2015 02 22 sudoeste

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Histórias de conflitos do leste africano "

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estabelecimentos estão cobrando uma taxa indevida para colocar crédito em celulares. A cobrança, de R$ 0,50, é considerada abusiva. "O consumidor que flagrar este tipo de prática deve entrar em contato com o Procon para fazer a denúncia", esclareceu.

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ara Paulo do Vale, sim! O médico e político diz que acredita que a oposição deva eleger o próximo prefeito da cidade de Rio Verde. Já antecipou, também, que pode vir a apoiar Karlos Cabral, caso o petista esteja melhor nas pesquisas no ano que vem. "PMDB e PT não estão rompidos. Na hora certa vamos sentar e conversar sobre alianças. A oposição estará unida", garante Paulo do Vale.

# A Secretaria de Juventude, Ciência e Tecnologia anunciou que está com as inscrições abertas para as aulas de luta, sendo nas modalidades Jiu-Jitsu, Karatê e Muaythai. O lutador de Jiu-Jitsu Alex Ferreira da Silva montou um espaço profissional na Secretaria onde as aulas serão ministradas, que começam no dia 23 de fevereiro. As matrículas podem ser feitas na sede da Secretaria, situada na Avenida Presidente Vargas, 603, Jardim Presidente, das 8 às 11 e das 13 às 17 horas.

& Para sanar as dúvidas de alguns rio-verdenses foi anunciado que as normas das UPAs de todo o país determinam que os pacientes fiquem na unidade pelo prazo máximo de 24 horas. Caso seja necessária internação, os mesmos devem ser encaminhados a hospitais da cidade ou ao Hurso, em Santa Helena. Conforme informações divulgadas na última semana, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Rio Verde atende diariamente cerca de 330 pessoas, totalizando mais de 10 mil

Aventura na África

O

s carroceiros de Rio Verde não estão nada satisfeitos com a notícia de que os Ecopontos serão retirados da cidade. São sete espalhados por vários pontos. De acordo com a Secretaria de Ação Urbana, a causa da retirada se deu por meio de um pedido da promotoria ambiental. E o prefeito Juraci Martins assinou um termo de compromisso que assume a tarefa de retirar imediatamente os Ecopontos. Estes espaços foram criados há quase 5 anos e, inicialmente, seria de uso exclusivo dos carroceiros. Mas, em decorrência da má utilização por parte de toda a comunidade, que depositada outros tipos que lixo, os carroceiros ficaram agora prejudicados. O secretário de Ação Urbana, Antônio Rozeni Gomes Barbosa afirma que ainda não se tem uma orientação para repassar aos profissionais que se sentiram lesados com a nova medida. Muita coisa ainda precisa ser decidida! E também nesta edição, confira os primeiros detalhes da grande feira Tecnoshow Comigo 2015. O evento acontece no mês de abril e a expectativa dos organizadores é reunir mais de 100 mil visitantes de todo o país, além das comitivas internacionais. Devem ser comercializadas quantias superiores a R$ 1,4 bilhão, número registrado em 2014. O foco continua sendo o aumento da produtividade e a melhoria da competitividade dos produtores brasileiros. Confira ainda a interessante história da jornalista rio-verdense Jéssica Paula Prego. A jovem de 23 anos percorreu quatro países africanos em busca de relatos de pessoas vítimas de conflitos no leste do continente. Jéssica percorreu mais de 7 mil quilômetros, tudo isso sozinha, apoiada em suas muletas e carregando apenas uma simples mochila com pouquíssimas roupas. A aventura resultou em um livro, que será publicado nos próximos dois meses. E o Conselho de Segurança Pública de Rio Verde vai implantar no próximo mês de março um projeto que pretende reduzir os casos de menores consumindo bebidas alcoólicas e cigarros. Os comerciantes deverão se adequar à nova medida. Boa leitura!

Após os rumores de que a Prefeitura de Rio Verde faria o cancelamento do Banco de Horas, o boato foi negado pelo Executivo. Inclusive, o secretário de Comunicação, Danilo Moraes, informou que nos últimos seis anos foram investidos mais de R$ 35 milhões em segurança, incluindo as câmeras de videomonitoramento. "Neste ano, mais 30 câmeras serão instaladas", antecipou o secretário.

O promotor de Justiça Márcio Lopes Toledo propôs ação de execução contra o Banco Bradesco, por descumprir uma lei municipal, que obriga o atendimento aos clientes no prazo máximo de 25 minutos. O banco deve realizar o pagamento em até 15 dias, sendo a multa de R$ 63.463,58, isso porque não cumpriu uma decisão judicial condenatória em

atendimentos mensais. Em relação aos exames laboratoriais, são realizados cerca de 2.500.

# O diretor do Procon de Rio Verde, Marcos Tomaz, informou que alguns

O novo secretário de Ação Urbana, Antônio Rozeni Gomes Barbosa, informou que já estão valendo as mudanças na forma da coleta de lixo em Rio Verde. "Muitos moradores reclamam que os sacos ficam por longo período na porta das residências e, com isso, animais rasgam os lixos, carros passam por descuido em cima dos sacos. O que gera grande desconforto. Por isso, combinamos com a empresa de coleta que o caminhão passe logo em seguida, fazendo a retirada do lixo. Acreditamos que assim iremos resolver o problema", anunciou o secretário Antônio.

outra ação do Ministério Público. O Bradesco foi intimado e notificado em 2009. Na época o Ministério Público solicitou que, em caso desobediência, o banco pagasse multa de R$ 1.000,00 por cada atraso no atendimento. O Bradesco interpôs uma apelação, que foi julgada definitivamente em 2014. Mesmo com o fim do processo, o banco não respeitou a sentença e foi denunciado 62 vezes ao Procon de Rio Verde.

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Os trabalhos na Câmara Municipal de Rio Verde retornam nesta segundafeira, dia 23. Muitos assuntos polêmicos devem ser discutidos já nas primeiras atuações dos parlamentares rioverdenses. Destaque para o discurso que deve ser feito pelo vereador Elias Terra, sobre o pedido de exoneração na Secretaria de Governo e Articulações Políticas. Os professores também prometem lotar o auditório da Casa de Leis, em busca de votações importantes para a categoria.

SSO Núcleo de Vigilância Epidemiológica de Rio Verde já registrou 140 casos de dengue. Os números são superiores aos registrados no mesmo período do ano passado. Até o mês de julho a prefeitura realizará um mutirão de combate aos criadouros do mosquito da dengue. As equipes de trabalho pedem ainda a colaboração da comunidade.

A difícil tarefa empresarial chamada Gestão do Capital de Giro André Salerno

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ão se deixe enganar, essa é uma das principais tarefas que devem ser gerenciadas por empreendedores e gestores nas áreas financeiras de suas respectivas empresas, sejam elas de pequeno ou grande porte, e sua complexidade não deve ser subestimada. Em recentes pesquisas elaboradas pelo Sebrae, uma das principais causas da mortalidade de empresas é a falta de habilidade na condução do gerenciamento do capital de giro. As causas para essa complexidade são distintas e às vezes difíceis de identificá-las. Por outro lado, listamos alguns prováveis desafios que empreendedores e gestores já em atuação possam ter, ou devam ter atenção redobrada em sua rotina empresarial. A exemplo da necessidade de grande dispêndio de tempo dos gestores com as atividades que envolvam a gestão do capital de giro. O dinamismo das atividades operacionais de uma empresa faz com que possíveis causas para problemas na gestão do capital de giro possam ser fruto de dificuldades internas (ineficiência de processos) e/ou externas (forças de mercado tirando qualquer poder de negociação das mãos do empresário). Embora alguns o tratam com certa trivialidade, mesmo os grandes estudiosos no mundo todo ainda não encontraram uma solução eficaz para o seu gerenciamento. Alguns dizem que se trata de um dos dez problemas ainda não solucionados na área de finanças dada a sua complexidade. Mas o

que significa mesmo o termo Capital de Giro? Usaremos como exemplo uma empresa fabricante de brinquedos. Essa indústria produz brinquedos e para a condução desse processo ela precisa comprar a matéria-prima (exemplo: plástico, entre outros) para a produção de bonecas. Ao comprar essa matéria-prima, a indústria tem duas alternativas para essa aquisição: pagá-la à vista, ou seja, dispondo de seus recursos antes de produzir, vender e receber os recursos provenientes da venda dessa boneca. Ou pagá-la a prazo, de acordo com as condições de financiamento que o fornecedor do plástico irá conceder à você. Em linhas gerais, quanto melhor forem suas condições financeiras e de relacionamento com esse fornecedor, melhores serão as condições desses financiamentos. Mas lembre-se: existem forças de mercado que restringem, por exemplo, prazos muito dilatados de pagamentos aos fornecedores. Para os compradores (indústria de brinquedos), quanto maior for o prazo, melhor. Mas existem limites através de prazos de financiamento, como também as forças de mercado que convergem para que os prazos de determinado setor transitem em torno de uma média praticada. Concluída essa compra, a indústria de brinquedos colocará essa matéria-prima em seu processo produtivo de tal forma a transformá-lo em um produto final - uma boneca. Há um tempo de produção para que essa boneca seja fabricada, e nesse período quem está financiando o processo é o proprietário da indústria. Com o processo con-

cluído, as bonecas serão vendidas ao mercado, que também pedirão prazos para pagamento dessas bonecas. Após uma avaliação de crédito, a empresa em questão dará prazos para que o atacadista pague a mercadoria. Se somarmos o tempo em que a matéria-prima ficou em estoque aguardando a produção da boneca, mais o tempo que levou para produzi-la, com o prazo que esperamos receber dos atacadistas esses prazos somados chamaremos de Ciclo Operacional. Mas vale lembrar que tomamos financiamento de nossos fornecedores da matéria-prima. Se deduzirmos esse tempo do Ciclo Operacional, chegaremos a um conceito chamado de Ciclo Financeiro ou Ciclo de Caixa. Esses ciclos, quando positivos, equivalem ao tempo em que a empresa fabricante de bonecas necessita de recursos adicionais para atendimento de possíveis lacunas relacionadas ao Capital de Giro. Observem que esse processo se repete inúmeras vezes dentro de uma empresa, e que o processo de negociação com fornecedores e clientes é bastante intenso, o que exige preparo e uma boa visão de negócios. Fatores de mercado também devem ser considerados, pois questões relacionadas a uma maior ou menor oferta de determinado produto pode afetar seus respectivos preços e/ou condições de financiamento. Por isso, um bom planejamento financeiro deve ser feito de tal forma que minimize seus riscos para variações bruscas em seus negócios. Estes são alguns exemplos da complexidade dessa tarefa relacionada ao gerenciamento

do capital de giro. Alguns gestores ainda podem adotar estratégias diferentes quanto à gestão do capital de giro. Conservadora: aloca-se uma maior quantidade de recursos através de níveis elevados de estoques, por exemplo. No entanto, aqui ressaltamos que alguns riscos são carregados com essa estratégia, como: obsolescência de produtos, riscos de armazenagem como furtos ou possíveis impactos de causas naturais, sem contar o quão caro é investir em estoques, esperando que esses sejam processados. Em estudos recentes foi constatado que empresas que adotam essa estratégia tendem a ser menos rentáveis. Arrojada: essa estratégia é caracterizada por um volume baixo de investimentos em estoques ou concessões de prazos mais curtos para a venda de seus produtos. Com estoques mais baixos, caso ocorra uma maior procura por seus produtos e não os tenha em estoque, pode-se perder volume de vendas. Um ponto de equilíbrio entre essas estratégias ainda não foi encontrado. As áreas empresariais e acadêmicas estão em constante luta para uma gestão eficaz desses recursos dentro de uma companhia. aMesmo sabendo que essa tarefa não é nada fácil, sabe-se que aqueles que não tenham o devido preparo, obtido através de cursos e ambientes empresariais desafiadores, ou ainda a ausência de ferramentas tecnológicas que dão o devido suporte nesta importante tarefa empresarial, tem o seu dia a dia muito mais arriscado.


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m dos estados de maior representatividade no setor do agronegócio, Goiás tem enfrentado problemas com a instabilidade climática. Este ano, a exemplo de 2014, não tem sido diferente, pois o início de 2015 foi marcado por um longo e atípico período de estiagem. Juliana Marton

Tribuna do Planalto - A senadora Kátia Abreu foi nomeada para o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA). É um bom nome? José Mário Schreiner - Eu tenho a convicção que é um dos melhores nomes para o ministério. É uma pessoa que conhece a vida no campo e os desafios da produção rural de dentro da porteira. Apesar de não pertencer a sua pasta, ela conhece muito bem os desafios de logística que temos no Brasil. E além do mais, ela também conhece muito bem o mercado mundial. Tanto do ponto de vista do abastecimento interno da população brasileira, como o mercado internacional. Eu não vejo um nome mais apropriado para ocupar o MAPA que o da ministra e senadora Kátia Abreu. Um pouco antes da sua posse, ela fez uma afirmação que se tornou uma grande polêmica, que “no Brasil não existe latifúndio”. A gente sabe que isso não é verdade. Dados do INCRA apontam que há cerca de 130,3 mil latifúndios no Brasil. Na sua opinião, o que isso representa sobre o posicionamento dela? Nós temos que ver de que âmbito se analisa esse latifúndio. Qual o conceito que se utiliza para isso. Propriedades maiores, extremamente produtivas, tecnificadas, com alta produtividade e responsabilidade social são consideradas latifúndios? No nosso entendimento, latifúndios são áreas extensas e improdutivas. E isso, realmente, no Brasil é uma raridade, hoje. Talvez, os grandes latifúndios são as áreas públicas que se concentram na região Norte do Brasil. Mesmo porque, hoje, na distribuição do território nacional, apenas 27% é usado para a produção rural, distribuídos entre produtores de maior, médio e menor portes. No nosso entendimento, ao invés de entrar em discussões ideológicas, temos que observar o produtor. No Estado de Goiás, temos 15% dos produtores respondendo por 85% da produção. Então, esse é foco da discussão e é a preocupação da senadora Kátia Abreu, de pegar os produtores da classe C e alavancar eles para as classes A e B, e pegarmos também os produtores das classes D e E, e alavancá-los para as classes B e C. Esses produtores menores, poderiam ser classificados dentro da Agricultura Familiar? É um outro conceito que a gente vê com ressalvas, pois querem dividir: agricultura familiar X agronegócio. Todos são agricultores e produtores. O meio rural não diversifica nada. São conceitos criados no Brasil que tentam dividir as classes, como se uma fosse a do bem e a outra a do mal. Não é bem por aí. Nós temos que ver que todos nós somos produtores, com propriedades menores, médias e maiores. Recentemente, a Tribuna entrevistou o sr. Alair Santos, presidente da Federação dos

A chuva veio, mas a perda em algumas lavouras já é dada como certa. De acordo com José Mário Schreiner, presidente Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), a estimativa é de que haverá uma quebra aproximada de 12% na produção de grãos, o que deve representar entre 1,5 e 2 milhões de to-

Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás (FETAEG). Na ocasião, ele comentou que a “Kátia Abreu não é um bom nome para a agricultura familiar...” Eu diria que a ministra Kátia Abreu, pelo conhecimento que ela tem, e pelo conhecimento que eu tenho dela, sem dúvidas nenhuma não faz essa divisão. Aliás, ela é uma pessoa que desenvolveu programas sociais fantásticos à frente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (FAET). Eu não vejo isso como uma ameaça para a agricultura familiar de forma nenhuma. Agora, uma questão é você cuidar da agricultura, e outra é você trabalhar as questões fundiárias, como, por exemplo, o direito à propriedade. Nós temos uma visão muito clara, somos a favor do direito à propriedade, que está na Constituição do Brasil. Somos contra a invasão de terras. Então, o senhor não é a favor da Reforma Agrária? Não, não. Eu sou a favor da Reforma Agrária, sou contra a invasão de terra. Porque invadir terra é contra a lei e nós temos que ser a favor da lei. O direito à propriedade está na Constituição. Invadir terra é crime!

O Código Florestal foi um avanço muito grande. Tínhamos leis que colocavam o produtor rural na marginalidade”

E a distribuição de terras, como fica? São conceitos, conceitos. O que é um latifúndio? No começo da entrevista, falamos sobre dados do INCRA que apontam que há cerca de 130,3 mil latifúndios no Brasil. Há uma pesquisa da Associação Brasileira da Reforma Agrária que estima que ao menos metade dessas grandes propriedades, que concentram uma área superior a 244,7 milhões de hectares, são improdutivas. E, por sinal, são dados que se referem apenas aos imóveis rurais privados, excluídas as terras públicas ou devolutas... Eu não vou entrar nessa questão polêmica. O INCRA tem o pensamento dele, tem os números dele. Eu não vou entrar nisso, porque eu conheço a realidade do campo no Brasil. E o INCRA tem uma visão que é dele! Eu não vou contestar, mas

neladas. Mas, segundo ele, ainda é cedo para fazer o fechamento do número. Sobre estes e outros temas ligados ao agronegócio, e também a respeito da nomeação da senadora Kátia Abreu para a pasta da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o representante da Faeg falou em entrevista à Tribuna.

também não vou concordar com os números que eles falam. Bem, no caso da estiagem, os dados, incluindo da própria FAEG, mostram que houve aproximadamente R$ 1,25 bilhão de prejuízo somente em Goiás, certo? É, já deve ter ultrapassado. Mas, vimos a ministra Kátia Abreu afirmar que a estiagem não está afetando a produção no Brasil. Não é incoerente? Não. É justificável. Por quê? Infelizmente, Goiás pelo segundo ano consecutivo enfrentou problemas climáticos. Isso nunca havia acontecido. Às vezes, um probleminha localizado aqui ou ali. Mas, desta vez foi geral e já vem há dois anos. Nós devemos ter aí uma perda de 12%, que vai significar talvez 1,5 milhão ou 2 milhões de toneladas... Ainda é cedo para fazer o fechamento desse número. Agora, talvez para o Brasil esse percentual de perda em Goiás não seja significativo. É um percentual pequenininho. Veja bem, é como se dois vizinhos, um com cem cabeças de gado que perdeu uma, ou seja, 1%, e o outro com apenas duas cabeças de gado que perdeu, também, uma, mas isso representa 50%, é metade. Mas, isso não preocupa? Com certeza, é uma grande preocupação nossa. Porque existe perda na base primária da produção e, consequentemente, na agregação de valor, na industrialização, no processamento, na transformação, na geração de empregos e de renda para o Estado. O que nós fazemos, então, é alertar o que está ocorrendo, até mesmo para que se possa buscar alguma solução para esses casos. Agora, o resultado final, só após a colheita que vamos poder medir de uma forma mais certeira. Existe uma perspectiva que, infelizmente, não é boa. E pode inclusive agravar-se, afetando o PIB do Estado, haja vista que quase 70% é proveniente da atividade. A superintendente de Políticas e Programas do Sistema de Meteorologia e Hidrologia (Simehgo), Rosidalva Lopes, comentou que as chuvas estão vindo no momento errado. No sentido de que, na hora da semeadura não choveu e há possibilidade de chover na hora da colheita. O senhor acredita que ainda vai haver um impacto muito grande devido a isso? A grande preocupação que eu, particularmente, tenho é que comece um período chuvoso e aquela soja que está boa para colher, se perca. Eu tenho esse temor. Porque, pode até faltar bastante chuva num mês, mas normalmente o ciclo se completa, ou seja, a precipitação vai acontecer, a distribuição que está mal feita. Pode ocorrer isso, sim. Não tenho os dados meteorológicos de março, mas pode ocorrer e eu tenho um temor muito grande com relação a isso. Perde-se com a seca e depois se perde com a chuva. Qual a maior dificuldade do setor agropecuário hoje?

Eu diria que, dentro da produção, é a falta de um seguro rural efetivo. Hoje, apenas 14% das lavouras de Goiás são cobertas com seguro. Mais que isso, esse seguro cobre apenas 50% do custo da produção. Temos que caminhar para um seguro que possa cobrir, no mínimo, 80% da previsão da colheita. Isso do ponto de vista da produção. Agora, temos muita dependência ainda da infraestrutura logística. E temos um caso particular, em Goiás, que é a energia elétrica, que é problema para a cidade, para o campo, para a indústria, para todo mundo. Não é raro produtores que ficam de sete a oito dias sem energia elétrica e, por isso, perdem a produção. O que seria viável para resolver esse problema? Investimentos. A CELG precisa retomar os investimentos, urgentemente. Ampliar as redes e a aumentar a capacidade de distribuição. As nossas redes são muito obsoletas, não possuem capacidade de suporte de carga. A luz no campo está atrasada no estado de Goiás. Nós vivemos um caos com relação a questão energética no estado. Você não consegue avançar. Tudo precisa de energia elétrica. A CELG não tem condições. Acredita que a privatização seria uma saída? Existem estados que privatizaram e as operadoras estão indo muito bem. Eu acredito que o Estado tem que buscar a melhor solução, se a privatização for ela, que seja. Agora, não pode ficar do jeito que está. E, principalmente, este ano que já se preanuncia o aumento de 40% na energia. Imagine, nós de Goiás, com a má qualidade da energia que recebemos e ainda sofrer com um aumento desses, aí é realmente muito difícil para o setor produtivo e para toda a sociedade. As ministras Kátia Abreu (Agricultura) e Isabela Teixeira, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), convocaram uma reunião com os secretários estaduais de agricultura e meio ambiente recentemente. E nessa reunião, bateu-se muito na questão do Cadastro Ambiental Rural (CAR). O que é e por que é tão importante? O CAR surgiu na aprovação do novo Código Florestal Brasileiro e é o registro da propriedade rural, uma espécie de fotografia. Todas as propriedades rurais devem ser cadastradas até maio de 2015, podendo ser prorrogado. Ele é obrigatório por apresentar essa radiografia, contendo a localização das áreas de preservação permanente, reserva legal, e as áreas de mata ciliar. O CAR atrasou muito no Brasil, em

Infelizmente, Goiás pelo segundo ano consecutivo, enfrentou problemas climáticos. Isso nunca havia acontecido” função de o PRA (Plano de Recuperação Ambiental) não estar regulamentado. Pois, se o produtor ficar devendo alguma coisa no CAR, tem que aderir ao PRA. O jornal francês Le Monde fez críticas bastante duras a respeito da nomeação da ministra Kátia Abreu, usando expressões como “guerreira contra o lobby verde”, no sentido do enfraquecimento das discussões sobre sustentabilidade, e “papel essencial no enfraquecimento do Código Florestal”. Qual a sua leitura? O Código Florestal foi um avanço muito grande. Tínhamos leis que colocavam o produtor rural na marginalidade. Um grande exemplo disso... A Reserva Legal do Cerrado surgiu em 1989, tornando-se obrigatório ter 20% de reserva

legal em todas as propriedades. Mas, e aqueles produtores que desmataram antes de 1989? A lei retrocede para penalizá-los? Não. O Código Florestal Brasileiro veio para dar condições e legalidade. É claro que, uma lei tão complexa como essa não deixa a todos plenamente satisfeitos, porque o Brasil é um país continental e os interesses são diversos. O importante disso tudo é que haja uma lei que dê segurança jurídica para aqueles que estão trabalhando e produzindo. Não deixar os produtores rurais do nosso Brasil, que hoje seguram a economia do país. Então, essa questão do Le Monde, é algo que para mim não importa tanto. Acredito que a comunidade internacional deveria se preocupar com o meio ambiente deles. O Brasil tem maturidade para decidir o que é bom para si. O produtor rural estava vulnerável a atuação de qualquer um, até mesmo de marginais que se diziam entendidos de meio ambiente que iam lá extorquir o produtor rural. E o Código Florestal trouxe essa tranquilidade. O senhor falou que a economia que funciona no Brasil é a agropecuária. Mas, alguns especialistas veem isso como um fator prejudicial, pois aponta para uma “reprimarização” da economia brasileira. Como o senhor vê isso? O que a gente faz? Nós não vamos parar. A questão do agronegócio brasileiro tomou uma força muito grande. Agora, sobre o processo da reprimarização da economia, não acredito que temos que enxergar por aí. O papel que a indústria desenvolve tem que ser para suprir as necessidades da agropecuária: tratores, máquinas, equipamentos modernos, etc. É uma cadeia produtiva.


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Gabriela Guimarães

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jornalista rio-verdense Jéssica Paula Prego, de 23 anos, é autora do livro “Estamos Aqui”, que conta histórias de vítimas de conflitos no leste africano. Ela caminhou mais de 7 mil quilômetros em quatro países, sendo Etiópia, Sudão, Sudão do Sul e Uganda para entender como vivem as crianças que foram sequestradas por milicianos. Se não bastasse dificuldades como o desconhecimento do dialeto dos povos africanos, o calor de 52º e a ousadia de uma mulher – sozinha – enfrentar todos estes percursos, Jéssica não tem os movimentos das pernas e fez toda esta caminhada apoiada em suas muletas. Aos 6 anos a jornalista teve uma doença chamada mielite transversal aguda, por causa de uma bactéria na garganta que migrou para a medula. Mas nada disso foi limitador. Conforme explica, inicialmente o conteúdo das entrevistas realizadas na África seria utilizado apenas para o trabalho de conclusão de curso na Universidade de Brasília (UnB). “Mas depois eu pensei, tanto trabalho pra morrer ali? Numa faculdade? Eu preciso contar essas histórias pra mais gente, e foi por isso que pensei em publicar o livro”, conta Jéssica. Ela diz que escolheu a região leste da África justamente por se tratar de uma realidade diferente e pouco conhecida por muitos. “Sem contar que seria uma boa desculpa para viajar”, brinca a estudante. “Procurei por vários locais até decidir pelo Sudão, que é um país muito velado e que ainda

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vive na ditadura”, explica. A jornalista conta que no primeiro campo de refugiados que chegou foi surpreendida por um homem que disse que, quando ela voltasse ao Brasil, precisava contar para o mundo que eles estavam ali. “E foi por isso que dei o nome do livro de “Estamos Aqui”. São relatos de refugiados, pessoas que estavam em casa, tranquilas, e foram surpreendidas por grupos do governo, que invadiram as residências, mataram e abusaram de mulheres, sequestraram crianças”, relata. No livro, Jéssica conta também algumas de suas aventuras pelo Sudão do Sul. “Lá não tinha energia elétrica no país inteiro. Não tinha como recarregar a bateria do celular, sem água encanada. Então, por lá, as coisas são muito difíceis. Sempre precisamos buscar algumas estratégias.” A jornalista ficou 60 dias na África em busca dos principais relatos. Segundo ela, a receptividade dos africa-

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nos se compara a dos brasileiros: “São todos muito bacanas, alegres, educados.” Jéssica diz que não se considera uma pessoa corajosa. “Brinco que corajosa é aquela pessoa que enfrenta o medo. Mas eu não tinha medo. Fui pelo espírito de aventura e para ver no que iria dar. Meu maior obstáculo foi a língua. Não falava o dialeto, então era difícil de entender, já que eles não falam inglês. Isso é um grande obstáculo, principalmente para quem está atrás de informação. Mas eram todos bacanas, até me ajudavam a carregar a mochila e queriam saber da minha deficiência física”, lembra. A jornalista passou por várias aventuras, esteve em países em conflito, em locais que não era permitida a entrada de estrangeiros. “Com o calor, as borrachas da minha muleta derreteram. É quase insuportável”, diz. Jéssica conheceu uma ex-enfermeira de Joseph Kony, um criminoso de guerra que está na lista dos

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10 mais procurados do mundo. “São relatos incríveis, de pessoas que conviveram diariamente com a guerra”, reforça. E a rio-verdense não para por aí! Disse que já está programando a próxima aventura: “São muitas ideias, como tráfico de pessoas, imigrantes no mediterrâneo. Mas quero fazer algo também aqui no in-

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terior de Goiás, talvez também nas fronteiras do país. Enfim, estou pesquisando a próxima jornada”, brinca Jéssica. Todos os detalhes da viagem pelos quatro países africanos estão no livro, que deve ser lançado em dois meses. Jéssica contou com a ajuda do chamado financiamento coletivo. “É muito caro publi-

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car o livro. Precisava arrecadar R$ 15 mil. A campanha fica no ar até o dia 5 de março, no site Catarse. Já consegui essa quantia para alcançar a meta e levar essas histórias para mais pessoas”, comemora a jornalista. Link do Catarse: http://www.catarse.me/pt/e stamosaqui?ref=explore


Gabriela Guimarães

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ma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) apontou que mais da metade dos jovens brasileiros já fizeram uso de bebidas alcoólicas. Conforme o levantamento, 31,7% dos adolescentes pesquisados afirmaram terem tomado a primeira dose por volta dos 13 anos de idade. Apesar de a legislação proibir, muitos destes jovens desconsideram os avisos de impedimento do consumo, tanto de bebidas como de cigarros. Em Rio Verde, uma ideia proposta pelo Conselho de Segurança Pública (Conseg) pretende contribuir com a redução destes índices de consumo precoce de drogas. Conforme explica Manoel Divino, presidente do Conseg, a partir do mês de março, todos os comércios da cidade que realizam a venda de bebidas e cigarros terão, obrigatoriamente, que ter placas informativas da proibição. “Desde 2012 que estamos estudando a viabilidade deste projeto. Viajei para a cidade de Monte Carlos, em Minas Gerais, e percebi que por lá todos os comércios tinham estas placas informativas”, lembra Divino.

Multa para descumprimento da medida é de R$100 a R$5 mil O projeto foi estudado com o auxílio das polícias Civil e Militar, assim como com o Executivo municipal. “Lá em Monte Carlos perguntei o motivo das placas. Me explicaram que a cidade tem cerca de 12 faculdades e mais de 40 mil estudantes. Assim, foi preciso adotar medidas para coibir o uso de bebidas e cigarros por menores, porque sabemos que, onde existe grande número de estudantes, são maiores também os casos deste consumo. E trouxemos essa ideia pra realidade de Rio Verde”, explica. Segundo o presidente do Conseg, em todos os locais de festas que venham a ter a venda de bebidas e cigarros também precisarão das placas. “Quando os empresários forem fazer a retirada do alvará de licença já irão receber o informativo”, comenta. As fiscalizações dos estabelecimentos comerciais terão início assim que as primeiras placas forem entregues. “Se os fiscais chegarem ao comércio e não ver a placa, eles podem aplicar a multa, que varia de R$ 100 a R$ 5 mil”, diz Manoel Divino. Para ele, todos os rio-verdenses devem contribuir com o projeto. “Se você che-

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gar a um comércio a partir de março e perceber que não tem a placa, nos informe. É só ligar para a polícia pelo 190 ou para a Secretaria da Fazenda de Rio Verde que vamos mandar uma equipe ao local.” O presidente do Conseg reforça que os jovens precisam aprender a cumprir certas normas, a exemplo da legislação que proíbe o consumo de bebidas e cigarros. “Em Rio Verde, tivemos conhecimento de uma festa em que 11 garotos foram encaminhados à UTI do Hospital Evangélico em coma alcoólico. Temos de lutar contra isso. Os pais e a sociedade de maneira geral precisam colaborar com esse controle, é algo muito sério”, diz. Segundo Manoel Divino, os recursos para a confecção das placas serão destinados por meio das secretarias da Fazenda e Saúde. “Da Saúde porque, em casos de uma pessoa com câncer de pulmão, por exemplo, quem acaba arcando com os custos é a Secretaria de Saúde, levando esses pacientes para se tratar em Barretos. Por isso, entramos num entendimento de que a

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prevenção é o melhor caminho”, considera. Questionado sobre a efetividade das fiscalizações também nos locais de festas, o presidente do Conseg

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Investimento De acordo com o secretário de Comunicação de Rio Verde, Danilo Moraes, os recursos são considerados insignificantes se comparados aos benefícios do projeto. “É algo mínimo pelo retorno que acreditamos que teremos. Para confeccionar as primeiras 550 placas serão gastos cerca de R$ 7 mil. É uma responsabilidade do município em levar até os estabelecimentos esta importante mensagem de que é proibida a venda e consumo de bebidas alcóolicas e cigarros por menores”, diz. Conforme esclarece, as pessoas que já forem recebendo as placas irão assinar um protocolo que confirme o recebimento, evitando desculpas no momento da fiscalização. “A partir dai estaremos cobrando que as pessoas deixem essas placas em locais visíveis no comércio. Vamos entregar as primeiras já nos próximos

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10 dias. Estamos fazendo a nossa parte em disponibilizar este material. O mais importante é a conscientização dos donos de comércio, da família e, principalmente, dos jovens”, reforça o secretário de Comunicação. Ele lembra que, inicialmente, seriam confeccionadas duas placas para um mesmo comércio, sendo uma sobre a proibição da bebida e a segunda, do cigarro. “Mas por uma questão de economia, não só de recursos como também de espaços nos comércios, optamos por fazer uma única placa com as duas mensagens”, finaliza Danilo Moraes.

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Eduardo Sartorato

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paz interna no PMDB está longe de ser proclamada, mesmo após a quinta derrota do partido ao Palácio das Esmeraldas. Após apoiar o governador Marconi Perillo (PSDB) no segundo turno das eleições de 2014, o empresário José Batista Júnior, o Júnior do Friboi, volta à cena política querendo ‘tomar’ o comando do partido, termo que ele mesmo usa. Em entrevista à Rádio 730, há duas semanas, Friboi disse que não deixará o partido, mesmo com o seu processo de expulsão em curso. Já o senador Ronaldo Caiado (DEM) se reuniu com o ex-governador Iris Rezende e seus aliados na quinta, 19, onde todos saíram empolgados e expressando odes à aliança PMDB-DEM. Essa nova disputa interna dentro do partido tem tudo a ver com dois momentos políticos – o primeiro é a renovação do diretório regional, que ocorrerá nos próximos meses; o segundo é a corrida ao governo do Estado em 2018. Mesmo com a distância temporal do novo processo estadual, quem vencer a primeira queda de braço dentro do partido ganhará fôlego para articular sua postulação nos

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próximos dois anos. Ronaldo Caiado foi aliado de primeira hora do ex-governador Iris Rezende na disputa do ano passado. Ganhou moral junto à liderança máxima do partido após costurar uma aliança com o PMDB e apoiá-lo de corpo e alma no segundo turno, quando o democrata já havia sido eleito senador. Logo após o fim das eleições, Caiado ainda deu declarações de que Iris seria o nome natural para a prefeitura de Goiânia em 2016, estreitando ainda mais os laços com o PMDB e projetando

uma aliança para o futuro. Na reunião de quinta, ocorrida na residência de Iris em Goiânia, além do senador e do líder peemedebista, estiveram reunidos a ex-deputada federal Iris Araújo, o viceprefeito de Goiânia Agenor Mariano, o presidente regional do PMDB Samuel Belchior, além dos deputados estaduais José Nelto, Adib Elias, Bruno Peixoto e Ernesto Roller. O grupo, que é aliado de Iris e defende a expulsão de Friboi do partido, saiu com o discurso unificado de que Caiado e o DEM são “aliados

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preferenciais”. Belchior, inclusive, adjetivou Caiado como “militante do PMDB”. Força estrutural Enquanto o PMDB irista se aproxima cada vez mais de Caiado, o então grupo de Júnior do Friboi não mostra entrosamento. Mesmo assim, a força do empresário dentro do partido não é desprezada, principalmente em relação a possibilidade que Friboi tem de ajudar prefeitos e vereadores no financiamento da campanha de 2016. Entre as lideranças, porém, Júnior perdeu

espaço após apoiar o governador no segundo turno em detrimento de Iris, candidato do partido. Hoje o peemedebista mais próximo de Friboi no PMDB é o ex-conselheiro do TCE Frederico Jayme, que também responde processo e pode ser expulso do PMDB e é rompido com Iris Rezende. Jayme ocupa hoje o cargo de chefe de gabinete do governador Marconi Perillo. Ou seja, apesar de fazer duras críticas a Marconi na pré-campanha de 2014, Friboi hoje se aproxima do governador. Há até quem diga que o

empresário queira levar o PMDB para a base aliada do tucano, apesar de ser algo difícil de ser consolidado na prática. Apesar de ter sido um dos fortes aliados de Friboi na précampanha de 2014, além de defender a permanência do empresário no partido, a família Vilela não mostra tanto entusiasmo com o empresário em 2015. Nos bastidores, a informação é que a reunião de Iris com Caiado na semana passada ligou o sinal amarelo entre as lideranças aliadas ao prefeito de Aparecida de Goiânia Maguito Vilela. À priori, o projeto de Maguito seria a articulação visando o fortalecimento do nome do deputado federal Daniel Vilela para as eleições de 2018. O projeto de Daniel ao governo do Estado é desejo antigo do próprio e ele terá os próximos anos para viabilizá-lo. O grupo, porém, se vê no meio do caminho – caso se alinhe a Friboi, poderá estar ajudando o empresário a comandar o partido e fortificar o seu próprio nome para 2018; se se aliar a Iris, a prioridade, ao que tudo indica, é Caiado. Dessa forma, a tão propagada união interna no PMDB está muito longe de ser alcançada. A disputa entre todos estes atores peemedebistas será decisiva e passará, sem dúvida, pela sucessão da prefeitura de Goiânia. Se Iris Rezende for o candidato e vir a ser eleito, o projeto de Caiado tende a ganhar forças. Caso contrário, será ponto para Friboi. Isso se o empresário conseguir evitar a sua expulsão. E quem teria hoje a preferência da base do PMDB para estar à frente dos rumos da aliança nos próximos anos? Friboi ou Caiado? Esta resposta também será de fundamental importância para o futuro do partido nos próximos anos.

Um ano de disputas e brigas internas Há um ano, aliados do empresário José Batista Júnior, o Júnior do Friboi (PMDB), começavam a pressionar o diretório regional do partido para oficializar Friboi como candidato ao governo do Estado nas eleições de outubro. Partidários do ex-governador Iris Rezende, no entanto, vendo que o empresário poderia ‘tratorar’, planejavam o contraataque, que culminaria no lançamento da pré-candidatura de Iris no início de abril. A partir daí, brigas e discussões internas foram decisivas para o fracasso eleitoral do partido, mais uma vez. Após a quinta derrota pelo Palácio das Esmeraldas em 16 anos, o PMDB começou 2015 com a missão de juntar os cacos e unir a agremiação para os futuros projetos políticos, como a eleição para a prefeitura de Goiânia. Uma das ações foi quando, neste mês de fevereiro, o partido iniciou o processo que pode levar a expulsão dos chamados “infiéis” que pertencem à sigla. Um deles é o próprio Friboi, que anunciou apoio a Perillo no segundo turno das eleições do ano passado. A expulsão de Friboi ainda não ocorreu, pode ocorrer em breve, mas ainda não é certa.

O processo está no Conselho de Ética do diretório regional. Neste momento, o PMDB deve aguardar o pronunciamento da defesa de todos os réus. A salvaguarda deverá ser apresentada em até 20 dias após ter sido aberto o processo – 11 de fevereiro. Os correligionários mais próximos a Iris Rezende defendem a expulsão - os deputados estaduais Bruno Peixoto e José Nelto, além do vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano (PMDB), se mostram favoráveis a tal possibilidade e assumiram a frente no processo. Já os aliados que estiveram com Friboi na pré-campanha do ano passado, como o deputado federal Daniel Vilela e o prefeito Maguito Vilela, se mostram reticentes. Em entrevista concedida à Tribuna no final do ano passado, Daniel desacreditou a possível expulsão. “O PMDB, administrativamente, não consegue expulsar ninguém. O Thiago Peixoto viveu um processo de expulsão há quatro anos e o partido não deu conta de expulsar ele”, disse. Hoje, porém, se mantém distante da discussão. Enquanto Friboi acredita que o pedido de expulsão de

seu nome partiu de “uma pequena minoria” do PMDB, conforme afirmou em entrevista à Rádio 730, os peemedebistas ligados a Iris são claros quanto ao caso. “O processo de expulsão seguirá e ele terá liberdade para se defender. Mas desde já adiantamos: não aceitaremos mais infidelidade no partido”, disse o presidente do Conselho Jurídico do PMDB, Leon Deniz. Contraste O deputado Bruno Peixoto enxerga como normal a situação. Segundo ele, uma agremiação com o porte do PMDB é impossível que não haja contraste de idéias. “Disputas internas são importantes para o crescimento”, explica. Entretanto, ele observa que o que não é tolerável é que membros da sigla concedam apoio a adversários e outras candidaturas, preterindo as do próprio partido. Com divisão ou não e na carência por novas influências, o deputado Jose Nelto acredita que o partido tem que abrir as portas para novas lideranças. Entretanto, observa que as novas caras precisam ter identidade. Com isso, o deputado pede coerência e lealdade ao par-

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tido. “O PMDB está aberto a novas lideranças. Mas tem que ser um político com ideologia”, disse Nelto. A dissolução dos diretórios municipais imposta no final do ano passado é prova de que o PMDB está tentando uma renovação. Na visão de José Nelto essa é uma abertura necessária para a penetração de novas lideranças. Além disso, ele acredita que implantação de comissões provisórias dará ao PMDB legitimidade. "Ninguém vai poder usar o partido para fazer negócio", assegura. Na visão de peemedebistas, ao expulsar alguns membros que causaram transtornos, o partido poderá dar o primeiro passo para se reorganizar internamente e buscar uma união há muito perdida, caminhando, assim para uma nova roupagem. A renovação é bastante cobrada por aliados que há muito

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tempo não veem uma liderança de peso surgir dentro da sigla. Hoje, Iris Rezende e o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), representam os maiores nomes dentro do grupo. E o cuidado com essa renovação é o que está levando o partido a tratar com extrema seriedade a possibilidade de expulsão dos dois membros, já que são exatamente aqueles ligados a eles que clamam pela oxigenação do partido. O estopim para a busca da punição máxima a Friboi, foi uma entrevista concedida ao jornal Diário da Manhã no final de janeiro, quando ele defendeu o afastamento de Iris Rezende do comando da legenda, disse querer apoiar Vanderlan Cardoso – que pode se aproximar de Marconi Perillo – e afirmou que tem o desejo de se tornar o presidente regional do PMDB.

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A entrevista foi duramente condenada por membros do partido. “Foi uma entrevista inoportuna e inapropriada. Neófito no processo. A gente entende quando a pessoa não tem muita experiência, ela passa por um período de aprendizado. Ele não faz por mal, ele é até boa pessoa. Ele é inábil”, disse o vice-prefeito Agenor Mariano ainda à época. Frederico Jayme, aliado de Friboi dentro do PMDB, também rompeu com Iris Rezende depois de sair magoado na articulação de 2006, por ter sido preterido na disputa pela vice de Maguito. Ele passou para o lado tucano e hoje ocupa a chefia de gabinete de Marconi Perillo. “Ambos, portanto, passam longe te ter confiança da base peemedebista”, alerta um ex-deputado ligado a Iris Rezende. (Fagner Pinho e Marcione Barreira)

Na Assembleia, PMDB também tem problema de unidade Além do problema com a infidelidade, o PMDB terá outros problemas a resolver nos próximos dias, já que outro fato tem gerado discussões internas. Na formação da mesa diretora da Assem bleia Legislativa, o PMDB teve o direito de ocupar a 4ª secretaria da Casa. Dois postulantes se dispuseram a ocupar a vaga: Paulo Cézar Martins e Adib Elias, que tinha o

apoio da bancada. No dia da posse, Martins bateu o pé e garantiu que entraria na disputa, o que fez com que Adib recuasse de seu pedido após muitas tentativas de convencimento por parte da bancada a Paulo Cezar. O resultado é que, hoje, Martins não vem sendo convidado para reuniões da bancada, o que considera uma retaliação ao caso.

Pr efeitos A expulsão de prefeitos e vereadores também faz parte do processo de ajuste dentro do PMDB. Sigla de maior tradição em Goiás e principal de oposição ao governo de Marconi Perillo, o PMDB vem, há alguns anos, perdendo parte de sua força política no interior do Estado. Com renúncia da pré-candidatura de Friboi no ano passado,

muitos dos prefeitos do interior que o apoiavam acabaram deixando de apoiar o candidato do PMDB, então Iris Rezende, para apoiar Marconi Perillo. Muitos correligionários, entretanto, defendem que exista uma cuidadosa análise de cada caso, para não se iniciar uma caça às bruxas dentro da legenda. Havia, inclusive, certa preocupação de alguns membros

do partido de que a expulsão do empresário e também a de prefeitos que apoiaram o candidato tucano no segundo turno, já que elas poderiam enfraquecer o PMDB nesse momento de reestruturação. Dentre os que pedem ponderação na punição aos membros “infiéis”, em especial aos prefeitos do interior, são Daniel Vilela e Maguito Vilela. Para eles, an-

tes de se iniciar uma caça às bruxas, o PMDB tem, primeiro, que saber o porquê de cada prefeito ter apoiado o adversário. Além deles, o ex-deputado federal e coordenador da campanha de Iris Rezende no ano passado, Sandro Mabel, também defendeu a análise de cada um dos casos dos prefeitos. (Fagner Pinho e Marcione Barreira)


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Marcione Barreira

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s atritos entre partidos políticos e seus correligionários não ocorrem com muita frequência. E quando ocorrem, são, em sua maioria, tratados de forma interna, com extremo cuidado para que informações mais relevantes não vazem. Mas, em Goiás, nas últimas semanas, essas celeumas vêm ocorrendo de forma corriqueira. O PT, por exemplo, perdeu três de seus vereadores nos últimos anos. Um deles, Djalma Araújo, deixou o partido e seguiu para o Solidariedade por incompatibilidade de ideias. Já os vereadores Felisberto Tavares e Tayrone di Martino entraram em atrito com partido por conta da votação do IPTU e ITU. Os dois não seguiram orientação da prefeitura e por isso foram expulsos da sigla. Nas últimas semanas, as disputas entre partidos e políticos atingiram o cerne do governo estadual. O exsecretário de Saúde de Goiás e ex-presidente regional do PSDB, Antônio Faleiros, se disse desprestigiado na legenda e não descartou a possibilidade de deixar o ninho tucano. Faleiros, no entanto, sem mandato, pode deixar a legenda sem maiores problemas. Uma semana depois foi a vez da senadora Lúcia Vânia, que, se sentido sem respaldo e confiança dentro do PSDB depois da eleição da mesa diretora do Senado Federal, realizou duro discurso deixando claro que não se sentia mais à vontade dentro do PSDB e que deixaria o partido, seguindo, possivelmente, para o PPS. Com isso, o PSDB disse que ficaria com o mandato da senadora no Congresso Nacional. Estes casos são os mais recentes ocorridos na esfera

política envolvendo o Estado. Apesar das divergências, o fator comum entre eles permeiam a saída do partido: em um dos casos a saída foi forçada – situação do PT – enquanto que o outro pode ocorrer por livre vontade – situação do PSDB. Neste contexto, dois aspectos podem ser levantados em conta. O primeiro é sobre a perda ou não do mandado por parte do político por conta da infidelidade partidária. E a segunda, que muito embora esteja interligada com a primeira, é se os partidos, amparados pela legislação, realmente têm o direito de manter os mandatos para si. Desde 2007, por maioria, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concordaram que o mandato de um candidato deve ficar com o partido político pelo qual ele foi eleito se o candidato trocar de legenda, exceto em caso de expulsão ou então em mudança para um partido que acabe de ser formado. Caso Lúcia deixe o partido por sua vontade e for para um partido já existente, ela poderá perder seu mandato.

Análises Para abordar este assunto a Tribuna conversou com presidentes de partidos, analistas e especialistas em direito eleitoral. As opiniões se assemelham em alguns sentidos. Os presidentes acham que os partidos devem ser de fato detentores dos mandatos. Analistas acreditam que falta de coerência predominam em muitos casos, enquanto todos dizem que falta ideologia. Para professor de direito eleitoral da PUC-Goiás, Alexandre Azevedo, o fato de ter havido diversas situações em que um parlamentar é eleito por um partido e antes mesmo de assumir um mandato troca de legenda forçou implantação da lei. Alexandre explica que a resolução 22.610 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) assegura, entre outras, que a perda não aconteça por algumas exceções. A exceção ocorre apenas em casos extraordinários como a incorporação ou fusão do partido; mudança substancial ou desvio reiterado

" desgaste, ele defende a reforma política e acredita que ela poderia ajudar muito no processo. "Com a reforma não é uma simples questão de ser refém, mas é ter uma coerência clara de o porquê desse grupo querer trabalhar junto", declara. Na opinião de Francisco Júnior, ao entrar para a legenda é necessário que se tenha clareza do que a sigla defende. "É preciso saber o que o partido quer. O que nós vamos fazer? E daí começar a trabalhar por isso", diz. O legislador re força que existe escassez de ideologia. "Nós temos cerca de 35 partidos. Será que temos 35 ideologias? Acho que não", expõe ele.

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Público Federal protocolou ação que pedia a cassação de vários deputados. A ação se baseou nas regras de fidelidade partidária que determina que os mandatos pertençam aos partidos e não aos candidatos. Alguns enxergam que os correligionários que detém mandatos são reféns do partido. Entretanto, Alexandre afirma que o fato não pode ser interpretado desta maneira. "Eles não são reféns, porque são eles que fizeram as leis. Seria incoerência falar em ser refém", rebate.

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do programa partidário e casos em que há grave discriminação racial. Alexandre completa citando o mais comum dos casos até aqui.

"Ele não perde o mandato se desfilar-se para a criação de um novo partido. Aí não atrapalha", explica. Em 2013, o Ministério

Divergências Mas este não foi o caso do deputado estadual Francisco Júnior (PSD), que não se considerava um refém no PMDB, mas também não deseja “o que passou para ninguém”. Em 2004, ele era filiado ao PMDB e ajudou o então candidato Iris Rezende a vencer as eleições municipais em Goiânia derrotando o então prefeito Pedro Wilson (PT). “Apresentamos um projeto diferente do apresentado pelo PT e conseguimos convencer a população a votar em nós. O problema é que, pouco depois de ter ajudado o PMDB a vencer, eu me vi obrigado a apoiar o próprio PT, que fechou aliança com minha sigla na época. Como não podia me desfiliar, pois perderia meu mandato, tive que aguardar até 2011 para me filiar ao PSD, que estava surgindo. Queria não ter passado pelo que passei dentro do PMDB sem mais me identificar com o partido”, revelou o deputado. Para evitar este tipo de

Incoerência Analistas políticos acreditam que a longa permanência no poder pode ser uma das causas do desgaste entre partidos e filiados. O especialista em Mar ke ting Político e professor da PUC-GO, Marcos Marinho, ressalta que os desgastes são inevitáveis. "Todo partido que está no poder há muito tempo naturalmente se desgasta", diz ele. A principal razão por isso é, talvez, a causa sobredita sobre o descontentamento de Antônio Faleiros, que foi a escassez de espaço dentro da legenda e consequentemente do poder. "Não há espaço para todo mundo", pontua Marcos. O especialista observa que existe falta de coerência por parte de um aliado quando se demonstra insatisfação com a legenda. "Quando o partidário se filia é de se imaginar que ele observa as regras", relata. Para o analista político e professor de Jornalismo da PUC-Goiás, Joãomar Carvalho, a falta de ideologia é principal causa da criação de partidos políticos que passam a virar balcão de negócios. “O desinteresse por parte dos próprios parlamentares facilitam para o aparecimento de diversos novos partido”, avalia. Joãomar acredita que o problema só seria resolvido com a criação da cláusula de barreira existente dos parlamentos europeus. A Cláusula de Barreira consiste na restrição ou impedimento da atuação parlamentar de um partido que não alcança um percentual de votos determinado. O mesmo defendido pelo presidente do PSDB, Paulo de Jesus e pelo presidente do PT Céser Donisete (leia abaixo).

Presidentes defendem menos partidos e mais ideologia Os presidentes regionais dos dois grandes partidos que estiveram no cerne das discussões em torno de expulsão ou abandono de legendas – PT e PSDB – acreditam que o número de partidos deve ser diminuído no país. Para ales, a ideologia tem que prevalecer e a criação de partidos que defendam mais categorias do que ideologias têm que acabar. O presidente regional do PT, Ceser Donisete, acredita que para que isso ocorra deva haver um critério. Ceser opina sobre uma forma que, segundo ele, possivelmente funcionaria. "Tinha que ter uma votação mínima a ser atingida por cada partido em eleições. O partido que não atingir ficaria de fora. Mas tem que haver

um estudo para não ferir a liberdade deles", esclarece. Ceser acompanhou de perto o problema que envolveu os dois vereadores de seu partido. Para ele, se esses correligionários se sentiram prejudicados o mais lógico seria se afastarem da sigla. “Seria ético da parte deles saírem do partido. Todos foram eleitos dependendo da sigla. Não foram capazes de ganhar sozinhos. Quem está insatisfeito tem que pedir para sair" manifesta-se. Ele afirma que há muita incoerência por parte de muitos aliados, em especial no caso dos seus membros. Na visão dele, os partidários, antes de se filiarem, tinham conhecimento do estatuto do PT e que, sabendo disso, não deveriam criar

maiores problemas. Ele esclarece que os membros só foram eleitos pelo voto de legenda e que o partido foi o grande responsável por isso. "Se houvesse coerência tinha que pedir para sair mesmo sabendo que perderia o mandato", afirma. PSDB O presidente do PSDB em Goiás Paulo de Jesus tem o mesmo problema a resolver. Todavia, no caso dele, um conflito é ideológico e outro é político, um pouco diferente das questões que envolvem o PT. O principal e mais difícil segundo ele é o caso da senadora Lúcia Vânia. Em seguida o problema que envolve o ex-deputado Antônio Faleiros, que na visão dele, é mais simples que o de Lúcia.

Para Paulo de Jesus, tem que haver uma análise sobre o motivo pelo qual levou a insatisfação dos dois com o partido. "Se for por ideologia pode levar uma discussão mais profunda, mais séria. Caso seja uma questão política pode ser discutido de outra forma", diz ele. Ex-deputado e ex-presidente do PSDB em Goiás, Antônio Faleiros demonstrou insatisfação com a composição da nova equipe do governador e ameaçou se desligar da sigla. Além de secretário de Saúde durante praticamente todo o mandato anterior de Marconi, Faleiros também ocupou o mesmo cargo no governo de Henrique Santillo, além da presidência da Celg, no início do primeiro

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mandato do governador. Este caso, assegura Paulo de Jesus, é mais fácil de ser contornado, por ser uma questão política e que um diálogo acerca de sua insatisfação pode ser o canal para a resolução do

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problema. Na tentativa de resolver os dois problemas, Paulo já marcou audiência com Faleiros e com Lúcia. A última, no entanto, disse a Paulo de Jesus que dialogaria sobre o assunto em outra ocasião. (M.B.)


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onsiderada a maior feira de tecnologia rural do CentroOeste e posicionada entre as quatro maiores do Brasil, a Tecnoshow Comigo 2015 será realizada de 13 a 17 de abril, no Centro Tecnológico Comigo (CTC), em Rio Verde. Em sua 14ª edição, o evento tem entre os focos apresentar técnicas e soluções para aumentar a produção e a competitividade do agronegócio goiano no mercado internacional.

Exemplares dos melhores reprodutores estarão na mostra Organizada e realizada pela Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), a fei-

ra deve registrar público acima de 100 mil pessoas durante os cinco dias. “Todos os expositores já confirmaram presença. Os espaços estão todos alocados. Isso é um ponto positivo. Temos certeza de que a feira vai ter a mesma robustez das anteriores”, afirma o presidente da Comigo, Antonio Chavaglia. Mais de 500 expositores vão ocupar os 60 hectares de área do CTC, sendo 11 pavilhões, com animais e empresas. O público presente terá acesso ao que existe de mais moderno em colheitadeiras, tratores, pulverizadores, plantadeiras, ensiladeiras e uma infinidade de produtos. Em exposição, aproximadamente 2,5 mil máquinas. Haverá, inclusive, as tradicionais dinâmicas de máquinas, quando os equipamentos são demonstrados em área específica do CTC. No segmento da pecuária, exemplares dos melhores reprodutores e matrizes de gado leiteiro e de corte, de equinos e ovinos, dentre outros, estarão à mostra. Na agricul-

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tura, novidades do setor produtivo e as tendências do mercado mundial serão apresentadas. Para os participantes, o conhecimento sobre novas tecnologias e outras soluções para o agronegócio também chegará por meio de palestras, com a presença, em Rio Verde, de especialistas de diversas partes do país. Os dois auditó-

rios do CTC vão receber mais de 100 palestras e dinâmicas, com temas ligados, direta ou indiretamente, às áreas agrícola, econômica, pecuária e sustentabilidade. “A economia nacional passa por um momento muito turbulento. Por isso, o produtor precisa se atualizar em todas as questões do que acontece no país e no mun-

do. Teremos a presença de técnicos nas mais diversas áreas do conhecimento. O que pretendemos é fazer uma feira adequada às necessidades do produtor, em todos os sentidos. E vamos fazer”, garantiu Antonio Chavaglia.

O tema preservação do meio ambiente terá desta-

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que dentro da Tecnoshow Comigo 2015. O Circuito Ambiental, uma das diversas atividades da programação da feira, apresentará a exposição “Planeta Inseto”, parceria da Comigo com o Instituto Biológico, de São Paulo. Com abordagem pedagógica, a mostra demonstrará as características dos insetos, sua importância dentro do meio ambiente e demais curiosidades. As visitas deverão ser agendadas com antecedência pelas escolas, com turmas de alunos permanecendo de 1 a 1h30 dentro do Circuito.


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