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FEIRA DE SANTANA, SEXTA-FEIRA 18 DE JANEIRO DE 2013
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Jailton: “Feira é a Nova York do Nordeste”
ANO XIV - Nº 2.411
R$ 1 redacao@tribunafeirense.com.br
Jailton, 23 anos O pedreiro Jailton e as irmãs são vítimas de um problema genético que faz com que pareçam muitos anos mais velhos.
Jornalista e empresário, Joilton retorna a Feira, onde já foi secretário de Comunicação
A grande diversidade cultural trazida pela migração é um fator estimulante para o secretário de Cultura, Jailton Batista, que no entanto, aponta a pobreza da cidade como uma dificuldade para as realizações na pasta hoje quase restrita a Micareta e São João.
Tonhe Branco às portas da Câmara Porteiro de escola estadual vira vereador na quarta tentativa.
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Joilton: jornalista ameaçado por SMS Radialista e chefe da Comunicação na Câmara encaminhou à polícia ameaçadas recebidas por mensagens de celular.
Flu começa com indefinição na diretoria O campeonato vai começar e o Fluminense corre risco de já trocar o comando.
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Feira de Santana, sexta-feira 18 de janeiro de 2013
polĂtica
opinião
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Feira de Santana, sexta-feira 18 de janeiro de 2013 redacao@tribunafeirense.com.br
Glauco Wanderley
Sem choque, sem ordem Limpeza das ruas que ficaram progressivamente imundas à medida que o governo Tarcízio Pimenta se aproximava do final é pouco para a sociedade sentir que o comando do município mudou. Governos novos têm no chamado “choque de ordem” uma maneira eficaz de mostrar que chegaram. É o que está fazendo ACM Neto, com forte impacto midiático em Salvador. Em Feira de Santana, onde
a necessidade desta arrumação grita há anos, está mais difícil de ocorrer. A desordem está na alma da cidade que tem o nome de feira, onde a disputa tantas vezes se ganha no grito. Ainda que desfrutando de altas taxas de popularidade, o atual prefeito, quando governou por oito anos, não quis contrariar a massa de ambulantes que vive da venda de tudo no favelizado centro da cidade. No caos administrativo vivido
Sem pena A Comunicação do governo Ronaldo não tem poupado o antecessor e ex-aliado Tarcízio Pimenta. Em apenas dois dias (segunda
e terça desta semana), o noticiário da prefeitura deu as seguintes notícias: “Quase 70 carros quebrados” (30% da frota), “Obras inacabadas no Jardim
durante o período de Tarcízio à frente do Executivo, a situação piorou muito. É impossível resolver sem contrariar muita gente. Simplesmente as ruas não têm espaço para todos, ainda mais quando todos querem estar nas mesmas ruas. Como Ronaldo tem enfatizado muito que pretende fazer um governo de diálogo, é mais que provável uma demora no enfrentamento da situação. Mas a hora terá de chegar.
Sendo assim, nenhum suposto opositor pode definir sua atuação dizendo que será “a favor de tudo que for bom para o povo e contra o que for ruim para o povo”, pois o governante partirá também do pressuposto de que tudo que propõe
Importante a iniciativa anunciada pelo novo presidente da Câmara, Justiniano França, de realizar sessões nos distritos e bairros mais distantes. Aproximar a
população da política é bom e ajuda a depurar a representatividade. Saindo do casulo, pode ser que o Legislativo mude. Mais importante ainda é a transmissão das sessões pela
internet, que começou no ano passado, pois é um processo que permite acompanhamento permanente e a distância, muito mais eficaz que uma sessão itinerante que vai passar uma vez e não voltará mais. Foto: Alberto Coutinho/GOVBA
Acácia”, “Placar eletrônico [do Joia] quebrado”, “Apenas dois veículos à disposição na SMTT” e “Praças em situação de abandono”.
“Interesse da população” “Considerando que esta medida contraria os interesses do município e de toda sua população, venho propor que...” Alguém imagina que algum prefeito vá mandar para a Câmara um projeto assim? Evidente que não.
Câmara fora do aquário
é bom. Não pode haver discurso mais em cima do muro do que este. O papel de opositor se exerce na cobrança e fiscalização permanentes. Governista apoia. Oposicionista incomoda. Fora disso, é jogo de cena.
Enfim, uma obra dentro do prazo O mini-presídio em construção no Aviário deve cumprir o prazo anunciado de 45 dias entre o lançamento e a conclusão. A obra foi iniciada em 04 de janeiro e já é possível visualizar parte significativa da estrutura pronta. O
segredo é que neste caso estão sendo usadas peças pré-moldadas que formam paredes e teto. É seguro? “As celas são reforçadas e acima delas temos uma passarela onde os agentes penitenciários vigiam toda a movimentação
sem nenhum tipo de contato com os internos”, afirma o diretor Edmundo Memeri Dumet. A ampliação do presídio antigo, lançada no ano passado, tem previsão de entrega apenas em junho.
ASSIM FALOU ANTÔNIO CARLOS BORGES JÚNIOR, secretário de Desenvolvimento Econômico
“A gente não tem uma varinha mágica para transformar o centro da noite para o dia” CAMILE, garota de programa (nome de guerra)
“Estou perdendo dinheiro, pois não posso atender tanto quanto antes, mas sei que estou fazendo um investimento, não só para minha profissão, mas para a vida” ela estuda inglês e italiano, de olho no aumento de turistas na Bahia, estimado em 20% acima da média, quando ocorrerem a Copa das Confederações e Copa do Mundo
JOÃO CARLOS TEIXEIRA GOMES, jornalista
“O episódio de José Genoíno empossando-se no Congresso é mais um a se inserir numa lamentável sucessão de decepcionantes atitudes petistas” CRISTOVAM BUARQUE, senador do PDT
“Somos senadores, mas não temos a menor ideia do que acontece na parte administrativa. Não temos controle de nada”
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entrevista
Feira de Santana, sexta-feira 18 de janeiro de 2013
Jailton evita criar expectativa GLAUCO WANDERLEY
Visto com estranheza por uns, que desconhecem sua atuação e ligações com a cidade, e grande esperança por outros, que o consideram um nome altamente qualificado no secretariado de José Ronaldo, o jornalista e empresário Jailton Batista evita criar expectativas em relação à Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, que assumiu no último dia 15, após providenciar mudança de volta para a cidade. Nesta entrevista concedida à Tribuna em seu primeiro dia no cargo, Jailton exalta Feira de Santana, mas ressalta a pequena verba disponível na Secretaria. Avisa que não há planos de revolucionar a cultura e enxerga a necessidade de interagir com outras secretarias para realizar um trabalho relevante no setor. Nascido em Andaraí, Chapada Diamantina, mas morando em Feira desde criança, Jailton foi quem implantou (no último governo de Colbert Martins) a secretaria de Comunicação na prefeitura. Morou na cidade mais de 15 anos, trabalhou em jornais feirenses e soteropolitanos, e foi correspondente do Jornal do Brasil, Veja, Estadão e Gazeta Mercantil, antes de deixar o jornalismo, entrando para o mundo dos negócios inicialmente na Drogafarma, extinta distribuidora de Feira de Santana do ramo de medicamentos. Começando na Comunicação, acabou enveredando pela área administrativa. Já em outra empresa, ficou anos em Goiás, seguiu depois para a África, trabalhando nos lusófonos Angola e Moçambique, a esta altura já como sócio dos empreendimentos que dirigia, sempre na área da indústria de medicamentos. Há dois anos estava de volta ao Brasil. Atuava como consultor e estava à frente de uma empresa em Minas Gerais, quando resolveu assumir a secretaria no governo José Ronaldo. “Fui convidado outras vezes por outros prefeitos para retornar, mas o momento profissional me impedia”, afirma. Jailton concede entrevista no primeiro dia na secretaria
O atual salário de R$ 15 mil para os secretários é atraente para trazer profissionais qualificados? Tem um componente emocional de você vir para um desafio, na sua cidade. Do ponto de vista de atrair grandes executivos, nem falo de diretores, seria importante que o poder público tivesse disponibilidade financeira para atrair bons profissionais. Você não traria realmente um executivo de uma grande empresa aqui para ganhar 15 mil reais. Isso não conseguiria. Conseguiria para cargos menores, de diretores, gerentes, chefes. Isso dificulta para se ter quadros no serviço público competentes e formados e com experiência profissional grande. A nível de governo federal já existem políticas, e autarquias em que você remunera bem, para trazer bons profissionais. No meu caso a avaliação não é se é bom ou ruim [o salário], porque eu vim por interesses pessoais, de estar em Feira de Santana, tenho muita ligação com a cidade, muitos amigos e familiares. Minha filha mora aqui e foi uma oportunidade. Alguns questionam a sua escolha como secretário de Cultura por estar fora da cidade, outros porque não é do ramo. Não concordo com não ser do ramo, sendo jornalista e uma pessoa que se envolve com Letras, porque também sou escritor [Jailton é autor do romance Duas Mulheres, Quatro Amores e uma Guerra Civil]. É uma crítica pouco construtiva.
Eu me considero do ramo da cultura. O que é ser do ramo? Tem que ser um pintor, um cantor, um músico, do afroreggae? Ou, como a pasta envolve lazer e esporte, tem que ser um jogador de futebol, um atleta? O que se precisa é de pessoas com capacidade de compreender a missão e o desafio que têm pela frente e colocar sua energia e capacidade de resposta para atender o que a comunidade espera, que é uma boa prestação de serviço. Sua secretaria é apelidada de Secretaria de Micareta. Não porque faz a Micareta, mas porque só faz a Micareta. O que se pode fazer mais? Pode fazer muito mais do que a Micareta. O problema é que a Micareta é de maior repercussão. Até acho que a secretaria tem uma série de programas e ações, que repercutem pouco, porque a Micareta sufoca, pela dimensão que tem. Naturalmente não se pode ter uma secretaria só para fazer a Micareta e o São João de São José. Nosso objetivo é fazer com que a secretaria interaja com outras, para que ela possa atuar de maneira que a população perceba a função que ela tem do ponto de vista da melhoria da qualidade de vida da população. Cultura faz parte disso. Educação, Ação Social, serviços públicos de um modo geral têm vínculo conosco. Não se faz uma atividade de grande porte sem envolver nossa secretaria, às vezes até para atração cultural da festa. A Micareta continuará sendo o grande personagem da secretaria, mas vamos
trabalhar para ter uma série de atividades no dia a dia que justifique sua existência. A Micareta perdeu a força do passado. Dá para recuperar o prestígio? Não diria que perdeu prestígio. Dividiu. Antigamente no Nordeste praticamente era o Carnaval de Salvador e a Micareta de Feira. Pelo interior da Bahia não tinha Micareta em todas as cidades. Hoje quase toda cidade de médio porte da Bahia tem Micareta. Isso vai exaurindo a capacidade até do folião, de estar em Riachão do Jacuípe, em Barreiras, em Alagoinhas, em Santo Antônio de Jesus. Mas a de Feira continua sendo a grande Micareta. O volume de público acho até que aumentou muito. O que perdeu é que, por exemplo, quando fui secretário, a festa entrava ao vivo no Jornal Nacional. Como hoje tem tantas, em Brasília, em Goiânia, em todas as capitais do Nordeste, Feira perdeu a repercussão nacional. Mas como evento, continua com uma importância muito grande. Que discussões foram feitas com o prefeito? Indicativos para estabelecer as prioridades. Temos coisas emergenciais, como a própria Micareta, que está muito próxima e o tempo é exíguo. Temos problemas ligados ao Jóia da Princesa, onde estamos fazendo uma operação tapa buraco, para resolver as emergências. Tratamos das coisas absolutamente emergenciais. Depois vamos para as atemporais, ou seja, o que a gente vai desenvolver mais adiante.
Nesse momento não temos objetivamente um projeto em gestação, até porque tudo isso demanda recurso e nossos recursos são bastante limitados. Principalmente depois da Micareta é que a gente vai ter um tempo de concentração para trabalhar projetos de mais longo alcance para uma expectativa dos próximos quatro anos de governo. Não é fácil ver em Feira manifestações da cultura nordestina. Por quê? O feirense se envergonha de ser nordestino ou sertanejo? Acho que o feirense não tem vergonha de ser feirense, tem orgulho. Recentemente, numa viagem ao Chile, encontrei uma delegação de Feira de Santana, onde alguém me reconheceu. E as pessoas falando da cidade com muito prazer, com muito orgulho, “olha, a cidade não é mais aquela”, “a cidade é muito desenvolvida”. Alguém me lembrou que tinha escola aqui no ranking das melhores do Brasil [o colégio Helyos, que ficou diversas vezes entre os 10 primeiros do país no Enem]. Feira é uma das cidades nordestinas que mais crescem, que tem maior número de motocicletas. É uma grande cidade, está no radar do Brasil, no mapa do Brasil. Feira é um grande conglomerado urbano mas não tem uma cara da cultura do Nordeste. Teve isso no passado um pouco representado pela grande feira livre, que tomava conta da cidade, onde ocorria muita manifestação. Pela
própria urbanização, ficou impossível de se manter com aquelas características e com o aprisionamento da feira numa central de abastecimento, virou uma coisa só de comércio. Não tem mais os cantadores na rua, o cara pedindo esmola tocando sanfona, como tinha no passado. Ou o malabarista, ou o cara engolindo fogo, como em Caruaru, o que dava uma ideia de que aquilo era um centro cultural bastante vigoroso. A cultura nordestina era bem representada e isso desapareceu. Mas a alma nordestina está dentro da cidade, se a gente for capaz de estimular alguma coisa que isso volte a aflorar. Vou fazer uma comparação, que pode parecer absurda. Feira de Santana é a Nova York do Brasil, do Nordeste brasileiro. Chega em Nova York você vai encontrar paquistanês, palestino, árabe, judeu, indiano, brasileiro, mexicano e você vai encontrar restaurantes, manifestações culturais, shows de todas essas comunidades do mundo inteiro. Do ponto de vista de aglomerado urbano Feira de Santana me parece ser um pouco isso. É uma cidade que tem muita gente de Pernambuco, de Sergipe, da Paraíba, do interior da Bahia. A diferença é que Nova York é uma cidade que tem equipamentos gigantescos para estimular suas vocações, de qualquer natureza. Feira de Santana é uma cidade pobre. A migração é de gente que chegou com a cuia na mão, para construir seu sonho de vida. Nesse primeiro
momento o sonho é da materialidade, ou seja, “quero construir minha casa, ter meu carrinho”. O que a gente precisa agora é construir o sonho da espiritualidade, que é ligada à Cultura, a um espírito mais elevado da população, de preservar, de ter uma cidade mais limpa. Feira não tem parques, não tem praças. Porque é a cidade das urgências. Você tinha que socorrer as pessoas que chegam. É claro que com a cidade crescendo, e hoje temos um parque industrial bastante considerável, um comércio bastante pujante, o cidadão, o governo e a sociedade têm a obrigação e o papel de tentar elevar, de criar um espírito de cidadania. Levar a que as pessoas consumam bens como a educação, a cultura, o lazer e você começa a perceber que aí a cidade vai dar resposta. Dá para fazer com a verba que a secretaria tem? Com a verba da secretaria dá para fazer muito pouca coisa. Dá para gastar tudo na Micareta, porque é pouco dinheiro. Mas o prefeito disse uma coisa para mim. “Temos que tirar leite de pedra”. Essa é a missão. Os recursos públicos são escassos. Estamos no Brasil numa fase econômica delicada. Isso reflete diretamente nos municípios, especialmente no Fundo de Participação dos Municípios. Temos que saber otimizar os recursos que temos e tentar captar, pela importância que a cidade tem. Todo mundo quer saber “qual o plano revolucionário da secretaria”. Não tem plano revolucionário. Temos é o que existe, tentar dar uma cara nova, fazer melhor, com o pouco recurso que temos e trabalhar com entusiasmo para que os equipamentos ligados à secretaria funcionem. Temos estádio que só serve para partida de futebol. Tem que ver como dinamizar aquilo. Tem o Parque do Saber e a Fundação Egberto Costa, onde muita atividade pode ser desenvolvida, sobretudo junto à comunidade estudantil. Temos várias quadras esportivas, o teatro Margarida Ribeiro, que está acéfalo. Enfim, são muitos equipamentos que precisam ser colocados à disposição da população.
cidade
De porteiro de escola a vereador BATISTA CRUZ
O eleitorado feirense é retado para levar para o plenário da Câmara Municipal candidatos que habitam a base da pirâmide social. Nos próximos quatro anos, Tonhe Branco, como é conhecido o porteiro de colégio Antônio Rodrigues Pedreira, vai ser chamado de Excelência pelos seus pares. Será um dos vereadores de origem mais humilde nesta legislatura. Tonhe é do tipo caladão. Mas não pretende, desculpe o trocadilho, passar em branco no plenário da Câmara. Promete não compor a bancada do baixo clero, formada nos legislativos por deputados e vereadores que entram mudos e saem calados das sessões e pouco produzem. Diz ter consciência de que os próximos quatro anos são desafiadores. Um mau desempenho pode significar a perda da reeleição. Afirma que vai lutar para que não se repita com ele a história de outros vereadores de origem humilde que ficaram numa única passagem pela Câmara. Tonhe Branco nasceu há 54 anos e morou a vida inteira no Aviário, onde tem base eleitoral robusta, e de onde não pretende sair para viver em outro local. O cinquentão mora com a mãe e sobrinhos. Não tem carro. Até o ano passado tinha uma motocicleta que comprou a prestação. Depois de alguns reveses, teve que vender o veículo para pagar dívidas, e por um valor bem abaixo do mercado. “Ainda continuei pagando as prestações”, reclama. Revela que anda muito a pé. Mas mantém uma silhueta robusta. Tem as mãos grossas de um trabalhador da roça. Parou de estudar no primeiro ano do ensino médio. Há quase 30 anos é funcionário do estado. Porteiro do Colégio Paulo VI, onde obteve 1.471 votos nas seções eleitorais que funcionam ali. Na Escola
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Feira de Santana, sexta-feira 18 de janeiro de 2013
Tonhe Branco: em seu novo local de trabalho, ele garante que será um vereador ativo
João Duarte Guimarães, no Limoeiro, foi o escolhido por 747 eleitores. Até dezembro ganhava salário mínimo. Sabe que a vida vai mudar, mas não está preocupado. “Estou preparado”, garante. Sua primeira tentativa de se tornar vereador foi barrada pela Justiça Eleitoral, em 2000. “Ouvi no rádio que não seria candidato. Fui ao Fórum e o juiz confirmou. As correspondências que o cartório estava mandando para mim estavam indo para outro endereço. Saí do Fórum injuriado”, lembra, hoje rindo de uma situação que lhe custou a candidatura. Em 2004 se candidatou pelo PMN, quando obteve 1.271 votos. Quatro anos depois tentou pelo PT do B e teve 1.972 votos. “Me ofereceram cargo e dinheiro, mas não quis. Eu queria mesmo era ser vereador”. No ano passado conseguiu concretizar o sonho acalentado por vários pleitos. A sua votação atingiu 3.654. Foi o segundo mais votado pelo PSC. “Mais uma vez me ofereceram grandes vantagens para que apoiasse alguém. Eu estava certo em não aceitar. Preferi tentar realizar o meu sonho”. Lembra que durante a campanha companheiros de coligação e adversários debocharam dele. Diz que não era prioridade dentro do seu partido. “Fiz uma
campanha praticamente sem apoio dos políticos mais conhecidos, de deputados ou de cabos eleitorais. Não faz mal.
Tive o apoio dos amigos”. Contra alguns caciques da sigla, chegou lá, mesmo gastando pouco. “Não tinha dinheiro para investir”.
Vereadores de um mandato só Apenas para lembrar alguns casos recentes de pessoas do povo que chegaram ao plenário da Câmara: Simplício, que era auxiliar de enfermagem, eleito no início dos anos 90; na gestão passada Zé Curuca, que foi vendedor de coentro no Centro de Abastecimento até ser eleito e Ailton Mô, motorista de ambulância da prefeitura. Pelo visto, chegar lá é mais fácil do que renovar o mandato. Os três tiveram apenas um mandato. No pleito seguinte, o eleitorado já não os vê como coitadinhos que merecem uma chance. Sabendo disso, Tonhe diz que vai trabalhar para honrar todos os votos recebidos. “De uma família no Campo
Limpo recebi 16 votos e de outra, que mora no Aeroporto, outros 15. Não posso desapontar tanta gente”. Planeja se voltar para o município inteiro, porque foi eleito para trabalhar por todos, mas terá um olhar diferenciado para a região onde tem base eleitoral. Os amigos dizem que ele ficou ‘anestesiado’ quando soube que tinha conquistado uma das 21 vagas do legislativo local. Tonhe nega. Mas não esconde que ficou muito satisfeito com a vitória. “Não senti nada e o meu coração não sofreu nenhum abalo. Em hora nenhuma”. Tonhe vereador: a concretização de um sonho e a certeza de que vale a pena sonhar. E esperar.
Fundado em 10.04.1999 www.tribunafeirense.com.br / redacao@tribunafeirense.com.br Fundadores: Valdomiro Silva - Batista Cruz - Denivaldo Santos - Gildarte Ramos Editor - Glauco Wanderley Diretor - César Oliveira Diretora Financeira - Márcia de Abreu Silva Editoração eletrônica - Maria da Piedade dos Santos
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Adilson Simas FEIRA ONTEM
Dormindo nas nuvens Na coluna Observatório do jornal Tribuna Feirense de novembro de 1999, o jornalista Valdomiro Silva escreveu que o prefeito Clailton Mascarenhas “em suas elocubrações que foram ao êxtase” anunciou viagem aos Estados Unidos, que não seria de visita ao presidente Bill Clinton, mas para audiências com dirigentes do Banco Mundial e do Bird. A notícia repercutiu no programa Acorda Cidade da Rádio Sociedade,
tendo o âncora Dilton Coutinho concluindo seu comentário disparando ironias: - Clailton esteve assistindo demasiadamente a novela global “Dormindo nas nuvens”...
Peças íntimas de campanha Contando com o apoio do médico Benício Cavalcanti que além de conseguir votos de amigos e pacientes patrocinou santinhos, camisas, adesivos e outras peças de campanha que a legislação então permitia, o enfermeiro Simplício Pereira foi eleito vereador pelo PMDB com expressiva votação nas eleições municipais de 1996. Ao longo da campanha usou a mesma bicicleta com a qual como enfermeiro ia de casa em casa visitar pacientes. Encerrada a campanha vitoriosa, o médico lembrou que era indispensável fazer a prestação de contas, evitando problemas
com a justiça. Simplício procurou Sérgio Madeira, contador do partido e quanto este pediu todos os comprovantes de despesas e receitas, Simplício disse com a maior tranquilidade: - Doutor, tudo que gastei foram trinta cuecas usadas e o conserto do coxim da bicicleta...
No confessionário, um ex-padre que nesta cidade disputou eleições e chegou a dirigente partidário, aguarda outro cristão para se revelar por inteiro ao Criador, através de mais uma confissão. - Padre, eu quero que o senhor perdoe-me – disse uma senhora sem antecipar o pecado. - Diga o que lhe aflige – acudiu o padre com voz pausada e acolhedora. - Padre eu sou uma pecadora! - Por que irmã? - Padre eu sou muito convencida!, avalia-se cabisbaixa, como a pedir instantaneamente o perdão. O padre fustiga: “Diga-me uma coisa.
A senhora é rica?” A resposta: “Não!” Ele insiste: “A senhora é bonita?” Ela manifestase de novo: “Não, padre!” - Então larga de ser besta! A senhora não tem pecado algum. Vá para casa cuidar da vida
Mulher sem pecado
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cidade
Feira de Santana, sexta-feira 18 de janeiro de 2013
Família sofre com envelhecimento precoce BATISTA CRUZ Qual a idade do rapaz mostrado na fotografia que acompanha esta matéria? Ninguém, ninguém mesmo, acerta. Nem acredita quando ele revela o ano em que nasceu: 1989. Isso mesmo, o pedreiro Jailton Damasceno Anunciação, que mora numa casa humilde no Parque Tamandari, conjunto localizado entre o Tomba e o Feira X, tem apenas 23 anos. Mas aparenta ter dez a mais, no mínimo. Ele e mais duas irmãs sofrem de envelhecimento precoce. Diz que as rugas são herança genética passada pelo pai. Uma outra irmã não tem o problema, mas uma tia por parte de pai tem. Jailton procura conviver com a aparência da melhor maneira possível. Mas nem sempre suporta as gozações e observações. Principalmente quando as pessoas ficam brincando com a situação. “Tem hora que eu pego ar, principalmente quando me chamam de algum apelido”, comenta. As brincadeiras aconteciam mais na escola. Como se sabe, adolescentes são cruéis nos momentos de gozação. Perdem
Polícia investiga ameaças a radialista GLAUCO WANDERLEY
As irmãs do pedreiro Jailton não quiseram tirar fotos nem aparecer na reportagem
a amizade mas não o momento de zoeira. Com o jovem de rosto diferenciado não foi diferente. Jailton não aguenta durante muito tempo esforços físicos. “Numa partida de futebol mais corrida peço para sair com poucos minutos de bola rolando”, exemplifica. O pedreiro afirma que sente uma palpitação diferente no coração e imediatamente pede para ser substituído. “Me deito para descansar e com pouco tempo o problema passa. Aí fico numa boa. Mas tenho um certo medo”.
Apesar do medo, no baba seguinte ele volta a entrar em campo. Há momentos em que Jailton entra em crise. “Nestas horas me pergunto a todo momento porque aconteceu isso comigo. Depois vou me acalmando e tudo passa”, afirma. É uma situação incomum. Não tem como não ficar admirado com a situação. Rosto e resto do corpo não estão na mesma linha do tempo. Quem o olhar de baixo para cima vai ter o mesmo susto de quem fizer o caminho contrário. A avó deles, Maria das
Graças Santos, teve um trabalho grande para tirar a carteira de identidade do neto. “Fui ao SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão) mas as pessoas não acreditavam na idade dele que constava na certidão de nascimento”. Hoje ela diz que ri da situação, mas que naquele momento foi bastante constrangedor. “Pensaram que estava tentando falsificar o documento. Mas consegui algumas testemunhas e o documento foi feito. Quase ele não conseguia”, lembra.
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“Cuidado com sua vida”, “cuidado por onde anda”, “você pensa que pode tudo, mas não pode”. Essas são algumas das frases ameaçadoras enviadas ao celular do jornalista e radialista Joilton Freitas. Ele é apresentador do programa radiofônico Rotativo News e foi nomeado pelo presidente Justiniano França como chefe da assessoria de comunicação da Câmara de Feira de Santana para o próximo biênio. Joilton atribui as ameaças a insatisfações com os posicionamentos que adota no programa de rádio e encaminhou o caso à polícia, que está investigando. No rádio, tem sido um crítico ferrenho do PT e do ex-presidente
Lula, mas embora ressaltando que não pode falar muito sobre o caso, por orientação dos investigadores, desconfia de onde as ameaças partem e isenta os petistas. “Não passa por eles não. O caminho é outro.” De qualquer modo, está certo de que a causa é sua postura “republicana”, como define. “Às vezes exprimir, colocar uma linha de pensamento ou de atuação, incomoda. Esse povo não gosta do que você fala ou faz”, afirma. Segundo Joilton, embora tenha recebido ao longo da vida profissional como radialista outras ameaças, algumas diretamente de políticos, elas sempre eram direcionadas à produção, enquanto desta vez, foram feitas para seu próprio número de celular.
esporte
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Feira de Santana, sexta-feira 18 de janeiro de 2013
Torcedor do Flu preocupado; do Bahia de Feira, esperançoso ORDACHSON GONÇALVES
Os dois representantes de Feira de Santana no Campeonato Baiano 2013, Fluminense e Bahia de Feira, se confrontaram no último amistoso antes da estréia no certame estadual, que acontece neste final de semana. A partida que serviu para aferir o nível de preparação dos times aconteceu no último domingo, na cidade de Conceição do Jacuípe. O Bahia de Feira goleou por 3 a 0. O resultado reacendeu nos torcedores de ambas as equipes sentimentos que os norteiam nos últimos anos. Do lado do Tremendão, o otimismo. Na parte do Touro, a preocupação. O Bahia de Feira estreia no Joia da Princesa neste domingo (20), às 10h30,
Conforme vem ocorrendo nos últimos estaduais, o Bahia de Feira superou fácil o Flu
diante da Desportiva Juazeirense. O Fluminense faz sua primeira partida longe da torcida. Vai encarar o Jacuipense, em Serrinha. A expectativa dos
torcedores em relação à campanha dos times não leva em conta apenas o resultado do amistoso preparatório, mas principalmente o retrospecto dos últimos
anos. “Mesmo sendo torcedor, a gente sente que não dá para ter grandes esperanças com esse time que se encontra aí, essa diretoria que praticamente não muda, e toda a
politicagem que envolve o clube”, desabafa o taxista Antônio Ramos, torcedor do Fluminense de Feira. Entre os torcedores do Tremendão, a preocupação é não ver repetidos os erros do ano passado, quando a equipe esteve na liderança ou entre os quatro melhores durante quase toda a primeira fase, mas deixou a classificação escapar nas últimas rodadas. “Vamos esquecer 2012 e se inspirar em 2011, para com fé em Deus trazer mais um título estadual para a nossa cidade”, enfatiza o torcedor símbolo do Bahia de Feira, Seu Bira. Existem aqueles que também torcem para os dois times. “Sou flamenguista, mas na Bahia torço para os times
de Feira de Santana. Quem estiver melhor na disputa, ganha a minha torcida”, revela o comerciário Diego Fernandes. Questionado quanto a alguma preferência ou palpite, também se mostra dividido. “Tenho mais afinidade com o Fluminense, pois desde criança vou ao Jóia assistir os jogos junto com meu pai, que é tricolor fanático. Mas vejo o Bahia de Feira mais organizado atualmente e comemorei muito o título de 2011”, frisa. O Feirense, que seria o outro representante da cidade no certame estadual, disputará a Copa do Nordeste durante a primeira fase do Baianão e mandará seus jogos na cidade de Senhor do Bonfim.
Após derrota no amistoso, Flu Bahia de Feira quer tirar vantagem da estreia matinal O Bahia de Feira vem jogadores completamente diferença durante os 90 jogadores considerados tendo um cuidado especial adaptados. “Realizamos trabalhou para corrigir erros minutos. “Conversamos como os principais reforços Depois de realizar o último amistoso da fase de pré-temporada, o Fluminense de Feira retomou as atividades visando a estréia no Campeonato Baiano diante da Jacuipense, no próximo domingo (20), no Estádio Mariano Santana, na cidade de Serrinha. O técnico Zanata fará os últimos ajustes para a arrancada no estadual. De acordo com o comandante, a semana vai ser importante para corrigir posicionamentos e fazer outros ajustes. “Estas correções fazem parte de um trabalho de análise que fazemos durante os jogos amistosos, que servem para nos dar subsídios. Agora vamos acertar o que tem de errado para fazer uma boa estreia diante da Jacuipense”, disse Zanata. Zanata afirmou que a derrota de 3 x 0 diante do Bahia de Feira, em nada vai abalar o grupo. “Eles stão focados na estreia e o que aconteceu passou. Foi apenas um amistoso, mas o que vale mesmo é a bola rolando pra valer. Aí vamos ver quem é quem”, declarou. FORA DE CAMPO Além da preparação da equipe para estréia
no certame estadual, o Fluminense está tendo que administrar uma situação fora de campo: uma possível renúncia do presidente Rubem Cerqueira. O dirigente está sofrendo com problemas cardiológicos e a carga de trabalho no clube está fazendo com que ele reflita sobre a possibilidade de uma renúncia. Por enquanto, segue no cargo, mas a decisão pode mudar nos próximos dias, caso a situação se agrave. O presidente do Conselho Deliberativo, Everton Cerqueira, deve aguardar o desenrolar dos acontecimentos. “Eu também estou passando por problemas e de saúde inclusive. Por isso não estou tão envolvido com as coisas do clube. Peço desculpas ao presidente por isso, mas acredito que já na próxima semana estarei mais disponível para estar à frente junto com os demais dirigentes”, disse Everton. Ele reconhece a dificuldade que o clube passa. “Vamos torcer para que Rubem se recupere e não vamos pensar no pior. Com certeza o clube não vai ficar desamparado porque temos pessoas capacitadas que podem tomar conta”, assegura.
com seus atletas para a estreia do Campeonato Baiano. Como o time vai estrear diante da Juazeirense, no Estádio Joia da Princesa, às 10h30 do próximo domingo, o departamento físico está trabalhando no sentido de deixar os jogadores tranquilos para desenvolver as atividades dentro das quatro linhas. Como o horário do jogo é atípico, o preparador físico Orlando Júnior utilizou de diversos recursos para deixar os
treinos específicos neste horário e já buscamos implantar medidas que serão utilizadas durante o jogo: buscamos expor pouco os atletas ao sol na hora do aquecimento para termos um ganho maior de energia; hidratamos a turma com bastante água e isotônico, além de nos preocuparmos com a alimentação, que precisa ser balanceada”, explica Júnior. De acordo com o profissional estas medidas podem fazer grande
também com os atletas no sentido deles dosarem as energias porque ao longo do jogo existem momentos de maior desgaste. Podemos ganhar fisicamente se soubermos controlar as energias. Se soubermos utilizar corretamente, o horário pode ser um fator a nosso favor”, afirma o profissional. REFORÇO O Bahia de Feira vai iniciar o Campeonato Baiano com quatro
para a competição. São atletas que estavam jogando pelas Series A – B e C do Campeonato Brasileiro. Jair estava no Joinvile/ SC, Bruninho defendeu o Ceará, Carlos e Raylan jogaram a primeira divisão pelo Atlético de Goiás. Para o duelo de domingo, contra o Juazeirense o Tremendão vai com todos os jogadores considerados titulares. São eles: Jair; Michel, Paulo Paraíba, Menezes e George; Serginho, Carlos, Raylan e Bruninho; Rômulo e Diego.
Não deu para as meninas do Flamengo Continua a hegemonia do São Francisco no futebol feminino do estado. Na manhã de sábado (12), as guerreiras tricolores golearam o Flamengo de Feira por 5x0 e conquistaram o décimo segundo título do Campeonato Baiano de Futebol Feminino nos últimos 12 anos. Os gols da partida saíram dos pés das craques Fafá, em bela cobrança de falta aos 27 minutos da primeira etapa, além de Patrícia Soares, Jussara “Cisne”, Gilmária e da artilheira Bárbara na etapa final. No primeiro jogo da final, realizado no último dia 5 de dezembro, as campeãs venceram as
três gols em oito partidas. Ao final dos 90 minutos, diretores da Federação Bahiana de Futebol (FBF), entregaram as premiações às campeãs e vice-campeãs do certame.
A campanha das campeãs Deu a lógica: São Francisco ganhou e ganhou fácil
adversárias por 3 a 1, em Feira de Santana. Desta vez, no Estádio Junqueira Ayres, o São Francisco fez valer a vantagem adquirida e levou mais uma taça para a sala de troféus. Com aproveitamento de 88% até a consagração
do título e perdendo apenas um jogo em toda a competição, as comandadas de Mário Augusto balançaram as redes por 42 vezes e tomaram apenas
Galícia 0x5 São Francisco São Francisco 5x1 Flamengo de Feira Lusaca 0x8 São Francisco São Francisco 10x0 Lusaca Flamengo de Feira 1x0 São Francisco São Francisco 6x0 Galícia Finais: Flamengo de Feira 1x3 São Francisco São Francisco 5x0 Flamengo de Feira
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cultura
Feira de Santana, sexta-feira 18 de janeiro de 2013
Cultura e Lazer
Sandro Penelu
sandropenelu@gmail.com
Veraneio Fora do Eixo: música independente O Feira Coletivo Cultural está preparando o “Veraneio Fora do Eixo”, um festival com alguns dos maiores destaques da nova música baiana, que acontecerá no dia 19 de janeiro, a partir das 15h, no Teatro de Arena do Centro Cultural Amélio Amorim, em Feira de Santana. Estão confirmadas as
SHOWS AO VIVO SEXTA-FEIRA 18/01
presenças das bandas Maglore, Vivendo do Ócio, Tabuleiro Musiquim, Trompas de Falópio e as feirenses Tangerina Jones, Novelta e Banda da Senzala. Então, é só se agendar e esperar o “Veraneio Fora do Eixo”. Os ingressos podem ser adquiridos nos stands dos shoppings Boulevard e Arnold Silva Plaza a R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia).
Assim, vai matar os gringos De férias, a cantora Paula Fernandes publicou uma foto em seu Twitter mostrando que está com tudo em cima. De biquíni branco, ela deixou um recado para os seus seguidores: “Curtindo as férias! Tô com saudades dos meus amores! Bjokassss”. Depois das férias, a cantora embarca para os Estados Unidos, onde realiza shows na Flórida, em Newark e em Massachusetts.
HORA
ENDEREÇO
WILLIAN DE CASTRO
Johnnie Club
22
Rua São Domingos
SANDRO PENELÚ
Quiosque do Mazinho
21
Praça de Alimentação
CARLA JANAÍNA
Shopping Boulevard
18
Av. João Durval
TERCETO DE PAU E CORDA
Cidade da Cultura
21
Conj. João Paulo
ZÉ AUGUSTO E JUNIOR
Chic Bar
22
Rua Senador Quintino
SÁBADO 19/01 ATRAÇÃO
LOCAL
HORA ENDEREÇO
ELIOMAR SANTOS
Quiosque doMazinho
21
Praça de Alimentação - Centro
MÁRCIO MIRANDA
Paradinha
21
Rua São Domingos
Centro Cult. A. Amorim
15
Av. Pres. Dutra
Cidade da Cultura
21
Conj. João Paulo
TERCETO DE PAU E CORDA
Galeria Carlo Barbosa abre inscrições para expositores Estão abertas inscrições para projetos de exposição, pauta 2013, na Galeria Carlo Barbosa, no Cuca. Podem participar artistas com propostas individuais ou coletivas. A iniciativa integra a política cultural da Uefs de valorização e difusão
R$ 4.500, o segundo R$ 3.500 e o terceiro R$ 2.500. Também serão premiados os vencedores do júri popular, com R$ 1.500 e troféu em cada categoria. Os interessados podem se inscrever, gratuitamente, até 12 de abril de 2013, no horário das 8 às 11h30min e das 14 às 17h30min, de segunda a sexta-feira, no Cuca, na rua Conselheiro Franco, 66, Centro, Feira de Santana.
Gravadora relança Marlene, Rainha do Rádio A gravadora EMI anunciou o relançamento do disco “Te pego pela palavra”, da cantora Marlene, a “Rainha do Rádio”. O álbum foi gravado ao vivo, em 1974, e expressa a resistência à opressão da ditadura militar no país. O disco tem Hermínio Bello de Carvalho na direção e arranjos de Arthur Verocai e traz grandes sucessos da inesquecível Marlene, que iniciou sua carreira nos anos 1940 e influenciou
LOCAL
MAGLORE, VIVENDO DO ÓCIO, TANGERINA JONES, ROÇA SOUND, TABULEIRO MUSIQUIM, TROMPAS DE FALÓPIO, BANDA DA SENZALA E NOVELTA
Inscrições abertas para o Festival de Sanfoneiros A Uefs acaba de abrir inscrições para o 6º Festival de Sanfoneiros de Feira de Santana, com o objetivo de resgatar uma das principais culturas de raiz do Nordeste, a musicalidade praticada através da sanfona. O 6º Festival de Sanfoneiros será disputado em diversas etapas, com final no dia 24 de maio, no Auditório Central da Uefs. Além de troféus, o primeiro colocado recebe
ATRAÇÃO
nomes como Elis Regina e Maria Bethânia.
Itamar Vian Arcebispo Metropolitano
das diferentes linguagens artísticas e formas de expressão cultural, oferecendo espaços alternativos ao circuito das galerias comerciais de arte e abrindo o campo para novos talentos.
Luzes no Caminho di.vianfs@ig.com.br
Sinal vermelho A cena é muito comum em qualquer cidade, principalmente nas grandes. Há um sinal vermelho no cruzamento de ruas. Muitos motoristas levam a sério o sinal, outros arriscam. Os acidentes são inevitáveis. É uma das causas dos aproximadamente 40 mil mortos em acidentes de trânsito a cada ano no Brasil. Pare: antes que seja tarde. Há um sinal vermelho para você. A VIDA é uma grande caminhada. Em toda a parte há sinais indicativos de toda ordem: pare, siga, ponte estreita, contramão, via dupla, estacionamento proibido... A tranquilidade da viagem depende da atenção que damos a estes sinais. Um dos sinais nos deve preocupar mais: pare, o sinal está vermelho para você! É preciso dar atenção a isto; é preciso parar em tempo, antes da colisão. De nada vai valer a desculpa: não vi. Você tinha de ter visto. HÁ SINAIS vermelhos na vida dos casados. Por vezes é o marido: preocupado demais com o trabalho profissional, não vê nada em casa. É possível que haja algum sinal vermelho. São os filhos, que cresceram sem diálogo; é a esposa que está em segundo plano. Num belo dia, porque os avisos não foram levados em conta, acontece a colisão.
HÁ SINAL vermelho no fundo de um copo. A cada dia a dosagem de álcool é um pouco maior. “Não há problema”, retruca alguém, quando é avisado. Um dia a casa cai. São os problemas domésticos, é o trabalho malfeito, é a cirrose. Para o fumante, o sinal vermelho está sempre aceso: “97,5% dos casos de câncer do pulmão estão relacionados com o cigarro”. A conclusão é do conceituado instituto francês de oncologia Gustave Roussy. O SINAL vermelho pode pintar ainda na convivência social. Existe o sujeito que tem sempre razão, incapaz de perceber o ponto de vista do outro. Pretensioso, não recua, não tem um gesto de humildade. Um dia perceberá que, aparentemente, todos estão contra ele. Sente-se injustiçado e amargurado, “sem ter feito nada...” Não viu o sinal vermelho. O SINAL vermelho deve ser observado mesmo nos dias de pouco trânsito. Há pessoas que passam a vida em alta velocidade. São jovens, precisam vencer a concorrência, precisam ganhar dinheiro. Isto é bom, mas não é tudo. Em sua consciência se acende o sinal vermelho e não é levado em conta. Um dia qualquer, a grande caminhada chega ao fim e ele percebe que nada tem nas mãos. Trabalhou tanto para coisas sem grande valor, para “tesouros que os ladrões roubam e a ferrugem consome”. Pense, antes que seja tarde. O sinal vermelho é a favor de você!
economia
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Feira de Santana, sexta-feira 18 de janeiro de 2013
GVT busca ampliar mercado em Feira GLAUCO WANDERLEY A experiência bem sucedida no mercado feirense em pouco mais de um ano de atuação fez com que a GVT decidisse reservar para Feira de Santana e Salvador os 15 mil novos pontos de acesso que a empresa vai oferecer este ano no estado, acrescidos à capacidade atual, de 133 mil pontos. A segunda cidade baiana em população proporciona à empresa uma clientela maior do que algumas capitais do Nordeste. O número exato de clientes a empresa não informa, por razões estratégicas. Apesar do aumento de pontos disponíveis, a parte da cidade que não tem cobertura da empresa vai continuar na lista de espera. A pretensão de imediato é expandir apenas até a Vila Olímpia, região que reúne uma série de condomínios rumo à BR 116 Sul. O diretor de vendas do Nordeste da GVT, Renato
Pontual: satisfeito com Feira
Pontual, que tem em Recife sua base de atuação, contou em entrevista à Tribuna Feirense que o plano inicial da empresa era operar apenas nas capitais e cidades das respectivas regiões metropolitanas (na Bahia, a GVT está também em Camaçari, Simões
Filho e Lauro de Freitas). Campina Grande (na Paraíba), Feira de Santana e Alagoinhas foram as únicas exceções, devido ao grande potencial econômico e a uma questão logística, já que a rede de cabos passaria nestas cidades. Maceió, Natal e Aracaju receberam depois de Feira o serviço da GVT, que há quatro anos é escolhida como melhor provedora de banda larga na votação da Info, maior revista de informática do Brasil, publicada pela editora Abril. Ainda falta chegar a São Luís e Teresina. Até completar as capitais nordestinas, a empresa não deve se instalar nas outras grandes cidades baianas, mas Feira de Santana, segundo Renato, serve de laboratório para o mercado do interior nordestino (juntamente com Campina Grande). LANÇAMENTOS A GVT lançou quartafeira a velocidade de 25
megas, cobrando R$ 10 (dez reais) a mais, para quem já possuía conexão de 15 megas. No pacote que inclui TV e telefone, o preço dos 25 megas é R$ 69,90. A nova velocidade é uma opção intermediária, já que antes a alternativa era passar de 15 para 35 megas. Ao longo de 2013, a empresa deve oferecer novos serviços. Um aplicativo para transferir ligações do telefone fixo de casa para o celular que o cliente possuir; e permitir que o celular faça ligações usando a linha do aparelho fixo. Outra proposta é a criação de uma rede WiFi da própria GVT para os clientes. Ricardo assegura que terá uma qualidade de conexão melhor do que a atualmente oferecida pelo 3G das operadoras de celular. Ainda não há definição se o novo serviço será tarifado ou um benefício acrescido para quem já é assinante.
Gastos com a Saúde terão que ser públicos A portaria 53 do Ministério da Saúde, publicada nesta quintafeira (17) no Diário Oficial da União determina que Estados, Distrito Federal e Municípios devam publicar os gastos com saúde no Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS). Desta forma, o cidadão poderá verificar se o seu estado ou município está cumprindo a aplicação mínima de recursos na saúde. Os gestores públicos das três esferas de governo (municipal, estadual e federal) devem declarar no sistema as receitas totais e as despesas com ações e serviços públicos de saúde. De acordo com a
Emenda Constitucional 29, a União deve aplicar na saúde o valor empenhado (comprometido em orçamento com projetos e programas) no ano anterior mais a variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB). Já os estados e o Distrito Federal precisam investir 12% de sua receita, enquanto os municípios devem aplicar o mínimo de 15%. O SIOPS faz o cálculo automático dos recursos públicos mínimos aplicados em ações e serviços de saúde, facilitando o monitoramento do Ministério da Saúde e órgãos de controle. A medida deve ainda incentivar a transparência, uma vez que o SIOPS é um sistema aberto à população.
Edições integrais na internet As edições semanais impressas da Tribuna Feirense (a partir de março de 2012) agora podem ser lidas integralmente na internet. O jornal passou a utilizar o serviço do site Issuu.com. O endereço é http://issuu.com/tribunafeirense. A novidade permite não somente a leitura mas a busca por uma palavra específica dentro das edições. A navegação é fácil e a leitura confortável, porque é possível dar zoom para visualizar a página em detalhes.
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Feira de Santana, sexta-feira 18 de janeiro de 2013
Cursos técnicos em Feira de Santana e Irará Estão abertas até o próximo dia 23 de janeiro, as inscrições para os cursos técnicos de nível médio na rede pública estadual. No Território de Identidade Portal do sertão, o Centro Estadual de Educação Profissional Áureo de Oliveira Filho, em Feira de Santana, está ofertando 600 vagas para os cursos técnicos em Eletromecânica, Edificações, Informática, Logística, Petroquímica, Mecânica e Manutenção Automotiva. Ainda em Feira de Santana, o Centro Territorial de Educação Profissional do Portal do Sertão, oferta 180 vagas para os cursos técnicos em Agropecuária, Edificações e Informática. Em Irará, o Anexo do Centro Territorial de Educação Profissional do Portal do Sertão (Escola Municipal Allan Kardec), oferece 90 vagas para os cursos técnicos em Cuidados de Idoso e Agroindústria. Quem pode se inscrever Estudantes que já concluíram o ensino médio na rede pública de ensino, domiciliados na Bahia, que queiram voltar a
estudar e fazer um curso técnico de nível médio. As vagas são para o primeiro e segundo semestres de 2013. Onde fazer as inscrições As inscrições serão feitas, exclusivamente, no Portal da Educação: www.educacao. ba.gov.br e no blog da Educação Profissional www. educacaoprofissionaldabahia. blogspot.com Como fazer a inscrição Ao acessar a página de inscrição, o candidato
deve informar o número do CPF e fazer apenas uma opção de curso, indicando qual o município, o Centro Territorial e/ou Centro Estadual de Educação Profissional onde quer estudar. Também deve apontar o turno e o semestre de sua preferência.
Sorteio Eletrônico As vagas serão distribuídas por sorteio eletrônico. O sorteio será realizado no dia 05 de fevereiro, às 15 horas, no Instituto Anísio Teixeira
(IAT), situado na Rua das Muriçocas, s/n, Paralela, em Salvador. O sorteio será transmitido por videoconferência e acompanhado por órgãos controladores do Estado, como o Ministério Público Estadual, Tribunal de Contas, Auditoria Geral do Estado, Conselho Estadual de Educação, professores e será aberto para acompanhamento de estudantes, pais e mães.
Pedro Mascarenhas dirige seção da OAB “O advogado tem um poder de participação maior que um cidadão comum na construção da democracia já que somos nós que entendemos das leis. Por isso precisamos nos qualificar”. O recado aos colegas foi dado no discurso de posse do novo presidente da OAB em Feira de Santana, Pedro Mascarenhas, que assumiu na terça-feira,
para um mandato de três anos, sucedendo Osvaldo Torres Neto. Segundo ele, a melhor qualificação dos advogados vem sendo uma exigência da própria sociedade. A busca de melhoria das condições do Judiciário será uma das metas da gestão de Pedro, que avalia que Feira de Santana é tratada como “uma cidade recém-
emancipada”, apesar de ser maior que algumas capitais. Juntamente com ele, tomaram posse em solenidade no Salão do Júri do Fórum Desembargador Filinto Bastos, o vice Carlos Guimarães, vice, a secretária geral, Lívia Freitas, o secretário geral adjunto, Mussolini Ferreira e o tesoureiro Marcus Weber.