2015 02 08 sudoeste

Page 1

Marconi e Paulo Garcia: relação mais próxima ! $ $ #&$ $ # .%# ' # # # # !# % , & # $%# & %# 3% $ % # !# !# ( .$%# % ' $ # % ! $$ ! # & $% # $ # # ! # # $ %# # $ "

# "

!#

'& .$ 2 %# &

$ !# $ $ $& $ $&! $% % & $ $ $ # $- # ' $2# # / ' #1% $

Diversão aliada ao conhecimento $

#

. $ $ !3 $ # !& # $$ $% # + ! . % %# 4 % 5 $! %* & $ # $ #% # # $% ' #$ # # $ # "

!

! '*

'& ! # % )

! !& .- + $ %& .- !# & & &) 3 # # &) "& ! % $ $&! # %

*# ! % $ .-

+

% # $

$ &# . # $ % $%#&%&# "& $ % $ $

$ !3 ( 0 - $ # $& & 1! $

$ $ $%

$%

! % $!

& %# $ 4 # %#*# $$ ! 1$5 #

# $ "& %#

% $

$ "

Seminário de Comercialização e Mercado Agrícola $

"

!

#

( !

$ !

+

'& "

" '& !

% "

! $ !

$

! %


02/#- 2+$5/# &0 5&0'34' 5# @ #2&+. .;2+%# +0 !'2&' 0+83

+2'402 12'3+&'/4' '$#34+90 #2$03# &# +-6# +2'402 &.+/+342#4+60 534#60 #2$03# '2'/4' 0.'2%+#- ' &' 20,'403 /0'- ?/+02 &+402# )'2#- +/4'2+/# #$2+'-# 5+.#29'3 &+402 &' 24' 5#2'7 -'/%#2 ' 20,'40 28(+%0

+2%5-#:90 +0 !'2&' 1#2'%+&# &0 +0 0%' %2'?/# #%*0'+2# -4# #4#< +/'+203 0/4'6+&+5 5+2+/=10-+3 90 +.90 #/4# '-'/# &' 0+83 #2#/#+)5#2# #/40 /4>/+0 &# #22# ' -#/#-40 !'2&'

0.'2%+#/0'- ?/+02 '/0'-,5/+02 42+$5/#&035&0'34' %0. $2 534#60 "'$'2 )534#60 42+$5/#&035&0'34' %0. $2

!

!

!

"

33 postos de combustíveis foram acionados pela prática abusiva.

C

Foi recomendada à Câmara Municipal de Rio Verde a alteração do edital de concurso público para o cargo de procurador jurídico. O concurso está sendo realizado pela Empresa Brasileira de Concursos Ltda (Ebracon), contratada pela Casa de Leis. A necessidade da alteração se dá pelo fato de a Ebracon estar envolvida em fraude em um concurso público de 2012, promovido pela prefeitura da cidade de Caldas Novas.

onforme informações extraoficiais, Elias Terra pediu exoneração do cargo de secretário de Governo e Articulações Políticas devido a desentendimentos com uma servidora municipal. Ele ainda não se posicionou sobre o assunto, mas adiantou apenas que irá dar mais esclarecimentos no dia 23 de fevereiro, com o retorno dos trabalhos na Câmara Municipal, quando voltará a assumir uma cadeira na Casa, antes ocupada pelo suplente Antônio Paes Toledo. Até o fechamento desta edição não se tinha conhecimento de quem passaria a assumir a cadeira deixada no Executivo por Elias Terra.

Alguns moradores de Rio Verde têm cobrado a aplicação do chamado “fumacê”, visando evitar a dengue. Apesar do medo da população, o Núcleo de Vigilância Epidemiológica de Rio Verde repassou números positivos quanto ao balanço dos registros de dengue na cidade no ano passado. Houve uma redução de até 90% nos casos se comparado a 2013. O pedido é para que os rio-verdenses colaborem, retirando os lixos e demais tipos de criadouros do mosquito da dengue. Uma das maiores dificuldades dos agentes é conseguir fazer o combate em casas que estão sem moradores, a exemplo das residências para aluguel. Neste ano, 70 casos da doença já foram registrados em Rio Verde.

Mais oito postos de combustíveis de Rio Verde devem deixar de praticar preços abusivos em relação ao etanol. Agora, os pro-

prietários estão proibidos de aumentar os preços do produto sem justa causa. De acordo com lista divulgada, as novas proibições valem para os seguintes estabelecimentos: Auto Posto Rio Verde; Abobrão; Campestre; Auto Posto Visão; Barrinha; Araguaia; Promissão e Florestal. Na cidade,

A prefeita de Montividiu, Suely Gonçalves Cruvinel, terá de retirar a pintura nas cores azul e amarelo de todos os órgãos públicos e imóveis destinados ao uso do Executivo. E mais... os recursos deverão ser próprios da prefeita, conforme liminar do Ministério Público, já que as cores foram consideradas alusivas ao partido de Suely (PTC). A medida precisa ser aplicada no prazo de 15 dias, sob pena de multa diária pessoal no valor de R$ 2 mil. Com a mudança, todos os prédios devem receber as cores do município, que são: azul, branco, verde e amarelo (em igual proporção).

Caos nos presídios

A

superlotação dos presídios de todo o país é uma realidade, que parece passar por despercebido aos olhos dos governantes. Em Goiás, a situação não é diferente. No município de Rio Verde, presos de menor periculosidade foram liberados justamente para diminuir a superlotação dos presídios. Com isso, a comunidade fica à mercê da ação dos criminosos, que voltam a praticar roubos e furtos na cidade. Se não bastasse isso, agora os bandidos aprenderam a tirar fotos de dentro dos presídios e divulgarem as festinhas por meio das redes sociais. Tal atitude fez com que autoridades ligadas à segurança realizassem uma revista na Casa de Prisão Provisória de Rio Verde. Detalhes desta revista foram repassados pelo juiz Felipe Morais Barbosa, em entrevista concedida ao Tribuna do Sudoeste. Para ele, o número reduzido de agentes, assim como a falta de estrutura e equipamentos adequados, a ausência de um treinamento especializado e a superlotação de quase todas as cadeias públicas do estado impedem um trabalho de excelência nos estabelecimentos penais. Falando um pouco de cultura e entretenimento, mais de cinco mil crianças e jovens de Rio Verde assistiram ao espetáculo teatral "Menina Bonita". A história encantadora de um coelho branco, que gostaria de ser preto, trata de forma divertida a questão da diversidade racial no Brasil. O segredo da menina de pele pretinha é entendido pelo coelho, que deixa uma grande mensagem de cidadania ao público do espetáculo. A peça foi apresentada de forma gratuita c em Rio Verde e nos distritos, durante três meses. Também nesta edição, confira quais são os novos itens de segurança que passarão a ser exigidos nos veículos a partir de 2018. Ainda, os condutores continuam preocupados com a falta de extintores no mercado. A multa volta a ser aplicada em abril. Quem precisa do equipamento modelo ABC faz uma verdadeira peregrinação nas lojas de Rio Verde. Por enquanto, sem voltar pra casa com o produto. Boa leitura

Gestores dos estados de Goiás e Tocantins se reuniram em Aparecida de Goiânia no último dia 6. A Reunião Regional Preparatória é a oportunidade de prefeitos e prefeitas entenderem como será a metodologia do III Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável, evento realizado pela FNP, cujo objetivo é discutir os desafios diários dos municípios brasileiros, com intuito de propor soluções e contribuir com o aperfeiçoamento das gestões municipais. Ao todo, 25 reuniões regionais preparatórias serão realizadas em todo o Brasil até abril, data da realização do Encontro.

Segundo nota enviada pela assessoria do deputado estadual Lissauer Vieira (PSD), o produtor deverá assumir a presidência da Frente Parlamentar do Agronegócio, assim como a vice-presidência da Comissão Permanente da Agricultura, Pecuária e Cooperativismo.

Até 2019 a cidade de Rio Verde estará 100% contemplada com o saneamento, conforme promessa e contrato com a Odebrecht Ambiental. Além disso, conforme relatório de previsão de extensão de rede de esgoto e ligações de água apresentado pela empresa, neste ano, 14 bairros serão contemplados. Serão mais de 5.900 ligações de água e 7.300 de esgoto.

A coordenadora de Projetos Educacionais da Secretaria Municipal de Educação, Diones Lopes, assumiu o cargo de secretária. A função era ocupada por Jammes Miller Bessa. Um dos principais desafios da nova gestora será resolver os problemas quanto à falta de vagas nas creches de Rio Verde. Diones atua há mais de 20 anos na área da educação.

Inquietação Global Benedicto Ismael

O

s acontecimentos atuais estão em rota de aceleração, embora haja muita indolência entre os seres humanos. Isso gera o aumento da impaciência, principalmente. Em grande parte o bom senso e a clareza no pensar estão fazendo falta. As pessoas vão se deixando levar, sem refletir e sem perceber como estão tornando a vida vazia e sem sentido em seu ciclo rotineiro entre nascimento, crescimento e morte. E esse problema está cada vez pior. Elas querem aproveitar o momento, pois o tempo voa. Tudo acontece de forma mais rápida, mas o que já era devagar nas instituições ameaça emperrar de vez. Ainda não saímos da crise iniciada no ano de 2008. Endividamento púen- blico e desemprego complicam a recuperação da economia. Está faltando no mundo um acordo geral de produção e comércio. Para que haja paz e progresso é preciso que se estabeleça equilíbrio entre as nações na produção e no comércio de bens, fora disso é guerra econômica. Não se pode falar em livre mercado quando há manipulação nos

preços das commodities, assim como não há igualdade de competição quando o custo da mão de obra, benefícios, restrições ambientais, câmbio, são determinados pela mão forte do Estado. Esse equilíbrio não será restabelecido de forma permanente apenas com estímulos monetários. As pessoas querem resultado imediato. Tudo vai caindo numa rotina mecânica, sem vida, que leva ao desinteresse provocando a perda de sentido e significado. Surge a acomodação. Faltam por exemplo propósitos de vida. Falta vigilância. Falta o esforço diário por 24 horas, para impedir que os pensamentos se dispersem em ninharias. O abuso do poder econômico, militar e político, com ameaças e atemorizações, gera insatisfação, medo e ódio. Tudo vai represando e de repente poderá explodir. Aumenta a impaciência e atos violentos. O mundo ruma para o caos com a perda da paciência. Falta-nos a consideração humana. Estamos mais do que nunca vivendo no estilo salve-se quem puder! Estamos diante do apagão mental decorrente de múltiplas causas: desestruturação familiar; falta de

boas creches; deficiente aprendizado da leitura e hábito de ler; ignorância e despreparo para a vida; distanciamento cada vez maior da natureza, suas belezas, sua lógica; uso excessivo de games; novelas e filmes que oferecem modelos de baixo nível; desprestígio da classe política que não se preocupa com a melhora geral das condições, pensando só em seus interesses. Precisamos de estadistas que não pensem apenas no dinheiro e seus detentores, mas que se ocupem seriamente em fazer do planeta uma pátria humana que possibilite o crescimento pessoal com qualidade de vida, autonomia, paz e segurança. Muitas pessoas, infelizmente, ainda hoje não se esforçam em perceber o significado maior da vida e seus alvos mais elevados. Tornam-se agressivas e mal humoradas. Não se relacionam umas com as outras, com o coração em primeiro lugar. Não promovem a harmonização aparando as arestas dos relacionamentos. Há muita inquietação, além de tudo. Metade da população do planeta vive em precárias condições. Estamos à beira do colapso nos recursos naturais, na redução da produção de alimen-

tos, na escassez da água, no desemprego estrutural e no caos social. Estamos diante da mais contundente alteração do clima com aquecimento global, degelo, secas e inundações.Em diversas épocas, cada povo recebeu um mensageiro trazendolhe a explicação da vida. Jesus trouxe a visão mais ampla, mas todas as apresentações apontam para a mesma essência: o Deus Único e suas leis cósmicas. No entanto, os seguidores, por falta de compreensão ou interesses particulares, se afastaram da naturalidade e da clareza, gerando inconformismos. Com investidas pueris e debochadas, nada se resolve. Urge buscar a Luz da Verdade, para escapar das consequências dos erros humanos e de sua obscuridade. Para uma transformação necessitamos do desenvolvimento e fortalecimento dos valores universais outrora transmitidos para a humanidade. Atualmente esses valores estão acessíveis através dos ensinamentos contidos na Mensagem do Graal, que apresenta de forma clara e natural o reconhecimento das leis espirituais da Criação.


* &(

( )

J

uiz, promotor, dois delegados, polícias Civil e Militar, juntamente com agentes prisionais realizaram em dezembro último uma revista na Casa de Prisão Provisória (CPP) de Rio Verde. Segundo o juiz de Direito em auxílio na 1ª Vara Criminal e Execução Penal da Comarca de Rio Verde, Felipe Morais Barbosa, a operação realizada na unidade prisional foi consequência direta da divulgação de fotos de presos consumindo bebidas alcoólicas e supostamente fumando maconha dentro de uma das celas. Barbosa lembra que a responsabilidade pela segurança dos detentos e controle da entrada de objetos ilícitos é de atribuição da Secretaria de Administração Penitenciária e Justiça (Sapejus). “O órgão possui equipes especializadas para realizar operações de revista nos estabelecimentos penais. Havendo a suspeita de que existem objetos ilícitos no interior das cadeias e presídios, a responsabilidade ordinária é do diretor da referida Secretaria, que conta com o apoio dos servidores a ele subordinados e equipes especializadas em níveis regional e estadual”, diz. Contudo, o número reduzido de agentes prisionais, a falta de estrutura e equipamentos adequados, a ausência de um treinamento especializado e a superlotação de quase todas as cadeias públicas do estado impedem um trabalho de excelência nos estabelecimentos penais, segundo o juiz. Para ele, isso acarreta no ingresso de substâncias entorpecentes ilícitas, aparelhos celulares e, por vezes, armas brancas e de fogo. “Tal realidade não se resume apenas a Rio Verde. Ao contrário, assola os municípios dos quatro cantos do país, com raras exceções.” Conforme diz, detentos se deslocaram de uma ala da unidade até outra para ingerir bebidas alcoólicas e, aparentemente, utilizar substâncias entorpecentes ilícitas. “Mas existe divisão física [grades] que impede o deslocamento de uma ala a outra e as garrafas de uísque não são objetos que podem passar despercebidos pelos agentes prisionais”, observa. Além do mais, o magistrado diz que a forma escancarada como o encontro entre detentos foi realizado, sem qualquer receio de serem observados pelos agentes plantonistas, demonstrou total negligência, conivência ou até mesmo facilitação da situação retratada na foto. Barbosa faz questão de ressaltar que situações extraordinárias requerem medidas extraordinárias. Segundo ele, a revista nas celas, que regularmente não recaí sobre o juízo da Execução Penal e os demais órgãos que participaram da operação, fora executada por estes de forma excepcional, visando minimizar a ineficácia do governo estadual nesta situação. “Quando existem indícios de transgressão de normas de conduta por integrantes da própria agência prisional, os demais órgãos do estado, notadamente o Juízo da Execução Penal e o Ministério Público podem e devem agir”, explica. Nos trabalhos de revista,

realizados em dezembro, foram retirados os objetos ilegais que estavam no interior da ala A e B, a exemplo de celulares, chuchus (espécie de facas artesanais) e pequena quantidade de droga. Tendo em vista o total desrespeito às normas – como a presença de objetos ilícitos em quase todas as celas; a realização de festas irregulares; a presença de presos de uma ala em outra – o magistrado explica que determinou a retirada de diversos aparelhos eletrônicos que eram autorizados pelo diretor do estabelecimento prisional, como rádios, videogames e aparelhos de DVD. Segundo o magistrado, é importante ressaltar que grande parte dos objetos retirados das celas e divulgados por meio de fotos nas mídias era regular. “Não há norma que impede, por exemplo, o ingresso de aparelho DVD na cela. O bom-senso, inclusive, inclina-se pela permissão. Lá, em um espaço menor que três metros quadrados, encontram-se cerca de 20 detentos. A situação que beira ao absurdo deve ser compensada com a possibilidade do ingresso de regalias. Somente desta forma minimiza-se a lesão aos direitos da personalidade dos presos, tão esquecidos pelo Estado e sociedade”, diz. De acordo com o juiz, a determinação da retirada dos equipamentos de rádio, aparelhos de DVD e videogames não é advinda da irregularidade de seus ingressos nas celas, mas sim pelo comportamento inadequado dos detentos. “Neste ponto, ao contrário dos objetos ilícitos retirados e das condutas irregulares em apuração, não há que se falar em negligência do Estado.” Com relação aos detentos que aparecem na foto, bem como o possuidor do aparelho celular que tirou e repassou-a, o juiz conta que fora determinada a suspensão imediata das visitas. No âmbito judicial, para aqueles que já possuem condenação criminal, ele avisa que será oportunizada a defesa e analisada a ocorrência de falta grave. “O que pode acarretar na perda de benefícios, reinício da contagem de tempo para progressão de regime, perda de 1/3 dos dias remidos [dias trabalhados que diminuem o tempo de pena], assim como a inclusão no Regime Disciplinar Diferenciado, um regime de cumprimento de pena severo com maiores restrições.” Outra medida adotada pelo juiz é a determinação do fechamento da horta vinculada à CPP. Ele ressalta que esta medida é provisória até que a agência prisional apresente um plano efetivo de controle e de revista dos presos que trabalham na horta e elabore a prestação de contas dos gastos e lucros obtidos. “A decisão do fechamento está relacionada a diversas notícias de que a horta seria o local de maior introjeção de objetos ilícitos no estabelecimento prisional. Entendo que é inegável o caráter social e ressocializador da horta. A situação presente, contudo, demonstrou ser imperioso, por ora, o seu fechamento”, ressalta. O magistrado lembra que a CPP de Rio Verde possui

!"

#

! !

!

!"

aproximadamente 280 detentos e o contingente de agentes prisionais é deficitário para os fins de garantir a segurança das autoridades e realização de uma revista minuciosa. Segurança prisional Para o juiz, é preocupante a segurança dos estabelecimentos prisionais em Rio Verde – tanto em relação à tutela da sociedade [evitar possíveis fugas], quanto em relação aos funcionários que trabalham diretamente nas unidades [segurança dos agentes] e no que tange a tutela da integridade física dos próprios detentos. Sobre a CPP de Rio Verde, ele diz que a unidade possui estrutura ultrapassada e frágil para impedir a fuga de detentos. “No estabelecimento prisional, o material utilizado para a construção está longe de ser o ideal. A superlotação e o número reduzido de agentes penitenciários maximizam o problema.” Para exemplificar a situação ruim, ele conta que em determinados momentos a segurança de toda a cadeia – onde estão aproximadamente 280 presos – é realizada por apenas dois agentes plantonistas. Ele afirma ainda que a localização geográfica da CPP é bastante discutível. “Se por um lado, facilita o contato entre detento e o seu núcleo familiar, por outro, facilita as fugas, permite a fácil aproximação de terceiros para o repasse de drogas e outras substâncias ilícitas, ou auxílio em fugas. Existem casos em que a droga fora arremessada dos estabelecimentos vizinhos no teto gradeado das alas que os detentos con-

!"

!#

!

$( #

seguem ter acesso.” A ausência de uma estrutura adequada e de agentes prisionais em número satisfatório, somado ao problema da superpopulação carcerária, coloca em risco, inclusive, os próprios detentos, segundo explicou o juiz. “A superlotação impede uma divisão inteligente dos encarcerados, tendo como parâmetro os crimes supostamente cometidos por eles. Mostrase temerário colocar na mesma cela indivíduos que respondem por furto, homicídio, crimes sexuais e violência doméstica, por exemplo.” Infelizmente, o magistrado lembra que a ausência de espaço físico leva a relativização dos critérios racionais de separação dos detentos, um fato que coloca em risco iminente os detentos e, a médio e longo prazo, a própria sociedade. Conforme diz, o Poder Judiciário, quando provocado, pode obrigar o Estado a cumprir seu papel constitucional de tutela da sociedade e dos detentos, construindo ou reformando os estabelecimentos prisionais. Além do mais, outra forma de atuação do Judiciário nos estabelecimentos prisionais, segundo o juiz, está na gestão da conta única da execução penal. “Atualmente, grande parte do dinheiro oriundo de condenações penais que estabelecem prestações pecuniárias e acordos no âmbito dos juizados especiais criminais e varas criminais comuns é destinada a uma conta judicial a ser administrada pelo juiz da execução penal.” explica. Portanto, os valores arrecadados podem ser destinados às obras vinculadas à segurança dos estabelecimen-

! '

)

!

!

!#

" !

tos prisionais e aquisição de materiais para trabalho dos detentos, dentre outras inúmeras hipóteses. No entanto, o juiz avisa que a atuação do magistrado não ocorre de ofício, sendo necessário que os órgãos e pessoas relacionadas à execução penal, a exemplo do Conselho da Comunidade, apresentem os projetos de interesse social. Por fim, o juiz relata que a situação dos estabelecimentos prisionais em Rio Verde não atende às finalidades para as quais foram desenvolvidos. Para ele, é necessário implantar em caráter de urgência políticas públicas voltadas à organização do sistema de execução penal, visando promover melhor efetivação da Constituição Federal e da lei de Execução Penal. “A situação não é diversa dos demais municípios do Estado e em todo o país.” Para o magistrado, as imagens dos detentos inge-

!"

"

#

rindo bebidas alcoólicas e supostamente fazendo uso de substâncias entorpecentes ilícitas são revoltantes e deixam assente a precariedade e as mazelas do sistema prisional. Conforme opina, enquanto o Estado e a sociedade fecharem os olhos para a real situação dos detentos, deixando de observar direitos mínimos, não se pode esperar um comportamento exemplar. “Constitucionalmente, o Estado tem o direito a restringir a liberdade do indivíduo. Tal fato não autoriza que os demais direitos, como salubridade, integridade física e moral sejam inobservados. Enganam-se aqueles que acreditam que a situação dos detentos na CPP é por demais benéfica. Enganam-se também os que acreditam que a estadia naquele local se resume a usar drogas, utilizar celular e realizar festas. Não que tais práticas não ocorram. Infelizmente, ocorrem. Mas, ao menos em relação a mim, todas as medidas para impedir tais condutas vêm sendo tomadas”, avisa. O uísque observado na foto não faz da CPP um local aprazível, conforme relatou. Dentro da unidade, alguns detentos dormem no chão e outros ao lado do único vaso sanitário. “Sem contar que a ventilação e iluminação são precárias. Existe constante falta de abastecimento de água e energia elétrica. Portanto, pode-se afirmar, sem qualquer receio, que o estabelecimento está longe de ser um lugar ameno.” Para Barbosa, tão importante quanto sancionar as condutas transgressoras das normas administrativas e penais é tratar o detento com dignidade, como um sujeito possuidor de direitos que devem ser observados por todos.


"

104*5. &22."+

% !.,0%/ !-/! -- -% )%1!-. -%*0 % "*/* * ' * * ( -% * * (7 % * 0 !). !-/!

-- -%

104*5. &22."+

%

- .%!'! '15* (0 *0 ! ! )* % ! "!1!-!%-*

Gabriela Guimarães

M

ais de 5 mil crianças e jovens de escolas públicas, creches e projetos sociais de Rio Verde e distritos puderam conferir a apresentação da peça teatral Menina Bonita. O espetáculo é baseado na obra da escritora carioca Ana Maria Machado, que leva o nome de Menina Bonita do Laço de Fita. O núcleo de atores do Teatro Casa de Fábio levaram ao público a riqueza da diversidade racial brasileira, conduzindo uma história encantadora, que fala de um coelho branco que tinha o sonho de ser preto. Conforme explica a atriz Giselle Confidente, em Menina Bonita, o pequeno coelho conhece uma garotinha muito linda, de pele escura. Ele tenta de todas as formas pegar para si um pouco de toda aquela beleza. “E esse coelho e a menina bonita se envolvem em uma história cheia de tentativas. O coelho tenta descobrir qual o segredo para ter aquela pele tão pretinha”, diz. Para prender a atenção dos baixinhos, a atriz conta que a peça Menina Bonita usa a linguagem do teatro por meio de fantoches e músicas tocadas ao vivo. “A ideia é trabalhar a nossa diversidade de forma lúdica e divertida. Queremos passar ao público que, mesmo com

!(+-!.4-% ! )*1 %

todas as nossas diferenças, somos todos iguais. E isso é mesmo muito lindo”, acredita Giselle. Entre os meses de novembro do ano passado e janeiro, o espetáculo foi apresentado em mais de 50 locais de forma gratuita. “Percebemos sempre no final das apresentações que todo o público fica envolvido com a história. De adultos aos mais pequenos, a Menina Bonita passa uma mensagem muito importante, de enxergarmos a beleza do outro, independentemente de serem ou não diferentes de nós”, reforça a atriz. A pequena Jéssica Martins, de 7 anos, estuda em uma escola municipal de Rio Verde. Ela acompanhou a última apresentação da temporada do espetáculo e se disse encantado com a história da Menina Bonita. “Fiquei com pena do coelho. Ele queria muito ter uma cor di-

"

"

41*(.- *+,&2 & 1.%4:?&2

0 - * ! ./-*)*(%

./-* -! !)/!(!)/! )* (!* %* 1!- !).! ! *( * 0 - * % ./-* 0""!/ &4 /!( '%!)/!. "%7%.

104*5. &22."+

%

!

-%3! 0%( -5!. *(+'!/*0 ! "!1!-!%-*

.+!/4 0'* 0. " )/* $!. + -

ferente. Mas depois que ele descobriu o segredo da Menina Bonita ele ficou muito mais feliz”, diz a estudante. E esse segredo é revelado no final da peça. O coelho descobre que se ele se casasse com uma coelha preta, ele poderia ter lindos filhos daquela cor, tão admirada na Menina Bonita.

#

!

104*5. &22."+

-

%/*- *-!%- %*"%/ '! (0

(+*. - %*'*#%./ !./4 /!) !) * ) !% ! % ! "!1!-!%-*

104*5. &22."+

03 ) * %

*0' -/ / ( 7( 7 )%1!-. -% )/! ! "!1!-!%-*

/- %- /!)65* *.

%2%)$*.

“Ele encontrou uma linda namoradinha, na cor preta. E eles tiveram coelhinhos de todas as cores, inclusive uma pretinha”, conta o estudante Mateus Castro, de 8 anos.

$%./:-% " '

104*5. &22."+

*'!# ! %(+-!). %' '! !)%1!-. -% % ! "!1!-!%-*

! 0( *!'$* - ) * ,0! /%)$ * .*)$* .!- +-!/*


Gabriela Guimarães

N

o dia 2 de fevereiro, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou no Diário Oficial da União uma nova resolução. Ela determina que, a partir de 2018, todos os novos veículos lançados no mercado atendam aos mais recentes itens de segurança, sendo o sistema de fixação para cadeirinhas; apoio de cabeça individual e cinto de segurança de três pontos. A resolução nº 518 pontua ainda que a regra deverá valer também para todos os veículos em produção, a partir de 2020.

%)/* ! .!#0- )6

! /-8. +*)/*. .!-4 0( *. %/!). ! .!#0- )6 !2%#% *. !(

No Brasil, atualmente poucos modelos têm de série o apoio de cabeça e cinto de três pontos no assento do meio. Os itens de segurança

se fazem necessários para proteger o pescoço e também a coluna cervical. Pela resolução, os automóveis, camionetes e utilitários devem

ter o cinto de segurança de três pontos com retrator e apoio de cabeça em todas as posições de assentos. Antes da medida, tais itens de se-

gurança eram obrigatórios somente nas posições laterais dos veículos. Caminhões, caminhõestratores e motor-casa devem ter cinto de segurança de três pontos com retrator em todos os assentos, a não ser nos intermediários dianteiros em veículos cujo para-brisa esteja localizado fora da zona de contato com a cabeça do ocupante, ou nos assentos intermediários traseiros. Nestes casos, admite-se a utilização de cintos de segurança subabdominais com retrator. Em relação à segurança das crianças, por meio do sistema de fixação do dispositivo de retenção, torna obrigatório que os automóveis, camionetas e utilitários possuam ao menos uma ancoragem inferior e uma superior Isofix ou uma Latch em um dos assentos do banco traseiro. A Isofix é um modelo adotado na Eu-

ropa, enquanto que a outra segue os padrões dos Estados Unidos da América. Independentemente da escolha, as duas formas de ancoragem permitem maior segurança, ao deixarem o equipamento bastante preso ao veículo, aumentando a proteção em situações de impacto. Outra vantagem do sistema de fixação é diminuir os riscos de instalação incorreta e até mesmo de ineficiência da cadeirinha. Segundo a resolução, para os veículos esportivos de duas portas, admite-se a aplicação dessas fixações ao banco do passageiro dianteiro. Já nos veículos conversíveis, será exigida apenas a ancoragem inferior Isofix ou Latch nos assentos traseiros. Caso o veículo possua apenas uma fileira de bancos, fica dispensado o uso deste sistema de fixação.

Com multa valendo a partir de abril, ainda faltam extintores do tipo ABC Gabriela Guimarães

No início deste ano começou a valer a punição aos condutores de veículos que ainda não se adequaram ao extintor modelo ABC. Com o medo da multa, muitos brasileiros buscaram o produto nas lojas, que ficaram sem estoques suficientes para atender a demanda. Diante da falta de extintores no Brasil, o Ministério das Cidades permitiu que a multa para a falta do equipamento nos veículos fosse adia-

da para 1º de abril. Falta pouco mais de dois meses para as fiscalizações voltarem a acontecer em todo o país. Mas, até agora, os extintores não chegaram em grandes quantidades nas empresas revendedoras. Para tentar tranquilizar os condutores, a Associação Brasileira das Indústrias de Equipamentos contra Incêndios e Cilindros de Alta Pressão divulgou um comunicado em que explica que a oferta será normalizada antes de a mul-

ta voltar a ser aplicada. Tem quem duvide da aplicação, a exemplo do autônomo Luis Augusto. Ele lembra que em 2005 já era para ter começado a valer a exigência do extintor ABC. “Na época também foi deixada de lado. E muito se questiona da real vantagem deste novo modelo. Já vimos testes que mostram que ele não é tão mais eficaz como se diz”, opina. Para ele, o fato de a multa já ter sido adiada por várias vezes garante a

tranquilidade de muitos donos de veículos, que se quer buscaram saber qual o tipo de extintor que possuem. À procura de um extintor, a professora Ana Paulo Ramos conta que, ao chegar à loja, descobriu que o modelo de carro que usa já vem com o tipo ABC. “Meu carro é de 2011. Somente depois de tentar comprar o extintor em três lojas é que fui informada de que o meu modelo já valia e não me colocava em riscos de ser multada. O proprietário

2/%)/*-!.

%)

)5* $!# - ( !( #- ) ! );(!-*

me contou que a falta do produto aconteceu também porque muita gente fez a troca

sem necessidade. E, agora, quem precisa de verdade não está encontrando”, disse.

Exercício pedagógico diferente de brincar Hariane Rodrigues

causas sociais”, conta. Nas escolas as aulas de educação física são diferentes do simples ato de brincar e fazer exercícios no quintal de casa, por exemplo, porque no ambiente escolar as práticas esportivas são instrutivas e construídas em bases pedagógicas específicas. Onde os estudantes aprendem a se movimentar corretamente, trabalhar o corpo de maneira adequada. “A Educação Física é uma área de conhecimento muito importante na tessitura das propostas curriculares nas escolas dentro de uma concepção de currículo escolar vinculado a um projeto político pedagógico, destacando a função social da Educação física”, conta Rosiris. A ideia da aula de educação física como recreação tem relação com a construção histórica da disciplina. “A Educação física na educação infantil é uma área em construção, mas, já tem como premissa superar esses modelos, compreendendo a criança como um ser de direitos, que produz cultura e é produzido por ela”, acrescenta educadora.

A

s aulas de educação física fazem parte do cotidiano dos alunos durante todo o ensino regular, entretanto, há quem não reconheça a sua real importância no contexto escolar. Alguns alunos e responsáveis acreditam que as aulas são apenas um momento de diversão e lazer, não dando a devida importância à disciplina, que ajuda os alunos no desenvolvimento de várias habilidades. A professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Rosiris Pereira de Souza, mestre em Educação e especialista em Educação Física Escolar, explica que a Educação Física é componente curricular obrigatório na Educação Básica e é responsável pelo trabalho com os elementos da cultura corporal, tematizando pedagogicamente os conteúdos específicos dessa disciplina, como dança, jogos, brincadeiras, ginástica, lutas e demais esportes. “Na Educação infantil essa área de conhecimento contribui, juntamente com outras áreas, para a formação das crianças ampliando seu repertório cultural e vivencial dentro de uma concepção de trabalho integrado que concebe a criança como um ser integral em suas dimensões ou campos funcionais motores, cognitivos e afetivos”, explica Rosiris. Durante as aulas de educação física, os professores ajudam os alunos a desenvolverem valores partindo da concepção de educação e indi-

0 65* 9.% 7 *(+*)!)/! 0--% 0' * -%# /:-%* ) . !. *' .

víduo. Rosiris acredita que desta maneira formarão cidadãos mais conscientes, críticos e socialmente envolvidos com uma sociedade mais justa e igualitária. “O que se ensina e a forma como ensinamos tem relações próximas com valores como a solidariedade, justiça, o comprometimento e o envolvimento com pessoas e

Aulas mais significativas No Colégio Estadual José Lobo, em Goiânia, as aulas de educação física fazem parte do plano pedagógico e transmitem, além de qualidade vida, valores éticos para os estudantes. “A gente trabalha muito a atividade física, mas, além dos exercícios em si, trabalhamos na sala de aula teorias específicas para o aluno poder refletir e reconhecer essa necessidade da prática da educação físi-

ca”, conta o professor de educação física na instituição de ensino, Luciano Roberto. Bastante ampla, a Educação Física tematiza os elementos da cultura corporal e atividades como correr, brincar, jogar e fazer ginástica, que são formas de expressão e comunicação humanas imprescindíveis nas propostas pedagógicas das escolas. “Aqui, o aluno reco-

nhece a importância das aulas de educação física, e passamos questões como qualidade de vida durante as aulas”, conta Luciano. Os exercícios corporais em conjunto com as demais atividades físicas são importantes para o desenvolvimento do aluno. Por meio da apreensão de conhecimentos específicos dessa disciplina e da prática regular de

atividades físicas e esportivas, os alunos desenvolvem competências, capacidades e habilidades variadas, como explica o professor Luciano. “Se deixar, eles só querem trabalhar o futebol, tanto os meninos quanto as meninas, mas temos que trabalhar além desses exercícios os movimentos corporais, por meio das danças e das lutas”, explica.

=5&+ ;%*. $.,/+&3. .4 $412"-%. =5&+ 4/&1*.1 412. %& -23143.1 %& 18-2*3. 6/&1*<-$*" &, "3*5*%"%&2 %& 31&*-",&-3. .,=-*. %& *-'.1,73*$" !*-%.-2 & "$.3& ''*$& .,=-*. %& 1&$412.2 *-2314$*.-"*2 & 3;$-*$"2 %*%73*$. /&%"(>(*$"2 .,=-*. %& 3;$-*$"2 %& "5"+*":9. %& 1&24+3"%.2 %& 31&*-",&-3. /1.$&22. 2&+&3*5. 3&17 "2 2&(4*-3&2 &3"/"2 /1.5" %& $.-)&$*,&-3.2 &2/& $='*$.2 1&%":9. & &-31&5*23" '*-"+ & "4+" /1.5" -3&1&22"%.2 &-5*"1 $411=$4+. "3; . %*" /"1" . -%&1&:. 4" -" "41" .$)" -A *+" "1*"-" B *. &1%& .4 /&+. & ,"*+ 1*.5&1%& (. 2&232&-"3 .1( #1 & /&22." $., %&'*$*<-$*" "/1.5"%" -. 1.$&22. 3&17 /1*.1*%"%& -" $.-31" 3":9. $.-'.1,& /1&5*23. -. "13*(. %" &* . &-3"-3. 2&17 *,/1&2 $*-%=5&+ "/1&2&-3":9. %& +"4%. ,;%*$. $.-$+42*5. %. &-04"%1",&-3. %. &$1&3. -A .4 &13*'*$"%. %& 1&"#*+*3":9. /1.'*22*.-"+ &,*3*%. /&+. 22& /1.$&22. 2&+&3*5. 3&17 5"+*%"%& %&

,&2&2 " /"13*1 %" %"3" %. "-@-$*.


"%#$ !

'

Q

uando é divulgada uma notícia de rusgas, desunião e fogo amigo no noticiário político goiano, logo se imagina que o protagonista é alguma liderança ou partido da oposição. Longe das benesses do Palácio, o ambiente oposicionista é bem mais propício a crises do que o governista. Ainda mais quando na oposição está o PMDB, partido que possui várias frentes, grupos e lideranças disputando o poder interno da maior agremiação do Estado. Na base aliada do governador Marconi Perillo (PSDB), porém, também há problemas. A diferença é que grande parte deles não são externalizados, ou demoram a vir a público. Este início de ano, porém, devido, principalmente, à redução de espaços na máquina estadual, a insatisfação de aliados do governador passaram a se tornar cada vez mais constantes... e públicas. Na semana passada, um episódio inesperado foi um grande exemplo desta insatisfação interna. O ex-presidente do PSDB por cinco oportunidades e ex-secretário da Saúde do governo Henrique Santillo e do terceiro governo Marconi, Antônio Faleiros (PSDB), foi a público mostrar toda a sua insatisfação pela falta de diálogo e de espaço dentro do atual governo. A reclamação pública de Faleiros é emblemática por alguns motivos. O principal dele é o fato de que Faleiros é aliado histórico de Perillo e fundador do PSDB na década de 80. Durante as suas passagens pela presidência do partido em Goiás, Faleiros sempre mostrou grande fidelidade ao governador e ao partido, e promoveu, em diversos momentos, o PSDB no meio da disputa interna com os outros partidos da base. Exemplo maior foi durante o governo Alcides Rodrigues (exPP), quando o PSDB, naturalmente, perdeu espaços e Faleiros foi o grande defensor da agremiação. Por isso tudo, uma revolta pública do ex-secretário foi algo que pegou o mundo político goiano de surpresa. Faleiros reclamou da falta de diálogo do governador, quem, segundo ele, lhe prometeu uma conversa em dezembro e até agora o deixou no vácuo. Fez sua mea culpa em relação a não ter conseguido um desempenho melhor na eleição para deputado federal, mas também chiou por não ter tido mais apoio do partido e do próprio governador. Mais do que isso. Teceu críticas pesadas a Marconi, a quem rotulou de “dono do partido” mais até mesmo do que “Iris Rezende no PMDB, na época em que Iris era governador”. Prometeu estar estudando possibilidades de deixar o PSDB e se filiar a outro partido. A reclamação pública de Antônio Faleiros cria ressonância com as queixas – também públicas – que o deputado federal Jovair Arantes (PTB) fez ao governador

$

no início de janeiro. Sem um cargo de relevância no primeiro escalão do governo, Jovair reclamou do espaço reduzido do PTB na máquina. Após uma declaração de Marconi, que pode ser interpretada como uma resposta a Arantes, dizendo que “quem quiser formar o governo deveria disputar eleição”, Jovair aumentou os tons das críticas a Perillo. Disse que o governador foi “inábil politicamente” ao tratar a questão. Assim como Faleiros, Jovair é aliado antigo de Marconi. Foi um dos primeiros apoiadores do governador na base criada em 1998 para as eleições estaduais. Na época, era filiado ao PSDB. Após assumir o PTB, no início dos anos 2000, não recuou de seu apoio a Marconi. Pelo contrário. Afinou cada vez mais os ponteiros com o governador e com a base aliada, a ponto de ser um dos primeiros a lançar Marconi como candidato ao governo em 2010, no meio da grande crise da base aliada durante o governo Alcides. As insatisfações públicas de Faleiros e Jovair não são isoladas. Há algumas semanas, o ex-deputado federal Carlos Alberto Lereia (PSDB) foi a público também reclamar por não ter conseguido o posto que desejava no governo. Nos bastidores, a informação é que o ex-parlamentar queria o comando do Detran. Foi-lhe ofereci-

" # " )- " &

$

! ( #!

""

do o comando da Agência Brasil Central (ABC), que cuidará dos veículos de comunicação estatais. Em um momento de fúria, Lereia disse que “não precisava de emprego” e rejeitou o cargo. Após alguns dias, refluiu da ideia e deve aceitar o comando da ABC. Lereia também é forte aliado histórico de Marconi. Legislou ao lado do governador na Assembleia Legislativa, entre 1991 e 1994, quando ambos eram deputados estaduais. Quando Marconi foi eleito governador, Lereia passou a ser um dos principais defensores públicos do tucano. Também teve atuação destacada durante a disputa com o PP no governo Alcides Rodrigues.

Outra insatisfação pública na semana passada foi a da senadora Lúcia Vânia (PSDB). A motivação, porém, não teve relação direta com o governo Marconi Perillo e sim com a disputa interna do partido pela primeira secretaria do Senado. Lúcia queria o cargo, que já havia sido definido para o PSDB, e tinha apoio do presidente eleito Renan Calheiros (PMDBAL). O presidente nacional tucano, senador Aécio Neves (PSDBMG), porém, indicou o senador Paulo Bauer (PSDB-SC). Durante as conversas de bastidores, o impasse não foi resolvido e Lúcia

!" "

" $

% ! ( "( "

!

. "#

"

!

" ! %! /

saiu extremamente chateada. A senadora goiana reclamou de ter sido atropelada por Aécio, além de ter tido a sua fidelidade ao partido questionada pelo senador mineiro. Isso porque, ao mostrar apoio a Lúcia, Renan deixou no ar a possibilidade de um acordo entre os dois e que a goiana poderia ter votado nele na eleição para a presidência. A ação foi completamente negada por Lúcia Vânia, que garantiu ter votado no senador Luiz Henrique (PMDBSC), que foi a orientação da bancada tucana. Após a celeuma, Lúcia disse que deixará o PSDB. Apesar de a confusão envolvendo a senadora Lúcia Vânia no Senado não ter tido a política goiana como motivo principal, as consequências desta podem modificar o jogo político em Goiás. Caso Lúcia cumpra a sua promessa de deixar o partido, o PSDB goiano perderá a sua última cadeira no Senado. Vale lembrar que, até o mês passado, o partido contava com dois senadores – além de Lúcia, o senador Cyro Miranda, que teve o seu mandato finalizado em 31 de janeiro. O descontentamento nacional de Lúcia poderá ser a gota d’água em um copo que já está cheio há tempos por atritos locais. Não foram poucas as vezes que Lúcia Vânia mostrou descontentamento interno com o seu espaço no partido e no governo no Estado. Em 2002, por exemplo, Lúcia reclamou bastante quando ficou na eminência de perder a indicação para o Senado para o ex-presidente do Banco de Boston Henrique Meirelles (na época no PSDB). Outro atrito forte no PSDB entre Lúcia e as principais lideranças do partido foi em meados do ano 2000, quando o então deputado federal Leonardo Vilela foi eleito presidente regional do PSDB. Na eleição, Lúcia teve espaços diminuídos na executiva do partido, o que levou a críticas por parte da senadora. Leonardo divulgou uma nota de repúdio às críticas da senadora, o que causou ainda mais atrito na relação entre os dois. Sem contar o desentendimento feio entre Lúcia e Marconi na Comissão de Turismo do Senado quando o atual governador era senador. A celeuma nacional da semana passada não foi a primeira vez que Lúcia Vânia ameaçou deixar o PSDB. Em algumas outras oportunidades, principalmente em momentos de atritos internos com o governador e com lideranças tucanas, a senadora já havia deixado claro que poderia mudar de agremiação. A última foi em 2013, quando Lúcia mostrou que poderia ir para o PPS, partido comandado pelo seu sobrinho, o deputado federal Marcos Abrão Roriz. Desistiu alguns dias depois, quando deu, até mesmo, coletiva de imprensa para dizer que ficaria no PSDB. Será que agora é pra valer?

Presidências tucanas

&

% !

Além de falta da diálogo, outra questão que pode ter influenciado o desabafo de Antônio Faleiros é a discussão sobre o futuro presidente regional do PSDB. Paulo de Jesus, atual presidente, encerrará o seu mandato nos próximos meses e já há eleição marcada no diretório goiano para abril. Nos bastidores, Faleiros era um dos nomes que estavam sendo especulado para substituir Paulo no comando do partido. Na semana passada, porém, a discussão tomou novos rumos. Alguns dias antes de Faleiros vir a público criticar a forma como está sendo tratado no partido e na base aliada, ganhou força o nome

do ex-senador Cyro Miranda para a presidência do partido. Apesar de não ter um perfil tão combativo e histórico – como tem Faleiros e Paulo de Jesus -, Cyro teria a preferência do governador por ter criado interlocução com lideranças nacionais no período em que esteve no Senado Federal. Este perfil seria desejado, no momento em que Marconi Perillo tenta dar projeção nacional à sua gestão. Hoje, Cyro é o grande favorito para o posto. Em entrevista para a Rádio 730, onde teceu a grande parte de suas críticas, Faleiros disse que nem mesmo teve espaço para poder dialogar e costurar uma hipotética candidatura à presidência

regional do partido. Foi mais um episódio onde o tucano reclamou de ter sido escanteado das discussões do partido. Se Cyro está perto de ser o novo presidente regional do PSDB, na presidência metropolitana está praticamente certa a candidatura única de Rafael Lousa, ex-superintendente executivo da antiga secretaria de Indústria e Comércio. Lousa é filho de Olier Alves (PSDB), tucano histórico e conhecido pelo seu trabalho junto à militância do partido durante as campanhas eleitorais. Nos bastidores, a informação é que Lousa só espera as eleições de abril para ter o seu nome confirmado.

"

# #

#

"

!

.

'

" !

#

!& 0& $

$

$ & "#& &#

"

#! # "

!

"# &"/

!

)( . #,

! "* &#

$ "

!

#% "

!

* $

*

"#+! $

#

! !

/


Fagner Pinho e Marcione Barreira

O

s dois líderes das duas maiores esferas do poder executivo do Estado estão em processo de apaziguamento político. Depois de anos de rusgas, a relação entre o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), demonstrou, na última semana, ter dado o primeiro passo para uma aproximação administrativa mais concreta. A prova disso foi o clima amistoso ocorrido durante o lançamento das obras de requalificação urbanística da Praça Pedro Ludovico Teixeira, a Praça Cívica, quando, acompanhados do ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), Paulo e Marconi elogiaram a iniciativa dos dois governos. A obra é uma parceria entre prefeitura e governo estadual. Outra prova disso foi a mudança repentina de posicionamento do presidente da Agetop, Jayme Rincón (PSDB), em relação ao prefeito Paulo Garcia. Um dos maiores críticos da gestão do petista nos últimos anos, Rincón poupou o prefeito em entrevista coletiva que concedeu ao Clube dos Repórteres Políticos de Goiás, na última terça-feira, 3. O recuo ocorreu exatamente um dia depois do encontro amigável entre Paulo e Marconi. (Leia mais em matéria abaixo). A cordialidade entre ambos no lançamento das obras, aliás, nem de longe lembrava os embates pesados e as trocas de farpas entre ambos em momentos passados, como durante processo eleitoral de 2014. À época, os dois trocaram críticas pela imprensa. Algumas vezes, o prefeito Paulo Garcia chegou a acusar o Palácio das Esmeraldas de atuar para inviabilizar sua gestão. Por sua vez, o governador Marconi Perillo rebateu alegando que o petista não tinha competência para resolver os problemas da cidade, como a crise do lixo. A ligação política do petista com o ex-governador Iris Rezende (PMDB), principal oponente de Marconi nas eleições, dificultava ainda mais aproximações administrativas. Com fim do período de rivalidades partidárias e a promessa de um ano difícil do ponto de vista financeiro, os dois parecem ter estabilizado uma relação harmônica. As parcerias justificam a aproximação entre dos mandatários da capital e do Estado. Os diálogos ficaram mais expostos no final do ano passado, quando em reunião os dois se encontraram para buscar apoio da presidente Dilma Rousseff (PT). Naquela circunstância a continuidade de obras como a conclusão do anel viário de Goiânia, cuja obra está parada há mais de dez anos, a construção da via de acesso ao novo terminal do Aeroporto Santa Genoveva e quatro viadutos no perímetro urbano da BR153, foram discutidas no Palácio das Esmeraldas.

Bate-rebate Segundo aliados dos dois lados, a aproximação pode

#

$ ! "!

!!

" "

! $

!"

" %

$"

& ('

" ('

%

(

" # !

)$

!

!

!

$

!"

# !"

+

"#

,

' "

! !

(* ! " $

!

Crítico contundente de Paulo, Rincón baixa o tom Demonstrando mais cautela no que tange as criticas ao prefeito Paulo Garcia, o presidente da Agetop, Jayme Rincón (PSDB), em entrevista ao Clube dos Repórteres Políticos de Goiás na última terça-feira, 3, diminuiu o tom. A entrevista era para ter sido uma resposta de Rincón ao prefeito, que foi entrevistado na semana anterior pelo clube. Em sua entrevista, questionado sobre a possibilidade de Jayme Rincón se candidatar a Prefeitura de Goiânia no próximo ano, Paulo Garcia, já irri-

ter se dado por ambos não serem candidatos à reeleição, pela aproximação do governo do Estado com o governo federal e por uma mudança de posicionamento do prefeito Paulo Garcia. Para aliados do governador, ele tem se mostrado mais aberto os diálogos, queixa constante dos oposicionistas do petista. Aliás, a falta de aproximação até mesmo com a própria base tem sido uma constante nas reclamações em torno do perfil do prefeito. A escassez de diálogo foi um das causas apontadas por vereadores, por exemplo, para votarem contra alteração das alíquotas do IPTU no final do ano passado e a eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal também no ano passado. De fato, Marconi, em seu último mandato, buscou aproximação política e administrativa com prefeitos da oposição. Tanto que manteve bom relacionamento com o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), e com o ex-prefeito de Anápolis, Antônio Gomide (PT), en-

tado com a suposta interferência do presidente da Agetop na eleição da Câmara de Goiânia, na qual a oposição elegeu o presidente, classificou Rincón de “protótipo de político” e disse que Jayme era uma cruz a ser carregada por Marconi Perillo. Jayme, em entrevista à Rádio Bandeirantes, respondeu dizendo que “o prefeito voltou a falar muito e continua trabalhando pouco” e que ele “é o maior estelionato eleitoral da história de Goiânia”. Porém, quando teve a oportunidade de responder

quanto esse ainda comandava a cidade. Lideranças governistas atestam que essa aproximação também foi tentada com Paulo Garcia, mas o perfil mais fechado do petista inviabilizou a tentativa. O ex-deputado federal Vilmar Rocha (PSD) evidencia que as tentativas de diálogo com o prefeito já existiam. Em reunião realizada logo após o processo eleitoral de 2012, então secretário da Casa Civil, Vilmar promoveu encontro com Paulo Garcia. Na pauta, parcerias entre governo e prefeitura. Naquela ocasião tudo ficou alinhado, mas segundo Vilmar, com o tempo, as conversações não foram para frente e acabaram não vingando. Por outro lado, aliados do Paço alegam que as tentativas de aproximação política e administrativa tentadas por Marconi no ano passado, tinham cunho eleitoral. Promessas de ajuda, segundo alegam alguns integrantes da base de Paulo, não se concretizaram, como o convênio para a compra de caminhões

Paulo durante a coletiva com o Clube, ou seja, no mesmo espaço onde foi criticado, Jayme recuou. Segundo fontes governistas, o recuo teria sido parte de duas estratégias. Uma delas foi para cumprir ordem superior para que não atacasse Paulo Garcia, que um dia antes havia se encontrado com o governador na Praça Cívica. A outra é que Paulo não será candidato no ano que vem. Com isso, o alvo do presidente da Agetop foi o ex-governador Iris Rezende, que aparece como nome mais forte dentro do

de lixo no ano passado. Era maio de 2014, no auge da crise do lixo. Os dois mandatários iniciaram aproximação para resolução do problema. Houve a assinatura de um convênio que garantiria o repasse de R$ 5,8 milhões por parte do governo estadual para a prefeitura de Goiânia, para aquisição de 22 caminhões para a execução de serviços de coleta de lixo na capital. A prefeitura, porém, alegou que o valor que o Estado disse ter depositado não caiu na conta do Paço Municipal. “No dia 4 de julho, último prazo para as transferências de recursos em função do período eleitoral, o Estado depositou a quantia em conta errada, o que ocasionou o estorno do valor pelo Banco Central. O Estado, alegando a incapacidade de efetuar novo depósito, deixou de fazê-lo”, revelou, à época, o procurador geral do Município, Carlos de Freitas. Também causou insatisfação ao Paço a movimentação de Jayme Rincón, durante o processo de eleição da nova Mesa Diretora da

PMDB para a disputa na capital em 2016. Com isso, ao falar sobre as dificuldades de Goiânia, o mandatário declarou que a responsabilidade pelas dificuldades vivenciadas pela capital não poder ser jogada somente ao prefeito atual. Neste contexto, ele citou Iris que esteve a frente da prefeitura de 2004 a 2010. "Iris e seu grupo só pensam em dividendos políticos e no imediatismo. Por isso fazem obras sem nenhuma qualidade e muito caras para os cofres públicos", avaliou Jayme. (M.B.)

Câmara de Goiânia, que resultou na vitória do vereador Anselmo Pereira (PSDB). Ganho Líderes governistas e da base do prefeito acreditam que nesta aproximação quem ganha é o goianiense. Hoje à frente da secretaria estadual do Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos, Vilmar Rocha, será um elo importante entre o governador e o prefeito. A pasta que o mesmo comanda tem envolvimento direto com as ações da prefeitura na cidade de Goiânia. Segundo Vilmar esse diálogo foi estabelecido também com Maguito Vilela (PMDB) em Aparecida e com Antônio Gomide (PT) em Anápolis sem nenhum problema. Desta vez, segundo Vilmar Rocha, a aproximação ocorreu de forma mais aprofundada. Ele citou o momento em que esteve no encontro com Gilberto Kassab, Marconi Perillo e Paulo Garcia e disse ter visto no prefeito um homem

"

!!

%

('

mais aberto e que está disposto em fazer essa parceria com o governo estadual, independente de condições que envolvem os partidos rivais. A aproximação, inclusive, já gerou ideias de maior aproximação entre governo e prefeitura. Vilmar Rocha afirmou que irá sugerir ao prefeito para que repasse à iniciativa privada a construção de estacionamentos em prédios no entorno da Praça Cívica, que não mais contará com o estacionamento interno. “Irei sugerir isso ao prefeito. Será mais uma forma de aproximação entre as duas gestões. Sei que parte da população ficou irritada com o fim do estacionamento interno da Praça Cívica, mas o projeto de revitalização da praça pela prefeitura é um bom projeto, que trará as famílias de volta para essa área. Vamos conversar sobre isso”, disse o secretário. Maturidade Pelo lado dos petistas o pensamento neste momento parece ser o mesmo. O deputado estadual Humberto Aidar (PT) disse que os dois governantes demonstram maturidade ao se aproximarem novamente. Para ele, a população não tolera mais os assuntos partidários interferindo na administração. Humberto ressaltou a sua torcida pelo companheiro de legenda e diz ter defendido sempre a melhor relação possível entre as partes. Desde 2010 a frente da prefeitura de Goiânia e cinco anos de convivência administrativa conturbada com o estado, Paulo Garcia tem sido poupado de criticas nestes últimos dias. Humberto declara que houve uma perda de tempo muito grande entre as partes por terem alimentado esse desgaste. Pelos próximos dois anos juntos administrativamente o deputado espera que o governo possa ajudar a prefeitura e a prefeitura possa ajudar o governo. O chefe de gabinete de Paulo Garcia, Olavo Noleto (PT), diz estar bastante satisfeito com a proximidade entre os dois. À frente de seu cargo desde o ano passado, ele foi contido ao analisar os tramites que levaram a maior aproximação entre os dois e disse que é assim que tem que ser. "É uma relação administrativa, madura, respeitosa. Algo que teve ter entre dois governantes", disse. Assim com Olavo Noleto, o deputado federal Roberto Balestra (PP) e o também deputado federal João Campos (PSDB) acreditam que as ações do governo devem estar interligadas com as do município. Roberto Balestra disse que a responsabilidade dos dois chefes os levaram ao amadurecimento. Já João Campos ressaltou que o debate político não deve prevalecer sobre ações administrativas.


$ $ #

“T

ão importante quanto comercializar bem é se planejar", disse Flávio França Júnior no início de sua fala durante o Seminário de Comercialização e Mercado Agrícola, em Rio Verde. Na ocasião, o palestrante convidado falou da necessidade de o produtor buscar mecanismos para se proteger. Terceira no circuito de cidades que vão receber o Seminário de Comercialização de Grãos, no município as discussões foram desde a Bolsa de Chicago até a falta de chuva que vem tirando o sono de produtores rurais goianos. Flávio França citou o planejamento como a palavrachave para o sucesso. “Tem

!#

muita coisa acontecendo no Brasil: governo novo, medidas novas, economia nova, a falta de chuva… é importante nos planejarmos para o novo”, disse. Ele também avaliou a importância de preparar a cabeça do produtor, mostrando para ele o que é e como encarar o mercado. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, destacou o atual modelo do seguro rural, que para ele representa um dos gargalos da agropecuária atual. “Há dez anos nós lutamos para modificar esse modelo que não nos atende como precisamos. As financiadoras só financiam a produção se o produtor fizer uma compra casada, o que é

ilegal”, explicou. José Mário fez questão de destacar que o seguro rural hoje não é feito para assegurar a lavoura. “O que observamos é um seguro que não é seguro e sim uma moeda

de troca do agente financeiro”, comentou. “O que fazer diante dessa estiagem? Muito pouco. A única saída é buscar as ferramentas que temos para proteger os produtores: a principal delas é o

seguro”, completou. José Roberto Brucceli, produtor de soja e milho, destacou a importância do Seminário de Comercialização. Para ele, o evento trata de algo que o produtor não

tem controle, que é justamente o mercado. “Mas, com informações econômicas, conseguimos de certa forma montar um quebra-cabeça e acertar na hora de comercializar a produção.”

res rurais, temos a missão de nos unirmos pelas causas ambientais”, esclarece. A escolha dos alunos a

participar do programa se justifica pelo fato de ser importante, ainda na fase inicial da formação escolar, promo-

ver o contato com assuntos que contribuam com o desenvolvimento da consciência ambiental, crítica e reflexiva.

Sindicato Rural realiza premiação do Agrinho O Sindicato Rural de Rio Verde realizou no último dia 5 o primeiro evento local de premiação do concurso Agrinho, o maior programa de responsabilidade social do Sistema Faeg/Senar. O evento aconteceu no Salão Verde, com a premiação de 12 professores e dez alunos das redes estadual e municipal, nas categorias desenho, redação, experiência pedagógica e escola Agrinho. Neste ano, os trabalhos foram realizados a partir do tema “Saber e atuar para melhorar o mundo: Esporte, Lazer, Cidadania e Meio Ambiente”. Cerca de 200 redações concorreram às premiações, que incluíram professores e alunos do 1º ao 9º ano da rede pública. O Agri-

nho é um programa de responsabilidade social do Sistema Faeg/Senar, em parceria com os sindicatos rurais. O projeto foi implantado em 2008, sendo baseado em uma ação pioneira, realizada em 1995, no estado do Paraná. Ao final de cada ano letivo, o Sistema Faeg/Senar promove um evento para premiar os melhores trabalhos produzidos por alunos, escolas e professores que participam do Agrinho. Os trabalhos têm sido cada vez mais concorridos e, por isso, o Sindicato Rural de Rio Verde resolveu fazer uma premiação local, com o intuito de incentivar a adesão dos professores ao programa. “A premiação local é uma forma

de reconhecimento dos trabalhos desenvolvidos ao longo do ano pelos professores”, afirma a coordenadora do Agrinho no Sindicato Rural, Gleibe Vieira Barbosa. Para o presidente do Sindicato, Walter Baylão Júnior, o evento é a oportunidade de destacar os belos trabalhos realizados por professores e alunos em 2014 e, ainda, incentivar cada vez mais a participação em projetos que envolvam propostas pedagógicas com base na interdisciplinaridade e nos projetos de pesquisa. “O Agrinho está relacionado com a ética, cidadania, saúde, alimentação, desenvolvimento sustentável e produção de alimentos, com enfoque na preservação ambiental. Nós, como produto-


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.