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Operação Carnaval Na sexta-feira, 13, o Corpo de Bombeiros deu início à Operação Carnaval 2015. Em Goiás, mais de 500 militares foram mobilizados para atuar no período, sendo que a operação está prevista para ser encerrada ao meio-dia de quarta, 18. Para Rio Verde e região, 109 bombeiros ficam empenhados em garantir a segurança dos foliões. Foco deste ano é a prevenção de afogamentos. "

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Passarela da 060 continua interditada

Seis cidades recebem Rede Arco Norte

Moradores do Jardim das Margaridas continuam se arriscando entre os carros que passam pelo perímetro urbano da BR-060 para fazer a travessia no local. Em agosto do ano passado, a passarela foi derrubada por um caminhão, que transitava com a caçamba erguida. Mais de seis meses se passaram e até hoje o problema não foi resolvido. Dnit diz que segunda licitação foi realizada e, agora, o contrato precisa ser homologado para início da obra. "

Projeto, que prevê a construção de pólos de inovação e pesquisa, foi criado há dois anos e vai beneficiar seis cidades brasileiras, dentre elas Rio Verde, onde sede vai funcionar em área a 15 quilômetros da cidade, na GO-174 (saída para Montividiu). Foco é fomentar pesquisas, com destaque no desenvolvimento de sistemas de produção, confecção de novos equipamentos agrícolas e outros. Página 8

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semana. O processo já foi licitado e homologado, faltando apenas detalhes finais, garantiu o presidente da AMT.

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m novo empreendimento na cidade é - quase sempre - um ótimo sinal. Mas, em Rio Verde, um shopping recém-inaugurado já tem uma lista de acontecimentos que desagradou boa parte dos clientes. Na última semana, circulou pelas redes sociais as imagens de uma parte do teto do shopping, que simplesmente desabou, localizado na praça de alimentação. Outro vídeo, também recente, mostrava uma verdadeira cascata que se formou durante uma chuva. Os rio-verdenses pedem que uma vistoria seja feita no local, antes que acidentes mais graves aconteçam.

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Os problemas na GO-174 não são novidades para ninguém, menos ainda para o governador Marconi Perillo, que até assumiu em reunião com vereadores e empresários rio-verdenses que já recebeu mais de 14 cobranças de melhorias. Mas, até hoje, nada foi feito. Marconi, inclusive, prometeu seguidas vezes que faria a construção da terceira via. Há rumores de que algumas entidades estejam organizando uma paralisação. O vereador Lucivaldo Medeiros, por exemplo, disse que irá procurar o Sindicato Rural e outras entidades e marcar paralisações, até quando conseguirem a duplicação da GO-174.

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Alguns rio-verdenses têm criticado a forma como a central de Videomonitoramento da cidade vem sendo utilizada. Após os boatos de que as câmeras estariam desligadas, moradores começaram a questionar os altos investimentos no sistema. Uma leitora que não quis se identificar contou à Tribuna do Sudoeste que teve um caminhão roubado no mês de janeiro. Ao tentar as imagens na central de Videomonitoramento, foi informada de que – no exato dia – as câmeras estavam desligadas. Insatisfação total!

Equipes da Atenção Básica à Saúde estarão atuando durante o Carnaval em diferentes pontos da cidade de Rio Verde. Será feita a distribuição de camisinhas e panfletos informativos sobre as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e HIV. A proposta é conscientizar a população sobre os problemas que podem ser gerados quando se pratica sexo sem proteção.

"! # Dez cidades goianas terão campeões municipais no Desafio Nacional de Máxima Produtividade da Soja, referente à safra 2014/15. Neste ano foram mais de 2.900 inscrições de 26 estados brasileiros. O Desafio busca incentivar os sojicultores a inovarem nas técnicas de cultivo. Em Goiás, a cidade de Rio Verde foi a que teve maior número de inscritos, sendo 51 produtores. Os campeões municipais serão

Diante das recentes cobranças quanto à dificuldade de se estacionar em algumas ruas da cidade, o presidente da Agência Municipal de Mobilidade e Trânsito (AMT), Francisco Moraes, se posicionou. Segundo ele, a implantação da Área Verde está prevista para começar nesta

A vereadora e também professora Lúcia Batista tem se posicionado quanto às reivindicações apresentadas pelos professores do município, que cobram um reajuste de 13,01%. Segundo ela, o Executivo tenta dizer que o piso nacional é o que prevalece na rede municipal de ensino de Rio Verde. "Mas isso não é verdade. Temos o Plano de Cargos e Salários, que é um piso que todas as cidades têm e nenhum prefeito pode pagar a menos", diz Lúcia Batista. Ela ainda completa: "Não queremos aumento. Queremos que o prefeito cumpra a lei. E o município tem, sim, condições de pagar, já que tem um excesso de arrecadação."

oradores do bairro Jardim das Margaridas continuam cobrando a construção da passarela da BR-060, derrubada há mais de seis meses. Até que seja feita a reforma, as pessoas têm se arriscado entre os veículos que trafegam em alta velocidade pelo perímetro urbano da rodovia. Há registros, inclusive, de mortes por atropelamento na região. Apesar das tentativas dos moradores, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) não deu uma boa previsão para solucionar o problema. Até os comerciantes do Jardim das Margaridas já fizeram os cálculos dos prejuízos. Os moradores se dizem ilhados. Também nesta edição, confira as dicas do Corpo de Bombeiros para quem quer curtir o Carnaval com mais segurança. Assim como em edições passadas, reduzir os índices de afogamento é uma das principais metas das equipes de trabalho. Confira as principais dicas para evitar problemas, lembrando que a atenção deve ser redobrado em casos de uso de bebidas alcoólicas. A combinação de álcool com mergulhos, por exemplo, aumenta consideravelmente as chances de acidentes. E Rio Verde está entre as poucas cidades brasileiras contempladas com o projeto Rede Arco Norte. A criação dos polos de inovação vem para somar às pesquisas em diferentes áreas, que podem contribuir para a melhoria da competitividade brasileira. Em Rio Verde, o foco serão os estudos ligados aos agrocombustíveis. Pesquisadores já deram início em alguns trabalhos. Uma área será construída, com 12 laboratórios, em um espaço às margens da GO-174, sentido a cidade de Montividiu. Especialistas do setor de cana-de-açúcar comentam as vantagens para o município de Rio Verde e região. Ainda, confira uma entrevista com Lucimar Quixabeira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás. Ela fala das reivindicações dos professores, que buscam um reajuste de 13,01%. As negociações ainda estão em aberto e a categoria ameaça greve. Boa leitura!

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Em busca de negociações

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! conhecidos somente no mês de junho.

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A promotora de Justiça Renata Dantas de Morais e Macedo instaurou um inquérito para apurar o motivo pelo qual as contas referentes ao período de janeiro a dezembro de 2011, do Fundeb, foram julgadas irregulares pelo TCM. Por isso, requereu à Prefeitura de Rio Verde as certidões emitidas pelo conselho no exercício de 2011.

Moradores da zona rural de Rio Verde continuam sofrendo com as constantes quedas no fornecimento de energia. Para driblar o problema, alguns produtores têm investido na compra de geradores. Mas quem não tem condições de comprar o equipamento está somando prejuízos. Mais um ano que se inicia e, até o momento, sem esperanças de melhorias quanto ao fornecimento de energia elétrica. E vale ressaltar que o problema não afeta apenas a zona rural. Na cidade também falta luz constantemente. Haja paciência!

O real objetivo do ensino superior Wanessa Cordeiro

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e lembro como se fosse ontem a época em que fiz curso pré-vestibular. Naquela sala, estávamos divididos em grupos: os que sabiam exatamente o que queriam, os que tinham uma ideia de cursos, e o meu grupo, dos que não sabiam nem ao menos o que estavam fazendo ali. É comum sermos bombardeados desde crianças por perguntas como: você já sabe que profissão quer seguir? Em que faculdade vai estudar? O que você vai fazer o resto da sua vida? Essa pode parecer uma simples pergunta de parentes, familiares e amigos que estão preocupados com o futuro, porém, é algo muito sério e precisa ser analisado com cautela. Por que? Ser adolescente já é uma pressão muito difícil de se lidar. Conflitos emocionais, se sentir incompreendido pelos pais, ilusões e desilusões amorosas, insegurança com a aparência, preocupação em ser aceito pelos colegas - estes podem ser grandes motivos de estresse. Em um cenário assim, se ver obrigado a decidir de forma tão prematura o que vai fazer pelo resto da vida é péssimo. Afinal, o que gostamos hoje, detestamos amanhã. Vivemos poucas experiências de trabalho e sociais para sabermos que tipo de perfil profissional teremos. Assim, para muitas pessoas, o parâmetro usado normalmente para decidir o curso são as

'tendências de mercado', 'o que está pagando melhor no momento', e assim por diante. Se basear neste tipo de parâmetro para tomar uma decisão é péssimo, porque o mercado de trabalho muda constantemente. Em um mundo globalizado, as necessidades de 10 anos atrás não são as mesmas de hoje. Consequentemente, a mudança das necessidades das pessoas altera a forma como as empresas levarão seus processos e procedimentos, visando a adaptação para sobrevivência em um cenário tão competitivo. Ou seja, o que paga bem ou é tendência de mercado hoje, no seu primeiro ano de faculdade, pode estar obsoleto em 5 anos, quando você se formar. Outro perigo de usar este tipo de referência é que, assim como você quer ir para a área que paga melhor, pode ter certeza que uma multidão de outros jovens também querem. Ou seja, sua concorrência no mercado de trabalho com certeza será muito maior do que se você talvez tivesse buscado um caminho diferente. Esta situação é comum, e leva muitas pessoas a mudarem de curso no meio do caminho. Eu acho isso ótimo. Ter coragem suficiente para aceitar que aquele não é o melhor caminho e ir em busca de algo novo é algo que poucos tem coragem de fazer. Já vi muitos autores renomados citarem que o Brasil tem uma cultura de aversão ao erro, e concordo plenamente com isso. Você não precisa ter vergo-

nha de dizer aos seus amigos, familiares ou em uma entrevista de emprego que você começou um curso e resolveu mudar por medo de ser considerado indeciso ou que não sabe o que quer. Isso não faz de você menos do que os outros, pelo contrário! Mostra que você está adquirindo algo muito difícil de encontrar hoje em dia, o autoconhecimento, e que, além disso, você não tem medo da mudança, porque sabe que no final das contas, a estrada que te leva ao sucesso não é a faculdade escolhida, e sim o empenho e as habilidades adquiridas ao longo do caminho. Em minha curta experiência de vida, algumas das coisas mais frequentes que vi foram pessoas que escolheram permanecer em empregos que detestavam por medo de 'sujar a carteira'. Sério que isso ainda existe? Acho que da mesma forma que a empresa tem que analisar se o candidato pula de galho em galho, o funcionário também deve avaliar se a empresa sempre dispensa funcionários por estar em busca de um super man. O mesmo se aplica à faculdade. Se você não está se identificando com a profissão que vai seguir neste curso, não tenha medo de mudar. Se você não está se identificando com seu trabalho, com a sua cor de cabelo, com a sua roupa ou com o caminho que você faz pra voltar pra casa, MUDE! Daí você vai me dizer: "Mas perdi 2 anos nesse curso! não posso parar agora". E

eu lhe respondo duas coisas: primeira, nada é tempo perdido. Mesmo que você não siga esta profissão, o conhecimento adquirido jamais pode ser tirado de você, e acaba sendo útil nas situações que menos se imagina. Segundo, é melhor você ter descoberto só com dois anos de curso que não é o que você queria, do que trabalhar a vida inteira com aquilo pra no final se arrepender porque queria ser qualquer outra coisa, menos o que você foi a vida inteira. Onde quero chegar falando tudo isso? O ponto é que precisamos entender exatamente porque estamos buscando o ensino superior. É por pressão familiar em decidir o que quer, por dinheiro ou por sede de conhecimento, real interesse na área? Dependendo da resposta, vamos saber onde procurar aquilo que queremos. A melhor decisão é a que nos deixa num estado interno de paz e satisfação independentemente do que os outros vão pensar. E se seu medo for de não ter como se sustentar enquanto não decide o que realmente quer, lhe digo: todo trabalho é digno. Provavelmente você não vai conseguir de cara aquele emprego dos sonhos, e mesmo que por um tempo você tenha que trabalhar em algo mais simples para se sustentar, a sensação de ser livre para ter suas experiências e dedicar tempo para escolher a profissão certa é impagável.


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Gabriela Guimarães

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a última semana, representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) tentaram mais uma negociação com o Executivo de Rio Verde. A categoria reivindica o reajuste de 13,01% e faz outras cobranças, a exemplo da necessidade da realização de concurso público e reforma das escolas. O conflito se dá pelo fato de a administração pública ter anunciado de que faria o reajuste de acordo com o salário nacional. Os professores contestaram, já que o piso de Rio Verde é superior e segue o Plano de Cargos e Salários. Lucimar Quixabeira, presidente do Sintego de Rio Verde desde janeiro deste ano, explica que uma pauta de reivindicações – elabora-

da pelos professores – foi entregue ao prefeito Juraci Martins. "Esperávamos que na reunião do dia 10 iríamos sair de lá com uma resposta positiva. Mas não foi bem assim. O prefeito não negou a possibilidade de nos pagar o piso, apenas falou que ainda não tinha feito as medidas administrativas para dar esse aumento, não fez os cálculos", explicou a presidente do Sintego. Segundo ela, o Executivo pediu um prazo até o dia 19 de fevereiro para dar uma resposta definitiva à categoria. "Independentemente do resultado na próxima semana, já deixamos avisado que os professores não vão aceitar menos de 13,01%. Mas, com cálculo ou sem cálculo, sem o piso nós vamos parar", garantiu a presidente do Sintego. Diante do posicionamento

App do bem Murillo Soares

O Brasil foi o primeiro país do mundo a criar um aplicativo para tablets e smartphones que auxilia no combate à violência contra crianças e adolescentes. Com o nome de “Proteja Brasil”, a iniciativa está prestes a ser exportada, em negociações avançadas com Costa Rica, Irã, Jamaica e República Dominicana. O aplicativo foi criado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) e a ONG Cedeca-Bahia. Ao todo, já foram feitos aproximadamente 30 milhões de downloads do software. O “Proteja Brasil” faz parte das ações da Agenda de Convergência do Brasil.

Essa é uma iniciativa nacional criada para proteger crianças, adolescentes e jovens enquanto acontecem megaeventos no país, como as Olimpíadas, por exemplo. O projeto envolve, além do governo federal, os estaduais, municipais, a sociedade civil, o setor privado e órgãos internacionais em luta pelos Direitos Humanos, como a Unicef. O “Proteja Brasil” é gratuito e está disponível nas lojas App Store (para usuários Apple) e Google Play (para usuários Android). Ainda não há disponibilidade para dispositivos que usam outros sistemas operacionais, como Windows Phone. Segundo dados da assessoria de imprensa da Secretaria de Direitos Humanos, 18.562 dos usuários são Android, enquanto 11.279 são iPhone.

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dos representantes da categoria, Lucimar lembra que o prefeito disse apenas que iria fazer o possível para atender as reivindicações, mas que, em caso de greve, não culparia o Sindicato. "Ele reconheceu que estamos fazendo a nossa parte." Na oportunidade, outra cobrança feita pelo Sintego foi em relação ao Estatuto do Magistério, que precisa de revisão e aprovação. "Por incrível que pareça, já tem mais de seis meses que está pronto e até

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hoje eles não têm os cálculos", critica Lucimar. A presidente do Sintego explica que o piso de Rio Verde para o professor P1, do Ensino Básico, até o ano passado foi de R$ 1.820,70. "Acrescentando os 13,01% de reajuste, o professor receberá R$ 2.057,57", exemplifica Lucimar. De acordo com ela, o valor é acrescido de acordo com a graduação. Sendo que soma-se 14% a cada categoria para os professores que tiveram

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Algo que permite o sucesso no objetivo da Unicef com o app aqui no Brasil é o fato de sermos o quarto país do mundo com o maior número de smartphones, soma que chega a quase 70 milhões. Isso sem contar o número de tablets, dispositivos cada vez mais populares em mãos tupiniquins.

Repetindo a fórmula A ideia de levar o “Proteja Brasil” veio da própria Unicef, em parceria com o governo brasileiro e a sociedade civil. O objetivo é transformar a iniciativa em um modelo internacional e fazer com que os números obtidos aqui no Brasil sejam repetidos lá fora. Com a ajuda do aplicati-

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pós-graduação, mestrado e doutorado. Lucimar Quixabeira afirma que a rede municipal de ensino de Rio Verde conta com mais de dois mil professores. Segundo a presidente do Sintego, caso as reivindicações não sejam atendidas, a previsão é de que 80% desses profissionais entrem em greve. "Mas essa não é a melhor saída. O ano passado foi a mesma coisa, fizemos várias mobilizações exigindo o nosso direito. Estamos brigando pelo piso, e não pelo teto. Somos uma categoria muito

exigida, sugados ao máximo. Não entendemos o motivo de na hora de pagarem termos o mínimo", critica. A presidente acredita que caso as reivindicações não sejam atendidas, a greve irá trazer uma série de prejuízos. "Será um tormento sem necessidade. Pais vão levar os filhos nas escolas e não haverá aula. Será um desgaste para o próprio prefeito, porque a população vai cobrar. Então, sem o piso, teremos a greve por tempo indeterminado, até conseguirmos o reajuste que queremos", reforçou.

vo, a Secretaria de Direitos Humanos obteve o quantitativo de 4.129 denúncias. De acordo com a SDH, 3.231 dessas foram ligações para o Disque 100 (mais informações no box ao lado) e 898 foram telefonemas para conselhos ou delegacias de todo o Brasil.

so de autoridade. Também é possível denunciar atos de discriminação. Isso implica casos de distinção, segregação e tratamento diferenciado de um adulto com uma criança ou adolescente devido a características pessoal, raça, etnia, gênero, crença, idade ou origem social. Além de um grande leque de fatores que podem gerar bullying.

Olhar redobrado A denúncia pode ser feita de forma rápida e fácil através do aplicativo. Mas, antes, é necessário ficar atento aos vários tipos de violência que podem ser praticadas contra a criança. De acordo com informações do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), além da violência física, pode-se sofrer outros sete tipos de maus tratos. Podem ser denunciados casos de tráfico de crianças e adolescentes, trabalho infantil, tortura, negligência e abandono e violência sexual. Sem contar a violência psicológica, que, de acordo com o órgão, pode vir de uma relação de poder com abu-

Como funciona do aplicativo? Com uma interface colorida e bem explicativa, ao abrir o “Proteja Brasil”, o usuário se depara com um mapa da cidade em que está. Através de um sistema de GPS, o aplicativo localiza todas as delegacias e conselhos perto de onde se está. Além de um grande banner escrito “Denuncie”. Além disso, a plataforma ainda traz informações sobre os pontos de denúncia de cada Estado, os tipos de violência e o telefone das instituições de apoio ao jovem mais próximas. Dá para ver o telefone, o endereço e até podese traçar uma rota até o local.


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eve início na sexta-feira (13) a Operação Carnaval, do Corpo de Bombeiros, sendo que neste ano o tema é "Prevenção na folia garante alegria". Em Goiás, mais de 500 militares foram mobilizados para atuar no período, sendo que a operação está prevista para ser encerrada ao meio dia de quartafeira (18). Em Rio Verde e região, 109 bombeiros ficam empenhados em garantir a segurança dos foliões. Na região Sudoeste, as cidades de São Simão e Lagoa Santa são algumas das que mais chamam a atenção de turistas. De acordo com Thayssa Souza Ramos, aspirante a Oficial Bombeiro Militar, ao longo da semana passada as equipes de trabalho realizaram vários treinamentos, principalmente aquáticos. "Além disso, nas escolas realizamos algumas instruções, com métodos preventivos, e fizemos a distribuição de um material educativo com dicas para evitar os afogamentos", explica. A ideia é alertar pessoas de todas as faixas etárias, com atenção especial ao público infantil. "Os pais e responsáveis devem ficar 100% do tempo de olho nas crianças. Recomendamos que em locais como piscinas, rios, lagos e praias, por exemplo, que os adultos fiquem a uma distância de, no máximo, um braço dessas crianças", orienta Thayssa.

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É preciso observar também as áreas limitadas pelos guarda-vidas, dando preferência aos locais em que os militares estão mais próximos. O Corpo de Bombeiros faz também outro alerta, desta vez direcionado às pessoas que utilizarão embarcações. É obrigatório, independentemente da idade, o uso do coletes salva-vidas. "Para fazer a escolha correta é preciso observar o peso e o tamanho de quem irá utilizar o colete. Outro alerta é para que as pessoas não combinem a direção de embarcações com o uso de bebidas alcoólicas." Questionada sobre lagos e represas de Rio Verde e região, Thayssa explica que em tais locais não é autorizado o banho. "São espaços perigosos e que em anos anteriores já tivemos vários registros de mortes. Sem contar que nestes locais pode ter a presença de pedras, troncos, animais peçonhentos, garrafas quebradas. Então, não são

indicados para banhistas", reforça a aspirante. Afogamentos Em todas as operações de Carnaval, ano a ano, o afogamento é a maior preocupação. Vários fatores, como a combinação de bebidas alcoólicas e mergulhos, intensificam os riscos. Por isso, o primeiro conselho do Corpo de Bombeiros é que as pessoas que estejam do lado de fora da água não tentem um contato direto com a vítima. "Quem está afogando tende a reagir, segurando a outra pessoa pelo pescoço, por exemplo. Por isso, o ideal é jogar na água objetos que flutuem, como isopor, pranchas, até mesmo cordas e galhos", diz Thayssa. Além destas primeiras tentativas, outra orientação é acionar o mais rápido possível o atendimento especializado, a exemplo dos Bombeiros, por meio do telefone 193.

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bem distante dos anos anteriores”, explica Rosidalva Lopes. Em fevereiro, contudo, a seca parece estar dando uma trégua. O problema, segundo a superintendente, é que as precipitações estão vindo na hora errada. “Fevereiro deve, também, ficar abaixo do esperado. Mas, ainda assim não ficará tão aquém quanto o mês de janeiro. O problema é que só está chovendo agora. E o agricultor não está precisando de chuva agora, porque está colhendo. Precisou nos meses de outubro, novembro e dezembro, quando houve o plantio. É essa a dificuldade: a chuva não vem no tempo certo, nem na hora certa”, comenta. Para Paulo Roriz, engenheiro civil e professor de Hidrologia da PUC-GO (Pontifícia Universidade Católica de Goiás), o problema da estiagem torna-se mais sério devido ao assoreamento dos rios. “Goiânia é um exemplo claro das modificações que ocorreram ao longo do tempo. Há alguns anos, tínhamos na cidade cerca de 60 córregos e nascentes. Mas, hoje, devido à urbanização, muitos foram destruídos pela pavimentação e a impermeabilização do solo”, observa. De acordo com o docente, são essas intervenções que impedem o reabastecimento das nascentes,

que acabam se extinguindo. O abastecimento da cidade e do estado, todavia, não deve ser afetado. Luiz Novo, superintendente de Comunicação e Marketing da Saneago, informa que até o momento os mananciais encontram-se em situação de normalidade. Os reservatórios de água tratada estão, em média, com nível de água controlado e os de água bruta (sem tratamento) também têm boas condições para abastecer o estado. “Estamos conseguindo captar toda a água necessária. Temos a barragem do João Leite, que nos oferece uma certa tranquilidade, pois ainda está permitindo a vazão do rio”, esclarece.

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e o mês de dezembro assustou muitos goianos por conta da chu va escassa, janeiro não ficou para trás. O primeiro mês de 2015 bateu recorde no baixo registro dos índices pluviométricos. A seca que é característica dos meses entre junho e outubro, pode ter sofrido um deslocamento. De acordo com Rosidalva Lopes Feitosa da Paz, superintendente de Políticas e Programas do Sistema de Meteorologia e Hidrologia (Simehgo), ainda é cedo para fazer tal afirmação, pois não foram coletados dados suficientes para um diagnóstico desse tipo. O fato é que o tempo de sequidão no cerrado já provocou muitos problemas em todo o estado de Goiás, começando pela redução no nível dos reservatórios das hidrelétricas, até a lavoura que, segundo a FAEG (Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás), sofreu um prejuízo de mais de R$ 1,25 bilhão, devido às lavouras de soja e milho afetadas. “Nós estamos com um déficit hídrico há dois anos, temos muitas variações dos índices pluviométricos. O mês que mais chove geralmente é dezembro e janeiro. E esse ano janeiro ficou

Crise hídrica Com todo o problema enfrentado pelos paulistas em seu estado, os goianos ficaram temerosos com a seca e as especulações sobre a possibilidade de uma crise hídrica brotaram em todos os cantos. A Saneago, porém, afirma que Goiás não passará por situação semelhante. “Nós não trabalhamos com essa hipótese, pois fizemos os investimentos previstos. Inclusive o Governo do Estado já trabalha para acelerar a implantação do sistema produtor Mauro Borges, que vai produzir 4 mil L/s. Pa-

ra se ter uma ideia, hoje nós abastecemos a capital com 4,5 mil”, argumenta Luiz Novo. Para Luziano Carvalho, titular da DEMA (Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente) em Goiânia, a realidade não é tão clara assim. De acordo com levantamento da delegacia, o assoreamento de rios em Goiás pode ameaçar o abastecimento de água no estado. “O desmatamento para criação de gado, expansão da agricultura, a criação de loteamentos em áreas próximas a nascentes de rios e a construção de casas em área de preservação são os principais causadores de assoreamento de rios em Goiás”, justifica o delegado. Não é preciso ir tão longe para verificar os efeitos do processo descrito por Luziano Carvalho. O professor Paulo Roriz relembra que a nascente do Córrego da Onça, localizada na Vila Santa Isabel, próximo à Praça da Bíblia, está aterrada, o que é um crime ambiental. “Há uma ação junto ao Ministério Público, mas ainda não foi feito nada com relação a isso”, comenta. O pior é que este não é o primeiro caso. Na opinião do docente, a raiz está na especulação imobiliária. “Eu acho natural que a cidade tenda a crescer, mas não acho que se deva lotear áreas de preservação ambiental. Sou radicalmente contra”, assevera. Paulo Roriz ainda não se convenceu de que Goiás possa passar por uma crise hídrica. “Eu acredito que não chegaremos ao nível em que São Paulo está. Temos tido chuva suficiente, e o Poder Público tem tido condições de manter firmes as medidas de preservação do meio ambiente. Na condição de Goiás, que eu julgo ser privilegiada, se mantivermos firmes as condições de preservação, então não teremos problemas com racionamento como os paulistas”, assegura o engenheiro.

Intervenção Federal Em reunião realizada no dia 5 de fevereiro, no Palácio do Itamaraty, em Brasília, as ministras da Agricultura e Pecuária e do Meio Ambiente reuniram-se com os secretários estaduais para discutir uma série de questões que envolvem ambas as partes. Um dos temas da pauta foi a água. De acordo com a ministra Kátia Abreu (Agricultura), um termo de cooperação será firmado entre os dois ministérios para ampliar o Programa Produtor de Água, da ANA (Agência Nacional de Águas), cujo objetivo é a redução da erosão e assoreamento dos mananciais nas áreas rurais. A ministra também informou que Embrapa e ANA estão trabalhando juntas na realização de um estudo que vai verificar o impacto da seca na agricultura por meio de um mapeamento do solo através de satélites. “Nossa intenção é fazer uma previsão das áreas que podem sofrer com a seca e das áreas que têm recursos hídricos disponíveis para estudarmos a possibilidade de um rearranjo”, explicou. Kátia Abreu levantou ainda a questão da desburocratização do licenciamento ambien-

tal. De acordo com ela, hoje, muitos produtores têm tido dificuldade, por conta da demora para a liberação do licenciamento devido ao contingente limitado de fiscais. “Nossa proposta é dispensar quem já está cadastrado no CAR (Cadastro Ambiental Rural) da licença ambiental, com a LOA (Licença Ambiental Única). Mas, claro, alguns licenciamentos específicos devem ser mantidos, como para o desmatamento e a fiscalização, que devem ocorrer sempre”, afirmou.

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Má educação A falta de conscientização, nesse caso, é o que mais atrapalha. Para Paulo Roriz, engenheiro e professor de Hidrologia, o problema gira em torna da falta de educação da população e da ineficiência do Poder Público. “As pessoas e muitas indústrias continuam despejando carga indevida de esgoto em mananciais. Tem indústria de jeans jogando dejetos livremente em córregos da capital. E o cidadão passa, sente o maucheiro, mas não faz nada. O Governo não faz nada. Não sei até que ponto vão continuar permitindo esses cri-

mes ambientais”, questiona. Com a diminuição do volume de água nos córregos, a rede fluvial não consegue diluir a grande quantidade de esgoto lançada nos mesmos. Daí, a razão do mau cheiro. Exemplos não faltam: todas as extensões do Meia Ponte, do Anicuns e do Cascavel estão lá para serem observadas. “Se houvesse medidas de proteção aos mananciais, teríamos uma situação diferente. Seca tanto a água por baixo do solo, que as águas vão minguando. Mas, não se faz nada. Ninguém faz nada”, lamenta Paulo Roriz. Luziano Carvalho também acredita que se as pes-

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soas tivessem educação ambiental a situação seria bem diferente. “Eu vejo que ao longo do tempo o que se tem realmente faltado é o respeito à cultura da conscientização, da educação. Nós temos a cultura da destruição, do desmatamento, da ignorância. Não se respeitam estudos técnicos e científicos que apontam para graves problemas ambientais. E isso está diretamente relacionado à perda da vida, inclusive humana”, alerta o delegado. Na opinião de Cynthia Fernandes Leite, 34 anos, secretária executiva e professora do PRONATEC, essa falta de educação é cultural. “A população tem péssimos hábitos. As pessoas, muitas vezes, não se preocupam sequer com o descarte correto do lixo. Da mesma forma ocorre com a água. E se eles não cuidam de questões básicas, o desperdício de água é sua última preocupação”, observa. Para ela, nem mesmo o Governo se interessa em promover a conscientização. “O nosso Governo não tem o interesse de fazer campanhas de conscientização nas escolas”, alega.

Medidas preventivas Embora todos assegurem que a crise hídrica não deva chegar ao estado de Goiás, o Governo Estadual já manifestou que ficará atento ao problema. Em seu discurso de posse da Secima (Secretaria do Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos), no último dia 2 de fevereiro, Vilmar Rocha afirmou que o tema terá atenção especial durante sua gestão e revelou que vai solicitar à Saneago um levantamento das áreas potencialmente críticas no Estado, a fim de colher informações que subsidiem um planejamento para impedir que problemas eventuais surjam. Uma medida eficaz que poderia ser incentivada nas lavouras é a irrigação noturna. “Temos visto muito desperdício, especialmente nas fazendas. Uma que visitamos, por exemplo, tem cinco pivôs centrais. Veja que apenas um consome o que poderia abastecer ¼ da população de Goiânia. O pior é que, com as altas temperaturas, a maior parte da água que é aspergida evapora antes mesmo de tocar o solo”, explica Luziano Carvalho, titular da DEMA. “Tem que ter essa responsabilidade, para que não haja desperdício. As pessoas precisam entender que acabou o momento de água em abundância”. No campo, esse não é o único problema. De acordo com o delegado, muitos pecuaristas ainda insistem em fazer a dessedentação do gado nos mananciais. “A constante passagem do gado no mesmo local, provoca uma curva de nível, ou seja, vai fazendo o trieiro e vai só abrindo o solo, cria-se uma erosão. Quase todas as voçorocas de Goiás tiveram essa origem”, conta. Para Luziano, a solução é deixar o gado matar a sede longe do veio d’água. “A gente sugere que se faça um bebedor no meio do pasto. Em muitas regiões, usa-se uma mangueira que leva esse recurso hídrico e controla o abastecimento”, explica. Uso racional é importante Cynthia Fernandes é exemplo de cidadã que faz uso adequado e racionalizado da água potável. De acordo com ela, a educação ambiental vem de berço. “Colocamos baldes para aproveitar a água da chuva, e usamos para lavar a garagem e a casa. Usamos até mesmo como forma de descarga. Tenho a preocupação na hora de usar a pia, para lavar vasilha. Ensaboo tudo, antes de enxaguar. Além disso, faço um processo anterior em que tiro o maior volume possível de sujeita, para

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diminuir a quantidade de detergente, pois atrapalha no processo de tratamento do esgoto depois”, conta. Para Paulo Roriz, atitudes como essas são essenciais, pois contribuem com o Poder Público e demonstram responsabilidade social. “Não pode desperdiçar água, tem que reutilizar. Não pode jogar resíduos sólidos nas águas pluviais, nem nos sistemas de esgoto. Não pode impermeabilizar solo. O saneamento básico envolve tudo, desde o abastecimento, até a drenagem e as campanhas de saúde pública. Isso tem que ser desenvolvido de maneira conjunta entre Governo e população”, indica o docente de Engenharia Civil. No interior do Estado, algumas cidades já começam a desenvolver programas para melhorar essa questão. A Prefeitura de Catalão, por exemplo, está acelerando um projeto para construção de uma barragem, com capacidade de armazenamento de 3,5 bilhões de litros de água. Além do investimento, os moradores são orientados sobre o uso racional da água. Neste sentido, um projeto de lei foi aprovado para tornar passível de multa quem persistir com o desperdício. A aplicação das multas deve começar ainda neste mês de fevereiro. Luiz Novo, superintendente de Marketing da Saneago, explica que a empresa tem se preocupado em desenvolver ações de conscientização nesse sentido. “Nós sempre temos colocado que para termos a manutenção dessa situação confortável, precisamos mudar nossos hábitos de consumo. Isso não quer dizer fazer sacrifícios, mas cultivar pequenas atitudes, como um banho com tempo reduzido”, pontua. Para ele, é dessa forma que se contribui com a sociedade. “O mundo está passando por mudanças e isso é extremamente importante no sentido de evitar uma crise maior”, alega. O professor de Hidrologia, Paulo Roriz, acredita que é preciso disseminar campanhas educativas. “É necessário que se tenha uma postura técnica com bastante engenharia e lucidez tecnológica e educação para preservar o que se tem hoje”, afirma. Mas, na opinião do docente, a humanidade já provou que prefere aprender com os erros. “A experiência humana mostra que a sociedade prefere destruir primeiro, para depois reconstruir. Temos muitos exemplos. Eu só espero que, em Goiás, a gente consiga evitar o mal antes que ele se instale, de fato”, enfatiza.

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Eduardo Sartorato e Marcione Barreira

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pós as eleições de 2014, o empresário Vanderlan Cardoso (PSB) prometeu que não será mais candidato majoritário sem um forte grupo político que lhe dê estrutura para concorrer com chances de vencer o pleito eleitoral. Com uma boa votação em Goiânia em 2014, Vanderlan é nome especulado para concorrer à prefeitura de Goiânia e, como ele mesmo disse em entrevista, está aberto a diálogo com qualquer grupo ou liderança política do Estado. Na semana passada, o jornal O Popular divulgou uma notícia de bastidores que aponta que Vanderlan deve se reunir com o governador Marconi Perillo (PSDB) após o carnaval. Dentre os assuntos, a sucessão goianiense deve ser uma pauta importante no tête-à-tête entre os dois. Mas, o que a base aliada do tucano pensa sobre a possível ida de Vanderlan para o grupo do governador e a possibilidade de um apoio governista à sua postulação na capital? A Tribuna foi atrás de lideranças da base para entender a situação. Segundo os partidários ouvidos, Vanderlan seria muito bem vindo no ninho governista, mas um apoio de todos para a sua possível candidatura em Goiânia no ano que vem não seria automático. A pretensão do empresário esbarra no grande número de postulantes governistas que querem disputar o Paço Municipal no ano que vem, segundo matéria da Tribuna há algumas semanas. Construção O deputado estadual Francisco Júnior, um dos nomes do PSD para a corrida pela prefeitura no ano que vem, vê como importante uma hipotética ida de Vanderlan para a base. “Vanderlan foi um bom prefeito e vem obtendo bons resultados. É um importante apoio político”, ressalta. O pessedista, porém, diz que candidatura em 2016 é algo que precisa ser construída. “Não da para chamá-lo já para ser candidato na cabeça de chapa. Ninguém em consciência teria coragem de fazer uma

proposta dessa. Vir para compor a base é uma coisa, discutir a chapa é outra situação”, mostra. Paulo de Jesus, presidente regional do PSDB, também vê como positiva a integração de Vanderlan no grupo governista, caso ocorra. “Vejo como sendo um processo normal discutir uma aproximação entre Vanderlan e Marconi”, opina. Ele, porém, reforça que o PSDB terá candidato. Todavia, realça que essa afirmação não impede os tucanos de conversar com outras siglas. Ou seja, em outras palavras, no mesmo tempo que reforça a posição do partido, deixa a situação em aberto. No pleito eleitoral do ano passado, Vanderlan Cardoso caminhou lado a lado com a outra face da oposição no que tange as críticas a base governista. Contudo, Paulo de Jesus destaca que faz parte do processo do contexto político vivenciado naquela época. “O Vanderlan teve uma postura urbana. Podemos ter divergência, mas muitas coisas convergem”, defende. Já o deputado estadual pelo PSDB e presidente interino da Assembleia Legislativa, Nédio Leite é bem mais otimista. Ele defende as conversações entre PSB e governistas. Para ele, é importante para a base o processo de renovação. Segundo Nédio, Vanderlan representa um nome forte na política e que o seu apoio será manifestado. “É forte. Eu dou o maior apoio”, ratificou. Em caso de um resultado positivo na conversa entre os dois líderes, Nédio Leite não crê que isso vá gerar atritos dentro do grupo governista. Para o deputado, Marconi vai conduzir bem os diálogos. Sobre o projeto prefeitura 2016, Nédio destoa ao dizer que Perillo não fará questão que seja um nome do PSDB. “Não necessariamente será um nome do próprio partido, mas que seja da base do governo”, disse. Articulador Os rumores sobre o encontro apontam uma tendência evidenciada pelo prefeito de Senador Canedo Misael Oliveira (PDT), amigo próximo de Vanderlan Cardoso e que tem sido o principal articulador para a reaproximação do empresário com o governador. Em entrevista à Tribuna em meados de janeiro, o prefeito de Senador Canedo disse que o empresário não iria mais encarar uma eleição sozinho. Ao fazer essa declaração, Misael descartou a possibilidade de Cardoso disputar uma nova eleição pela terceira via. O principal argumento é de que a frágil estruturação política causou o insucesso nas duas candidaturas de Cardoso. A primeira, em 2010, quando tinha ao seu lado um leque maior de partido e a segunda em 2014, quando formou aliança com apenas mais duas

Da mesma forma que Marconi não está se oferecendo para trazer o Vanderlan”, salienta.

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siglas. Neste último embate, estavam com ele o PRP, PSC e o seu próprio partido, o PSB. Misael, que sucedeu Vanderlan Cardoso na prefeitura de Senador Canedo, foi aliado de Cardoso no primeiro turno da eleição do ano passado, apesar do seu partido ter ficado com a base aliada. Todavia, no segundo turno acompanhou a sua ala partidária e apoiou Marconi Perillo. O prefeito se mostrou entusiasmado com a possibilidade

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de Vanderlan e Marconi estarem juntos de agora em diante. Entretanto, ressaltou que o simples fato de conversar não quer dizer que aliança esta sacramentada. “Tenho sempre dito, conversar é uma coisa, formar aliança é outra situação”, frisa. Sobre o encontro, Misael destaca que as conversas não vão permear somente o campo da política, mas sim de todo o contexto. Misael pontua que Vanderlan é empresário e tem interesse que o Estado vá bem

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e que o encontro vai entremear também essas questões. “Eles estão conversando também sobre a política econômica do Estado, afinal ele é empresário e tem interesse nisso”, declarou. O prefeito afirmou ainda que o diálogo entre os dois não pode ser interpretado como uma forma de os dois se oferecerem um para o outro. “O simples fato de Vanderlan conversar com o governador não quer dizer que ele esta se oferecendo para a base aliada.

Barreiras Neste contexto, a aproximação entre Vanderlan e Marconi pode ser interpretada como uma união que renderia aos dois grupos. O empresário conseguiria a capilaridade que deverá buscar nos próximos anos enquanto que a base governista, que historicamente vem tendo dificuldade de conquistar espaço na região metropolitana da capital, passará a contar com um nome forte e já testado, já que Vanderlan obteve bons resultados em votações na capital. Por aqui, em 2010, ele conseguiu mais de 500 mil votos, em 2014 atingiu cerca de 24,3% do total. Entretanto, para que essa conversa se configure em união, o pessebista terá que articular satisfatoriamente. Se as interlocuções atingirem o nível que permeiam a parceria entre os dois, Vanderlan vai precisar convencer a base aliada de que ele é o nome mais viável para finalmente colocar o grupo governista no caminho que leva à prefeitura municipal de Goiânia. Entre as principais barreiras para Vanderlan se viabilizar para uma possível candidatura à prefeitura, está a grande concorrência de pré-candidatos no grupo governista. No PSDB, por exemplo, há dois nomes que também pretendem se viabilizar: o presidente da Agetop, Jayme Rincón (PSDB), e o deputado federal Fábio Sousa (PSDB). Ambos têm se declarado como postulantes à pré-candidatos e travado duelos constantes numa tentativa de viabilização dos seus nomes dentro da base. Além de nomes tucanos há ainda os fortes concorrentes do PSD que têm se manifestado na tentativa de inserirem seus nomes no processo. Além do deputado Francisco Júnior, há também os seus colegas de Assembleia Legislativa Lincoln Tejota e Virmondes Cruvinel. No PP, dentre outros nomes, há a possibilidade da candidatura do deputado federal Sandes Júnior, enquanto que o PTB pode lançar o deputado federal Jovair Arantes. Este último ainda não passa de especulação, já que ele próprio ainda não declarou publicamente as suas intenções. Para o sim ou para o não, Vanderlan Cardoso retorna de viagem ao Estado ainda este mês e deve dialogar com Marconi. De férias na região das Américas Central e do Norte, há bastante tempo Vanderlan evita falar sobre política. Quando fala, como em recente entrevista à Rádio 730, pouco acrescenta e muito se esquiva. Ao contrário dele, Marconi Perillo está a atuando a pleno vapor desde que venceu as eleições em outubro, com a exceção de duas semanas em que se permitiu ao repouso com a família em janeiro.

Se Vanderlan se aproximar da base, PRP e Rede se desligam do aliado Firmando parceria nas eleições para governo de 2014, o Partido Republicano Progressista (PR) e a Rede Sustentabilidade – que ainda não foi oficialmente criado – estarão do outro lado, caso o diálogo de Vanderlan com Marconi seja positivo e tenda para aliança em eleições futuras. Lideranças das duas siglas dizem não acreditar em uma ligação entre os dois. No entanto, se isso ocorrer eles estarão do outro lado. O presidente regional do PRP Jorcelino Braga é amigo pessoal de Vanderlan Cardoso e adversário ferrenho de Marconi Perillo. As divergências entre os dois é bastante antiga. Tornaram-se públicas depois que o grupo do ex-governador Alcides Rodrigues (hoje no PSB), do qual ele fez parte, entrou em conflito com Marconi Perillo em meio aos prelúdios das eleições de 2010. Hoje, o grupo de antigos aliados, leia-se Marconi e Alcides, é

água e óleo. O progressista endossa o couro dos que não acreditam numa possível aliança entre os dois. Entretanto, ressalta que quer o melhor para o amigo e que de forma alguma não o crucifica por isso. “É meu amigo e quer o melhor para o seu partido. Ele está fazendo política. Natural” declarou Jorcelino Braga, ex-secretário da Fazenda no governo Alcides Rodrigues (2006-2010). Braga fez questão de ressaltar que o seu partido é oposição ao governo do Estado seja qual for às circunstâncias. Ao descartar qualquer aproximação com o grupo governista Braga afirmou: “O PRP é contra o governo Marconi. Onde o governo estiver o PRP estará do outro lado”, declarou o exsecretário. Senador eleito pela oposição e ex-aliado de Vanderlan, o democrata Ronaldo Caiado manifestou-se sobre o assunto essa semana. Em entrevista

a Rádio 730 AM, Caiado disse que espera que Vanderlan permaneça no campo de oposição. Entretanto, declarou que não opinaria com afinco sobre o tema por não ter conversando com Cardoso ainda. Atualmente, Ronaldo Caiado é bastante próximo do grupo do PMDB. Vanderlan já foi filiado ao partido do ex-governador Iris Rezende logo depois das eleições de 2010, mas desfilouse por escassez de espaço dentro da sigla, de acordo com explicações do próprio empresário. Em 2012, Caiado e Vanderlan estiveram juntos em uma coligação que apoiou o deputado Simeyzon Silveira (PSC) para a prefeitura de Goiânia. Rede O procurador federal Aguimar Jesuino que se filiou ao PSB para compor a chapa majoritária com Vanderlan e Professor Alcides (PSC) nas últimas eleições, disse que uma aproximação com a base alia-

da tem chance zero. Ressaltou ainda que os dois grupos que dominam o cenário político terá a Rede do outro lado no papel de oposição: “A Rede não vai compor PSDB e nem com PMDB. Não concordamos com a forma administração dos dois”, disse. O partido Rede Sustentabilidade ainda não foi regularizado oficialmente. Em seu processo final de criação, faltam cerca de 50 mil assinaturas para que seja encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral. A data prevista para a homologação das assinaturas está marcada para o dia 15 de março. Em Goiás, Aguimar é a liderança de maior destaque dentro da novata sigla. PSC Já outros aliados de Vanderlan, como o Partido Socialista Cristão, são a favor da aliança entre as partes. Apesar de estar oficialmente dentro do grupo governista, o deputado

Simeyzon Silveira (PSC) ressalta que faz parte do grupo de Vanderlan do qual e pessebista é líder. “Estaremos com o Vanderlan. Ele é o primeiro nome do grupo”, disse Silveira. Simeyzon vê com muita naturalidade o avizinhamento en-

tre Marconi e Vanderlan, entretanto ele acredita que esse diálogo deve ocorrer não apenas com a base mais com os outros. “É uma conversa que deve haver com os outros grupos. Ele deve ouvir a todos neste momento” ressalta. (M.B.)


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uatro casos de infidelidade às decisões partidárias em relação às eleições de 2014 no PMDB seguem para o Conselho de Ética do diretório regional do partido. A decisão foi tomada em reunião da executiva estadual na quarta, 11, e atinge dois peemedebistas que agiram – e vêm agindo – na contra mão da posição oficial do PMDB goiano, que é fazer oposição. O empresário José Batista Júnior, o Júnior do Friboi, e o ex-conselheiro do TCE Frederico Jayme deverão receber as suas sentenças em até 90 dias, prazo máximo que a comissão tem para avaliar os casos. Frederico Jayme é desafeto do ex-governador Iris Rezende desde o fim das eleições de 2006. Naquele ano, Jayme se aposentou no TCE e voltou a se filiar no PMDB, de olho na vaga de candidato a vice-governador do então candidato ao governo Maguito Vilela. Não conseguiu se viabilizar internamente e perdeu a disputa para Onaide Santillo. Acabou se tornando coordenador-geral da campanha. Após a derrota, apontou a metralhadora para Iris. Desde então, vem se aproximando cada vez mais da base aliada do governador Marconi Perillo (PSDB), ao ponto de ser, hoje, o chefe de gabinete do tucano. Situação mais inusitada, porém, é a de Júnior do Friboi. O empresário chegou ao partido com a vontade e esperança de ser candidato ao governo no ano passado. Conhecido como um grande articulador empresarial, Friboi, desde então, colecionou erros de todas as dimensões e acabou por inviabilizar não ape-

% nas a sua candidatura, como também a sua permanência no partido. Apesar de ainda ter 90 dias para tentar evitar o 'triste destino' – ou seja, ainda há tempo para as últimas articulações políticas -, hoje o clima é de que o empresário seja expulso nos próximos meses. Os erros políticos de Friboi, aliás, não começaram com a sua filiação no PMDB, mas se confundem com a sua própria entrada na política. Em 2005, Friboi foi convidado por Marconi Perillo para ingressar no PSDB e articular sua candidatura ao governo. Pouco tempo depois da filiação, Friboi deu entrevista à Tribuna dizendo que seria o candidato ao governo, que o governador o havia garantido isso. Frisou que seu objetivo seria unir PSDB e PMDB em torno de sua candidatura “para o bem do Estado”. Sua postulação durou apenas mais alguns dias depois destas declarações. No meio do jogo político onde o então vice Alcides Rodrigues (então no PP) tinha nas mangas a vantagem de assumir o governo em poucos meses, Marconi logo veio a público desmentir que havia lhe garantido a candidatura e acabou fritando Friboi. Em 2010, mais uma vez Friboi acabou inviabilizado depois de dar uma entrevista, desta vez ao jornal O Popular. Filiado ao PTB, o empresário revelou um plano que, segundo ele, teria sido firmado entre ele e o governador. Friboi disse que ele seria o vice-governador e super secretário. Na metade do mandato, Friboi disse que Marconi renunciaria para ele ser governador. Mais uma vez pregou a união de Iris e Marconi em prol do

Estado. Foi, novamente, inviabilizado por suas palavras, já que todo esse plano, na prática, seria inviável.

Os desacertos de Júnior do Friboi começaram desde à sua entrada na política Depois do PTB, Friboi voltou à cena política goiana como comandante, na prática, do PSB. Estruturou o partido em vários municípios e o ajudou a fazer prefeitos. Abandonou o discurso de união PSDB-PMDB (o que foi um grande acerto) e preparou o terreno para, enfim, ser protagonista político em Goiás. Pouco tempo depois das eleições municipais de 2012, porém, abandonou o partido para se filiar ao PMDB. Viu que não teria chance de ser eleito governador no médio PSB e preferiu ir para um partido maior. O problema é que Friboi não amarrou tal decisão com o PSB nacional. Saiu do partido e o 'entregou' a um virtual adversário, o empresário Vanderlan Cardoso (que havia saído do PMDB alguns meses antes). Jogou por terra quase todo o esforço de estruturação do partido que havia feito durante as eleições municipais. No PMDB, porém, Friboi conseguiu cometer o maior

número de erros por menor espaço de tempo. Antes mesmo de entrar no partido, cometeu um equívoco de articular sua entrada nacionalmente, com o vice-presidente da República Michel Temer, e ignorar a liderança do ex-governador Iris Rezende no Estado. Depois, tentou construir um diálogo com Iris, mais o estrago já havia sido feito – em nenhum momento as duas lideranças falaram a mesma língua. No início de 2014, Friboi errou novamente ao praticamente reduzir a pó a importância do maior aliado do PMDB até então. Em declarações, o empresário disse que esperava o PT buscá-lo para discutir uma aliança, mas se isso não ocorresse ele poderia substituí-lo pelo DEM, maior adversário dos petistas em Goiás. A disposição de Friboi em mostrar que o PT era substituível como aliado – e ainda mais pelo DEM – caiu como uma bomba no partido. Lideranças petistas logo começaram a rejeitar seu nome e dizer que o partido só se aliaria com o PMDB caso Iris fosse o candidato. No fim de abril, vendo que Friboi não o apoiaria e percebendo que a divisão do partido era iminente, Iris Rezende soltou uma nota dizendo que abria mão de sua pré-candidatura ao governo, abrindo espaço para Friboi. Eis que o empresário, mais uma vez, se equivoca. Ao invés de 'agarrar o boi pelo chifre', como dizem os goianos, principalmente pecuaristas do interior, ele suspendeu sua agenda e desapareceu dos eventos públicos. A saída de cena de Friboi fez com que os iristas ganhas-

sem força para criar o movimento “Volta Iris”, recolocando o ex-governador, de uma vez por todas, no jogo. O último, e mais grave, erro de Friboi no processo eleitoral de 2014 foi a declaração de apoio que fez ao governador e candidato à reeleição Marconi Perillo no segundo turno da campanha. Esta ação, inclusive, é o argumento principal daqueles que pedem a sua expulsão. Ao dizer que apoiava Marconi, José Batista Júnior atuou e trabalhou contra o partido, causando a fúria e descontentamento de quase a totalidade do PMDB – não só de iristas, como de outros filiados menos ligados ao ex-governador. Friboi desrespeitou uma regra partidária básica, de todos os partidos, que diz que o debate interno pode até ser acalorado, mas depois que a agremiação decide por um caminho todos os partidários precisam abraçar a causa. Isso, é claro, não obrigava Friboi a trabalhar por Iris Rezende. Os seus desencontros, porém, não dava direito ao empresário de apoiar o ad-

versário de seu partido. A não ser que ele já estivesse planejando abandonar o PMDB. Pela sua entrevista à Rádio 730, na sexta, 13, tudo indica que este não era o caso. “Quero continuar no PMDB e tomar o comando do diretório estadual”, disse Friboi na oportunidade. Para colocar em prática este plano, o mais aconselhável politicamente seria declarar apoio a Iris Rezende logo após à convenção, mesmo que não fosse feita ações na prática. Com este gesto, Friboi poderia ter se mostrado como um fiel seguidor das decisões partidárias. Após a derrota de Iris – e com a idade praticamente lhe impedindo de disputar outra eleição para o governo -, Friboi poderia se transformar no novo grande líder do PMDB a partir de 2015. Ganharia forças para comandar o processo das eleições municipais de 2016 e da sucessão de 2018. Ao invés disso, porém, hoje ocupa um espaço pequeno no partido, com grande parte dos peemedebistas lhe apontando os canhões e clamando para a sua saída.


Brasil (CNA), Ênio Jaime Fernandes Júnior, acredita que o polo de inovação será de extrema relevância. "Seremos um centro de difusão de pesquisas. Rio Verde já se destaca na área do milho, da soja, de tecnologias em pecuária. Há oito anos nem cultivávamos a cana-de-açúcar e, agora, teremos a opor-

tunidade de exportar pesquisa, fazendo a produtividade da região e do Brasil crescer." Segundo explica, quando uma cidade passa a ter um instituto de pesquisa, ela se torna uma importante difusora: "Vem empresas de todos os lados para fazer uso dessa tecnologia, pois sabem que aqui vão encontrar técnicos gabaritados. Assim, se cria um ciclo de conhecimento, que não apenas para a cana, como também para qualquer outra matéria-prima de bioenergia", destaca. O estado de Goiás é hoje o segundo maior em produção de etanol e o quarto de açúcar. Ênio Fernandes explica que a cultura apresentou maior crescimento na região nos últimos oito anos. "Por muito tempo não houve investimentos na cana-de-açúcar. O milho, por exemplo, cresceu oito vezes a sua produtividade em 50 anos. A soja, 80%. Já no caso da cana, a nossa produção é a mesma de 70 anos atrás. Então, investimentos para melhorar o desenvolvimento é fundamental. E Rio Verde foi presenteada ao fazer parte da rede Arco Norte." Conforme explica o presidente da Comissão, os empresários têm papel fundamental no desenvolvimento dos polos de inovação. "O governo federal entra com 90% dos recursos e os empresários com 10%. Isso força a realização de pesquisas que o mercado quer, que traz de fato retorno. Assim, se uma ideia, tecnologia ou produto virar algo que gere royalties, isso fica 100% para o empresário. O governo faz isso para estimular mais pesquisas efetivas, que tornem o país mais competitivo", acredita Fernandes.

afirmou que não há projeto para o local, sendo que todos os retornos previstos na obra de duplicação foram implantados nos espaços considera-

dos como adequados. Segundo a nota, tais locais foram definidos de forma a não prejudicar a segurança na via. (Gabriela Guimarães)

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eis cidades brasileiras fazem parte da Rede Arco Norte, que prevê a construção de polos de inovação e pesquisa. O projeto foi criado há dois anos, por intermédio da então senadora Kátia Abreu. Dentre o total de cidades no país a receber os polos, Rio Verde é a que está mais desenvolvida em termos de pesquisa e construção da sede. O polo vai funcionar em uma área de cerca de sete hectares, localizada a 15 quilômetros de Rio Verde, na GO-174 (saída para Montividiu). O foco é fomentar pesquisas com destaque no desenvolvimento de sistemas de produção, confecção de novos equipamentos agrícolas e outros. "Serão trabalhos voltados para a melhoria dos processos de obtenção de bioenergia. Digo que são três áreas de atuação, sendo a formação de mão de obra; realização de pesquisas aplicadas e criação de cursos de mestrado", explica o próreitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do IF Goiano, Fabiano Guimarães. De acordo com ele, o que se espera é que as pesquisas

# desenvolvidas sejam, de fato, de interesse e aplicabilidade por parte dos produtores. "Aqui em Rio Verde o projeto Arco Norte terá como principal área de atuação as cadeias do etanol e do biodiesel. Para isso, já temos 10 vagas para contratação de doutores para realizar essas pesquisas." Ainda segundo o pró-reitor, destas 10 vagas, seis já estão preenchidas e os trabalhos de pesquisa tiveram início no campus do IF Goiano de Rio Verde. "Vamos chegar a 12 doutores, fora o corpo de pesquisadores do nosso campus, que ai temos mais de 40 doutores", reforça. Em relação à escolha do produto, sendo a cana-de-açúcar, Guimarães explica que a área plantada na região de Rio Verde, assim como a presença de grandes indústrias instaladas na cidade, foram fatores decisivos para essa escolha. "Mas atuaremos também em toda a cadeia de grãos que podem ser usados na produção de biodiesel. Já foi investido mais de R$ 1 milhão para aquisição de veículos para o polo. Vamos agora licitar para a construção da sede e dos laboratórios mais R$ 5 milhões.

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Então, para a construção e aquisição de equipamentos para o polo serão investidos cerca de R$ 18 milhões no projeto", conta o pró-reitor. Guimarães faz questão de destacar que seis doutores já estão trabalhando provisoriamente em projetos da área de agrocombustíveis, em um prédio cedido pelo IF Goiano. "Mas a sede oficial do Arco Norte só deve ser entregue daqui três anos", acredita. Segundo ele, o polo trará inúmeros benefícios para Rio Verde e irá solucionar antigos gargalos de toda a cadeia de produção do açúcar e etanol. "Imagine, por exemplo, uma pesquisa que reduza a aplicação de determinado herbicida, algo que já está acontecendo. Ou, então, um estudo que auxilia na utilização da fertilidade que o próprio solo já tem. Isso sem

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contar a formação de recursos humanos, colocando à disposição das empresas profissionais mais qualificados", destaca. Difusão de tecnologia O presidente da Comissão Nacional de Cana de Açúcar, da Confederação da Agricultura e Pecuária do

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Sem passarela, travessia é um risco Moradores do bairro Jardim das Margaridas continuam se arriscando entre os carros que passam pelo perímetro urbano da BR-060. Em agosto do ano passado, a passarela foi derrubada por um caminhão, que passou com a caçamba erguida. Mais de seis meses se passaram e até hoje o problema não foi resolvido. Quem precisa passar para o outro lado da cidade de Rio Verde já não sabe mais a quem recorrer. Marco Antônio, presidente da Associação de Moradores do Jardim das Margaridas, afirma que todos os dias é possível ver moradores se arriscando para fazer a tra-

vessia. "Tem gente que passa de bicicleta e pula a muretinha. É totalmente perigoso e nós já cansamos de pedir solução para esse problema. Enquanto isso, mais gente pode vir a morrer no perímetro urbano da BR-060", antecipa o presidente de bairro. Idosos e crianças são os mais prejudicados. Manuel Justino, de 61 anos, conta que já participou de várias manifestações feitas pelos moradores. "Mas não adianta, eles não resolvem essa passarela, que já foi derrubada duas vezes só no ano passado. Eu fico com muito medo ao atravessar, pois não tenho agilidade para correr, ca-

so venha algum carro em alta velocidade", conta. A solicitação é também para que seja construído um retorno nas proximidades do bairro, que conta com várias empresas, a exemplo das concessionárias de veículos. "Para fazermos o retorno temos de andar por alguns quilômetros. O engraçado é que na porta de um shopping que fica na BR eles fizeram esse retorno sem muitos estudos. Ficamos indignados com o descaso com nós moradores. Sou comerciante há mais de cinco anos no bairro e ficamos prejudicados, pois o movimento caiu bastante", reclama Evaldo Nunes.

Em resposta aos questionamentos dos moradores do bairro, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que duas licitações já foram realizadas para a execução da obra na passarela da BR060. Na primeira delas, conforme informou o Dnit em nota, não houve vencedor. Já a última licitação aconteceu no mês de dezembro de 2014 e, agora, o con trato precisa ser homologado. Somente depois desta homologação que a empresa terá o prazo de 90 dias para executar a obra na passarela. Já em relação ao retorno solicitado pelos moradores, o Dnit


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