T&N Veículos Comerciais

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Índice

Nota Abertura

Iveco lança Truck Station Service Evicar Norte de “portas abertas” MAN apresenta no Brasil camião 100% biodiesel DB aceita debater megacamiões

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MAN brilha de Interschutz

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Premium Lander OptiTrack para incursões mais duras Renault produziu 100 000 Midlum Renault Trucks com “check-up” gratuito

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Volvo inicia produção em série de autocarros híbridos

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Scania Euro 5 chegou à Madeira Setra S 415 GT-HD premiado Evobus Ibérica já produziu 10 mil chassis

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Master de regresso a Portugal

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Trafic e Kangoo Express Maxi chegaram Volkswagen Amarok chega em Setembro

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Iveco quer rendibilidade de dois dígitos Navistar inicia produção na India 11 Tomás Jervell (Grupo Auto Sueco) ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS Em cinco anos investimos mais de 100 milhões de euros na internacionalização 12/13

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Vendas de +16 t na Europa estabilizam em Maio Renault Trucks assume liderança em Portugal

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Comerciais ligeiros puxam pela produção nacional

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Carlos Silva (Krautli Portugal) ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS Pesados valem 20% do negócio e estão a recuperar

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Vialtis lança myVialtis.com Brisa cria sistema de reconhecimento automático de matrículas Knorr-Bremse: nova fábrica na Rep. Checa VDO promove substituição de tacógrafos

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Nuno Santos (Aran) ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS Rebocadores querem mudanças na legislação do sector

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FICHA TÉCNICA

Mercedes Actros produzido no Brasil Fuso Super Great Truck lançado no Japão Canter duplica vendas no Sudoeste Asiático

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TRANSPORTES & NEGÓCIOS Registo na D.G.C.S. Nº 123054 Depósito Legal N.º 164047/01

Propriedade: José Fernando Araújo Gonçalves Apartado 30 • 4580 Recarei Editora: Riscos - Sociedade Editora, Lda Direcção: Fernando Gonçalves Redacção: João Cerqueira, Susana Marvão Edição Electrónica: Paulo Costa Departamento comercial: Ana Paula Oliveira

Internacionalizar é preciso Será um chavão? um lugar-comum? não, internacionalizar é mesmo preciso para um país pequeno e uma economia aberta como a nossa. E diversificar também. É uma questão de bom senso. O nosso mercado de pouco mais de dez milhões de habitantes (e seríamos já bem menos, não fossem os imigrantes), ainda por cima com um reduzido poder de compra e um crescimento esperado diminuto, não chega para garantir o futuro das empresas. E depois, há a velha questão de colocar os ovos todos no mesmo cesto. De novo, diz o bom senso uma carteira diversificada de parceiros de negócios – empresas ou mercados – dá mais segurança em tempo de crise. A gente dos transportes, nada e criada na economia global (mesmo quando ela ainda não era assim chamada), sabe bem disto. E por isso há muito que empresas nacionais, dos vários ramos dos transportes e da logística, operam no exterior, exportando, evitando importações, criando riqueza cá e noutras paragens. A Auto Sueco é, a seu modo, um caso exemplar. Caminha mesmo a passos largos para se tornar uma multinacional (no sentido em que a maioria do seu volume de negócios será realizado no exterior). Mas não é um caso único. Felizmente para o País. Ainda que nem sempre o País olhe como deveria para estes agentes económicos, porque menos dados à luz dos holofotes. FERNANDO GONÇALVES Redacção, administração, assinaturas e publicidade: Apartado 30 4580 Recarei Tel: 22 433 91 60/1. Fax 22 433 91 62 redaccao@transportesenegocios.com www.transportesenegocios.com

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Iveco lança Truck Station Service Iveco inaugurou em Hannover a sua primeira Truck Station Service. O objectivo é desenvolver uma rede de 400 centros de assistência especializada nas principais vias de comunicação europeias, especialmente dedicada a veículos comerciais pesados afectos ao transporte rodoviário internacional. O projecto Truck Station Service da Iveco integra assistência 24 horas, ferramentas avançadas de diagnóstico (que permitem a operação simultânea em vá-

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rios veículos), armazém de peças dedicado, técnicos com formação especializada, assistência em semi-reboques com produtos da gama Bullder e serviço de reboque. Integra também um novo sistema denominado VOR (para Veículos Off Road) que irá monitorizar o estado desses veículos nestes pontos de serviço. A rede Truck Station Service já está a avançar também em França e na Alemanha, com 140 novos pontos de assistência, afirmou Enzo Giochin, vice-presidente de Atendimento ao Cliente da Iveco.

Evicar Norte de “portas abertas” A Evicar Norte realizou nas suas instalações de Perafita, nos dias 13 e 14 de Junho, um evento de Portas Abertas onde recebeu grande número de clientes, que tiveram oportunidade de se familiarizarem com as mais recentes novidades introduzidas nas gamas de camiões DAF e Isuzu. A Evicar Norte foi criada em 2001, sendo um dos três distribuidores oficiais de camiões DAF no nosso país. Nas suas modernas e funcionais instalações, onde emprega uma equipa de 40 colaboradores, oferece também assistência técnica aos veículos das marcas DAF e Isuzu e comercializa peças e acessórios. Assegura igualmente o serviço internacional de assistência 24 horas DAF ITS na região Norte. O evento de Portas Abertas contou com muita animação e várias actividades recreativas, com a presença dos pilotos Rui Sousa, Carlos Silva e Elias Rodrigues. A Isuzu mostrou a sua participação activa em ralis e provas de enduro.

MAN apresenta no Brasil camião 100% biodiesel A MAN Latin America apresentou no Brasil o camião VW 17.250, preparado para consumir biodiesel a 100%. O novo modelo está equipado com o sistema de injecção inteligente Dual Fuel, uma novidade na América Latina, que permite o consumo alternado de gasóleo rodoviário, de biodiesel ou mesmo de gás natural (nos veículos preparados para tal, como é o caso do VW 15.180 GNV, também apresentado pela MAN). O B100 já está a ser testado em frotas de transportadores locais. A utilização de biodiesel permite reduzir até 90% as emissões de dióxido de carbono e tam|4

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bém as emissões de partículas. Os camiões totalmente movidos a biodiesel têm um sistema de monitorização que ajusta o fornecimento do combustível apropriado para o motor – biodiesel ou gasóleo rodoviário comum – por intermédio de uma unidade doseadora. O sistema é gerido electronicamente, sem a adição de qualquer aditivo especial. A tecnologia Dual Fuel – garante a MAN – permite a utilização de biodiesel e de gás natural em veículos novos ou já em circulação, com um investimento baixo se comparado com o preço de outras tecnologias.

DB aceita debater megacamiões A Deutsche Bahn (DB) está disponível para o debate sobre a circulação dos mega-camiões na Europa. Numa declaração conjunta, o gigante ferroviário e a VDA (a associação alemã da indústria automóvel) dizem-se favoráveis à criação de um sistema de transporte mais eficiente, e prontos a debaterem as regras de revisão do quadro normativo sobre pesos e dimensões de veículos pesados, e em particular a analisarem em que medida a introdução de megacamiões pode contribuir para tornar as cadeias logísticas mais eficazes. A indústria e os operadores ferroviários têm sido até agora os principais opositores à introdução de megacamiões na Europa. A DB é a primeira companhia do sector a mostrar-se disponível a negociar, facto que não passou despercebido à IRU. “A indústria dos transportes rodoviários saúda este avanço positivo da DB. O facto dum grande operador ferroviário europeu ter decidido pôr fim à oposição dogmática ao Sistema Modular Europeu (EMS), demonstra que compreendeu que este é o melhor meio de tornar o transporte rodo-ferroviário mais eficaz e atractivo do ponto de vista económico”, comentou a propósito Michael Nielsen, Delegado-Geral da IRU junto da UE.


MAN brilha na Interschutz jogar em casa, a MAN esteve em destaque na Interschutz 2010, feira internacional líder mundial em equipamentos de socorro, combate a incêndios, catástrofes e de segurança, que se realizou em Leipzig. A marca alemã apresentou a sua vasta gama de produtos destinados às corporações de bombeiros e instituições de protecção civil, exibindo seis camiões no seu stand, a que se juntaram mais 35 expostos por outros carroçadores também presentes no certame. As séries TGL, TGM, TGS e TGX, patentes na feira, oferecem uma gama abrangente de veículos para variadas aplicações nas corporações de bombeiros, municipais e operacionais. O TGL pode ser equipado com TSF-W, StLF 10/6, LF 10/6 estrada ou GW-L1, em matéria de veículos de combate a incêndios, em versões das 7,5 às 12 t., de 2 eixos com tracção 4x2. A cabina dupla é uma das propostas da marca alemã para este segmento específico, sendo os acabamentos interiores execu-

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tados na fábrica de Steyr. A série TGM para combate a incêndios estende-se das 10 às 18 toneladas de peso bruto, servindo de base a carroçarias desde o LF 10/6 ao HLF 20/16, e para autotanques até ao TLF 20/40SL, como veículo de plataforma elevatória de socorro, com escada rotativa ou de um mastro telescópico, e também como veículo com equipamento técnico de apoio GW-L2 ou RW, ou ainda como veículo de carga intermutável. Também a série pesada TGS desenvolveu versões de 2, 3 e 4 eixos para bombeiros: auto-tanques de grandes dimen-

sões, como o TLF 20/40-SL, veículos de combate a incêndios industriais, veículos com equipamento técnico de apoio, escadas rotativas, mastros telescópicos, de cargas intermutáveis, etc, cuja gama de oferta se estende das 18 às 41 toneladas. A marca exibiu em Leipzig também o chassis MAN SX para veículos de combate a incêndios nos aeroportos, o novo TGS WW para mercados africanos, do Médio e do Extremo Oriente, e da Rússia, e o MAN CLA para os mercados asiáticos e africanos. Outro dos argumentos propostos pela MAN foi o seu sistema de tracção HydroDrive, o qual constitui uma enorme mais valia nestes tipos de aplicações. Nos últimos anos, o mercado alemão de veículos de bombeiros e de apoio técnico, acima das 6 toneladas, contava cerca de 1 500 unidades. A MAN tornou-se nas últimas duas décadas a principal marca de referência neste segmento, tendo aumentado a sua quota de mercado de 6%, em 1990, para 44%, em 2009. JUNHO 5 |


Premium Lander OptiTrack para incursões mais duras A Renault Trucks desenvolveu o OptiTrack, um sistema que permite usufruir de uma transmissão integral 4x4 momentânea, cuja oferta já está disponível na gama de veículos para a construção Premium Lander. O OptiTrack funciona graças a dois motores hidráulicos integrados nos cubos das rodas, sendo accionado a partir de um botão no painel de instrumentos e podendo ser utilizado até à velocidade máxima de 30 Km/h. Não se trata de um verdadeiro sistema 4x4, mas pode ser muito útil, sobretudo em veículos utilizados pouco frequentemente nas duras missões de todo-

-o-terreno. Nestes casos, as vantagens são muitas: o preço de aquisição do Premium Lander OptiTrack é substancialmente mais acessível do que o de um 4x4 convencional, o transportador ganha cerca de 490 kg de carga útil, e usufrui de, pelo menos, 10% de poupança de combustível, graças à substituição de uma ponte do eixo dianteiro por um eixo de avanço hidráulico. A utilização do OptiTrack permite também uma altura de engate de quinta roda idêntica à altura dos veículos rodoviários normais 4x2, garantindo uma boa flexibilização do equipamento nos parques de reboque. Depois da MAN, a Renault passa assim a oferecer também um sistema de tracção hidrostática adicional, disponível com transmissão manual e automatizada Optidriver+.

Renault Trucks com “check-up” gratuito

Renault produziu 100 000 Midlum A Renault Trucks produziu 100 mil unidades Midlum, em dez anos, na fábrica de Blainville-sur-Orne. A unidade comemorativa foi entregue pelo director da fábrica, Olivier Vidal, à Dupont Bedu Transports, empresa especializada no transporte expresso de embalagens. O Renault Midlum pode ser especifica|6

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do em 75 configurações distintas. O modelo é particularmente apreciado na distribuição ligeira, mas também utilizado em segmentos da actividade transportadora como o transporte expresso, recolha de resíduos, construção e obras ou o combate a incêndios.

A rede da Renault Trucks oferece, até ao próximo dia 31 de Julho, uma revisão sazonal para garantir o bom funcionamento dos veículos da marca. Os clientes poderão efectuar de forma totalmente gratuita os seguintes serviços: verificação da temperatura do ar condicionado, estado do radiador, nível refrigerante, pressão dos pneumáticos, teste de baterias Midtronics. Segundo a Renault Trucks, são operações simples que ajudam a enfrentar a estação estival com maior conforto. Além disso, entre os clientes que se dirijam às oficinas Renault Trucks para fazer o “check-up” gratuito de Verão será sorteada uma viagem às Caraíbas para duas pessoas, mais dez prémios de 500 euros em peças de substituição e 100 prémios de tratamentos Actioil.


Volvo inicia produção em série de autocarros híbridos

Volvo Buses iniciou a produção em série do autocarro híbrido Volvo 7700 Hybrid e do “double-decker” Volvo B5L Hybrid. A nova tecnologia deverá reduzir o consumo de combustível até 35% e as emissões de carbono em igual percentagem. O autocarro de 12 metros Volvo 7700 Hybrid está a ser construído na fábrica de Wroclaw, na Polónia, e o chassis para o Volvo B5L Hybrid de dois pisos será construído em Boras, na Suécia. As carroçarias para os veículos de dois andares serão construídas pela Wrightbus, na Irlanda do Norte. “Este é um passo importante para o Grupo Volvo e para a indústria”, disse Hakan Karlsson, presidente da Volvo Buses. Na América do Norte, os autocarros híbridos representam cerca de 20% do mercado dos urbanos e a percentagem está a aumentar. No entanto, a tecnologia híbrida usada nos EUA é menos rentável, sendo necessários subsídios para viabilizar os investimentos dos operadores.

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Consumos e emissões reduzidas até 35% Na Europa, o interesse dos operadores e o acesso aos subsídios é menor e, consequentemente, a frota de autocarros híbridos não é tão elevada. “Só agora existe um autocarro híbrido comercialmente viável no mercado europeu”, disse Hakan Karlsson. “Graças à poupança significativa de combustível e ao facto de a nossa tecnologia ser baseada em componentes padrão, os nossos clientes poderão recuperar os custos adicionais do autocarro num tempo relativamente curto”. Os híbridos da Volvo têm um motor diesel mais pequeno do que o normal e um motor eléctrico que pode operar o autocarro de forma independente ou combinada. Quando o veículo trava, a energia libertada é armazenada numa bateria que serve para accionar o motor eléctrico quando o autocarro acelera novamente.

Uma das principais vantagens da tecnologia paralela da Volvo é que o motor desliga-se automaticamente nas paragens. O veículo reinicia somente com a ajuda do motor eléctrico. O motor diesel só começa a trabalhar quando o autocarro chega aos 15-20 km/hora. Além do mais, isso proporciona um ambiente tranquilo e livre de fumos de escape nas paragens de autocarro. Outra vantagem sublinhada pelo construtor é que o autocarro gera significativa economia de combustível, independentemente de onde estiver a operar. Muitas das soluções híbridas anteriores são uma alternativa eficiente no tráfego da cidade bastante congestionada, mas as funções de tecnologia da Volvo adaptam-se igualmente bem quando há uma maior distância entre as paragens. Além disso, garantem os suecos, a lotação aumentou em comparação com os autocarros a diesel. Os testes em clientes demonstraram uma poupança de 25% em linhas com menos paragens e de entre 30% e 35% no tráfego urbano mais congestionado. JUNHO 7 |


EvoBus Ibérica já produziu 10 mil chassis

Scania Euro 5 chegou à Madeira

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Scania entregou à Agência de Viagens Tempos Livres, SA, na Ilha da Madeira, dois autocarros K 400 IB 4x2, os primeiros Euro 5 vendidos naquele território insular. Ricardo Oliveira, account manager de autocarros da Scania Portugal Sul, entregou as chaves a Afonso da Silva e a Lamberto Jardim, responsáveis da Tempos Livres, numa cerimónia que decorreu na cidade do Funchal, tendo os mesmos referido na ocasião que um dos factores determinantes para a escolha ter recaído sobre a Scania prende-se com “o facto de não serem necessários

aditivos para cumprir com a norma Euro 5”, uma vez que utilizam o sistema EGR, “para além do excelente binário com alta potência a baixos regimes serem fundamentais para se ter uma alta rentabilidade do veículo e do negócio”. Os empresários mostraram-se também muito orgulhosos pelo facto de serem pioneiros na introdução de autocarros Euro 5 na Madeira. A Tempos Livres, sediada no Funchal, em conjunto com a SAM possui uma das maiores frotas de autocarros da Madeira, composta por 96 viaturas, 23 das quais são Scania.

Setra S 415 GT-HD premiado O autocarro Setra S 415 GT-HD, equipado com elevador para pessoas com mobilidade reduzida, foi galardoado com o troféu “Top Standard Coach”, na sequência da sua participação no “UK Rally de Autocarros”, organizado pelas universidades de Cambridge, Norfolk, Suffolk e Essex. A unidade premiada pertence à transportadora britânica Galloway Europe-

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an Coachlines Lda, sediada em Suffolk, que opera serviços de transporte escolar com uma frota de 50 unidades. Um dos principais argumentos desta versão adquirida pela empresa em 2008, prende-se com o facto de ser uma das raras unidades em Inglaterra equipadas com o elevador 300 Hidrel Global para pessoas com deficiência motora.

A fábrica da EvoBus Ibérica de Samano, na Cantábria, produziu 10 mil chassis de autocarros desde a sua inauguração, em 1998. Desde 2003 que a fábrica de Samano se especializou na produção de chassis para autocarros urbanos e de turismo, exportando para países como a Alemanha, França, Grã-Bretanha e Portugal. Para o mercado interno espanhol também produz autocarros para serviço regional, de aeroportos e midiautocarros. A unidade de Samana oferece soluções de chassis modular de corpo flexível e vários comprimentos, em conformidade com o peso admissível do veículo, e também está certificada para a produção de peças originais e de reposição para a indústria de veículos comerciais. O chassis n.º 10.000 foi entregeu à Sanfiz SL, um transportador que opera na região norte de Madrid, com serviços de transporte escolar, excursões e serviços privados de transporte para eventos, cuja frota integra actualmente mais de 30 autocarros com uma idade média inferior a três anos.


Master de regresso a Portugal pós dez anos de ausência, o novo modelo da gama comercial ligeira Master já se encontra disponível na rede nacional de distribuidores da Renault Trucks. O novo Master cobre o segmento das 2,8 às 4,5 toneladas, encontrando-se já disponíveis versões furgão e chassis cabina, com rodado simples ou duplo, em variantes de tracção ou propulsão, com três níveis distintos de potência. A marca francesa propõe também veículos para uso imediato através das suas ofertas exclusivas “Ready to Work”, previamente carroçados, recebendo uma báscula, uma plataforma (caixa aberta), ou uma caixa fechada de grande volume para actividades como os transportes expresso ou de mudanças. A Renault promete disponibilizar, ao longo do ano, versões chassis cabina-dupla, plataforma-cabina e de chassis aberto. O Master está disponível em mais de 350 versões, podendo receber cerca de 70 variantes de carroçaria. A oferta cobre três alturas de tecto, quatro comprimentos de chassis, e quatro níveis distintos de pesos brutos. As variantes chassis-cabina cobrem o segmento das 3,5 às 4,5 t, com uma

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oferta de três distâncias entre-eixos e consola comprida ou curta. Permitem a adaptação de uma grande variedade de carroçarias e de equipamentos. A gama completa-se com modelos de propulsão de montagem simples e dupla. Relativamente ao novo bloco 2.3 dCi Euro 4, que substitui o 2.5 dCi, desenvolve agora níveis de potência de 100, 125 e 150 cv e incorpora a filosofia downsizing para limitar as emissões de dióxido de carbono. O motor encontra-se instalado transversalmente nos veículos de tracção dianteira e longitudinalmente nos de propulsão, assentando este último numa estrutura autoportante, permitindo assim aumentar a capacidade de carga útil. Já está disponível uma versão Euro 5 nas três motorizações, dotada de filtro de partículas, dando cumprimento a uma norma que só será obrigatória para esta classe de veículos a partir de finais de 2011. Outra novidade importante prende-se com as melhorias introduzidas no acesso ao compartimento de carga, contabilizando-se uma ampla abertura das portas laterais de 1.270 mm, um estrado traseiro rebaixado a 542 mm nas

versões de tracção, 672 mm nas de propulsão em rodado simples e 700 mm em rodado duplo. As suspensões também foram adaptadas de forma a obter melhor carga nos eixos. As versões de montagem simples vêm equipadas com suspensões de duas lâminas de molas, enquanto as de montagem dupla possuem suspensões de três lâminas. O Renault Master pode ser adquirido com contratos de manutenção Start&Drive (que cobre as operações de manutenção do veículo e permite planificar custos e imobilizações), e também com extensões de garantia Expandys (por períodos de dois ou quatro anos), as quais permitem cobrir todas as reparações do veículo. Estes dois produtos são flexíveis, podendo ser adaptados às necessidades específicas do cliente. O TRANSPORTES & NEGÓCIOS apurou que a oferta do Master na rede da Renault Portuguesa irá abranger igualmente variantes combi e minibus, com chegada prevista ao nosso mercado no próximo mês de Novembro, e cuja comercialização, pelo menos numa primeira fase, não deverá ser compartilhada pela Renault Trucks. JUNHO 9 |


Trafic e Kangoo Express Maxi chegaram par do Master, a rede da Renault Portuguesa também já tem disponível o novo Trafic, chegadinho de fresco este mês de Junho, e o Kangoo Express Maxi, estreado em Portugal no mês passado. A marca lança assim, duma assentada, uma forte ofensiva no mercado VCL. No Trafic as alterações mais visíveis encontram-se no seu interior, com um novo painel de instrumentos, que ajudou a reordenar os compartimentos de arrumação (agora com mais espaços

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na consola central e sob o porta-luvas). O modelo passou a oferecer equipamentos como o ar condicionado regulável, sistemas de navegação Carminat Tom Tom, regulador/limitador de velocidade com comandos no volante e uma nova gama de rádios CD MP3. Embora mantendo os motores 2.0 dCi e 2.5 dCi, a Renault aumentou o binário das motorizações do primeiro em 20 Nm na de 90 cv e 10 Nm na de 115 cv. No segmento dos furgões intermédios, o Trafic obteve em 2009 uma quota de

mercado de 13,5% na Europa Ocidental. Quanto ao Kangoo Express Maxi, trata-se de uma variante da gama com uma distância entre eixos ampliada em cerca de 40 cm, o que lhe permite um volume útil de 4,6 m3 e um comprimento do compartimento de carga de 2,10 m. Está disponível no nosso mercado em versões furgão e combi. Desde 1997, ano em que foi lançado, o Kangoo já vendeu mais de 1,6 milhões de unidades em todo o mundo.

Volkswagem Amarok chega em Setembro A Volkswagen Veículos Comerciais anunciou que a nova pick-up Amarok estará à venda em Portugal a partir do final do próximo mês de Setembro. O distribuidor nacional da marca alemã acredita que a Amarok será a nova referência no seu segmento, sobretudo graças a uma média de consumos inferior a 8 litros aos 100 Km, um valor ainda sem concorrência no mercado das pick-up. Outros argumentos da nova Amarok serão os elevados níveis de conforto, a capacidade para carregar transversal| 10

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mente uma europalete (graças a uma caixa de carga com 1,22 metros de largura entre as cavas das rodas) e, nas versões 4x4, a excelência das suas aptidões todo-o-terreno, oferecendo bons ângulos de ataque, de saída e ventral. As primeiras versões a chegar serão as de cabina dupla, com caixa metálica ou em chassis-cabina, representando esta última já cerca de 60% do mercado. A gama oferece versões de tracção traseira 4x2 e integral 4Motion não permanente e 4 Motion permanente. A

Amarok vem equipada com um sistema de bloqueio electrónico de diferencial que melhora a sua motricidade em qualquer tipo de terreno. O bloco proposto é o motor da marca alemã 2.0 TDI que desenvolve níveis de potência de 122 e de 164 cv. A Volkswagem propõe três níveis de equipamento na nova gama: Entry, Trendline e Highline. É intenção da marca destronar a Mitsubishi L200, a Nissan Navara e a Toyota Hilux, principais modelos de referência no mercado nacional de pick-up.


PAOLO MONFERINO, CEO

Iveco quer rendibilidade de dois dígitos

mercado europeu de veículos comerciais só deverá regressar à “normalidade” em 2014, prevê o CEO da Iveco. Até lá, a marca italiana quer aumentar a sua rendibilidade para a casa dos dois dígitos, acrescentou. Paolo Monferino falava numa conferência de imprensa internacional, onde o principal enfoque esteve no plano estratégico da marca para o período 20102014, assente em quatro vectores.

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Brasil e China são apostas estratégicas A primeira aposta passa pela renovação da gama de produtos europeus, aumentando de forma substantiva a eficiência industrial e aproveitando para o efeito a optimização do programa WCM (World Class Manufacturing), adiantou o responsável.

O desenvolvimento das actividades na América Latina, particularmente no Brasil, com a expansão das redes de distribuição, de serviços e da gama de produtos é outra opção assumida. O excelente posicionamento da Iveco na R.P. China é para ser rendibilizado, quer através da consolidação da presença no mercado local, quer com a oferta de produtos chineses - ou usando plataformas com base na China - para os mercados africano e do Médio Oriente. O futuro da Iveco, tal como o vê o CEO, passará ainda pela reorganização da unidade de negócios de autocarros, em conjunto com o desenvolvimento do negócio de veículos especiais. A mobilidade sustentável será outra das “bandeiras” do construtor para os próximos anos. A propósito, foi referido que estão a ser conseguidos bons resultados em situações de tráfego real com as gamas Daily e Eurocargo, e também nos autocarros, com soluções tão diversificadas como a eléctrica, híbrida (diesel/ eléctrica) e a gás natural. A Iveco está convencida que para se progredir neste domínio “é necessário combinar as várias exigências do transporte sustentável com a rentabilidade dos clientes”. A marca garantiu igualmente que estará preparada para lançar no mercado o Euro 6 antes mesmo da sua entrada em vigor. Quanto a números, ficou a saber-se que passado um ano desde a data de lançamento do EcoDaily, a marca já recebeu a encomenda de 55 mil unidades da nova gama. Mais dum terço dos veículos vendidos na Europa Ocidental, no ano em curso, das gamas média e pesada, encontram-se equipados com EEV.

Navistar inicia produção na India O MN25, o primeiro produto da JV indiana da Navistar acaba de sair da linha de montagem. Novos modelos estão prometidos para os próximos meses. A Mahindra-Navistar Automotives (MNAL) já está a produzir o primeiro modelo daquela que será a sua gama de veículos comerciais pesados. O primeiro MN25, um veículo de 25 toneladas, acaba de sair da linha de montagem de Chakan, na Índia. “O lançamento do MN25 é um passo importante para nos tornarmos num player com uma gama completa de

veículos comerciais. É também o primeiro passo na materialização da nossa visão de sermos a marca de veículos comerciais de maior confiança da Índia”, disse Rakesh Kalra, director da MNAL. “Em linha com nossa filosofia de oferecer excelente valor para nossos clientes, a um preço competitivo, o veículo de alto desempenho MN25 é um dos mais poderosos, eficientes, robustos e confortáveis “25 toneladas” lançado na Índia”, acrescentou, citado no comunicado da empresa. O MN25 foi concebido especificamente para o mercado indiano. O motor é

o MaxxForce de 7,2 litros da Navistar. E a cabina distingue-se dos veículos locais pelo seu espaço e ergonomia, garantem os seus criadores. A unidade de Chakan tem capacidade para produzir 50 mil veículos por ano. A intenção é produzir uma gama completa de pesados, desde as 3,5 toneladas às 49 toneladas de peso bruto. A MNL é detida em 51% pelos indianos da Mahindra & Mahindra e em 49% pela Navistar. A nova fábrica foi lançada há cerca de três anos. O investimento então anunciado ascendia aos 500 milhões de dólares. JUNHO 11 |


Tomás Jervell (Grupo Auto Sueco) ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS

Em cinco anos investimos mais de 100 milhões de euros na internacionalização compra da brasileira Vocal é o mais recente passo da estratégia de internacionalização do Grupo Auto Sueco no negócio dos camiões e autocarros. A sua actividade reparte-se já por Angola, Brasil, Namíbia, Quénia, Tanzânia e Botswana e supera largamente a realizada no mercado português. Uma tendência para manter, e se possível reforçar, como adiantou ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS, em entrevista exclusiva, Tomás Jervel, presidente do Conselho de Administração do grupo nacional.

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T&N – O que é que motivou, e continua a motivar, a aposta na internacionalização da actividade? Tomás Jervell - Com a aquisição da Vocal, o Grupo Auto Sueco quis reforçar a sua posição no Brasil dando continuidade ao investimento efectuado em 2007 na aquisição da concessionária Volvo de Mato Grosso / Rondónia / Acre. Por outro lado, este investimento representou uma oportunidade de aumentar a carteira de negócios no Brasil, país que, a par de Portugal, Espanha, EUA e Angola, constitui um dos focos estratégicos do Grupo Auto Sueco. Trata-se de um mercado de camiões com um enorme potencial onde o Grupo Auto Sueco julga poder capitalizar o know-how que possui nesta área de negócio. T&N - É possível quantificar, ainda que em termos de ordem de grandeza, o valor dos investimentos realizados nestes últimos anos na internacionalização desta actividade? Tomás Jervell - A expansão internacional tem sido um dos pilares base do nosso crescimento. Actualmente opera| 12

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mos em 15 países, mas permitir-me-ia destacar os mercados de Portugal, Espanha, Angola, EUA e Brasil como aqueles em que temos concentrado mais esforços nos anos mais recentes. Nos últimos cinco anos já investimos mais de 100 milhões de euros na internacionalização. T&N – No conjunto, aqueles mercados representaram o quê, em vendas, no ano passado? Tomás Jervell - As várias empresas do Grupo Auto Sueco facturaram 712 milhões de euros em 2009. Este ano as expectativas são de crescimento. Os mercados internacionais foram responsáveis por 58% do nosso volume de negócios. Num total de mais de duas mil unidades vendidas, os mercados internacionais foram responsáveis pela entrega de cerca de 1 600 camiões e autocarros. T&N – O que é que esses números representaram nos números globais da Auto Sueco? Tomás Jervell - Cerca de 60% da facturação do grupo deve-se à venda de camiões e autocarros. Este segmento tem maior expressão nos mercados brasileiro e angolano. Em 2009, o volume de negócios da Auto Sueco Brasil representou 11% do total VN do Grupo. Com a aquisição da Vocal a percentagem do VN que o mercado brasileiro aporta ao Grupo Auto Sueco representará, em 2010, mais de 30%. T&N – Quais são os mercados mais importantes, em volumes, e os que mais estão a crescer? Tomás Jervell - Portugal, Angola e Brasil são os maiores mercados para cami-

ões e autocarros, enquanto Espanha e EUA são os mercados de maior volume para as máquinas de construção. T&N – Qual é previsão para este ano, para o conjunto daqueles mercados? Tomás Jervell - A nossa expectativa é que a actividade apresente idênticos níveis de indicadores em relação a 2009, em Portugal e Espanha. Prevemos alguma retracção em Angola e crescimentos no Brasil e nos EUA. T&N – Olhando para o Brasil. Com esta última aquisição, em quantos estados passam a operar? Quantos veículos vendem/venderão? Qual é a vossa quota nas vendas da Volvo no Brasil e, logo, qual é a vossa quota no mercado brasileiro? Tomás Jervell - Com esta aquisição, o Grupo Auto Sueco passa a ter uma posição de grande importância enquanto concessionário de Camiões e Autocarros Volvo no Brasil, uma vez que já operava em Mato Grosso, Rondónia e Acre e a Vocal possui sete instalações todas situadas na região de São Paulo. No conjunto dos dois concessionários estamos a falar de 12 instalações, cerca de 550 colaboradores e mais de 1 600 unidades vendidas por ano. O Grupo Auto Sueco passa assim a ter no mercado brasileiro uma exposição relevante, estimando-se que em 2010 o volume de negócios do Grupo neste mercado seja superior a 300 milhões de euros. T&N – Prevêem novos investimentos no Brasil, num futuro próximo? Tomás Jervell - O Brasil é hoje um dos mercados mais estimulantes a nível mundial. Para além da dimensão, com cerca de 200 milhões de consumidores, o país


apresenta taxas de crescimento económico elevadas e uma situação financeira saudável. Estas condições base fazem com que, de facto, estejamos a olhar para o mercado brasileiro com muito interesse. Para além das concessões de camiões e autocarros, onde iniciaremos uma fase de crescimento orgânico, o Grupo Auto Sueco está já presente no Brasil através da ExpressGlass Brasil, empresa que opera no sector da substituição e reparação de vidros de automóveis. Nesta, como em outras áreas relacionadas, não desperdiçaremos oportunidades de crescimento.

41 milhões garantem liderança no Brasil A Auto Sueco adquiriu a Vocal, a maior rede de concessionários de comerciais Volvo do Brasil e uma das maiores da América Latina em volume de vendas. O investimento de 41 milhões de euros (113 milhões de reais) garante à empresa portuguesa o controlo a 100% da companhia brasileira, fundada em 1980 e até agora detida pela família Feffer (que entre outros investimentos detém a Suzano Holding, uma das maiores papeleiras mundiais). Para além da aquisição dos concessionários, o negócio envolve a expansão da operação da empresa, com a abertura de novos pontos de venda e após-venda e a remodelação de instalações existentes. A Vocal Comércio de Veículos, Lda. tem a sua sede em São Paulo e é representante exclusiva da Volvo para a região metropolitana de São Paulo, Vale do Paraíba e região de Campinas, com um total de sete instalações. Comercializa camiões novos e semi-novos, chassis de autocarros, e peças, acessórios e serviços da marca Volvo. Além disso, detém a representação da Continental Pneus. A empresa emprega 408 trabalhadores e em 2009 facturou 352 milhões de reais (150 milhões de euros).

T&N – E noutros mercados, actuais ou novos, haverá novidades para breve? Em termos regionais, por onde passarão futuras apostas? Tomás Jeervell - Temos em análise diversos projectos de investimentos, em diferentes mercados e sectores de actividade. Caso venham a concretizar-se faremos a devida divulgação na oportunidade. T&N – Finalmente, e numa perspectiva de médio/longo prazo, qual é a meta para os negócios internacionais da Auto Sueco na área dos camiões e autocarros? Tomás Jervell - Pretendemos essencialmente assegurar níveis contínuos de crescimento, dissipar risco e obter índices de rentabilidade tais que nos garantam que os accionistas continuarão a confiar, apostar e investir neste negócio. Ao longo de 2010 continuaremos com a nossa estratégia de internacionalização, nomeadamente reforçando a nossa presença em mercados que consideramos estratégicos numa perspectiva de médio/longo prazo. JUNHO 13 |


Mercedes Actros produzido no Brasil Mercedes-Benz vai começar a produzir a gama pesada de camiões Actros no Brasil a partir de 2011. Para fabricar o Actros destinado aos mercados da América Latina, a marca alemã elegeu a fábrica de Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais, onde actualmente já é produzida a gama de camiões ligeiros Mercedes-Benz Accelo, um modelo exclusivo para alguns mercados da América do Sul. Os investimentos que estão a ser feitos no Brasil nos sectores da construção, exploração de minério, agricultura e indústria do petróleo geraram um aumento de 95% na procura de camiões pesados nos primeiros cinco meses do ano, em relação a igual período de 2009. Paralelamente, a procura de comerciais ligeiros também cresceu 45%. Neste momento o Brasil já é o maior

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mercado de camiões da Mercedes-Benz. Das 45 174 unidades vendidas pela marca nos primeiros cinco meses do ano, 18 047 foram comercializadas pela MB Brasil, colocando aquele país à frente da Alemanha, Turquia e França. A Mercedes-Benz Brasil já é também o maior fabricante de camiões com mais de 6 toneladas de peso bruto, fora da Alemanha. Desde 1956, só na fábrica de São Bernardo do Campo, já saíram das linhas de produção mais de 1,2 milhões de camiões e cerca de 540 mil

autocarros. “A alta qualificação dos empregados e as modernas instalações da fábrica de Juiz de Fora, incentivaram-nos a ampliar a produção dos nossos camiões também neste local, uma vez que a nossa fábrica de São Bernardo do Campo atingirá o seu limite de capacidade de produção em 2012, explicou Jürgen Ziegler, presidente da Mercedes-Benz Brasil. “Devido a rápido crescimento da economia brasileira, esperamos que as vendas de camiões cresçam ainda mais nos próximos anos”, concluiu.

Fuso Super Great Truck lançado no Japão

Canter duplica vendas no Sudoeste Asiático

Acaba de ser lançada no Japão a nova geração do Fuso Super Great Truck. É o primeiro camião a cumprir a norma de emissões JP09, a mais rigorosa legislação ambiental do mundo, graças ao motor Fuso 6R10, um bloco de 12,8 litros com motorizações de 350 e 420 cv, que utiliza tecnologia BlueTec da Daimler Trucks. O novo Fuso Super Great Truck cobre o segmento intermédio das 16 às 26 toneladas de peso bruto e a produção já teve início na fábrica da MFTBC de Kawasaki. A nova gama é sobretudo vocacionada para os serviços de distribuição pesada, mas a Mitsubishi também a especifica modularmente para uma enorme diversidade de outras aplicações profissionais. Para além do novo bloco, desenvolvido e produzido na fábrica da Daimler em Mannheim, o Fuso Super Great Truck integra uma série de inovações no capítulo da segurança, tais como o Sistema de Monitorização da Mitsubishi Driver Attention, que avisa o condutor em situações críticas, o ESP e o Active Brake da Mercedes (AMB), que desacelera o veículo através da travagem automática perante o perigo iminente de colisão.

A última geração do Fuso Canter está a ser um enorme sucesso nos mercados do Sudoeste Asiático. No primeiro trimestre de 2010 registou um aumento homólogo de vendas de 49,1%, passando de 7 740 para 11 550 unidades, e com isso reforçando a liderança naquela região no segmento dos camiões ligeiros. Na região, o principal mercado de exportação do Fuso Canter é a Indonésia, onde as vendas subiram 55,5% para as 10 620 unidades, no primeiro trimestre deste ano. Comercializado com uma gama de modelos entre as 4,4 e as 7,5 t de peso bruto, a Fuso tem uma quota de 56,1% no mercado indonésio de camiões ligeiros. A última geração do Fuso Canter acaba de ser introduzida igualmente nos mercados da Malásia e das Filipinas, através das redes da Malásia Mercedes-Benz e da Mitsubishi Motors, que asseguram naqueles países os serviços globais de comercialização e após-venda. Também a versão Fuso Canter Eco Hybrid está a ter um enorme sucesso nos mercados da região, com cerca de 900 unidades vendidas. Em Fevereiro deste ano, a MFTBC anunciou a sua introdução no mercado chinês de Hong Kong.

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Vendas de +16 t na Europa estabilizam em Maio s vendas de pesados de mercadorias (+16 t) na União Europeia estabilizaram em Maio. Desde o início do ano, o saldo é ainda negativo em 22%. Portugal faz pior. Em Maio matricularam-se na UE-27 12 898 veículos de mercadorias de +16 toneladas. Em termos homólogos, verificou-se uma quebra de apenas 0,3%, o melhor resultado mensal deste ano de 2010, de acordo com os dados da ACEA. A Alemanha, o principal mercado, deu o mote para o que se espera seja uma recuperação das vendas, com um crescimento de 12% nas matrículas, para as 3 858 unidades. Mas a França (menos 10% para as 2 073 matrículas), o Reino Unido (menos 3% para as 1 390) e a Itália (menos 12% para 1 016) impediram os ganhos. A crescer, e muito, esteve a Espanha, com um aumento e 32% no número de matrículas, para os 673 veículos. Mas nunca é de mais sublinhar que o país vizinho foi um dos mais castigados nos últimos tempos. Em Portugal matricularam-se, em Maio,

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201 comerciais pesados de +16t, menos 16, ou 7%, que há um ano. Em termos acumulados, o mercado comunitário de pesados (+16t) de mercadorias acusa ainda uma quebra de 22%, com 60 508 veículos registados, contra os 77 720 de há um ano. Entre os principais mercados, apenas a Polónia e a Espanha pisam terreno positivo, ambas a ganharem cerca de 7%, com registos de 2 862 e 3 401 veículos, respectivamente A Alemanha ainda perde 13%, com 17 022 matrículas; a França quebra 29% (10 287); a Itália perde 25% (5 034), sensivelmente o mesmo que o Reino Unido (24%, para 6 140); e a Holanda “afunda” 41%, com 2 654 matrículas contabilizadas. Sobre este peno de fundo, Portugal comporta-se pior que a média mas nem deslustra muito. Entre Janeiro e Maio foram matriculados por cá 818 pesados de mercadorias de +16t, menos 24% que há um ano, quando se contabilizaram 1 074.

Renault Trucks assume liderança em Portugal A Renault Trucks liderou as vendas de pesados de mercadorias em Portugal, no mês de Maio, e com isso ultrapassou a DAF no topo do mercado. Em Maio, e de acordo com os dados divulgados pela ACAP, foram matriculados em Portugal 250 veículos pesados de mercadorias, menos 31, ou 11% que no mesmo mês de 2009. Em termos acumulados, nos primeiros cinco meses do ano o balanço é negativo em 23,6%, em termos homólogos, com 1 090 matrículas registadas. A Renaul Trucks mais do que quintuplicou as matrículas no último mês, atingindo os 49 veículos, o que lhe deu a liderança em Maio e lhe permitiu também assumir o topo do ranking nacional, com 177 vendas. A marca france-

sa destaca-se, de resto, por acumular um crescimento de quase 72%, quando todos, ou quase, os concorrentes, estão ainda em terreno negativo. A crescer em Maio estiveram também a Volvo (mais 46% para 35 veículos), a MAN (mais 40%, com 28 matrículas) e a Mitsubishi (mais 4,5% e 23 registos). Os suecos mantêm o terceiro lugar no ranking, com 144 matrículas, mas ainda acumulam perdas de 40%. Os alemães contam 104 matrículas, menos 9% que há um ano. E os japoneses estão sobre a linha de água, a crescer 1%, com 111 registos. A DAF realizou em Maio o pior registo relativo, a perder 58% para 38 matrículas. Mas a comparação é feita com um mês “anormal”: há um ano a mar-

ca “cilindrou” a concorrência com 91 registos. É agora segunda no ranking, com uma quebra de 39% para as 169 matrículas. A Iveco e a Mercedes também estiveram mal no último mês, com perdas homólogas de 53% e de 32%, respectivamente. A Mercedes manteve a quarta posição no year-to-date, com 121 registos (menos 34%), ao passo que a Iveco é oitava, com 89 matrículas (menos 56%, a pior performance entre os principais players). Uma referência ainda para a Scania, que em Abril perdeu apenas um registo (22 contra 23 há um ano) e com isso se manteve no azul, em termos acumulados, com 116 matrículas, que lhe conferem o quinto posto. JUNHO 15 |


comemorar 20 anos de vida, a Krautli Portugal continua apostada em diversificar a sua oferta de produtos e serviços para o mercado dos veículos pesados, que representa cerca de 20% do seu volume de negócios. Carlos Silva, director de Vendas e Marketing, falou ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS da evolução da actividade e das perspectivas para o futuro próximo.

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Comerciais ligeiros puxam pela produção nacional Portugal produziu 18 758 veículos comerciais nos primeiros cinco meses do ano. Um crescimento homólogo de quase 76% que coloca o mercado muito perto dos níveis de 2008. Em Maio, os construtores instalados no país produziram 3 837 veículos comerciais, mais do dobro do que no ano passado, mesmo mais do que em 2008 e quase tanto como em 2007. Os números de Maio, divulgados pela ACAP, só não foram ainda melhores porque a produção de comerciais pesados voltou a cair: 4,8%, para as 334 unidades, resultado de uma perda de 6% nos camiões (para as 324 unidades) e de um aumento de 25% nos autocarros… para a dezena de veículos. A produção de comerciais ligeiros, ao invés, cresceu em Maio mais de 140%, atingindo as 3 503 unidades. É preciso recuar a 2006 para encontrar registos melhores, mas esses eram outros tempos. A Peugeot-Citroën continua a destacar-se com um crescimento de actividade na casa dos 146%, com 3 002 veículos. A Mitsubishi Fuso também mais do que duplicou a produção, para as 259 unidades, ao passo que a Toyota Caetano fabricou 212 (mais 78%) e a VN Automóveis 30 (não fabricou nenhuma no mês homólogo de 2009). Nos pesados, a produção da VN Automóveis (109 Isuzu, contra zero há um ano) não chegou para compensar as quebras de 35% na Mitsubishi (205 veículos produzidos) e de 41% na Toyota Caetano (20). | 16

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À medida que o ano avança parece confirmar-se a retoma do sector, pelo menos para os níveis de 2008, que foi o melhor dos últimos anos, ainda que representasse então uma redução do mercado para quase metade do nível histórico. A produção de 18 758 veículos comerciais supera largamente o registo de 10 677 do ano passado e fica muito próximo dos 19 275 de há dois anos. Desde o início do ano produziram-se em Portugal 16 899 comerciais ligeiros (mais 80% em termos homólogos, e melhor mesmo que 2008 e 2007), com a PSA a contribuir com 14 470 (mais 82%), a Mitsubishi com 1 283 (mais 109%), a Toyota Caetano com 978 (mais 35%) e a VN Automóveis com 169 (mais 75%). Nos pesados, a produção dos primeiros cinco meses do ano atingiu as 1 859 unidades (45% melhor que em 2009 mas ainda muito longe de 2008), com 1 806 camiões e 53 autocarros. A produção da Mitsubishi cresceu 48% para as 1 277 unidades; a Toyota Caetano recuou 1% para os 103 veículos; e a VN Automóveis avançou 54% para os 479. Em linha com a produção total, também as exportações nacionais de veículos comerciais estão a crescer bastante em 2010, chegando aos 15 975 ligeiros (8 684 há um ano) e aos 1 568 pesados (1 117).

T&N - Qual foi o volume de negócios da Krautli Portugal em 2009 e qual o peso da área de negócios de pesados na vossa actividade? Carlos Silva - No ano passado o volume de negócios ascendeu aos 8,4 milhões de euros, tendo a distribuição de equipamentos, peças e acessórios para veículos pesados representado cerca de 20% da facturação global da Krautli Portugal. No cômputo geral da empresa tivemos um crescimento na ordem dos 5%. No entanto, na área de negócio de pesados tivemos um decréscimo, fruto da crise vivida nesse sector. O ano de 2010, ao invés, não podia ter começado melhor: nos primeiros cinco meses os resultados têm sido francamente positivos e mesmo a nível de pesados tivemos uma boa recuperação. T&N - Em meados da década de 90, quando os limitadores de velocidade se tornaram obrigatórios nos veículos pesados com mais de 12 toneladas de peso bruto, a Krautli destacou-se nessa área de negócio. Continua a ser uma área importante para a empresa? Carlos Silva - A Krautli Portugal mantém o estatuto de distribuidor oficial dos limitadores de velocidade da VDO. Somos líderes de mercado nesta área de negócio e a VDO também, uma vez que equipa de fábrica a maior parte das marcas de veículos pesados. Inicialmente foi um negócio muito importante, na altura da primeira instalação, porque se teve de fazer o retrofiting do parque de veículos existente. Mas actualmente, em termos de volume, não é tão significativo. T&N - Com a reestruturação da VDO em divisões MSU, a Krautli perdeu para a Multifrota a distribuição de tacógrafos digitais VDO. Como é que se posi-


Carlos Silva (Krautli Portugal) ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS

Pesados valem 20% do negócio e estão a recuperar oferecendo a gama completa de material de instalação e reparação à sua vasta rede de agentes especializados.

A Krautli nasceu em 1937, na Bélgica. Hoje opera naquele país e também na Suíça e em Portugal, com empresas distintas, que desenvolvem as suas estratégias em função das características próprias de cada mercado. A Krautli Portugal foi fundada em 1990. Está sediada em Lisboa e possui uma filial na Maia, que funciona também como plataforma logística para toda a região Norte do país. A actividade da empresa desenvolve-se nas áreas das peças e acessórios auto, de sistemas e infotainement e da náutica. cionaram nessa área de negócio? Carlos Silva - Desde a criação da Krautli Portugal que os equipamentos de tacógrafo constituíram uma importante actividade de negócio. Presentemente somos distribuidores oficiais dos tacógrafos digitais da marca francesa Actia, que já era especializada em electrónica embarcada, tendo estado na vanguarda no desenvolvimento dos novos equipamentos digitais. T&N - Estamos portanto a falar de tacógrafos multimarca? Carlos Silva – Exactamente. Trata-se de um produto que pode ser instalado em qualquer marca de camião ou de autocarro, quer de origem - enquanto primeiro equipamento - quer em veículos usados. Arrancámos com a Actia logo após a nova legislação se ter tornado obrigatória, não só ao nível dos tacógrafos digitais mas também de todos os periféricos que lhes estão associados, incluindo os bancos de rolos que são

obrigatórios nos centros de ensaio certificados para aferição e selagem de tacógrafos. Temos uma ampla cobertura nacional a nível da rede de agentes da Actia, devidamente certificada de acordo com os requisitos legais. A formação específica é dada pelo nosso departamento técnico. T&N - A área do tacógrafo continua a ser importante na vossa actividade de negócio? Carlos Silva - Sem dúvida! A empresa representa também os produtos da Xtacho, uma marca de software de descarga e armazenamento de dados de tacógrafos, soluções que também disponibiliza no mercado nacional com produtos da Actia, comercializando toda a espécie de consumíveis associados e de peças e acessórios para reparação de tacógrafos. Relativamente aos tacógrafos analógicos e respectivos periféricos, a Krautli continua a ser um dos mais importantes operadores no mercado neste segmento,

T&N - Outra das vossas áreas de referência é a dos equipamentos de climatização para pesados. Quais são as marcas e os produtos que representam? Carlos Silva - Distribuímos em Portugal os sistemas de aquecimento de parque e respectivos componentes de reparação da Webasto e da Eberspächer, duas marcas líderes a nível de primeiro equipamento. Ao nível dos frigoríficos e dos congeladores para aplicações móveis em viaturas pesadas, temos os produtos da marca Vitrifrigo e, mais recentemente, também sistemas de climatização, nomeadamente equipamentos de ar condicionado para aplicação no tecto das cabinas. Representamos a marca de climatizadores brasileira Resfriar, um sistema de aplicação nos tectos das viaturas pesadas para utilização essencialmente nocturna, o qual na prática cria uma sensação de ar fresco no habitáculo. Sistemas de ar condicionado de tecto de cabina e alguns sistemas de conforto da Waeco. Temos muitas soluções ao nível de peças, somos uma empresa com muita vocação dentro do ar condicionado, onde distribuímos as marcas Delphi, Four Seasons e Teamec, que nos permite incorporar todos os componentes que fazem parte duma instalação de ar condicionado. Na área do equipamento, temos uma gama completa de maquinaria onde destacamos as máquinas de carregamento e de reciclagem específicas para os veículos pesados. T&N - E em matéria de novidades para pesados? Carlos Silva - Vamos lançar brevemente em Portugal a marca de baterias Unibat, extremamente competitiva em matéria de preço, os equipamentos de diagnóstico da Actimuller e, provavelmente ainda este ano, uma nova gama de turbocompressores reconstruídos. JUNHO 17 |


Vialtis lança myVialtis.com O grupo Vialtis, especializado em serviços rodoviários, lançou um novo serviço gratuito, o espaço seguro myVialtis.com, uma plataforma de informação dirigida aos transportadores rodoviários internacionais. A nova ferramenta é proposta em 11 idiomas e disponibiliza informações que permitem aos operadores preparar os percursos que efectuam na Europa com optimização de custos. Está associada a uma outra ferramenta lançada recentemente pela Vialtis, o “Programa de Optimização do Gasóleo”. Os serviços on-line incluem uma ferramenta de simulação de percursos na Europa (integrando o incontornável Google Maps) e oferecem funcionalidades como itinerários, consumos, estações de serviço, parques de estacionamento com vigilância, informações práticas e actualizadas em tempo real para uma melhor planificação dos percursos, preços de combustível em 29 países e preços praticados pelas bombas de abastecimento em cada um dos percursos seleccionados e serviços disponíveis nas mesmas. Dispõe ainda de ferramentas de controlo que permitem apresentar os consumos diferenciados por veículo. | 18

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Brisa cria Knorr-Bremse: sistema de reconhecimento nova fábrica na Rep. Checa automático de matrículas A Knorr-Bremse abriu este VDO promove mês uma nova fábrica em LiA Brisa anunciou a patente berec, na região da Boémia, substituição de do sistema de reconhecimen- República Checa, onde serão to automático de matrículas produzidos componentes tacógrafos (ALPR) desenvolvido pela Brisa Inovação e Tecnologia (BIT), em conjunto com o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), Instituto Superior Técnico (IST) e Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE). A tecnologia ALPR consiste no desenvolvimento de um sistema de baixo custo para o reconhecimento automático de matrículas dos veículos, através de visão por computador. A utilização deste sistema funciona como um complemento à Via Verde, permitindo identificar, clara e exclusivamente, a zona de matrícula, mesmo nas condições mais adversas, transferindo posteriormente essa informação para um motor de reconhecimento automático de caracteres. “A conjugação das leituras e reconhecimentos de caracteres das matrículas, frontal e traseira, permitem atribuir um grau de confiança, percentual, ao conjunto. Este indicador permite, por sua vez, tomar a decisão sobre a necessidade de visualização manual dos registos, para validação da matrícula do veículo em causa”, explica a Brisa em comunicado.

para veículos comerciais, nomeadamente discos de travão e embraiagem boosters, travões de pé e válvulas de travão de mão, bem como os respectivos filtros de sistemas de travagem. O grupo produz componentes naquele território desde 1992, altura em que estabeleceu uma parceria com a empresa Autobrdy, seguida de uma outra com a Jablonec, à época líder de sistemas de travagem pneumática na antiga Checoslováquia. A Knorr-Bremse detinha então 67% do capital nestas parcerias, tendo adquirido a totalidade em 1998. Na Alemanha, a KnorrBremse foi eleita pela quinta vez consecutiva “Melhor Marca” na categoria de sistemas de travagem para veículos comerciais, pelos leitores das revistas especializadas alemãs Lastauto Omibus, Trans Aktuell e Fernfahrer. “Ganhar este prémio estimula-nos a continuar a oferecer aos nossos clientes soluções inovadoras, competitivas e de alta qualidade, para os desafios do mercado de veículos comerciais”, afirmou a propósito Klaus Deller, membro do conselho de administração.

A VDO acaba de lançar uma campanha promocional de substituição de tacógrafos pelo mais recente modelo digital DTCO VDO 1381. A campanha denomina-se “Go for the Champion” e vigora até 31 de Dezembro, na rede certificada europeia de 9 500 oficinas VDO. Entre as principais vantagens apontadas pela empresa para se optar pelo novo tacógrafo digital, encontra-se um tempo de download de dados duas vezes mais rápido do que nos modelos antecessores, e a transmissão automática de dados para a sede da empresa sem que ninguém tenha de ir de veículo em veículo com placas de recolha de dados ou chaves de acesso - procedimentos que minimizam as despesas administrativas. No âmbito da campanha, a VDO oferece com o equipamento dois dispositivos de download adaptados a cada tipo específico de aplicação. Para os veículos que entram e saem regularmente da sede, existe também um dispositivo de curto alcance que transmite dados via WLAN ou sinal de rádio de curto alcance.


Nuno Santos (Aran) ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS

Rebocadores querem mudanças na legislação do sector s empresas transportadoras que desenvolvem a actividade de pronto-socorro esperam que seja revista a legislação sobre tempos de condução e repouso e sobre os pesos e dimensões dos veículos, afirmou ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS, Nuno Santos, da Aran (Associação Nacional do Ramo Automóvel). “A legislação sobre tempos de condução e repouso não devia ser aplicada aos rebocadores”, afirmou o director de serviços da associação. “Por exemplo, uma empresa tem uma solicitação de assistência na estrada no período nocturno e não pode prestar esse auxílio porque o motorista já completou o número de horas de trabalho permitido por lei. Estamos a falar de pequenas empresas, de uma actividade muito específica, que, muitas vezes, não têm capacidade financeira nem volume de serviço à noite que justifique

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contratar motoristas para cobrir exclusivamente esse período”. Num raio de acção de 100 km em relação ao local de afectação da empresa é aplicada a legislação nacional e a partir daí vale o regulamento comunitário 561/2006. “Dentro do raio de 100 km não é necessário o tacógrafo, mas é preciso o chamado livrete individual de controlo, um registo muito idêntico ao tacógrafo, tirando apenas o controlo de velocidade, e essa situação acaba por ser complexa e burocrática”, acrescentou. A Aran contesta igualmente a legislação sobre pesos e dimensões, uma vez que “quando o rebocador se desloca para fazer o serviço não sabe à partida o peso da viatura que vai rebocar”, e reivindica a possibilidade de os rebocadores utilizarem os corredores “Bus” e os corredores laterais das auto-estradas.

“A resolução destas questões já foi solicitada junto do presidente do IMTT. Foram feitas também diligências junto da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária. Existem boas intenções por parte das entidades que poderiam resolver este problema, mas em boa verdade ainda não o fizeram”, concluiu Nuno Santos. Nuno Santos falou ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS à margem da X Convenção Aran, que reuniu cerca de uma centena de associados na Póvoa de Varzim. A “Assistência rodoviária” foi um dos temas em foco, num evento que assinalou também os 70 anos de existência da associação. Em Portugal existem perto de quatro centenas de empresas transportadoras que desenvolvem a actividade de pronto-socorro. Mais de metade são associadas da Aran. JUNHO 19 |


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