada pelo seu sangue, alguns momentos a ouvir dissipar-se a sua respiração… e ali se ficou! Mal estávamos recompostos deste lance vem encosta a baixo novo bicho a galope… parecia que já conhecia o seu caminho de fuga e o confrade da porta 14 que entretanto se juntava a nós a analisar o lance anterior e PUM … pareceu nem lhe ter tocado! Era agora a minha vez, até porque esta era a minha porta, PUM e o animal caiu de morte depois de galgar o ribeiro, mais um bonito lance digno de registo! Desta forma se deu por concluída a montaria, teríamos agora que “carregar” as reses e regressar ao monte, pois ainda haveria muito trabalho pela frente dado o numero de tiros que se ouviram, talvez mais de 200! No local onde tinha eu pensado ter falhado o meu veado, foi detectado a presença de sangue, facto que comprovou que aquele susto afinal terá sido o impacto da bala que lhe provocou essa reacção, pisteando ao longo de varias dezenas de metros não sendo possível localizar o veado que será iguaria para os abutres que nos acompanharam durante toda a montaria bem lá em cima!

Conforme combinado, fazendo apanágio da pontualidade Britânica, às cinco horas o Paulo Santos, eu (Sérgio Carriço) e o meu irmão Rui, estávamos prontos para iniciar a viagem com destino lá para as terras de Fronteira, terra de caça brava e bem perto também da terra dos cavalos que são uma das nossas referencias. Uma paragem para um café despertino antes de entrarmos em terras do Alentejo e não eram ainda oito horas da manhã quando avistamos as piscinas naturais da Ribeira Grande lá no fundo estavam apenas dois carros dos primeiro monteiros a chegar, senão mesmo dos elementos pertencentes à Direcção do Clube de Caçadores de Fronteira que muito amavelmente nos convidaram a participar naquela que seria mais uma das suas montarias anuais. Procedimentos cumpridos e verificação de toda a documentação exigida para podermos participar neste tipo de evento cinegético e logo de imediato fomos convidados a degustar um taco farto que se encontrava e por forma a não se perder muito tempo ao dispor de todos os sócios e convidados. Excelentes esclarecimentos tanto do Capitão de Montaria como do Director da Montaria e partimos para a mancha quando a chuva que nos ameaçava lá atrás se instalou para não mais parar. O ponto da concentração seria junto aos tractores que nos iriam colocar nas nossas portas. Antes mesmo de se ouvirem as primeiras ladras já ecoavam os primeiros tiros e a ansiedade também ia aumentando, a chuva incomodava e eu tinha nas minhas costas a Ribeira Grande e na chapada de frente, uma mancha de mato denso. Algum tempo depois de estar no

meu posto começo a sentir o mato a mexer, algo estava por detrás daqueles matos o que fez todos os sentidos ficarem em alerta e não foi preciso esperar muito para ter a certeza que não mais do que 10metros estava uma javalina acamada naquela chapada e que veio a ser cobrada duas portas mais a baixo, mais javalis deveriam estar acamados ali nas redondezas e que se furtaram logo que as matinhas que vinham a bater aquela chapada tiveram que alterar a sua direcção por forma a evitar que os cães atravessassem a Ribeira e atacassem o rebanho que subia a outra margem. Os tiros persistiam a jusante da Ribeira Grande, as ladras e os agarres faziam-se ouvir, ouve mesmo quem bisasse e no final exteriosasse essa sua satisfação. Passadas cerca de quatro horas ao sinal combinado a montaria terminou, haveria agora que recolher todos os monteiros que mais pareciam uns “pintos” molhados na sua maioria e os javalis cobrados; de salientar a impavidade de alguns caçadores perante as dificuldades e o esforço dos restantes monteiros em recolher algumas das reses que ficaram bem lá dentro do mato, mas finalmente dirigimo-nos até ao local de concentração, sempre com número dos javalis cobrados a aumentar. Resultado final: 14 bons javalis e um listado que foi agarrado pelos cães. Fomos então em busca de uma refeição quente que estava já a nossa espera, numa sala previamente aquecida para um reconforto bem merecido. Tempo ainda para conviver e partilhar os lances que todos vivemos antes de iniciarmos as nossas viagens de regresso, depois de mais um grande dia de caça. A Montaria é um acto de caça colectivo, assim deve ser visto por forma a ser perpetuado.


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Noite de toiros na praça do Campo Pequeno

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outros prazeres

motores

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Praça de Toiros do Campo Pequeno recebe no próximo dia 16 de Maio, pelas 21.30, uma corrida de toiros comemorativa do 7º Aniversário da Reinauguração do Campo Pequeno. Em praça vão estar os toureiros Joaquim Bastinhas, Pablo Hermozo de Mendoza e João Maria Branco em dia de receber alternativa. As pegas estarão a cargo dos Amadores de Évora e Alcochete. Os toiros são da ganadaria Ganadaria Passanha.

Nova Fiat Strada

Congresso Mundial do Presunto em Ourique

Modelo Adventure aposta no lazer

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pequena pic-up Strada continua a ser a aposta da Fiat para o segmento fora de estrada e lazer, com três tipos de cabine e três tipos de equipamento, Working, Trekking, Adventure. Em portugal a Fiat Strada aprensenta apenas o motor diesel Multijet de 1.3 cc com 95 cv de potência. No que

diz respeito ao equipamento de série, destaque para um novo painel de instrumentos com computador de bordo, volante regulável em altura (Trekking e Adventure), espelho da porta ajustável manualmente a partir do interior e ABS. A versão mais equipada, a Adventure, aposta numa vertente de lazer, acres-

O

urique recebe de 28 a 31 de Maio, o VII Congresso Mundial do Presunto, que contará com a presença de profissionais, empresários e especialistas dos mais variados países. Um congresso que envolverá as comunidades e os recursos da região de Ourique e do Baixo Alentejo. Além de um programa cientifico, este certame permite a todos os visitantes provar as iguarias gastronómicas.

centando ar condicionado, faróis de nevoeiro, jantes de liga leve de maiores dimensões e pneus de todo-o-terreno. Os preços variam entre os 13.162 euros da versão Working e os 16.293 euros pedidos pela variante topo de gama Adventure com cabina dupla. Uma opção a ter em conta para os amantes da caça.

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Doçarias Conventuais em Tentúgal

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Toiros e sardinha assada na Feira de Maio de Azambuja A

e 24 e 25 de Maio “o odor da tradição, os sabores conventuais e os costumes de outras épocas vão andar à solta no adro da Capela de Nossa Senhora das Dores”, durante a VII Feira da Doçaria Conventual, na vila de Tentúgal. Tendo o Pastel de Tentúgal como anfitrião, este certame recebe dia 24, a partir das 9h00, o I Grande Capítulo da Confraria da Doçaria Conventual de Tentúgal, encerrando com uma Noite de Fados. Dia 25, a VII Feira da Doçaria Conventual abre as portas às 12h00 com um programa de animação. O ponto alto da festa da doçaria terá lugar às 16h30 com a confecção do maior Pastel de Tentúgal, ao todo seis metros de pura delícia que as doceiras de Tentúgal vão preparar talentosamente.

vila de Azambuja recebe de 23 a 27 de Maio a tradicional Feira de Maio no campo da feira e pelas ruas da vila onde se realizam as largadas de toiros. A noite de destaque vai para dia 24, com o desfile dos campinos e a largada a ter início às 22h00.

A partir da meia-noite, será distribuída gratuitamente sardinha, pão e vinho em diversos locais da vila e seguem os arraiais até ao clarear do dia. Durante todos os dias, os toiros saem às ruas da vila para animar a feira mais castiça do Ribatejo.

Peregrinação internacional em Fátima

Fado, um tributo à cidade de Lisboa

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arcebispo do Rio de Janeiro, D. Orani João Tempesta, presidirá em Fátima à Peregrinação Internacional Aniversária dos 96 anos da primeira aparição de Nossa Senhora. A peregrinação terá como tema “A Deus nada é impossível” e terá lugar a 12 e 13 de Maio. Como resposta ao pedido apresentado pelo Papa ao Cardeal Patriarca de Lisboa, para que este consagrasse o seu pontificado a Nossa Senhora de Fátima, os bispos portugueses decidiram que esta consagração se fará no dia 13 de Maio.

o próximo dia 24 de Maio várias gerações de fadistas juntam-se em palco, no Salão Nobre da Aula Magna, em Lisboa, numa homenagem do Fado à sua cidade. Um espectáculo que conta com Ada de Castro, Ana Sofia Varela, Camané, Carlos do Carmo, Carminho (na foto), Ricardo Ribeiro, Lenita Gentil, Mafalda Arnauth, Natalino de Jesus, Pedro Moutinho e Rão Kyao. A acompanhar os fadistas vão estar os músicos José Manuel Neto, Diogo Clemente e Marino de Freitas. O espectáculo tem lugar às 22horas e os bilhetes custam 5 euros.

A caça à sua mesa A

ntes de começarmos a publicar algumas receitas de pratos de caça deixamos alguns conselhos e informações úteis sobre quatro das espécies mais apreciadas na mesa dos caçadores. É sempre importante começar por lembrar que todos os animais de caça devem ser endurados, após a sua captura, durante alguns dias. Este processo é chamado de mortificação e ajuda a realçar o sabor e textura da carne. O tempero também assume um papel importante no que diz respeito a valorizar ainda mais o paladar da caça. Adicione sal, pimenta, alho, sumo de limão, malagueta, vinho, azeite e ervas aromáticas, como o tomilho, os coentros e o louro, e deixe marinar de um dia para o outro ou, pelo menos, durante umas boas horas. Para além de melhorar o gosto, a carne ficará também mais tenra.

A lebre Quanto mais jovem for a lebre melhor será a sua carne, isto é, deve ser consumida quando atinge o seu crescimento máximo, que se dá por volta dos seis meses de idade. Quando velha, a sua carne é dura e desagradável. O sabor e aroma da lebre melhoram quando lhe são adicionados cravinhos e vinho em abundância.

A codorniz Estas aves possuem uma carne de sabor muito especial. Quando depenadas, ficam tão pequenas que o melhor é calcular duas, no mínimo, por pessoa. Podem ser preparadas de diversas formas: depois de assá-las ou grelhá-las, experimente adicionar vinho da Madeira ao molho que ficou do assado, bem com uma colher de sopa de natas e algumas passas, e sirva-as assim regadas.

O faisão

A perdiz

O faisão macho é maior do que a fêmea, pelo que o primeiro deve dar para quatro pessoas. A sua carne é muito saborosa e bastante indicada para assar. No entanto, e como tende a ser um pouco seca, vá borrifando a ave com manteiga ou outra gordura, enquanto está a assar. Sirva com castanhas, aipo e agriões, pois estes ingredientes fazem também parte da alimentação natural dos animais de caça.

Das várias espécies de perdizes, destacam-se a vermelha e a cinzenta-acastanhada, sendo esta última mais saborosa e a primeira um pouco insípida. As perdizes jovens, com três meses de idade, são óptimas para assar ou grelhar e as mais velhas para estufar. São aves pequenas que pesam cerca de 450 g e possuem um peito suculento. O melhor será calcular uma perdiz por pessoa.

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