2014 04 06 agro

Page 1

O homem do campo bem informado ANO 2 | NÚMERO 43 | RIO VERDE, 6 A 12 DE ABRIL DE 2014

A MAIOR FEIRA DO AGRONEGÓCIO EM GOIÁS O evento terá início nesta segunda-feira, 7, e aposta na superação da comercialização do ano passado e no aumento dos visitantes, que devem passar dos 90 mil. Para isso, a edição deste ano recebeu melhorias em relação ao ano anterior, como a pavimentação de toda a área do Centro Tecnológico, construção de mais banheiros e áreas de descanso.

Entrevista

Saneamento

Opinião

Bioativação

O governador de Goiás, Marconi Perillo, fala sobre a importância de Goiás no cenário nacional e destava desejo de ampliar a participação do estado no mercado estrangeiro do agronegócio. Páginas 8 e 9

Visitantes da Tecnoshow podem conhecer de perto as técnicas de tratamento da água na 8ª edição do Circuito Ambiental. Mecanismo será implantado nas propriedades rurais da Comigo. Página 14

Preservação do meio ambiente, por meio da adequação da produção regidas de acordo com as práticas sustentáveis, resulta em valorização do produto final para o produtor agrícola. Página 10

A bioativação do solo minimiza os gastos do e maximiza a produção do homem do campo, priorizando o trabalho dos microorganismos e diminuindo a necessidade de insumos externos. Página 12


2

6 a 12 DE ABRIL DE 2014

OPINIÃO CENÁRIO DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA sebastiao@tribunadosudoeste.com.br

DIRETOR ADMINISTRATIVO: GUSTAVO BARBOSA gustavo@tribunadosudoeste.com.br

GERENTE COMERCIAL E DE PROJETOS: ENOEL JÚNIOR enoeljunior@tribunadosudoeste.com.br REPORTAGEM: GABRIELA GUIMARÃES CAROLINE TEIXEIRA

DIAGRAMAÇÃO: JUAREZ ALENCAR GEORTHON TOLEDO

GABRIELA GUIMARÃES gabriela@tribunadosudoeste.com.br

Vilão do mês

EDIÇÃO: FAGNER PINHO fagnerp@gmail.com

FOTOGRAFIA: DENÍSIA MOURA denisia@tribunadosudoeste.com.br

DEPARTAMENTO COMERCIAL comercial@tribunadosudoeste.com.br

CONTATO: ENOEL JÚNIOR enoeljunior@tribunadosudoeste.com.br FONE: (62) 9622-5131 / (62) 9183-8355

CONTATO: GUSTAVO BARBOSA gustavo@tribunadosudoeste.com.br FONE: (64) 9994-9856

DIVULGAÇÃO

Este caderno é encarte do Jornal Tribuna do Sudoeste e não pode ser vendido separadamente. CIRCULAÇÃO RIO VERDE, APARECIDA DO RIO DOCE, ACREÚNA, CACHOEIRA ALTA, JATAÍ, MINEIROS, MONTIVIDIU, QUIRINÓPOLIS, SÃO SIMÃO, SANTA HELENA DE GOIÁS, PARANAIGUARA, SANTO ANTÔNIO DA BARRA E PLANALTO VERDE. RUA 15-A, 177 - JARDIM AMÉRICA - CEP: 75902-610 - RIO VERDE - GOIÁS TELEFONES: (64) 3623-5376 - (64) 3621-1723

www.tribunadosudoeste.com.br

AO LEITOR

O

Inovação rural Realizada em um momento de extrema importância para o produtor rural, a Tecnoshow Comigo 2014 tem grandes contribuições a fazer em mais uma edição da feira. De maneira ainda mais especial, neste ano, o evento pode ser um sopro a mais de esperança para aquele produtor que se viu abalar pelas perdas e incalculáveis prejuízos deste início de ano. É o que afirma em entrevista o presidente da Comigo, Antonio Chavaglia. Também produtor rural, ele é reconhecido e admirado pelas incansáveis lutas em prol de melhorias para o agronegócio, não apenas goiano, como nacional. Chavaglia não se dá por vencido nas críticas quanto ao chamado Custo Brasil. Confira algumas opiniões do presidente da cooperativa agroindustrial que mais se destaca em Goiás.

Para auxiliar o produtor na tomada de decisões, a Tecnoshow conta com uma ampla programação para a agricultura e pecuária. Destaque também para as temáticas ligadas à preservação do meio ambiente, a exemplo do Circuito Ambiental. Sempre um sucesso de público, nesta edição o espaço conta com a temática “Saneamento Básico Rural”. Em entrevista a este especial, o governador Marconi Perillo garantiu que o Estado tem feito todos os esforços para encontrar uma solução para a Celg, seguidas vezes criticada pelos produtores rurais em função das frequentes quedas de energia no campo. Marconi também citou a melhoria nas estradas goianas e afirmou que o governo de Goiás tem buscado ampliar a participação do agronegócio do estado no mercado nacional e estrangeiro.

s alimentos foram os responsáveis pela alta acima do esperado para março. O índice de preços ao consumidor foi o maior já registrado para o mês no período de 11 anos, sendo de 1,22%. E as perspectivas não são das melhores para este mês de abril. Isso porque, em decorrência das chuvas fortes e constantes em Goiás, o cenário aponta para inflação alta.

USO DE AGROQUÍMICOS A Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) enviou um ofício à Justiça para defender o uso de 180 agroquímicos presentes no mercado. De acordo com o órgão, tais produtos são utilizados na agricultura dos maiores países produtores. “Tal decisão pode prejudicar o manejo de 56 culturas no Brasil”, consta no ofício enviado.

STAND DA FAEG Durante a Tecnoshow, a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) apresenta uma completa programação em seu estande. No espaço são realizadas palestras, cursos, treinamentos e também o lançamento do livro Empreender é a Saída, de José Mário Schreiner, presidente da Faeg.

CAMINHÃO DO AGRONEGÓCIO A Caixa Econômica Federal está presente na Tecnoshow com uma unidade móvel que oferece serviços bancários aos produtores ru-

rais e empresas do evento. O foco principal do Caminhão do Agronegócio é o Crédito Rural, com diversas linhas de financiamento para a aquisição de máquinas, compra de animais, correção de solo e outros.

DIVERGÊNCIAS O fim da vacinação contra a febre aftosa tem dividido opiniões em Goiás. A proposta foi apresentada pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seagro) e pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). Um novo encontro para discutir o tema está previsto para o próximo dia 14, na Seagro.

DIVERGÊNCIAS II Para a Agrodefesa, com a não vacinação, o preço da arroba irá aumentar, resultando em maior lucro aos produtores, e o custo de produção diminuiria. Por outro lado, o grupo de representantes da pecuária goiana acredita que é muito precipitado eliminar a vacinação em Goiás, podendo levar a perda do status por qualquer inconstância no programa.


3

6 a 12 DE ABRIL DE 2014

Tecnoshow: crescimento que consolida o agronegócio brasileiro

COTACÕES* DÓLAR COMERCIAL Compra: R$ 2,2478 Venda: R$ 2,2484

Dólar turismo Compra: R$ 2,21 Venda: R$ 2,32

SOJA GRÃO /Saca 60 kg

Com 13 anos de história, a feira se consolida como a principal do Centro-Oeste

A

Tecnoshow Comigo completa 13 anos de realização nesta edição, proporcionando conhecimento e difusão de novas tecnologias e pesquisas. Neste tempo, a feira de tecnologia rural acompanhou os principais assuntos e aspectos que impactaram a vida do produtor rural, dos profissionais que atuam no campo, de estudantes que trilham o caminho do agronegócio. Nestes anos, a própria Tecnoshow evoluiu e recebeu investimentos em infraestrutura, ampliou suas áreas e aumentou o número de palestras e expositores. O resultado é o crescimento do número de negócios e de visitantes, consolidando o evento como uma das principais feiras de tecnologia rural do Brasil, sendo a maior do Centro-Oeste. A reafirmação da credibilidade da feira pode ser feita ao compararmos a primeira e a última edição. Assim, em fevereiro de 2002 acontecia a inauguração do Centro Tecnológico Comigo, sendo um investimento de R$ 500 mil. A primeira edição da feira contou com 50 expositores que acreditaram na iniciativa da cooperativa Comigo. Também, cerca de 5 mil pessoas marcaram presença na Tecnoshow, conferindo os 50 experimentos agropecuários expostos na feira. Já no ano passado, muita coisa mudou e, ao longo de todos esses anos, novas atrações passaram a fazer parte da programa-

Rio Verde: R$ 60,00 Morrinhos: R$ 60,00 Ceres: R$ 60,00 Formosa: R$ 43,00 Itumbiara: R$ 60,83 Jataí: R$ 60,50 Anápolis: R$ 62,00

Milho seco / Saca 60 kg Indiara: R$ 25,50 Anápolis: R$ 27,33 Catalão: R$ 26,00 Rio Verde: R$ 25,50 Joviânia: R$ 19,50

Arroz em casca Rio Verde: R$ 42,00 Inhumas: R$ 42,33 Catalão: R$ 47,50 Formosa: R$ 31,33 Anápolis: R$ 48,33 Ceres: R$ 57,00 #

ção. O número de visitantes saltou de 5 mil para 82 mil pessoas, sendo que agora, em 2014, a expectativa é receber um público aproximado de 90 mil. Em uma área de 60 hectares, a Tecnoshow contou em 2013 com a presença de 500 expositores, sendo que a cooperativa Comigo fez um investimento de R$ 540 mil em melhorias na infraestrutura do espaço. Sucesso também em comercialização, movimentando R$ 900 milhões em apenas cinco dias de evento. Em 2013, a feira gerou 6 mil empregos temporários e reuniu 4.500 participantes nas palestras sobre diferentes temáticas que

!

envolvem o agronegócio brasileiro. Ainda, durante os cinco dias da Tecnoshow, houve a coleta seletiva de 80 toneladas de lixo. Chamando a atenção principalmente do público infantil, no ano passado houve a exposição de mil animais, dentre eles muares, cavalos, ovelhas, aves e tantos outros. Em relação às máquinas e equipamentos, estiveram expostas 2.350 novidades do setor. “Diante de todo o acumulado de bons resultados, só temos a esperar mais um ano de sucesso da Tecnoshow, consolidando a feira como a marca da inovação rural”, opina o presidente da Comigo, Antonio Chavaglia.

Boi gordo / Arroba Goiânia: R$ 106,00 Goiatuba: R$ 117,00 Jataí: R$ 117,00 Rio Verde: R$ 117,00 Quirinópolis: R$ 117,00 Itumbiara: R$ 117,00

Suíno banha / Arroba Rio Verde: R$ 45,00 Mineiros: R$ 49,00 Formosa: R$ 50,00 Inhumas: R$ 69,00 Anápolis: R$ 80,00

Leite / (i Litro) Catalão: R$ 1,05 Goiânia: R$ 1,30 Rio Verde: R$ 1,12 *Preços referentes ao dia 4 de abril Fonte: Agrolink


4

6 A 12 DE ABRIL DE 2014

ENTREVISTA/ANTÔNIO CHAVAGLIA

“Somos o país do agronegócio” Presidente da Comigo Sudoeste destaca a importância do Brasil na produção de alimentos e os bons resultados de Goiás no âmbito nacional

A

gropecuarista e presidente da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), Antônio Chavaglia fala sobre a importância do Brasil na produção de alimentos para todo o mundo e destaca os bons resultados de Goiás no agronegócio nacional. Sobre a Tecnoshow, ele afirma que a feira acontece em um momento muito especial para o produtor, que precisa de orientações para a tomada de decisão. Presidente da cooperativa desde 1986, Chavaglia afirma que as vitórias da cooperativa são fruto de muito trabalho e responsabilidade de todos os envolvidos com a Comigo. & ( $

&% &%

! '

&%

(# (

"

!

% Um ano realmente atípico, como você bem colocou. Tivemos, desde o plantio até a colheita, inúmeros fatores que contribuíram para a perda de renda do produtor. E os custos foram maiores em função do aparecimento da ferrugem, assim como de outras pragas, levando à perda de produtividade. Então, somando todos esses fatores, o produtor perde a capacidade de investir e isso tem reflexos

em tudo o que ele vai fazer, é algo automático e não tem como ser diferente. Por outro lado, temos também os produtores que continuam com capacidade de investir e, mais, com a necessidade de investir. E reforço aqui a palavra necessidade por ser uma questão de melhoria de alguns fatores que contribuirão para ele ter uma renda melhor. Então, pensando por este lado, a Tecnoshow é uma grande fonte de informação para o produtor na área de negócios, assim como conhecimento de novas tecnologias, máquinas e equipamentos, além das discussões sobre o mercado futuro, permitindo que ele use tais informações na tomada de decisão. %

#

" ! ( Sim, é um importante canal para o produtor se atualizar e realmente começar a tomar as decisões para a colheita da safrinha e também para o plantio da próxima safra. São coisas que o produtor está habituado a fazer com antecedência, pegando todas essas informações e planejando a comercialização e o plantio da safra de verão. Esperamos que realmente o produtor participe de mais uma edição da Tecnoshow.

que trabalharam durante todo o ano, evoluindo em tecnologia e capacitação tecnológica. A questão tecnológica está evoluindo de forma muito rápida e precisamos de equipes preparadas nas fazendas para trabalhar com essas máquinas. Tudo isso tem lá, na Tecnoshow, sendo engenheiros de fábrica e técnicos nos estandes, fazendo a demonstração em todas as etapas, do plantio à colheita, além da apresentação de novas cultivares para melhorar os resultados do produtor. O foco da feira é fazer com que o produtor tenha uma gama de informações que resultem no aumento de renda.

“A Tecnoshow é uma grande fonte de informação para o produtor na área de negócios, assim como conhecimento de novas tecnologias e equipamentos”

(

Temos muitas coisas novas apresentadas pelas empresas parceiras,

! Claro, fazer renda no setor agrícola não tem sido nada fácil em função de todo o Custo Brasil, sendo a questão dos portos,

estradas, falta de armazéns na época da colheita de milho e demais deficiências portuárias. Então, é uma gama de fatores que muitas vezes não


5

6 a 12 DE ABRIL DE 2014

contribui para que o produtor tenha renda suficiente para investir na terra em aspectos mais básicos. Já a compra de máquinas e equipamentos, cada um deve fazer a própria análise. A vantagem de grande parte das novas tecnologias é o plantio e a colheita mais eficientes, com perdas menores. Enfim, diante de todas as dificuldades, a Tecnoshow vem para facilitar a vida do produtor, principalmente na orientação quanto às estratégias para que ele permaneça na atividade e tenha condições de crescer. % &% É outro grande problema. Temos constantemente, pela cooperativa e pelas empresas, investido em máquinas e equipamentos, orientando e capacitando as pessoas. É um trabalho contínuo e todos os anos essa mão de obra tem de ser capacitada para receber as novas tecnologias. Muitas vezes, infelizmente, não se consegue capacitar a quantidade de pessoas necessárias para a realização do serviço. Enquanto isso, o produtor está investindo em máquinas maiores, que fazem o serviço de até dois equipamentos, para ter pessoas mais capacitadas, com salários melhores e que consigam operar tais máquinas com toda a tecnologia existente, trabalhando com capacidade plena e dando resultado maior.

principalmente em relação à armazenagem. A cooperativa conta hoje com 6.300 associados e temos que ter estrutura para atender com qualidade todos os nossos parceiros. Destaco aqui a parte do parque industrial, em que estamos terminando os investimentos na indústria, passando da capacidade de mil para três mil toneladas. Temos também uma nova fábrica de ração, que entrou em operação neste ano, um novo misturador de adubo. Investimentos ainda nas cidades vizinhas, como em Paraúna, com um novo armazém que está prestes a ficar pronto, e tantos outros investimentos da cooperativa para facilitar a vida do produtor. Isso para que ele tenha menor custo na hora de transportar da propriedade para o armazém, encurtando esta distância. Enfim, os investimentos estão acontecendo e temos outros aspectos futuros que serão definidos no segundo semestre deste ano.

palestras e discussões. Os jovens, principalmente, que estão nas universidades e precisam de informação. Afinal, somos o país do agronegócio e Goiás, principalmente, se destaca pela produção. Hoje podemos nos orgulhar, pois grande parte do que é produzido no estado é também industrializado aqui. Existe uma transformação de produtos muito grande, o que contribui para o fortalecimento do estado e da sociedade, gerando emprego e renda. Se saísse tudo daqui sem industrializar, não teríamos o parque industrial que temos hoje em Goiás, fazendo industrialização tão expressiva de tudo o que produzimos.

!

" Tudo soma, tem a Comigo, que já fazia um trabalho antes da Tecnoshow nas propriedades, com a realização do Dia de Campo e experimentos. Até que se tomou a decisão de comprar uma área para pesquisa e, posteriormente, para a realização da feira. A credibilidade se dá pelo fato de ela ser um facilitador para o produtor, que em um único ambiente pode realizar uma série de negócios, além de ter conhecimentos dos diferentes assuntos que norteiam a sua atividade. E não é uma feira apenas para o associado da cooperativa, mas para toda a sociedade poder conhecer um pouco mais do agronegócio, das tecnologias, do trabalho do produtor e as deficiências. Então, é até por isso que não cobramos ingresso, justamente para facilitar o acesso das pessoas, que podem acompanhar as

$ ! #

Temos trabalhado fortemente, não só a cooperativa, mas diversas lideranças do país, para mostrar a importância de produzir e ter alimentos em abundância, que há poucos anos nós éramos importadores de alimento e hoje somos exportadores num volume até expressivo. Temos trabalhado muito com isso, justamente por meio da Tecnoshow, além também das discussões em nível nacionaal, para que a sociedade entenda que o produtor não é o vilão de nada. Ele deveria ser glorificado, como acontece nos Estados Unidos, subsidiado. Por lá, a sociedade entende a importância dele na produção de alimentos. E tentamos mostrar isso fortemente para que a sociedade reconheça a importância do agronegócio e do produtor rural e o sacrifício que ele faz para ter uma atividade a céu aberto, sem uma garantia real, correndo todos os riscos por intempéries, é uma verdadeira indústria a céu aberto. Infelizmente, vejo que a sociedade não reconhece o sacrifício que faz o produtor. Principalmente nos grandes centros urbanos, que consome a maioria destes alimentos produzidos no país. São muitas críticas por falta de conhecimento. Criticam o produtor quando ele perde renda e produtividade, principalmente quando vão aos supermercados e o preço dos produtos subiu. Precisamos encontrar o equilíbrio para que as coisas no país funcionem de forma coerente, porque na hora que não tem produção, a sociedade sente e paga caro. Tem ainda o governo, que trabalha

! #

“Com a conclusão de nosso parque industrial, ao final do investimento na industria, teremos capacidade de produção de 3 mil toneladas” para se manter no poder, e não no sentido de sustentabilidade do país, para que a sociedade como um todo tenha benefícios. São muitos os gargalos, difíceis de serem rompidos, para que a gente possa ter tranquilidade em ser produtor rural.

! !

São vários e temos feito muitos investimentos nos últimos três anos,

% &%

É até difícil de pensar. Vamos completar 39 anos de muito trabalho e responsabilidade, com um produtor que acredita cada dia mais na importância da cooperativa. Somos um somatório de fatores que contribuiu e muito para a sociedade como um todo e para o estado de Goiás. Rio Verde saiu à frente na industrialização em 1983, quando começou a industrializar por meio da cooperativa. Foi um passo muito importante que os produtores deram. Fazer o que fizemos nestes anos todos tem só reforçado a importância do cooperativismo e de as pessoas estarem juntas para terem conquistas sociais. Rio Verde saiu 10 anos na frente de cidades de outros estados do Centro-Oeste. Até mesmo aqui na nossa região, temos outras cidades em que os produtores nos falam que gostariam que a cooperativa estivesse presente, pois eles pagam caro nos insumos e recebem menos nos produtos. Os produtores falam que a cooperativa dá o equilíbrio necessário na hora de comprar e comercializar. Então, tudo isso foi um facilitador criado pela cooperativa, sendo importantíssima para a região e para todo o Estado.


6

6 a 12 DE ABRIL DE 2014

Infraestrutura garante mais qualidade aos visitantes da Tecnoshow Cooperativa Comigo fez para este ano mais investimentos na estrutura do Centro Tecnológico. Expectativa é receber cerca de 90 mil pessoas

-

!"

(

"

!" !

C

ada vez mais fortalecida como a marca da inovação rural, a Tecnoshow Comigo chega a mais uma edição, entre os dias 7 e 11 abril. A feira é a mais importante de todo o Centro-Oeste brasileiro e reúne em cinco dias de evento grandes nomes do agronegócio do país, que visitam a Tecnoshow em busca da troca de conhecimentos, realização de negócios e atualização quanto ao cenário nacional e internacional do setor. Diante de todo o histórico de sucesso da feira, a expectativa para este ano é reunir mais de 90 mil visitantes e superar a comercialização de 2013, que foi de R$ 900 milhões. De acordo com o gerente do Centro Tecnológico Comigo (CTC), Carlos César Evangelista, a cooperativa investiu em vários artifícios para melhorar ainda mais a qualidade da feira, com destaque para o asfaltamento de todas as ruas do CTC, construção de mais banheiros e áreas de descanso. A estrutura das arquibancadas também foi ampliada, duplicando a capacidade para que o público possa assistir as dinâmicas com animais. “Todos os anos na área do redondel temos uma visitação muito grande. Em algumas apresentações, era comum vermos visitantes chegando com uma hora de antecedência para poder reservar um lugar na arquibancada”, diz Evangelista. A cooperativa também fez altos investimentos na área de ornamentação e paisagismo, deixando a feira ainda mais bonita. Segundo o gerente do CTC, todos os anos a Tecnoshow ganha alguns incrementos em relação à infraestrutura, que já pode ser considerada completa com base no número de visitantes que a feira

!

! ,! ! #

# "

*

$ + ! " &"

!" '

!" ! !$!"

# " !

recebe. Nesta edição, para atender as necessidades das 500 empresas expositores, a novidade está também no aumento do espaço de cada um dos estandes, o que consequentemente melhora o atendimento e a qualidade da visitação. Como nas demais edições, a feira conta com a visita de várias comitivas que, ao chegar a Rio Verde, recebem todo o suporte da equipe de colaboradores da Comigo. Conforme conta Evangelista, a Tecnoshow tem neste ano a confirmação da visita de comitivas da região de Sinop, Lucas do Rio Verde e Sorriso, que virão para conhecer melhor a feira e ver o que pode ser adequado também às suas regiões de produção. No ano passado, cerca de trinta pessoas, dentre elas americanos e africanos, marcaram presença na Tecnoshow. Em função da completa programação da feira - que envolve não apenas os

%

!

assuntos ligados à tecnologia rural, como também demais temáticas - um número cada vez maior de pessoas que não são diretamente ligadas ao setor agropecuário tem frequentado o evento. Nesta edição, a Tecnoshow conta com a participação de um grupo de teatro de Goiânia, que faz apresentações para a criançada nos dois primeiros dias do evento. Nos aspectos tecnológicos, a Embrapa apresenta nesta edição um lançamento nacional de uma nova tecnologia, chamada “coinoculação”, que promete consideráveis melhorias na produção de soja do Brasil. Além de várias novidades em material genético, variedades de soja, híbridos de milho e outras que estão em exposição na feira. Em função das dificuldades deste início de ano para o produtor, principalmente em decorrência da infestação de muitas pragas, algumas tecnologias estão na feira com o objetivo de melhorar este cenário, levando ao produtor possibilidades de aumento na produção e diminuição na incidência de doenças. “Enfim, estamos com uma gama de tecnologias

$!"

" !

!

!

$

" !

para melhorar a vida do produtor”, resume Evangelista. A cooperativa Comigo também faz neste ano simulações de como minimizar o estresse hídrico, já que o começo de 2014 foi muito difícil para o produtor em função da má distribuição das chuvas, causando perdas acentuadas. Ao ser questionado sobre as metas deste ano, o gerente é otimista e diz que, no mínimo, deverão superar os números de 2013. “A nossa safra de verão foi muito afetada, causando uma série de perdas, o que pode atingir diretamente a parte de comercialização da feira. Porém, a nossa safrinha está muito boa, o que tem mudado o humor dos nossos produtores, deixandoos mais motivados. Acredito que a parte de comercialização vai ter o mesmo valor do ano passado ou acréscimo de até 10%”, aponta. Ao concluir, Evangelista reforça que a Tecnoshow conta com uma série de empresas e instituições que estão à disposição dos visitantes, mostrando o que existe de mais moderno no Brasil e no mundo, dando a oportunidade de o produtor rural encontrar em um só lugar as melhores tecnologias do mercado atual.


6 a 12 DE ABRIL DE 2014

7


8

6 A 12 DE ABRIL DE 2014

ENTREVISTA/MARCONI PERILLO

“Queremos ampliar a participação do nosso agronegócio no mercado estrangeiro” Governador ressalta recuperação de rodovias estaduais e garante esforço em relação à Celg

E

m entrevista, o governador Marconi Perillo realça as atividades de sua gestão voltadas para a recuperação das rodovias estaduais. No Sudoeste goiano, por exemplo, anuncia que dará início às frentes de trabalho das obras de reconstrução da GO-174, entre o Anel Viário de Rio Verde e Montividiu. Para completar, ele antecipa que o governo vai trabalha na restauração de outros 2.030 quilômetros de rodovias, além de destacar as vias que já passaram por reforma. Nas ações em prol do desenvolvimento agropecuário, Marconi faz questão de ressaltar que o Estado permanentemente busca novos mercados para os produtos goianos, com a promoção de missões internacionais nas maiores economias do mundo ! " +# "!

!

! "

"

! "! ! ! " O governo de Goiás está fazendo todos os esforços para que encontremos uma solução definitiva para a Celg Distribuição, de forma a intensificar os investimentos na ampliação em nossos sistemas de distribuição, mas não há uma solução fácil ou mágica, especialmente porque, na gestão anterior, a Celg foi tratada com profunda irresponsabilidade. Como consequência, a Celg ficou sete anos impossibilitada de reajustar as tarifas de energia,

provocando grande desequilíbrio entre receita e despesa. Os termos do acordo com a Eletrobrás já são conhecidos: preveem o repasse do controle em troca de uma série de medidas orçamentárias e financeiras a fim de que os investimentos possam ser retomados. Estamos certos de que em breve chegaremos a um bom termo. O importante é que, mesmo diante das dificuldades, a Celg D. manteve uma agenda, ainda que mínima, de investimentos, procurando atender à demanda do setor produtivo. " "

(

!" )( ! "

"! "

(

"! !

! "

" "!

!

!& # "

!

A obra de construção da GO-333, entre Rio Verde e Paraúna, já foi concluída e os efeitos positivos da intervenção sobre o escoamento da produção já podem ser sentidos em toda região. Pelo Rodovida Construção, estamos começando agora as obras do Anel Viário de Rio Verde. Ainda na GO174, a Praça de Pesagem está em fase de conclusão. Já pelo Rodovida Reconstrução, concluímos as obras da GO-174, entre Iporá e Montividiu, e estamos começando as obras do Contorno de Rio Verde, bem como as obras de Montividiu ao Anel Viário de Rio Verde, que estão se iniciando. Também estamos começando as obras da GO-201, entre o entroncamento com a GO-452 e o entroncamento com a GO164 (Santa Helena). Já as obras de

duplicação da GO-174 entre Rio Verde e o Anel Viário estão em fase de projeto. Vale lembrar que, para garantir a trafegabilidade do Anel Viário de Rio Verde para a Tecnoshow, realizamos serviços emergenciais de tapa-buracos. Os serviços definitivos de recuperação do trecho de Montividiu ao Anel Viário de Rio Verde estão incluídos no Grupo 3 do Rodovida Reconstrução, que terá início ainda neste mês de abril. "

!

!

&

Vamos encerrar a administração com mais de 6.200 quilômetros de rodovias reconstruídas em todo o Estado. O Rodovida é o maior programa de construção, reconstrução e manutenção de estradas em andamento no País e o maior da história de Goiás. Quando assumimos, em 2011, nossas estradas estavam destruídas. Tivemos de refazer muitas das rodovias que tínhamos feito nas administrações anteriores, porque elas passaram cinco anos deixadas à própria sorte, sem qualquer manutenção. Criamos grandes frentes de trabalho no Rodovida Reconstrução. Na primeira fase, reconstruímos 2.081 quilômetros de rodovias. Outros 2.187 quilômetros,

correspondentes ao Grupo 2, estão em andamento, a maioria em fase de conclusão. E, em breve, daremos início à reconstrução de outros 2.030 quilômetros, totalizando 6.290 quilômetros de rodovias recuperadas. Isso significa que vamos recuperar toda a nossa malha viária danificada. "

!

#

# ! , Temos atuado em diversas frentes para ampliar a participação do nosso agronegócio no mercado nacional e estrangeiro. A política de incentivos fiscais do Produzir é um dos principais instrumentos nesse sentido. Ao longo dos anos, promovemos ajustes nas alíquotas do ICMS para estimular setores estratégicos da área de produção de alimentos. Também estamos permanentemente buscando novos mercados para nossos produtos, com a promoção de missões internacionais nas maiores economias do mundo e com ampla participação em feiras de produtos no Brasil e no exterior. Atuamos ainda para divulgar as medidas e ações de controle de qualidade e controle sanitário de nossos produtos, com vistas a manter e ampliar nossa participação nos


9

6 A 12 DE ABRIL DE 2014

mercados mais exigentes. Estamos ainda, conforme já foi dito, investindo na melhoria da logística em nosso Estado, com grandes intervenções, como a construção e a recuperação de rodovias, construção de pontes e do Aeroporto de Cargas de Anápolis. ,

*"

!

# ! ! "

! "! !

" !

encarecendo o frete principalmente em função da longa espera dos transportadores para descarregarem as mercadorias. Se a Ferrovia Norte-Sul tivesse sido completamente concluída, com certeza a situação seria bem diferente. # #

"!

! !"

# ,

! %

" !Fazemos nossa parte melhorando a infraestrutura logística do Estado, o que tem impacto direto sobre o valor do frete, já que reduz o custo de escoamento da nossa produção, na medida em que estradas em boas condições têm impacto sobre a manutenção dos veículos usados no transporte. Todavia, o grande gargalo ainda é a falta de opções mais rápidas e viáveis para o escoamento da produção. O programa federal de integração do CentroOeste ao restante do País por meio de ferrovias, infelizmente não avançou nos últimos anos. Isso mantém a demanda concentrada nos portos do Sul e Sudeste,

O governo investe recursos em infraestrutura e apoia decisivamente o agronegócio, além de estarmos atentos para a questão da logística em Goiás. Por isso criamos um Fundo de Transportes para recuperação da malha rodoviária estadual que contava com seis mil quilômetros de estradas destruídas. O setor agropecuário se beneficiou da arrojada política de incentivos fiscais que implantamos em Goiás por meio do Produzir, que estimulou a verticalização de nossa produção e atraiu empresas das mais variadas na área de produção de alimentos, com destaque para soja, leite e o processamento de carnes. Em 2011, o valor adicionado ao Produto Interno Bruto

“Temos atuado em diversas frentes para ampliar a participação do nosso agronegócio no mercado nacional e no estrangeiro”

comercial de todos os meses de fevereiro da história da balança comercial goiana. O superávit foi de US$ 173,5 milhões. De janeiro a fevereiro deste ano, foram exportados US$ 903 milhões, totalizando um índice 6,24% maior que no mesmo mês do ano passado. Os resultados positivos devem-se principalmente ao crescimento recorde da comercialização da soja e das ferroligas para o período.

(PIB) no que se refere ao setor agropecuário foi de R$ 12,05 bilhões, como resultado dessas políticas de fomento à produção e à industrialização. A taxa de crescimento do setor agropecuário na comparação de 2011 com 2010 foram de 14,1%. Entre os anos de 2002 e 2011, o setor agropecuário acumulou crescimento de 6,2% em Goiás, quase o dobro da média nacional, que foi de 3,5% no período. A balança comercial de Goiás registrou, no mês passado, o melhor fevereiro em resultados de toda a história, e o melhor saldo

! ! ( ! ! A Tecnoshow é a mais tradicional festa do calendário econômico agropecuário de Goiás e uma das mais importantes do Brasil. A feira projeta a pujança da economia de Goiás e as razões pelas quais hoje somos um dos Estados que mais crescem no Brasil. O evento também é fruto da capacitação da mão de obra, do desenvolvimento de pesquisas e do aprimoramento tecnológico. A Tecnoshow também atesta que Goiás é um ambiente seguro para os investimentos privados.

" *

" !

#

)(

!'

" "&

$


10

6 a 12 DE ABRIL DE 2014

ARTIGO RENATO PASSOS BRANDÃO

Manejo nutricional sustentável em culturas anuais O produtor rural terá de fazer uso das ferramentas à sua disposição para melhorar sua eficiência ' , ) - )'') $.$ - ",; )& - 9 ; &$ ) &. ,( ( ) )(- ' /- ')' (.)/' -9,$ #$-.<,$ ' $- &)(" & 0 ( ) - ' )( -$ , 87) - ?&.$' - +/ .,) 9 - ! - & 0 87) ()- *, 8)- - )'') $.$ - ",; )& - !), ' - '*, - "/$ - *), +/ - 0$ 0 ,./ &' (. - ). 8> - )- ",7)- () ' , ) $(. ,( $)( & -.7) $' )- *, 8)- #$-.<,$ ))- /-.)*,) /87) (., . (.) -.4 ) ),, ( ) /' /' (.) ", / & )(-. (. ()- /-.)*,) /87) () , -$& *,$( $* & ' (. 0$ ) )- ()--)- & 0 )- /-.)- $(. ,()", 0 )- * & *, 4,$ $(!, -.,/./, ( $)( & ) +/ , /2 , (. $&$ )- *,) /.), - ,/, $-. ')' (.) )- *,) /.), - , -$& $,)",7)-.7) - *, * , ( ) * , ' $- /' - !, 0 ,7) 9 ( --4,$) /' ' ( %) (/.,$ $)( & -/-. (.40 & * , ).$'$2 , )- $(0 -.$' (.)- , &$2 )- )' )- ),, .$ 0)- )( $ $)( ), -)&) ! ,.$&$2 (. ' $$(-/')- ",; )& -. (4,$) ) ' ( %) -/-. (.4 0 & /' & 0)/, (/ & 9 '/$.) )'*& 1) (0)&0 /' -9,$ . * (., - +/ $- -.4 - )&# - /&.$0 , ) -* 8 ' (.) ' $+/ ) * , /' . ,'$( , "$7) ' ( %) $(. ", ) *, " ) (8 *& (. - ($(# - ) ' ( %) (/.,$ $)( & !;-$ ) ) -)&) ' . ,'$( - -$./ 8> - 9 ( -4,$) ) )(.,)& ) , - $' (.) 0 " . .$0) - *& (. (. - ) - / !&), - $' (.) ' - ' $), - )(.,$ /$8> - ) ",$ /&.), , -$ & $,) ) ' $) ' $ (. '/( $ & !)$ $'*& (. 87) 1. (- - 4, *& (.$) $, .) ( - , "$> - *,) /.), ",7)- , /2$( ) )(-$ , 0 &' (. - * , -)&) 4"/ ,' 2 ( ( ) ", ( - +/ (.$ , )() ),"6($ ) ()- -)&)- ./ &' (. ) - ,0 . ' 9' $(. (-$!$ 87) *,4.$ - )(- ,0 $)($-. ( - /&./, - * , ( /&./, ( ) ),. ' ($2 ) -.4 *,)*), $)( ( ) ' $), ?'/&) * &# ( -/* ,!; $ ) -)&) /' (. ( ) ) . ), ' .9,$ ),"6($ .$0$ '$ ,) $ ( )(.,$ /$( ) )' , /87) ) ! $.) -./!

) *)(.) 0$-. (/.,$ $)( & ) ",$ /&.), 0 ) . , ' -/ *,)*,$ )- - "/$(. - * --)- 0 &$ 87) ) -. ) (/.,$ $)( & - /&./, - (/ $- , )' ( 87) )- (/.,$ (. - 3 *, $-) $( ')($.), , (/.,$ $) ( &' (. - & 0)/, - /.$&$2 ( ) - ! ,, ' (. - ' ( $) ( - ( $"/,

' , & 87) 5 (4&$-)&) $($ $ &' (. ) *,) / .), ,/, & 0 , &$2 , /' @, $)", !$ A )- -)&)- ). &#> - /&.$0 )- )' /&./, - (/ $- ')-., ( ) ) ( ' -/* ,!$ $ & ' ( -/ -/* ,!$ $ & ' *)--;0 & ')-., , . ' 9' ) -)&) ( *,)!/( $ ' ) *,) /.), ,/, & .$0 , $(. , -- ' )(# , )' ' $- *,)!/( $ ! ,.$&$ ' -/* ,!$ $ & , &$2 , ')-., " ' ( ' ' ')-., " ' ) -)&) ( - ' - -/* ,!$ $ $- . ' *), ) % .$0) 0 &$ , ! ,.$&$ 1*&), ) * & ' $), * ,. ) -$-. ' , $ /& , - /&./, - (/ $')-., " ' , &$2 ( ' - -/ -/* ,!$ $ $- )- -)&)- . ' ) % .$0) 0 ,$!$ , - #4 $'* $' (.)- +/;'$ )- +/ *)-- ' *, %/ $ , ) *,)!/( ' (.) ) -$-. ' , $ /& , - /&./, (/ $- *), 1 '*&) $1)- . ), 4& $) &.)- . )

, -

&/';($) .,) 40 & $( (4&$- !)&$ , 9 /' ! ,, ' (. $'*, - $( ;0 & ' -$-. ' *,) /87) )' ' ( %) (/.,$ $)( & -/-. (.40 & 0$- ( ) &. - *,) /.$0$ - ' /&./, (/ $' ( $, " , & ) . ), )- (/.,$ (. - ( !)&# - . ' ),, & 87) )' ) . ), ) ' -') (/.,$ (. () -)&) (., . (.) *) ' ) ),, , &"/' - $-.),8> +/ -7) /- *), /' -9,$ ! .), (., )+/ $- , 8> - (., )- (/.,$ (. - () -)&) * ) -)&) $(. ,! ,$( ) ( -),87) )- (/.,$ (. ' - )' * . - 0 ,$ 8> - () . ), /'$ () . ), ,"$& ) -)&) , )' ( 87) (/.,$ (. - * , - !, ) *,) /.), ,/, & 0 /.$&$2 , (4&$!)&$ , , &$2 ( - !, (. ,$), )-. ,$),' (. ) *,) /.), ,/, & 0 , &$2 , ) $ "(<-.$ ) (/.,$ $)( & /&./, - /.$&$2 ( ) (4&$- !)&$ , -- - $(!),' 8> * ,'$. ' *. 8> - ( - / 8> -)&) !)&$ , *,9 -. & $ - (. - ) *& (.$) - /&./, - (/ $*,)*), $)( ( ) /' (/.,$87) ' $- +/$&$ , - /& ./, - , /87) ()- /-.)- *,) /87) , (. $&$ - /&./, - (/ $- * ( *,) /.$0$ ) ' , ) - )'') $.$ - ",; )& (., - +/ $- - /&./, - (/ $- ) *,) /.), ,/, & (7) )(- "/ $(. ,! ,$, () *, 8) ) - / *,) /.) )- $(-/ ')- ",; )& - ),. (.) ) ",$ /&.), . ' +/ +/ , )- - /- /-.)*,) /87) )' -/ , $. *,) / .$0$ )(='$ - /&./, - (/ $- * ( ) !), ( $' (.) )- +/ - )- (/.,$ (. - -/ .6( $ - #?'$ - )(!),' )' (. ) (. ,$),' (. ) *,) /.), ,/, & . ,4 +/ ! 2 , /-) - ! ,, ' (. - 5 -/ $-*)-$87) * , ' &#), , !$ $:( $ ",)(='$ )- $(-/')- !),( ), (/.,$ (. - 5- *& (. (/ $- (4&$- -)&) (4&$- - !)&$ , - &9' $--) /.$&$2 , . ' 9' )- #$-.<,$ )& " ' " -- " ' / 8> -)&) !)&$ , - () ' ( %) (/.,$ $)( & -/. (.40 & - /&./, - (/ $-


11

6 a 12 DE ABRIL DE 2014

Preservação gera valorização do produto Engenheiro agrônomo destaca maior consciência dos os produtores rurais nesta prática

A

recuperação das Áreas de Preservação Permanente (APPs), Reserva Legal e Saneamento Básico Rural são os principais temas discutidos na palestra de encerramento das atividades no auditório 2 desta edição da Tecnoshow Comigo. O palestrante é o produtor rural e engenheiro agrônomo Flávio Roberto Marchesin, que fará importantes considerações quanto à adequação e educação rural, a partir das 16h. A palestra vai abordar aspectos como o reuso da água e a separação e destinação correta dos resíduos gerados na propriedade. Questionado se o produtor está consciente a respeito dos mecanismos de saneamento básico rural, Marchesin acredita que a classe conhece as formas de buscar tal saneamento. "Porém, vejo que não sabem bem os benefícios que isso pode trazer a eles e até para a comunidade", ressalta. O palestrante relata que na maioria das propriedades é feito o enterro ou queima dos resíduos. "Isso, infeliz-

mente, pode poluir os mananciais e também o ar", completa o palestrante. Marchesin explica que as medidas corretas seriam separar os materiais, reutilizar o que for possível e destinar à reciclagem aquilo que não tem uso para o produtor. "No caso das embalagens de agrotóxicos, existe legislação para o destino apropriado destas", reforça. A adequação ambiental visa diagnosticar regularidades e irregularidades ambientais dentro de uma propriedade rural. É preciso que o produtor entenda que essa adequação traz vários benefícios. "Além do mais, atualmente existem muitas informações na mídia e empresas sobre pesquisas voltadas para ajudar o dono da fazenda neste sentido", orienta. Hoje em dia, o agropecuarista tem à disposição diversas técnicas direcionadas a preservar o meio ambiente na propriedade. "Algumas delas são simples e de baixo custo. Há vários recursos capazes de orientar o produtor, como o sanea-

($ #" !"( ! " " ) ! $ +* # " (! $

! #"

mento básico rural desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)", ressalta. Em um contexto geral, Marchesin observa que a população hoje está mais atenta às questões ambientais. "Se o proprietário preserva o meio ambiente, ele pode ter seu produto mais valorizado", acredita. Sem os cuidados devidos de sanea-

mento rural, especialistas apontam que há riscos de doenças por causa do contato da pessoa com o esgoto mal tratado, informando também que se a fossa não for utilizada da forma correta, ela pode contaminar o lençol freático. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2011, por exemplo, apontam que mais de 23 milhões de pessoas vivem na zona rural sem coleta ou tratamento de esgoto no Brasil. O dado provocou discussões em relação a alternativas para que o saneamento básico rural possa ser mais acessível a um número maior de pessoas. Os debates resultaram em algumas recomendações a serem encaminhadas para instituições e políticos. As sugestões, portanto, solicitam a busca de parcerias para desenvolvimento, implementação e alcance das tecnologias; o reconhecimento da importância da zona rural para o suprimento de água, mananciais, biodiversidade, efeito tampão, suprimento de alimentos, dentre outros aspectos.


12

6 a 12 DE ABRIL DE 2014

Bioativação regra custos e amplia produção Ativação biológica prioriza os microorganismos, diminuindo a necessidade de insumos

P

roduzir de forma limpa, sustentável, saudável, com menos defensivos e sem o uso de agrotóxicos já é possível graças à tecnologia de bioativação – ativação da vida, que é um processo de revitalização no qual se busca condições para que a vida existente – micro, meso e macro fauna – trabalhem em harmonia com as plantas e outras espécies. “Com essa ferramenta viabilizamos uma agricultura mais limpa, com menos aporte de agrotóxicos e defensivos. Promovemos a natureza ao acelerar o metabolismo da planta e ativar a vida no solo”, explica Carlos Ernesto Machado, que é

gerente comercial de vendas de uma tecnologia em bioativação desenvolvida na Suíça. A ativação biológica diminui os custos de produção ao priorizar o trabalho dos microorganismos. Há uma explosão na população de fungos, bactérias e na biota do solo – que é o conjunto de seres vivos de um ecossistema. Essa biota, em altas populações, tende a se reequilibrar, retornando ao estágio original e, a partir deste momento, passa a provocar situações positivas para a planta e para o solo, como a liberação de nutrientes. A bioativação tenta resgatar o que existe em uma floresta ou em um ambiente já estabilizado, onde não há dependência de

produtos químicos, mas sim uma interação positiva em que os microorganismos levam o alimento necessário à planta. Além de diminuir os custos de produção, já que não necessita do uso de insumos, por exemplo, a bioativação aumenta a produtividade da plantação, conforme explica o pesquisador Ademir Calegari, do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). De acordo com ele, a técnica consiste em utilizar a própria natureza para aumentar a produtividade da cultura. “Em cada propriedade é realizado um processo diferente. São necessárias avaliações do solo para verificar quais espécies de plantas devem ser usadas e, assim, encontrar uma mistura ideal”, orienta Calegari.

Produzir mais, com menos insumos, é um desafio para o produtor agrícola, conforme acredita o pesquisador. “Quando ele perceber que isso acontece de forma sustentável, sem esgotar os nutrientes liberados no sistema, não vai ter nenhum país que conseguirá competir com o Brasil”, afirma. Diante das possibilidades apresentadas pela bioativação, o destaque está nos processos e não mais nos produtos a serem usados no solo. Neste cenário, os recursos naturais têm atenção especial. Os microorganismos e a água, por exemplo, serão os responsáveis em permitir o crescimento das raízes, resultando em plantas bem nutridas e mais resistentes ao ataque de pragas.


6 A 12 DE ABRIL DE 2014

13


14

6 a 12 DE ABRIL DE 2014

Circuito Ambiental foca o saneamento básico rural Visitantes da Tecnoshow podem conhecer de perto as técnicas de tratamento da água. Mecanismo será implantado posteriormente nas propriedades rurais da Comigo, cooperativa organizadora da feira

E

ste ano, os visitantes da Tecnoshow Comigo podem obter mais informações sobre saneamento básico rural, já que foi este o tema escolhido para a 8ª edição do Circuito Ambiental. O engenheiro agrônomo e coordenador do projeto, Eduardo Hara, destaca a relevância do assunto ao dizer que muitos ainda não dão importância para a questão do saneamento. Conforme relata Hara, o não tratamento de água e esgoto é ruim para o meio rural e para a saúde do homem do campo. “No Circuito Ambiental temos uma proposta para que o dono da propriedade possa tratar essa água com qualidade. Mostramos ao público presente a maneira adequada de dar encaminhamento aos resíduos, tanto de chuveiro, pia da cozinha e vaso sanitário”, explica. Como exemplo de técnicas de saneamento rural, o coordenador do Circuito Ambiental explica que uma medida muito simples demonstrada durante a feira é o uso de clorador. Segundo diz, esse material é um sistema de canos pequenos em que o dono da fazenda pode tratar uma caixa de 500 até 1000 litros de água por dia com o uso de cloro. “Dessa forma, ele tem água tratada, clorada e livre de verminoses, patógenos, dentre outros perigos”, completa. Hara comenta que no caso da água proveniente do vaso sanitário, os resíduos passam pelo biodigestor, cuja estrutura é formada por três caixas d'água, em que todo o esgoto é tratado. “Depois, a água pode ser utilizada para irrigação, por exemplo”, comenta o engenheiro agrô-

nomo. Outro tratamento é dado à água proveniente de pias e chuveiros, conforme explica Hara. “Esse resíduo encontra um sistema chamado de jardim filtrante”, completa. Segundo ele, os visitantes da Tecnoshow podem ver de perto como funciona essa técnica. “É como se fosse um jardim impermeável, em que o resto de água com gordura e detergente é filtrado pelas plantas, sai límpido e pode voltar à natureza", esclarece. Num percurso de 300m , o Circuito Ambiental apresenta dois cenários distintos. Em um ambiente, Hara destaca que o visitante pode ver exemplos de uma fazenda sem o tratamento da água. "Ou seja, aquele lugar em que a pessoa retira água da cisterna, sem tratamento, e a propriedade possui fossas negras que acumulam dejetos, que infiltram para o lençol freático. Essa situação é encontrada corriqueiramente no meio rural", afirma. Em outro espaço, ele conta que os visitantes podem ver exemplos de captação de água clorada e tratamento de esgoto. “Enfim, são diferenças bem definidas a fim de que as pessoas tenham este contraste”, diz. Para completar, ele avisa que o Circuito Ambiental também disponibiliza várias explicações a respeito de fossa negra, séptica ou biodigestora. "Por fim, o espaço do Circuito contém dados importantes sobre saneamento básico no Brasil e as doenças que a falta desse saneamento traz à população, dentre outras questões", destaca. Uma vantagem, segundo o engenheiro agrônomo, é o fato de o proprietário não depender do governo para

"

"

implantar saneamento básico no meio rural. “O próprio dono da terra pode fazer a fossa biodigestora e o jardim filtrante. Já nas cidades, não é permitido o cidadão abrir esgoto, por exemplo", compara o engenheiro agrônomo. Segundo Hara, a ideia e implantar tais mecanismos de saneamento básico rural na própria área do Centro Tecnológico Comigo (CTC). "Vamos colocar uma fossa biodigestora para tratar esse esgoto dentro do CTC, além de montar o jardim filtrante. “Inclusive, a meta é que esse mecanismo seja colocado nas

próprias fazendas da Comigo", antecipa Hara. A estimativa da Comigo é que mais de 15 mil pessoas visitem os cenários e exemplos de tecnologias de saneamento básico rural demonstrados no Circuito Ambiental. "É possível promover mudanças e adequações no campo. Temos que buscar o tratamento dessa água, porque existe a questão de doenças como febre amarela e diarréia. Essa preocupação é importante também para se ater aos cuidados com o meio ambiente e com os recursos naturais”, finaliza.


15

6 a 12 DE ABRIL DE 2014

Recuperação de pastagens é fundamental Pecuária depende da recuperação para evitar perdas de vigor e de produtividade das pastagens

O

Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC), do Ministério da Agricultura (Mapa), tem por finalidade organizar e planejar as ações para a adoção de tecnologias de produção sustentável no Brasil. Elas são selecionadas com o objetivo de responder aos compromissos assumidos pelo país em relação à redução da emissão dos gases do efeito estufa no setor agropecuário. Sua abrangência é nacional e o período de vigência teve início em 2010, se estendendo até 2020, sendo previstas revisões e atualizações em períodos regulares - não superiores há dois anos - para readequálo às demandas da sociedade, às novas tecnologias, com possibilidade de incorporar ações e metas. Composto por sete programas, o primeiro leva o nome de “Recuperação de Pastagens Degradadas”, sendo um dos principais pilares do Plano, tendo como objetivo recuperar 15 milhões de hectares e reduzir entre 83 milhões e 104 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) no ambiente. A recuperação de pastagens é a grande responsável pela mitigação deste carbono, correspondendo a cerca de 60% da redução total prevista pelo Plano ABC. Com aproximadamente 180 milhões de hectares de pastagens no Brasil, mais da metade está em algum estágio de degradação,

além das áreas que já se encontram em estágio avançado. Tal degradação é o processo evolutivo de perda de vigor, produtividade e capacidade de recuperação natural das pastagens, comprometendo os níveis de produção e qualidade exigidos pelos animais. Nos casos mais críticos de degradação, o que se verifica é a perda de cobertura vegetal e a redução no teor de matéria orgânica do solo, o que leva ao aumento da emissão de CO2. Porém, com a adoção do processo de recuperação, as fazendas que tinham pastagens degradadas e que, consequentemente, geravam baixa produção, passam a alcançar uma melhoria na produtividade, além de diversificar a atividade e os produtos. Para isso, é necessária a adoção de tecnologias e boas práticas agropecuárias que precisam ser planejadas no fim do último período chuvoso, que antecede o início da reforma das pastagens. Primei-

ramente, o produtor deve fazer um diagnóstico da fazenda para identificar a real situação de degradação e as áreas mais críticas. O planejamento passa pelas etapas de análise de solo e posterior cálculo da necessidade de insumos a serem utilizados no processo de recuperação, a depender da estratégia que será adotada pelo produtor. Em áreas agricultáveis, que já houve algum processo de correção, é possível realizar a recuperação com o plantio de soja, milho, sorgo e até milheto. A recuperação atende ao pequeno, médio e grande produtor. Porém, a escolha e implantação de diferentes sistemas devem ser feitas cuidadosamente, analisando as condições da região e do produtor. Os processos de recuperação melhoram o rendimento total da terra e vão além, ajudando na conservação do solo e água, já que várias ações benéficas são necessárias para o manejo do sistema,

como adubação, sombreamento, manutenção de matéria orgânica e biodiversidade no solo. Tudo isso sem a necessidade de abertura de novas áreas para produção. Dentre as muitas vantagens da recuperação de pastagens degradadas estão a redução de custos e de riscos de pragas; melhor uso da terra; aumento da eficiência no uso da mão de obra e dos recursos de produção e de energia; além da redução na emissões dos gases do efeito estufa. Alguns desafios ainda precisam ser vencidos no Brasil para uma melhor evolução dos processos de recuperação de pastagens, com o treinamento de técnicos e produtores, além da adoção de novas práticas. Em áreas ainda não muito degradadas, os custos para a realização das melhorias no solo são praticamente insignificantes, necessitando apenas de algumas reposições de nutrientes. Porém, em casos mais críticos de degradação, é possível até mesmo que o processo de recuperação não atinja o potencial anterior do solo. Assim, o que se busca com a recuperação é o uso mais eficiente de todos os recursos produtivos, visando a redução nos gastos com insumo e energia, consequentemente melhorando a sustentabilidade de todo o sistema de produção. Diante da importância do tema no cenário atual brasileiro e a crescente necessidade de recuperação de áreas em todo o país, durante a Tecnoshow, o tema será discutido pelo palestrante Valdo Rodrigues Herling, na sexta-feira (11), a partir das 11h, no auditório 2.


16

6 A 12 DE ABRIL DE 2014


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.