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Nota Abertura Porque o barato sai caro...
Índice Grupo Volvo produz motores Euro 6 em Vénissieux Renault ataca Europeu de Camiões
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Scania R 620 / O mais potente da família
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Solutrans apostou no eco-transporte
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Volvo renova gama FM FMX exclusivo para construção
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MAN BusDays em Munique MAN reforça segundo lugar no ranking europeu de autocarros
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DAF Trucks NV tem novo presidente Mitsubishi renova L200 / Strakar Daily com 3 anos de manutenção Inspecção automóvel liberalizada
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Novo Opel Movano chega na Primavera
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José Manuel Roque ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS Há demasiados operadores de semi-reboques no mercado
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Produção nacional cresce 66% Daimler sai da Tata Motors
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Tractores dominam vendas Renault Scania: mercado já bateu no fundo
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Nova gama Reta & Socar Audatex com solução para pesados Varta renova baterias para pesados Repsol lança Guia de Acessibilidades
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FICHA TÉCNICA
MAN Portugal facturou 45,8 milhões DAF e Renault lideram vendas em Fevereiro
T&N
TRANSPORTES & NEGÓCIOS Registo na D.G.C.S. Nº 123054 Depósito Legal N.º 164047/01
A crise não traz só coisas más. A necessidade aguça o engenho e os tempos de dificuldades despertam os sentidos dos empresários dignos do nome para a oportunidade de reverem processos nas suas organizações. É o que está a verificar-se, cada vez mais, com a contratação de novos veículos comerciais pelos transportadores. E digo contratação e não compra porque, nos tempos que correm, o cerne do negócio de compra/venda dos veículos não está na transmissão da propriedade do bem, mas antes na sua disponibilização ao cliente transportador, por um tempo determinado, sob condições acordadas e contra o pagamento de um “fee” contratado. Porque a necessidade aguça o engenho de todos os envolvidos, é crescente o número de vendas de veículos que têm associado, pelo menos, um contrato de manutenção programada. À primeira vista, poderá parecer que assim os transportadores pagam mais. Mas, está visto, o barato sai (muitas vezes) caro. E seguramente que é melhor para os negócios – o do cliente e o do vendedor – todos saberem com o que contam e, dessa forma, poderem fazer melhor as contas do deve-haver das suas actividades. Fosse essa prática generalizada, e seguramente ter-se-iam evitado muitas surpresas desagradáveis. FERNANDO GONÇALVES
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Grupo Volvo produz motores Euro 6 em Lyon-Vénissieux s futuros motores destinados aos veículos pesados europeus da gama média das marcas Renault e Volvo serão produzidos na fábrica de motores da Renault Trucks, em Lyon-Vénissieux. O grupo AB Volvo decidiu encarregar a fábrica de motores de Vénissieux de produzir os seus motores de 5 e 8 litros de cilindrada, conformes à futura norma Euro 6 de emissões que se aplicará a partir de 2013 na Europa. Esta nova actividade da fábrica de Lyon-Vénnisieux, que se acrescenta aos actuais trabalhos de montagem de motores de 9 e 11 litros que equipam a gama alta, implica um investimento de 17 milhões de euros, para uma capacidade de produção anual na
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ordem das 40 mil unidades. A norma Euro 6 implica uma redução dos níveis de emissões de partículas para metade e de 77% nas emissões de óxidos de azoto, em relação aos actuais Euro 5, e entra em vigor a 31 de Dezembro de 2013. O Euro 6 exigirá uma combinação dos actuais sistemas SCR e EGR e um filtro de partículas, bem como melhorias ao nível do software, das condições de atrito, da adaptação das temperaturas de funcionamento e da eficiência do sistema de redução catalítica selectiva. O director de Estratégia e Planeamento de motores da Volvo Trucks, Mats Franzén, garante que “vamos cumprir as normas muito antes da nova legislação entrar em vigor. Claramente, o
desafio do Euro 6 consistirá em reduzir ainda mais as emissões de óxido de nitrogénio sem aumentar o consumo de combustível”. Aquele responsável considera também que o Euro 6 fará com que “as emissões de partículas de óxido de azoto e dióxido de carbono atingirão níveis ambientalmente sustentáveis. Mas isso não é suficiente para nós. Agora estamos ainda mais concentrados na redução do consumo combustível, diminuindo assim o impacto ambiental produzido pelas emissões de dióxido de carbono”. E promete mesmo que a Volvo Trucks continuará a reduzir o consumo de combustível a uma média de 1% ao ano.
Renault ataca Europeu de Camiões
A Renault Trucks associou-se à equipa MKR Technology para participar no Campeonato Europeu de Camiões 2010, propondo um design completamente renovado para os seus dois camiões de corrida. A MKR é dirigida por Mario Kress, e conta como pilotos com o experiente suíço Markus Bösiger e o alemão Markus Oestreich. Os camiões foram desenhados pela equipa de designers da Renault Trucks e encontram-se equipados com motores |4
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Dxi13 da marca francesa que integram um conjunto de inovações desenvolvidas exclusivamente para participar nesta competição. Com o fim do contrato com o Team Frankie, a marca francesa optou por criar a sua própria identidade nesta prova, surgindo agora como Renault Trucks Racing. A competição arranca já no próximo mês de Maio, em Misano, e a marca tem por único objectivo “ganhar o campeonato”.
Scania R 620 O mais potente da família Como poupar vencedor do “Truck of the Year 2010”, o Scania Série R 620, esteve em Portugal, para os primeiros ensaios de estrada. O TRANSPORTES & NEGÓCIOS participou e pode apreciar as performances do mais potente da família Scania. O Scania Série R 620 disponibilizado estava equipado com o motor mais potente da marca sueca, um V8 de 620 cv, Euro 5 de 16 litros e 3 000 Nm de binário, que recorre ao sistema de injecção Scania PDE e sistema SCR de tratamento de gases de escape (com o recurso a AdBlue). A bordo duma cabina Topline totalmente equipada, quisemos testar as prestações dos novos V8, disponíveis na Série R com ordens de potência de 500, 560 e 620 cv. Optámos, por isso, num percurso de cerca de 100 km, por um circuito de elevado grau de dificuldade, com algumas subidas de acentuado grau de inclinação e complicadas manobras numa área industrial para testar os novos equipamentos de auxílio à condução desta gama. Confirmámos, assim, que se trata de uma motorização apta a cumprir as
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mais árduas tarefas de transporte: longo curso, operações em regiões montanhosas, transportes especiais, etc., com níveis de consumo invejáveis, mesmo para muitos motores de bastante menor cilindrada. (Normalmente, o transportador opta por camiões Scania com motor V8 para obter velocidades médias elevadas, fiabilidade e alto valor residual. Para os chamados “autónomos”, é sobretudo pelo orgulho e impacto ao nível da imagem, até mesmo porque têm por hábito personalizar estes portentosos Scania com inúmeros extras.) Nota máxima para equipamentos como o travão auxiliar Retarder, o sistema de aviso de saída de faixa de rodagem (LDW), o controlo electrónico de estabilidade (ESP), o Adaptative Cruise Control (ACC), o sistema de monitorização da pressão dos pneus (TPM), o novo sistema Scania Opticruise de caixa totalmente automatizada, e em particular o novo sistema Scania Driver Suport, uma ferramenta que ajuda o motorista a melhorar continuamente as suas prestações de condução.
combustível
Um dos factores a ter em conta na nova Série R prende-se com a optimização operacional. Os motoristas das empresas recebem formação adequada e podem, assim, reduzir até 10% o consumo de combustível. A marca sueca alerta os transportadores de que é muito importante fechar o espaço entre a cabina e o semi-reboque ou a caixa de carga, consoante os modelos, por razões que se prendem com o comportamento aerodinâmico e a optimização do fluxo de ar sobre a cabina. Nesse sentido, a montagem de deflectores superior e laterais – e de saias laterais é recomendável. Evitar a montagem de jogos de luzes adicionais e de buzinas no tejadilho, utilizar a pressão adequada nos pneus e apostar em pneumáticos de baixa resistência ao rolamento, controlar o alinhamento dos eixos, são alguns dos factores que contribuem para reduzir os gastos com combustível. MARÇO 5 |
Inovações premiadas No dia de abertura da Solutrans foram entregues os prémios de inovação técnica da Carroçaria Industrial 2010. Na categoria reboques e semi-reboques, venceu a Spizer Eurovrac, com uma nova cisterna em materiais compósitos para o transporte a granel. Na categoria de carroçarias para veículos industriais, a laureada foi a Gruau, com uma nova carroçaria para Microbus. Na categoria de carroçarias para VCL foi premiada a Cornut, graças ao seu novo braço hidráulico de incorporação em chassis. Na categoria de equipamentos, foi premiada uma nova plataforma elevatória da Dhollandia.
Solutrans apostou no eco-transporte ais de 20 mil profissionais marcaram presença no Solutrans 2010 (Salão Internacional das Soluções de Transporte), que se realizou na Eurexpo, em Lyon, França, entre 2 e 6 de Março. Os organizadores do certame realçam o facto de um em cada três dos visitantes, na sua esmagadora maioria ligados ao sector do camião, terem declarado que pretende realizar projectos de investimento a médio prazo, “uma prova de que se preparam progressivamente para a saída da crise”. A Renault Trucks, que desde sempre apostou forte neste evento, fez a estreia mundial da nova Master, apresentando a versão furgão de 125 cv Euro 5, exibida conjuntamente no stand da marca francesa com as versões Midlum 220.12, Kerax 460.26 6x4, Premium Route 460.19 e Magnum 520.19. A solução Optifuel de redução de consumo de combustível constituiu outra das apostas deste cons-
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trutor patentes ao público. Marcaram igualmente presença no certame a Volvo Trucks e a Scania, e os construtores de veículos comerciais ligeiros Fiat Professional, Isuzu e Dacia, sendo inúmeras as soluções apresentadas nos domínios do eco-transporte e da electromobilidade. A Paccar Parts divulgou o programa “Truck and Trailer Parts –TRP” e a estratégia “One Stop Shop”, que permite encontrar numa única “loja virtual” mais de 70 mil referências de peças de substituição multimarca para camiões, autocarros e semi-reboques, distribuídas em toda a Europa através da rede de concessionários da DAF. Para além do Programa TRP, no stand da Paccar Parts esteve igualmente patente ao público profissional o Programa Peças de Origem DAF, o Climatech, o sistema de gestão de frotas Connect e um espaço reservado para apresentar o novo cartão de fidelida-
de MAX Card, que proporciona aos clientes condições especiais em peças e acessórios. O certame serviu ainda de palco para o estabelecimento de um acordo entre a DAF França e a TEXA, fabricante que comercializa equipamentos de diagnóstico multimarca. No espaço exterior da Eurexpo, a Solutrans organizou com a Volvo Trucks demonstrações activas de megacamiões (Sistema Modular Europeu) e das gamas de veículos utilitários eléctricos britânicos da Modec. A Renault disponibilizou também para ensaios quatro unidades da nova Master, o Premium Optifuel, o Midlum Optitronic e o Maxity eléctrico. A próxima edição do Solutrans encontra-se já agendada para 29 de Novembro a 3 de Dezembro de 2011, na Eurexpo de Lyon, no âmbito da Semana Mundial do Transporte Rodoviário, em parceria com a Truck & Bus World Forum.
Volvo renova gama FM Volvo acaba de renovar a gama FM, um veículo concebido para a distribuição regional e o transporte de médio curso, que a partir de agora se identifica ainda mais em termos visuais com a gama de longo curso FH. Entre as principais novidades introduzidas na gama FM, a nível de exteriores destacam-se as grelhas superiores e inferiores da secção frontal, os grupos ópticos iguais aos recentemente introduzidos no FH (constituídos por dois módulos distintos, passando assim os faróis auxiliares e de nevoeiro a integrar um módulo distinto), o indicador de mudança de direcção com tecnologia LED, uma entrada de ar que proporciona maior visibilidade traseira, os degraus dianteiros para limpeza do pára-brisas com características antiderrapantes e extensão retráctil, e um logo identificativo da marca de maiores dimensões. Como opcionais, passam também a estar disponíveis diversos tipos de luzes de trabalho e novos depósitos de combustíveis de maiores dimensões integralmente construídos em aço. A nível de interiores, o motorista passa a dispor de uma nova mesa, novos espaços para arrumos e dum suporte para instalação no cabide. A Volvo aumentou também a oferta em termos de gama de cores para decoração de
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estofos e cortinas e optimizou o funcionamento do ACC. Estas novidades vêm juntar-se a outras introduzidas no ano passado na gama FM, como uma versão da caixa automatizada I-Shift e os motores D11 e D13 que proporcionam maior economia de combustível, disponíveis em versões Euro 5 e EEV. O Volvo FM alarga também a oferta
de níveis de equipamento de cabina, disponibilizando a partir de agora desde o pack Basic até ao Premium. Para o presidente da Divisão Europeia da Volvo Trucks, Claes Nilsson, “com o Volvo FM renovado, pretendemos fortalecer ainda mais o contributo deste camião para o segmento e reforçar a sua posição como o melhor camião de transporte regional na sua classe”.
FMX exclusivo para construção A Volvo Trucks vai apresentar um novo camião na 29ª edição da Bauma, a maior feira europeia para o sector da construção, que se realiza em Munique, entre 19 e 25 de Abril. Trata-se do Volvo FMX, destinado exclusivamente ao sector da construção e estaleiro, diferenciando assim os segmentos da construção e de distribuição, com duas famílias distintas de produto. A marca sueca explica que o FMX é a mais recente contribuição para a agressiva estratégia de produtos da
Volvo Trucks, aumentando desta forma o enfoque no segmento da construção. Segundo o presidente e director geral da Volvo Trucks, Staffan Jufors, “os clientes solicitam uma maior especialização e nós estamos atentos a isso. Já fizemos imenso sucesso com o nosso actual modelo Volvo FM, especialmente na Rússia, na Europa de Leste e nos mercados nórdicos. Com o novo Volvo FMX especializado, antevemos um enorme potencial para aumentar ainda mais as quotas de mercado”. MARÇO 7 |
m 2009 o volume de negócios do Grupo MAN atingiu os 12 mil milhões de euros, menos 20% do que no ano anterior, com as encomendas a cifrarem-se em 9,9 mil milhões de euros (- 30%) e os resultados líquidos em 504 milhões de euros (1,729 mil milhões em 2008). A divisão de camiões da MAN vendeu no ano passado 40 535 unidades (-52%), tendo como resultado um volume de negócios na ordem dos 6,395 mil milhões de euros (-40%) e um crescimento de quota no mercado europeu de camiões acima das 6 toneladas para os 16,7%. Os resultados foram avançados em Munique pelo novo CEO da MAN Nutzfahrzeuge, Georg Pachta-Reyhofen, no decurso das jornadas MAN BusDays, marcadas pelas comemorações do 75.º aniversário da Neoplan e pela inauguração do Bus Forum de Munique. O mercado europeu de autocarros foi menos afectado pela crise económica do que o de camiões. Na Europa, o volume de matrículas em 2009 caiu cerca de 12%, para próximo das 30 500 unidades. O retrocesso foi mais acentuado nos autocarros de turismo (-31%), seguindo-se os interurbanos (13,5%). O segmento dos urbanos beneficiou mesmo dum ligeiro aumento na ordem dos 4%. A MAN ficou no segundo lugar do ranking europeu de vendas de veículos pesados de passageiros, com 6 232 autocarros acima das 8 t. comercializados, das marcas MAN e Neoplan. Ainda assim, realizou menos 14% do que em 2008, ano em que comercializou 7 227 unidades. Em termos de quota de mercado, porém, consolidou um crescimento de 2%, passando de 12,8% para os 14,8%. Embora o volume de negócios tenham caído 14%, para os 1,3 mil milhões de euros, os lucros operacionais da divisão de autocarros cresceram cerca de 21 milhões, passando assim de 19 milhões, em 2008, para 40 milhões no ano passado, sobretudo graças ao plano de reestruturação introduzido em 2007.
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MAN reforça segundo lug no ranking europeu de aut O vice-presidente de gestão de vendas de autocarros, Rudi Kuchta, adiantou ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS que não se prevêem para 2010 grandes alterações no mercado. “Estamos a compensar algumas perdas na Europa Ocidental com a expansão para outros mercados. Nos países de Leste a situação já estabilizou e no Brasil estamos a entrar em força, não só com autocarros completos mas também na área do fornecimento de chassis”. Em 2009 a MAN viu-se confrontada com um complicado processo de investigação judicial devido a fraudes de natureza fiscal, que deu origem à demissão do anterior conselho executivo. O novo CEO da MAN, Georg PachtaReyhofen, explicou ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS a forma como se de-
senrolou e concluiu todo esse processo: “As investigações tiveram início em Maio. A MAN colaborou sempre com as autoridades para ajudar a esclarecer o eventual ilícito (tivemos de contratar cerca de 70 advogados externos para acompanhar e defender as nossas posições) e em Dezembro saiu a decisão do tribunal. “Fomos condenados em cerca de 150 milhões de euros, tivemos gastos com advogados externos na ordem dos 30 milhões de euros e temos também de despender cerca de 20 milhões de euros em impostos que não terão sido pagos. Tudo isto saiu muito caro à MAN. Respeitamos a decisão do tribunal, e a partir de agora somos uma nova equipa no conselho executivo em condições de trabalhar bem”.
Bus Forum de Munique Trata-se de um espaço de exposições e distribuição de autocarros das marcas MAN e Neoplan, onde os clientes destas marcas podem configurar com todo o detalhe os autocarros para as suas frotas, desde o desenho exterior até ao equipamento do habitáculo. Também podem ser realizados ensaios com os veículos. Situado mesmo ao lado do Truck Forum, também ele recentemente inaugurado e de similar arquitectura, o novo edifício possui 3 200 metros quadrados, integrando o espaço de exposições e o departamento de entregas das duas marcas.
ar tocarros
NEOPLAN FAZ 75 ANOS. Fundada há 75 anos, por Gottlob Auwärter, a Neoplan evoluiu de carroçador para fabricante de autocarros completos. Actualmente é um construtor da Classe VIP de turismos que produz os modelos Starliner, Cityliner e Tourliner. No âmbito das comemorações do 75º aniversário, apresentou agora uma edição exclusiva “Spirit Edition” do Cityliner, dotada de inúmeras particularidades em matéria de desenho, conforto e segurança, piso interior em imitação de madeira nobre, assentos revestidos em pele, etc. Na próxima edição do IAA a Neoplan vai expor, em versão protótipo, o novo Skyliner, um autocarro de turismo de dois pisos com um comprimento de 14 metros e um maior número de lugares sentados do que o seu antecessor. Apresenta entre as particularidades exclusivas a nível de design o facto de prolongar as janelas laterais praticamente até à linha do tejadilho. O Skyliner estará disponível nos mercados europeus em 2012.
MAN investe nos BRIC O ano de 2009 ficou marcado pela aquisição das actividades de camiões e autocarros da Volkswagen Brasil e pelo lançamento da gama TGS/TGX naquele território, operação que se completou em Março; pela parceria com o construtor chinês de camiões Sinotruck em Outubro; pela preparação da fusão das empresas MAN Diesel & Turbo em Dezembro; e pela passagem do Grupo MAN a sociedade europeia. Por sua vez, o ano de 2010 arranca com uma joint-venture com a Rheinmettal, dando origem à Rheinmettal MAN Military Vheicles GmBH (RMMV), com uma comparticipação de 49% neste negócio por parte da MAN. Registam-se também, desde já, o investimento de 300 milhões de euros no Brasil para o lançamento de um projecto na área da produção energética - e uma encomenda de 600 autocarros por parte da Deutsche Bahn, num negócio avaliado em cerca de 150 milhões de euros, com direito de opção para mais 350 autocarros em 2011 e 2012. Este ano será ainda consolidado o projecto de lançamento da gama pesada de camiões de construção TGS WW, composta por veículos das 19 às 41 t., com motorizações Euro 2 e 3, com ordens de potência entre os 350 e os 480 cv, destinados aos mercados de África, Médio Oriente e países do CIS. A MAN vai fornecer também a nova gama intermédia CLA nestas regiões e na Índia e China. No Brasil, onde o governo de Lula da Silva decidiu passar os limites de emissões de motores da actual norma Euro 3 directamente para o Euro 5, a MAN prepara-se para estar na primeira linha no fornecimento dos novos equipamentos, embora, segundo Rudi Kuchta, “uma vez que o peso bruto dos camiões de longo curso no Brasil vai até às 58 t., vamos ter de desenvolver um motor mais potente para a gama alta”. MARÇO 9 |
DAF Trucks NV tem novo presidente Harrie Schippers será, a partir de 1 de Abril, o novo presidente da DAF Trucks NV. Substitui Aad Goodriaan, que decidiu prosseguir a sua carreira profissional fora da empresa. Harrie Schippers encontra-se ao serviço da DAF desde 1986, tendo desempenhado funções de chefia nas áreas das operações financeiras, marketing e vendas e economia empresarial. Nos últimos anos desempenhava o cargo de Director Financeiro e pertencia ao Conselho de Administração da DAF Trucks NV.
Mitsubishi renova L200/Strakar Mitsubishi renovou profundamente a pick-up L200/Strakar, a qual dispõe a partir de agora de uma caixa de carga de maiores dimensões e capacidade, um novo motor de 178 cv, caixa de velocidades automática, um novo visual e reforço dos níveis de equipamento. A gama foi ainda reforçada com as novas versões 2WD “Low Rider” cabi-
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na simples e dupla. Ao fim de quatro anos de vida desde o seu lançamento nos mercados europeus, a L200/Strakar contabiliza já cerca de meio milhão de unidades vendidas, 185 553 das quais nos mercados do Velho Continente. O novo modelo continuará a ser produzido na fábrica da Mitsubishi Motors de Laem Chabang, na Tailândia.
Daily Inspecção com 3 anos automóvel de manutenção liberalizada
A Iveco oferece um Contrato de Manutenção Programada de 3 anos ou 120 mil quilómetros na compra dos modelos Daily furgão e Daily chassis-cabina. Esta campanha abrange toda a rede de concessionários Iveco e é válida até ao próximo dia 30 de Abril, encontrando-se apenas limitada ao stock de viaturas existente. | 10 MARÇO
O Governo aprovou em Conselho de Ministros um decreto-lei que abre as portas à liberalização progressiva da criação de centros de inspecção técnica de veículos, manifestando a intenção de impor a prazo uma tabela máxima para os preços praticados por esses centros. Para o Executivo esta medida permitirá que no futuro haja mais centros de inspecção, comprometendo-se também a disponibilizar - através do Portal do Cidadão - informações relevantes no que respeita à localização dos centros de inspecções, horários de funcionamento e preços praticados. A partir de 2012, será possível também fazer-se o agendamento das ins-
pecções via internet, quer através do Portal do Cidadão quer do site das empresas. O novo enquadramento legal para o serviço público não agrada à Associação Nacional de Centros de Inspecção Automóvel (ANCIA), que representa as empresas do sector, que reagiu em comunicado, onde sublinha que a nova legislação colocará em risco toda a actividade, o sector empresarial que a desenvolve e a segurança rodoviária. As empresas reclamam também do Estado uma compensação de 400 milhões de euros, em resultado dos prejuízos causados pela nova legislação.
Novo Opel Movano chega na Primavera segunda geração do Opel Movano chega ao mercado nacional ainda esta Primavera. Como principais novidades apresenta uma gama alargada de versões de carroçaria, versões distintas de tracção dianteira e traseira, novos motores, alargamento das opções de peso bruto até às 4,5 t., mais capacidade de carga até às 2,5 t., e um compartimento de carga optimizado. Graças a uma nova plataforma de furgão de grandes dimensões, a gama inclui agora variantes de furgão em quatro comprimentos e três níveis de altura, versões plataforma, chassis-ca-
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bina, crew-cab e combi. As versões com tracção traseira podem ser equipadas com rodado duplo no eixo traseiro. A cabina do novo Movano foi concebida em função do conforto e da oferta de duma série de características práticas, oferecendo melhor visibilidade e melhorias significativas das posições e ajustamentos dos bancos e da coluna de direcção. O comprimento de carga dos furgões pode chegar aos 4,4 metros e o volume aos 17 metros cúbicos. Nas versões com tracção dianteira os planos de carga são muito baixos. Todas as versões possuem portas laterais de cor-
rer e portas traseiras com grandes ângulos de abertura, para facilitar a movimentação de volumes de grandes dimensões. A gama de motores é totalmente nova (turbodiesel 2.3 CDTI), recorrendo ao sistema de injecção tipo common rail, disponível em ordens de potência de 100, 125 e 150 cv, com Euro 4 ou Euro 5, sendo estas últimas dotadas de filtro de partículas. Todos os motores vêm acoplados de série a caixas manuais de 6 velocidades, oferendo a Opel como opcional nas versões de 125 e 150 cv a caixa robotizada Easytronic.
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José Manuel Roque (Grupo Roques) ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS
Há demasiados operadores de semi-reboques no mercado mercado nacional dos semireboques está mal, mas pior fica com o comportamento de vendedores e clientes que privilegiam exclusivamente o preço, alerta José Manuel Roque, um “histórico” do sector, em entrevista ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS. Alguns já ficaram pelo caminho, vítimas do mercado e de si mesmos, diz, mas ainda assim subsistem demasiados operadores. T&N - No final do ano passado a Roques CVS passou a comercializar em Portugal a marca de semi-reboques Fliegl. Qual está a ser reacção do mercado a estes veículos? José Manuel Roque - A Fliegl é uma
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marca alemã que constrói integralmente semi-reboques em aço. Até ao ano passado éramos importadores da Freuhoff, mas em Espanha a empresa que pertencia ao grupo entrou em colapso e nós, para este segmento de produto, tivemos de mudar de marca. A Fliegl é um produto altamente fiável; as reacções do mercado estão a ser boas. Penso que vai responder às nossas expectativas. Neste momento disponibilizamos porta-contentores, plataformas, porta-máquinas e basculantes para o sector da construção e estaleiro. T&N - Que outras marcas de semi-re-
boques representam em Portugal? José Manuel Roque - Fomos nós quem, verdadeiramente, introduziu os semi-reboques em alumínio em Portugal, quando lançámos a Benalu. Foi muito difícil. As pessoas estavam habituadas a outros equipamentos. Neste momento somos líderes do mercado de semi-reboques integralmente construídos em alumínio. Da Benalu comercializamos fundamentalmente cisternas basculantes, veículos de grande volume com fundos móveis para o transporte de produtos a granel e veículos plataforma. Temos também a Chereau, que é uma marca de semi-reboques frigoríficos
-reboques. Em 2008 vendemos cerca de 220 semi-reboques, fundamentalmente veículos em alumínio e frigoríficos. No ano passado tivemos uma quebra nas vendas de semi-reboques de cerca de 40%. É trágico. Há demasiados operadores no mercado. Já desapareceram alguns, gente que não só sofreu os efeitos da crise como também foram agentes da própria crise pelos preços que vinham praticando. Com o actual nível de stocks, todos os dias os preços baixam. Infelizmente, para muitos clientes só lhes interessa o preço. Não lhes interessa a manutenção e assistência técnica, nem ter um fornecedor que lhes assegura as peças e que o veículo não fique imobilizado. T&N - Porque é que a Roques CVS não aposta também no mercado dos semi-reboques de lonas? José Manuel Roque - Nunca tivemos preços para entrar nessa guerra dos chamados veículos TIR. Será talvez o mercado onde os preços estejam mais adulterados. É como nos supermercados: há gente que vende em volume e pouco lhes interessa as margens.
altamente conceituada na Europa. Cisternas e betoneiras da Baryval para o sector da construção; cisternas com certificação ATP para o transporte de produtos alimentares sob temperatura dirigida e de produtos químicos da Farcinox; carroçarias de aço fabricadas integralmente em Handox através da marca própria Roctrailer; e carroçarias em kits pré-fabricados da empresa espanhola Liderkit. T&N - Em termos de vendas, como é que o vosso mercado se tem comportado? José Manuel Roque - 2009 foi um ano muito mau para o comércio de semi-
T&N - Recentemente, a Roquesambiente adquiriu a representação para o mercado nacional dos veículos comerciais ligeiros eléctricos Mega. Como é que as coisas estão a correr? José Manuel Roque - A Mega separou os segmentos de passageiros e comerciais. Nós somos importadores dos comerciais e já vendemos mais de duas dezenas destes veículos, fundamentalmente a autarquias. A gama é composta por furgões ligeiros, veículos de caixa aberta normais e basculantes, chassis-cabina, pick-up e veículos adaptados para a recolha de resíduos urbanos. T&N - Continuam a apostar na assistência após-venda para pesados? José Manuel Roque - Aqui nas nossas oficinas de Santarém prestamos assistência multi-marca a semi-reboques e somos agentes autorizados da Scania e da BPW, que é um fabricante de eixos e sistemas de travagem e de suspensão para semi-reboques. Assistimos também os camiões da gama ligeira Isuzu.
Segmentação de mercados cria novas participadas O Grupo Roques dividiu recentemente as suas actividades empresariais em dois segmentos distintos, tendo para o efeito criado duas novas entidades. A Roques Comércio de Viaturas e Serviços opera exclusivamente na comercialização de semi-reboques, equipamentos de transporte, serviços de assistência e venda de peças para viaturas pesadas. A Roques VT Comércio de Automóveis é distribuidor dos comerciais Isuzu e Mega e da Renault Portuguesa no distrito de Santarém. O Grupo Roques desenvolve também outras áreas de actividade, através de empresas participadas como a Rocargo (comercialização de equipamentos para carroçarias de pesados), a Metalriba (empresa industrial de fabrico de peças e acessórios para o carroçamento de viaturas pesadas), a Globaltrailer (equipamentos para transportes), ou a Roquesambiente (veículos e equipamentos ecológicos), entre outras. A empresa-mãe, a Roques Lda, foi criada em 1971 pelo actual administrador, José Manuel Roques, logo após a venda da empresa de família “Camionagem Ribatejana” à João Cândido Belo & Companhia, Lda. MARÇO 13 |
MAN Portugal facturou 45,8 milhões om 348 veículos pesados vendidos (232 camiões e 116 autoarros) a MAN Portugal obteve um volume global de negócios de 45,8 milhões de euros em 2009, dos quais 8,3 milhões resultaram da venda de peças. As novas gamas de camiões pesados TGX/TGS foram as que tiveram maior procura, com 186 unidades vendidas, seguindo-se a gama intermédia TGM com 38 unidades, e a gama ligeira TGL com apenas 8 unidades. Por segmento de actividade, a marca vendeu no nosso país 81 unidades para a distribuição pesada, 74 para
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o longo curso, 55 veículos para o sector da construção e estaleiro, 14 para transportes especiais e 8 para a distribuição ligeira. No que respeita às perspectivas para 2010, e segundo responsáveis da marca em Portugal, “de acordo com alguns indicadores recentes, já é possível fazer uma projecção de que a situação económica em Portugal, bem como no resto da Europa, irá manifestar uma ligeira melhoria no que diz respeito à venda de pesados. É nossa convicção que no mercado de pesados de mercadorias acima das 6 toneladas deverá haver um ligeiro aumen-
to nas vendas da ordem dos 5%”. A nível de novidades de produto, a MAN apresentará na próxima edição da Bauma de Munique o novo TGS WW para o segmento da construção, especialmente concebido para os mercados de fora da Europa. Por sua vez, no Salão de Hannover será exposto o protótipo da futura geração do autocarro de turismo de dois andares, o Neoplan Skyliner, cuja comercialização terá início em 2012. A MAN vai continuar também a desenvolver os futuros motores Euro 6 e outros sistemas de propulsão alternativos.
Vendas em Fevereiro caem mais 40%
DAF e Renault lideram Em Fevereiro, matricularam-se em Portugal 167 pesados de mercadorias, menos 111, ou 40%, que há um ano. Desde 1 de Janeiro, as perdas já atingem os 273 veículos. Não dá sinais de retoma o mercado nacional de pesados de mercadorias. Em Fevereiro, praticamente todas as principais marcas estiveram no vermelho. As excepções foram a DAF e a Mitsubishi. A DAF progrediu seis veículos, em termos homólogos, para as 32 matrícu| 14 MARÇO
las. O suficiente para apanhar a Renault Trucks na liderança do mercado, ambas com 64 matrículas. Sendo que, em termos homólogos, em 2010 a DAF cai 35% e a Renault sobe quase 26%. A Mitsubishi matriculou em Fevereiro mais três veículos que há um ano. Desde o início de 2010, a marca sobe 10%, com 44 unidades registadas. Em Fevereiro, a Iveco e a MAN foram as marcas que mais perderam, respectivamente 76% e 64%, para 13
e oito matrículas. A Volvo cedeu 55%, para as 25 unidades, a Mercedes 43% paara as 29 e a Scania 42% para as 14. No cômputo dos dois primeiros meses o cenário repete-se, apenas com ligeiras nuances: a Iveco perde 69%, a MAN 68%, a Volvo 57% e a Mercedes 51%. A Scania “destoa”, com uma uma quebra de apenas 5%. Desde o arranque do ano matricularam-se em Portugal 674 pesados de mercadorias.
Daimler sai da Tata Motors A participação no capital da Tata Motors deixou de ser estratégica para a Daimler, face ao forte crescimento das suas actividades directas no mercado indiano. A Daimler anunciou a venda da participação de 5,3% que detinha na Tata Motors. O negócio foi feito com o acordo do parceiro indiano. As acções foram colocadas junto de diversos investidores e a sua venda representou uma mais-valia de cerca de 300 milhões de euros. A decisão de sair da Tata é justificada pelo grupo alemão com o facto de as suas operações directas na Índia estarem em franco desenvolvimento, capitalizando o crescimento do mercado local. No caso dos veículos comerciais, a Daimler Índia Commercial Vehicles assumiu a comercialização dos Fuso no mercado, tendo vendido o primeiro veículos em Janeiro deste ano. A sucursal indiana está a construir uma fábrica em Chennai, que deverá iniciar a laboração em 2012.
Produção nacional cresce 66% em Fevereiro produção de veículos comerciais em Portugal subiu 65,5% em Fevereiro, em termos homólogos, aproximando-se dos valores de 2008. Em Fevereiro, produziram-se em Portugal 3 420 veículos comerciais, número que compara com os 2 066 fabricados há um ano, de acordo com os dados divulgados pela ACAP. O resultado, que representa um crescimento de quase 66%, ganha maior relevo quando comparado com o realizado no mês homólogo de 2008, ainda a crise não se fazia sentir: foram então produzidas 3 917 unidades. Em Fevereiro último fabricaram-se por cá 3 063 comerciais ligeiros, 64,7% acima do registado há um ano (1 860) mas ainda abaixo do contabilizado há dois anos: 3 327. Nos pesados, em Fevereiro construí-
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ram-se 357 veículos (206 há um ano; 590 há dois), sendo 346 pesados de mercadorias (196 e 580, respectivamente) e 11 de passageiros (10 e 109, idem). Desde o início do ano, a produção nacional de veículos comerciais atingiu as 6 834 unidades, o que representa um crescimento de 46,6% relativamente aos dois primeiros meses de 2009. Mas fica ainda quase mil unidades abaixo do registado em 2008. Nos comerciais ligeiros atingiram-se os 6 152 veículos (4 189 há um ano), enquanto nos pesados chegou-se aos 682 (472). A Mitsubishi do Tramagal foi quem mais cresceu, tendo praticamente duplicado a produção de comerciais ligeiros e mais do que dobrado o fabrico de pesados de mercadorias. A Peugeot Citroën, que domina nos comerciais ligeiros, cresceu quase 73%.
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Tractores dominam vendas Renault Renault Trucks Espanã – Portugal comercializou no ano passado 444 veículos pesados (403 camiões e 41 autocarros) no nosso país. Os tractores registaram um volume de 303 unidades (75%), os veículos rí-
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gidos 54 unidades (13%) e a gama ligeira 46 unidades (11%). As vendas concentraram-se sobretudo acima das 6 toneladas, com 357 unidades vendidas (89%). Por segmento de actividade, o longo curso absorveu cerca de 85% dos veí-
culos comercializados em Portugal. O mercado de veículos de estaleiro sofreu uma quebra, tendo absorvido apenas 3,8% do volume global de vendas Renault. Também o após-venda da marca, apesar de ter sido menos afectado pela crise económica do que a distribuição, sofreu uma quebra de 11%. Os responsáveis ibéricos da marca acreditam que é possível superar já este ano os resultados de 2009. Na perspectiva de consolidar esse objectivo, pretendem lançar diversas campanhas de marketing (ofertas e forfaits de preço fixo), continuando também a desenvolver a qualidade de serviços. A Renault prevê que o mercado global de camiões acima das 6 toneladas atinja em 2010 as 3 100 unidades em Portugal e as 14 mil em Espanha. Entre as novidades, a marca destaca o lançamento da nova Master, e o Optifuel Tour, um evento que se realizará em Portugal no próximo mês de Maio, onde os clientes se poderão familiarizar com as soluções da Renault Trucks para economizar combustível.
Scania: mercado já bateu no fundo Em 2009 a Scania vendeu em Portugal 281 veículos pesados (232 camiões e 49 autocarros). Das vendas de camiões 77% foram tractores e 23% rígidos. O segmento de camiões de longo curso absorveu 77% das vendas, o de veículos especiais 9%, o da distribuição 7%, e o da construção 7%. Na área do pós-venda, a marca sofreu em 2009 uma quebra de cerca de 20% no volume de horas de trabalho na oficina e de 10% no volume de peças comercializadas, não obstante o facto da Scania ter promovido campanhas, menus a preços fixos, contratos de manutenção e reparação, descontos, inspecções grátis, etc.. O ano de 2009 ficou também marcado pelo fim da recém-criada Scania Portugal. Segundo Óscar Jaern, director da Scania Portugal Sul, os contratos de aluguer operacional já representam uma fatia importante das vendas da marca, “porque cada vez mais o transportador se | 16 MARÇO
foca no custo operacional por quilómetro”, afirmou ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS. A venda de camiões com contratos de manutenção e reparação também tem cada vez maior procura. Em 2010, a marca vai continuar a renovar o seu portfolio de serviços. “Estamos a apostar fortemente nos contratos de manutenção Classic, que oferecem grandes vantagens e descontos para clientes com veículos com mais de 5 anos”. Para 2010, as perspectivas são cautelosas. “Achamos que o mercado nacional em 2010 vai ser muito similar ao de 2009, que foi historicamente baixo. Acreditamos num crescimento do sector a largo prazo. Temos informações, principalmente a nível de encomendas e matrículas, que indicam que já batemos no fundo, uma vez que há vários meses consecutivos que o nível de encomendas estabilizou em níveis baixos”, concluiu o director da Scania Portugal Sul.
Nova gama Reta & Socar A Reta & Socar prepara-se para lançar em Portugal uma nova gama de semi-reboques. Entre as principais novidades destaca-se o Multipunto, um veículo de características inovadoras, nomeadamente no reforço da malha frontal com chapa ondulada e galvanizada (que garante maior resistência aos embates das cargas), cujos interiores são revestidos com chapa anti-desgaste. Os eixos vêm equipados de origem com o novo modelo ROR, que apresenta uma tecnologia que proporciona maior estabilidade nas operações de transporte, testado e devidamente adaptado às necessidades dos transportadores graças à sua cubicagem variável, podendo a altura oscilar entre os 2750mm e os 2950mm.
Varta renova baterias para pesados A Johnson Controls acaba de lançar a nova gama de baterias Varta Promotive, desenhada para todas as aplicações e equipamentos dos veículos pesados. A gama é composta pelas linhas Promotive Silver, Blue e Black. As linhas Promotive Silver e Blue possuem uma nova tecnologia cálcio/prata, assim como a sofisticada tecnologia de tampa com sistema de labirinto. A linha Promotive Black foi especialmente concebida para ser usada em pequenos autocarros, comerciais ligeiros, maquinaria de construção, veículos municipais, maquinaria agrícola e veículos antigos. Nenhuma das novas baterias requer manutenção. No desenvolvimento destes novos produtos, deu-se especial atenção ao âmbito de aplicação do veículo correspondente, com o fim de obter uma vida útil mais prolongada possível e a máxima rentabilidade.
Audatex com solução para pesados
Audatex, especialista em soluções e serviços no domínio da regularização de sinistros auto, acaba de lançar uma nova solução para veículos pesados. Nesta primeira fase, está disponível para 19 modelos de três marcas – MercedesBenz, MAN e Iveco. O rigor do preço das peças e a optimização dos tempos no orçamento, com um impacto muito significativo nos
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valores de mão-de-obra, são apontados como as grandes mais-valias da solução. “O negócio dos veículos pesados, sejam camiões ou autocarros, dimensiona-se à sua própria escala. Hoje em dia, um camião imobilizado custa cerca de duzentos euros por dia à empresa. Assim sendo, a reparação destes veículos tem de ser a mais rápida possível, mas também rigorosa e tecnicamente correcta. Cada vez mais, as marcas estão sensibilizadas para a necessidade de criar espaços específicos para este segmento, formar os seus técnicos e disponibilizar as ferramentas específicas”, justifica Mário Garrido, CEO da Audatex.
Repsol lança Guia de Acessibilidades A Repsol apresentou o Guia de Acessibilidade a Estações de Serviço. O Guia propõe um conjunto de normas que servem de orientação para facilitar o acesso das pessoas de mobilidade reduzida às estações de serviço e analisa em detalhe os aspectos que devem ser considerados na construção destas instalações, para que se realize seguindo os critérios de acessibilidade. A Repsol é pioneira na adaptação da sua oferta e espaço nas estações de serviço que apresentam problemas de mobilidade e outras limitações, sendo esta uma cultura que está presente em todas as actividades da empresa. MARÇO 17 |
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