Transportes & Negócios

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TRANSPORTES & NEGÓCIOS

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Director Fernando Gonçalves • 12 de Janeiro de 2009 • Semanal • Ano 10 • Nº114

Iveco destrona MAN nos autocarros

Volvo FH 16 de 700 cv o mais potente do mundo

CaetanoBus fornece autocarros ao Dubai

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NOVA ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA APRESENTADA FORMALMENTE

Porto de Viana do Castelo “obrigado” a duplicar cargas até 2015 Duplicar, de 500 mil para um milhão de toneladas, as cargas movimentadas, num horizonte de sete anos, é um objectivo da nova Administração do Porto de Viana do Castelo. Mas não é o único. A autoridade portuária liderada por Matos Fernandes (que também preside à APDL)

RODOVIÁRIO

AR aprova regime especial de Iva

quer também atingir resultados operacionais positivos em 2011 e propõe-se avançar com a concessão das operações portuárias já dentro de um ano, ano e meio. Nos próximos anos, período de transição, o Estado continuará a dar uma ajuda a Viana

do Castelo, nomeadamente suportando os maiores investimentos. É o caso do novo acesso rodoviário, será o da nova ligação ferroviária, e ainda, muito provavelmente, o da criação de um pólo logístico junto à estação de Darque. A nova administração portuá-

ria e a secretária de Estado dos Transportes estão em sintonia. Ana Paula Vitorino fala em Leixões e Viana serem líderes do sector portuário do Noroeste Peninsular. Matos Fernandes anuncia que, juntos, irão concorrer com a Galiza. Pág. 2

FERROVIÁRIO

Espanha investe cinco biliões nas mercadorias O plano do Fomento passa por criar uma rede básica de transporte de mercadorias assente nas linhas convencionais que vão sendo substituídas pela Alta Velocidade. Uma rede que será complementada, sempre que possível, pela própria rede de Alta Velocidade. Pág. 9

MARÍTIMO

Mais de 200 navios parados por falta de cargas

A Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças já deu “luz verde” ao diploma do Governo sobre o regime especial de exigibilidade do Iva para os transportadores rodoviários de mercadorias. Falta agora apenas a aprovação em plenário, para que os transportadores passem, se assim o quiserem, a entregar o imposto ao Estado só depois de receberem as facturas dos fretes. A medida foi acordada aquando da greve do ano passado. Pág. 5

AÉREO

Encomendas da Boeing reduzidas a metade Pág. 8

A continuada redução da oferta de transporte de contentores, particularmente nas ligações entre o Extremo Oriente e a Europa e os EUA está a deixar sem trabalho um núme-

ro crescente de navios. Segundo as últimas estimativas da AXS Alphaliner, o ano de 2009 arrancou com mais de 200 navios imobilizados, representando uma capacidade de transporte

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de 550 mil TEU, ou 4,5% da capacidade da frota mundial. Entre os navios parados contam-se já mais de meia dúzia de “gigantes”, de mais de 7500 TEU. Mas é entre os navios mais pe-

quenos que a crise é mais grave: 68 feeders, com capacidade entre os 1000 e os 2000 TEU estão já ancorados e a tendência não dá sinais de se ir inverter. Pág. 4


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Marítimo Viana do Castelo (com Leixões) à conquista da Galiza Estado paga acessos rodoviários e ferroviários

“Viana tem uma diversidade industrial que precisa de um porto de mar activo e empreendedor.” Vicente Moura (presidente da C.M. Viana do Castelo)

Refer estuda criar pólo logístico em Darque

“Sem este passo, o porto [de Viana] estaria condenado à estagnação. (…) O problema não era das pessoas, mas do modelo, destinado a não funcionar.” Matos Fernandes (presindente da APVC) “Sabemos que teremos de crescer. Sabemos que teremos de contar com o Orçamento de Estado nos primeiros anos, para os investimentos.” Idem

Concessões avançam dentro de ano e meio

Duplicar as cargas movimentadas até 2015, obter resultados operacionais positivos já em 2011 e ser, com Leixões, líder no sector portuário do Noroeste peninsular. São desafios que o Governo, pela voz da secretária de Estado dos Transportes, coloca à nova Administração do Porto de Viana do Castelo (APVC). Para ajudar, o Estado dispõe-se a continuar a investir directamente no porto do Lima, através do PIDDAC, desde logo em novos acessos rodoviários e ferroviários. A criação de um pólo logístico em Darque é outra hipótese em aberto. A Refer já recebeu instruções da tutela para avançar de imediato com o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da nova liga-

“O País ganha ao tornar mais competitivo o seu porto mais próximo de Espanha.” Ana Paula Vitorino (SET)

ção ferroviária ao porto de Viana do Castelo, de modo a lançar ainda este ano a Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) e depois o concurso para a execução da obra, anunciou Ana Paula Vitorino na apresentação oficial da nova APVC. A nova ligação ferroviária pressuporá a duplicação da via entre a estação de Darque e o porto. No imediato deverão avançar as expropriações para a criação dos novos acessos rodoviários, reclamados há mais de uma década. A verba, de 12,5 milhões de euros, inscrita no PIDDAC a favor do IPTM, será transferida para a nova administração portuária, que assim poderá avançar com o concurso para a execu-

ção da obra, acrescentou a secretária de Estado dos Transportes. A melhoria das acessibilidades terrestres, para além de potenciar a actividade do porto limiano, deverá igualmente favorecer a sua integração com o Portugal Logístico. Nesse âmbito, deverá ser assinado em breve o protocolo relativo ao desenvolvimento da plataforma logística de Valença, e a Refer está a estudar a possibilidade de criar, junto à estação de Darque, um pólo logístico de apoio a Viana do Castelo. A sugestão partiu da Câmara vianense e, ao que parece, foi bem acolhida no MOPTC. A criação da APVC cumpre mais um objectivo das Orientações Estratégicas

para o sector apresentadas pelo Governo, lembrou Ana Paula Vitorino. Liberto das tarefas de gestão portuária, o IPTM poderá assumir-se, enfim, como um verdadeiro regulador do sector e o “braço direito” do Executivo para a definição das políticas para o sector. E o porto de Viana, sem os constrangimentos de ser um instituto público, poderá investir no marketing e na actividade comercial, tratando de captar cargas. Os objectivos são, frisou, a secretária de Estado dos Transportes, passar das actuais 500 mil para o milhão de toneladas até 2015 (ano de referência das Orientações Estratégicas) e chegar aos lucros operacionais muito antes disso: estu-

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dos realizados apontarão para o exercício de 2011. Em Viana, como nos demais portos nacionais, o modelo de organização será o de “landlord port”, o que pressupõe que a autoridade portuária se retire, logo que possível, das operações. Arrumada a casa, “dentro de um ano, um ano e meio” deverá ser lançado o concurso para a concessão da operação dos terminais, anunciou o presidente da APVC, João Pedro Matos Fernandes. “Fica o desafio aos operadores portuários que já têm actividade em Viana”, acrescentou. A Autoridade Portuária de Viana do Castelo é detida a 100% pela APDL, e o conselho de administração é integrado pelos mesmos três elementos

que dirigem o porto de Leixões. Mas não se trata, sublinhou Matos Fernandes, de criar a Norte uma extensão da APDL. “Haverá sinergias e serviços partilhados”, avançou, mas no essencial o que se pretende é criar em Viana uma empresa autónoma. “Não somos a Administração de Leixões que veio tomar conta de Viana do Castelo”, reforçou. Também por isso, e pelo simbolismo da apresentação formal da nova administração, o presidente de Viana, e de Leixões, escusou-se a falar de planos e acções comuns. Mas deixou claro que o objectivo passa por, “em conjunto, concorrermos com o exterior, e o exterior é a Galiza”.


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Crise internacional pára 210 navios com 550 mil TEU de capacidade Duzentos e dez navios, com uma capacidade total de transporte de 550 mil TEU, estão actualmente imobilizados, um pouco por todo o mundo, por falta de cargas. Contas feitas, são 4,5% da frota mundial de portacontentores (em capacidade) que estão parados. Um valor que compara com os 3,5% de taxa de imobilização de frota verificada nos piores momentos da crise de 2002, lembra a AXS-Alphaliner. Em termos absolutos, o contraste é ainda mais brutal dado o aumento da frota mundial de porta-contentores entretanto verificado. No espaço de apenas duas semanas, a frota paralisada passou a incluir mais 45 navios e 130 mil TEU. Há um mês, estavam imobilizados 135 navios, correspondentes a 300 mil TEU. O fenómeno está a agra-

4,5% da frota mundial imobilizada Feeders são os mais afectados Sete navios de +7500 TEU sem trabalho var-se com a suspensão ou mesmo encerramento de ligações entre o Extremo Oriente e a Europa e a redução de capacidade que as companhias estão a fazer nos seus serviços de feedering, resumem os consultores parisienses. Desde Agosto do ano passado, a oferta de capacidade semanal nas três principais linhas Este-Oeste reduziu-se 11,5%, de 916 mil para 812 mil TEU. A tendência acelerou em Dezembro, com a retirada

de quase 30 mil TEU semanais, resultado do fim de várias rotações. Nos últimos cinco meses, a capacidade nas ligações Extremo OrienteEuropa-Mediterrâneo caiu 16%, de 418 mil TEU/semana para 351 mil. Nas ligações Extremo Oriente-América do Norte, a redução foi de 9%, de 376 mil para 342 mil TEU. A frota imobilizada inclui já sete navios de 750010000 TEU e 24 navios de 5000-7500 TEU. Mas é entre os navios mais pequenos, os feeders, que a crise é mais pronunciada: 68 navios de entre 1000 e 2000 TEU estão actualmente ancorados, sem trabalho. Entre os imobilizados contam-se ainda 125 navios que viram terminar os respectivos contratos de fretamento e que agora estão à procura de novos clientes.

Armadores nacionais recebem apoios de 2,9 milhões de euros A Transinsular receberá a maior fatia dos subsídios estatais para compensar os encargos com as tripulações afectas a navios do registo convencional. A empresa do Grupo ETE receberá cerca de 1,5 milhões de euros, de um total de 2,64 milhões de euros. Uma vez mais, o montante global das candidaturas elegível foi superior ao dinheiro disponibilizado pelo Governo, o que obrigou à distribuição “pro rata” de acordo com a avaliação feita pelo IPTM. Para além da Transinsular foram contempladas com este tipo de subsídios estatais a Mutualista Açoreana (irá receber cerca de 465 mil euros), a Empresa de Navegação Madeirense (227 mil euros), a Portline (184 mil euros), a Vieira & Silveira (162 mil euros) e a Navegar (91 mil euros). Estes incentivos desti-

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Transinsular e Mutualista destacam-se

nam-se a atenuar as diferenças de encargos suportados com as respectivas tripulações pelos armadores nacionais que têm navios registados no registo convencional, relativamente aos custos em que incorrem os concorrentes internacionais. A decisão de manter os subsídios em 2008 só foi tomada pelo Governo já muito perto do final do ano, facto que chegou a motivar intervenções críticas da parte da associação dos armadores. Para 2009, é seguro, o PIDDAC contempla uma verba para estes apoios. Mas João Carvalho, presidente da AAMC, insiste em que se terá de caminhar para apoios

plurianais, em linha com as Guidelines da União Europeia para o sector. O assunto tem sido trabalhado com o IPTM. Entretanto ficou também a saber-se quem receberá os 250 mil euros disponibilizados pelo Estado no âmbito do Projecto de Modernização da Frota da Marinha de Comércio Nacional. A verba anunciada é quase ridícula, e daí que entre os investimentos candidatados se possam encontrar binóculos de ponte, monitores para equipamentos TSF ou um conversor para écran GMDSS, no valor de 77 euros, financiado a 50%. A Mutualista Açoreana é o armador mais apoiado, com 142 mil euros, seguido pela Transinsular, com quase 78 mil, cabendo 16 mil euros à Portline e cerca de 14 mil à Empresa de Navegação Madeirense.


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Ferroviário Regime especial de Iva “passa” na Assembleia da República Dentro em breve, os transportadores rodoviários de mercadorias poderão entregar o Iva ao Estado apenas depois de terem recebido as facturas relativas aos serviços prestados. O diploma que propõe um regime especial de exigibilidade para o sector foi aprovado pela Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças, devendo subir a plenário nos próximos dias. A medida foi negociada pelo Governo com os transportadores rodoviários de mercadorias aquando da paralisação dos camionistas, em Junho do ano passado, e visa ajudar as em-

presas do sector a superar as dificuldades resultantes da crise internacional. Depois de aprovado e publicado o diploma, as empresas transportadoras que desejem optar pelo novo regime terão apenas de comunicá-lo à DirecçãoGeral de Contribuições e Impostos. Esta medida foi justificada pelos prazos dilatados, e pelos crescentes incumprimentos no pagamento dos serviços de transporte prestados, que obrigavam (ainda obrigam) os transportadores a adiantarem ao Estado o dinheiro do Iva que ainda não haviam re-

cebido. Também para obviar a esse si-tuação, o Executivo alterou o contrato de transporte rodoviário de mercadorias, impondo um prazo para a liquidação das facturas. O Orçamento de Estado para o ano corrente contempla outras medidas de apoio ao sector do transporte rodoviário (de mercadorias e de passageiros), nomeadamente a manutenção do ISP, a majoração fiscal dos gastos com a compra de combustível em território nacional e benefícios fiscais para os investimentos na modernização de frotas.

Operadores privados desinvestem na plataforma logística da Guarda Os grupos Mota-Engil e Luís Simões não acompanharam o aumento de capital da sociedade promotora da plataforma logística da Guarda, que assim poderá tornar-se uma empresa municipal. Os dois grupos privados contaram-se entre os fundadores da estrutura e detinham, cada um, 10% do capital social. Mas como não acompanharam agora o aumento do capital

social para os propostos 1,5 milhões de euros, acabaram por diluir as suas posições. O aumento do capital social da empresa acabou por ser realizado pela Câmara Municipal da Guarda, que assim aumentou a sua posição na estrutura accionista, de 37% para 63%. Quando o objectivo inicial era precisamente o inverso: reduzir o protagonismo da autarquia.

A partir daqui, coloca-se o cenário de a sociedade promotora da plataforma ser transformada em empresa municipal. O que parece certo é que a infraestrutura da Guarda, apresentada pelo Governo como um caso de sucesso do Portugal Logístico, é cada vez menos uma Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial, nome que ostenta.

Espanhóis insistem em voltar à greve “Se o governo financia a má gestão da banca privada com o dinheiro de todos, é lógico que injecte uma ajuda directa nas empresas de transporte, que são uma das colunas vertebrais da economia do país”. As palavras são de José Fernández Delgado, presidente da espanhola União Independente de Trabalhadores Autónomos e membro da Plataforma para a Defesa do Transporte.

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Aquele dirigente renovou a ameaça de uma paralisação dos transportadores rodoviários espanhóis, por tempo indeterminado, a partir de 27 de Fevereiro, caso o Executivo de Madrid não satisfaça as reivindicações do sector. Porque as empresas estão “asfixiadas”, referiu. As associações patronais do sector já se manifestaram contrárias a nova paralisação, sustentando que nesta época de crise a última coisa de que as empre-

sas precisam é de pararem a actividade. Mas o certo é que já no ano foram os membros da Plataforma que lançaram o caos nas estradas espanholas e, por arrasto, junto às fronteiras portuguesa e francesa. Ocadernoreinvindicativo da Plataforma seguiu para os ministérios do Fomento e da Economia e Finanças. Os transportadores querem respostas “num curto prazo de tempo”.


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Movimento Portuário LEIXÕES 12.01 PORT DOURO Funchal

CT

Portline

13.01 XCL PT FEEDER 2 Antuérpia, Roterdão

CT

Maersk Line

15.01 EURO SQUALL CT K Line Portugal Felixtowe, Teesport, Gotemburgo, Aarhus, Hamburgo, Roterdão 15.01 ILHA DA MADEIRA Funchal

CT

17.01 CMA-CGM KINGSTON Jebel Ali

CT

17.07 CMA-CGM ROSE CT Mumbai, Mundra, Nava Sheva, Carachi, Port Qasin

15.01 MSC CRISTIANA CT MSC Portugal Antuérpia (Norte da Europa, Reino Unido, Irlanda, Escandinávia, Países Bálticos, Canadá, Mediterrâneo Oriental, Grécia, Turquia, Mar Nego, Paquistão) Dublin 16.01 CALA PALMA CT Garland Navegação La Guaira, Puerto Cabello, Barraquilla, Cartagena, Puerto Limon, Cristóbal, S. Salvador, Puerto Cortes, S. Pedro Sula, Puerto Quetzal, Guanta, Rio de Janeiro, Santos, Buenos Aires, Montevideu, Assuncion, Rio Grande, S. Francisco do Sul, Fortaleza, Argel, Oran, Mersin, Lattakia, Tartous, Beirute, Alexandria 16.01 CMA-CGM COPERNIC CT MacAndrews Adelaide, Bell Bay, Brisbane, Freemantle, Melbourne, Sidney, Tasmanian Ports, Auckland, Littelton, Nelson, Port Chalmers, Tauranga, Wellington Burmester & Stüve

17.01 HELGA LAND CT MacAndrews Hamburgo, Aarhus, Copenhaga, Tallin, Roterdão, Dublin, Reijkavic, Riga, Klai peda, Aalesund, Bergen, Bodo, Brevik, Egersund, Floroe, Fredrikstad, Karvik, Oslo, Gdynia, Belfast, Felixtowe, Greenock, Liverpool, Archangelsk, Kalinin grad, Kronstadt, Moscovo, S. Petersburgo, Gotemburgo, Helsingborg 17.01 CMA-CGM D. GIOVANNI CT MacAndrews Damman, Riade, Barhein, Chiwan, Dalian, Hong Kong, Xingang, Tianjin, Yantian, Zhaoqing, Zhuhai, Abu Dabi, Ajeman, Dubai, Qhor Fakkan, Sharjah, Bandar Abbas, Kuwait, Mina Qaboos, Doha 17.01 CMA-CGM BAUDELAIRE CT MacAndrews Jeddah, Chittagong, Kompong Soam, Qingdao, Weihai, Xiamen, Busan, Calcutá, Chennai, Cochim, Haldia, Bangalore, Tutticorin, Visakhapatnam, Belawan, Jacarta, Semarang, Surabaya, Bintulu, Kota Kinabalu, Kuantan, Kuching, MiriSarawak, Pasir Gudang, Penang, Port Kelang, Sadakan, Sibu, Tawau, Yanfone, Singapura, Colombo, Papeete, Banguecoque, Laem Chabang, Kaoshiung, Kee lung, Haiphong, Ho-Chi-Minh, Kuinhon 17.01 CSCL LE HAVRE Ningbo, Shangai

CT

MacAndrews

17.01 DIANE A Pointe Noire, Luanda, Lobito

CT

Marmedsa

17.01 CORVO CT Ponta Delgada, Praia da Vitória, Horta, Pico, Velas

MacAndrews

LISBOA 12.01 MERITO CT Algeciras, Port Tangiers, Melila, Oran, Cartagena

CT

MacAndrews

Navex

15.01 GREEN CAPE CT Navex Walvis Bay, Cape Town, Joanesburgo, Port Elizabeth, East London, Durban (portos interiores), Richards Bay, Maputo, Beira, Nacala

16.01 OPDR TÂNGER

do Sul – Pacífico, África Ocidental, Angola, África do Sul, Grécia, Turquia), Valência (Norte de África, África Oriental, Índico, Mediterrâneo Ocidental, Golfo Pérsico, Extremo Oriente e Austrália, Mar Vermelho)

Navex

17.01 MSC LEANNE CT MSC Portugal Sines (Canárias, USA – Costa Atlântico Norte, USA – Atlântico Sul, USA – Costa Oeste, México, América Central, Caraíbas, América do Sul – Atlântico, América

13.01 PORT DOURO Funchal

Maersk Line

CT

Portline

14.01 ORION CT East London, Durban, Port Elisabeth

Maersk Line

14.01 EURO SQUALL CT Felixtowe, Teesport, Gotemburgo, Aarhus, Hamburgo, Roterdão 14.01 XCL PT FEEDER 2 Antuérpia, Roterdão

CT

15.01 CORVO CT Ponta Delgada, Praia da Vitória, Horta, Pico, Velas

K Line Maersk Line

Navex

16.01 HELGA LAND CT MacAndrews Hamburgo, Aarhus, Copenhaga, Tallin, Roterdão, Dublin, Reijkavic, Riga, Klai peda, Aalesund, Bergen, Bodo, Brevik, Egersund, Floroe, Fredrikstad, Karvik, Oslo, Gdynia, Belfast, Felixtowe, Greenock, Liverpool, Archangelsk, Kalinin grad, Kronstadt, Moscovo, S. Petersburgo, Gotemburgo, Helsingborg 17.01 CMA-CGM COPERNIC CT MacAndrews Adelaide, Bell Bay, Brisbane, Freemantle, Melbourne, Sidney, Tasmanian Ports, Auckland, Littelton, Nelson, Port Chalmers, Tauranga, Wellington 18.01 CALA PALMA CT Garland Navegação La Guaira, Puerto Cabello, Barraquilla, Cartagena, Puerto Limon, Cristóbal, S. Salvador, Puerto Cortes, S. Pedro Sula, Puerto Quetzal, Guanta, Rio de Janeiro, Santos, Buenos Aires, Montevideu, Assuncion, Rio Grande, S. Francisco do Sul, Fortaleza, Argel, Oran, Mersin, Lattakia, Tartous, Beirute, Alexandria 17.01 CMA-CGM D. GIOVANNI CT MacAndrews Damman, Riade, Barhein, Chiwan, Dalian, Hong Kong, Xingang, Tianjin, Yantian, Zhaoqing, Zhuhai, Abu Dabi, Ajeman, Dubai, Qhor Fakkan, Sharjah, Bandar Abbas, Kuwait, Mina Qaboos, Doha 18.01 CMA-CGM BAUDELAIRE CT MacAndrews Jeddah, Chittagong, Kompong Soam, Qingdao, Weihai, Xiamen, Busan, Calcutá, Chennai, Cochim, Haldia, Bangalore, Tutticorin, Visakhapatnam, Belawan, Jacarta, Semarang, Surabaya, Bintulu, Kota Kinabalu, Kuantan, Kuching, MiriSarawak, Pasir Gudang, Penang, Port Kelang, Sadakan, Sibu, Tawau, Yanfone, Singapura, Colombo, Papeete, Banguecoque, Laem Chabang, Kaoshiung, Kee lung, Haiphong, Ho-Chi-Minh, Kuinhon 18.01 CSCL LE HAVRE Ningbo, Shangai

CT

MacAndrews

18.01 CMA-CGM KINGSTON Jebel Ali

CT

MacAndrews

18.01 CMA-CGM ROSE CT Mumbai, Mundra, Nava Sheva, Carachi, Port Qasin

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MacAndrews


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SETÚBAL

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SINES

14.01 SAFMARINE HOUSTON CT Las Palmas, Port Gentil, Ponte Noire, Mtadi, Boma

Orey

15.01 MSC MARIA PIA Piraeus, Izmir

CT

MSC Portugal

15.01 MSC MARIA PIA Piraeus, Izmir

CT

Hapag-Lloyd

16.01 ORIENTAL HIGHWAY Emden, Santander

Ro

Navigomes

17.01 TBN Puerto Moin, Puerto Limon

CT

Navigomes

17.01 TBN Génova, Salerno

CT

Navigomes

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Aéreo EIA do NAL lançado ainda em Janeiro O concurso para a realização do Estudo de Impacto Ambiental do Novo Aeroporto de Lisboa deverá ser lançado até ao final do mês, anunciou a Naer. A empresa responsável pelo projecto do Novo Aeroporto de Lisboa referiu, em comunicado, que após a conclusão dos trabalhos de prospecção e sondagens, em Dezembro, começou a ser efectuada a caracterização ecológica do Campo de Tiro de Alcochete. “Esta actividade passa pela identificação e valoração das componentes ecológicas presentes na área de implantação e envolvente do Novo Aeroporto de Lisboa”, acrescentou. Iniciaram-se recentemente os trabalhos de monitorização da qualidade do ar, que resultarão na elaboração de um “inventário de emissões e medição da concentração de poluentes atmosféricos”. Em breve terá início o estudo dos movimentos de avifauna. Em curso estão os trabalhos de monitorização de aves, de cartografia e ortofotocartografia, e de prospecção hidrogeológica. Os trabalhos de prospecção hidrogeológica consistem em “ensaios de bombagem e na instalação de aparelhos que permitem avaliar a compressibilidade ou a tensão dos líquidos”, explicou a Naer. O concurso público internacional para a construção e exploração do novo aeroporto, que está associado à privatização da ANA - Aeroportos de Portugal, deverá ser lançado em Abril.

Encomendas da Boeing caem para menos de metade

A Boeing garantiu no ano passado 662 encomendas de aviões comerciais, menos de metade do recorde conseguido em 2007. O B737 continuou a ser o avião mais pretendido, ao passo que o B787 Dreamliner, que já leva dois anos de atraso, viu as novas encomendas reduzidas em mais de dois terços. Ainda assim, a carteira de encomendas do construtor aeronáutico norte-americano ultrapassava, no final de 2008, os 3700 aparelhos, o que significa cerca de dez anos de trabalho (no ano passado, foram entregues 375 aviões). A forte quebra registada nas encomendas explica-se, desde logo, pela crise económica e financeira, mas também pelo facto de os três anos anteriores terem sido de sucessivos recordes, o que elevou a fasquia até aos 1413 aparelhos de há um ano. E, apesar de se tratar de aviões, nem aqui o céu é o limite. Os sucessivos adiamentos no projecto do B787 Dreamliner também não ajudaram ao ano da Boeing. O avião de maior sucesso comercial antes ainda de ser lançado já acumula dois anos de atraso, o que poderá custar ao construtor de Seattle qualquer coisa como dois mil milhões de dóla-

Carteira de contratos supera os 3700 aviões res, em indemnizações e descontos “extra”. A greve dos mecânicos da companhia, que se prolongou por oito semanas e atrasou várias entregas, igualmente terá demonstrado vários potenciais clientes. Ainda assim, a Boeing garantiu 662 encomendas líquidas (apenas se registaram sete desistências). O B737 foi o aparelho de maior sucesso, com 484 encomendas firmes (846 no ano anterior), seguido, a grande distância, pelo B787, com 93 vendas (369). O B777 recebeu mais 54 encomendas (141), o B767-300 ER, 28 (36) e o B747, 3 (21). Entre os maiores clientes da Boeing, em 2008,

figuram a Lion Air (Indonésia), com 56 aviões encomendados, a Fly Dubai, com 50, a American Airlines, com 36, a Malaysia Airlines, com 35, e a Air China, com 30 aparelhos. Em 2008, a Boeing entregou 375 aviões (a greve impediu mais), sendo 290 B737. Para a companhia de Seattle, o ano findo ficou também marcado pela entrega do 5000.º B737, pela entrega do primeiro 767 Cargueiro convertido e pela apresentação do B777 cargueiro. O B747 cumpriu 40 anos e superou a fasquia das 1400 entregas. A Airbus deverá apresentar os resultados de 2008 em meados do mês. Mas já anunciou ter cumprido o programa de entregas do A380, com 12 aparelhos.

Airbus ganha com atraso do B787 A Airbus pretende capitalizar as dificuldades da Boeing em entregar o B787 Dreamliner. Para isso, o construtor europeu decidiu adiar para o início de 2010 a primeira entrega do A330 cargueiro para se concentrar na produção dos A330 de passageiros. A explicação é simples. Com os sucessivos adiamentos do B787, várias companhias que encomendaram o aparelho norte-americano estão à procura de substitutos e voltam-se para o A330. Por outro lado, a quebra verificada na carga aérea internacional torna menos premente a necessidade de novos aviões cargueiros. Além do que o adiamento anunciado pela Airbus é de poucos meses: o primeiro A330 cargueiro voará ainda este ano e a primeira entrega deverá acontecer ainda na primeira metade de 2010.

12 Janeiro 2009

Aerovip assume ligações de Trás-os-Montes a Lisboa A Aerovip é a nova concessionária das ligações aéreas Bragança-Vila Real-Lisboa. O contrato é válido por três anos e prevê o pagamento pelo Estado de compensações de cerca de dois milhões de euros/ano. A Aerovip estreia-se nos voos regulares e sucede à Aeronorte, que desde Maio assegurava o serviço, depois de o Estado ter rescindido o contrato que mantinha com a Aerocondor. Com a Aerovip mantêm-se as duas ligações diárias em ambos os sentidos e os horários até aqui praticados. O preço da ligação Bragança-Lisboa, ida e volta, está fixado em 112 euros. O serviço será as-

segurado por dois aviões Dornier, com capacidade para 18 passageiros, adquiridos à Aerocondor. O caderno de encargos prevê uma ocupação média de 55%, mas os responsáveis da Aerovip acreditam poder ocupar 75% dos lugares disponíveis no final do primeiro ano. Nos oito meses em que assegurou o serviço, a Aeronorte diz não ter recebido qualquer valor do Estado, com a dívida a acumular-se até aos 1,2 milhões de euros. Os responsáveis da Aerovip já avisaram que só poderão esperar seis meses para receber as comparticipações públicas. Caso contrário, a manutenção das ligações ficará em risco.

Carga sobe em Novembro à “boleia” de Lisboa Em Novembro, a carga movimentada nos aeroportos da ANA atingiu as 10 632 toneladas, o que representou um crescimento de 0,9% relativamente ao mês homólogo de 2007. Na Madeira, o saldo foi de 510 toneladas, menos 9,8%. O aeroporto de Lisboa foi o principal responsável pelo resultado positivo, com um aumento de 11,8% na carga transportada, para um total de 1 157 toneladas. Ao invés, no Porto a carga movimentada recuou 4%, em termos homólogos, para as 2 889 toneladas. O Funchal, o terceiro aeroporto no ranking da carga, perdeu 8%, para cerca das 498 toneladas. Ponta Delgada também cedeu 8,1% para as 451 toneladas. Pior, muito pior, esteve Santa Maria, que “afundou” 95,6% para as 23 toneladas. Em termos acumulados,

os dados da ANA apontam para a movimentação de 125 704 toneladas nos aeroportos geridos, entre Janeiro e Novembro. Lisboa representa praticamente dois terços daquele valor, com 81 671 toneladas, seguido, a grande distância, pelo Porto, com 34 094 toneladas. Nas Ilhas, o Funchal somava no final de Novembro 6 132 toneladas movimentadas, Ponta Delgada atingia as 5 698 e Santa Maria as 2 624. A ANA não disponibilizou os dados homólogos de 2007. Nos passageiros, Novembro saldou-se por uma quebra de 3% nos aeroportos da ANA e de 7,4% na Madeira. Lisboa perdeu 5,2%, enquanto o Porto subiu 1,3% e Faro 1,8%. Na Madeira, o Funchal baixou 6%, e nos Açores Ponta Delgada perdeu 3,9%.


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Ferroviário Espanha investe cinco mil milhões no transporte de mercadorias

Espanha aposta forte no aumento do transporte de mercadorias por via férrea. As linhas convencionais que sejam substituídas por ligações de Alta Velocidade serão preferentemente dedicadas à carga, e mesmo a rede de altas prestações será, em grande parte, preparada para o tráfego misto. O desenvolvimento do transporte ferroviário de mercadorias é uma das medidas do plano anti-crise anunciado ainda no ano passado pelo governo de José Luis Zapatero. Para tal, o Executivo propõe-se agir em várias frentes, usando desde logo como instrumentos a Adif, empresa pública responsável pelas infraestruturas, e a Renfe (ou melhor, a Renfe Mercancias, outra das novidades anunciadas). No que toca às infraestruturas, a grande novidade é a intenção de aproveitar ao máximo a rede de Alta Velocidade para o tráfego misto. Actualmente a rede espanhola tem cerca de dez mil quilómetros e o Ministério do Fomento acredita que uns sete mil quilómetros poderão ser usados também por comboios de mercadorias.

Linhas de AV preparadas para o tráfego misto

Rede convencional dá prioridade às cargas

Certo é que pelo menos três das linhas actualmente em desenvolvimento – o eixo da Extremadura, o Y basco e o arco mediterrânico – estão a ser concebidas para tráfego misto. O mesmo acontecerá, como é sabido, com a ligação Lisboa-Madrid. O plano delineado por Magdalena Álvarez para o transporte ferroviário de mercadorias pressupõe investimentos de cinco mil milhões de euros em infraestruturas. Numa primeira fase, pretende-se a cria-

ção de uma denominada rede básica de transporte de mercadorias, constituída pelas linhas da rede convencional que sejam “substituídas” por ligações de Alta Velocidade, e onde as mercadorias passarão a ter preferência. Numa segunda fase, a rede básica será complementada pelas linhas de Alta Velocidade capazes de receber comboios de mercadorias, e nos troços onde a convivência com os fluxos de passageiros seja possível.

Comboios de mil metros As medidas para relançar o tráfego ferroviário de mercadorias em Espanha arrancaram em Janeiro de 2005, com a liberalização do sector. Actualmente dez operadores privados competem, ou nem por isso, com a Renfe. O plano do Fomento anunciado no final do ano passado prevê, para além das medidas referidas, a construção de variantes nas grandes cidades, para que os comboios de carga não tenham de disputar o canal (e ceder a vez) aos comboios suburbanos, e a melhoria das ligações aos portos. Outra das medidas que poderá ter profundas implicações na competitividade do transporte ferroviário é o aumento para os mil metros do comprimento máximo dos comboios de carga. O que pressupõe a adaptação dos sistemas de sinalização, das linhas e dos próprios terminais. Finalmente, os preços cobrados pela Adif e pela Renfe na movimentação de mercadorias não sofreram qualquer aumento este ano.

Como pano de fundo, mantém-se a decisão do governo de Madrid de avançar com a conversão da rede convencional, da bitola ibérica para a bitola europeia, o que a prazo (até 2020, se o calendário for cumprido) resolverá o problema da interoperabilidade das redes convencional e de AV em Espanha. A Renfe Mercancias estima que, com as novas infraestruturas e o novo material circulante (um investimento de 482 milhões de euros) será possível atingir velocidades de ponta de 140 quilómetros com os comboios de mercadorias. Actualmente, a velocidade média das cargas por ferrovia, do outro lado da fronteira, será de 30 km/h. No primeiro semestre do ano, a actividade de mercadorias da Renfe atingiu os primeiros resultados operacionais positivos (oito milhões de euros) mas continuou a perder cargas, essencialmente nos tráfegos multicliente. Em Espanha, o comboio é responsável pela movimentação de menos de 3% das cargas transportadas (em tonelagem absoluta).

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Ramal da Siderurgia sem comboios por causa da crise Ironia do destino. A ligação do pólo da Siderurgia à rede ferroviária nacional, reclamada durante anos, está concluída há meio ano mas agora faltam as cargas para transportar. É o resultado da crise que se abateu, repentina, sobre as economias mundiais. A SN Longos e a Lusosíder, que durante anos suportaram o calvário de ter de recorrer ao transporte rodoviário para se abastecerem de matéria-prima e escoarem os produtos acabados, têm agora a ferrovia dentro de portas mas a quebra na procura e, logo, na produção, não justifica a realização de comboios. A construção do ramal da Siderurgia foi o resultado de uma parceria entre a Refer, a CP e as duas empresas “herdeiras” da Siderurgia Nacional, e um exemplo de cooperação estratégica para a captação de novas cargas para a ferrovia e para a optimização das cadeias logísticas. A Refer, enquanto gesto-

ra da infraestrutura, assumiu o encargo da construção do ramal até às portas do complexo siderúrgico, num investimento de cerca de 16 milhões de euros. A CP e as duas empresas-clientes suportaram o encargo da instalação dos feixes no interior das instalações, num investimento de 4,5 milhões de euros. A CP suportou cerca de dois milhões de euros, contra um contrato de cinco anos que, em velocidade cruzeiro, deveria representar um milhão de toneladas/ano, no inbound/outbound. A inauguração do ramal aconteceu em meados do ano passado. Depois, depois veio a crise, particularmente forte em Espanha, no sector da construção, cliente da ex-Siderurgia. E sem cargas não há comboios. A Lusosíder anunciou no início de Dezembro a intenção de suspender os contratos de trabalho com cerca de 90% dos seus funcionários até ao próximo 15 de Março.

Governo previne traçados da AV Para evitar que a concretização da rede de Alta Velocidade se torne mais difícil ou onerosa, o Governo decidiu, na última reunião de Conselho de Ministros, impor medidas preventivas nas zonas de atravessamento de vários traçados. Tais medidas são válidas por dois anos, podendo ser prorrogadas por mais um ano. No eixo Porto-Vigo, a decisão abrange a ligação Braga-Valença, que será a primeira a ser construída de raiz. No eixo Lisboa-Porto, as medidas agora decretadas aplicar-se-ão aos troços Vila Franca de Xira-Alenquer e

Pombal-Oliveira do Bairro. No eixo Lisboa-Madrid, o Executivo decidiu prorrogar por um ano as medidas preventivas aplicadas à área abrangida pela TTT, no eixo Chelas-Barreiro, e alterar a incidência geográfica das medidas preventivas decididas para o traçado previsto nos municípios de Moita, Palmela, Montijo, Vendas Novas, Montemor-o-Novo, Arraiolos, Évora, Redondo, Vila Viçosa, Alandroal e Elvas. Neste último caso, as mudanças decorrem de já ter sido escolhida, e validada em termos de impacte ambiental, uma das alternativas de corredor previstas.


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Veículos Comerciais Volvo FH 16 de 700 cv: o camião mais potente do mundo

A Volvo Trucks iniciou o ano com o lançamento do camião de série mais potente do mundo: o FH 16 de 700 cv, resultado de um desafio de três anos para a marca sueca. O desafio era aumentar a potência, baixar as emissões e manter os consumos. Os engenheiros da Volvo dizem ter conseguido tudo isso com o desenvolvimento do motor D16G. A potência máxima disponível subiu 40 cv, para os 700 cv; as emissões poluentes baixaram mais de A CaetanoBus vai fornecer ao Dubai cerca de três centenas de autocarros urbanos de dois pisos. O valor do contrato não foi divulgado. De acordo com a informação disponibilizada pela empresa de V.N. Gaia, o contrato firmado com a Roads & Transports Authority do Dubai prevê o fornecimento de

Mais 40 cavalos e menos 40% de emissões

Consumo mantém-se inalterado

40%, de tal modo que o “novo” motor cumpre com os limites Euro 5 que só entrará em vigor no próximo Outono; e o dispêndio de combustível mantém-se ao nível dos anteriores D16. “O Volvo FH 16 destina-se aos trabalhos mais pesados e às operações de transporte mais exigentes. É também um camião de alto prestígio para aqueles clientes que procuram algo realmente

extraordinário. Com os 700 cv, o FH 16 colocase à margem de tudo o mais que existe na indústria”, referiu a propósito Staffan Jufors, presidente e CEO da Volvo Trucks. Como qualquer outro modelo e motor, também o novo FH 16 de 700 cv foi sujeito a testes laboratoriais e de estrada. Mas como o que estava em causa era produzir o camião de série mais po-

tente do mundo, os testes de estrada foram particularmente violentos, como recorda o chefe da equipa do projecto. “O novo Volvo FH16 transportou “road-trains” pelos desertos da Austrália, carregou madeira no norte da Suécia e foi utilizado em condições de frio extremo e altitudes até 3600 metros nas Montanhas Rochosas”, diz Henrik Lindeberg. O novo motor D16G está igualmente disponíveis em versões mais “fracas”, entenda-se, de 600 cv e 540 cv.

CaetanoBus fornece o Dubai Encomenda de 300 autocarros urbanos de dois pisos 293 autocarros, com a possibilidade de envio de mais 15 unidades. A CaetanoBus será res-

T&N

TRANSPORTES & NEGÓCIOS Registo na D.G.C.S. Nº 123054 Depósito Legal N.º 164047/01

ponsável pelo fornecimento das carroçarias, totalmente em alumínio, que serão montadas em chassis Scania de três eixos. Cada veículo terá capacidade para transportar 115 pessoas. Os primeiros veículos deverão ser entregues em Ju-

lhopróximo,prolongando-se os fornecimentos até ao final de 2010. O que pressupõe que a unidade portuguesa terá de produzir 20 carroçarias/mês só para responder a esta encomenda. O negócio foi ganho e negociado em parceria com a

Iveco destrona MAN no mercado de autocarros Vendas subiram 3% para as 749 unidades Sustentado pelas vendas de mini-autocarros e pela renovação de frotas de operadorespúblicos,avendade autocarros cresceu mais de 3% em 2008, tendo sido matriculadas 749 unidades, segundo os dados divulgados pela ACAP. A grande novidade do ano foioprimeirolugarnoranking de vendas da Iveco, com 150 matrículas (mais 58% em termos homólogos) e uma quota de mercado de 20%. A marca italiana destronou a MAN, que no ano passado viu as vendas recuarem 36% para as 145 unidades (19% de quota de mercado). Em termos absolutos, os númerosvalemoquevalem, mas é certo que os mercados da Iveco e da MAN não são integralmente comparáveis, dada a exposição da Ivecoaosegmentodosmini-autocarros, assentes em chassis Daily. Enquanto a MAN, como a Volvo, de resto, ou a Scania, só operam no segmento dos autocarros (urbanos e de turismo). A Mercedes (outra marca

que tem sabido capitalizar nasvendasdemini-autocarros com a Sprinter) terminou o ano no terceiro lugar no ranking de vendas, com 135 unidadesmatriculadas,mais 52% do que no ano anterior, e uma quota de mercado de 18%. A Volvo foi quarta nas vendas totais, com 86 matrículas. A marca sueca, que aumentouasvendasem83% e praticamente duplicou a quota de mercado (para os 11%), reclama, de resto, a liderança no segmento acima das 16 toneladas, com uma “taxa de penetração superior a 27%”. Nos lugares imediatos, situaram-seaRenault(denovo, os mini-autocarros), a Scania e a Toyota. A marca francesa matriculou 77 unidades, menos uma que em 2007 (quota de mercado de 10%); os suecos registaram 74 veículos, menos 12 que há dois anos (10%), e a Caetano Toyota matriculou 51 autocarros (menos 29): 7%. Em Dezembro, as vendas de autocarros em Portugal regrediram 30%, com apenas 35 unidades matriculadas, sendo que a Iveco registou dez e a Mercedes outras dez.

própria Scania e com o representante da marca sueca no Dubai. A CaetanoBus é o resultado de uma joint-venture entre o grupo Salvador Caetano (que detém 60% da empresa) e a Evobus, empresa europeia do grupo Daimler para o negócio dos autocarros. A unidade produz os autocarros de aeroporto Cobus,

o modelo Tourino da Mercedes-Benz e carroçarias CaetanodosmodelosWinner, Levante, Enigma e City Gold (este último para autocarros urbanos). Depois de um arranque difícil, a empresa gaiense tem vindo a aumentar a carteira de encomendas e a firmar-se nos mercados nacional e internacional.

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