Revista Crescimento 25 anos

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Edição Especial • junho 2010

Uma escola

que aprende Escola Crescimento completa 25 anos com o reconhecimento da comunidade pelos serviços prestados na construção do futuro desta e de outras gerações PÁG. 5

Dois lados da mesma moeda Educação Infantil: autonomia e aprendizagem são conceitos que devem caminhar juntos PÁG. 7

Construir valores

Ensino Fundamental I: incentivo à leitura e pesquisa, trabalhos em grupo e experimentações auxiliam no desenvolvimento PÁG. 9

1 Cleide Terzi do Amaral: a importância do acompanhamento dos pais no processo de aprendizagem PÁG.3


editorial

o

sumário

Utopia necessária

desejo de transformar realidades por meio da educação é algo que deve permear as mentes dos educadores. Nesse sentido, posso afirmar que o protagonismo e a imensa capacidade de ação de nosso time, além da consciência do valor da aprendizagem para mudança, sempre foram um foco de nossas iniciativas que se seguiriam para, enfim, fundarmos a Escola Crescimento que conhecemos hoje. As bases em que foi construída a Escola se originaram nos ideais em que acreditamos. A coragem de abrir uma instituição inovadora – que iniciou com apenas 25 alunos – e uma proposta desafiadora e surpreendente para a época na organização, comunicação e atendimento individualizado fizeram da Crescimento uma escola singular. Hoje, 25 anos depois, temos o desafio de reinventar a cada dia nossa instituição, ao mesmo tempo em que nos mantemos fiéis aos valores e à proposta pedagógica raiz. Nada é mais importante que o nosso aluno e o fato de ele estar verdadeiramente aprendendo.

expediente

No entanto, nesse momento de retrospectiva, cabe colocarmos algumas questões: o que fazer para que, daqui a 25 anos, continuemos nos orgulhando desta instituição? Como manter vivos e renovados os princípios sobre os quais se ergueu a Escola Crescimento?

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A maturidade da Escola nos traz novos dilemas e responsabilidades, que extrapolam os muros. Principalmente, quando nos encontramos em um País em que ainda existem crianças aprendendo matemática embaixo de uma cabana de sapê. É preciso que a educação que chega a nossas crianças seja cada vez mais próxima de todos, inclusiva, e que as boas práticas e ideias sustentáveis se multipliquem em rede. Nossa iniciativa ainda é tímida no contexto mais amplo da educação. Mas, hoje, temos a certeza do papel fundamental da Escola Crescimento ao inserir-se e auxiliar nossos jovens a perceberem a importância e a possibilidade das ações e pensamentos em rede para a melhoria de nossas cidades. O desafio que se coloca para nós é este, o de formar jovens protagonistas e conscientes de que cada um tem o poder e a responsabilidade de introduzir mudanças positivas na comunidade em que vive, como estamos fazendo há quase três décadas. Assim, esperamos estar no futuro comemorando nosso jubileu de ouro em um momento em que a educação brasileira também esteja celebrando suas conquistas e o reflexo destas para o progresso da nação. Boa leitura e um grande abraço, Maria Ariadine Bacelar de Castro Fundadora e Diretora Geral da Escola Crescimento

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Entrevista

Cleide do Amaral Terzi

História viva

Escola Crescimento - 25 anos

Educação Infantil

Autonomia e aprendizagem: dois lados da mesma moeda

Ensino Fundamental I Construir valores é fundamental

Ensino Fundamental II Intercâmbio de experiências e conhecimento

Ensino Médio

Ensino Médio com foco

Centro de Línguas Diversos caminhos, o mesmo objetivo

Artigo

Luís Antonio Laurelli

Crescimento 25 Anos - Edição Especial • Direção Geral: Maria Ariadine Bacelar de Castro • Conselho Editorial: Ingrid Gastal Grill (Diretora Pedagógica), Adrianne Bacelar de Castro (Vice-diretora), Luiza Bacelar (Gerente Pedagógica Educação Infantil), Andréa Mendonça (Gerente Pedagógica Educação Infantil), Izabelle Queiróz Alves (Coordenadora do EF1), Letícia Nogueira (Gerente Pedagógica do EF1), Helen Batista (Gerente Pedagógica do EF2), Patrícia Debus (Gerente de Relacionamento do EF2), Verônica Monteiro (Gerente Pedagógica do EM), Christiane Cruz (Gerente de Relacionamento do EM), Josania Nery (Gerente do Centro de Línguas Crescimento - CLC), Caroline Longo (Gerente de Comunicação e Gestão) • Projeto Editorial: Trama Comunicação • Diretora de Redação: Leila Gasparindo (MTb 23.449) • Editora-chefe: Helen Garcia (MTb 28.969) • Editor: Adriano Zanni (MTb 34.799) • Redação: Adriano Zanni • Projeto gráfico e diagramação: Arthur Siqueira • Fotos: Gustavo Mendonça • Impressão: UNIGRAF • Tiragem: 4 mil exemplares • EscolaCrescimento | Fone: (98) 2109-5000 | Rua Mitra, 21, Renascença II - São Luís (MA) | CEP: 65075-770. E-mail: escola@crescimento.com.br | Site: www.crescimento.com.br


entrevista • Cleide do Amaral Terzi

Além do “visto”

no caderno

Não é de hoje que o trinômio escola-famíliaalunos desperta a atenção quando o assunto é acompanhamento do processo de aprendizagem. Até onde os papéis das instituições de ensino e dos pais se entrelaçam?

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uando o assunto é educação de qualidade, a lição de casa está mais do que na ponta da língua dos pais: não basta apenas pagar a mensalidade de uma ótima escola, comprar livros e cadernos do agrado do filho, contratar o transporte escolar, dar à criança o melhor tênis e a melhor mochila. Para diversos educadores, a atenção e o acompanhamento de perto por parte dos pais ou responsáveis quanto à trajetória do aluno alavancam o processo de aprendizagem, além de colaborar para a construção de papéis fundamentais na identificação de direitos e deveres peculiares aos três lados do triângulo escola-família-aluno. Em entrevista exclusiva, a especialista em educação e consultora Cleide do Amaral Terzi afirma que “é nas diferenças entre os papéis da família e da escola que se torna possível criar espaços de acordos, aconselhamentos, direções e ações conjuntas e integradas no sentido de fortalecer nas crianças e jovens alguns valores que os identifiquem como pessoas e cidadãos”.

Como a senhora analisa a importância da relação entre pais, filhos e escola na contemporaneidade? Pensar a formação integral de crianças e jovens é olhar, com atenção, demandas, movimentos, matizes desses nossos tempos. Neles, considerar os silêncios, ruídos, temores, acertos e erros, que, intensamente, borbulham, inquietando os anseios das escolas, das famílias e de outras instituições educadoras. As velozes transformações atropelam as instituições sociais, esborrifam respingos, atingem a todos nós. Nas famílias e nas escolas habitam dúvidas e temores do que, até algum tempo, considerava-se consolidado e inabalável. Alguns autores dizem que vivemos numa “sociedade líquida” em constante incerteza. Os valores se alteraram. Perdem-se as sintonias. Manifestam-se situações e relacionamentos sociais cada vez mais distantes de parâmetros éticos, comprometendo a vida e o sentido do humano. Desafiadora é essa tarefa de nossos tempos. Nesse sentido, é preciso tornar as questões da educação, tanto na Escola como na família, objeto de debates e diálogos. Abraçar a comunidade escolar e familiar como um todo em suas concepções, interesses e

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e n t r e v i s t a • Cleide do Amaral Terzi

Existe um caminho a ser seguido pelos três entes quando o assunto é acompanhamento do processo de aprendizagem? Os novos cenários sociais solicitam das famílias e da escola novas considerações, diretrizes e parâmetros para discutir a formação dos filhos e dos alunos em outras perspectivas e referenciais. Nas diferenças dos papéis da família e da escola que é possível criar espaços de acordos, aconselhamentos, direções e ações conjuntas e integradas no sentido de fortalecer nas crianças e jovens alguns valores que os identifiquem como pessoas e cidadãos. O que fazer para aproximar os pais do processo de aprendizagem? A instituição, ao concretizar este desejo de aproximação com as famílias, o faz através do processo de comunicação das intenções defendidas pela escola e das práticas realizadas no cotidiano escolar dos diferentes segmentos. A instituição escolar quando vivencia uma rede de comunicação família/escola, escola/família, em torno do aprendizado de crianças e jovens, exercita aprofundamentos e reflexões sobre as necessidades e tarefas que são próprias da escola, dife-

A escola e a família não são as mesmas de décadas atrás e têm formatos próprios, cuja diversidade deve ser considerada 4

Divulgação

desejos educadores, firmando alguns propósitos que integrem o cotidiano da escola e da família. Identificar as especificidades que pertencem à responsabilidade familiar e aquelas que pertencem ao universo da escola.

Cleide do Amaral Terzi: os novos cenários sociais solicitam das famílias e escolas novas diretrizes

renciadas das tarefas familiares. Essas diferenciações não podem se constituir em distanciamentos, mas são ótimas oportunidades para integrar esses papéis que têm diferenças, mas têm objetivos comuns. Atendimentos individuais, reuniões pedagógicas, participação em eventos da escola, leituras de trabalhos, interesse por aprendizagens de alunos e filhos, pesquisas realizadas junto às famílias são alguns dos instrumentos que oferecem caminhos integradores entre a vivência escolar e a vida familiar. Muitas vezes, os sistemas de valores, virtudes, expectativas de resultados e atitudes de rigor na aprendizagem nem sempre são consensos entre famílias e escolas. Como minimizar as diferenças entre esses consensos, em benefício da formação moral e ética das gerações mais jovens? Ao pensarmos a família e a escola como sistemas, onde pessoas estão em relações, começamos a entender a complexidade que existe neste conviver. Cada sistema é constituído por um conjunto de crenças e valores que foram sendo construídos em relações sociais, num dado tempo e lugar. Cada família, cada escola tem

uma história e as diferenças fazem parte deste conviver. Valores, procedimentos éticos, atitudes de estudantes precisam ser pensados como aprendizagens que devem ser construídas ao longo da convivência das crianças e adolescentes com os adultos e entre si, aprendendo as exigências disciplinares próprias da pesquisa e do estudo. Ninguém nasce com essas atitudes e valores prontos. Portanto, os educadores, ou seja, pais e professores têm a responsabilidade de serem os “construtores” destas aprendizagens. Acredito que pais e a equipe da escola precisam construir a sua própria relação e, para isso, devem ser criados contextos de colaboração com os filhos e os alunos, para viverem relações claramente constituídas, onde as diferenças possam ser negociadas, direcionadas e avaliadas. A escola e a família não são as mesmas de décadas atrás e têm formatos próprios, cuja diversidade deve ser considerada como relações transculturais e integradas. Na família e na escola, reconhecer o valor do esforço e das conquistas tanto do aprendizado, quanto das manifestações dos alunos revela apreço pelo conhecimento e pelo patrimônio cultural.


história viva • escola crescimento - 25 anos

Adrianne Bacelar de Castro, Maria Ariadine Bacelar de Castro e Ingrid Gastal Grill: dedicação integral à frente da Escola Crescimento

Somos também uma escola que

aprende e

mbora a distância rodoviária que separa a capital maranhense da “Cidade Maravilhosa” possa ser mensurada em extensos 3.015 km, São Luís e Rio de Janeiro conservam particularidades em comum. As cidades abrigam histórias de pessoas e instituições que são capazes de atravessar fronteiras e que se entrelaçam. O ano era 1980. Naquela época, a internet sequer existia. Não havia telefone celular, o Google, entre outras tantas invenções às quais se tem acesso hoje. O Brasil era governado por um regime ditatorial e convivia com o fantasma da inflação galopante. Esse cenário, no entanto, não desestimulou a jovem educadora Maria Ariadine Bacelar de Castro, que sonhava em dar início a uma pequena escola na capital fluminense.

Escola Crescimento comemora jubileu de prata com o reconhecimento da comunidade pelos serviços prestados

O bairro escolhido seria o condomínio Novo Leblon, na Barra da Tijuca. Estava fundada a “Escolinha das Artes”. Em 1984, a oportunidade de mudança da família para a cidade de São Luís fez que o sonho de edificar uma escola ainda maior se concretizasse. “Lembro como se fosse hoje, o Jardim Escola Crescimento abriu suas portas, em uma casa alugada no bairro do Olho d’Água, com três turmas e apenas 25 alunos. Tudo era motivo de muito orgulho”, diz a fundadora. Segundo Maria Ariadine, a escolha do nome da escola denotava o cultivo de um valor muito forte que é o de evolução contínua. O empreendedorismo era um dos pilares. “Na década de 1980, quando a maior parte das escolas de São Luís se localizava no centro da cidade, em locais de difícil acesso e inadequados, a

Crescimento instalou-se em uma área ampla e arborizada que propiciava um espaço agradável para as crianças. Foi um desafio”, diz. Com uma proposta inovadora, que envolvia alunos e famílias em um relacionamento participativo e democrático – o que não era muito comum na época – a concepção de ensino priorizou a experimentação, a vivência e a compreensão das diferenças e necessidades de cada criança. Tudo isso permeou o próprio modo de gerir a instituição. “Quando só se falava em qualidade total para as indústrias, já estudávamos e implantávamos ferramentas adaptadas à realidade da escola. Iniciava-se um processo de gerir a Crescimento como uma empresa, visando atender melhor às famílias”, comenta a fundadora.

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história viva • escola crescimento - 25 anos

1993 Construção da Unidade Renascença São Luís (MA)

1985 1985 Jardim Escola Crescimento bairro Olho d’Água São Luís (MA)

Jardim Escola Crescimento bairro Olho d’Água São Luís (MA)

1991 Jardim Escola Crescimento bairro Olho d’Água São Luís (MA)

1994

1983 Escolinha das Artes Rio de Janeiro (RJ)

Qualidade certificada Com o passar dos anos, a Escola cresceu consideravelmente e passou a abrigar turmas do Ensino Fundamental, uma vez que diversos pais queriam que os filhos tivessem continuidade nos estudos nas mesmas metodologias da Educação Infantil. A expansão foi planejada e gradativa. A unidade Renascença foi inaugurada com o ciclo de maternal e Educação Infantil completo, em 1993. Um ano mais tarde, deu-se início ao Ensino Fundamental, com uma turma de primeira e outra de segunda série. Nesse período, o Jardim Escola Crescimento tornara-se Escola Crescimento. Outro grande salto, segundo Maria Ariadine, foi quando a Crescimento aliouse ao Pueri Domus Escolas Associadas (PDEA), antecipando-se à reforma educacional desencadeada pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

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O Ensino Médio chegou em 2002, momento que coincidiu com a certificação de qualidade recebida na norma ISO 9001:2000. Em 2009, a Escola foi recertificada com base na revisão mais atual da mesma norma, a ISO 9001:2008. “Os funcionários já adotaram essa cultura empresarial e sabem que analisar criticamente dados e planejar iniciativas são coisas que devem rondar o cotidiano deles”, avalia Maria Ariadine. Responsabilidade social A implementação do Ensino Médio teve a perspectiva de dar seguimento ao trabalho realizado no Ensino Fundamental. Com o amadurecimento da proposta pedagógica e os excelentes resultados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), estabeleceu-se uma imagem na comunidade de escola forte e que prepara cidadãos para os vários desafios que encontrarão pela vida. Em 2006, a escola associou-se ao Instituto de Cidadania Empresarial (ICE-MA), iniciando um novo foco na gestão, o da

Inauguração da Unidade Renascença São Luís (MA)

2010 Escola Crescimento

responsabilidade social. “Ao propiciar em nosso universo a aprendizagem da convivência saudável, cumprimos nossa função maior, que é, por um lado, abordar conhecimentos sobre a diversidade da espécie humana e, por outro, levar as pessoas a tomar consciência sobre as semelhanças e a interdependência entre todos. Somos uma escola que aprende e uma equipe de profissionais que sempre busca fazer mais e melhor”, acrescenta Ingrid Gastal Grill, diretora pedagógica.


educação infantil

t

omar decisões na vida profissional, sobretudo diante de situações adversas ou sobre as quais pairam incertezas, é tarefa que precisa ser feita com competência e segurança. As habilidades que levam um indivíduo a desenvolver aspectos como liderança e autonomia devem ser trabalhadas desde os primeiros passos na escola, é o que defendem muitos educadores. Com base nesse pressuposto, a Escola Crescimento decidiu investir na elaboração de espaços dentro das próprias salas de aula da Educação Infantil, conhecidos como “Cantinhos Produtivos”. A ideia é criar diferentes momentos de aprendizagem por meio de materiais estimulantes em diversas áreas do conhecimento (português, linguagem, artes, leitura e jogos) para que os alunos tenham a possibilidade de vencer suas dificuldades, manifestar habilidades e interesses, além de desenvolver estratégias que os ajudem a conquistar autonomia.

Autonomia e aprendizagem:

dois lados da mesma moeda Quando se fala em educação infantil, ambos os conceitos devem caminhar juntos. Experiências adotadas pela Escola Crescimento, como os “Cantinhos Produtivos”, levam os alunos a desenvolverem melhores competências e estratégias que auxiliam na construção da maturidade e a superar obstáculos

“As propostas diversificadas destes espaços proporcionam desafios às crianças para que, em grupo e de forma diferenciada, possam evoluir de acordo com seu nível de desenvolvimento”, diz Luiza Bacelar de Castro Silva, gerente pedagógica de Educação Infantil da Escola Crescimento. Luiza ressalta que o lúdico faz parte da proposta pedagógica da instituição em todas as frentes de ensino. “Com um currículo baseado em atividades com intencionalidade pedagógica, proporcionamos às crianças uma aprendizagem significativa com projetos interdisciplinares, trabalho de linguagem na perspectiva do letramento, entre outros”, destaca. Os alunos realizam estudos e pesquisas sobre a natureza e a sociedade, explorando diferentes formas de registros gráficos e plásticos. “A expressão do conhecimento elaborado, dos sentimentos e das percepções é favorecida e di-

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educação infantil

Estímulo à leitura, desde os primeiros anos, é um dos diferenciais da proposta pedagógica da Educação Infantil

versificada. No ato de brincar, a criança apropria-se da realidade atribuindo significados, desenvolvendo assim sua imaginação”, diz a gerente pedagógica de Educação Infantil. A educadora ressalta a importância do estreitamento de laços entre família e escola, outra característica marcante da proposta pedagógica. Segundo Luíza, é preciso proporcionar aos pais momentos de formação, reuniões coletivas e individuais e, principalmente, um contato constante com os docentes, gerentes e os que fazem parte da equipe que interage com seus filhos. “Esse conjunto de iniciativas é que irá desenvolver crianças com senso crítico, questionadoras, capazes de transformar sua realidade e agir sobre o mundo, exercendo sua cidadania”, diz. Estímulo à leitura Considerando que, atualmente, o cidadão vive em uma sociedade letrada e também tecnológica, a Escola

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Crescimento concebe o processo de letramento como uma habilidade de leitura e escrita no contexto real de seu uso. Desde o maternal, as crianças entram em contato com a leitura dentro das atividades de rotina e também dos projetos de trabalho. “O principal objetivo é despertar o prazer, desenvolvendo um comportamento leitor, base necessária para que possam se comunicar, produzir conhecimentos e acessar informações”, afirma Andréa Mendonça, também gerente pedagógica de Educação Infantil da Escola Crescimento. Nas turmas, a função social da leitura e da escrita é apresentada também de forma lúdica e bastante participativa. “Nesse contexto, desenvolvemos um trabalho para que as crianças identifiquem e diferenciem as tipologias textuais, ampliem seu vocabulário e desenvolvam habilidades para o início do processo de alfabetização”, conclui a gerente.


ensino fundamental I

Construir valores

é fundamental c

A escola deve servir como um espaço para o intercâmbio de experiências rumo ao desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e ético. Incentivo à leitura e pesquisa, trabalho em grupo e experimentações são fatores que auxiliam

om o uso em larga escala da tecnologia e a velocidade com que acontecem as transformações atualmente, a escola reafirma-se como espaço de integração não apenas de conhecimentos nas mais variadas áreas, mas também tendo em vista o desenvolvimento do aluno nos campos afetivo, social e ético. Para impulsionar a aprendizagem, existem iniciativas muito eficientes que vão desde o estímulo à pesquisa como prática educacional, passando pela construção do conhecimento por meio da experimentação, pelo estimulo à leitura e à escrita, até o incentivo ao trabalho em grupo. Na Escola Crescimento, o Ensino Fundamental I tem como um de seus pilares a realização de pesquisas que

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ensino fundamental i

favorecem a integração do trabalho entre todas as disciplinas. “Os procedimentos de pesquisa (problematização, organização de informações, análise, elaboração de sínteses) são pertinentes às várias áreas do conhecimento”, complementa Izabelle Queiróz Alves, coordenadora pedagógica do Fundamental I. A construção do saber por meio da experimentação é outra vertente da proposta pedagógica. A educadora detalha que as turmas são incentivadas a trabalhar com situações em que vivenciam a elaboração e a sistematização do conhecimento por meio de recursos como: utilização de material concreto, dramatização, simulações, visitas, entrevistas, diferenciação de estratégias didáticas, entre outros. “Tais situações são o centro de nossas atividades. Realizamos as vivências em pequenos grupos, possibilitando a intervenção do professor no processo e uma atenção maior aos alunos que apresentam necessidades de estimulação paralela”, pontua a coordenadora. Dessa forma, a criação de grupos produtivos faz que os professores possam interagir não apenas com sua classe, mas com outros pequenos grupos coletivos e

ensino fundamental ii

individualmente. “A diversidade de estratégias e recursos é muito importante para que os estudantes, com suas diferentes habilidades, aprendam”, complementa Letícia Nogueira, gerente pedagógica do Ensino Fundamental I. O estudo da Língua Portuguesa, compreendendo todos os seus focos de análise (ortografia, leitura, interpretação e produção) também desperta a atenção na pedagogia da Escola. A partir do trabalho com gêneros discursivos em sala de aula, o aluno amplia sua competência leitora e escritora e, assim, vai construindo o conhecimento sobre o funcionamento da língua. “Para que ele elabore esse conhecimento, são necessárias inúmeras oportunidades de ler e escrever individualmente, ou de forma coletiva, utilizando os diferentes textos que circulam socialmente. Isso ajuda a formar o hábito de leitura como fonte de informação e prazer”, finaliza a gerente pedagógica.

Intercâmbio Alunos do Ensino Fundamental II desenvolvem a criatividade e a postura de investigação científica em atividades que vão além da sala de aula

n

a adolescência, muitas ideias e incertezas costumam rondar a cabeça dos alunos. Eles querem falar e ser ouvidos. São os primeiros passos rumo à construção da autonomia e da capacidade argumentativa. No Ensino Fundamental II, vêm à tona os principais anseios deste jovem, integrante da chamada geração “Y”: um ser ágil, antenado às transformações, multimídia, capaz de realizar diversas tarefas simultaneamente. “É o momento de aprofundar e fundamentar conhecimentos e habilidades essenciais para sua vida acadêmica, social e profissional”, reforça Helen Batista,

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de experiências e conhecimento gerente pedagógica do Fundamental II da Escola Crescimento. Além do foco na aprendizagem, a proposta pedagógica da Crescimento preocupa-se com a formação individual e também coletiva dos alunos. Os professores-tutores desenvolvem ações que vão além da atividade docente na disciplina que ministram. Dentre as atividades vivenciadas no ambiente escolar, uma das principais é o acompanhamento da aprendizagem dos estudantes, que envolve análises constantes dos resultados de avaliações, orientação sobre bons hábitos de estudo, planejamento semanal, escuta das dificuldades que o aluno vivencia, facilitando o direcionamento de ações individualizadas de acordo com as necessidades específicas de cada um. “Tudo isso oportuniza a percepção bilateral dos sujeitos envolvidos nesse processo, tanto do docente, quanto do estudante”, complementa a gerente pedagógica. Os professores-tutores também são responsáveis por auxiliar no desenvol-

vimento de projetos como a Feira da Cultura, na qual os alunos são instigados a aprender sobre como elaborar uma verdadeira pesquisa acadêmicocientífica, desde a escolha do tema, até os debates em torno dele. Os professores ensinam a importância de respeitar as divergências de opiniões e como potencializar as habilidades de cada integrante do grupo de modo que o trabalho renda melhor. O incentivo à leitura e à escrita também é uma tônica da proposta pedagógica da Escola por entender que, dessa forma, prepara os alunos de maneira autônoma para interagir em um mundo letrado. Sendo assim, os alunos são estimulados a identificar os gêneros que estão lendo, suas principais características, para, em seguida, partirem para produções similares. “Eles são orientados a desenvolver produções parciais que depois evoluem para totais. Ao concluírem, realizam autoavaliação e revisitam seus próprios materiais. Isso os ajuda a desenvolver uma escrita consciente”, diz Helen.

O aluno: um ser político Vivenciar o próprio espaço escolar como local de participação democrática, ativa e, ao mesmo tempo, de legitimação dos fundamentos que regem o modo de vida propicia o gerenciamento de inúmeros conflitos. Para otimizar ainda mais esse cenário, a Escola Crescimento criou as Assembleias de Classe que se traduzem em momentos de autorreflexão, nos quais os estudantes tomam consciência sobre si mesmos e enquanto integrantes de um grupo maior. “Atitudes humanas básicas como o respeito para com o semelhante, a capacidade para acolher a diversidade de opiniões e o compromisso irredutível com certos valores democráticos são requisitos para que ocorra a resolução de conflitos dentro do ambiente escolar e firmemse acordos que interessam ao senso comum. Isso reforça o diálogo, a cooperação e a própria autonomia dos estudantes”, diz Patrícia Debus, gerente de Relacionamento do Fundamental II.

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ensino médio

Ensino Médio

foco com

A partir do 1º ano, alunos já podem contar com orientação individualizada com o objetivo de direcionar os estudos segundo suas aspirações e prioridades. A iniciativa ajuda a conquistar bons resultados em exames como o Enem

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om a mudança no sistema de ingresso para muitas universidades do País, que passaram a adotar as notas obtidas pelos candidatos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para compor a pontuação rumo à conquista da tão sonhada vaga, diversas instituições tiveram de aperfeiçoar suas propostas pedagógicas, deixando de lado uma formação meramente conteudista para investir em uma filosofia de aprendizagem que estimule a capacidade de reflexão crítica dos alunos. Não é de hoje que a Escola Crescimento adota uma postura vanguardista quanto à formação de seus estudantes, o que reflete naturalmente na conquista de bons resultados em exames muito exigentes, tais como o Enem. Desde o 1º ano do Ensino Médio, os alunos possuem acompanhamento e orien-

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tação individualizados, definindo foco para seus estudos a partir de aspirações e prioridades. A Gerência de Relacionamento disponibiliza diversos horários para atendimento aos estudantes, organizando uma agenda semanal, além de utilizar como estratégia um pla-


no direcionado onde é considerada a rotina do estudante, até mesmo fora dos muros da escola. “Além da realização da agenda semanal, o aluno acompanha o resultado de seu desempenho a cada avaliação, podendo verificar suas dificuldades e se reorganizar em busca de eficiência para melhores resultados”, afirma Christiane Cruz Neves, gerente de Relacionamento do Ensino Médio. Atenção especial Outra estratégia eficiente é a implementação de atividades complementares conforme as prioridades de cada estudante. Plantões de dúvidas, estímulo à participação em concursos educativos – como as Olimpíadas de Física, Química, Matemática e Biologia – e a boa formação do quadro docente são fatores que auxiliam. Tudo isso faz parte da rotina dos alunos da Escola Crescimento, explica Verônica Luna Monteiro, gerente pedagógica. “Nas Olimpíadas, já conquistamos mais de 200 medalhas, o que nos orgulha em demasia. São atividades que rondam o cotidiano dos alunos e que farão a diferença lá na frente”, acrescenta.

Iniciativas como a Feira da Cultura, o Ensino Médio Leitor, o Balcão de Redação e as Pontes de Macarrão também são diferenciais da Escola. Nesta última, por exemplo, são trabalhados conteúdos como as Leis de Newton, entre outros relacionados à disciplina de Física, com os alunos do 1º ano, que constroem maquetes de pontes feitas de macarrão, trazendo a prática para o universo da sala de aula. No Balcão de Redação, o aluno deve elaborar um texto baseado em uma proposta sugerida. No momento da entrega, automaticamente trocará a redação feita por outra nova proposta a ser desenvolvida e, assim por diante, o que estimula a leitura e a pesquisa de temas.

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centro de línguas

objetivo Aprendizagem de idiomas, como o inglês e o espanhol, pode ser potencializada por intermédio de programas de nivelamento e atividades de intercâmbio cultural

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e

Divulgação

Diversos caminhos, o mesmo m um ambiente cada vez mais competitivo, no qual as barreiras culturais e étnicas tendem a ficar mais tênues, a busca pelo desenvolvimento linguístico diferenciado e pelo acúmulo de experiências bem-sucedidas deve ser uma constante não apenas por parte dos profissionais de mercado, mas também pelos próprios estudantes desde o início de sua formação.

com outros estudantes, dentro ou fora da sala de aula.

Instituições consideradas vanguardistas apostam firme na implementação de Centros de Línguas que ofereçam uma abordagem comunicativa capaz de unir as atividades ligadas ao aprendizado de idiomas e as tarefas de real interesse ou necessidade dos alunos de modo que eles se sintam capacitados a utilizar a língua tratada como objeto de estudo na interação

Segundo Josania Nery, gerente do Centro de Língua Crescimento (CLC), a partir do Ensino Fundamental II, os estudantes assistem às aulas em seus respectivos níveis de proficiência. “Por isso, aplicamos testes de nivelamento, compostos por questões que envolvem conhecimentos linguísticos e de compreensão textual. Estas questões são voltadas à avaliação do

A Escola Crescimento foi além e investiu na adoção de métodos para o alcance desses objetivos como o sistema de nivelamento de seus estudantes no aprendizado da língua inglesa, que busca proporcionar um equilíbrio nas variadas áreas de aprendizagem propostas por seus cursos.


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Incluir legenda

conhecimento específico para efeito de distribuição dos alunos em níveis, de acordo com o curso vigente a que se destinam e com o percentual atingido por cada um”, complementa. A educadora ressalta a importância da busca pelo equilíbrio da turma, baseada no conhecimento linguístico prévio, aproveitando a bagagem dos alunos e a vivência na língua estrangeira. Tudo para que o rendimento esteja dentro dos parâmetros propostos pela Escola e para que a motivação esteja sempre presente em sala”, diz Josania. O inglês para crianças em séries iniciais é outro caminho virtuoso seguido pela Crescimento. Desde sua introdução, em 2008, o ensino do idioma na Educação Infantil tem

obtido bons resultados tanto com os alunos, que se mostraram bastante entusiasmados e motivados, quanto com os pais, que veem o reflexo das lições aprendidas na Escola em outras situações no dia a dia dos filhos. Um terceiro idioma Até o ano de 2009, o curso de espanhol era oferecido como disciplina optativa para os alunos de 8ª série do Ensino Fundamental que tivessem interesse em conhecer outra língua estrangeira. Já no Ensino Médio, os alunos teriam de escolher entre o inglês e a língua espanhola. A partir de 2010, alunos da 5ª série do Fundamental II ao 3º ano do Ensino Médio passaram a cursar as duas disciplinas conjuntamente. A proposta é que eles concluam os es-

tudos dominando os dois idiomas, preparando-se adequadamente para os processos seletivos das universidades ou para o mercado de trabalho. Além das fronteiras Vivenciar uma nova cultura faz parte do aprendizado de muitos alunos. A Escola Crescimento participa de programas de intercâmbio para brasileiros no exterior, assim como para estrangeiros que desejam ter essa experiência durante férias ou mesmo por um período mais longo. “Nestes programas, os alunos moram em casa de família e podem aprender mais sobre a cultura local, divulgando o nosso país no exterior e interagindo com os alunos de outros locais”, complementa Josania Nery, gerente do CLC.

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artigo • Luís Antonio Laurelli

Não apenas um ponto, mas o centro

de referência Luís Antonio Laurelli é Diretor Geral do Pueri Domus

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ecentemente, tenho observado uma verdadeira banalização da forma pela qual alguns “educadores” reproduzem, sem qualquer espécie de cuidado, conhecidos discursos pedagógicos. Há algumas semanas, fiz um pequeno exercício ao avaliar sites de diferentes escolas e pude perceber que os enunciados são praticamente os mesmos: em seus adjetivos, missões, objetivos, enfim, são muitos os chavões. Escolas com perspectivas pedagógicas completamente distintas utilizam os mesmos conceitos para “venderem” sua proposta e, ao fazê-lo, descaracterizam e esvaziam uma produção valiosa de teóricos importantes que nos precederam. Imagino o que deve se passar na cabeça dos pais que procuram uma escola para “entregar” seu bem mais valioso, o futuro de seus filhos. O que eles avaliam no momento de decidir por esta ou aquela instituição? Em que discurso podem ou devem acreditar? É evidente que muitas instituições querem fazer um trabalho de qualidade, mas somente os verdadeiros centros de referência podem comprovar, em sua prática pedagógica cotidiana, aquilo que de fato embasa seus discursos. É aí que se encontra a grande diferenciação.

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Voltando ao passado, em 1994 mais precisamente, tive o privilégio de conhecer a educadora Maria Ariadine Bacelar de Castro, grande responsável pela construção de uma escola que vê a educação como um processo contínuo, que educa alunos, pais e seus próprios profissionais. Mais do que isso: que se autoeduca, tornando-se capaz de rever conceitos a todo instante para aprimorar-se e inovar. Sem dúvida, uma escola criativa que acredita no rigor acadêmico, busca os melhores resultados sem deixar de contemplar as diferenças e que, em momento algum, deixa de conectar-se à realidade, pois entende que é do significado que nascem as possibilidades de aprendizagem. Uma instituição que coloca no centro de suas preocupações a preparação dos educadores, ensinando as novas gerações a aprenderem mais e melhor. Essa é a Escola Crescimento e é por esse motivo que festejamos os 25 anos de existência de uma instituição que soube, ao longo desse tempo, consolidar-se como um centro de referência, feito de propostas e valores. Uma escola que, desde a sua fundação, foi orquestrada com base nos princípios de uma docente que, verdadeiramente, é pela educação, assim como todos nós. Que a trajetória amplie-se por longos anos e que o desejo de crescimento seja infinito.


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