2014 03 23 sudoeste

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utoridades, amigos e familiares do deputado federal Heuler Cruvinel estiveram reunidos na tarde do dia 17 de março, na capela do Hospital Presbiteriano Dr. Gordon – Hospital Evangélico – para prestigiar o deputado durante uma cerimônia de homenagem. Heuler Cruvinel foi parabenizado por representantes do Conselho Administrativo do hospital, que agradeceram ao deputado pelas emendas destinadas à instituição. “É um momento de recordação e gratidão”, disse o reverendo Roberto Brasileiro.

( Entre os dias 8 e 24 de abril, os interessados em participar do processo seletivo para o vestibular de Medicina, na UFG de Jataí, devem realizar as inscrições para as provas da primeira etapa, que acontecem no dia 18 de maio. A aula inaugural do curso está prevista para 11 de agosto, com a presença já confirmada do ministro da Saúde, Arthur Chioro.

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No último dia 18, aconteceu em Rio Verde o 86º Encontro Nacional da Indústria da Construção, reunindo empresários da cidade, assim como de Jataí, Mineiros, Quirinópolis e Santa Helena. Foram discutidos temas estratégicos quanto ao futuro da atividade e o desenvolvimento da indústria imobiliária.

Mais uma vez, a Ponte das Rosas – no Parque Betel – foi interditada em Rio Verde, no último dia 18. Em novembro passado, também publicamos uma matéria sobre a interdição do mesmo local. Somente agora a equipe de estudos da Secretaria de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano constatou que os trabalhos paliativos não serão capazes de resolver o problema, que se agrava no período chuvoso. Com isso, uma nova ponte será construída. Até lá, os moradores da região terão de adotar rotas alternativas. Enquanto isso, quem paga o pato é a população.

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Conforme nota publicada pela Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Acreúna, a Saúde do município passa agora a contar com o apoio da médica cubana Mavisjadira, enviada à Acreúna por meio do programa Mais Médicos, do governo federal.

" ' Presente no evento de homenagem ao deputado federal Heuler Cruvinel, no último dia 17, o prefeito Juraci Martins parabenizou a atuação do deputado e disse: “Heuler é a única pessoa que eu não convidei para entrar na política. Eu exigi!”.

O polêmico comentarista Jorge Kajuru criticou o pré-candidato ao governo de Goiás Júnior Friboi. Por meio de sua página numa rede social, Kajuru citou que Friboi declarou ao jornal Tribuna do Planalto que “irá gastar R$ 100 milhões para ser eleito. Estarrecedor”, palavras do comentarista. Em seguida, ele também postou alguns questionamentos: “Que entusiasmo você tem para entrar nesse submundo? Se alguém me dá 1 real, vai querer de volta com juro ou proposta indecente”.

# Na semana em que se comemora o Dia Mundial da Água (22 de março), a ONU prevê que em 2030 a população global vai necessitar de 40% a mais de àgua. Hoje, 768 milhões de pessoas não têm acesso à água tratada.

Lotes para especuladores

Sucesso ou fracasso

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aumento no preço da carne bovina é assunto de mais uma edição do Tribuna do Sudoeste. Os consumidores têm sentido no bolso a variação no preço do produto, indispensável para muitos brasileiros. O aumento está, em grande parte, atrelado à seca que atingiu importantes regiões produtoras de todo o País neste início de ano. Como consequência, houve o aumento nos custos de produção e, em seguida, tal reajuste não poderia deixar de atingir os consumidores finais. Para tentar driblar a alta, o economista Maurício Faganelo dá algumas dicas àqueles que não querem deixar o alimento de lado. E na última semana, 531 famílias tiveram uma ótima situação a comemorar, que foi a entrega das unidades habitacionais do Residencial Nilson Veloso I, que faz parte das obras do programa do governo federal Minha Casa Minha Vida. O evento de entrega das chaves das casas contou com a ilustre presença da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que esteve em Rio Verde para conhecer de perto o residencial e, também, representar a presidente Dilma Rousseff, que ainda se fez mais presente por meio de um vídeo apresentado logo no início da cerimônia de entrega das unidades. Dilma fez um interessante discurso, destacando a mudança da situação de pobreza do Brasil. Confira mais detalhes da visita da ministra e da entrega das casas logo mais. Também nesta edição, um balanço dos principais assuntos discutidos nas sessões da Câmara de Vereadores neste mês de março. Um projeto polêmico e que divide opiniões em Rio Verde volta a ser debatido, que é a lei que dispõe sobre o parcelamento de solo para fins urbanos. O assunto é visto por alguns como incentivo à especulação imobiliária, já que, quem tem dinheiro, adquire tais lotes e, por já terem a casa própria, esperam o melhor momento de mercado aquecido para realizar a venda do espaço. Por outro lado, tem quem aprova que a liberação de novos loteamentos irá, pelo contrário, possibilitar que mais pessoas adquiram lotes a preços mais acessíveis.

José Augusto

or que pensar positivo dá certo com algumas pessoas e dá completamente errado com outras? É que todos nós temos programas que foram instalados na nossa mente inconsciente desde que nascemos. Estes programas são como se fossem comandos hipnóticos. Assim, quando uma pessoa, em transe hipnótico, recebe um comando de que não é capaz de levantar uma agulha, ela não consegue, mesmo que seja um levantador de peso capaz de levantar facilmente mais de 100 quilos. O efeito placebo ocorre quando uma pessoa toma um medicamento, que na realidade não passa de farinha de trigo com açúcar, ou coisa parecida, e fica curada. A pesquisadora Judith Turner, da Universidade Washington, Seatle, estudou o efeito placebo durante 15 anos, tendo analisado publicações e os resultados de mais de 75 pesquisas sobre os efeitos analgésicos obtidos por medicamentos e cirurgias fictícias e concluiu que o efeito placebo funciona numa proporção bastante considerável de pessoas. Dores de cabeça, coluna, cólicas pós-operatórias ou provocadas por anginas e asma podem ser combatidas, em grande parte dos casos, com placebo. Sobre o efeito nocebo, o cirurgião plástico Maxwell Maltz relata um caso bastante esclarecedor. Havia feito uma correção nos lábios de um cliente e, pouco tempo depois, este rompeu a relação com a namorada que, para se vingar, disse que lhe fez um feitiço vodu. Pouco depois, este ho-

mem constatou uma pequena protuberância no seu lábio e passou a acreditar que o feitiço vodu estava começando a fazer efeito. Como decorrência entrou em profundo estresse, com todas as suas consequências negativas. Nesta ocasião, completamente prostrado, foi visitar Maltz para fazer o acompanhamento da cirurgia. Maltz observou que a protuberância no lábio do seu cliente era uma pequena sequela que, eventualmente, pode ocorrer nas cirurgias plásticas. Disse que iria tirar o vodu, fez uma pequena cirurgia e, quase que como por encanto, aquele homem voltou ao normal, recuperando a sua energia física, mental e emocional. E o que está gravado profundamente no inconsciente de uma pessoa é a crença. Crenças tem uma força extraordinária e uma vez aceitas são ordens inquestionáveis para o cérebro e para o sistema nervoso. São como se fossem comandos hipnóticos, que estão registradas sob a forma de imagens e de palavras. Assim, cada um de nós tem uma autoimagem, que é a imagem mental que cada pessoa faz de si mesmo. Esta autoimagem pode ser vaga e de contornos mal definidos e pode nem ser percebida conscientemente. Ela, entretanto, existe e está completa em todos os seus detalhes. As crenças também estão registradas no nosso inconsciente sob a forma de palavras ou frases que nos dizem o que é certo e o que é errado. O que é possível e o que é impossível. As crenças foram se formando ao acaso, mas por inúmeros fatores. São, por exemplo, comandos

$ De acordo com informação divulgada por meio do portal Goiás 24horas, o grupo irista entregou no último dia 19 o pedido de anulação do ato da diretoria executiva do PMDB, que oficializou a pré-candidatura de Friboi ao governo de Goiás. A chamada Comissão Permanente pela Unidade do PMDB alega que o empresário deve passar por todas as prévias, como aconteceria com qualquer outro nome do partido.

A presidente Dilma Rousseff (PT) visita a capital goiana na próxima quarta, dia 26. Ela fará entrega de certificados a estudantes do Pronatec, no Centro Cultural Oscar Niemeyer. Será a segunda visita ao estado em mais de três anos de mandato.

! Na avaliação do deputado federal Ronaldo Caiado (DEM), o “colapso na base do governo” tem sido um demonstrativo da falta de sustentação política do governo Dilma. “Estamos entrando em um processo que está colocando em risco a democracia brasileira. É um processo que caminha para a ingovernabilidade”, disse Caiado. Ainda segundo o deputado federal, a presidente Dilma precisa ter mais sensibilidade política e não pode querer governar de maneira tão monocrática.

Juraci direcionou seu discurso também ao novo secretário de Saúde, Francisco Barreto. De acordo com o prefeito, Barreto tem em seus ombros a maior responsabilidade administrativa de Rio Verde, que é a pasta da Saúde. “Esqueceram um pouco a minha mãe, e agora lembram da tua”, brincou o prefeito. Ainda, Juraci falou um pouco da atual situação da Prefeitura: “Estamos passando por problemas políticos, e não administrativos. Tenho sofrido e sentido na pele, mas não vou sucumbir”, deixou o recado.

recebidos na infância, vindos de pessoas importantes e que exerciam grande influência, como os pais. Eventos emocionais significativos, ou seja, experiências marcantes que provocaram emoções de dor ou de prazer. A internalização das frases negativas que ouvimos a nosso respeito, dos outros e do mundo.A assimilação das crenças de pessoas julgadas importantes e tidas como modelos e referências. Histórias, frases ou ditados que ouvimos na infância e nos impressionaram. Os administradores precisam conhecer o poder da crença, já que está focado em resultados e, para tanto, é necessário o desenvolvimento de competências. Existem 3 tipos de competências. A competência necessária ou exigida para que uma atividade seja bem feita. A competência desenvolvida, ou seja, a competência que o administrador adquiriu através do treinamento e desenvolvimento pessoal e a competência acessada, que o administrador realmente consegue utilizar nas situações do dia a dia, sobretudo nas situações de tensão, adversidades e crises. Assim, se na infância uma criança registrou no seu cérebro um comando de que ela não vai se sair bem na vida, ela não vai ter sucesso, pois vai interpretar, compreender e avaliar mal as situações, e tomar decisões equivocadas. De acordo com os programas ou crenças que estão gravadas no inconsciente, existem três tipos de pessoas: os montanhistas, os campistas e os desistentes. Os montanhis-

tas são as pessoas que vão alcançar a excelência, os campistas vão ficar na média e na área de conforto. Os desistentes são as pessoas que entregaram os pontos. O máximo de desistente é a pessoa com o chamado desamparo adquirido. Para estas pessoas, nada dá certo e normalmente focam em arranjarem desculpas para o fracasso e não em agirem proativamente para resolverem e enfrentares os problemas do dia a dia. O que deve ser entendido é que as crenças podem ser modificadas e o processo de mudança pode operar milagres na vida de uma pessoa. Neste sentido, cabe lembrar Robert Dilts, um especialista em mudança de crenças. Dilts curou sua mãe de um câncer, diagnosticado como incurável pelos médicos, em quatro dias de dedicação integral e exaustiva. Mas existem outros casos, inúmeros exemplos que temos de pessoas que mudaram a forma de pensar. É o mesmo de vermos uma mulher de classe média baixa, que tinha a crença de que pessoas da sua condição social não poderiam cursar uma universidade, e hoje a situação é completamente diferente em nosso país. Mas, enquanto ela tivesse esta crença, não poderia mesmo. Entretanto, o trabalho com a instalação de novas crenças fez com que essa pessoa não somente viesse a cursar uma universidade e se formasse, mas também que tivesse a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho e quem sabe, inclusive, se tornar uma profissional de sucesso.


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+ $ Larissa Quixabeira

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Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária, (Cenpec) é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos criada que contribui com o desenvolvimento sustentável a diminuição da desigualdade social, principalmente nas áreas de educação. Em dos cargos de direção da organização é ocupado Anna Helena Altenfelder, pedagoga, especialista em Psicologia da Educação, que atualmente assume a superintendência da instituição. O Centro de Estudos desenvolve, principalmente, pesquisas sobre os diversos temas relacionados à educação, produzindo materiais didáticos e oferecendo cursos de formação de educadores. As ações do Cenpec são realizadas em parceria com o poder público, tanto o Ministério da Educação (MEC) quanto o Ministério da Cultura, quanto secretarias estaduais e municipais, e também parceria com a iniciativas privadas. Nesta entrevista, Anna Helena Altenfelder opina sobre os rumos da educação no Brasil, fazendo uma análise das medidas que devem e estão sendo tomadas para a promoção de um avanço no ensino do país. Quando se fala em educação, um dos mais importantes tópicos é o Plano Nacional de Educação (PNE), que ainda não conseguiu ser aprovado. Como é a atuação do Cenpec em relação ao tema? O Cenpec faz parte do Observatório, que é uma iniciativa com diferentes organizações como a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e Fundo das Nações Unidas par a Infância (Unicef), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Todos pela Educação e também fundações e institutos empresariais. A ideia é que todas essas organizações se juntem para fazer um monitoramento de todas as metas do Plano Nacional de Educação, elaborando materiais que expliquem de maneira clara cada uma das metas e acompanhar o andamento do cumprimento de tais metas, com dados e análises de opiniões, checando também os indicadores e melhores estratégias para que a meta seja alcançada. Para isso, cada organização ficou responsável pelo monitoramento de duas metas. O Cenpec, ficou responsável por pela meta número 5, que prevê alfabetização para todas as crianças, no máximo até o final do 3º ano do Ensino Fundamental e a meta de número 19, que pretende assegurar condições para a efetivação da gestão democrática da Educação em um prazo de dois anos. A nossa função agora é elaborar um material que dê conta de explicar o conteúdo dessas metas e produzir pesquisas que acompanhem o seu andamento, com dados e análises de opiniões e indicadores, apontando também quais as estratégias que estão sendo utilizadas para

" que o proposto se concretize, sempre buscando informações relevantes, estudos e organizações de referência sobre o tema. Mas o texto do PNE ainda está em tramitação, inclusive tendo sofrido algumas alterações. Qual a opinião da senhora sobre o texto atual? Acho que qualquer documento pode ser aperfeiçoado, mas nós do Cenpec apoiamos a redação da Câmara. O documento elaborado traduz um amplo debate feito pela sociedade civil, chegando a um texto bastante interessante. O que me preocupa é o tempo de tramitação. O Brasil está há quase quatro anos sem um plano nacional e não se consegue chegar a um consenso. É de extrema urgência que seja aprovado. Em termos de metas, foi possível contemplar os aspectos mais importantes da educação. Poderia se ter avançado mais ou menos em alguns pontos, mas de maneira geral, o documento reflete as necessidades mais importantes da educação brasileira no momento. Outro trabalho importante desenvolvido pelo Cenpec é a formação continuada para professores. Qual a importância desse tipo de curso para os profissionais de educação? Para qualquer tipo de educador, professores, gestores, agentes culturais e qualquer profissional que não esteja mais no processo de formação, é essencial promover processos de reflexão integrada com a prática do dia a dia. O subsídio teórico, quando articulado com a prática, resulta na construção de ferramentas que resolvem os impasses e atendem as necessidades dos profissionais. Faz parte da atividade do professor se manter atualizado, principalmente na complexa sociedade atual.

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Sabemos que a formação do professor no Brasil tem questões complicadas, pois não cumpre seu papel de formar o professor para a realidade da escola brasileira, tanto no ponto de vista da escola pública, como para as novas tecnologias. Por esse motivo, a formação continuada se faz ainda mais necessária, para que haja essa intersecção de reflexão. O acesso à formação continuada é um problema dos professores brasileiros? Atualmente, existem no Brasil programas de formação continuada mais ou menos eficientes, isso depende muito do sistema de ensino de cada local. Algumas redes municipais têm um compromisso maior com a questão e são mais preocupadas com a formação de seu quadro de fornecendo professores, mais oportunidades. É importante ressaltar que a oferta de oportunidades deve ser variada, pois é essencial que além de vagas suficientes, também sejam oferecidas um leque de opções para que o professor tenha autonomia de escolha no próprio desenvolvimento profissional, o que muitas vezes não condiz com a realidade. Em que problemas pontuais da educação uma formação continuada para professores poderia ser uma possível solução? Uma melhor formação dos professores possibilitaria, por exemplo, um maior entendimento da cultura adolescente e sua grande interação com a tecnologia, o que levaria a elaboração de currículos mais articulados com os interesses dos jovens. Tal conhecimento pode ser útil em todas as fases do ensino, mas poderia ser especialmente útil para o período hoje conhecido como ciclo esquecido, que é o Ensino fundamental II. Esta etapa que vai do 6º ao 9º ano, apesar de ser bastante pecu-

Uma melhor formação do professor possibilita maior entendimento da cultura adolescente”

liar, acabou sendo deixada um pouco de lado, tanto por pesquisas acadêmicas, quanto por programas e projetos do ministério e das secretarias municipais e estaduais. O foco geralmente fica com os primeiros anos do ensino fundamental ou com o Ensino Médio. Por que este período foi “deixado de lado”? Esta situação pode ser explicada historicamente. Analisando as conquistas no campo da educação que tivemos no Brasil nos últimos 50 anos, percebemos uma preocupação inicial com a alfabetização e com a frequência na escola o que é explicável pelos altos índices de analfabetismo que registrávamos. Depois, a prioridade passou a ser o Ensino Médio, por todas as questões de mão de obras e metas a serem alcançadas. Mas agora, chegamos a um ponto em que devemos nos lembrar que as políticas dedicadas aos anos iniciais não perduram até os últimos anos escolares. É necessário um trabalho contínuo para que os esforços não sejam perdidos. A grande vasão no anos de ensino médio, por exemplo, é um problema que tem início ainda no Ensino Fundamental II. Como esse problema prejudica o processo educacional? Nesta faixa etária, os alunos enfrentam a transição do 5º para o 6º ano, o que representa uma grande mudança de rotina. Eles passam a ter vários professores, cada um especialista em uma disciplina específica e com seus próprios métodos de didática, o que ainda desencadeia uma menor integração entre as matérias. Apesar de não existirem muitas ações voltadas para esse período da vida escolar, algumas experiências são bastante interessantes pois focaram em uma maior interação. Ao pensar um pouco na questão da passagem do Ensino Fundamental I para o II, alguns experimentos obtiveram bastante êxito mantendo um ou dois professo-

A grande evasão no Ensino Médio é um problema que inicia no Ensino Fundamental II” res que já trabalhava com os alunos no Fundamental I para dar apoio e ajudar na transição para o Fundamental II. Outros procuraram o trabalho em equipe entre os professores das diferentes disciplinas, trazendo novos projetos pedagógicos que garantam essa integração. Então, uma melhor formação para os professores é apenas umas das muitas melhorias necessárias Realmente, muita coisa precisa ser repensada. Para começar, uma melhor organização de tempos e espaços, revendo esse modelo de aulas de 50 minutos. É preciso criar mais possibilida-

des de circulação de ideias, mais oportunidades educativas e uma maior interação com as organizações sociais. Isso dialoga muito com o conceito de Educação Integral, que não significa apenas uma ampliação do tempo da criança na escola, mas implica em uma reorganização de tempo e espaço e organização do currículo. É uma tendência que está sendo seguida, mas não existe uma fórmula, um modelo único que sirva para todas as escolas. O que existem são experiências bem sucedidas que podem servir de exemplo e ser ampliadas em escala nacional. Quem é e o que faz? É pedagoga, mestre e doutora em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Foi professora e coordenadora do curso de Psicopedagogia Clínica e Institucional do Instituto Sedes Sapientar, professora convidada da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Faculdade Oswaldo Cruz. Atua há 10 anos no Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) como formadora, autora de materiais de orientação para professores e gerente de projetos. Atualmente é superintendente da organização.


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erra do sertanejo, do rock alternativo, e agora também do Funk. É que o ritmo, com sotaque predominantemente carioca, tem uma representante no cerrado, a Mc Jhu. Com menos de um ano de estrada, a cantora vai bem. Suas músicas estão nas principais lojas virtuais on line de músicas, como a Amazon, Emusic e o itunes, e até já conquistou espaço no site da MTV americana. Até a última semana, a cantora estava em segundo lugar, com a música Rei do Camarote, entre as dez canções mais tocadas no ranking da categoria funk do site top10mais.org. Sobre o sucesso, Mc Jhu, nome artístico de Juliana Vicente, 25 anos, conta que a boa repercussão do trabalho ainda está sendo assimilada. “Foi uma surpresa boa. Eu quero que continue dando cada vez mais certo, estou trabalhando para isso”, frisa a Mc. Quanto ao gênero musical que representa, taxado muitas vezes de forma negativa por existir uma ramificação do estilo com alto nível de erotismo, a jovem deixa claro que essa não é a praia dela, e que o seu estilo é “mais comportado, sem vulgarizar a figura da mulher, como costuma acontecer” em algumas músicas do gênero. Entre os pontos fortes, Mc Jhu destaca que o profissionalismo e a simplicidade são uma marca registrada. “Sou uma pessoa original. Onde quer que esteja procu-

desafio, e vê como mais uma possibilidade de aprendizado e principalmente alavancar a carreira em nível nacional. E com isso difundir ainda mais o funk com sotaque da terra do pequi. Para este ano, também está previsto a gravação do primeiro DVD da cantora. E quanto aos Cds, a comercialização por enquanto está sendo feita apenas nos shows, como forma de divulgação. A previsão é lançar um álbum ainda este ano, segundo o empresário Dado Vilanova.

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ro ter sempre o mesmo comportamento, trato todo mundo com muito respeito, e gosto de ser respeitada”, frisa a Mc. Atualmente, a jovem divide o seu tempo entre os ensaios com a banda, dar aulas de dança em academias de Goiânia, e o curso de Educação Física na Universidade Salgado de Oliveira, que está prestes a concluir. Graduação, aliás, que não pensa em abandonar, independente da agenda de shows. Sobre o mercado de Funk em Goiás, chão da música sertaneja, o empresário da cantora, Dado Vilanova, destaca que está bom, sobretudo a partir da divulgação do

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ritmo em escala nacional. “Quase todas as novelas hoje em dia têm uma trilha sonora com funk”, diz. Quanto a Goiânia especificamente, Dado avalia que o ritmo tem sido tocado com frequência em boates da capital, o que abre oportunidades para shows. Segundo ele, nos últimos meses o foco tem sido o interior de Goiás, e conta que a Mc Jhu já se apresentou nas cidades de Ceres, Rialma e também Goianésia. Fora do estado, a novidade são dois shows agendados para o mês de maio no Rio de Janeiro. Sobre cantar na capital carioca, reduto do funk, Mc Jhu considera um grande

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Primeiro sucesso Além da música Rei do Camarote, uma das canções que ajudaram Mc Jhu a despontar no cenário musical foi a canção Boa Noite Cinderela, no final de 2013. Com ela, a Funkeira ficou entre os principais artistas nacionais mais acessadas em web páginas especializados de letras de músicas. No site Vagalume, que mede a popularidade de artistas nacionais e internacionais, Mc Jhu ficou em primeiro lugar com 164 mil acessos no mês de agosto. Para se ter ideia, no mesmo ranking, a cantora Anitta ficou na 4ª colocação com a música Show das Poderosas, conforme visualização do histórico na própria página do site. O vídeo do sucesso da cantora goiana pode ser visualizado na página pessoal www.mcjhu.com.br.

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as sessões da Câmara de Rio Verde deste mês de março, um projeto de lei merece destaque. É a proposta apresentada na bancada que altera alguns itens da Lei Complementar nº 3.633, que dispõe sobre o parcelamento de solo para fins urbanos. Com a meta de atender o Estatuto das Cidades e o Plano Diretor Municipal, que tratam do ordenamento territorial da cidade, a justificativa do projeto é a de disponibilizar lotes com área mínima de 250m², sem a cobrança de outorga onerosa. A alteração prevista possibilita aprovar novos loteamentos quando da ocupação de 60% dos espaços vizinhos, podendo essa ocupação ser uma simples posse, de forma direta ou indireta, exercida pelos proprietários, independentemente da efetiva edificação. Segundo consta no texto, o objetivo das alterações é atender ao interesse coletivo da sociedade, cujo desejo é a redução de custos dos lotes urbanos. A informação é de que a disponibilização dos lotes sem cobrança de outorga onerosa e a aprovação de novos loteamentos aumentará consideravelmente a oferta de imóveis, o que gera uma redução nos preços. O projeto foi aprovado com quatro votos contrários.

Alteração possibilita aprovar novos loteamentos Ao se manifestar contra o projeto, a vereadora Lúcia Batista (PT) entende que ele deveria passar por uma audiência pública e pelo Conselho Municipal da Cidade de Rio Verde (Concidade). “Alguns itens são modificados para atender interesses momentâneos. Temos que ouvir a sociedade. A justificativa é de que o lote em Rio Verde é muito caro. Portanto, as pessoas de classe média não têm condição de comprá-lo. Por isso, vamos autorizar? Se vendeu

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60%, nós vamos abrir loteamento?”, questiona. Pelo que relata o texto do projeto, a vereadora entende que ele incentiva a especulação das imobiliárias e daqueles que possuem dinheiro. “Sai loteamento, eu tenho dinheiro e compro 20% dos lotes. Daí, não sou obrigado a construir. O que vai acontecer, então? Esperarei melhorar de preço para ganhar dinheiro", argumenta. Mesmo para o cidadão que tenha comprado terreno a fim de edificar a morada, Lúcia lembra que esse proprietário poderá ter lotes baldios na vizinhança, já que na proposta consta "independentemente da efetiva edificação". Ela questiona em plenário quem cuidará da limpeza desses lotes, ao dizer que o município não vem dando conta nem mesmo de cumprir com aquilo que é de sua obrigação. "Esse projeto merece atenção e precisa ser discutido com a população. Será que é isso que o povo quer? Onde está o Concidade? Neste caso, a proposta deveria passar por amplo debate e audiência pública", reforça. Em defesa ao projeto, o vereador Iran Cabral (PSD) lembra que o lote mais barato em Rio Verde custa hoje cerca de R$ 100 mil. “Quem dá conta de comprar neste valor? A proposta visa liberar novos loteamentos a fim de baratear esses lotes na cidade", avalia. Ao complementar as palavras de Cabral, o colega de bancada Leonardo Fonseca

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vender. O Poder Público quer abrir essa prerrogativa, mas no mínimo temos que questionar. Já ouvimos muitas histórias de donos de terrenos que moram em outra cidade e nunca limpam os lotes baldios de suas propriedades em Rio Verde", conta.

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(PTB) diz que a alteração dos itens no projeto de lei tem a meta de ajudar aqueles que desejam construir a casa própria. "Com o lançamento de novos loteamentos, a população pode comprar lotes parcelados. Atualmente, a maioria deles que estão à venda é bem caro e o pagamento do terreno é somente à vista. Dessa forma, muitos não conseguem comprar", diz. Para Fonseca, esses loteamentos abrirão muitas oportunidades em relação às condições de pagamento. “Então, o projeto vem de encontro ao anseio da população e irá gerar oportunidades àqueles que não possuem lote. Será uma mudança na vida de muitos", justifica. Em seguida, Lúcia Batista disse que até ouviu muitas palavras bonitas quando os parlamentares ressaltaram o desejo das pessoas de terem a casa própria. “Todo mundo

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tem esse sonho, mas estou questionando é a informação contida no projeto quando diz que independentemente da efetiva edificação", reforça o questionamento. A vereadora compreende que os cidadãos desejam ter o lote a fim de construírem suas residências. No entanto, no momento em que o texto afirma que independentemente de edificar o local, a parlamentar entende que a informação vem de contramão à ideia proposta. "Digo isso porque a alegação é de que eu posso comprar o terreno, mas não preciso construir. Por isso, afirmei que pode vir a servir de especulação", explica. Se a pessoa tem dinheiro para comprar lote barato e não precisa edificar a morada, Lúcia questiona como isso atende ao sonho da casa própria. “Se é permitido esse mecanismo, então posso comprar o espaço para especular e

Projeto é retirado Na semana passada, depois de muita polêmica, o vereador Elecir Casagrande (SDD) pediu a retirada do projeto de lei que altera a regulamentação dos serviços de mototaxistas, visando que ele seja discutido novamente com a categoria. Assim, a meta é debater o assunto posteriormente, a fim de apresentar uma proposta que venha de encontro aos interesses da classe. Ao reclamar da proposta, o mototaxista João Batista de Jesus Borges afirma que a intenção é acabar com a limitação do mototáxi em Rio Verde. "Mas a limitação é importante, porque quanto mais difícil for para haver vaga de mototáxi, isso é melhor para o profissional. Assim, ele dá valor àquilo que tem", argumenta. Borges lembra que antigamente os profissionais da categoria pagavam um seguro para Despesas Médicas Hospitalares (D.M.H.). E, com a possibilidade de retomada deste pagamento, o mototaxista se posiciona contrário à proposta. "Não existe hospital que atenda para receber de seguradora.

Então, esse é um dos pontos que poderiam atrapalhar muito a nossa classe", diz. Outra questão abordada por Borges é o fato de o projeto querer passar o mototaxista para a função de empregado. Em resposta, ele afirma que o profissional não é empregado de ninguém. "O trabalhador da área que ganha menos hoje no mercado, recebe R$ 2,5 mil e agora querem nos transformar em empregados? Isso não existe. As empresas não têm condições de pagar mais de um salário para nosso pessoal. A categoria não merece isso e têm direito de ser autônoma e conseguir acima de R$ 2,5mil por mês", diz. Borges é contra as mudanças sugeridas em plenário para a profissão e até ouviu do vereador Elecir Casagrande que o projeto contava com mais de 400 pessoas a favor. Mas, com a presença maciça de profissionais da categoria no dia em que a proposta seria votada, o mototaxista ressalta que a classe acabou provando que isso não era verdade. "Todos os colegas que estiveram presentes no Legislativo eram contra a medida que altera a regulamentação dos nossos serviços. Viemos ao plenário combater essa ideia e lutar pelos nossos direitos e, na próxima oportunidade, vamos continuar nos posicionando contrários à essas mudanças voltadas à nossa classe", avisa. De acordo com o mototaxista, a vontade dos trabalhadores era de que o projeto fosse votado no dia da sua apresentação. Para ele, a retirada deste não significa um ponto positivo. "Vejo que foi uma atitude de esperteza. Acredito que os vereadores votariam contra. Queria ver se eles teriam coragem de votar na nossa cara a favor desta proposta.” Devido às reformas no prédio da Câmara Municipal, as sessões foram realizadas no auditório da prefeitura, Kléber Reis Costa. Ainda, em virtude do falecimento de Belchior Mendes Ferreira irmão do presidente da Câmara Municipal, Idelson Mendes (PMN) - a sessão durou aproximadamente 40 minutos no dia 17 de fevereiro e a do dia seguinte precisou ser cancelada.


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paralisação dos professores da rede pública de ensino de todo o País durante a semana passada ocorreu em função da greve convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Em Rio Verde, professores reivindicam ao prefeito Juraci Martins melhorias à classe, principalmente em relação ao aspecto salarial. A categoria saiu às ruas com cartazes estampando mensagens como: “Quem exige o máximo, não pode pagar o mínimo” e “Quem faz a diferença, merece recompensa!”. O encerramento da semana de manifestações se deu em Brasília, com a presença de mais de 2.500 professores e funcionários de escolas públicas brasileiras. Em Rio Verde, após longa insistência por parte dos manifestantes, o prefeito Juraci Martins recebeu uma equipe de profissionais da área para ouvir as propostas de melhorias indicadas pelos educadores. Após a conversa, o município prometeu avaliar as questões apontadas pelos professores. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego Rio Verde), Roberto Sousa Dias, diz ter conhecimento de que a Prefeitura cumpre com o piso dos professores da rede pública, mas, ainda assim, afirma que a categoria não é valorizada pelo Executivo. Isso porque, segundo ele, a nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do município é uma

das maiores da região Centro-Oeste. "Neste caso, a média nacional do índice é de 4.6, enquanto que a de Rio Verde é 6.0", conta. Em 2012, Dias lembra que o reajuste nacional foi de 22,22%, sendo esta quantia destinada à Prefeitura, que posteriormente repassava o mesmo valor aos professores. "Ou seja, naquela época, nada ficava estocado nos cofres do Executivo. Porém, em 2014, houve um reajuste de 13% no valor repassado à Prefeitura, enquanto que o repasse aos professores aumentou apenas 8,32%”, afirma.

Prefeito prometeu avaliar reivindicações Ainda de acordo com o presidente do Sintego, a mudança se deu nacionalmente pelo fato de alguns governadores e prefeitos terem afirmado que a situação de pobreza de algumas regiões impossibilitava que o repasse à Educação fosse 100% daquilo que as prefeituras recebiam. “Mas esta não é a realidade de Rio Verde, já que não estamos falando de uma cidade pobre, que precisa tirar da Educação para atender outras áreas”, argumenta. Para Dias, o reajuste de 8,32% é para que o municí-

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pio consiga cumprir com o piso. No entanto, ele questiona o fato de Rio Verde ter excelentes professores e apresentar ótimos índices na Educação, mas receberem apenas o valor mínimo obrigatório. “É apenas o mínimo do que podem ganhar. Essa é a questão da nossa reivindicação. Queremos o reconhecimento e a valorização no bolso desse professor que faz a diferença e busca se qualificar. Infelizmente esses aspectos não são reconhecidos, o que desmotiva muitos profissionais", avalia. Segundo ele, algumas cidades de menor porte possuem para manter o ensino apenas a quantia disponibilizada por meio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). “Isso porque essas cidades pequenas não têm receita própria. Porém, Rio Verde é um município rico e também não se enquadra nesta situação.” Em relação às manifestações realizadas em Rio Verde, o presidente do Sintego

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diz ter ficado satisfeito com a participação dos professores da rede pública, que deram ainda mais força aos movimentos realizados por todo o País na última semana. "Eles batalham no que for preciso para melhorar a situação da Educação no Brasil", completa. As reivindicações da classe também se pautam para que seja feita a colocação de 187 horas/aulas mês, no Estatuto do Magistério de

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Rio Verde, ao profissional que trabalha na Educação infantil e na primeira fase do ensino fundamental. Segundo o presidente do Sindicato, pelo Estatuto, é determinado 187 horas mais 30 horas. “E nos mês de fevereiro, o município entendeu que essas 30 horas eram de substituição. Porém, se o professor entra no serviço às 7h e sai 11h30 e é o mesmo de segunda a sexta, ele está

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substituindo quem? Não existe como um professor substituir ele mesmo”, questiona. Com essa perda em relação às 30 horas, Dias explica que cerca de 80% dos professores deixam de ganhar por volta de R$ 230. Diante do fato, ele avisa que os educadores solicitaram ao prefeito Juraci Martins que seja feito um projeto de lei em caráter de urgência, a ser enviado à Câmara Municipal, colocando 187 horas para o profissional de educação infantil e da primeira fase do ensino fundamental. Após as conversas entre categoria e Executivo, o município pediu um prazo até o dia 28 de março para se posicionar a respeito das reivindicações. “Se as respostas não forem positivas, a categoria tende, a partir do dia 29, a fazer um movimento de greve pela valorização e reconhecimento da classe. Nosso diálogo com a Prefeitura foi bem positivo. Logo, entendemos e esperamos que as negociações tenham êxito”, concluiu o presidente do Sintego.

Jogos Estudantis têm início em Goiás -2-1

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Gabriela Guimarães

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cerimônia de abertura dos Jogos Estudantis do Estado de Goiás 2014 acontece no próximo dia 27, a partir das 19h, no Ginásio de Esportes Jerônimo Martins, em Rio Verde. Nesta edição, 87 equipes foram inscritas para disputar 141 jogos nas modalidades coletivas, sendo elas: basquete, futsal, handebol e vôlei. Os estudantes são divididos em equipes masculinas e femininas, além também das categorias infantil e juvenil. Os jogos abrangem 17 unidades educacionais da rede estadual e outras duas da rede privada de ensino das cidades de Rio Verde, Montividiu, Ouroana e Santo Antônio da Barra. Além das já citadas, outras modalidades completam os Jogos Estudantis nesta edição, com atletismo, natação, tênis de mesa e xadrez. Para treinar e orientar os 900 atletas envolvidos na ação, 28 educadores físicos ficam responsáveis pelo comando das equipes. Participam dos Jogos Estudantis os alunos que tenham entre 12 e 17 anos, disputando as fases municipal, regional, estadual e nacional, a ser realizada em Londrina,

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no Paraná. Na primeira fase, há a disputa entre os estudantes das unidades educacionais da rede estadual e privada. Em seguida, os vencedores enfrentam os campeões das cidades de Jataí e Mineiros. Na terceira etapa, em âmbito estadual, os ganhadores regionais enfrentam os campeões das 12 regionais distribuídas por Goiás. Na quarta e última fase, que acontecerá no Paraná, a competição passa a receber o nome de Jogos da Juventude. Por lá, as unidades educacionais campeãs da fase

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estadual vão representar o estado de Goiás na etapa nacional. O município de Rio Verde já esteve presente nas edições de 2010 e 2013 das competições nacionais. A cidade foi representada pelos estudantes do Colégio Estadual Eugênio Jardim, na modalidade futsal infantil masculino, e também pelos alunos do Colégio da Polícia Militar do Estado de Goiás (CPMG), na modalidade handebol feminino juvenil. De acordo com informações repassadas pela assessoria de comunicação dos

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Jogos Estudantis do Estado de Goiás, a meta do evento ultrapassa os fatores educacionais e desportivos, já que tem importantes impactos sociais, a exemplo do atendimento aos jovens vindos de famílias humildes; a diminuição da ociosidade dos alunos participantes; aumento da autoestima e a prevenção de doenças degenerativas por meio da prática regular de atividades físicas. Neste ano, os jogos serão encerrados no dia 30 de abril, com local a ser definido pelos organizadores.

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A responsabilidade pela organização e execução dos Jogos Estudantis do Estado de Goiás 2014, nas duas primeiras fases, é da Subsecretaria Regional de Educa-

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ção, por meio da subsecretária Deusmaura Vieira, com o apoio do articulador do Desporto Educacional de Rio Verde, o professor Fábio Pereira Santana.


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Gabriela Guimarães

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ministra do Planejamento, Miriam Belchior, esteve em Rio Verde no último dia 20 para participar do evento de entrega das 531 unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida. Na oportunidade, a ministra representou a presidente Dilma Rousseff, que deixou a sua mensagem aos beneficiados por meio de um vídeo, que foi apresentado ao público logo na abertura da cerimônia. As moradias entregues à cerca de 2 mil pessoas beneficiadas representam um investimento de R$ 26 milhões. Conforme mensagem da presidente, o Minha Casa Minha Vida é o maior programa habitacional da história do Brasil, sendo fruto do esforço de cada um dos brasileiros. “A casa que vocês recebem hoje é resultado do suor de cada um, não é nenhum presente do governo ou de quem quer que seja”, disse a presidente Dilma Rousseff, por meio de mensagem gravada. Ainda, Dilma afirmou que o Brasil é um país de oportunidades e argumentou que, nos últimos anos, milhões de brasileiros saíram da condição de pobreza. “Hoje, ninguém que nasce pobre está condenado a morrer pobre. O Brasil se tornou um país mais justo e solidário”, completou a presidente. Representando todos os novos moradores do Residencial Nilson Veloso, a beneficiada Geralda Ataídes falou a todos os presentes sobre a sua experiência na luta pela casa própria. “É um sonho antigo e que hoje está sendo realizado. Sou casada há mais de 30 anos e por todo esse período morei de aluguel. Mas, agora, consegui a minha casa e digo que não podemos nunca desistir”, disse, emocionada, a nova moradora do residencial.

Em seguida, a superintendente regional da Caixa Econômica Federal para a Região Sul de Goiás, Marise Fernandes de Araújo, reafirmou que a entrega das casas faz parte do sonho de inúmeras famílias brasileiras. A superintendente agradeceu a presença de Miriam Belchior e destacou a sua admiração pelos trabalhos coordenados pela ministra. “Também não poderia deixar de parabenizar o prefeito Juraci Martins, que não mede esforços e sempre quer saber dos programas da Caixa, e temos alegria em ver que o prefeito acompanha tudo tão de perto”, comentou Marise. De acordo com a superintendente, o Residencial Nilson Veloso é um dos melhores já vistos em termos de infraestrutura e qualidade das obras. No ano de 2013, conforme informou Marise, a Caixa Econômica no estado de Goiás liberou R$ 6,4 bilhões apenas para a habitação. “Goiás tem uma participação de 4,6% no Minha Casa Minha Vida em todo o Brasil. Liberamos mais do que o estado do Rio de Janeiro e nos orgulhamos em dizer que somos a quinta maior liberação de recursos do programa”, informou a superintendente. Ela acredita que os bons resultados são fruto da grande parceria junto aos municípios e as lideranças do governo federal.

Goiás tem uma participação de 4,6% do Minha Casa, Minha Vida Também presente na cerimônia de entrega, o deputado estadual Karlos Cabral cumprimentou os presentes e afirmou que a ministra Miriam Belchior é a grande gerente do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Ela tem segurado o programa nas mãos. A cidade de Rio Verde tem de se orgulhar por receber tantos recursos. Já são mais de duas mil unidades habitacionais construídas, sendo que o total na cidade é de 35 mil. Ou seja, estamos chegando a quase 10% do total com recursos do PAC”, comentou o deputado estadual. Karlos Cabral destacou o papel do governo federal e do prefeito Juraci Martins, que não mediu esforços para con-

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seguir tais recursos. “Temos que parabenizar também o secretário de Habitação, Orestes Ferreira, pelo grande trabalho”, completou. Olavo Noleto, subchefe de Assuntos Federativos da Presidência da Repúbica, também parabenizou a ministra e disse ser testemunha da paixão com que Miriam coordena o PAC. “Ouvimos por ai, na mídia nacional, que o PAC é um programa de obras que não acabam, que não acontecem. Mas, hoje, todos vocês são testemunhas do PAC da vida real. O trabalho de toda a equipe do Planejamento é imenso para conseguir atender todo o País”, argumentou Noleto. O deputado federal Heuler Cruvinel agradeceu o tratamento republicano de Miriam Belchior, assim como da presidente Dilma Rousseff, que sempre recebem prefeitos, deputados e todos que as procuram, independentemente de partido político. “Esse sonho que hoje se torna realidade teve início em 2009, quando o prefeito Juraci Martins ainda fazia parte do DEM e eu era seu secretário de Governo e Habitação. Rio Verde foi a terceira cidade brasileira a se enquadrar no Minha Casa Minha Vida”, lembrou o deputado federal. Heuler Cruvinel citou as unidades habitacionais já entregues na cidade, a exemplo dos residenciais Paineiras, Jardim Helena, Monte Sião e, agora, o Nilson Veloso I. De acordo com o deputado, as residências do Nilson Veloso II serão entregues no próximo mês de maio. “O secretário de Habitação, Orestes Ferreira, tem feito um trabalho que é referência não só para Goiás, como para todo o Brasil. E o prefeito Jura-

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ci Martins, como sempre, pensa nos interesses dos rioverdenses e não mede esforços, indo a Brasília seguidas vezes em busca de recursos”, garantiu o deputado. Heuler disse ainda à ministra Miriam Belchior que o PSD é aliado ao governo em Brasília: “Mas aqui, ministra, nossos adversários são PT e PMDB, que ainda falam que o governo federal não trouxe R$ 200 milhões para a cidade. Não mesmo, trouxe muito mais e estamos chegando perto dos R$ 300 milhões.”

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O prefeito Juraci Martins fez um breve discurso, iniciando sua fala parabenizando todas as mulheres pelo Dia da Mulher, comemorado no início de março. Em seguida, Juraci Martins fez uma retomada ao passado, ao lembrar que, antes de o deputado federal Heuler Cruvinel assumir o cargo, suas visitas à Brasília se davam quinzenalmente. “E sempre tive todo o apoio do Olavo Noleto, assim como de outras pessoas do governo federal. Sempre fui recebido com delicadeza, por estar lá representando o povo de Rio Verde”, disse o prefeito. Já a ministra Miriam Belchior destacou a felicidade em poder participar de um evento tão importante para as 531 famílias que ali se fizeram presentes. Ainda, fez uma avaliação sobre a qualidade das casas do Residencial Nilson Veloso, que teve a oportunidade de conhecer de perto, ao entrar em uma das residências logo que chegou ao local do evento. “São moradias com muita qualidade e uma ótima infraestrutura na região. É sempre bom ter bons parceiros para a execução de empreendimentos, como é o caso de Rio Verde”, enfatizou a ministra.

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Após os discursos, houve a entrega simbólica das chaves às famílias beneficiadas. O prefeito Juraci Martins também prestou uma homenagem à Marise Fernandes, da Caixa Econômica, ao subchefe Olavo Noleto, e à ministra Miriam Belchior, com a entrega de placas de reconhecimento à parceria e contribuição. Em seguida, os presentes acompanharam a apresentação da Orquestra de Sanfoneiros e Violeiros de Rio Verde, que fez o encerramento do evento de entrega das unidades habitacionais.

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consumidor que tem o costume de fazer compras, no mínimo, uma vez ao mês, já percebeu o aumento considerável no preço da carne bovina nos supermercados e açougues em Goiás. Por ser um dos alimentos mais indispensáveis na mesa do brasileiro, muitos goianos têm passado apertado em função dos altos preços, mas, para não abrir mão da carne nas refeições, algumas alternativas podem ser a saída para economizar na hora das compras. A seca no início deste ano é um dos fatores que encareceu o alimento e, de acordo com dados do Instituto de Economia Agrícola, o preço da arroba repassada pelos criadores passou de R$ 97 para R$ 113,89, sendo os preços de 2013 e deste início de ano, respectivamente. A assessora técnica da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Christiane Rossi, explica que a alta na pecuária acontece em decorrência de diversos fatores como escassez de animais, escalas curtas dos frigoríficos, além da oferta de preços maiores por parte da indústria em busca desses animais que, segundo ela, é cada vez mais acentuada. Segundo a assessora, os problemas de estiagem que afetaram Goiás nos últimos meses também completam a lista de fatores que influenciaram na elevação dos pre-

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ços. "A seca provocou mudanças nas condições dos pastos. Portanto, esse clima interferiu na qualidade nutricional do alimento levado ao gado", comenta Christiane. De um modo geral, especialistas apontam que a seca severa afeta a recuperação das pastagens e, consequentemente, a oferta de animais prontos para o abate. Além do mais, Christiane avisa que outra motivação da alta foi o maior abate de gados, ocorrido no ano passado. Especialistas em agronegócio também estimam que o confinamento de bois deva crescer, pelo menos, 6% neste

ano, embalado pela forte demanda interna e crescentes exportações de carne bovina, fator que mantém os preços da arroba bem elevados. A assessora técnica da Faeg destaca a forte demanda internacional por carnes. "Percebemos um crescimento da exportação bem acentuado. Por exemplo, o Ministério da Agricultura divulgou um aumento de 45% das exportações em fevereiro, em comparação com o mesmo período do ano passado", destaca. Atualmente, Christiane relata que os órgãos ligados à agropecuária sempre buscam uma melhora na relação

entre indústria e produtor, para que, assim, não haja um desestímulo em épocas desfavorecidas economicamente ao pecuarista. "Muitos, por exemplo, procuram desfazer de parte do rebanho para investir na agricultura, buscando a integração agropecuária", exemplifica. Como alternativa econômica, o economista Maurício Faganelo aponta que o consumidor pode buscar por produtos correlatos ao invés de consumir a mesma carne de costume. "Sem contar que existem outros recursos, já que o comprador tem a opção também de escolher por

um frango ou peixe no supermercado, numa forma de economizar", aponta. Mas, conforme já foi dito, se a pessoa não quer largar o consumo de carne bovina de forma alguma, ele explica que outra solução é mudar o corte da carne, escolhendo por um item mais barato. Segundo o economista, um dos fatores que vem propiciando a alta nos preços é o elevado valor dos insumos, principalmente da ração animal. "Isso gera um impacto", ressalta. Complementando, ele diz que a causa da elevação dos insumos é provocada pela variação cambial. "O dólar estava a US$ 2,10 e já passou a valer US$ 2,40, mudança que puxou a inflação e, dessa forma, toda uma cadeia também é influenciada." Para o consumidor driblar

as altas no mercado, Faganelo reforça a importância de pesquisar preço e qualidade do produto. Mas, na hora de procurar por carnes mais baratas, ele avisa que o comprador deve se ater às questões como procedência da mercadoria, pois há o perigo de a carne não ser de boa qualidade. "Hoje em dia existem muitos abatedouros clandestinos. Então, é essencial saber se o estabelecimento comercial toma todos os cuidados exigidos pela vigilância sanitária", orienta o economista. Como forma de economizar, ele sugere ao consumidor optar por produtos de preços mais amenos, mas que proporcionam o mesmo prazer ao paladar. "Muitas famílias trocam a picanha pelo coxão duro, por exemplo". O economista também explica que, com o avanço do agronegócio no mercado internacional - principalmente em relação aos grãos e as carnes - o impacto do dólar americano nos negócios locais se torna cada vez maior. De forma geral, especialistas apontam que o preço da carne bovina no Brasil deve continuar a subir ao longo deste ano, em função também do aumento no consumo, decorrente da Copa do Mundo. Conforme dados do Ministério da Agricultura, em janeiro de 2014, a carne in natura teve um volume de exportação de 105.149 toneladas. Já no mês passado, os números subiram para 113.700 toneladas.


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